11.01.2013 Views

BOLETIM DA SOCIEDADE BROTEREANA - Biblioteca Digital de ...

BOLETIM DA SOCIEDADE BROTEREANA - Biblioteca Digital de ...

BOLETIM DA SOCIEDADE BROTEREANA - Biblioteca Digital de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>BOLETIM</strong><br />

<strong>DA</strong> SOCIE<strong>DA</strong>DE<br />

<strong>BROTEREANA</strong><br />

FUN<strong>DA</strong>DO EM 1880 PELO DR. JÚLIO HENRIQUES<br />

PUBLICAÇÃO DO INSTITUTO<br />

BOTÂNICO <strong>DA</strong> UNIVERSI<strong>DA</strong>DE<br />

DE COIMBRA<br />

VOL. X-II SÉRIE<br />

RE<strong>DA</strong>CTORES:<br />

DR. L. WITTNICH CARRISSO<br />

Director do Instituto Botânico<br />

DR. A. QUINTANILHA<br />

Professor Catedrático <strong>de</strong> Botânica<br />

1935


Composição e impressão da oficina <strong>de</strong><br />

José <strong>de</strong> Oliveira Júnior — Alcobaça


AGROSTOLOGIA DE ANGOLA<br />

POR<br />

F. A. MENDONÇA<br />

I<br />

MAYDEAE E ANDROPOGONEAE<br />

D ESDE que o Director do Instituto Botânico <strong>de</strong> Coimbra,<br />

Prof. Dr. L. W. Carrisso empreen<strong>de</strong>u ardorosamente o<br />

estudo da Flora das Colónias Portuguesas, particularmente a<br />

<strong>de</strong> Angola, e me associou a esta tarefa, prestei especial atenção<br />

ao estudo das Gramíneas. Determinou-me a arrostar com as<br />

dificulda<strong>de</strong>s dêste empreendimento, não só a importância<br />

fitocorográfica dêste grupo, mas também e principalmente, a<br />

sua fundamental importância económica. Quando se pensa que<br />

são as Gramíneas que constituem as vastíssimas e ricas pastagens<br />

do Sul <strong>de</strong> Angola, — e que a pecuária virá a ser uma<br />

das maiores riquezas <strong>de</strong>sta nossa Província Ultramarina — a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer o elenco das espécies <strong>de</strong>sta família <strong>de</strong><br />

plantas, avulta aos nossos olhos com uma urgência imperiosa.<br />

O trabalho que damos hoje à estampa, é, pela sua índole,<br />

um trabalho preliminar. Compreen<strong>de</strong> as tribus May<strong>de</strong>ae e<br />

Andropogoneae e consta da lista das espécies até hoje conhecidas<br />

<strong>de</strong> Angola, que pu<strong>de</strong> examinar ou <strong>de</strong> que tive conhecimento<br />

bibliográfico.<br />

Antes da publicação do IX vol. da Flora of Tropical<br />

África, que se ocupa das gramíneas, da autoria <strong>de</strong> Stapf, o<br />

presente trabalho difìcilmente po<strong>de</strong>ria ter sido realizado. A obra<br />

<strong>de</strong> Stapf é <strong>de</strong> tal importância, como padrão da agrostologia da<br />

África tropical, que me pareceu vantajoso seguir a par e passo<br />

o critério e a sistemática dêste autor, a-pesar-<strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rnos<br />

conceitos evolucionários e filogenéticos aconselharem outro<br />

arranjo dos gran<strong>de</strong>s grupos.


4 F. A. Mendonça<br />

No que se refere a bibliografia limitei-me a citar apenas a<br />

estritamente indispensável para a i<strong>de</strong>ntificação das espécies até<br />

hoje conbecidas <strong>de</strong> Angola.<br />

É já longa a lista dos exploradores botânicos angolanos,<br />

mas são as colecções <strong>de</strong> Welwitsch e Gossweiler que avultam<br />

nos berbários. Welwitsch não foi até hoje excedido por nenhum<br />

naturalista explorador daquela nossa extensa província ultramarina,<br />

pelo menos no que se refere à perfeição do seu trabalho.<br />

Após Welwitsch. e seguindo-o <strong>de</strong> perto o Sr. J. Gossweiler é<br />

outro gran<strong>de</strong> explorador da flora <strong>de</strong> Angola. A êste incansável<br />

naturalista <strong>de</strong>ve esta nossa colónia assinalados serviços e as<br />

suas colecções são valiosíssimas. Muito há a esperar ainda do<br />

seu labor e activida<strong>de</strong>. São as colecções <strong>de</strong> Welwitsch e Gossweiler<br />

que constituem o fundo dos actuais conhecimentos da flora <strong>de</strong><br />

Angola e particularmente da Agrostologia.<br />

É curioso notar que, mesmo quando há sobreposição dos<br />

itinerários dos dois exímios exploradores, são numerosas as<br />

espécies diferentes colhidas pelos dois botânicos. Este facto<br />

conduz-nos a admitir que hão-<strong>de</strong> ser muitas as novida<strong>de</strong>s<br />

reveladas por futuras explorações no campo da Agrostologia,<br />

tanto mais quanto é certo que, vastas regiões <strong>de</strong> Angola, nunca<br />

foram visitadas por estes ou por outros naturalistas.<br />

A distribuição das espécies no território da província é<br />

referida aos distritos da divisão administrativa que consta da<br />

carta <strong>de</strong> Angola na escala 1:3.500.000, edição do Anuário<br />

Comercial <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> 1930. Em cada distrito é assinalada a<br />

localização com a possível exactidão. Acrescentei ainda para<br />

cada espécie uma nota ecológica e distribuição geográfica, o que<br />

po<strong>de</strong> ser muito útil em futuras herborizações.<br />

Citei sempre os especimes observados existentes nos herbários<br />

portugueses, metendo entre ( ), a seguir ao nome ou número<br />

dos colectores a abreviatura dêsses herbários, assim: (Coi)=<br />

Herbário <strong>de</strong> Coimbra, (Lisb. JC) = Herbário do Jardim Colonial<br />

<strong>de</strong> Lisboa, (Lis. U) = Herbário da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa; e<br />

na citação em conjunto observei a or<strong>de</strong>m alfabética. As espécies<br />

<strong>de</strong> que não há especimes nos herbários portugueses vão assina-


Agrostologia <strong>de</strong> Angola 5<br />

ladas com a abreviatura (II. v.) = non vidi. (s. II.) = sem número ;<br />

[ ] = i<strong>de</strong>ntificação errónea.<br />

Ao Director do Jardim Botânico <strong>de</strong> Lisboa, Sr. Dr. Palhinha<br />

e ao Director do Jardim Colonial, Sr. Dr. Fragateiro, agra<strong>de</strong>ço<br />

a liberalida<strong>de</strong> e a gentileza com que puzeram à minha disposição<br />

o material dos estabelecimentos que respectivamente dirigem.<br />

I<br />

May<strong>de</strong>ae<br />

Zea L<br />

1. Zea Mays L., Sp. Pl. ed. I: 971 (1753).—Welw., Apont.:<br />

540 (1859).-Welw. Syn. Explic: 35 (1862). — Rendle in Cat.<br />

Afr. Pl. Welw. II: 161 (1899).- Stapf in Fl. Tr. Afr. IX: 26 (1917).<br />

Luanda : Welwitsch 3720 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Largamente cultivado em tôda a colónia.<br />

DISTR. GEOGR. : Originário do México e cultivado em todo o<br />

o mundo tropical, subtropical e temperado.<br />

Coix L<br />

1. Coix Lacryma-Joby L-, Sp. Pl. ed. I: 972 (1753). —<br />

Welw. Syn. Explic. (1862).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II:<br />

161 (1899).-Stapf in Fl. Tr. Aft. ix: 27 (1917).<br />

Cuanza Norte: Dalatando, Welwitsch. 7241 (Lis. U); Ambaca,<br />

Welwitsch 3004 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA : Lugares húmidos.<br />

DISTR. GEOGR. : Originária da Indo-Malásia, subespontânea<br />

na zona tropical da África e América.


6<br />

F. A. Mendonça<br />

Euchlaena Schlad.<br />

1. Euchlaena mexicana Schrad., Ind. Sem. Hort. Goettingen<br />

(1832), Linnaea, VIII: Litt. 25 (1833). — Hitchc. in Contr.<br />

U. S. Natio. Herb, xxiv, part. 9: 701 (1933).<br />

Cuanza Norte: Cazengo, Gossweiler 5914 (Coi; Lis. JC;<br />

Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Cultivada.<br />

DISTR. GEOGR. : Originária do México e cultivada nas regiões<br />

quentes do globo.<br />

II<br />

Andropogoneae<br />

Ischaemum L.<br />

1. Ischaemum purpurascens Stapf in Fl. Tr. Afr. ix:<br />

32 (1917).<br />

[Ischaemum fasciculatum (non Brongn.). —Rendle ín .<br />

Cat. Afr. Pl. Welw. II: 141 (1899)].<br />

Huila: Cataractas <strong>de</strong> Lopolo, Welwitsch 7484 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Lugares pedregosos e kúmidos elevados.<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Rhodésia, territórios <strong>de</strong><br />

Moçambique.<br />

Vossia Wall.& Griff.<br />

1. Vossia cuspidata (Roxb.) Griff., Notul. III, In<strong>de</strong>x 12<br />

(?1851) et Ic. Pl. Asiat, t. 153 (? 1851).-Stapf in Fl. Tr. Afr. ix;<br />

41 (1917).<br />

Ischaemum cuspidatum Roxb., Fl. Ind. I: 324 (1820).


Agrostologia <strong>de</strong> Angola 7<br />

Cuanza Norte: Rio Cuanza, entre Bom Jesus e Massangano,<br />

Gossweiler 8372 (n. v.).<br />

ECOLOGIA: Semiflutuante junto às margens dos rios.<br />

DISTR. GEOGR.: África tropical, Índia.<br />

Urelytrum Hack.<br />

1. Urelytrum squarrosum Hack. in DC. Mon. Phan. vi;<br />

272 (1888).-Stapf in Fl. Tr. Afr. ix: 43 (1917).<br />

Bié: Ganguelas, margens do rio Cuito, Gossweiler 3198<br />

(Coi; Lis. JC); rio Tiengo, rio Cuito, Gossweiler 3777 (Coi;<br />

Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Pastagens e planícies graminosas.<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Rkodésia.<br />

2. Urelytrum agropyroi<strong>de</strong>s Hack. in DC. Mon. Phan. vi;<br />

272 (1889).-Stapí in Fl. Tr. Afr. ix: 46 (1917).<br />

Rottboellia agropyroi<strong>de</strong>s Hack. in Bol. Soc. Brot. III:<br />

135, t. 2, f. 1 (1885).<br />

Huila: Arredores <strong>de</strong> Huila, Newton (Coi).<br />

ECOLOGIA: Pastagens e campos cultivados.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

3. Urelytrum giganteum Pilg. in Engl. Bot. Jahrb. xxxiv:<br />

125 (1904).-Stapf in Fl. Tr. Afr. ix: 46 (1917).<br />

Malange: Arredores <strong>de</strong> Malange, Gossweiler 9418 (II. v.)<br />

ECOLOGIA: Pastagens do mato aberto.<br />

DISTR. GEOGR.: Angola e Congo Belga.


8 F. A. Mendonça<br />

Jardinea Steud<br />

1. Jardinea angolensis (Rendle) Stapf in Fl. Tr. Afr. ix:<br />

52 (1917).<br />

Rottboellia angolensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II :<br />

139 (1899).<br />

Cuanza Norte: (?) Pungo Andongo, (sem notas), Welwitsch<br />

(Lis. U).<br />

ECOLOGIA: NOS capinais.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica<br />

2. Jardinea congoensis Franch. ex Hack. in DC. Mon.<br />

Phan. vi: 277 (1889).-Stapf in Fl. Tr. Afr. ix: 53 (1917).<br />

Rhytachne congoensis Hack. loc. cit.<br />

Zaire: Santo António do Zaire, Gossweiler 8604 (II. v.); Congo<br />

Yala, Gossweiler 8896 (II. v.)<br />

ECOLOGIA: Capinais.<br />

Thyrsia Stapf<br />

1. Thyrsia huillensis (Rendle) Stapf in FL Tr. Afr. ix:<br />

50 (1917).<br />

Rottboellia huillensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II :<br />

140 (1899).<br />

Huila: Mumpulo, Welwitsch 2648 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Pastagens do mato aberto.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

DISTR. GEOGR.: Togo, Nigéria, Congo Francês, Chari, territórios<br />

do Nilo, Congo Belga, norte <strong>de</strong> Angola.


Agrostologia <strong>de</strong> Angola 9<br />

Manisuris L. f.<br />

1. Manisuris granularis Sw., Prod. Veg. Ind. Occ. 25 (1788).<br />

-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 141 (1899).-Stapf in Fl.<br />

Trop. Afr. ix: 58 (1917).<br />

Cuanza Norte: Golungo Alto, entre Banza do Soba e Montalegre,<br />

Welwitsch 7295 (Lis. U) ; Cazengo, Camondai, Dalatando,<br />

Gossweiler 5526 (Coi; Lis. JC; Lis. XI), Gossweiler 5520 b<br />

(Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Lugares cultivados e ru<strong>de</strong>rais.<br />

DISTR. GEOGR.: Regiões tropicais e subtropicais <strong>de</strong> todo o orbe.<br />

Elionurus Humb. & Bompl.<br />

1. Elionurus platypus (Trin.) Hack, in Bol. Soc. Brot. III:<br />

135 (1885).-Stapf in Fl. Trop. Afr. IX: 66 (1917).<br />

Andropogon platypus Trin. in Mém.<br />

m e<br />

6 Sér. II: 261.<br />

Acad. Petersb.<br />

Cabinda: Maiumba, Panga Mungo, Sub-Luali, Gossweiler<br />

6118 (Coi: Lis. JC; Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Capinais.<br />

DISTR. GEOGR. : Guiné, Serra Leoa.<br />

2. Elionurus Welwitschii Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw<br />

li: 137 (1899).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 68 (1917).<br />

Cuanza Norte: Pungo Andongo, Candumba, Welwitsch 2711<br />

(Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Matos abertos xerófilos.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica.


10<br />

F. A. Mendonça<br />

3. Elionurus argenteus Nees, Fl. Afr. Austr. : 95 (1841). —<br />

Stapf in Fl. Trop. Afr. IX : 70 (1917).<br />

Bié: Vila da Ponte, Gossweiler 2422 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Capinais e pastagens.<br />

DISTR. GEOGR. : Congo Francês, Congo Belga, territórios <strong>de</strong><br />

Moçambique, Damaralândia.<br />

Rottboellia L. f.<br />

1. Rottboellia exaltata L. f., Suppl. : 114 (1781).— Rendle in<br />

Cat. Afr. Pl. Welw. II: 139 (1899).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />

73 (1917).<br />

Cuanza Norte : Golungo Alto, Sange, Bango, Welwitsch 7251<br />

(Lis. U), Welwitsch 7271 (Lis. U), Welwitsch 7271 b (Lis. U.).<br />

ECOLOGIA: Capinais e margens das florestas.<br />

DiSTR. GEOGR. : África tropical.<br />

Chasmopotiium Stapf<br />

1. Chasmopotiium caudatum (Hack.) Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />

ix: 77 (1917).<br />

Rottboellia caudata Hack. in DC. Mon. Phan. vi: 298.<br />

(1899).-Dur. & Sckinz, Consp. Fl. Afr. v: 698 (1894).<br />

Malange : Buckner 36 (n. V.).<br />

ECOLOGIA: NOS capinais.<br />

DiSTR. GEOGR. : África tropical.<br />

Coelorhachis Brongn.<br />

1. Coelorhachis afraurita Stapf in Bull. Soc. Bot. Fr. LV,<br />

Mem. VIII : 98 (1908), et in Fl. Trop. Afr. ix: 80 (1917).


Agrostologia <strong>de</strong> Angola 11<br />

Malange: Gossweiler 801 (II. V.).<br />

Huila: Cbibia, Pearson 2721 (II. v.).<br />

Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 3314 (Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Capinais dos lugares búmidos.<br />

DISTR. GEOG. : Guiné Francesa, Angola.<br />

Rhytachne Desv.<br />

1. Rhytachne robusta Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 82 (1917).<br />

Bié: Ganguelas, Gossweiler 2721 pro parte fi<strong>de</strong> cl. Stapf<br />

(II. v.); rio Cuiriri, Gossweiler 2742 (II. v.).<br />

ECOLOGIA : Mato aberto e floresta xerófila.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

2. Rhytachne rottboelloí<strong>de</strong>s Desv. in Hamilt. Prodr. Fl.<br />

Ind. Occ: 12 (1825).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 83 (1917).<br />

Rotthoellia rhytachne Hack. in Bol. Soc. Brot. in: 136,<br />

t. II, fig. 2 (1885).<br />

Huüa: Rio Palanca, Newton (Coi).<br />

Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 1996 (Lis. JC),<br />

Gossweiler 2226 (Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Nos capinais dos lugares búmidos.<br />

DISTR. GEOGR. : África tropical.<br />

3. Rhytachne benguellensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

li: 138 (1899).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 84 (1917).<br />

Huüa: Fntre Humpata e rio Nene, Welwitsch 2639 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Pastagens da floresta xerófila.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.


12<br />

F. A. Mendonça<br />

Imperata Cyr.<br />

1. Imperata cylindrica (L.) Beauv., Agrost.: 165, t. v, fig. 1<br />

(1812). var. Thunbergii Dur. Sd Scbinz, Consp. Fl. Air. v: 693<br />

(1895).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 88 (1917).<br />

Lagurus cyîindricus L., Syst. Nat. éd. 10, II: 878 (1759).<br />

Imperata arundinacea var. Thunbergii Hack. in DC,<br />

Mon. Phan. vi: 94 (1889).-Rendle in Cat. Air. Pl. Welw.<br />

II : 135 (1899).<br />

Imperata angolensis Fritsck. in Bull. Herb. Boiss. 2<br />

Sér. I: 1097 (1901).<br />

Luanda: Margens do Bengo, prôx. <strong>de</strong> Panda, Welwitsch 7354;<br />

(Lis. U).<br />

Cuanza Norte : Golungo Alto, Sange, Welwitsch 7354 (Lis. U.)<br />

Cazengo, Gossweiler 5083 (Coi; Lis. JC; Lis. U).<br />

Huila: Lopolo e Lago Ivantala, Welwitsch 2640 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA : Clareiras das florestas e terrenos <strong>de</strong> cultura.<br />

DISTR. GEOGR. : Àfrica, regiâo mediterrânica, Àsia tropical e<br />

subtropical, America tropical.<br />

Mischanthidium Stapf<br />

1. Mischanthidium teretifolium Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />

89 (1917).<br />

Erianthus teretifolius Stapf in Journ. Linn. Soc. xxxvn :<br />

478 (1906).<br />

Maiange: Nos pantanos, Gossweiler 807 (II. v.).<br />

ECOLOGIA: Lugares pantanosos.<br />

DISTR. GEOGR. : Angola eRhodésia.<br />

2. Mischanthidium Gossweileri Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />

90 (1917).<br />

m e


Agrostologia <strong>de</strong> Angola l3<br />

Hulla: íiumpaía, Newton (Coi).<br />

Bié: Ganguelas, margens do rio Tiengo, rio Cuito, Gossweiler<br />

4032 (Lis: JC).<br />

ECOLOGIAJ Lugares pantanosos e inundáveis.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

Eriochrysis B<br />

1. Eriochrysis purpurata (Rendle) Stapf in El. Trop. Air.<br />

ÏX: 92 (1917).<br />

Saccharum purpuratum Rendle in Trans. Linn. Soc.<br />

Sér. 2, I V: 56 (1894).<br />

Bié: Ganguelas, rio Cubango, Vila da Ponte, Gossweiler<br />

1959 (II. v.), 2384 (II. v.).<br />

ECOLOGIA: Capinais e pastagens.<br />

DISTR. GEOGR.: África Austral, Niassalanda,<br />

2. Eriochrysis paluda Munro in Harv., Gen. S. Âfr. Pl.<br />

ed. 2. a<br />

: 440 (1868).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 93 (1917).<br />

Saccharum Munroanum Hack in DC, Mon. Phan. vi:<br />

124 (1889). - Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 136 (1889).<br />

Huila: Humpata, Lopolo, Welwitsch 2642 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Nos prados húmidos.<br />

DISTR. GEOGR.: África Austral,. Ckari.<br />

Saccharum L.<br />

1. Saccharum officinarum L., Sp. Pl. ed. I: 45 (1753).—<br />

Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 136 (1889).-Stapf in Fl.<br />

Trop. Afr. ix : 96 (1917).


14 F. A. Mendonça<br />

Cuanza Norte: Golungo Alto, rio Luinha, Welwitsch 2901<br />

(Lis. U).<br />

Mossâme<strong>de</strong>s: Cavaleiros, Welwitsch 2283 (Lis. II).<br />

ECOLOGIA E DISTR. GEOGR.: Cultivado nos climas tropicais <strong>de</strong><br />

todo o Mundo.<br />

Eulalia Kunth<br />

1. Eulalia villosa (Tbunb.) Nees in. Fl. Afr. Austr.: 91<br />

(1841).-Stapf in FL Trop. Afr. ix: 99 (1917).<br />

Andropogon villosum Tbunb., Prod. Pl. Cap.: 20 (1794).<br />

Pollinia villosa Spreng. in Linn., Syst. Veg. ed. l6. a<br />

, I:<br />

288 (1825). - Rendle in Cat. Afr. Pl Welw. II: 136 (1899).<br />

Huila: Morro do Monino, Welwitsch 7485 (Lis. U).<br />

Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 2384.<br />

ECOLOGIA: Colinas pedregosas e pastagens.<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Rhodésia, África Austral e<br />

Madagascar.<br />

Homozeugos Stapf<br />

1. Homozeugos fragile Stapf in Hook, Ic. Pl. t. 3033 (1915),<br />

et in Fl. Trop. Afr. ix: 102 (1917).<br />

Bie: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 4029 (II. v.).<br />

ECOLOGIA: Pastagens do mato aberto xerófilo.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

2. Homozeugos huillensis (Rendle) StapF in Hook., Ic.<br />

Pl sub t. 3033 (1915), et in Fl. Trop. Afr. ix: 103 (1917).<br />

Pollinia huillensis in Cat. Afr. Pl Welw. II: 136 (1899).


Agrostologia <strong>de</strong> Angola<br />

Huila : Junto <strong>de</strong> Empalanca, Welwitsch 2669 (Lis. II).<br />

ECOLOGIA: Pastagens do mato aberto xerófilo.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

3. Homozeugos Gossweileri Stapf in Fl. Trop. Aír. IX:<br />

103 (1917).<br />

Bié: Ganguelas, rio Cuito, margens do rio Tíengo, GossWeiler<br />

2586 (Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Nos capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

Sorghum Pers. (I)<br />

1. Sorghum arundinaceum Stapf in FL Trop. Afr. ix: 114<br />

(1917).<br />

[Andropogon arundinaceus non Scop.— Willd. in Linn.,<br />

S P. Pl. ed. 4. a<br />

, iv: 905 (1805).]<br />

Sorghum halepense var. eííusum subvar. aristatum<br />

Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw, II: 150 (1899) pro parte<br />

quoad II. os<br />

Welwitsch 2898, 2994, 7197.<br />

Luanda: Welwitsch 2898 (s. II.) (Lis. U); Ambriz, Welwitsch<br />

2898b (Coi; Lis. U); Bengo, Welwitsch 7197 (Lis. U).<br />

Cuanza Norte: Cazengo, Caculo, Welwitsch 2994 (Lis. U);<br />

Cazengo, Granja <strong>de</strong> S. Luís, Gossweiler 5314 (Coi; Lis. JC;<br />

Lis. U), Gossweiler 5545 (Coi; Lis. JC; Lis. U); Camondaí.<br />

Dalatando, Gossweiler 8037 (Lis. XX).<br />

(l) Pela gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>, satisfatoriamente, <strong>de</strong>finir e <strong>de</strong>limitar as espécies<br />

cultivadas dêste género, e pela <strong>de</strong>ficiência do material <strong>de</strong> que actualmente dispomos nos<br />

herbários portugueses que eonsultei, sou levado a aceitar, sem quaisquer observações, os<br />

arranjos específicos <strong>de</strong> Stapf na Fl. Trop. Afr., a-pesar-<strong>de</strong> nem sempre me parecer <strong>de</strong>fen­<br />

sável o critério dêste ilustre agrostologista, pelo menos quanto aos Sorgos cultivados<br />

em Angola.


16 F. Ã. t<strong>de</strong>nJonçs<br />

ECOLOGIA : Cultivado.<br />

DISTR. GEOGR.; África Tropical e Austral.<br />

2. Sorghum verticillífforum (Steud.) Stapf in FI. Trop-<br />

Afr. ix: 116 (1917).<br />

Andropogon verticilliflorus Steud., Syn. Pl. Glum, I:<br />

393 (1855).<br />

Cuanza sui: Porto Amboim, Gossweiler 9770 (Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Semi-ru<strong>de</strong>ral.<br />

DiSTR. GEOGR.: África Austral e Tropical Oriental, Madagascar,<br />

Mascarenhas, Seicheles.<br />

3. Sorghum Drummondii Nees ex Steud., Syn. Pl. Glum,<br />

I: 393 (1855).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 122 (1917).<br />

Sorghum halepense var. efiusum subvar. aristatum<br />

Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 150 (1899) pro parte quoad<br />

II. os<br />

Welwitsch 7277, 7331.<br />

Andropogon Sorghum subsp. sativus var. Drummondii<br />

Hack, in DC, Mon. Phan. vi: 507 (1889) pro parte.<br />

Luanda: Arredores <strong>de</strong> Luanda, Imbon<strong>de</strong>iro dos Lobos,<br />

Welwitsch 7277 (Lis. U).<br />

Sem notas : We^irscA 7331 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Campos <strong>de</strong> cultura.<br />

DISTR. GEOGR-: África Tropical.<br />

4. Sorghum bicolor (L.) Moench., Méth.: 207 (1794) var.<br />

obovatum Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 127 (1917).<br />

Holcus bicolor L., Mant. Alt.: 301 (1771).<br />

Sorghum vulgare var. obovatum subvar. nigrum Rendle<br />

in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 151 (1899).<br />

wiossâme<strong>de</strong>s: Horta da Nação, Welwitsch 2882 (Lis. U).<br />

Huila: Welwitsch 2682 b Lis. U).


ECOLOGIA: Cultivado.<br />

Agrostologia âe Angola 17<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Damaralândia, região mediterrânica<br />

é índia.<br />

5. Sorghum caudatum var. angolense (Rendle) Stapf in<br />

Fl. Trop. Afr. ix: 132 (1917).<br />

Sorghum vulgare var. saccharatum Rendle in Cat.<br />

Afr. Pl. Welw. II: 150 (1899).<br />

Sorghum vulgare var. angolense Rendle loc. cit.<br />

Cuauza Norte: Golungo Alto, rio Cuango, Welwitsch 7237<br />

(Lis. U); Cazengo, rio Luinka, Welwitsch 7216 (Lis. U); Sange,<br />

Welwitsch 2995 (Lis. U).<br />

Huna: Arredores <strong>de</strong> Huila, Welwitsch 2861 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Cultivado.<br />

DISTR. GEOGR.: África Tropical.<br />

6. Sorghum micratherum Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 142<br />

(1917).<br />

Sorghum nutans var. angolense Rendle in Cat. Afr. Pl.<br />

Welw. II: 152 (1899).<br />

Huna: Entre Lopolo e Catumba, Welwitsch 7491 (Lis. U);<br />

arredores <strong>de</strong> Catumba, Welwitsch 7496 (Lis. LI).<br />

ECOLOGIA : Pastagens dos lugares kúmidos.<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Rkodésia e Moçambique.<br />

7. Sorghum pogonastachyum Stapf in FL Trop. Afr. ix:<br />

144 (1917).<br />

3<br />

Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 2225 (Lis. JC).<br />

ECOLOGIA : Nas pastagens da floresta aberta.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémico.


18<br />

F. A. Mendonç,<br />

8. Sorghum bipennatum (Hack.) Stapf in FI. Trop. Afr.<br />

ix: 144 (1917).<br />

Ändropogon bipennatus Hack, in Flora, 1885; 142.<br />

Zaire : Sumba, ilka <strong>de</strong> Tando, Gossweiler 8944 (Lis. JC).<br />

Cuanza Norte: Cazengo, fazenda Monte Belo, Gossweiler<br />

5576 (II. v.), Cazengo, Dalatando, Caçuto, entre os rios Mumbeje<br />

e Caringa, Gossweiler 5922 (Lis. JC).<br />

Bié : Ganguelas, Vila Serpa Pinto e N'Jaia, Gossweiler<br />

3131 (II. v.).<br />

ECOLOGA: Florestas abertas e capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Guiné Francesa, Nigéria do Norte, Camarões,<br />

Gabão, Territórios do Nilo.<br />

9. Sorghum incompletum (J. C. Presl) Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix : 145 (1917).<br />

Ändropogon incompletus J. C. Presl in C. B. Presl,<br />

Relia;. Haenk, I: 342 (1830).<br />

Sorghum nutans var. incompletum Rendle in Cat. Afr.<br />

Pl. Welw. II : 152 (1899).<br />

Cuanza Norte: Pungo Andongo, Quilonga, Welwitsch 2881<br />

(Lis. U).<br />

ECOLOGIA : Lugares arenosos do mato xerófilo.<br />

DISTR. GEOGR. : Angola e América Tropical.<br />

Vetiveria Thouars<br />

1. Vetiveria zlzanioi<strong>de</strong>s (L.) Stapf in Kew Bull., 1906:<br />

346-349, 362, et in Fl. Trop. Afr. ix: 157 (1917).<br />

Phalaris zizanioi<strong>de</strong>s L., Mant. Alt.: 183 (1771).<br />

Cabinda: Landana, Gossweiler 8113 (Coi; Lis. JC; Lis. U),<br />

Gossweiler 8113 b (Lis. JC).


Agrostologia <strong>de</strong> Angoh 19<br />

ECOLOGIA : Cultivada. Originária da índia.<br />

DISTR. GEOGR.: Ásia Tropical.<br />

2. Vetiverïa nlgritana (BentL.) Stapf in FL Trop. Afr. ix:<br />

157 (1917).<br />

Andropo¿on nigritanus Bentn. in Hook., Niger Fl. :<br />

573 (1849).<br />

[Anatherum. muricatum (non Beauv.). — Rendle in Cat.<br />

Afr. Pl. Welw. II : 153 (1899)].<br />

Cuanza Norte : Icolo e Bengo, Lagoa <strong>de</strong> Cabiri, Gossweiler<br />

9216 (Coi) ; Pungo Andongo, Sansamanda, Welwitsch 2780<br />

(Lis. II) ; pântanos das margens dos rios Lombe e Cuije,<br />

Welwitsch 2817 (Coi; Lis. U).<br />

Sem notas : Welwitsch 2867 b (Lis. U).<br />

Bïé -. Ganguelas, rio Cuelei, Massaca, Gossweiler 2695 (Lis,<br />

JC) ; Vila Serpa Pinto, Gossweiler 4118 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA : Margens dos rios e pântanos.<br />

DiSTR. GEOGR. : África Tropical.<br />

Arthraxon Beauv.<br />

1. Arthraxon Quartinianus (A. Ricb), Nask in Nortk<br />

Amer. Fl. XVII: 99 (1912).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 166 (1917).<br />

Alectoridia Quartiniana A. Ricb., Tent. FL Abyss. II :<br />

448, t. 99 (1847).<br />

[Alectoridia ciliaris (non Beauv).— Rendle in Cat. Afr.<br />

Pl. Welw. H : 138 (1899)].<br />

Cuanza Norte : Golungo Alto, . margens do rio Casábala,<br />

Welwitsch 7214 (Lis. II.).<br />

ECOLOGIA : Prados búmidos.<br />

DISTR. GEOGR. : África Tropical.


20<br />

F. A. Mendonça<br />

Hypogynium Nees<br />

1. Hypogynium virgatum (Desv.) Dandy in Journ. Bot.<br />

LXIX: 54 (1931).<br />

Andropogon virgatus Desv. ex. Ham., Prod. Pl. Ind.<br />

Occid.: 9 (1825).<br />

Hypogynium. spathiflorum Nees. Agrost. Bras. : (1829).<br />

— Stapf in FI. Trop. Afr. ix : 168 (1917).<br />

Andropogon festucaeformis Rendle in Cat. Afr. Pl<br />

Welw. il : 145 (1899).<br />

Huila: Humpata, Welwitsch 7505 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA : Prados kûmidos.<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Congo Belga, America Tropical.<br />

AmphilOphiS Nash<br />

1. Amphiiophis glabra (Roxb.) Stapf in FI. Trop. Afr. ix :<br />

172 (1917).<br />

Andropogon glaber Roxb., Fl. Ind. I : 271 (1820).<br />

Andropogon intermedius var. punctatus subvar. glaber<br />

Hack. in DC, Mon. Phan. vi: 487 (1889).-Rendle in Cat.<br />

Afr. Pl. Welw. u : 149 (1899).<br />

sem notas : Welwitsch 2964 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA : Nos capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Congo Belga, Nigeria, territorios do Nilo e<br />

<strong>de</strong> Moçambiç[ue, Madagascar, Âsia Tropical, Norte da Austrâlia.<br />

2. Amphiiophis intermedia var. acidula Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix : 174 (1917).<br />

Andropogon Ischoemum var. laeviiolius Hack in DC,<br />

Mon. Phan. vi : 476 (1889).- Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

u: 149 (1899).


Ägrostologia <strong>de</strong> Angola 21<br />

Luanda: Welwitsch 7348 (Lis. U), Welwitsch 7375 (Lis. U).<br />

Huíia: Humbe, Newton (II. v.).<br />

ECOLOGIA: NOS capinais e pastagens.<br />

DISTR. GEOGR. : Costa do Ouro, Cabo Ver<strong>de</strong> e Antilbas.<br />

Dichanthium Villemet<br />

1. Dichanthium papillosum (Hocbst.) Stapí in Fl. Trop.<br />

Afr. ix: 179 (1917).<br />

Andropogon papillosum Hocbst. ex A. Rieb, in Tent.<br />

Fl. Abyss. li: 457 (1847).-Hack in Bol. Brot. Iii: 139<br />

(1885), et in DC, Mon. Phan. vi: 573 (1889).<br />

[Andropogon annulatus var. papillosus (non Hook. f.).<br />

-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 150 (1899)1.<br />

Luanda : Quicuxe, Welwitsch 2912 (Lis. U), Welwitsch 7315<br />

(Lis. U).<br />

Sem notas: Welwitsch 7323 (Coi; Lis. U).<br />

Mossâme<strong>de</strong>s: Margens do Bero, Welwitsch 2609 (Lis. U).<br />

Huna: Rio Monbino, Newton (Coi.)<br />

ECOLOGIA: Nos capinais do mato aberto xerófilo.<br />

DISTR. GEOGR. : Angola e Abissínia.<br />

Euclasta<br />

1. Euclasta condylotricha (Hocbst.) Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix: 181 (1917).<br />

Andropogon condylotrichus Hockst, in Steud., Syn.<br />

Pl. Glum, I: 377 (1855).<br />

Andropogon piptatherus Hack, in Mart., Fl. Bras, II,<br />

III: 293-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 150 (1899).


22<br />

F. A. Mendonça<br />

Sem notas : Welwitsch 7244 (Coi; Lis. U).<br />

Cuanza Norte: Cazengo, Camondai, Dalatando, GossWeiler<br />

5558 (Coi; Lis. JC), Gossweiler 5559 (Lis. 11), GossWeiler 5931<br />

(Coi; Lis. JC; Lis. LI); Ritari Ambeca, Quizonga, Camondai,<br />

GossWeiler 5799 (Coi; Lis. JC; Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Capinais.<br />

DISTR. GEOGR. : África e América tropicais.<br />

Schizachyrium N ees<br />

1. Schizachyrium brevifolium (Sw.) Nees, Agrost. Bras.:<br />

332 (1829).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 187 (1917).<br />

Andropogon brevifolius Sw., Prod. Veg. Ind. Occ.: 26<br />

(1788), et Fl. Ind. Occ. I: 209 (1797).-Rendle in Cat. Afr.<br />

Pl. Welw.: II: 142 (1899).<br />

Cuanza Norte: Golungo Alto, Monte Queta Oriental, Welwitsch<br />

7205 (Lis. U); Monte <strong>de</strong> Alta Queta, Welwitsch 7250<br />

(Coi; Lis. LI); Pungo Andongo, Pedras <strong>de</strong> Guinga, Welwitsch<br />

7403 (Lis. U).<br />

Bié: Ganguelas, rio Tíengo, rio Cuito, GossWeiler 3470<br />

(Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA : Capinais.<br />

DISTR. GEOGR. : Trópicos <strong>de</strong> todo o orbe.<br />

2. Schizachyrium glabrescens (Rendle) Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix: 192 (1917).<br />

Andropogon exilis var. glabrescens Rendle in Cat. Afr.<br />

Pl. Welw. II: 142 (1899).<br />

Cuanza Norte: Pungo Andongo, Mopopo, margens do rio<br />

Cuanza, Welwitsch 7423 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Nas florestas.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica.


Agrostologia <strong>de</strong> Ängol, 23<br />

3. Schizachyrium semiberbe Nees in Agrost. Bras: 336<br />

(1829).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 195 (1919).<br />

[Ändropogon hittiflorus (non Kuntb).—Renale in<br />

Cat. Afr. Pl. Welw. II : 142 (1899)] pro parte quoad Welwitscb<br />

II. ° 2650.<br />

Ändropogon hirtiilorus var. gracilis Rendles loc. cit.:<br />

143, pro parte quoad spec. Welwitsch 2869.<br />

Cuanza Norte: Pungo Andongo (?), Welwitsch 2869 (Coi;<br />

Lis. U).<br />

Huna : Welwitsch 2650 (Lis. LI).<br />

Var. flocculiferum Stapf loc. cit. 196<br />

Luanda: Böa Vista, Gossweiler 20 (II. v.).<br />

Huna: Lopolo, Welwitsch 2549 pro parte (Lis. LI) (l)<br />

Var. hemileium Stapf loc. cit.: 197.<br />

Luanda: Quicuxe, Welwitsch 7326 (Lis. LI); arredores <strong>de</strong><br />

Luanda, Gossweüer 1615 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Capinais do mato xeröfilo.<br />

DISTR. GEOGR. : África Tropical, America do Sul Tropical.<br />

4. Schizachyrium ursulus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 197<br />

(1919).<br />

Bié: Ganguelas, Massacolas do rio Cuiriri perto <strong>de</strong> Cassuango,<br />

Gossweiler 2988 (Coi; Lis. JC); Vale do rio Tiengo,<br />

rio Cuíto, Gossweiler 4073 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Pastagens da floresta aberta.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

(l) No Herbário <strong>de</strong> Lisboa existem sob o número 2549 <strong>de</strong> Welwitsch duas espécies:<br />

Schizachyrium semiberbe var. flocculiferum e Tricholaena rósea Nees.


24<br />

F. A. Mendonca<br />

5. Schizachyrium Thollonii (Frenen.) Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix: 200 (1919).<br />

Andropogon Thollonii Franck., in Bull. Soc. Hist. Nat.<br />

Autun. VIII, 324 (1895).<br />

Andropogon lopollensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

II: 143 (1899).<br />

Huila : Lopolo, Welwitsch 2641 (Lis. XI).<br />

ECOLOGIA : Nas pastagens.<br />

DISTR. GEOGR. : Sul <strong>de</strong> Angola, Congo Belga, Congo Francês.<br />

Diectomis Kuntn<br />

1. Diectomis fastigiata Kuntk in Hum. & Bonpl., Nov.<br />

Gen. et Sp. I: 193, t. 64 (1815) excl. Synon. Beauv.— Stapf in<br />

Fl. Trop. Afr. ix: 207 (1919).<br />

Andropogon íastigiatus Sw., Prod. Veg. Ind. Occ: 26<br />

(1788), etFl. Ind. Occ: 207 (1797).-Rendle in Cat. Afr.<br />

Pl. Welw. II : 144 (1899).<br />

Cuanza Norte: Fntre Catete e Luxilo, Welwitsch 7416 (Lis. U);<br />

Pungo Andongo, Muta-Lucala, margens do Cuanza, Welwitsch<br />

4705 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Pastagens e capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Zona tropical do orbe.<br />

Andropogon L.<br />

1. Andropogon eucomus Nees, Fl. Afr. Austr.: 104 (1841).<br />

— Hack. in Bol. Soc. Brot. ra: 137 (1885) et in DC, Mon. Phan.<br />

vi: 421 (1899).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II; 146 (1899).-<br />

Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 230 (1919).


Agrostologia <strong>de</strong> Angola 25<br />

Cuanza Norte: Pungo Ândongo, Bumba, Condo, Welwitsch<br />

7442 (Lis. LI.)<br />

Huüa: Campinas <strong>de</strong> Humpata, Newton (Coi).<br />

Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 2324 (Lis. JC);<br />

margens do rio Tiengo, rio Cuíto, Gossweiler 2587 (Coi;<br />

Lis. JC).<br />

ECOLOGIA : Nas pastagens da floresta aberta.<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, África Austral, Uganda e<br />

Madagascar.<br />

2. Andropogon huillensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

II: 146 (1889).-Stapf in Fl. Trop. Aír. ix: 231 (1919).<br />

Huila: Humpata, Welwitsch 2670 (Coi; Lis. U), Welwitsch<br />

2644 (Lis. U) pro parte (l).<br />

Bié: Ganguelas, rio Tiengo, Gossweiler 2576 (Coi; Lis. JC),<br />

Gossweiler 4075 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Nas pastagens e matos abertos xerófilos.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica no Sul <strong>de</strong> Angola.<br />

3. Andropogon laxatus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 237<br />

(1919).<br />

Andropogon ternatus var. aíricanus Rendle in Cat.<br />

Afr. Pl. Welw. II: 147 (1899).<br />

Huüa: Humpata, Welwitsch 2643 (Lis. U) (in Stapf, loc.<br />

cit.: 2693, pro errore); Monino, "Welwitsch 2644 (Lis. LI) pro<br />

parte, (l)<br />

ECOLOGIA: Nas pastagens do mato aberto xerófilo.<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola eRhodésia<br />

(l) Sob o número 2644 <strong>de</strong> Welwitsch existem na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa 3 fôlhas<br />

<strong>de</strong> herbário contendo 10 exemplares dos quais apenas 1 pertence à espécie A. huillensis •<br />

Os 9 restantes pertencem à espécie A. laxatus.


F. A. Mendonça<br />

4. Andropogon pseudapricus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />

242 (1919).<br />

Bié: Ganéuelas, Vila Serpa Pinto, Gossweiler 4153 (Coi).<br />

ECOLOGIA : Prados búmidos.<br />

DISTR. GEOGR. : África Tropical.<br />

5. Andropogon amplectens Nees, Fl. Afr. Âustr.: 104<br />

(1841).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 243 (1919).<br />

Huila: Humpata, Pearson 2603 (II. v.).<br />

Var. diversifoiíus (Rendle) Stapf, loc. cit.: 244.<br />

Adropogon diversiíolius Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

II : 148 (1899).<br />

Cuanza Norte: Pungo Andon^o, entre Cagbvui e Candumba,<br />

Welwitsch 2833 (Coi; Lis. U).<br />

Bié: Ganéuelas, nascentes do rio Cuartiri, Luasinéa, Gossweiler<br />

2716 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: NOS capinais e pastagens.<br />

DISTR. GEOGR.: África Tropical e Austral.<br />

• 6. Andropogon Schinzii Hack, in DC, Mon. Phan. vi:<br />

458 (1889).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 245 (1919).<br />

Cuanza Norte: Cazengo, Ritari Hambeca, Quizonga, Camondai,<br />

Dalatando, Gossweiler 5800 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Nos capinais.<br />

DISTR. GEOGR. : África Equatorial e Austral.<br />

7. Andropogon schirensis Hocbst. in A. Ricb., Tent. Fl.<br />

Abyss, II: 456 (1847).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 148<br />

(1899).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 246 (1919).


Agrostologia <strong>de</strong> Angola 27<br />

Cuanza Norte : Entre N'Bila e Bumba, Welwitsch 7439 (Lis. U).<br />

Var. angustifolius Stapf in El. Cap. vu : 340 (1898) et in Fl.<br />

Trop. Afr. IX : 247 (1919).<br />

Zaire: Sumba, Peco, Maiangala, Gossweiler 8605 (Lis. JC).<br />

Cuanza Norte : Pungo Andongo, entre N'Bila e Bumba,<br />

Welwitsch 7439 (Lis. U).<br />

Bié: Vale do rio Luasinga, Gossweiler 2780 (Coi; Lis. JC) ;<br />

vale do rio Tiengo, rio Cuito, Gossweiler 3773 (Coi; Lis. JC),<br />

Gossweiler 3776 a (Coi).<br />

ECOLOGIA : Nos capinais e pastagens.<br />

DISTR. "GEOGR. : Forma típica, África Tropical, var. Angola e<br />

África Austral.<br />

8. Andropogon Dummeri var. calvus Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. IX : 249 (1919).<br />

Malange: Perto <strong>de</strong> Malange, várzeas búmidas, Gossweiler.<br />

806 (II. v.).<br />

(1919).<br />

ECOLOGIA: Nos capinais dos prados húmidos.<br />

DiSTR. GEOGR. : Angola. A forma típica LTganda e LTsambara.<br />

9. Andropogon tumidulus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 252<br />

Bié : Ganguelas, rio Cuito, margens do rio Tiengo, Gosswei­<br />

ler 2585 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: NOS capinais e pastagens.<br />

DiSTR. GEOGR. : Sul <strong>de</strong> Angola e Rho<strong>de</strong>sia.<br />

10. Andropogon textilis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II:<br />

144 (1899). - Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 255 (1919).


28<br />

F. A. Mendonça<br />

Cuanza Norte: Pungo Ândongo, entre N'Bila e Bumba, Welwitsch<br />

7440 (Lis. U).<br />

Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 2415 (Coi;<br />

Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Capinais dos lugares búmidos.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica.<br />

m e<br />

11. Andropogon gabonensis Stap in Journ. <strong>de</strong> Bot. 2.<br />

sér. II : 207 (1909), et in FI. Trop. Afr. ix: 260 (1919).<br />

Cabinda: Rio Cbiloango, Gossweiler 7171 (Coi; Lis. U),<br />

Gossweiler 8114 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: NOS capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Gabão, Congo Francês e Congo Belga.<br />

12. Andropogon Gayanus Kuntb, Enum. Pl. I: 491 (1833).—<br />

Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 261 (1919).<br />

Var. squamulatus (Hocbst.) Stapf, loc. cit.: 263.<br />

Andropogon squamulatus Hocbst. in Flora (1844): 244.<br />

Andropogon Gayanus Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

II : 148 (1899).<br />

manda : Maianga d'El-Rei, Welwitsch 7285 (Lis. LT); Gossweiler<br />

1542 (Coi), Gossweiler 1571 (Coi), Gossweiler 1613 (Coi).<br />

Cuanza Norte: Golungo Alto, Welwitsch 7249 (Lis. U); Cazengo,<br />

Câmondai, Dalatando, Gossweiler 5555 (Coi; Lis. JC);<br />

Lis. U), Gossweiler 5555 b (Coi; Lis. JC; Lis. U) : Dalatando,<br />

Welwitsch 2151 (Lis. LT); Pungo Andongo, Welwitsch 7402<br />

(Lis. U).<br />

Bíé: Ganguelas, entre Luasenba e Cutcbi, Gossweiler 3064<br />

(Coi); margens do rio Cubango, Vila da Ponte, Gossweiler<br />

3918 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: NOS capinais.<br />

DISTR. GEOGR. : África tropical.


Ägrostologia <strong>de</strong> Angola 29<br />

Diheteropogon Stopf<br />

1. Diheteropogon Buchneri (Hack.) Stapf in Hook Ic. Pl.<br />

sub t. 3093 (1922).<br />

Andropogon Buchneri Hack, in DC. Mon. Phan. vi:<br />

649 (1899).<br />

Malange: Buchner (II. v.).<br />

ECOLOGIA: Nos capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica na região planáltica <strong>de</strong> Angola.<br />

2. Diheteropogon grandiflorus (Hack.) Stapf in Hook. Ic.<br />

Pl t. 3093 (1922).<br />

Heteropogon ¿randiílorus Renale in Cat. Afr. Pl<br />

Welw. Ii: 153 (1899).<br />

congo: Tlije, Gossweiler 7513 (Lis. LI).<br />

Cuanza Norte: Pungo Andongo, margens do Cuanza, Weiwitsch<br />

2777 (Lis. U).<br />

Malange: Quirima, rio Zombo, Gossweiler 9497 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Capinais e florestas abertas.<br />

DisTR. GEOGR.: Congo Belga e Nigéria.<br />

Cymbopogon Spreng<br />

1. Cymbopogon citratus (DC.) Stapf in Kew, Bull. Mise.<br />

Inf. 1906: 357, et in Fl. Trop. Afr. ix: 282 (1919).<br />

Andropogon citratus DC, Cat. Hort. Monsp.: 78 (1813).<br />

Cymbopogon Nardus Rendle in Cat. Afr. Pl Welw.<br />

Ii: 155 (1899).


So<br />

F. Ã. Mendonça*<br />

Luanda : Jardins <strong>de</strong> Luanda, Welwitsch 7288 (Lis LI).<br />

Mossãme<strong>de</strong>s I Hortas <strong>de</strong> Cavaleiros, Welwitsch 2284 (Lis. LI.)'<br />

ECOLOGIA: Cultivado.<br />

DiSTR. GEOGR.: Originário- da India e cultivado' em todo o<br />

orbe tropical.<br />

1. Cymbopdgon <strong>de</strong>nsiflorus (Stead.) Stapf in Kew. BulL<br />

Misc. Inf., 1906, 357 et in Fl. Trop. Afr. ix: 289 (1919).<br />

Andropogon<br />

(1855).<br />

<strong>de</strong>nsiflorus Steud., Syn. Pl. Glum, I: 386*<br />

Andropogon schoenanthus subsp. <strong>de</strong>nsiflorus Hack, in<br />

DC, Mon. Phan. vi: 609 (1889).- Dur. & Skinz, Consp.<br />

Fl. Afr. v í 722 (1895).<br />

Cymbopogon schoenanthus var. <strong>de</strong>nsiflorus Rendle in<br />

Cat. Afr. Pl. Welw. II: 154 (1899).<br />

Cymbopogon schoenanthus var. stypticus Rendle, loc<br />

cit.<br />

Andropogon stypticus Welw., Syn. Fxpl.: 27 (1862).<br />

Cymbopogon stypticus (Welw.) Fritsck in Bull. Herb.<br />

m e<br />

Boíss. 2. ser. I: 1099 (1901).<br />

Cabinda : Maíumba, Buco Zau, cult., Gossweiler 7307 (Coi;<br />

Lis. U; Lis. JC).<br />

Cuanza Morte; Golungo Alto, Sange, Welwitsch 3006 (Lis. U),<br />

Welwitsch 7238 (Lis. U) ; Pungo Andongo, margens do Cuanza,<br />

Welwitsch 2725 (Lis. LI); entre Candumba e Mongue, Welwitsch<br />

7428 (Lis. LI); Cazengo, Gossweiler 803 (Lis. JC).<br />

Sem notas : Welwitsch 2952 (Coi; Lis. U).<br />

Lunda: Posto Nor<strong>de</strong>ste, cultivado na Sanzala do Soba Cackima,<br />

margens do Cassai, Carrisso Sõ Mendonça (Coi).<br />

Mossãme<strong>de</strong>s : Leitão, (Coi) ; Bentiaba, Capangombe, Tampa,<br />

Newton (Coi).<br />

Huila: Entre Lopolo e Nene, Welwitsch 7526 (Coi; Lis. U),<br />

B¡é: Ganguelas, Rio Cuito, nas culturas dos indígenas.<br />

Gossweiler 2574 (Coi; Lis. JC).


Ägrostologia <strong>de</strong> Angola<br />

Hyparrhenia An<strong>de</strong>rs.<br />

1. Hyparrhenia finitima (Höchst.) Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />

299 (1919).<br />

Andropogon finitimus Höchst ex A. Rieh. Tent. Fl.<br />

Abyss. II: 465 (1847).<br />

Cymbopogon £nitimus Rendle in Cat. Afr. PI Welw.<br />

in 157 (1899).<br />

Cuanza Norte: Pungo Andongo, pr. Cagkui, Welwitsch 2838<br />

(Lis. U).<br />

ECOLOG-IA: Capinais e florestas secundarias.<br />

DISTR. GEOGR. : Congo Belga, territorios do Nilo, India, Maüxicias<br />

e Seycheles.<br />

2. Heparrhenia rufa (Nees) Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 304<br />

(1919).<br />

Trachypogon rufus Nees, Agrost. Bras. 345 (1829).<br />

Andropogon rufus Kunth Enum. I: 492 (1833).— Pilger<br />

in Warburg, Baum Kunene Samb» Exped. 174 (1903)<br />

Cymbopogon rufus var. genuinus (Hack.) Rendle in<br />

Cat. Afr. Pl. Welw. Ii: 155 (1899).<br />

Cymbopogon rxtfus var. fulvicomus (Hack.) Rendle<br />

loc. cit.<br />

Luanda: Lugares kümidos do Mussedue, Gossweiler 402<br />

(Eis. JC).<br />

Cuanza Norte: Icolo e Bengo, margens do Bengo, Welwitsch<br />

7195 (Coi; Eis. II); Tunda e Quinfandongo, Welwitsch 7196<br />

(Eis. U); Sange, Welwitsch 2954 (Lis. U): margens do rio<br />

Cuango, Welwitsch 7224 (Lis. U); Sange, Welwitsch 7246 (Coi;<br />

Lis. U); Horta <strong>de</strong> Sange, Welwitsch 7264 (Lis. U); (sem notas)<br />

Welwitsch 2984 c (Lis. U); Cazengo, Camondai Dalatando,<br />

Gossweiler 5559 (Coi; Lis. LI; Lis. JC).<br />

Huna: Lopolo, Welwitsch 7511 (Lis. U); rio Ckitanda, Baum<br />

198 (Coi).<br />

ßie ; Vila da Ponte, Gossweiler 3927 (Coi; Lis. JC).


F. A. Mendonça<br />

Var. major (Rendle) Stapf loc. cit. 306.<br />

Cymhopogon rufus var. major Rendle loc. cit.<br />

Cuanza Norte: Pungo Andoneo, Ilha <strong>de</strong> Cambamba, Welwitsch<br />

7409 (Lis. U); Cazengo, Camondai, Dalatando, Gossweiler 4948<br />

(Coi; Lis. U; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA : Capinais e pastagens da floresta aberta.<br />

DISTR. GEOGR. : África tropical, Ilhas Mascarenbas, Brasil.<br />

3. Hyparrhenia poecilofricha (Hack.) Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix: 309 (1919).<br />

Andropogon poecilotrichus Hack. in Bol. Soc. Brot. III:<br />

138, t. 2, fié. 3 (1885); &£) DC. Mon. Phan. vi: 638 (1889);<br />

Dur. & Sckinz Consp. Fl. Afr. v: 720 (1895).<br />

Huila : rio Nene, Humpata, Newton (Coi).<br />

ECOLOGIA : Campos <strong>de</strong> cultura abandonados.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

4. Hyparrhenia vulpina Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 310<br />

(1919).<br />

Bié : Ganéuelas, nos prados perto <strong>de</strong> Vila Serpa Pinto, rio<br />

Cuebe, Gossweiler 4152 Coi ; Lis. JC) ; Gossweiler 2630 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Capinais e pastagens.<br />

DISTR. GEOGR. : Sul <strong>de</strong> Anéola eRhodésia.<br />

5. Hyparrhenia hirta (L.) Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 315<br />

(1919).<br />

Andropogon hirtus var. podotrichus Hack in Bol. Soc.<br />

Brot. III: 137 (1885) et in DC. Mon. Phan. vi: 618 (1889).


Huna : Lobango, Newton (Coi).<br />

Agrostologia <strong>de</strong> Angola 33<br />

ECOLOGIA : Lugares áridos das altitu<strong>de</strong>s.<br />

DISTR. GEOGR.: Da região mediterrânica através da África<br />

central até ao Cabo.<br />

6. Hyparrhenia grallata Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 320<br />

(1919).<br />

Bié: Gangueras, nas matas abertas do vale do rio Cuiriri,<br />

Gossweiler 2781 (Coi; Lis. JC); vale do rio Gobi, río Cuito,<br />

Gossweiler 4040 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Pastagens das matas abertas.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

7. Hyparrhenia filipéndula (Hocbst.) Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix: 322 (1919).<br />

Andropogon filipendulus Hocbst. in Flora, 1846: 115.<br />

Cymbopo¿on filipendulus var. an¿olensis Rendle in<br />

Cat. Afr. Pl. Welw. II: 157 (1899).<br />

Cuanza Norte: Pungo Andongo, floresta aberta próximo <strong>de</strong><br />

Calembo, Welwitsch 7438 (Lis. II); prados búmidos, Sansamanda,<br />

Welwitsch 2783b (Lis. U), 2773 (Us. U).<br />

Sern notas : Welwitsch 2948 b (Lis. IT).<br />

Malange: Entre Llnziga e Lucala, Gossweiler 902 pro parte<br />

(fidé el. Stapf), (II. v.).<br />

Hulla: Morro <strong>de</strong> Monino, Welwitsch 7524 (Lis. U).<br />

Bié: Ganguelas, margens do rio Cuiriri, Cassuango, Gos.sweiler<br />

3717 (Coi; Lis. II; Lis. JC); N'Jaia, Vila Serpa Pinto,<br />

Gossweiler 3119 (Coi).<br />

Var. pilosa (Hocbst.) Stapf loc. cit.: 324.<br />

Andropogon filipendulus var. pilosus Hocbst loc. cit.<br />

— Hack in DC. Mon. Phan. vi: 635 (1889).— Dur. & Scbinz<br />

Consp. Fl. Afr. v:712 (1895).


34<br />

F. A. Mendonça<br />

Andropogon ñnitimus var. rectirameus Hack, in Bol.<br />

Soc. Brot. III: 137 (1885).<br />

Cazengo : Quissonga, Camondai, Dalatando, Gossweiîer 5804<br />

(Coi; Lis. LT; Lis. JC).<br />

Huila: Lubango, Newton (Coi).<br />

Bié: Ganguelas, Vila Serpa Pinto, Gossweiîer 4150 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Nos capinais.<br />

DiSTR. GEOGR. : África Tropical e Austral, India, Malasia e<br />

Austrália.<br />

8. Hyparrhenia familiaris (Steud.) Stapf in Fl. Trop. Âfr.<br />

ix : 325 (1919).<br />

Andropogon familiaris Steud. Syn. Pl. Glum. I : 385<br />

(1855).<br />

Cabinda: Junto à praia da Vila <strong>de</strong> Cabinda, Gossweiîer 6446<br />

(Coi; Lis. U; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Gabão, Congo Belga, Uganda.<br />

9. Hiparrhenia Ruprechtii Fourn. Méx. Pl. Gram.: 67<br />

(1886).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 326 (1919).<br />

Andropogon macrolepis Hack, in Flora, 1885: 125; et<br />

in DC. Mon. Phan. vi: 646 (1889) pro parte quoad spec.<br />

Angola-Dur. &£ Schinz Consp. Fl. Afr. v: 717 (1895) pro<br />

parte quoad spec. Angola. — Pilger in Warburg Baum<br />

Kunen-Samb. Exp.: 174 (1903).<br />

Cymbopogon Ruprechtii Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

II: 160 (1899).<br />

cabinda: Nos capinais, Vila <strong>de</strong> Cabinda, Gossweiler 6443<br />

(Lis. JC).<br />

congo: Llije, Gossweiler 7512 (Coi; Lis. JC).<br />

Luanda: Gossweiler 24 (Lis. LI).


Agrostologia <strong>de</strong> Angola<br />

Cuanza Norte: Pungo<br />

(Lis. U).<br />

Andongo, Calunda, Welwitsch 2712<br />

Huila: Monino, Welwitsch 7523 (Lis. LT); P. e<br />

Antunes (Coi).<br />

Bié: Ganguelas, rio Cuíto, rio Tiengo, Gossweiler 3660 (Coi),<br />

2761 (Coi); rio Cuíto, Baum 777 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Nos capinais e pastagens das florestas abertas.<br />

DISTR. GEOGR. : África Tropical e Austral, Madagáscar, América<br />

Tropical.<br />

10. Hyparrhenia cymbaria (L.) Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />

332 (1919).<br />

Andropogon cymbatius L. Mant. Alt.: 303 (1771).<br />

Cymhopogon elegans Spreng. Pl. Min. Cogn. Pug. II;<br />

14 (1815).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. ri: 157 (1899).<br />

Cuanza Norte . Golungo Alto, Monte <strong>de</strong> Queta, Welwitsch<br />

7300 (Coi; Lis. LI); Cacarambola, Welwitsch 2974 (Lis. U).<br />

Benguela: Songue, Anka, GossWeiler 1714 (Coi; Lis. JC);<br />

Castro 190 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Nos capinais e pastagens das florestas abertas.<br />

DISTR. GEOGR. : África Tropical e Madagáscar.<br />

11. Hyparrhenia spectabilis Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 338<br />

(1919).<br />

Cymbopogon Schimperi Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

II : 155 (1899).<br />

cabinda : Maiumba, Subluali, Gossweiler 7171 (Lis. JC).<br />

Cuanza Norte : Cazengo, Dalatando, Welwitsch 2947 (Lis. U);<br />

Ritari Ambeca, Quisonga Camondai, Gossweiler 5805 (Coi;<br />

Lis. U; Lis. JC); Golungo Alto, Welwitsch2953 (Coi; Lis. U);<br />

Cacarambola, Sange, Welwitsch 7247 (Lis. U).<br />

sem notas : Weîwitsch 2948 (Lis. U).<br />

Cuanza sui : Seles, Gossweiler 9302 (Coi).<br />

sem notas: Gossweiler 27 (Lis. U), 7172 (Coi; Lis. U).


36<br />

ECOLOGIA: Capinais.<br />

F. A. Mendonça<br />

DISTR. GEOGR.: De Cabinda até ao centro <strong>de</strong> Angola.<br />

12. Hyparrhenia rudis Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 344 (1919).<br />

Bié: Ganguelas, N'Jaia, Vila Serpa Pinto, Gossweiler 3121<br />

(Coi) ; Gossweiler 3129 (Coi) ; Gossweiler 4151 (Lis. JC) ; margens<br />

do rio Cubango, Vila da Ponte, Gossweiler 3919 (Coi;<br />

Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: NOS capinais.<br />

DiSTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

13. Hyparrhenia confinis (Hochst.) An<strong>de</strong>rs, in Scbweinf.<br />

Beitr. Fl. Aetbiop.: 306 (1867).- Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 353<br />

(1919).<br />

Ãndropogon confinis Hockst. ex A. Ricb., Tent. Fl.<br />

Abyss, II: 461 (1844).<br />

Cymbopogon Welwitschii var. minor Rendle in Cat.<br />

Afr. Pl. Welw. II: 159 (1899).<br />

Cuanza Norte -. Pungo Andongo, Pedra <strong>de</strong> Cabondo, Welwitsch<br />

2820 (Coi; Lis. LI); entre Pungo Andongo e Catete, Welwitsch<br />

7420 (Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Capinais e pastagens da floresta aberta.<br />

DISTR. GEOGR.: Abissínia e Ubangui.<br />

14. Hyparrhenia Welwitschii (Rendle) Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix: 356 (1919).<br />

Cymbopoéon Welwitschii Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

II: 157 (1899).<br />

Cuanza Norte: Golungo Alto, Sobato <strong>de</strong> Munengue, Welwitsch<br />

7190 (Coi; Lis. TI); Un<strong>de</strong>le e Cambondo, Welwitsch 2955


Agrostologia <strong>de</strong> Angoh 37<br />

(Lis. II) ; Sange, Bengo, Welwitsch 2956 ;(Lis. XI) ; rio Cuango,<br />

Welwitsch 3000 (Lis. U), Welwitsch 3284 (Lis. II).<br />

ECOLOGIA: Capinais e orlas das florestas,<br />

DISTR. GEOGR. : Camarões e Guiné Francesa.<br />

l5. Hyparrhenja bracteata (Humb. SD Bonpl.) Stapf in Fl.<br />

Trop. Afr. IX : 360 (1919).<br />

Andropogon bracteatus Humb. & Bonpl. ex Willd. in<br />

Linn. Sp. Pl. IV : 914 (1806).<br />

Cymbopogon Humboldtji Spreng., Pl. Min. Cogn. II :<br />

15 (1815).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 159 (1899).<br />

Cuanza Norte : Pungo Andongo, Candumba, Welwitsch 2758<br />

(Stapf loc. cit. II.° 1758, pro errore), (Lis. II).<br />

Huila: Lago Ivantala, Welwitsch 7513 (Lis. II); Monino,<br />

Welwitsch 7514 (Coi; Lis. II); entre Monino e Lago Ivantala,<br />

Welwitsch 7512 (Lis. II); entre Lopolo e Monino, Welwitsch<br />

2657 (Lis. LI).<br />

Bié : Ganguelas, rio Cuebe, margens do rio Cambambe,<br />

Gossweiler 2598 (Coi),. 2598 b. (Lis. JC); Vila Serpa Pinto,<br />

GossTvei/er 3124 (Coi) ; rio Cuito, vale do rio Tiengo, Gossweiler<br />

2577 (Coi ; Lis. JC) ; rio Cubango, Vila da Ponte, Gossweiler<br />

3924 (Coi ; Lis. JC), 3925 (Coi ; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Capinais e pastagens da floresta aberta.<br />

DiSTR. GEOGR. : Congo Belga, América Tropical.<br />

16, Hyparrhenia Newtonii (Hack.) Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />

ix : 363 (1919).<br />

Andropogon Newtonii Hack. in Bol. Soc. Brot. ni:<br />

137, t. 2, fig. 4 (1885), et in DC. Mon.Phan. vi: 644 (1889).<br />

— Dur. SÔ Scbinz Consp. Fl. Afr. V: 719 (1895).<br />

Huila: Humpata, Newton (Coi).


38 F. A. Mendonça<br />

Var. macra Stapf loc. cit. : 364,<br />

Blé: Ganguelas, vale do rio Cuelei, Ankara Carandá, Gossweiler<br />

2456 (Coi; Lis. JC), Gossweiler 2460 (Lis. JC) ; Vila<br />

Serpa Pinto, prados da nascente do rio Cuartiri, rio Cubango,<br />

Gossweiler 2632 (Lis. JC).<br />

ECOLOGIA : Pastagens e capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola e Rhodésía.<br />

-17. Hyparrhenfa diplandra (Hack.) Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />

JX: 368 (1919). 81) ¿1<br />

Andropogon diplandrus Hack, in Flora (1885), 123, et<br />

in DC, Mon. Phan. vi: 627 (1889). — Dur. & Sckinz, Consp.<br />

Fl. Afr. v: 710 (1895).<br />

Cymbopogon Phoenix Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

II: 156 (1899).<br />

Cuanza Horte: Golungo Alto, Monte <strong>de</strong> Bumba, Welwitsch<br />

7197 (Lis. LI); Fönte Capopa, Welwitsch 7226 (Lis U);<br />

Cazengo, entre Camondai e Dalatando, Gossweiler 5728 (Coi;<br />

Lis U), 5731 (Coi).<br />

Maiange: Buchner 99 (II. v.); Gossweiler 901 (II. v.).<br />

Bie: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 3917 (Lis JC).<br />

ECOLOGIA: Capinais e pastagens.<br />

DISTR. GEOGR.: África intertropicak<br />

18. Hyparrhenia Gossweileri Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 371<br />

(1919).<br />

Bio: Vila Serpa Pinto, Gossweiler 3085 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Capinais e pastagens da floresta aberta xerófila.<br />

DiSTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.


Agrostologis Angola 39<br />

l9. Hyparrhenia andongensis (Rendle) Stapf in FL Trop.<br />

Äfr. iv: 373 (1919).<br />

Cymbopogon andongensis Rendle in Cat, Afr. Pl Welw.<br />

II:159 (1899).<br />

Cuanza Norte: Pungo Andongo, Caghui, Welwitsch. 2728<br />

(Lis. U); Mopopo, Welwitsch 7396 (Coi; Lis, LI).<br />

ECOLOGIA: Lugares róenosos e matagais.<br />

DISTE., GEOGR.: Endémica.<br />

Monocymbium Stapf<br />

1. Monocymbium ceresQforme (Nees) Stapf in Fl. Trop.<br />

Afr. ix: 387 (1919).<br />

Andropogon ceresüformis Nees FI. Afr. Austr. : 109<br />

(1841). - Rendle in Cat. Afr. Pl Welw. Ii: 145 (1899).<br />

Huila : Serra Oahuia, Welwitsch 2667 (Lis. LI).<br />

Bié : Ganguelas, vale do rio Campulua, rio Cuito, Gossweiler<br />

2788 (Coi; Lis. JC); margens do rio Tiengo, rio Cuito, Gossweiler<br />

4074 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Prados e capinais do mato aberto.<br />

DISTR. GEOGR.: África Tropical e Austral.<br />

Trachypogon Nees<br />

1. Trachypogon Thollonii (French) Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />

ix: 402 (1919).<br />

Trachypogon polymorphus var. Thollonii French in<br />

Bull. Soc. Hist. Nat. Autan. vni: 322 (1895) pro parte (fi<strong>de</strong><br />

cl. Stapf).


4o<br />

F. A. Mendonça<br />

Cuanza Norte: Nos prados <strong>de</strong> Quitimba, Camabatela, Gossweiler<br />

7438 (Coi; Lis. U; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA : Nos capinais.<br />

DISTR. GEOGR.: Norte <strong>de</strong> Angola, Gabão Francês, Congo<br />

Francês.<br />

2. Trachypogon plumosus Nees Agrost. Bras.: 344 (1829).<br />

-Stapf in Fl. Trop. Air. ix: 403 (1919).<br />

Huila: Lopolo, Welwitsch 7515 (Lis. U) pro parte.<br />

Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossiweiler 2422 (Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Capinais das planicies arenosas.<br />

DISTR. GEOGR.: Africa Tropical e Austral, Madagascar, América<br />

Tropical.<br />

3. Trachypogon durus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix : 405 (1919).<br />

Bié : Ganguelas, Anbara Caranda, rio Cuelei, perto <strong>de</strong> Vila<br />

Serpa Pinto, Gossweiler 2453 (Coi; Lis. JC); nos prados do rio<br />

Cuito, Gossweiler 3199 (Coi; Lis. JC).<br />

ECOLOGIA : Capinais dos lugares húmidos.<br />

DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />

Pleia<strong>de</strong>lphia Stapf<br />

1. Pleia<strong>de</strong>lphia Gossweileri Stapf in Hook. Ic. Pl. t. 3121<br />

(1927.)<br />

Zaire : Sumba, Peco, Gossweiler 8739b (Lis. JC).<br />

ECOLOGIA: Capinais dos lugares húmidos.<br />

DISTR. GEOGR.: Endémica.


Aérostolo¿ia <strong>de</strong> Angola 4l<br />

Heteropogon Pers.<br />

1. Heteropogon contortus (L.) Roem. &d Sckult. in Linn.<br />

Syst. Veg. li: 836 (1817). - Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 411 (1919).<br />

Andropogon contortus L. Sp. Pl. ed. I: 1045 (1753).<br />

Andropogon contortus subvar. Allionü Hack, in DC.<br />

Mon. Pkan vi: 585 (1889). -Dur. &£ Sckinz Consp. Fl. Afr.<br />

v: 709 (1895).<br />

Heteropogon hirtus Pers. Syn. II: 533 (1807). — Rendle<br />

in Cat. Afr. Pl Welw. li: 153 (1899).<br />

Heteropogon contortus var. Allionii Hack, in Bol. Soc.<br />

Brot. in: 137 (1885).<br />

Luanda: Welwitsch 7368c (1) (Lis. XI); Bôa Vista, Welwitsch<br />

7059 (Lis. U).<br />

sem notas: Welwitsch 7359b (Lis. II), 7368 (Lis. II), 7368b<br />

(Lis. U).<br />

Cuanza Norte: Cassualala, Gossweiler 5816 (Coi; Lis. JC; Lis.<br />

II), Gossweiler 5816b (Coi; Lis. JC; Lis. II), Gossweiler 7514<br />

(Coi; Lis. JC; Lis. TI); (Sem notas), Welwitsch 2950 (Lis. LI),<br />

Welwitsch 2972 (Lis. U); Cazengo, Camondaí, Dalatando,<br />

Gossweiler 5865 (Coi; Lis. JC; Lis. II); Pungo Andoneo,<br />

Ltrxilo, Welwitsch 2743 (Lis. II); Sansamanda, Welwitsch 2784<br />

(Lis. U), Welwitsch 2786 (Lis. II); Presídio, Welwitsch 2783<br />

(Coi; Lis. II); Pedras <strong>de</strong> Guinea, Welwitsch 2806 (Coi; Lis. II).<br />

Cuanza sul: Libólos, Calulo, Grossweiler 6375 (Coi; Lis. JC;<br />

Lis. II); Seles, Gossweiler 9350 (Cot).<br />

Hulla: Lopolo, Welwitsch 7515 (Lis. II); pro parte (2) Lubango<br />

Newton (Coi).<br />

sem notas: Gossweiler 1 (Lis. II), 1547 (Coi), 1582 (Coi),<br />

1671 (Coi), 2424 (Coi), 6356 (Coi), 5772 (Coi; Lis. JC; Lis. U).<br />

(l) O exemplar sob o número 7368c <strong>de</strong> Welwitsch existente em (Lis. U) está<br />

completo e é sem dúvida Heteropogon contortus. Rendle examinando o exemplar incompleto<br />

do British Museum, atribuiu-o sob reserva à espécie Andropogon Gayanus.<br />

(z) Nas quatro fôlhas do herbário <strong>de</strong> (Lis. U) sob êste número <strong>de</strong> Welwitsch,<br />

três contêm esta espécie e uma (a portadora da etiqueta original) contém exemplares <strong>de</strong><br />

Trachypogon .plumosus Nees, enumerado acima. V


42<br />

F. A. Mendonça<br />

ECOLOGIA: NOS prados e capinais, lugares áridos e incultos.<br />

DISTE.. GEOGR. : Todo o orbe tropical e subtropical.<br />

2. Heteropogon melanocarpus (Mueblenb.) Bentb. in<br />

Journ. Linn. Soc. Bot. xix: 71 (1881). — Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />

ix : 413 (1919).<br />

Stipa melanocarpa Mueblenb., Descr. Gram. Amer.<br />

Sept.: 183 (1817).<br />

Heteropogon acuminatus Trin. in Mém. Acad. Peters.<br />

6. me<br />

Ser. il : 254 (1832). - Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />

H : 153 (1899).<br />

Cabinda : Gossweilermi (Lis. JC).<br />

Zaire: Sumba, Peco, Gossweiler 8734b (Lis. JC).<br />

Cuanza Norte: Cassualala, Gossweiler 6445 (Coi; Lis. JC).<br />

Pungo Andongo, entre Mopopo e Sansamanda, Welwitsch 7388,<br />

(Lis. U).<br />

ECOLOGIA: Capinais da floresta aberta xerófila e subxerófila.<br />

DiSTR. GEOGR.: Todo o orbe tropical.<br />

Themeda Forsk.<br />

1. Themeda triandra Forsk., Fl. Aegipt-Arab. : 178 (1775).<br />

-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 161 (1899). - Stapf in Fl.<br />

Irop. Afr. ix : 416 (1919).<br />

Anthistiria ciliata var. Burchellii Hack. in Bol. Soc.<br />

Brot. ra : 139 (1885).<br />

Cuanza Norte : Pungo Andongo, Sansamanda, Welwitsch 2755<br />

(Lis. II); Lomba e Quibinda, Welwitsch 2839 (Lis. II).<br />

Malange : Dunda, Baixa <strong>de</strong> Cassange; Gossweiler 9523 (Coi).<br />

Huüa: Moníno, Welwitsch 2701 (Lis. U): Humpata, Newton<br />

(Coi).<br />

Bié : Vila da Ponte, Gossweiler 2419 (Coi).<br />

ECOLOGIA: Prados e capinais da floresta aberta.<br />

DISTR. GEOGR.: África e Asia tropical e subtropical, Austrália.


SUPLEMENTO <strong>DA</strong><br />

FLORA DE PORTUGAL<br />

(PLANTAS VASCULARES)<br />

POR<br />

ANTÓNIO XAVIER PEREIRA COUTINHO<br />

INTRODUÇÃO<br />

QUANDO em l9l3 publiquei a Flora <strong>de</strong> Portugai, eu sabia<br />

muito bem que ela não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ter muitas omissões<br />

e muitas incorrecções; isto mesmo fiz sentir na Introdução<br />

que então Ibe escrevi, e isto mesmo provam os sete fascículos <strong>de</strong><br />

Notas com que tentei conservá-la em dia e melborá-la.<br />

Estas Notas, como oportunamente indiquei,, baseei-as, parte<br />

em estudos meus e nas berborizações do meu pessoal da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa, parte nos resultados conbecidos das berborizações<br />

das Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coimbra e do Porto, bem como<br />

nas <strong>de</strong> alguns particulares, e ainda em benévolas indicações <strong>de</strong><br />

diversas procedências, não poucas vindas do estrangeiro.<br />

Entre as mo<strong>de</strong>rnas berborizações particulares portuguesas<br />

<strong>de</strong>vo <strong>de</strong>stacar as do sr. P. e<br />

Miranda Lopes, digno Prior <strong>de</strong><br />

Argoselo, que, com persistência incansável, tem procurado conhecer<br />

a flora do seu concelho do Vimioso, colhendo gran<strong>de</strong> cópia<br />

<strong>de</strong> plantas, entre as quais bastantes novas para a flora do país.<br />

Quanto às indicações recebidas sôbre adições ou correcções,.e<br />

algumas foram bem valiosas, todas agra<strong>de</strong>ci e agra<strong>de</strong>ço, mesmo<br />

aquelas poucas que entendi não po<strong>de</strong>r utilizar.<br />

Mas os meus fascículos <strong>de</strong> Notas tiveram tiragens reduzidas<br />

e <strong>de</strong>siguais, estão quási todos ou todos esgotados, além <strong>de</strong> que o<br />

seu manejo se torna difícil na prática, pela forçada dispersão<br />

da matéria. Daqui nasceu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> os reimprimir em edição<br />

conjunta, ficando tôda a matéria or<strong>de</strong>nada <strong>de</strong>ntro das respectivas<br />

Famílias em conformida<strong>de</strong> com a Flora; e como, posterior­<br />

mente a l93


44 António Xaxier Pereira Coutinho<br />

reimpressão não foi minka: partiu dos Professores e Naturalista<br />

do Instituto Botânico <strong>de</strong> Coimbra; e eu não posso, nem <strong>de</strong>vo,<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> acentuar aqui, como preito <strong>de</strong> gratidão, a gran<strong>de</strong><br />

influência que nos meus trabalkos botânicos teve sempre a<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra. O dr. J. Henriques, com quem<br />

mantive íntima amiza<strong>de</strong> durante mais <strong>de</strong> 40 anos, principiou a<br />

auxiliar-me quando em 1876 iniciei em Bragança os meus<br />

ensaios <strong>de</strong> classificação; animou-me <strong>de</strong>pois a fazer a revisão do<br />

Género Quercus, o meu primeiro trabalko da especialida<strong>de</strong>, e<br />

em seguida a revisão <strong>de</strong> várias Famílias da Flora Portuguesa,<br />

pondo sempre à minka disposição os seus Herbários e os seus<br />

livros; com o seu Naturalista J. <strong>de</strong> Mariz e o seu Jardineíro-<br />

-ckefe A. Moller também conservei as melkores relações. Aos<br />

seus dignos sucessores, Professores dr. L. Carrisso, dr. A. Quíntanilka<br />

e Naturalista A. Mendonça, os dois últimos antigos<br />

alunos da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong>vo a continuação ininterrupta<br />

dos mesmos sentimentos e <strong>de</strong> análogos favores.<br />

Antes <strong>de</strong> terminar não resisto a repetir o que digo na<br />

Introdução da Flora: o fim principal dêste meu trabalho é facilitar<br />

a <strong>de</strong>terminação das plantas portuguesas e, sob êste ponto<br />

<strong>de</strong> vista restrito, o valor taxonómico <strong>de</strong> cada grupo, variável<br />

com o modo <strong>de</strong> apreciação individual, fica sem dúvida secundário.<br />

Por outro lado, o artifício das ckaves dicotômicas, usado para a<br />

mais fácil <strong>de</strong>terminação, nem sempre consegue guardar na<br />

enumeração das espécies a or<strong>de</strong>m mais natural, que nunca ali<br />

<strong>de</strong>ve ser procurada.<br />

F <strong>de</strong> advertir ainda que os fascículos <strong>de</strong> Notas, assim agora<br />

reunidos, têm <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r a sua feição <strong>de</strong> Notas e seguirem o<br />

plano da Flora, da qual passam a constituir o Suplemento, isto<br />

é, uma continuação.<br />

Notarei, por último, que sendo a Flora mais propriamente<br />

um Resumo da Flora <strong>de</strong> Portugal, não marco os colectores das<br />

espécies, ao que se não prestam as ckaves dicotômicas, mesmo<br />

que as plantas sejam novas para o nosso país, logo que já<br />

tenkam sido publicadas em trabalko impresso, límitando-me a<br />

nomear o colector das ainda inéditas.<br />

Quinta da Ribeira <strong>de</strong> Capari<strong>de</strong> —S. Pedro do Estoril, Fevereiro <strong>de</strong> 1935.<br />

ANTÓNIO XAVIER PEREIRA COUTINHO


Adições, substituições e correcções à Flora.<br />

CHAVES <strong>DA</strong>S FAMÍLIAS<br />

(pág. 17 a 37)<br />

As chaves seguintes substituem na Flora as que têm número igual:<br />

Esporângios contidos em invólucros fechados (esporocarpos),<br />

pediculados ou subsésseis, inseridos na base das<br />

fôlhas e às vezes com o pedículo a<strong>de</strong>rente ao pecíolo;<br />

esporos <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>zas (macrósporos e micrósporos).<br />

Plantas aquáticas ou dos lugares húmidos. . . 3 bis<br />

Esporângios encerrados em cavida<strong>de</strong>s da bainha dilatada<br />

das fôlhas; esporos <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>zas. Plantas <strong>de</strong> caule<br />

rizomatcso curto e grosso, com as fôlhas linear-assoveladas<br />

ou filiformes, semelhando quási um tufo <strong>de</strong><br />

Gramínea Isoetáceas (pág. 47)<br />

Esporângios não encerrados em esporocarpos, nem em<br />

cavida<strong>de</strong>s da bainha das fôlhas 4<br />

Macrosporângios e microsporângios em esporocarpos<br />

distintos; fôlhas simples, imbricadas, pequenas e relativamente<br />

largas . . . . . Salviniáceas, pág. 48 (I)<br />

Macrosporângios e microsporângios no mesmo esporocarpo;<br />

fôlhas 4-foliadas ou linear-assoveladas.<br />

Marsiliáceas (pág. 45)<br />

Flores com perianto 6-mero . . . . . . . . . . 25<br />

Flores com perianto não ou só aci<strong>de</strong>ntalmente 6-mero<br />

(1-5-mero ou 7-12-mero ou indiviso), ou as femininas<br />

às vezes sem perianto 33<br />

Plantas sem clorofila, carnudas, amarelas ou vermelhas,<br />

com as fôlhas substituidas por escamas, e parasitas das<br />

raízes das plantas ver<strong>de</strong>s , . . . 33 bis<br />

Plantas com clorofila, enraizadas na terra . . . . 34<br />

(l) A indicação das páginas <strong>de</strong>ntro dum parêntese refere-se a páginas da Flora;<br />

sem parêntese a páginas dêste Suplemento.


António Xavier Pereira Coutinho<br />

Perianto com 1-5 tépalas livres, linear-lanceloadas; estames<br />

1; fruto monospérmico. Planta poligâmica, parasita<br />

das Quenopodiáceas e Frankeniáceas.<br />

Cinomoriáceas, pág. 79<br />

Períanto gamotépalo, 4-5-<strong>de</strong>ntado; estames 6-10 mona<strong>de</strong>lfos;<br />

fruto políspérmico. Planta monóica, parasita<br />

das Cistáceas Rafflesiáceas (pág. 175)<br />

Flores dióicas, as femininas dispostas em capítulos globosos<br />

e produzindo cada uma 1 aquénio sôbre um longo<br />

pedículo carnudo vermelbo, as masculinas dispostas em<br />

amentilbo e com 4 estames; fôlhas ovado-cordiformes<br />

(Género Broussonetia) . . . . Urticáceas (pág. 169)<br />

Flores dióicas, as dos dois sexos dispostas amentilbo. 74<br />

Flores monóicas . . . . . . . . . 75<br />

Pétalas 5 e estames 5; 2 estiletes, poucas vezes 1; fruto<br />

um 2-aq[uénio, poucas vezes 1 só açfuénio; flôres dispostas<br />

em umbela ou capítulo, menos vezes vertíciladas<br />

Umbelííeras (pág. 428).<br />

Pétalas 2 ou. 4 e estames 2 ou 8; 1 estilete, com 1 ou 4<br />

estigmas; fruto in<strong>de</strong>iscente ou cápsula 4-valve; flôres<br />

axilares ou dispostas em cacho ou espiga.<br />

Onaéráceas (pág. 423)<br />

Fstames (férteis) 4 197<br />

Fstames (férteis) 5, raras vezes 6-8 . . . . . . .200<br />

Corola com o tubo muito curto, subrodada, levemente<br />

irregular; flôres (amarelas) pedunculadas e axilares ou<br />

dispostas em espiga racimosa <strong>de</strong> pequenas cimeiras<br />

pauci-1-floras; estames iguais ou <strong>de</strong>siguais, com os<br />

filetes glabros ou vílosos; cápsula 2-valve.<br />

(parte). Escrofulariáceas (pág. 539)<br />

Corola com o tubo comprido, assalveada ou afunilada,<br />

regular ou levemente irregular; flôres solitárias ou<br />

dispostas em cimeiras paniculadas ou espiciformes;<br />

estames iguais e com os filetes não vilosos; cápsula<br />

2-4-valve ou pixídio . . (parte). Solanáceas (pág. 533)


CRIPTOGÂMICAS VASCULARES<br />

Família 2 — Polipodiáceas<br />

Nas chaves dos Géneros substitua-se a chave 10 pela seguinte:<br />

Soros primeiro distintos e <strong>de</strong>pois subconfluentes; fôlhas<br />

penatipartidas, mais ou menos <strong>de</strong>ssemelhantes as férteis<br />

e as estéreis . Blechnum, Roth., pág. 47<br />

Soros sempre distintos ; fôlhas penatisectas com os segmentos<br />

penatipartidos, todas iguais e férteis.<br />

Woodwardia, Sm. (pág. 42)<br />

Alargue-se o habitat das seguintes espécies:<br />

Pág. 41 — Athyrium Filix-femina (L.), Roth.—De Trás-os-<br />

-Montes e Minho a Monchique.<br />

Pág. 41 — Asplenium marinum, L.— Minho, Beira, Estremadura,<br />

Alentejo litoral.<br />

Pág. 42 — Asplenium Petrarchae, DC—Beira transmontana<br />

(Castelo Mendo), Arrábida, Serra <strong>de</strong> S. Luís, Algarve.<br />

Pág. 42 — Asplenium lanceolatum, Huds. β. obovatum (Viv.),<br />

Gren.— Serra da Gardunha, Alto Alentejo, Monchique.<br />

Substitua-se na Flora (pág. 42) :<br />

10. Blechnum, Roth.— Soros lineares, por fim confluentes,<br />

dispostos em 2 linhas paralelas e muito próximas ã nervura<br />

principal dos segmentos; índúsio <strong>de</strong>iscente do lado <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro;<br />

fôlhas penatipartidas, mais ou menos <strong>de</strong>ssemelhantes as férteis<br />

e as estéreis.<br />

Fôlhas muito <strong>de</strong>ssemelhantes: as férteis menos numerosas e<br />

maioresβ-6 dm.), pecioladas, com os segmentos estreitos<br />

lineares e espaçados, quási completamente cobertos pelos<br />

sóros; as estéreis com os segmentos oblongos ou falciformes,<br />

confluentes na base. 2í. Março-Set. Lugares húmidos<br />

e sombrios: <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho ao Algarve<br />

. . ..........B. Spicant (L.), Sm.<br />

Fôlhas subsemelhantes, pequenas (0,8-2 dm.), subsésseis ou


48 António Xavier Pereira Coutinho<br />

<strong>de</strong> pecíolo curto, com os segmentos linear-oblongos aproximados<br />

; fôlhas férteis apenas com pequena parte junto<br />

à nervura ocupada pelos soros. %. Julho-Agosto. Alto<br />

Minho: Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura. . " B. homophyilum, Merino<br />

Na página 45 intercale-se, antes da Família das blarsiliáceas:<br />

Família 4 bis — Salviniáceas<br />

Esporocarpos 1-loculares; macrósporos e micrósporos em<br />

esporocarpos distintos. Plantas flutuantes.<br />

21 bis. Azo]la, Lam. — E-sporocarpos subsésseis, lisos, os<br />

maiores com numerosos mícrosporângíos, contendo cada - um<br />

muitos micrósporos, os menores e mais alongados com 1 só<br />

macrosporângio e 1 só macrósporo. Plantas subespontâneas,<br />

com fôlhas alternas, pequenas, simples, imbricadas, e longas<br />

raízes coradas.<br />

Fôlhas medíocres (até 2 mm.), ver<strong>de</strong>s, com margem larga hialína,<br />

pouco <strong>de</strong>nsamente imbricadas, papilosas. Planta com<br />

os ramos um tanto afastados. ©. Maio-Jun. Beira lit.<br />

(arredores <strong>de</strong> Coimbra), Alent. lit. nos arrozais (Alcácer-<br />

-do-Sal) — (Orig. da América.) . . A. filiculoi<strong>de</strong>s, Lam.<br />

Fôlhas pequenas (até 1 mm.), avermelhadas, com margem<br />

estreita hialina, muito <strong>de</strong>nsamente imbricadas, papilosas.<br />

Planta com ramos curtos e muito aproximados. ©. Maio.<br />

Alent. lit., nos arrozais: Alcácer-do-Sal. (Orig. da América).<br />

. . . , ... A. caroliniana, Willd.<br />

Família 7 — Licopodiáceas<br />

Substitua-se na página 46 da Flura a espécie única do Género Lycopodíum<br />

pelas seguintes:<br />

Fôlhas férteis semelhantes às estéreis; espigas sésseis,<br />

solitárias; fôlhas assoveladas, mais ou menos rígidas. 2<br />

Fôlhas férteis menores que as estéreis: espigas reunidas<br />

2-3 num mesmo pedúnculo; fôlhas lineares, moles,<br />

terminadas em longo pêlo. Planta rastejante e radicante,<br />

com ramos alternos ascen<strong>de</strong>ntes, inteiramente vestidos<br />

<strong>de</strong> fôlhas. 4. Agosto-Set. Serra da Estrela: Candieira.<br />

* L. clavatum, L.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 49<br />

Caules simples ou bifurcados, os estéreis prostrados e os<br />

férteis erectos; espigas solitárias, sésseis, um tanto<br />

grossas, amareladas; fôlhas linear-assoveladas, as dos<br />

ramos férteis erectas. %; Ser. Lugares inundados <strong>de</strong><br />

inverno : Alto Minho (S. Pedro <strong>de</strong> Arcos).<br />

¡ L. inundatum, L.<br />

Caules muito ramosos, erectos, com os ramos férteis<br />

nutantes ; espigas sésseis, nutantes ; fôlhas assoveladas,<br />

recurvadas, mais frouxas no caule e mais <strong>de</strong>nsas nos<br />

ramos. %. Março. Minho: Serra <strong>de</strong> Valongo.— Planta<br />

(vulgaríssima nas regiões tropicais e também conhecida<br />

nos Açores) subespont L. cernuum, L.<br />

Família 9 — Isoetáceas<br />

Substitua-se na pág. 47 a cbave 1 das espécies do Género Isoetes:<br />

Rizoma não coberto <strong>de</strong> escamas negras duras. Plantas<br />

submersas ou anfíbias 1 bis<br />

Rizoma coberto <strong>de</strong> escamas negras e duras (filopódios).<br />

Plantas terrestres, com as fôlhas mais ou menos duras<br />

(ve<strong>de</strong> na Flora) 2<br />

Fôlhas moles; macrósporos ténue e regularmente granulosos<br />

; micrósporos alados. %. Jun.-Jul. Baixo Alentejo.<br />

I. setaceum (Bosc), Del.<br />

Fôlhas um tanto firmes; macrósporos irregularmente<br />

granulosos; micrósporos não alados. %. Jul. Minho: entre<br />

a Póva do Varsim e Vila do Con<strong>de</strong>. I. velatum, A. Br.


FANEROGAMICAS<br />

GIMNOSPÉRMICAS<br />

Família 11 — Pináceas<br />

Na página 50 emen<strong>de</strong>-se do seguinte modo a var. do Juniperus Oxycedrus, L.:<br />

Fôlbas menores (5-12 mm.) e relativamente mais largas, com<br />

espinho curto e obtuso. Março. Nas areias do Alent. lit.<br />

(l) b. rufescens (Lk.)<br />

ANGIOSPÉRMICAS<br />

MONOCOTILEDÓNEAS<br />

Família 13 —Tifáceas<br />

Alargue-se o habitat da seguinte espécie :<br />

Pag. 5l.—Tipha latifolia, L.— Trás-os-Montes, Minho, Beira.<br />

Família 15 — Potamogetonáceas<br />

Indique-se também no Alentejo litoral o seguinte Potamogeton:<br />

Pág. 54.—Potamogeton crispus, L.— Minho, Beira, Estrem.,<br />

Baixas do Sorraia, Alent. litoral.<br />

Família 17 — Gramíneas<br />

Nas chaves dos Géneros (pág. 57 a 64) substituam-se pelas seguintes as que na<br />

Flora têm o mesmo número :<br />

Glumas ovado-bemisféricas, cobertas <strong>de</strong> pequenas saliências;<br />

glumelas múticas . . . . Milium, L. (pág. 70)<br />

Glumas ovado-lanceoladas, lisas; glumela inferior com<br />

arista terminal articulada na base, caduca.<br />

Orizopsis, Micbx., pág. 52<br />

Glumas 2 acompanbadas <strong>de</strong> uma 3. a<br />

gluma externa menor<br />

ou rudimentar ou às vezes subnula 74<br />

Glumas 2 75<br />

(l) Muito próxima da subesp. ma<strong>de</strong>rensis, Mnzs., da Ilha da Ma<strong>de</strong>ira.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal |Jj<br />

Glumas 3, muito visíveis. Plantas anuais, raras vezes<br />

vivazes, espontâneas Panicutn, L. (pág. 66)<br />

A 3. a<br />

gluma externa muito pouco visível ou mesmo subnula.<br />

Plantas vivazes, subespontâneas.<br />

Paspalum, L., pág. 51<br />

Glumas 2 subiguais; espigas <strong>de</strong>lgadas, digitadas na extremida<strong>de</strong><br />

do caule Cynodon, Pers. (pág. 83)<br />

Glumas 2 <strong>de</strong>siguais; espigas laterais, mais ou menos<br />

encostadas ao caule Spartina, L- (pág. 83)<br />

Suprima-se na Flora a chave 76.<br />

Espiguetas subsésseis (com pedicelo mais ou menos<br />

visível), encostadas ao eixo da espiga pouco escavado;<br />

glumela superior com celhas rígidas e compridas nas<br />

quilhas . . . . Brachypodium, P. Beauv. (pág. 95)<br />

Espiguetas sésseis, mais ou menos encaixadas nas <strong>de</strong>pressões<br />

do eixo muito escavado; glumela superior com<br />

celbas curtas . . . . Agropyrum, Gaertn. (pág. 98)<br />

Pág. 66.— Substitua-se na Flora o seguinte Género:<br />

46. Paspalum, L. — Espiguetas com 1 flôr hermafrodita,<br />

dispostas em espigas 1-laterais alternas ou geminadas; 2 glumas<br />

subiguais e uma 3. a<br />

gluma externa inferior muito pequena ou<br />

subnula; 2 glumelas iguais, lisas, múticas; 3 estames; cariopse<br />

elipsói<strong>de</strong>, glabra, livre. Plantas subespontâneas,<br />

Espigas 2-10 alternas, afastadas, com freqüência nutantes;<br />

espiguetas 4-seriadas. Planta erecta, <strong>de</strong> 4-8 dm., com as<br />

fôlhas lineares, largas. 4 Maio-Agosto. Margens dos<br />

campos e caminhos: Porto. (Orig. da América do<br />

Norte) P. dilatatum, Poir.<br />

Espigas 2, uma terminal outra lateral, erecto-divaricadas;<br />

espiguetas 2-seriadas. Plantas radicantes na base. . 2<br />

Fôlhas planas, barbudas na entrada da bainha; espiga<br />

lateral séssil; pedúnculo da espiga terminal barbudo<br />

na base; espiguetas largamente ovadas, com a gluma<br />

posterior pubescente. Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., ascen<strong>de</strong>nte. 4.<br />

Agosto-Setembro. Arredores <strong>de</strong> Monsão, arredores <strong>de</strong><br />

I


52 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Lisboa (Queluz, margens do Tejo). (Orig. das regiões<br />

tropical e subtropical). .....P. distichum, L.<br />

Fôlhas enroladas, celbeadas na entrada da bainha; espiga<br />

lateral também pedunculada ; pedúnculos das espigas<br />

glabros; espiguetas estreitamente ovadas, com a gluma<br />

posterior glabra. %. Agosto - Setembro. Margens do<br />

Douro (Porto), Montemór-o-Velho (Loja). (Orig. das<br />

regiões tropical e subtropical). . . P. vaginatum, Sw.<br />

Pág. 68.- Substitua-se no Género Phalaris a cbave 5 pela seguinte :<br />

Aza das glumas externas roído-<strong>de</strong>nticulada; urna gluma<br />

interna chegando a V 8 da glumela; tirso oblongo ou<br />

oblongo-cilíndrico. Planta <strong>de</strong> 2-8 dm. Q. Maio-Junho.<br />

Lameiros, térras cultivadas, caminhos: quási todo o<br />

país (vulgar) Ph. mlnor, Retz.<br />

Aza das glumas externas inteira ou subinteira . . . 6<br />

Pág. 70.— Oryzopsis paradoxa (L.). — Esta espécie foi colhida pelo Sr. A.<br />

Mendonça próximo a Miranda do Douro ; substitua-se na Flora o Género Oryzopsis.<br />

54. Oryzopsis, Míchaux — Fspiguetas 1-floras, comprimidas<br />

dorsàlmente, dispostas em panícula; 2 glumas iguais ou um<br />

tanto <strong>de</strong>siguais, ovado-lanceoladas, múticas, maiores que as<br />

glumelas; 2 glumelas subcartílagíneas, lustrosas, a inferior com<br />

arista terminal, articulada na base, muito caduca ; 3 estames;<br />

cariopse oblonga, livre nas glumelas, glabra.<br />

Fspiguetas pequenas (cerca <strong>de</strong> 3 mm., não contando a arista)<br />

ovói<strong>de</strong>s, esver<strong>de</strong>adas ou purpúreas, com as glumas <strong>de</strong>siguais;<br />

arista da glumela inferior pouco saliente; panícula<br />

gran<strong>de</strong>, multiflora, muito ramosa, com os ramos <strong>de</strong> cada<br />

nó <strong>de</strong>siguais; fôlhas planas, <strong>de</strong>pois enroladas. Planta<br />

cespitosa, <strong>de</strong> 5-15 dm. !<br />

í. Maio-Setembro. Terrenos secos,<br />

muros, caminhos: Centro e Sul. (vulgar).<br />

Talha-<strong>de</strong>nte. O. miliácea (L.), Richt.<br />

Ramos inferiores da panícula estéreis, formando invólucro<br />

vertícilado. Estremadura (rara) Algarve, (entre<br />

Faro e S. Braz <strong>de</strong> Alportel), Thomasii (Duby), Richt.<br />

Fspiguetas maiores, esver<strong>de</strong>adas, com as glumas iguais;<br />

arista da glumela inferior bastante . saliente;. panícula


Suplemento da. Flora <strong>de</strong> Portugal 53<br />

pauciflora; íôllias planas, largas. Planta plurícaule, <strong>de</strong><br />

5-10 dm. 2í. Jun, Miranda do Douro. * O. psradoxa, (L.)<br />

Pág. 72. — Mibora mínima, (L.), Desv., '/. littorea (Samp.).<br />

T • A<br />

Inscreva-se esta var. a seguir a var- \ J<br />

Z .<br />

Caules muito curtos não. ou pouco maiores que as fôlhas;<br />

espigas curtas e <strong>de</strong>nsas, com as espiguetas maiores que o<br />

tipoβ-3,5 mm.). Areias-marítimas: Póvoa do Varzim e<br />

Vila do Con<strong>de</strong> . . . . . . . . , * */. littoralis (Samp.)<br />

Pág. 73. — No Género Agrostis substitua-se...pela seguinte a chave 4 da. Flora:<br />

Lígula curta (mais larga que alta) tròncada; fôlhas planas;<br />

ramos da panícula mais óu menos- longamente<br />

nus ria base" .' . -I . •• . ' . . . . . :<br />

. . . . 5<br />

Lígula comprida ou medíocre (mais alta que larga), <strong>de</strong><br />

ordinário oblonga ou ovada, raras vezes troncada . 6<br />

Na seguinte chave S amplie-se o habitat da A. vulgaris:<br />

Pág. 73. — Agrostis vulgaris, Wíth. — Trás-os-Montes, Minho,<br />

Beira.<br />

Pág. 76 — Género Ammophila. Substitua- se como abaixo:<br />

67. Ammophila, Host. — Lspiguetas 1-floras, comprimidas<br />

lateralmente, com o eixo prolongado acima das glumas e peludo-<br />

-plumoso, dispostas em tirso; 2 glumas subiguais aquilhadas,<br />

múticas; 2 glumelas quásí do mesmo, comprimento, rígidas, e<br />

quási tão compridas como as glumas ou menores, peludas na<br />

base, a inferior 2-<strong>de</strong>ntada e mais ou menos longamente mucronada<br />

entre os <strong>de</strong>ntes; 3 estames; cariopse oblpngo-cilíndrica,<br />

sulcada na face interna, glabra, livre.<br />

Lspiguetas gran<strong>de</strong>s (9-11 mm.); tirso comprido (9-20 cm.),<br />

rígido, <strong>de</strong>nso, atenuado nas duas extremida<strong>de</strong>s; fôlhas<br />

glaucas, estreitas, lineares, rígidas, por fim enroladas,<br />

assoveladas e vulnerantes. Planta <strong>de</strong> 5-10 dm.-, com rizoma<br />

longamente rastejante. 21. Abril-Jul. Praias arenosas.<br />

. v . . . . . . . . Estorno. A. arenaria (L.), Lk.<br />

Glumelas bastante' menores que às glumas. (Var. das<br />

praias setentrionais). Ilha dò Pessegueiro, x.' genuína<br />

Glumelas do tamanho das glumas ou quási. (Var. da


54 António Xavier Pereira Coutinho<br />

região mediterrânea). Em tôda a costa (freqüente)<br />

. β. arundinacea (Host.)<br />

Devo ao meu falecido amigo J. Daveau a indicação da var. genuína na Ilha do<br />

Pessegueiro (situada, próximo da costa, entre Sines e Vila Nova <strong>de</strong> Milfontes), on<strong>de</strong> êle<br />

em tempos herborizou: localização bastante singular e digna <strong>de</strong> interesse, talvez <strong>de</strong>vida a<br />

importação aci<strong>de</strong>ntal. A var. β tem como sinónimo a Psamma australis, Mab.<br />

Pág. 79. Corynephorus macrantherus, Bss. et Reut.— Modifique-se<br />

como abaixo a chave das espécies dêste Género :<br />

Planta vivaz, cespitosa, com as fôlhas glaucas, as inferiores<br />

fasciculadas, por fim enrolado-setáceas; panícula<br />

com as espiguetas esparsas e os ramos curtos, oblonga<br />

e patente na ântese, estreita e compacta <strong>de</strong>pois; anteras<br />

oblongas, <strong>de</strong> 1-1,5 mm. <strong>de</strong> comprimento. 4. Maio-Jul.<br />

Terrenos arenosos, arrelvados: quási todo o país (freqüente)<br />

. C. canescens (L.), P. Beauv.<br />

(Veja-se na Flora a <strong>de</strong>scrição das suas três varieda<strong>de</strong>s)<br />

Plantas anuais, pluricaules, com as fôlhas ver<strong>de</strong>s, as inferiores<br />

não fasciculadas, primeiro planas e <strong>de</strong>pois setáceas;<br />

panícula com as espiguetas fasciculadas . . . 2<br />

Panícula, com os ramos compridos e <strong>de</strong>spidos longamente<br />

<strong>de</strong> espiguetas na base, ovói<strong>de</strong> e muito patente na ântese,<br />

<strong>de</strong>pois contraída; anteras subquadradas, muito pequenas<br />

(0,5 mm.). Planta <strong>de</strong> 1-3 dm. 0. Abril-Jun. Terrenos<br />

secos e charnecas: quási todo o país.<br />

C. gracilis (Desf.), Ricbt.<br />

Panícula com ramos curtos e pouco <strong>de</strong>spidos na base;<br />

anteras lineares, gran<strong>de</strong>s (cerca <strong>de</strong> 1,5 mm.). ©. Maio-<br />

-Jul. Algarve: Faro. . * C. macrantherum, Bss. et Reut.<br />

Pág. 8o.— Género 78. Avena, L.<br />

Substituam-se as chaves das espécies na Flora pelas seguintes;<br />

Glumas multinérveas, <strong>de</strong> ordinário gran<strong>de</strong>s (40-15 raras<br />

vezes-13 mm.). Plantas anuais 2<br />

Glumas 1-3-nérveas, <strong>de</strong> ordinário menores (10-15 mm.).<br />

Plantas vivazes, cespitosas 11


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 55<br />

Flores todas mal articuladas com o eixo e por isso persistentes<br />

na maturação ; glumelas glabras ou glabrescentes.<br />

Plantas <strong>de</strong> 5-20 dm., cultivadas ou subespontâneas<br />

(provavelmente apenas subespécies culturais) [AveiasK 3<br />

Flores todas ou pelo menos a iníerior <strong>de</strong> cada espigueta<br />

bem articuladas com o eixo e por isso caducas na maturação;<br />

glumela inferior (pelo menos das flôres da<br />

base da espigueta) <strong>de</strong> ordinário birsuta. Plantas espontâneas.<br />

[ Balanços ] 7<br />

1 Glumela inferior 2-fendida ou 2-<strong>de</strong>ntada 4<br />

Glumela inferior 2-setígera , 6<br />

Glumas mais curtas que a espigueta; cariopse facilmente<br />

separável das glumelas; panícula patente, plurilateral;<br />

espiguetas com 2 flôres férteis. Maio-Jun. Cult, (pouco)<br />

e às vezes subespontânea: Trás-os-Montes e Minho<br />

(Brot.); Algarve, Loulé (Wk.). Aveia nua. * A. nuda, L.<br />

Glumas do comprimento da espigueta ou maiores; cariopse<br />

bem incluída nas glumelas 5<br />

Panícula 1-lateral; só a flôr inferior da espigueta com<br />

articulação rudimentar, oblíqua; porção do eixo entre o<br />

primeiro e o segundo fruto quebrando-se na <strong>de</strong>bulba<br />

junto à base (ficando portanto presa ao fruto superior<br />

com o aspecto <strong>de</strong> um apêndice <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte); base da<br />

flôr inferior com um fascículo <strong>de</strong> pêlos majúsculo<br />

(cbegando a cerca <strong>de</strong> 1/3 da glumela). O. Abril-Jun. Cultiv.<br />

com freqüência e subespontânea. A. byzantina, C. Koch.<br />

Panícula patente, plurilateral; todas as flôres da espigueta<br />

com articulação rudimentar, quási perpendicular ao<br />

eixo jporção do eixo entre o primeiro e o segundo fruto<br />

quebrando-se na <strong>de</strong>bulha junto ao cimo (ficando portanto<br />

presa no fruto inferior com o aspecto <strong>de</strong> um<br />

apêndice ascen<strong>de</strong>nte); base da flôr inferior frequentemente<br />

nua ou com um fascículo <strong>de</strong> pêlos curtíssimo.<br />

0. Junho-Jul. Cultiv. e às vezes subespontânea.<br />

. . A. s ativa, L«


§6 António Xaxier Pereira' CoutiríHcf<br />

Glumela inferior curtamente 2-setígera (2 l<br />

-fendió f<br />

o J<br />

-satígera),<br />

<strong>de</strong> ordinário aristada; glumas pequenas (não<br />

exce<strong>de</strong>ndo 13 mm.); espiguetas com 2 flôres férteis e as<br />

glumelas frutíferas com freqüência negras. O. Junho-<br />

Jul. Cultiv. e subespontânea, sobretudo no Norte.<br />

. . . . . . . . . A. brevis, Roth.<br />

Glumela inferior longamente 2-setígera, aristada, raras<br />

vezes mútica; glumas majúsculas (15-20 mm.); espiguetas<br />

com 2 flôres férteis e as glumelas frutíferas<br />

pálidas ou negras. 3. Junho-Jul. Cultiv. com freqüência<br />

e às vezes subespontânea . . . . A. strigosa, Schreb.<br />

Espiguetas <strong>de</strong> ordinário só com 1 flôr fértil (a inferior).<br />

Com o tipo . p. sesquialtera (Brot.), Hack.<br />

2<br />

Só a flôr inferior articulada (<strong>de</strong>spren<strong>de</strong>ndo-se por isso<br />

na maturação as flôres da espigueta todas juntas);<br />

glumela inferior 2-<strong>de</strong>ntada; panícula 1-lateral. Planta<br />

<strong>de</strong> 4-12 dm. 3. Maio-Jun. Searas, vinhas, campos incul­<br />

tos. ........A. sterilis, L.<br />

Glumas gran<strong>de</strong>s (4-3.cm.); 2-4 flôres férteis (as superiores<br />

glabras e múticas); cariopse obtusa na base.<br />

Planta robusta. Quási todo o país (freqüente).<br />

a. macrocarpa (Moenck), Briq.<br />

Glumas medíocres (2-2,5 cm.), com freqüência purpurascentes;<br />

2 flôres férteis; cariopse a<strong>de</strong>lgaçada na<br />

base. Planta pouco robusta. Trás-os-Montes e Beira<br />

lit * b. ludoviciana (Dur.)<br />

Flores todas articuladas (<strong>de</strong>spren<strong>de</strong>ndo-se por isso isoladamente),<br />

muito caducas ; espigueta com 2-3 flôres férteis. 8<br />

Glumela inferior 2-<strong>de</strong>ntada, birsuta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base até<br />

à insersão da arista; panícula piramidal, patente, plurilateral.<br />

Planta <strong>de</strong> 5-10 dm. ©. Maio-Jun. Terras cultivadas<br />

e incultas: disseminada aqui e ali (pouco freqüente)<br />

a. fátua, L.<br />

Glumela inferior só peluda na base. Com o tipo.<br />

• . . . . . . . . r<br />

p. intermédia (Lindgr.)<br />

Glumela inferior longamente 2-sètígera; panícula sub-1-<br />

-lateral .9


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 57<br />

Glumas subiguais, 7-11-nérveas; glumela inferior longamente<br />

birsuta 10<br />

Glumas muito <strong>de</strong>siguais, a superior quási do tamanho<br />

da espigueta, 7-nérvea, e a inferior 1<br />

/ 2 menor, 3-5-nérvea;<br />

glumela inferior glabra ou birsuta (var. eriantha, Dur.) ;<br />

cicatriz da base das flôres <strong>de</strong>sprendidas linear. 0. Junho.<br />

Baixo Alentejo: Vendas Novas. . * A. clauda, Dur.<br />

Glumas (com 2-3 cm.) do tamanbo da espigueta ou pouco<br />

maiores; cicatriz da base das flôres <strong>de</strong>sprendidas ovada.<br />

Planta <strong>de</strong> 4-15 dm. 0. Abril-Agosto. Campos cultivados<br />

e incultos: quási todo o país (freqüente).<br />

A. barbata, Pott.<br />

Glumas (cerca <strong>de</strong> 3 cm.) bastante maiores que a espigueta;<br />

cicatriz da base das flôres <strong>de</strong>sprendidas linear.<br />

0. Abril-Maio. Algarve. . . * k. longiglumis, Dur.<br />

Eixo da espigueta glabro, com um fascículo <strong>de</strong> pêlos curtíssimo<br />

na inserção das flôres e que não exce<strong>de</strong> a base<br />

<strong>de</strong>las; panícula contraída, com espiguetas 5-8-floras.<br />

Planta cespitosa, <strong>de</strong> 4-7 dm., com as fôlhas glabras,<br />

rijas, planas ou conduplicadas. %. Junho. Miranda do<br />

Douro A. bromoi<strong>de</strong>s, Gouan.<br />

Fascículo <strong>de</strong> pêlos na inserção das flôres medíocre (exce<strong>de</strong>ndo-lbe<br />

a base, mas muito menor que as glumelas)<br />

. 12<br />

Fascículo <strong>de</strong> pêlos na inserção das flôres gran<strong>de</strong> (chegando<br />

proximamente a */a da glumela) 13<br />

Glumela inferior pubescente até à inserção da arista e<br />

obsoletamente sulcada; fôlhas quási todas conduplicadas,<br />

muito calosas na margem e na nervura dorsal;<br />

espiguetas 3-4-floras. Planta <strong>de</strong> 4-10 dm. 0. Abril-Jul.<br />

Pinhais, charnecas: do Minho ao Algarve.<br />

A. albinervis, Bss.<br />

Glumela inferior glabra e nitidamente sulcada; fôlhas<br />

subplanas ou pouco conduplicadas, menos pronunciadamente<br />

calosas na margem e na nervura dorsal; espi-


58 António Xavier Pereira Coutinho<br />

12 guetas 3-7-floras. Planta <strong>de</strong> 4-10 dm. G. Maio-Jul.<br />

Lugares secos e áridos mais ou menos assombreados:<br />

<strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho ao Algarve. A. sulcata, Gay<br />

Fôlhas planas, moles, as inferiores pelo menos peludas<br />

na página superior e com as bainhas <strong>de</strong>nsamente vestidas<br />

<strong>de</strong> pêlos retrorsos; espíguetas 3-7-floras. Planta<br />

<strong>de</strong> 4-10 dm. 2£. Julho. Trás-os-Montes: Serra <strong>de</strong> Re-<br />

13 bordãos * A. pubescens, Huds.<br />

Fôlhas enrolado-filiformes, com as bainhas glabras; espiguetas<br />

5-6-floras. Planta <strong>de</strong> 4-7 dm. Abril-Maio.<br />

Baixo Alentejo litoral (Vila Formosa) e Algarve (Cabo<br />

<strong>de</strong> S. Vicente) A. Hackelii, Henriq..<br />

Pág. 88 — Poa annua, L. var. exilis (Thom.).<br />

Inclua-se na chave 2 do Género Poa:<br />

Planta anual, com a raiz fibrosa; lígula oblonga; panícula<br />

frouxa, divaricada, com 1-2 ramos nos nós inferiores;<br />

espiguetas com 3-6 flôres; fôlhas planas. Planta<br />

<strong>de</strong> 0,5-4 dm., erecta ou ascen<strong>de</strong>nte. O. Terras cultivadas,<br />

muros, beira dos caminhos; q/uási todo o país<br />

(vulgar) P. annua, L.<br />

Flores espaçadas; anteras mais pequenas. Próx. ao<br />

Tejo (Alent. litoral?). * var. exilis (Thomas.) (l)<br />

Plantas vivazes, cespitosas, com rizoma curto . . . 3<br />

Pág. 89.— Glyceria fluitans (L.), R. Br. z. genuína.<br />

Substitua-se como abaixo a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta varieda<strong>de</strong>:<br />

Ramos da panícula 1-3 nos nós inferiores todos nus na<br />

base; glumela inferior mais ou menos inteira.<br />

z. genuína<br />

Pág. 90.— Festuca elatior, L, subsp. interrupta (Desf.).<br />

Amplie-se a chave 3 do Género Festuca:<br />

(l) Poa exilis, Thomassini. ; P. remotiílora. Murbeck.; P. annua var. remotiílora,<br />

Hackel.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 59<br />

Fôlhas com prefolheação conduplicada, estreitas (não<br />

exce<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> ordinário 3 mm. <strong>de</strong> largura). . . . 4<br />

Fôlhas com prefolheação convolutosa; inovações extravaginais.<br />

%. Abril-Jul F. elatior, L.<br />

Fôlhas <strong>de</strong> 5-3 mm. <strong>de</strong> largura, planas, enroladas ao<br />

secarem (var. mediterrânea, Hack.); panícula comprida<br />

(8-20 cm.), com os ramos inferiores 2-3-nados,<br />

o maior chegando a 1/3 - 1<br />

/ 2 da panícula e provido<br />

<strong>de</strong> espiguetas numerosas. Planta <strong>de</strong> 7-12 dm.<br />

4. Abril-Jun. Prados, gândaras, pinhais: <strong>de</strong> Trás-<br />

-os-Montes (Bragança, Serra <strong>de</strong> Nogueira) e Minho<br />

ao Algarve b. arundinacea (Schreb.)<br />

Fôlhas mais estreitas, ao secarem enrolado-filiformes;<br />

panícula muito estreita, interrompida, subunilateral,com<br />

ramos curtos erectos, providos <strong>de</strong> espiguetas<br />

pouco numerosas. Planta menor e mais <strong>de</strong>lgada.<br />

Estr.: margens relvosas do ribeiro <strong>de</strong> Capari<strong>de</strong>.<br />

c. interrupta (Desf.)<br />

Pág. 97.— Lolium parabolicum, Senn.<br />

Inclua-se, substituindo a cnare 3 pelas duas seguintes:<br />

Fspiguetas 3-10-floras, encostadas ao eixo, múticas ou<br />

raras vezes com aristas curtas 3 bis<br />

Fspiguetas 10-25-floras, afastadas do eixo durante a<br />

ântese, <strong>de</strong> ordinário aristadas, às vezes múticas; gluma<br />

bastante menor que a espigtreta. Planta <strong>de</strong> 3-12 dm.,<br />

robusta. 0 ou $. Maio-Jul. Lameiros, arrelvados, terras<br />

cultivadas: quási todo o país (freqüente); também<br />

cultivado.<br />

. Herva castelhana, Azevém. L. multiflorum, Lam.<br />

Gluma pouco menor que a espigueta; fôlhas planas.<br />

Planta <strong>de</strong> 1-7 dm., fasciculada, rígida. 0. Maio-Jun.<br />

L. rigídum, Gaud.<br />

( Seguem as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas na Flora).<br />

Gluma bastante menor que a espigueta; fôlhas enroladas,<br />

pequenas. Planta <strong>de</strong> menor porte, com espigas<br />

curtas e espiguetas mais largas que no anterior. 0.<br />

Junho-Jul. Areias marítimas: Minho (Vila do Con<strong>de</strong>)<br />

* L. parabolicum, Senn.


6o António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 98.— Género 112. Agropyrum, Gaertn.<br />

Na <strong>de</strong>scrição dêste Género emen<strong>de</strong>-se na 5° linha — 2 glumelaS Ç[uási d O<br />

mesmo comprimento, a inferior aguda ou obtusa, mútica ou<br />

mucronada ou aristada, a superior, etc.<br />

Pág. 98.— Agropyrum caninum (L.), P. Beauv.<br />

Esta espécie que julgo nova para a flora portuguesa foi encontrada, no passado ano<br />

<strong>de</strong> 1934, nos arredores <strong>de</strong> Coimbra, pelo sr. Francisco <strong>de</strong> Sousa; inclua-se, antepondo 3<br />

chave 1 da Flora a chave seguinte:<br />

Glumela inferior com arista comprida (maior que a glumela);<br />

glumas menores que a espigueta, aristadas ,espiguetas<br />

elípticas, maiores que os entre-nós; f olhas<br />

planas. Planta <strong>de</strong> 5-10 dm., ver<strong>de</strong>, com rizoma fibroso.<br />

%. Junho. Coimbra: Ceira. A. caninum (L.), P. Beauv.<br />

Glumela inferior mútica ou mucronada 1<br />

Pág. 98.— Agropyrum elongatum (Host.), P. Beauv.<br />

Inscreva-se o habitat <strong>de</strong>sta espécie — Jun.-Jul. Próx. do mar: Douro,<br />

Estrem. (praia da Poça, junto ao Estoril), Alent. e Algarve.<br />

Pág. 99. — Trlticum polonicum, L.<br />

Inclua-se na chave 1 :<br />

Glumas aquilhadas, múticas ou mucronadas ou 1-arístadas;<br />

glumela inferior comprimida lateralmente no<br />

cimo, mútica ou mais ou menos longamente aristada;<br />

espiga com o eixo contínuo (não articulado); espiguetas<br />

frutíferas com 2-3 cariopses livres. Plantas cultivadas:<br />

+ Glumas coriáceas, majusculas (8-15 mm.), ovadas,<br />

ventricosas; espiga subtetragonal, comprimida.<br />

0. Maio-Jun. (Orig. do sudoeste da Ásia).<br />

Trigo. T. aestivum, L-<br />

— Quilha das glumas só visível na meta<strong>de</strong> superior;<br />

cariopse <strong>de</strong> tamanho mediano, tenra,<br />

com quebradura farinácea; aristas divergentes<br />

ou nulas; colmo completamente ôco. Cultiv.<br />

principalmente no Norte e Centro.<br />

. . . Trigo mole. b. vulgare (Vill.), Thell.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />

— Quilha das glumas visível em tôda a extensão;<br />

cariopse gran<strong>de</strong> e grossa semi-tenra;<br />

aristas, compridas ou curtas, subparalelas;<br />

espiga <strong>de</strong> ordinário simples, às vezes ramosa<br />

iyar. compositum [L.]); colmo só ôco na parte<br />

inferior. Com o anterior, mas menos {requente.<br />

Trigo túrgido, c. turgidum (L.)<br />

— Quilha da gluma subalada; cariopse alongada,<br />

dura, com quebradura rija; aristas muito compridas,<br />

brancas ou ruivas ou pretas, paralelas;<br />

colmo completamente meduloso. Cultiv. principalmente<br />

no Centro e no Sul.<br />

Trigo rijo. d. durum (Desf.), Thell.<br />

-f Glumas membranosas, muito compridas (25-40<br />

mm.) oblongo-lanceoladas; espiga cilíndrica, com<br />

os <strong>de</strong>ntes do eixo barbudos; cariopse muito comprida<br />

e estreita, dura, com quebradura rija; colmo<br />

meduloso. Um tanto cultiv. no Alto Alentejo.<br />

Trigo gigantil. e. polonicum (L.)<br />

Glumas não aquilhadas, 2-5-aristadas; glumela inferior<br />

não comprimida lateralmente no cimo, 2-3-aristada ou<br />

3-<strong>de</strong>ntada. Plantas espontâneas (Aegilops) . . . 2<br />

Pág. 100. Género 115.— Hor<strong>de</strong>um, L.<br />

Substitua-se na Flora a cbave 2 pela seguinte:<br />

Plantas espontâneas, com aristas pequenas ou medíocres<br />

(1-4 cm.); as 2 espiguetas laterais <strong>de</strong> cada nó pediceladas<br />

e estéreis (masculinas), a média séssil ou subséssil<br />

e fértil. , . . . .3<br />

Planta cultivada, com aristas compridas (até 15 cm.): Só<br />

fértil e longamente aristada a espigueta média, as 2 laterais<br />

masculinas e múticas, ficando a espiga acbatada<br />

e frouxa; aristas paralelas ao eixo. O. Abril-Maio.<br />

Cult. (pouco). (Orig. da Ásia e talvez do norte <strong>de</strong><br />

África). Cevada das duas carreiras. H. distlchum, L.<br />

Cariopse livre na maturação.<br />

Cevada santa. var. nudum, L.


62 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Todas as três espiguetas <strong>de</strong> cada nó férteis e aristadas,<br />

as médias encostadas ao eixo e as laterais afastadas,<br />

tornando a espigueta quadrangular; aristas<br />

subparalelas ao eixo. Cult. em todo o país, com freqüência.<br />

. Cevada das quatro carreiras, h. vulgare (L.)<br />

Cariopse livre na maturação.<br />

. . . . Cevada santa. var. coeleste (P. Beauv.)<br />

Todas as três espiguetas <strong>de</strong> cada nó férteis, aristadas<br />

e afastadas do eixo, tornando a espiga <strong>de</strong>nsa e<br />

hexagonal; aristas divergentes.<br />

Cevada das seis carreiras, c. hexastichum (L.)<br />

Família 18 — Cyperáceas<br />

Amplie-se o habitat ia seguinte espécie:<br />

Pág. 102. — Cyperus difformls, L.— Coimbra (S. Fagundo),<br />

Abrantes, Coina, Coruche.<br />

Pág, 103. — Cyperus serotinus, Rottb. (C. Monti, L. fil).<br />

Inclua-se esta espécie, modificando a chave 9:<br />

Planta anual, <strong>de</strong> 1-2 dm., com raiz fibrosa; fôlhas do<br />

invólucro 2-4, <strong>de</strong>siguais, muito patentes, semelhantes<br />

às caulinares; espiguetas fasciculadas, dispostas em<br />

antela simples ou contraída e capituliforme; glumas<br />

amarelo-pálidas. 0. Junho-Out. Lugares húmidos: do<br />

Douro ao Alent C flavescens, L.<br />

Plantas vivazes, com rizoma rastejante . . . . 9 bis<br />

Fôlbas do invólucro 3-5 <strong>de</strong>siguais, planas, às vezes muito<br />

compridas; espiguetas agregadas em gran<strong>de</strong> número<br />

nos raios muito <strong>de</strong>siguais da antela composta; glumas<br />

acastanhado-claras. Planta da 8-10 dm. 21. Jun. Coim-<br />

9 bra: Paul <strong>de</strong> S. Fagundo. . . * C. serotinus, Rottb.<br />

bis Fôlhas do invólucro 2, rígidas e assoveladas, a menor<br />

patente e a maior erecta, simulando o prolongamento do<br />

caule; espiguetas 2-10, reunidas sésseis em feixe pseudo-<br />

-lateral; glumas acastanhado-escuras. Planta <strong>de</strong> 2-4<br />

dm. 21. Maio. Algarve . . . . C. distachyos, Ali,


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 03<br />

Páá. 103. — Substitua-se na Flora Enophorum pOlVSÍaChVOri, L.<br />

lugar <strong>de</strong> Eriophorum augustiíolium, Rotk.<br />

Jfag. 104. — Substitua-se a cbave 5 pela seguinte:<br />

Estigmas 3. Plantas anuais, cespitosas, <strong>de</strong> 0,3-2,5 dm.,<br />

muito <strong>de</strong>lgadas; 1-3 espiguetas ovoi<strong>de</strong>s, sésseis; perianto<br />

nulo ; fôlhas com limbo curto, setiforme . . . . 6<br />

Estigmas 3. Plantas vivazes, <strong>de</strong> 3-15 dm., robustas; espiguetas<br />

mais ou menos numerosas, dispostas em antela<br />

ou capítulo pseudo-lateral 8<br />

Estigmas 2; perianto formado <strong>de</strong> sedas do tamanko do<br />

aquénío ou maiores 8 bis<br />

Pág. 104 — Substitua-se na Flora ScirpUS CerilUUS, Vakl. em vez <strong>de</strong><br />

Scirpus Savii, Seb. et Maur.<br />

Pág. 104.— Suprimam -se na chave 8 as duas últimas linhas <strong>de</strong>sta páá- 104 e<br />

as 8 linhas da pá^- 100.<br />

8<br />

bis<br />

8<br />

ter<br />

Pág. 105.— Scirpus erectus, Poir. (l). Intercal e-se como abaixo:<br />

Plantas robustas, com espigas numerosas, fasciculadas em<br />

antela mais ou menos ramosa 8 ter<br />

Planta <strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong> 0,5-4 dm., com 1-5 espiguetas aglomeradas<br />

lateralmente, com uma única fôlka inVolucral<br />

assovelada, erecta; espiguetas ovói<strong>de</strong>s, acutiúsculas, <strong>de</strong><br />

5-10 mm. <strong>de</strong> comprimento; acjuénío subplano-convexo,<br />

transversalmente estriado, negro na maturação. Agosto.<br />

Coimbra: pântanos do arroz em S. Fagundo. (Orig. da<br />

América e <strong>de</strong> Madagascar). . . * Sc. erectus, Poir.<br />

Antela mais ou menos frouxa; aquénios biconvexos,<br />

obovados, lisos ou obsoletamente estriados, amarelados<br />

na maturação, glumas às vezes pontuadas <strong>de</strong> grânulos<br />

avermelkados. %. Jun.-Set. Do litoral do Minho às<br />

Baixas do Guadiana . . Sc. Tabernaemontani, Gmel.<br />

(l) ScirpUS ereCtUS, Poir. = Sc. SmitAii, Gray I ar. setulosas, Fernald.;<br />

esta espécie foi estudada em Coimbra pelo Assistente sr. A. Taborda Morais, a quem<br />

agra<strong>de</strong>ço os elementos que me forneceu para aqui a po<strong>de</strong>r enumerar; é nova para a<br />

Europa; foi talvez importada em alguma semente <strong>de</strong> arroz.


64 António Xavier Pereira Coutinho<br />

8 Ântela <strong>de</strong>nsa, volumosa, subesférica; aquénios acbatados<br />

ter elipsói<strong>de</strong>-alongados, atenuado-agudos, finamente estriados,<br />

anegrados na maturação; glumas com a quilha<br />

esver<strong>de</strong>ada e grânulos brancos espinhosos. %. Jun.-Ag.<br />

Alent. lit.: Pieda<strong>de</strong> (em via <strong>de</strong> extinção quando foi<br />

colhida por Welwitsch e agora, ao que parece, completamente<br />

extinto) Sc. glcbifer, Welw.<br />

Pág. 105 (Chave 11)—Substitua-se na Flora Scirpus amerícanus,<br />

Pers. em lugar <strong>de</strong> Scirpus pungens, Vahl.<br />

Pág. 105 — Heleocharis, R. Br.<br />

Substitua-se na Flora a chave 1:<br />

Planta <strong>de</strong> 1-6 dm., com os caules mais ou menos grossos. 2<br />

Planta <strong>de</strong> 0,3-1,5 dm., com os caules capilares, provida <strong>de</strong><br />

longos e <strong>de</strong>lgados estolhos don<strong>de</strong> saem pequenos grupos<br />

afastados <strong>de</strong> caules erectos, cespitosos; espiga muito<br />

pequena, ovói<strong>de</strong>. O. Maio. Entre-Douro-e-Minho: arredores<br />

<strong>de</strong> Melgaço, nos charcos <strong>de</strong>ssecados da margem<br />

do rio Minho; nos arredores do Porto.<br />

H. acicularis (L.), R. Br.<br />

Pág. 105 — Rhynchospora alba (L.), Vahl. — Alargue -se o seu<br />

habitat — Minho e Beira litoral.<br />

Pág. 107.— Carex, L.<br />

Substitua-se a chave 1:<br />

Uma só espigueta terminal, androgínica; flôres femininas<br />

(inferiores) mais frouxas que as masculinas (superiores);<br />

utrículo oblongo-elíptico, contraído em rostro<br />

comprido; 2 estigmas. Planta cespitosa, <strong>de</strong> 1,5-4'dm.,<br />

com o caule <strong>de</strong>lgado, obtusamente trigonal e as fôlhas<br />

muito estreitas. %. Maio-Jul. Algarve: Monchique.<br />

* C. peregrina, Lk.<br />

Mais <strong>de</strong> uma espigueta 2<br />

Pág. 108. — Carex vulpina, L. Alonáue-se-lhe o habitat-<strong>de</strong> Trás-<br />

-os-Montes ao Algarve.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 65<br />

Pág. 108.— Carex LaChenalÜ, Schkr. Vi posteriormente exemplares<br />

portugueses, trazidos da Serra da Estrela; suprima-se o asterisco.<br />

Pág. 109.— Carex longiseta, Brot. Substitua-se na Flora à C. distachya,<br />

Desf.<br />

Pág. 109.—• Carex ambígua, Lk. Substitua-se também em vez <strong>de</strong> C.<br />

oedipostyla, Duval-Jouve.<br />

Ampliem-se as áreas <strong>de</strong> habitação das duas espécies seguintes, ambas da chave 20:<br />

Pág. 109.— Carex Reuteriana, Bss. — Serras do Gerez, Soajo,<br />

Caramulo e Estrela, margens do Guadiana.<br />

Pág. 109.— Carex Hudsonii, A. Benett. — Do Minho ao Baixo<br />

Alentejo.<br />

Pág. 110.— Carex Caryophyllea, Lat. Introduza-se esta nova espécie<br />

fazendo as seguintes substituições na Flora:<br />

t r<br />

23 í ^ * c u o s<br />

^ élabros 24<br />

[ LItrículos pubescentes 25 bis<br />

Segue a chave 24 e 25 como na Flora :<br />

Rizoma rastejante, estolboso; espiguetas femininas oblongo-ovói<strong>de</strong>s,<br />

2-3, a inferior mais ou menos pediculada,<br />

25 as restantes sésseis. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm., com as fôlhas<br />

bis planas. %. Minho: S. Pedro da Torre<br />

* C. caryophyllea, Lat. (l)<br />

Rizoma fibroso, não estolboso 26<br />

Pág. 110.— Carex pilulifera, L. Amplie-se-lhe o habitat —do Minho<br />

à Beira lit<br />

Pág. 111.— Carex extensa, Good. Corrija-se a sua área <strong>de</strong> habitação<br />

— Prados e lugares húmidos próximo do litoral: do Minho ao<br />

Alentejo litoral.<br />

Pág. 112.— Carex intacta, Samp. Suprima-se, bem como a nota corres­<br />

pon<strong>de</strong>nte, e reünam-se !<br />

numa só as chaves 38 e 39 do modo seguinte:<br />

(l) Carex praecox, Jacc¡. non Schreb. 9


66 António Xavier Pereira Coutinho<br />

LItrículos glabros, atenuados em rostro um tanto curto<br />

2-<strong>de</strong>ntado; espiguetas masculinas 3-5, glabras. Planta<br />

robusta, <strong>de</strong> 6-12 dm., grossa, áspera, com as fôlhas <strong>de</strong><br />

7-10 mm. <strong>de</strong> largura, e rizoma estolboso. %. Abril-Jul.<br />

Valas, pântanos: Beira lit., Alentejo lit., Algarve.<br />

C. riparia, Curt.<br />

LItrículos pubescentes, atenuados em rostro comprido,<br />

2-íendido; espiguetas masculinas 2-3, pubescentes.<br />

Planta <strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong> 1-4 dm., mais ou menos vilosa, com<br />

as fôlhas <strong>de</strong> 1-3 mm. <strong>de</strong> largura e rizoma rastejante,<br />

estolhoso. %. Maio-Jul. Lameiros, pântanos: Trás-os-<br />

-Montes e Minho C. hirta, L.<br />

Família 19 — Aráceas<br />

Pág. 113.— Arum maculatum, L.<br />

Introduza-se esta espécie:<br />

Apêndice do espadíce violáceo-purpúreo; flôres estéreis colocadas<br />

por baixo das flôres masculinas; espata esver<strong>de</strong>ada;<br />

fôlhas alabardinas, com freqüência maculadas <strong>de</strong> negro.<br />

21, Maio. Trás-os-Montes: arredores do Vimioso.<br />

* A. maculatum, L.<br />

Apêndice do espadice amarelo; flôres estéreis colocadas por<br />

baixo e por cima das flôres masculinas; espata esbranquiçado-amarelada<br />

; fôlhas sagitado-alabardinas, imaculadas<br />

ou maculadas <strong>de</strong> branco ou <strong>de</strong> negro. 21. Março-Jun.<br />

Terras cultivadas, sebes, lugares húmidos: Trás-os-<br />

-Montes, Beira, Kstrem., Alentejo.<br />

Jaro ou Jarro. A. italicum, Mill.<br />

Espata com máculas purpúreas numerosas interiormente.<br />

Com o tipo, mais raro. (5. pictum, P. Cout.<br />

Pág. 113.— Arisarum vulgare, Targ.-Toz. var.<br />

Inscrevam-se sob a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie as seguintes varieda<strong>de</strong>s:<br />

Espadice <strong>de</strong>lgado, cilíndrico e não espesso no cimo (em<br />

Port.?) a. typicum<br />

Espadice robusto, mais ou menos aclavado e bastante espesso<br />

no cimo. Freqüente . . . . (5. Clusii, (Schott.), Engl.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 67<br />

Família 22 — Juncáceas<br />

Pág. 116.— Juncus acutus, L. e J. maritimus, Lam.<br />

Precisem-se melhor na chave 7 as diferenças entre estas duas espécies:<br />

Rizoma oblíquo, com os caules <strong>de</strong>nsamente cespitosos;<br />

baínbas das fôlhas mortas divididas em fibras numerosas<br />

; cápsula ovado-subglobosa, o dobro maior que o<br />

perianto. Planta <strong>de</strong> 6-8 dm., robusta, com as fôlhas<br />

bastante grossas. Maio-Set. Freqüente na região<br />

marítima, raro no interior. Junco agudo. J. acutus, L.<br />

(seguem as varieda<strong>de</strong>s, como na Flora )<br />

Rizoma borizontal; baínbas das fôlhas mortas inteiras;<br />

cápsula elipsói<strong>de</strong>, quási do tamanbo do perianto ; antela<br />

gran<strong>de</strong>, subpaniculada. Planta <strong>de</strong> ordinário maior<br />

(8-10 dm.) e com as fôlhas mais <strong>de</strong>lgadas. 4. Freqüente<br />

na região marítima, raro no interior.<br />

. . . . Junco das esteiras. J. maritimus, Lam.<br />

Pág. 118.- Emen<strong>de</strong>-se o habitat da seguinte espécie na chave 20 :<br />

Juncus Tenajeia, Fbrb. — do Minho ao Algarve.<br />

Jt/ag. 119. — Na chave 3 do Gén. LUZUla substitua-se a L. silvatica pela<br />

Luzuia Henriquesii, Degen.:<br />

Fôlbas lineares, <strong>de</strong> 2-4 mm. <strong>de</strong> largura, mais ou menos<br />

celbeadas; antela com as flôres isoladas ou quási.<br />

Plantas <strong>de</strong> 0,7-5 dm. 4<br />

Fôlbas lanceolado-lineares, <strong>de</strong> 5-7 mm. <strong>de</strong> largura, <strong>de</strong>nsamente<br />

celbeadas; antela com glomérulos 3-5-flôres,<br />

corimboso-paniculada, frouxa; tépalas côr <strong>de</strong> castanba,<br />

com a margem pálida; valvas da cápsula <strong>de</strong> 2,5 mm.,<br />

contraído-acuminadas; sementes subglobosas, não exce<strong>de</strong>ndo<br />

1,5 mm. <strong>de</strong> comprimento. %. Junho-Jul. Lugares<br />

húmidos e arborizados das montanhas do Minho e<br />

Beira L. Henriquesii, Degen.<br />

É talvez uma varieda<strong>de</strong> mícrantha da L. silvatica (Huds.), Gaud.


68 António Xavier Pereira Coutinho<br />

12<br />

Família 26 —Liliáceas<br />

Na chave dos Géneros substitua-se na página 123 a ckave 12:<br />

Anteras basifíxas, erectas, lineares; ovário subgloboso,<br />

com os lóculos pluriovulados; estigma pequeno, não<br />

intumecido; perianto patente.<br />

. Anthericum, L. (pág. 127)<br />

Anteras dorsifixas, versáteis; ovário ovói<strong>de</strong>-alongado,<br />

agudo, com os lóculos multiovulados; estigma intumecido,<br />

3-lobado; perianto erecto, (l)<br />

Paradisea, Mazzuc, pág. 69<br />

Pág. 125.— Veratrum álbum, L. Suprima -se o asterisco, pois vi exem­<br />

plares, da serra da Estrela.<br />

Pág. 126.— Substituam-se as chaves 2 e 3 do Género Aspho<strong>de</strong>lttS :<br />

Cápsula globosa ou elipsói<strong>de</strong>, gran<strong>de</strong> ou medíocre; caule<br />

simples ou pouco ramoso 3<br />

Cápsula ovói<strong>de</strong> ou obovói<strong>de</strong>, medíocre ou pequena; caule<br />

ramoso 4<br />

Cápsula medíocre (8-14 mm. <strong>de</strong> comprimento), quási do<br />

tamanbo do pedicelo, elipsói<strong>de</strong> ou globosa; brácteas<br />

fusco-<strong>de</strong>negrídas; filetes insensivelmente atenuados<br />

acima da base e papilosos até ao meio; f ôlkas lineares.<br />

Planta robusta, <strong>de</strong> 1 III. e mais, com freqüência simples,<br />

às vezes pouco ramosa. %. Abril-Jun. Montanhas <strong>de</strong><br />

Trás-Montes, da Beira e do Alto Ãlent. A. albus, Mill.<br />

Cápsula gran<strong>de</strong> (15-22 mm.), maior que o pedicelo, subglobosa,<br />

com freqüência umbilicada; brácteas fusco-<br />

-pálídas; filetes repentinamente atenuados acima da<br />

base, lisa; fôlhas linear-ensiformes. Planta às vezes <strong>de</strong><br />

caule simples, <strong>de</strong> ordinário com ramos compridos e<br />

pouco numerosos. %. Março-Maio. Beira transmontana<br />

: Barca <strong>de</strong> Alva . . . . * A. cerasiferus, Gay<br />

(l) As diferenças entre os dois Géneros Anthericum e Paradisea foram agora<br />

estudadas em Coimbra, pelo distinto naturalista e meu presado amigo A. Mendonça, a<br />

meu pedido, visto que me falta aqui material para o po<strong>de</strong>r fazer <strong>de</strong>vidamente. Cumpre-me<br />

gostosamente agra<strong>de</strong>cer o cuidado e a minudência do trabalho que me enviou e cujos<br />

pontos essenciais ficam acima reproduzidos.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 69<br />

Pág. 127 .— Amplie-se o habitat seguinte:<br />

Aspho<strong>de</strong>lus microcarpus, Viv. (5. aestivus (Brot.), P. Cout.—<br />

De Trás-os-Montes ao Algarve.<br />

Páé. 127.- Substitua-se a parte que diz respeito ao Gen. Paradisea»<br />

152. Paradisea, Mazzuc— Anteras dorsifixas, versáteis ; ovário<br />

ovói<strong>de</strong>-alongado, agudo, com os lóculos multiovulados;<br />

estigma intumecido, 3-lobado; perianto erecto, com as tépalas<br />

3-nérveas (l).<br />

Flores brancas, <strong>de</strong> 2,5-3 cm., dispostas em cacbos multifloros;<br />

estames com as anteras exclusas ou quási; estilete<br />

comprido, saliente; íôlbas largas (7-20 mm. <strong>de</strong> largura).<br />

Planta robusta, <strong>de</strong> 6-12 dm. e mais. %. Junho-Jul. Prados<br />

e bosques das montanhas: Serras do Alto Minho e Alto<br />

Trás-os-Montes: Gerez, Castro-Laboreiro, etc.; serras da<br />

Beira: Alcai<strong>de</strong>, Mata do Fundão.<br />

(z) P. lusitanica (P. Cout.), Samp.<br />

Pág. 127.— AphyllantheS mOnSpeliensiS, L. Suprima-se na Flora o<br />

asterisco, pois vi ultimamente exemplares, coibidos próximo <strong>de</strong> Miranda do Douro.<br />

Pág. 132.— Gagea pratensis, R. et Schultz. b. nova, Samp.—<br />

Inscreva-se numa cbave anteposta à cbave 1:<br />

Bolbos 2 <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> túnica comum; 1 fôlba linear,<br />

curva, basilar, maior q(ue o escapo e 1-3 fôlhas involucraís<br />

<strong>de</strong>siguais. %., . G. pratensis, R. et Scb.<br />

Tépalas <strong>de</strong> 9-16 mm., exteriormente ver<strong>de</strong>s com estreitíssima<br />

orla amarela e internamente esver<strong>de</strong>ado-<br />

-amareladas; flôres 1-2; pedicelos <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong><br />

bractéolas na base; sementes levemente comprimidas.<br />

Março. Vimioso: Pinelo. . * b. nova, Samp.<br />

Bolbos 2 ro<strong>de</strong>ados <strong>de</strong> uma túnica comum 1<br />

Páé. 134 .— Altere-se como abaixo o habitat:<br />

Ornithogalum pyrenaicum, L. — De Trás-os-Montes e Minho<br />

a Monchique.<br />

(l) Veja-se a nota da pág. 68.<br />

(z) Phalangium Liliastrum, Brot.; Paradisea Liliastrum, Henriq.; Paradisea<br />

Liliastrum b. lusitanica, P. Cout. j Anthericum lusitanicum (P. Cout.), Samp.


7o António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 135.— Scilla verna, Huds. e Sc. Ramburei, Bss.:<br />

Substitua-se na Flora a cbave 7:<br />

Bolbo pequeno (10-15 mm. <strong>de</strong> diâm. transv.); flôres<br />

pouco numerosas, abrindo todas à mesma altura, a<br />

formarem corimbo <strong>de</strong>nso; perianto azul-claro; fôlhas<br />

2-5, com 2-5 mm. <strong>de</strong> largura, <strong>de</strong> ordinário menores que<br />

o escapo. Planta medíocre, com o escapo <strong>de</strong> 1-3 dm.<br />

%. Abril-Jun. Alto Minho e Alto Trás-os Montes ?<br />

* Sc. verna, Huds.<br />

Bolbo majúsculo (18-25 mm. <strong>de</strong> diâm. transv.); flôres<br />

dispostas em cacbo; fôlhas <strong>de</strong> ordinário maiores que o<br />

escapo . 7 bis<br />

Flores azuis, inodoras, com as tépalas acutiúsculas; cacbo<br />

multifloro (até 30 flôres), por fim muito alongado e com<br />

pedicelos compridos (15 a 50 mm.); fôlhas com 3-10<br />

mm. <strong>de</strong> largura. Planta freqüentemente elevada, com o<br />

escapo <strong>de</strong> 1-6 dm. %. Março-Jun. Trás-os-Montes,<br />

7 , Minho, Beiras, Estrem., Alent. (t) Sc. Ramburei, Bss.<br />

bis I Flores intensamente azul-violáceas, cbeirosas, com as<br />

tépalas obtusas ; cacbo paucifloro (até 12 flôres), sempre<br />

curto e com pequenos pedicelos (5-10 mm.); fôlhas<br />

com 2-4 mm. <strong>de</strong> largura. Planta pouco elevada, com o<br />

escapo <strong>de</strong> 0,6-1,2 dm. %. Eev.-Março. Algarve.<br />

; . . Sc. odorata, Hoffgg. et Llc.<br />

Pág. 136.— Scilla hispânica, Mill. 3. patula (DC). Corte-se-lhe<br />

o asterisco e inscreva-se-lhe o habitat — Serra da Gardunha, Alto Alentejo.<br />

Pág. 136.— Dipcadi SerOtinum (L.), Medic. — Encontrado próximo<br />

<strong>de</strong> Miranda do Douro, <strong>de</strong>vendo o seu habitat corriéir-se — De Trás-os- Montes<br />

ao Algarve.<br />

Pág. 138.— Asparagus officinalis, L. e A. tenuifolius, Lam.—<br />

Substitua-se a cbave 4 e tire-se o asterisco a esta última espécie:<br />

(l) Scilla beirana, Samp.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 7i<br />

Cladódios 3-8 em cada fascículo; pedicelos compridos,<br />

articulados próximo do meio; anteras oblongas, tão<br />

compridas como os filetes. Planta <strong>de</strong> 3-15 dm., com<br />

turiões carnudos, brancos, comestíveis. 2f. Junho-Jul.<br />

Cultiv. e às vezes subespontâneo. (Orig. da Europa).<br />

. . . Espargo. A. officinalis, L.<br />

Cladódios 8-30 em cada fascículo; pedicelos muito compridos,<br />

articulados sôb a flôr; anteras ovói<strong>de</strong>-globosas,<br />

maiores que os filetes. Planta <strong>de</strong> 4-6 dm., com turiões<br />

<strong>de</strong>lgados, <strong>de</strong> sabor doce. U. Junho-Jul. Alentejo litoral<br />

(O<strong>de</strong>mira). . . . Espargo bravo. A. tenuifoüus, Lam.<br />

Familia 27 — Amarilidáceas<br />

Substitua-se na Chave dos Géneros a chave 1 pelas duas seguintes:<br />

Flores solitárias ou dispostas em umbela. Plantas bulbosas,<br />

com o caule florífero áfilo e simples (escapo),<br />

<strong>de</strong> ordinário não superior a 6 cm .2<br />

Flores muito numerosas, dispostas em panícula ampla,<br />

num eixo ramoso e bracteado muito gran<strong>de</strong>β-8 III.).<br />

Plantas com espique muito curto ou arborescente, terminado<br />

em roseta <strong>de</strong> fôlhas; fôlhas gran<strong>de</strong>s (1-2 III. <strong>de</strong><br />

comprimento), carnudo-fibrosas, espinboso-marginadas<br />

e terminadas em espínbo muito ou pouco vulnerante<br />

1 bis<br />

Flores erectas, com o perianto gamotépalo e os estâmes<br />

e estilete muito salientes. Plantas com o espigue muito<br />

curto e as fôlhas terminadas em espinho muito vulnel<br />

rante Agave, L., pág. 72<br />

bis Flores pen<strong>de</strong>ntes, com as tépalas e estâmes livres; estâmes<br />

inclusos. Planta com o espigue arborescente e as fôlhas<br />

terminadas em espinho não ou pouco vulnerante<br />

Fourcroya, Vent., pág. 73<br />

Pág. 141.— Narcissus Bulbocodium x reflexus, Fernan<strong>de</strong>s —<br />

Inclua-se na chave 6 :


72 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Escapo roliço; tépalas estreitas, subpatentes, um pouco<br />

menores que a coroa; 3 estames maiores e 3 menores.<br />

Planta 1-flora, 2-folia, com as fôlhas estreitas. %. Serra<br />

do Gerez, com os progenitores.<br />

* N. Bulbocodium X reflexus, Fernan<strong>de</strong>s<br />

Fscapo subroliço; tépalas estreitas, sublineares, ascen<strong>de</strong>ntes<br />

; estames subiguais. Planta 1-flora, com as fôlhas<br />

estreitas. 2f. Minho, com os progenitores.<br />

. . . . * N. Bulbocodium x pseudo -Narcissus, Bak.<br />

Fscapo comprimido; tépalas lanceoladas, subpatentes;<br />

3 estames maiores e 3 menores. Planta 1-2-flora, com<br />

as fôlhas largas.<br />

* IM. pseudo-Narcissus x reflexus (fíenriq.)<br />

Pág. 142.— NarCiSSUS CalCÍCOla, A. Mendonça. Inclua-se numa<br />

chave intermédia 15 bis :<br />

Fôlhas erectas, <strong>de</strong> 10-20 cm. por 2-4 mm., quási do tamanho<br />

do escapo, canalículadas superiormente e troncado-<br />

-bicostadas inferiormente, glaucas, lisas; escapo subcom-<br />

15 } primido, 1-4-floro. %. Fevereiro-Março. Nas fendas das<br />

bis rochas do massiço calcáreo <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />

. . N. calcicola, A. Mendonça.<br />

Fôlhas mais ou menos prostradas ou contorcidas; flôres<br />

menores . . . . . . 16<br />

Na chave 16, na 3. a<br />

linha da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> N. scaberulus leia-se— com as tépalas<br />

um pouco menores que a coroa ou quási do mesmo tamanho.<br />

Na páá. 143 substitua-se como seéue tôda a parte correspon<strong>de</strong>nte á í ' ": amíliall<br />

Suhíamília II — A^avói<strong>de</strong>a.s<br />

Plantas <strong>de</strong> origem americana, com espique rudimentar ou<br />

arborescente, terminado por uma coroa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s fôlhas; flôres<br />

paniculadas, num eixo bracteado e ramoso muito gran<strong>de</strong>,<br />

177. Agave, L.— Flores muito numerosas, dispostas em<br />

panícula <strong>de</strong> cimeiras corimbiformes muito ramosa; perianto<br />

regular, tubuloso-afunilado, 6-partido; estames inseridos nas<br />

tépalas, muito salientes, com os filetes filamentosos e as anteras<br />

lineares; estilete muito saliente, subcilíndrico, com estigma


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 73<br />

3-lobado; cápsula trigonal, polispérmica; sementes planas.<br />

Plantas com fôlhas espessas, carnudo-fibrosas, espinhosas na<br />

margem e no cimo.<br />

Flores amarelo-esver<strong>de</strong>adas; eixo florífero e frutífero muito<br />

gran<strong>de</strong> (até 6-8 III.), com os ramos erecto-patentes; espicjue<br />

muito curto, rudimentar; fôlhas gran<strong>de</strong>s (1-2 III..),<br />

glaucescentes, terminadas em espinho castanho-escuro,<br />

muito vulnerante. t . Maio-Agosto. Cult. e subespont. nas<br />

sebes, margens dos campos e caminhos (freqüente).<br />

Piteira. A. americana, L.<br />

Fôlhas ver<strong>de</strong>s estriadas ou marginadas <strong>de</strong> amarelo, ou<br />

amarelas estriadas ou marginadas <strong>de</strong> ver<strong>de</strong>. Cult.<br />

(3. variegata<br />

177 bis. Fourcroya, Vent.— Flores pen<strong>de</strong>ntes; perianto com<br />

as tápalas e os estames livres; estames inclusos, com os filetes<br />

intumecidos na base, bem como o estilete; espique arborescente,<br />

simples, com as fôlhas marcescentes, as vivas direitas e erectas,<br />

levemente canaliculadas, terminadas em espinho fraco, pouco<br />

vulnerante.<br />

Flores esbranquiçadas, fasciculadas, articulado-caducas (infecundas)<br />

; eixo florífero <strong>de</strong> 5-8 III., com os ramos pen<strong>de</strong>nte-<br />

-patentes e numerosos bulbilhos na axila das brácteas<br />

florais; fôlhas ver<strong>de</strong>-amareladas; espique até 1 III. <strong>de</strong><br />

altura. | . Abril-Jul. Cult. e subespont. nas sebes e valados<br />

do litoral algarvio (freqüente) . . * F. gigantea, Vent.<br />

Família 29 — Iridáceas<br />

Pág. 146.— IriS biflOrã, L. Foi encontrado em Moncorvo; emen<strong>de</strong>-se o seu<br />

habitat— Trás-os-Montes (Moncorvo), Beira, Estremadura.<br />

Pág. 148.— GladiOlUS ilIyriCUS, Koch. Var. Acentuem-se melhor as<br />

diferenças entre as suas varieda<strong>de</strong>s pela forma seguinte:<br />

Fspata maior chegando ou exce<strong>de</strong>ndo a 1<br />

/ í do perianto; ramos<br />

do estilete dilatados repentinamente em lâmina<br />

ovada; sementes com ása estreita. Principalmente no<br />

Norte e Centro . a. genuinus<br />

10


74 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Espata maior não chegando a 1/2 do perianto; ramos do estilete<br />

dilatados insensivelmente em lâmina espátula da;<br />

sementes com ása larga. Planta <strong>de</strong> ordinário com menor<br />

porte e com as fôlhas mais estreitas. Principalmente no<br />

Centro e Sul b. Reuteri, Bss.<br />

Família 31 — Orquidáceas<br />

Pág. 152. — OrChiS tri<strong>de</strong>nfata, Scop. — Foi também encontrada no<br />

Algarve; o seu habitat fica pois — Beira, Estrem., Alent. litoral e Algarve.<br />

Pág. 153.— Orchis incarnata, L., c. ambígua (Guim.). Apareceu<br />

mais em Bragança e na Serra <strong>de</strong> Nogueira; alargue-se-lhe o habitat conhecido — TraS-<br />

-os-Montes e Beira litoral.<br />

Pág. 154.— Serapias longipetala (Ten.), Poli. e S. Língua, L.<br />

Precisem-se melhor as distinções <strong>de</strong>stas espécies, substituindo a chave 3 :<br />

Labelo com 2 calosida<strong>de</strong>s na base; tépalas 2 internas<br />

contraídas em ponta assovelada; brácteas muito maiores<br />

que as flôres; espiga 1-8-flora. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm. 4.<br />

Maio-Jun. Prados, arrelvados: Beira, Estrem. e Alentejo<br />

(pouco freqüente) . . S. longipetala (Ten.), Poli.<br />

3 Labelo com 1 só calosida<strong>de</strong> na base; tépalas 2 internas<br />

atenuado-acuminadas; brácteas <strong>de</strong> ordinário do tamanho<br />

das flôres ou pouco maiores; espiga 2-4-flora.<br />

Planta <strong>de</strong> menor porte, 1-3 dm. 4. Abril-Jun. Lugares<br />

incultos, arrelvados, pinhais (vulgar) . . S. Língua, L.<br />

(seguem as formas da S. Língua como na Flora)<br />

Pág. 155.— Platanthera bifolia (L.), C. Rich . — Foi colhida na Serra<br />

da Louzã; o habitat conhecido é— Trás-os-Montes, Minho, Beira litoral.<br />

Pág. 155.— Gennaria diphylla (Lk.), Parl. — Colhida à beira da estrada<br />

que <strong>de</strong> Cascais conduz à Boca do Inferno, ficando o seu habitat — Arredores<br />

<strong>de</strong> Cascais, Serra da Arrábida, Setúbal, Azeitão, Milfontes.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 75<br />

DICOTILEDÓNEAS<br />

Família 32 — Salicáceas<br />

Pág. 160.— Salix cinérea, L. e S. atro-cinerea, Brot.<br />

Substitua-se a cbave 11 da Flora pelas duas seguintes:<br />

Gemas <strong>de</strong> ordinário tomentoso-esbranç[uiçadas; rebentos<br />

mais ou menos tomentosos ou pubescentes. . 11 bis<br />

11 S Gemas glabras; rebentos glabros ou glabrescentes; fôlKas<br />

terminadas com freqüência em pequena ponta dobrada<br />

em goteira . . . . 12<br />

Àmentilhos centrífugos (com as flôres evolucionando<br />

sucessivamente do cimo para a base); filetes glabros,<br />

ou só peludos na base; rebentos esbranquiçado-tomentosos;<br />

f ôlbas acinzentadas nas duas páginas e tomentosas<br />

na inferior, elípticas ou obovado-lanceoladas. | .<br />

Fev.-Março. Margens dos rios, lugares húmidos: Aqui<br />

e ali, principalmente no Norte (pouco freqüente), (l)<br />

Borrazeira, S. cinérea, L.<br />

11 J Âmentilbos centrípetos (com as flôres evolucionando da<br />

bis base para o cimo); filetes peludos, com freqüência até<br />

ao meio; rebentos escuros, mais ou menos pubescentes,<br />

às vezes glabrescentes (forma glabrescens); f ôlbas<br />

intensamente ver<strong>de</strong>s na página superior e na inferior,<br />

glauco-tomentosas, tornando-se rápidamente glabras<br />

ou quási, largamente lanceoladas ou oblongo-lanceoladas.<br />

1?. Fev.-Março. Margens dos rios e ribeiros, lugares<br />

húmidos: quási todo o país (freqüente).<br />

Salgueiro preto, Borrazeira preta. S. atro-cinerea, Brot.<br />

Família 37 — Cupulíferas<br />

Pág. 164.— Quercus lusitanica X toza, P. Cout., formas:<br />

Amplie-se a chave 3, colocando a seguir à <strong>de</strong>scrição sumária dêste híbrido as duas<br />

formas seguintes:<br />

(l) Creio que a S. cinerea é pouco freqüente em Portugal, misturada e confundida<br />

com a espécie broteriana. Tenho no meu Herbário um exemplar muito completo e muito<br />

característico da S. cinerea colhido em Bragança, no ano <strong>de</strong> 1878.


76 António Xaviei Pereira Coutinho<br />

Fôlhas medíocres (5-8 cm.), penatilobadas. Arbustos. t .<br />

Com os progenitores. . Q. lusitanica X toza, P. Cout.<br />

Fôlhas onduladas, bastante reticuladas na página<br />

superior, ténue e <strong>de</strong>nsamente tomentosas na página<br />

inferior, com o tomento esbranquiçado-esver<strong>de</strong>ado;<br />

raminbos glabros, avermelhados; frutos pedunculados,<br />

2-4 em cada pedúnculo; pedúnculo <strong>de</strong>lgado,<br />

tomentoso. Trás-os-Montes: arredores do Vimioso.<br />

Forma alpestris X pyrenaica, P. Cout.<br />

Fôlhas planas, pouco reticuladas na página superior,<br />

espessa e <strong>de</strong>nsamente tomentosas na página inferior,<br />

com o tomento branco ou esbranquiçado; raminhos<br />

tomentosos, acinzentados; frutos <strong>de</strong>sconhecidos.<br />

Beira lit.: arredores <strong>de</strong> Coimbra (rara).<br />

. . . . Forma baetica x roza (vulgaris), P. Cout.<br />

Pág. 166.— (Chave 7). Quercus Salzmanniana (Webb), P.<br />

Cout.; Q. lusitanica var. Salzmanniana, Webb Iter Hisp. (1838);<br />

Q. MirbeckH, Dur. in Duch. ReV. Bot. (1847). Consi<strong>de</strong>rado na Flora<br />

como subespécie, inscreva-se agora como espécie, do seguinte modo :<br />

Fôlhas coriáceas, <strong>de</strong> 9-15 pares <strong>de</strong> nervuras laterais (l) regulares<br />

e <strong>de</strong> limbo plano, tomentoso-flocosas na página<br />

inferior (bem como os raminhos) com o tomento muito<br />

caduco, persistindo apenas alguns flocos <strong>de</strong> pêlos estrelados<br />

junto à nervura principal; fôlhas <strong>de</strong> ordinário gran<strong>de</strong>s<br />

(6-11 cm.), crenado-sublobadas ou obtusamente serradas;<br />

frutos sésseis ou subsésseis. Arvore, menos vezes arbusto.<br />

t . Abril. Baixo Alent. lit. (Vila Nova <strong>de</strong> Milfontes),<br />

Algarve (Serra <strong>de</strong> Monchique, Picota)<br />

Q. Salzmanniana (Webb), P. Cout.<br />

Pág. 166.—Quercus lusitanica x Robur, P. Cout., formas.<br />

Substitua-se como abaixo a primeira parte da chave 8:<br />

(l) Na 1.* linha da <strong>de</strong>scrição da Q. lusitanica, Lam. (pág. 165, Chave 7) on<strong>de</strong> se<br />

lê — 7-l5 pares <strong>de</strong> nervuras — leia-se — 7-12 pares <strong>de</strong> nervuras — e na 4. a<br />

linha, que<br />

começa — ou não — cortem-se estas duas palavras.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 77<br />

Árvore ou arbusto elevado; fôlhas membranosas ou subcoriáceas,<br />

subpenatiíendidas ou sinuado-lobadas ou<br />

fundamente <strong>de</strong>ntadas; frutos pedunculados, com o pedúnculo<br />

<strong>de</strong>lgado. Com os progenitores<br />

Q. lusitanica X Robur, P. Cout.<br />

Fôlbas planas ou onduladas, <strong>de</strong> 7-11x3-5 cm., inciso-serradas<br />

com os segmentos ou <strong>de</strong>ntes agudos<br />

mucronados e ascen<strong>de</strong>ntes, mais ou menos tomentosas<br />

na página inferior; raminbos tomentosos;<br />

pedúnculos frutíferos medíocres (2-5 cm.). Arvore.<br />

Beira lit. (Coimbra, Foja) e Estrem. (Sintra)<br />

forma faginea X Robur, P. Cout.<br />

Fôlbas onduladas, <strong>de</strong> 4-6x2,5-3 cm., subcoriáceas,<br />

bastante reticuladas na página superior, penatifendido-<strong>de</strong>ntadas,<br />

com os segmentos ou <strong>de</strong>ntes agudos<br />

e mucronados mais ou menos patentes, tomentosas<br />

na página inferior; raminbos glabros; frutos <strong>de</strong>sconhecidos.<br />

Trás-os-Montes: Vimioso<br />

forma alpestris X Robur, P. Cout.<br />

Fôlbas subplanas, <strong>de</strong> 6-12 x 3-6 cm., sublobadas ou<br />

subpenatifendído-lobadas, com os lóbulos ou segmentos<br />

obtusos e múticos, mais ou menos pubescentes<br />

na página inferior sobretudo junto às nervuras<br />

; raminbos tomentosos; pedúnculos curtos<br />

(1,5-3,5 cm.). Arvore ou arbusto. Beira lit. (Coimg<br />

bra) e Estrem. (Caldas da Rainha)<br />

forma baeticax Robur, P. Cout.<br />

Pág. 166.— Na chave 10, <strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>scrição do Sobreiro, intercale-se —<br />

Quási todo o ano, sobretudo Abril-Jul. Espontâneo e cultivado,<br />

etC. — e mais abaixo emen<strong>de</strong>-se — Sobreiro, Sobro. Q. Sllber, L.<br />

Pág. 167.— Quercus llex x Suber, P. Cout. (l)<br />

(l) Comunicou-me em carta o meu antigo discípulo e amigo sr. Vieira Nativida<strong>de</strong>,<br />

da Estação <strong>de</strong> Experimentação Florestal do Sobreiro, que o estudo anatómico da casca<br />

dêste híbrido lhe mostrou que, nas sucessivas peri<strong>de</strong>rmes, o tecido suberoso tem muito<br />

maior <strong>de</strong>senvolvimento que na Azinheira; a cortiça é tipicamente a do Sobreiro, e as<br />

peri<strong>de</strong>rmes são mais extensas, constituindo como que um termo <strong>de</strong> transição entre as<br />

peri<strong>de</strong>rmes curtas e dispostas em arcos sobrepostos da Azinheira e a peri<strong>de</strong>rme contínua<br />

do Sobreiro. Tais dados anatómicos, muito interessantes, corroboram pois os dados morfológicos<br />

em que se fundamenta a origem <strong>de</strong>sta árvore.


António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 167.— Quercus llex, L. a. genuína, P. Cout., formas.<br />

Enumerem-se como segue :<br />

Fôltias ovadas ou ovado-oblongas, <strong>de</strong>ntado-espínkosas ou<br />

subinteíras. (freqüente) 1. vulgaris<br />

Fôlhas ovado-lanceoladas (4-6x1,5-2,5 cm.), inteiras ou<br />

sub<strong>de</strong>ntado-mucronadas, <strong>de</strong> côr ver<strong>de</strong>-viva e lustrosa na<br />

página superior, vestidas na página inferior <strong>de</strong> tomento<br />

ténue esbranquiçado-esver<strong>de</strong>ado. Trás-os-Montes: próx.<br />

ao Vimioso. . . Carrasco-loureiro. 2. laurifolia, Laguna<br />

Fôlhas lanceoladas, inteiras. Trás-os-Montes: Bragança<br />

3. lanceolata.<br />

Família 39 — Lorantáceas<br />

Pág. 174.— Viscum aibum, L. e V. cruciatum, Sieb.<br />

Substitua-se a seguir à <strong>de</strong>scrição do Género Viscum :<br />

Fascículos florais sésseis; baga globosa, branca, subtranslúcida.<br />

Arbusto <strong>de</strong> 2-5 dm., com os ramos opostos. | .<br />

Março. Parasita sôbre as pereiras e maceiras: Alto Minho<br />

(Valadares) e Estrem. (arred. <strong>de</strong> Sintra)?<br />

Visco branco. V. álbum, L.<br />

Fascículos florais pedunculados; baga globosa, vermelha.<br />

Arbusto <strong>de</strong> 1,5-4 dm., com os ramos opostos ou vertícilados.<br />

t - Abril-Maio. Parasita sôbre as oliveiras: arredores<br />

<strong>de</strong> Portalegre. . Visco das Oliveiras. V. cruciatum, Sieb.<br />

Família 40 — Santaláceas<br />

Pág. 175.— Thesium humile, Vahl.<br />

Inclua-se, modificando como segue as duas últimas linhas da chave 1:<br />

Limbo persistente do perianto formando sôbre o fruto<br />

um apêndice bastante menor do que ele. Plantas <strong>de</strong><br />

1-4 dm., erectas ou ascen<strong>de</strong>ntes 1 bis


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 79<br />

Plantas vivazes, <strong>de</strong> 2-4 dm., com a raiz grossa e as flôres<br />

dispostas em panícula 2<br />

Planta anual <strong>de</strong> 1-1,6 dm., multícaule, com a raiz <strong>de</strong>lgada<br />

e as flôres dispostas em cacho simples, espiciforme,<br />

folhoso; fruto elipsói<strong>de</strong>, nervoso, muito menor que a<br />

folha floral e com o perianto persistente bastante curto;<br />

fôlhas superiores enrolado-ásperas. ©. Maio. Estrem.:<br />

Praia das Maçãs Th. humile, Vahl.<br />

Familia 40 bis — Cinomoriáceas<br />

Flores poligâmicas ou monóicas ou dióicas, reunidas em<br />

espiga <strong>de</strong>nsa e <strong>de</strong> eixo carnudo; perianto com 1-5 tépalas livres,<br />

ou nulo; estames 1-4 ou mais, livres ou mona<strong>de</strong>lfos, com as<br />

anteras <strong>de</strong>iscentes longitudinal ou transversalmente; ovário<br />

ínfero ou semi-ínfero, 1-locular, com 1 só óvulo (às vezes nulo<br />

e diferenciando-se então o saco embrionário no parênquima do<br />

carpelo) e com 1 estilete e 1 estigma; fruto um aquénio ; embrião<br />

rudimentar e albumen oleaginoso. Hervas <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> clorofila,<br />

com as fôlhas substituídas por escamas, e parasitas das<br />

raízes das plantas ver<strong>de</strong>s.<br />

221 bis. Cynomorium, Mich.— Flores poligâmicas, bracteoladas<br />

na base, misturadas na mesma espiga as masculinas, as<br />

femininas e as hermafroditas; perianto com 1-5 tépalas; 1<br />

estame, com a antera longitudinalmente <strong>de</strong>iscente; ovário 1-ovulado;<br />

aquénio com o pericarpo ténue, subcoríáceo; semente<br />

subglobosa.<br />

Planta vermelho-escura, com rizoma ramoso e caules erectos<br />

<strong>de</strong> 2-3 dm., escamosos, terminados em espiga multiflora<br />

muito <strong>de</strong>nsa, <strong>de</strong> eixo aclavado, crasso e comprido; brácteas<br />

peitadas, primeiro imbricadas <strong>de</strong>pois remotas e por fim<br />

caducas. %. Março-Jun. Nas raízes das plantas das areias<br />

marítimas (Salsola vermiculata, etc). Algarve: Vila Nova<br />

<strong>de</strong> Portimão, praia da Rocha . . . . C. coccineum, L


8o António Xavier Pereira Coutinho<br />

Familia 43 — Timeleáceas<br />

Pág. 177.— Thymelaea VillOSa (L), Endi. Inscreva-se o seu habitat —<br />

Alentejo lit., Algarve: Monchique, Cachopo, S. Braz <strong>de</strong> Alportel.<br />

Familia 44 — Poligonáceas<br />

Pág. 180.— Rumex papillaris, Bss. et Reut.<br />

Substitua-se na Flora a chave 11 :<br />

Fôlhas vestidas nas duas páginas <strong>de</strong> pêlos <strong>de</strong>nsos, curtos,<br />

papiriformes, subviscosos, levemente crespas nas margens,<br />

um tanto carnudas; panícula muito ramosa,<br />

contraída, mais ou menos <strong>de</strong>nsa; fôlhas basilares<br />

oblongo-lanceoladas, com as aurículas agudas e <strong>de</strong><br />

ordinário <strong>de</strong>sigualmente 2-fendídas.4. Abril-Agosto.<br />

Caminhos, prados, arrelvados, terras cultivadas: quási<br />

todo o país (freqüente) . . R. papillaris, Bss. et Reut.<br />

Fôlhas nem papilosas nem subcarnudas, planas; panícula<br />

menos ramosa e mais frouxa; fôlhas basilares<br />

ovado-oblongas 12<br />

Pág. 182. — Polygonum pulchellum, Lois. Inscreva -se o habitat —<br />

Alto Alentejo, Algarve: próximo <strong>de</strong> Faro (Arabia).<br />

Familia 45 — Quenopodiáceas<br />

Pág. 184 e 185.— Nas chaves dos Géneros substitua-se a chave 1, e intercale-se<br />

entre as chaves 6 e 7 uma outra 6 bis.<br />

6<br />

bis<br />

Caule contínuo; fôlhas planas ou subplanas . . . . 2<br />

Caule contínuo; fôlhas muito carnudas ou subroliças<br />

ou semi-roliças 6<br />

Caule articulado 6 bis<br />

Fôlhas alternas, amplexicaules, semi-globosas<br />

Halopeplis, Bunge. pág. 81<br />

Fôlhas opostas, a<strong>de</strong>rentes na base, escamíformes . . 7


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />

Pág. 189.— Atriplex roseum, L. b. íoliosum (Fk.), P. Cout.<br />

Substitua-se a chave 4 :<br />

Planta anual, ascen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> 3-8 dm.; fôlhas mais ou<br />

menos sínuado-<strong>de</strong>ntadas, <strong>de</strong>ltói<strong>de</strong>o-ovadas ou ovado-<br />

-oblongas; flôres axilares, formando espigas folhosas<br />

até ao cimo; bractéolas frutíferas largamente ovado-<br />

-triangulares, <strong>de</strong>ntadas; ramos caulinares divaricados.<br />

0. Junho-Set. Terrenos argilosos ou pedregosos, das<br />

regiões interiores, areias e salgadiços do litoral: Trás-<br />

^ -os-Montes, Minho, Beiras, Alentejo lit. e Algarve<br />

A. roseum, L.<br />

Espigas folhosas nuas ou subnuas na extremida<strong>de</strong>;<br />

bractéolas frutíferas rombói<strong>de</strong>o-subtrilobadas, não<br />

ou pouco <strong>de</strong>ntadas; ramos caulinares erecto-patentes.<br />

Abril-Set. Areias marítimas: Estremadura e<br />

Alentejo lit b. íoliosum (Lk.), P. Cout.<br />

Plantas arbustivas, subarbustivas ou vivazes; fôlhas inteiras<br />

ou subinteiras . . . " 5<br />

Pág. 189. Substitua-se :<br />

Tribu IV.— Salicórneas — Flores hermafroditas, dispostas em<br />

glomérulos 3-floros na axila <strong>de</strong> brácteas ou parecendo incluídos<br />

em escavações do eixo, e reunidos em espigas estrobiliformes.<br />

Plantas com caules aparentando articulados.<br />

E acrescente-se:<br />

236 bis. Halopeplis, Bunge. — Flores 3 <strong>de</strong> cada glomérulo,<br />

mais ou menos a<strong>de</strong>rentes entre si e com as pare<strong>de</strong>s da cavida<strong>de</strong><br />

florífera, inclusas ; perianto tetragonal, 3-<strong>de</strong>nticulado ; estame 1;<br />

pericarpo membranoso; sementes com tegumento papiloso, embrião<br />

arqueado e albumen abundante. Planta com as fôlhas<br />

alternas.<br />

Fôlhas semi-globosas, amplexicaules, obtusas; espigas sésseís,<br />

alternas, <strong>de</strong>nsifloras, racimosas. Planta <strong>de</strong> 5-25 cm.,<br />

glauca, ramosa da base, com os ramos nodosos, parecendo<br />

articulados. 0 Abril-Set. Algarve: entre Faro e Olhão<br />

H. amplexicaule (Vahl), M. Stbg.<br />

ti


82 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 189.—Género Arthrocnemum, M o q.-T. — Acrescente-se.no fím<br />

"da <strong>de</strong>scrição : Planta com fôllias opostas, escamiformes e a<strong>de</strong>rentes<br />

na base.<br />

Pág. 189. — Arthrocnemum macrostachyum (Moric), Morís<br />

et Delp. var.<br />

Acrescentem-se, abaixo da <strong>de</strong>scrição da especie:<br />

.Ramos primários e ramos floríferos erectos. Centro e Sul<br />

r (freqüente)


19<br />

Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 83<br />

Planta suberecta, glabra, ver<strong>de</strong>; asas do perianto frutífero<br />

rosadas. Menos {requente que


António Xavier Pereira Coutinho<br />

Maio-Set. Areias marítimas e salgadiços: Centro e Sul.<br />

S. marginata (DC), Kittel<br />

Semente com ása rudimentar ou nula ; cápsula com<br />

freqüência menor (cerca <strong>de</strong> 5 mm.) e subinclusa.<br />

Planta prostrada, <strong>de</strong> ordinário bastante comprida<br />

(até 4 dm.). Baixo Alent. lit. . β. angustata, Clav.<br />

Pétalas rosadas, ou rosado-purpúreas ou rosado-violáceas<br />

3<br />

Sementes aladas, com ása larga e fímbriada; pedicelos<br />

frutíferos 2-3 vezes maiores que a cápsula; cápsula um<br />

pouco menor que o cálice; pétalas sensivelmente maiores<br />

que as sépalas. Planta prostrado-ascen<strong>de</strong>nte. %.<br />

Maio-Jun. Algarve: Faro. . . * S. fimbriata, Bss.<br />

Sementes ápteras, granulosas 4<br />

Fôlkas sublineares, subroliças ou semi-roliças; caules<br />

roliços ; pedicelos frutíferos <strong>de</strong> ordinário maiores que a<br />

cápsula; cápsula <strong>de</strong> 6-7 mm., saliente do cálice; pétalas<br />

sensivelmente maiores que as sépalas. Planta prostrado-<br />

-ascen<strong>de</strong>nte ou ascen<strong>de</strong>nte, mais ou menos papiloso-<br />

-glandulosa ou glabrescente. %. Maio-Set. Rochedos da<br />

beira-mar: quási tôda a costa . . S. rupicola, Lebei.<br />

Sementes menos granulosas, às vezes com um rudimento<br />

<strong>de</strong> ása parcial; cápsula menor (cerca <strong>de</strong><br />

5 mm.), subinclusa. Planta <strong>de</strong> ordinário alongada<br />

(até 4 dm.). Com o tipo.<br />

É. Guimaraesii (Fouc), P. Cout.<br />

Sementes sublisas. Planta kumil<strong>de</strong> (4-11 cm.), com a<br />

raiz bastante grossa, os entre-nós curtos e as fôlhas<br />

aproximadas ; pedicelos subcapilares ; flôres pequenas<br />

; cápsula <strong>de</strong> 4 mm. subinclusa. Alent. litoral.<br />

'/. crassipes (Samp.), P. Cout.<br />

Folkas linear-linguiformes, ackatadas ; caules ackatados,<br />

sub-bigúmeos ; pedicelos frutíferos quási do tamanko da<br />

cápsula; cápsula quási do tamanho do cálice. Planta<br />

mais ou menos papiloso-glandulosa. %. Maio-Jul. Cabo<br />

<strong>de</strong> S. Vicente?. . . . * S. azorica (Kindb.), Lebel.<br />

existência <strong>de</strong>sta última espécie na costa portuguesa é bastante duvidosa.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 85<br />

Pág. 205.— Na última linha da chave 7 leia-se: Caules ereCTOS OU<br />

ascen<strong>de</strong>ntes, ou prostrados e não radicantes . . . . . . . . 8.<br />

Pág. 205. — Na primeira linha da chave 9 leia-se: Pétalas pUrpÚreO-<br />

-violáceas, obovadas, etc.<br />

Pág. 207. (cbave 2)— Amplíe -se o habitat da seguinte especie e suhstitua-se<br />

a <strong>de</strong>scrição da var.:<br />

Sagina marítima, D. Don. — Minho, Estrem. (Estoril).<br />

Pág. 209.<br />

como abaixo :<br />

f<br />

Planta maís <strong>de</strong>lgada, com os entre-nós mais compridos e<br />

os pedicelos subcapilares; pétalas <strong>de</strong> ordinário nulas.<br />

Minho, Alent. lit . β. <strong>de</strong>bilis (Jord.), Bab.<br />

Alsine Juressi, (Willd.). Inclúa-se na chave 4, modificada<br />

Sépalas todas 3-nérveas; fôlhas planas, agudas ou acutiúsculas,<br />

mais ou menos arqueadas, rígidas; cimeira<br />

frouxa, <strong>de</strong> ordinário pauciflora. Planta com os ramos<br />

do rizoma sublenhosos, compridos, <strong>de</strong>lgados, e com os<br />

caules floríferos <strong>de</strong> 5-15 cm. %. Junho-Agosto. Fendas<br />

das rochas, arrelvados: Serra da Estrela<br />

Minuartia verna (L.), Hiern.<br />

Sépalas externas 5-7-nérveas; fôlhas subprismáticas,<br />

obtusas ou obtusiúsculas, <strong>de</strong> ordinário recurvadas no<br />

cimo; cimeira habitualmente <strong>de</strong>pauperada, 1-3 flora.<br />

Planta com os ramos do rizoma lenhosos, grossos e<br />

tortuosos, e com os caules floríferos <strong>de</strong> 3-10 cm. %.<br />

Julho-Set. Terrenos pedregosos, arrelvados: Serras do<br />

Gerez e da Estrela. M. recurva (All.), Sching et Thell.<br />

Fôlhas agudas ou acutiúsculas, mais ou menos recurvadas<br />

no cimo; flôres com pedicelos mais compridos.<br />

Com o tipo . . . . * ß. Juressi (Willd.)<br />

As espécies incluídas no Género Alsine da Flora, estão hoje consi<strong>de</strong>radas geral­<br />

mente no Género Minuartia. (l)<br />

(l) As espécies indicadas na Flora no Género Alsine passam pois a <strong>de</strong>nominar-se<br />

— Minuartia dichotoma, Loefl. — M. tenuiíolia (L.), Hiern. — M. geniculata (Poir.),<br />

Thell. — M. verna (L.), Hiern. — M. recurva (Ali.); Sching et Thell. — As varieda<strong>de</strong>s da<br />

M. tenuiíolia são — a.. Vaillaníiana (DC), Aschers, et Graebn. — ß. laxa (Jord.),<br />

Sching et Kell. — y. hybrida (Vill.), Briquet — §. <strong>de</strong>nsiflora (Vis.). Por último a varie­<br />

da<strong>de</strong> da M. geniculata é — V. herniarifolia (Desf.), Aschers, et Graebn.


86 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 211.— Sfellaria, L,.— Na segunda linta da <strong>de</strong>scrição dêste Género<br />

acrescente-se — corola com 5 pétalas 2-partida sou 2-fendidas, brancas<br />

(raras vezes nulas); estames, etc.<br />

Pág. 214.— Melandryum glutinosum, Rouy.<br />

Acrescente-se ao seu habitat — Beira meridional: Castelo Novo.<br />

Pág. 214.— Eudyanthe coeli-rosa (L.), Rcbb.<br />

Inclua-se esta espécie a seguir à <strong>de</strong>scrição do Género:<br />

Cálice frutífero alongado-aclavado, <strong>de</strong> 15-25 mm. <strong>de</strong> comprimento,<br />

contraído no cimo, não umbilicado na base,<br />

fundamente sulcado e com rugas transversais nos sulcos;<br />

carpóforo quási do tamanbo da cápsula; corola majúscula<br />

(20-25 mm. <strong>de</strong> diam.), com as pétalas 2-lobadas.<br />

Planta erecta, <strong>de</strong> 3-6 dm., simples ou ramosa, com as<br />

folbas lineares. O E. coeli-rosa (L.), Ricb.<br />

Cálice por fim <strong>de</strong>nticulado-áspero ao longo das nervuras<br />

na parte superior; carpóforo menor que a cápsula;<br />

corola com uma mancba mais escura no centro. Maio.<br />

Alent. Ih.: Alíeite (Vale do Torrão).<br />

var. áspera (Poir.)<br />

Cálice frutífero obovado-subgloboso, <strong>de</strong> 8-10 mm. <strong>de</strong> comprimento,<br />

não contraído no cimo, umbilicado na base,<br />

não enrugado transversalmente entre as nervuras; carpóforo<br />

bastante menor que a cápsula ; corola medíocre (20--5<br />

mm. <strong>de</strong> diam.), com as pétalas cbanfrado-bilobadas. Planta<br />

erecta, <strong>de</strong> 0,7-5 dm., com as fôlhas inferiores oblongo-<br />

-lineares e as superiores lineares. O. Março-Jul. Pântanos,<br />

valas, beiras dos rios, lameiros húmidos: disseminada por<br />

quási todo o país E. laeta (Ait.), Fzl.<br />

Planta 1-flora, <strong>de</strong> ordinário anã . . . form. pumila<br />

Pág. 216.^- Silene transtagana, P. Cout. (l) Inclua-se, substituindo<br />

a cbave 7 pelas duas seguintes :<br />

(1) Silène transtagana, P. Cout. Robusta, glab ra, a basi ramosa, ramis<br />

adscen<strong>de</strong>ntibus, 2-5 dm. alta; foliis inferioribus oblongo-spathulatis, obtusis, mucronu-<br />

latis, superioribus sublanceolato-linearibus, acutiusculis ; cincinnis spiciformibus, floribus<br />

inferioribus breviter pedicellatis, superioribus subsessilibus, bracteis herbaceis elongatis<br />

calyce glabro, nervis virentibus sub vitro asperulis notato, venis transversis anastomosan-


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 87<br />

Antóforo subnulo; pétalas pequenas ou medíocres, crenadas<br />

ou chanfradas; sementes com as faces curvo-<br />

-escavadas; cálice frutífero ovói<strong>de</strong>, contraído no cimo.<br />

7 bis<br />

Antóforo bem visível; pétalas majúsculas, 2-lobadas,<br />

rosadas; sementes com as faces plano-convexas. Plantas<br />

pubesceníe-glandulosas, viscosas 8<br />

Cálice com nervuras longitudinais ver<strong>de</strong>s ou avermelhadas,<br />

longamente peludas, sem nervuras transversais;<br />

filetes peludos na base. Planta <strong>de</strong> 1,5-4 dm., hirsuta ou<br />

pubescente, erecta ou ascen<strong>de</strong>nte, simples ou ramosa,<br />

mais ou menos viscosa na parte superior. ©. Ahril-Set.<br />

Campos cultivados e incultos, matos, beira dos caminhos,<br />

muros: ç[uási todo o país. . .-•„•., S. gallica, L.<br />

(Seguem as varieda<strong>de</strong>s como na Flora)<br />

Cálice com nervuras longitudinais ver<strong>de</strong>s e nervuras<br />

transversais anastomosadas, glabras; filetes glabros.<br />

Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., muito ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, glabra.<br />

0. Maio. Alent. lit.: Alcácer do Sal (Santa Suzana)<br />

S. transtagana, P. Cout.<br />

Pág. 217.— Silene CeraStiOi<strong>de</strong>S, L.— Substituam-se pelas seguintes as<br />

chaves 13, 14 e lS da Flora.<br />

^ í Cálice frutífero contraído no cimo 14<br />

I Cálice frutífero não contraído no cimo 16<br />

tibus munito, florífero tubuloso, fructífero ampliato-ovoi<strong>de</strong>o ápice contracto, <strong>de</strong>ntibus<br />

ïanceolato-acumïnatis ; petalorum limbo rotundato, parvo, subcrenulato, ut vi<strong>de</strong>tur pur-<br />

purascente aut violascente, corona bipartita; filamentis glabris; capsula ovoi<strong>de</strong>o-conica,<br />

ob anthophorum abbreviatum subsessili; serainibus reniformibus, nigris, faciebus curvato-<br />

-excavatis, dorso planis, eximie seriatim tuberculatis. Ad Santa Suzana prope Alcacer do<br />

Sal in Transtagana littorali, Majo 1921, legit L. Fernan<strong>de</strong>s.<br />

S. gallicae, S. Giraldii, Guss. et S. mirabilis, Rony affinis. A S. gallica praecipue<br />

differt indumenti inopia, calyce venis anostomosantibus munito, petalorum limbo rotun­<br />

dato et filamentis basi haud villosis; a S. Gerardii, specie itálica, calyce venis anasto-<br />

mosantibus munito, limbo petalorum rotundato et filamentis basi haud villosis; a S.<br />

mirabili, specie argelica, calyce fructífero ápice contracto et filamentis glabris.


88 António Xavier Pereira Coutinho<br />

14<br />

15<br />

15<br />

bis<br />

Antóforo quási do tamanho da cápsula; cálice frutífero<br />

ovói<strong>de</strong>; pétalas gran<strong>de</strong>s, rosadas, 2-lobadas, com as<br />

unhas inclusas no cálice; pseudo-cachos <strong>de</strong>nsos, <strong>de</strong><br />

ordinário geminados e com uma flôr na dicotomia.<br />

Planta <strong>de</strong> 2,5-5 dm., híspido-pubescente. 0. Maio-<br />

- Agosto. Campos cultivados, margens dos caminhos :<br />

Beira, Kstrem. . . . . . . S. vespertina, Retz.<br />

Antóforo subnulo ou bastante menor que a cápsula;<br />

pétalas pequenas 15<br />

Cálice frutífero subgloboso, contraído no cimo em colo<br />

comprido formado pelos segmentos aproximados; cápsula<br />

rostrada; pseudo-cachos mais ou menos longos.<br />

15 bis<br />

Cálice frutífero não contraído no cimo em colo; cápsula<br />

não rostrada; pseudo-cachos <strong>de</strong>nsos e curtos, com uma<br />

flôr na dicotomia. Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., vilosa. 1L. Maio-<br />

-Jul. Outeiros secos, terrenos arenosos: Beira, Kstrem.,<br />

Alent lit S. disticha, Wílld.<br />

[ Cálice híspido, não contraído abaixo da cápsula; antóforo<br />

subnulo; pseudo-cachos frouxos, com as flôres<br />

subsésseis. Planta rígida, <strong>de</strong> 1,5-3 dm., pubescente-<br />

-áspera. O. Campos secos: Minho, Algarve.<br />

S. tri<strong>de</strong>ntata, Desf.<br />

Cálice glabro ou glabrescente, contraído abaixo da cápsula;<br />

antóforo visível; pseudo-cachos <strong>de</strong>nsos, com as<br />

flôres subpediceladas. Planta pubescente, erecta ou<br />

ascen<strong>de</strong>nte. O. Abril. Algarve: prox. <strong>de</strong> Castro Marim,<br />

Praia da Rocha * S. cerastioi<strong>de</strong>s, L.<br />

Pág. 223.— Túnica prolifera, (L.), Scop. o. velutina (Guss.)<br />

form. laevicaulis (Rouy et Fouc.)<br />

Esta forma <strong>de</strong>ve substituir na Flora a form. diminuta (Desf.) ai indicada.<br />

Pág. 224 .— Dianthus attenuatus, Sm. var. sabuletorum, Wk.<br />

Deve juntar-se esta varieda<strong>de</strong> ao tipo da espécie pelo seguinte modo:<br />

Caules ramosos <strong>de</strong> 2-4 dm., multifloros; fôlhas <strong>de</strong> 2-4,5<br />

cm., as caulinares erecto-patentes. Beira montanhosa,<br />

Alto Alentejo, Baixas do Guadiana, «. genuinus, Wk.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 89<br />

Caules simples ou subsimples, <strong>de</strong> 1-2 dm., 1-floros ou paucifloros;<br />

fôlhas <strong>de</strong> 1,5-2,5 cm., as caulinares encostadas ao<br />

caule. (Menos freqüente que &.). Serra da Estrela, Alferrare<strong>de</strong>,<br />

Vila Velha <strong>de</strong> Rodam. . . fi. sabuletorum, Wk.<br />

Pág. 225.— Dianthus brachyanthus, Bss. var. nivalis, Wk.<br />

Dam ponto elevado da Serra da Estrela foi trazido um Dianthus, que julgo incluir-<br />

-se nesta varieda<strong>de</strong>; a forma da Estrela diverge contudo no rizoma muito grosso e<br />

lenhoso, e no cálice mais cilíndrico que no tipo. Adicione-se à chave 13 :<br />

Caules alongados <strong>de</strong> 0,8-3 dm., com freqüência mais ou<br />

menos ramosos; fôlhas dos turiões <strong>de</strong> 2-3,5 cm.; pétalas<br />

salientes do cálice (ou subinclusas). Trás-os-Montes:<br />

Serra <strong>de</strong> Rebordaos a. montanus, Wk.<br />

Caules muito curtos, <strong>de</strong> 2-3 cm., 1-2-floros; fôlhas muito<br />

curtas, <strong>de</strong> 0,5-1 cm.; pétalas majúsculas, salientes do cálice.<br />

Planta anã, com turiões curtos, formando céspe<strong>de</strong> compacto<br />

P. nivalis, Wk.<br />

Cálice subcilíndríco (<strong>de</strong> 12-14 mm.); rizoma crasso,<br />

muito lenkoso, ramoso. Serra da Estrela: gran<strong>de</strong>s<br />

altitu<strong>de</strong>s forma Herminii<br />

Família 54 —Ranunculáceas<br />

Pág. 228.— Thalictrum minus, L.<br />

Marque-se-lhe o seguinte habitat— Trás-OS-MonteS: Vimioso; Minho:<br />

margens do rio Minho.<br />

Ranunculus.<br />

Pág. 230 e 231 .— Alarguem-se as áreas <strong>de</strong> habitação dos seguintes três<br />

Ranunculus Lenormandii, F. Sckultz (ckave 4) — Trás-os-<br />

-Montes, Minho, Beira, Alto Alentejo.<br />

Ranunculus aquatilis, L. b. triphyllus (Wallr.) (ckave 9) —<br />

Trás-os-Montes, Beira, Estr., Alent. litoral e Baixas do<br />

Guadiana.<br />

Ranunculus aquatilis, L. c. Marizii, P. Cout. (ckave 9) —<br />

Alto Minho, Beira, Estrem., Alent. e Algarve.<br />

12


9o António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 232.— Ranunculus abnormis, Out. et Wk.<br />

Esta espécie, nova paia a flora portuguesa, foi encontrada na Serra da Estrela,<br />

pelo Sr. A. Mendonça. Inclua-se modificando as chaves 14 e lS:<br />

Fôlhas basilares pecioladas, as caulinares todas sésseís.<br />

Plantas cercadas na base <strong>de</strong> fibras mais ou menos<br />

numerosas; flôres gran<strong>de</strong>s (20-30 mm. <strong>de</strong> diam.). . 15<br />

Fôlbas basilares e caulinares (pelo menos as inferiores)<br />

pecioladas. Plantas nuas na base 16<br />

Receptáculo peludo; fôlhas basilares ovadas ou ovadolanceoladas,<br />

brevemente agudas, contraídas em pecíolo<br />

muito <strong>de</strong>lgado, as caulinares linear-lanceoladas, <strong>de</strong><br />

ordinário pequenas. Planta glabra, com a base do caule<br />

e os pecíolos lanuginosos. 2f. Março-Junho. Outeiros<br />

áridos: Minho, Beira, Alent. lit. R. bupleuroi<strong>de</strong>s, Brot.<br />

Receptáculo glabro; fôlhas todas lineares ou linear-lanceoladas,<br />

as basilares mais ou menos atenuadas em<br />

pecíolo, as caulinares pequenas. . . . . . 15 bis<br />

Pétalas 5; espiga frutífera subglobosa; fôlhas J planas,<br />

longamente aguçadas; rizoma com raízes fibrosas.<br />

Planta <strong>de</strong> 2,5-5 dm., glabra ou subglabra. %. Abril-Jun.<br />

Charnecas, arrelvados: Alent. lit., Algarve<br />

R. gramineus, L.<br />

Base do caule e página inferior da fôlba com pêlos<br />

brancos, compridos. Com o ripo.<br />

(3. luzuliíolius, Bss.<br />

Pétalas 8-10; espiga frutífera oblonga; fôlhas acapeladas<br />

no cimo; rizoma com raízes tuberosas. Planta <strong>de</strong> 1,5-3<br />

dm. %. Junho-Agosto. Serra da Estrela: Covão da Meta­<br />

<strong>de</strong> * R. abnormis, Cut. et Wk.<br />

Pág. 234.— Ranunculus blepharicarpos, Bss. (cbave 21).<br />

Citado no Alto Alentejo, apenas em Montemór-o-Novo, foi posteriormente trazido<br />

<strong>de</strong> outros pontos da mesma região, on<strong>de</strong> parece não ser raro.<br />

Pág. 234..<br />

ve 24).<br />

Ranunculus escurialensis, Bss. et Reut. (cha-<br />

Foi encontrado posteriormennte em Montejunto; o seu habitat conhecido é pois—<br />

Trás-os-Montes, Alto Minho, Beira e Estrem. (Montejunto).


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 9i<br />

Pág. 238,— Aquilegia vulgaris, L. <<br />

fi. hispánica, Wk.<br />

Acrescente-se a seguir à <strong>de</strong>scrição da especie:<br />

Flores menores, com o esporão menos curvo; fôlhas com<br />

segmentos menores, pubescentes nas duas páginas, na<br />

inferior glauco-esbranç[uiçadas. Planta mais <strong>de</strong>lgada,<br />

com o caule pubescente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base e os ramos e pedúnculos<br />

viscoso-glandulosos. Fundão.<br />

* 6. hispánica, Wk.<br />

Pág. 238.— Aquilegia dichroa, Freyn.<br />

O seu limite sul conhecido era nos arredores <strong>de</strong> Coimbra ; foi porém colhida poste­<br />

riormente no Alto Alentejo.<br />

Pág. 240.— Género 301. Paeonia, L.<br />

chave das espécies pelas duas chaves seguintes:<br />

Substitua-se na Flora a<br />

Fôlhas glabras nas duas páginas, com os segmentos<br />

ovado-lanceolados ou lanceolados; folículos subarqueados,<br />

patentes na maturação, muito tomentosos; flôres<br />

<strong>de</strong> 8-15 cm. <strong>de</strong> diam. %. Março-Jun. Outeiros, lugares<br />

pedregosos, matos, silvedos: <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao Algarve.<br />

Rosa albar<strong>de</strong>ira, Rosa <strong>de</strong> lobo. (l) P. lusitanica Mill.<br />

Fôlhas com os segmentos mais largos e menos acuminados,<br />

ovados. Tão freqüente como o tipo.<br />

(3. ovatifolia (Bss. et Reut.)<br />

Fôlhas glabras na página superior e pubescentes na inferior;<br />

folículos primeiro levantados, <strong>de</strong>pois arç[ueado-divergentes<br />

na maturação 2<br />

Folículos <strong>de</strong>nsamente tomentosos; segmentos das fôlhas<br />

ovados ou oblongo-lanceolados, acuminados. 2L. Maio-<br />

-Jul. Trás-os-Montes: Vimioso. . . * P. foemina, L.<br />

Folículos glabros (às vezes em novos puberulento-pubescentes),<br />

menores; segmentos das fôlhas mais estreitos,<br />

oblongo-lanceolados, obtusos ou obtusiúsculos. TL. Maio.<br />

Trás-os-Montes: Vimioso; Alto Alent.: margens da<br />

ribeira <strong>de</strong> Niza * P, humilis, Retz.<br />

(l) Paeonia Broteri, Bss., et Reut.


92 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Família 57 — Papaveráceas<br />

Pág. 245. Gén. 312.- Fumaria, L.<br />

Substituam-se pelas seguintes as chaves dêste Géneio na Flora :<br />

Fruto mais largo do que comprido, troncado-côncavo no<br />

cimo, ruguloso; sépalas ovado-lanceoladas, mais estreitas<br />

do que a corola e proximamente 3 vezes menores<br />

do que ela; corola pequena (7-9 mm.), rosada, vermelho-escura<br />

no cimo; segmentos das fôlhas estreitos,<br />

planos. Planta <strong>de</strong> 1,5-4 dm., ramosa, difusa ou subtrepadora<br />

(íorma média [Lois.],), ver<strong>de</strong>-glauca, com cachos<br />

medíocres. ©. Fev.-Jun. Campos, sebes: disseminada em<br />

ç[uási todo o país.<br />

Fumaria, Herva molarinha. F. officinaiis, L.<br />

Cachos mais curtos, com menos flôres; segmentos<br />

das fôlhas mais estreitos. Planta difusa ousuherecta,<br />

mais glauca. Com o tipo, aqui e ali.<br />

6. minor, Koch.<br />

Cachos mais compridos que no tipo, com mais flores;<br />

segmentos das fôlhas estreitos. Planta mais<br />

firme e mais erecta, mais glauca. Mais freqüente<br />

que o tipo, sobretudo no Centro e no Sul.<br />

/. <strong>de</strong>nsiílora (DC), Parl.<br />

Fruto tão ou mais comprido do que largo, globoso ou<br />

globoso-ovói<strong>de</strong>, não troncado. . . . . . . . 2<br />

Segmentos das fôlhas muito estreitos, lineares, caniculados<br />

. . . . .- . .3<br />

Segmentos das fôlhas mais largos, obovados, ou oblongos,<br />

planos 5<br />

Sépalas ovado-orbiculares, mais largas do que a corola e<br />

chegando a */* do seu comprimento; fruto obtuso, ruguloso;<br />

flôres pequenas (6-7 mm.), purpúreas ou rosadas,<br />

mais escuras no cimo, dispostas em cacho <strong>de</strong>nso. Planta<br />

<strong>de</strong> 2-4 dm., erecta, ramosa, glaucescente. ©. Abril. Campos,<br />

caminhos: Trás-os-Montes (Bragança).<br />

F. micrantha, Lag.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 93<br />

3 \ Sépalas ovadas, não mais largas que a corola é bastante<br />

menores do que ela; fruto mais ou menos visivelmente<br />

I apiculado, ruguloso 4<br />

Flores pequenas (5-6 mm.), esbranquiçadas ou esbranquíçado-rosadas,<br />

purpúreas no cimo; sépalas muito<br />

pequenas (5-6 vezes menores do que a corola); fruto<br />

subgloboso; cacbo curto, um tanto <strong>de</strong>nso. Planta <strong>de</strong><br />

2-5 dm., difusa, muito ramosa, glauca. ©. Fev.-Junho.<br />

Searas, vinhas, campos cultivados e incultos: <strong>de</strong> Trás-<br />

^ -os-Montes ao Algarve.<br />

. Fumaria das flôres pequenas. F. parviflora, Lam.<br />

Flores medíocres (9-10 mm.), rosadas, purpúreas no cimo;<br />

sépalas da largura da corola e 3 vezes menores do que<br />

ela; fruto globoso-ovói<strong>de</strong>; cacbo medíocre, um tanto<br />

frouxo. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm., suberecta ou difusa, glaucescente.<br />

©. Maio-Jul. Beira merid. (Malpica); Baixo<br />

Alent. (Serra <strong>de</strong> Serpa). (l) F. Reuteri, Bss.<br />

Pedicelos arqueado-retroflectídos (excepto às vezes os floríferos<br />

superiores) ; sépalas mais largas do que a corola<br />

e <strong>de</strong> 1<br />

/ 2 do comprimento <strong>de</strong>la; frutos lisos ou sublisos;<br />

flôres majúsculas (11-14 mm. ). Pla nta <strong>de</strong> 2-10 dm ,<br />

ver<strong>de</strong>-glauca, trepadora ou prostrada, com as corolas<br />

esbranquiçadas vermelbo-escuras no cimo e os cacbos<br />

^ <strong>de</strong>nsos. ©. Fev.-Nov. Sebes, entulhos, muros, campos<br />

cultivados e incultos: do Minho ao Algarve (freqüente).<br />

Fumaria maior, Catarinas-queimadas. F. capreolata, L.<br />

Flores por fim rosadas, vermelbo-escuras no cimo;<br />

cacbos um tanto frouxos. Menos freqüente.<br />

. . . . . . . . M. speciosa (Jord.), Hamm.<br />

Pedicelos erecto-patentes, raras vezes subpatentes; sépalas<br />

com 1<br />

/a - 1<br />

/4 do comprimento da corola 6<br />

(l) = Fumaria parviflora ß. segetalis, Hamra.; = F. segetalis (Hamm.), P. Cout. in<br />

Flora — segundo o Sr. H. W- Pugsley em carta e mais tar<strong>de</strong> na sua Revision of the Genera<br />

Fumaria and Rupicapnos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter examinado um exemplar <strong>de</strong> procedência<br />

portuguesa cjue me pediu e eu lhe enviei. » .


António Xavier Pereira Coutinho<br />

Sépalas ovadas ; corola com a pétala superior e as 2 laterais<br />

vermelho-escuras no cimo; fruto medíocre, não ou<br />

pouco apiculado 7<br />

Sépalas lanceoladas; corola gran<strong>de</strong> (13-16 mm.), branca<br />

ou rosada, só com as 2 pétalas laterais vermelbo-escuras<br />

no cimo ; fruto gran<strong>de</strong>, fortemente rugoso, aquilhado,<br />

terminado em apículo largo e levemente 2-<strong>de</strong>ntado na<br />

maturação. Planta <strong>de</strong> 1-6 dm., robusta, erecta ou às<br />

vezes subtrepadora, glaucescente. 0. Fev.-Out. Searas,<br />

vinhas, campos, margens dos caminhos : Estrem., Aient.,<br />

Algarve . . Fumaria dos campos. F. agraria, Lag.<br />

Cacbos paucifloros (6-16 flôres), do tamanbo do pedúnculo<br />

ou menores ; pétala inferior com as margens <strong>de</strong><br />

ordinário levantadas. Plantas geralmente trepadoras. 8<br />

Cacbos multífloros (<strong>de</strong> ordinário com 15-25 flôres),<br />

maiores do due o pedúnculo ; pétala inferior com as<br />

margens patentes. Plantas mais ou menos robustas,<br />

suberectas ou difusas, menos vezes trepadoras. . . 9<br />

Flores pequenas (8-10 mm.), rosadas ; sépalas <strong>de</strong>ntadas,<br />

sobretudo na base; fruto pequeno (2 mm. <strong>de</strong> diam.),<br />

liso. Planta débil, com os segmentos das fôlhas medíocres<br />

e os cacbos <strong>de</strong> 6-12 flôres. 0. Janeiro-Agosto. Sebes,<br />

muros, campos cultivados e incultos : do Minho ao Alg.<br />

(freqüente).<br />

Fumaria das pare<strong>de</strong>s, Salta-sebes. F. muralis, Sond.<br />

Flores medíocres (10-12 mm.), rosadas ou rubras;<br />

frutos medíocres (2,5 mm. <strong>de</strong> diam.), levemente rugulosos.<br />

Planta robusta ou menos débil, com cacbos<br />

<strong>de</strong> 6-16 flôres. Quasi todo o país (freqüente).<br />

b. Boraei (Jord.)<br />

Flores majúsculas (12-14 mm.), levemente rosadas; sépalas<br />

subínteiras, só <strong>de</strong>nticuladas na base; fruto pequeno<br />

(2 mm. <strong>de</strong> diam.), liso. Planta robusta, trepadora, com<br />

os segmentos das fôlhas gran<strong>de</strong>s, largos e obtusos ; pedúnculos<br />

e pedicelos ténues. 0. Abril-Maio. Estrem. :<br />

Sintra, arredores <strong>de</strong> Cascais (Capari<strong>de</strong>).<br />

Fumaria das sebes. F. sepium, Bss.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 95<br />

Sépalas serradas em todo o circuito; frutos ruéosos ou ruáulosos.<br />

© F. Bastardii, Bor.<br />

Flores pequenas (9-11 mm.); frutos pequenos (2 mm.<br />

<strong>de</strong> diam.), ruéulosos. Janeiro-Maio. Sebes, mxzros,<br />

campos: do Minho ao Algarve, (freqüente).<br />

. . . . . β. Gussonei (Bss.), Puésl.<br />

g Flores majúsculas (11-14 mm.); frutos medíocres (2,5<br />

mm. <strong>de</strong> diam.), ruáulosos. Dezembro-Maio. Menos<br />

freqüente queβ. . . affinis (Hamm.), Puésl.<br />

Sépalas subinteiras ; frutos quási lisos, medíocres ; flôres<br />

majúsculas (12-14 mm.). O. Abril. Muros, campos:<br />

Trás-os-Montes (Bragança, Vimioso, Moncorvo).<br />

F. Martini, Clav.<br />

Família 58 — Crucíferas<br />

Páé.. 253.— Arabis sadina (Samp.), P. Cout.— Estrem. (Montejunto),<br />

Alent. lit. (Moita, Setúbal, Serra da Arrábida).<br />

Alargue-se o seu habitat como acima.<br />

Páé. 256.— Lobularia marítima (L.), Desv. var. <strong>de</strong>nsiflora, Lée.<br />

Suprima-se a varieda<strong>de</strong>, que, segundo mostrou o sr. Molliard, é uma simples forma<br />

patológica, <strong>de</strong>vida à acção <strong>de</strong> um insecto do Género Aphis.<br />

Pág. 257.— Neslia paniculata (L.), Desv. var. apiculata (Fisch,<br />

et Mey.).<br />

A esta varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser referidas as plantas portuguesas que conheço. Na <strong>de</strong>s­<br />

crição do Género on<strong>de</strong> na penúltima linha se lê — estilete pequeno — leia-se —<br />

estilete pequeno OU gran<strong>de</strong> —. Inscreva-se a varieda<strong>de</strong> sob a <strong>de</strong>scrição da<br />

espécie, passando para ela as localida<strong>de</strong>s apontadas na Flora :<br />

Silículas longamente apiculadas pelo estilete comprido.<br />

Maio-Jul. Searas, campos cultivados e incultos: Trás-os-<br />

-Montes, Beira transm. . S. apiculata (Fisch, et Mey.).<br />

Pág.. 259.— Sinapis longirostris Bss. b. transtagana, P. Cout.<br />

forma leiocarpa.<br />

Inclua-se esta forma na <strong>de</strong>scrição da subspécie :<br />

Síliquas levantadas até tar<strong>de</strong> (ou sempre?), com o rostro


96 António Xavier Pereira Coutinho<br />

curvo, 3-5-espérmico peludo-áspero (forma típica) ou<br />

glabro (forma leiocarpa); segmentos das fôlhas estreitos,<br />

sublineares e subinteiros. Planta <strong>de</strong> menor porte. Jun-Jul.<br />

Baixo Alent. .....b. transtagana, P. Cout.<br />

Pág. 261. Va-enero 335.- Diplotaxis, DC. e D. siifolia, Kze.<br />

Na <strong>de</strong>scrição dêste Género on<strong>de</strong> na Flora se lê, na penúltima linha,— 1-nérveaS<br />

e o rostro medíocre ou curto—leia-se — 1-nérveas e o rostro majúsculo,<br />

medíocre OU CUrtO. — Nas chaves das espécies substitua-se a chave 4 pelas<br />

duas seguintes:<br />

Segmentos das f ôlbas mais ou menos largos; base do<br />

caule e peciolos bíspidos. Plantas ver<strong>de</strong>s, ramosas . 5<br />

Segmentos das fôlhas estreitos, sublineares ou oblongo-<br />

-lineares, <strong>de</strong>ntados ou laciniados ; base do caule e pecíolos<br />

glabros ou pouco peludos; fôlhas inferiores penatisectas<br />

ou penatipartidas ; rostro da sílidua medíocre ou majúsculo.<br />

Planta glaucescente, <strong>de</strong> 1,5-5 dm., prostrado-ascen<strong>de</strong>nte<br />

ou ascen<strong>de</strong>nte, muito ramosa. 0. Quási todo o<br />

ano. Campos, vinhas, lugares secos, muros, entulhos :<br />

quási todo o país (freqüente).<br />

Grizandra. D. catholica (L.), DC.<br />

Fôlbas inferiores penatisectas, com os segmentos penatípartidos.<br />

Disseminada com o tipo.<br />

(3; pinnatifida, Kze.<br />

Fôlbas inferiores penatipartidas ou penatifendidas ou<br />

penatilobadas, com os segmentos oblongos ou sublanceolados,<br />

<strong>de</strong>ntados, o terminal <strong>de</strong> ordinário bastante<br />

maior; rostro da silid.ua pedueno ou medíocre. Planta<br />

<strong>de</strong> 3-5 dm., erecta ou suberecta. 0. Fevereiro-Jul. Telhados,<br />

rochedos, muros, entulhos: Beira merid., Estrem.,<br />

Alent D. virgata (Cav.), DC.<br />

Fôlbas inferiores penatisectas, com os segmentos obliduamente<br />

ovados, inciso-<strong>de</strong>ntados ou lobados, às vezes<br />

subpeciolados, o terminal maior; rostro da sílidua mayúsculo;<br />

flôres maiores. Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., suberecta ou<br />

ascen<strong>de</strong>nte. 0. Março-Jul. Alent. lit. (península <strong>de</strong><br />

Tróia); Algarve (Tavira, Faro, Olhão). D. siifolia, Kze.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 97/<br />

Fôlhas um tanto grossas, as basilares,com., os segmen-,<br />

tos mais estreitos; flôres menores. Planta humil<strong>de</strong>.<br />

(1,5-2,5 dm.), ascen<strong>de</strong>nte, muito híspida na base,<br />

com os caules subáfilos. Península <strong>de</strong> Tróia, Cabo<br />

<strong>de</strong> S. Vicente. . . β. vicentina (Welw.), P. Cout.<br />

Pág. 263.— Sisymbrium runcinatum, Lag.= S. Lagascae, Amo,<br />

Substitua-se a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Amo pela <strong>de</strong> Lagasca.<br />

Pág. 264.—Sisymbrium austriacum, Jacq. b. contortum (Cav.),<br />

Substitua-se, como abaixo, esta subespécie na Flora em lugar <strong>de</strong> b. Villarsi (Jord.)<br />

Rouy et Fouc.<br />

Síliquas <strong>de</strong>lgadas, aproximadas do eixo pela gran<strong>de</strong> curvatura<br />

dos pedicelos e <strong>de</strong>pois erectas; estilete grosso,<br />

obcónico. Planta <strong>de</strong> 4-8 dm., peludo-setosa na parte<br />

inferior e glabra superiormente, com os ramos patentes.<br />

Maio-Jun. Lugares pedregosos, sebes, caminhos: Trás-<br />

-os-Montes e Minho. . . . , . b. contortum (Cav.)<br />

Pág. 264.— Sisymbrium Columnae, Jaca;. — Amplie-se o seu habitat<br />

— Bragança, Pedrógam, Figueira da Foz.<br />

Pág. 267-268.— Thlaspi Prolongi, Bss.<br />

Modifiquem-se como segue as chaves das espécies dêste Género .-<br />

Sílícula subacunheado-obcordif orme, com o .estilete muito<br />

curto incluso no chanfro terminal; flôres pequenas;<br />

fôlhas inteiras ou subinteiras. Planta erecta <strong>de</strong> 6-25 cm.,<br />

simples ou ramosa da base. ©. Fevereiro-Jun. (e às^vezes<br />

Outubro-TSfov.). Terras cultivadas, searas, hortas, pomares,<br />

caminhos: Trás-os-Montes, Estrem. Alent.<br />

Th. perfoliatum, L.<br />

Silícula com o estilete saliente do chanfro terminal. . 2<br />

Silícula suborbicular ou obovada, estreitamente alafia e<br />

com leve chanfro terminal; flôres pequenas; fôlhas<br />

<strong>de</strong>ntadas. Planta anual ramosa, erecta ou ascen<strong>de</strong>nte,<br />

<strong>de</strong> 3-20 cm. ©. Abril-Jun. Trás-os-Montes, Estrem.<br />

* Th. Prolongi, Bss.<br />

Silícula ovado-obcordiforme, largamente alada e com<br />

13


98 António Xavier Pereira Coutinho ^<br />

largo chanfro terminal; flôres gran<strong>de</strong>s; fôlhas inteiras<br />

ou obsoletamente <strong>de</strong>nticuladas. Planta vivaz, com rosetas<br />

estéreis <strong>de</strong> fôlhas e caules férteis ascen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong> 10-20<br />

cm. 21. Março-Maio. Alto Trás-os-Mcntes ?<br />

* Th. montanum, L.<br />

y ag. 268. Vjenero 348 .— lberis, L. — Substituam-se pelas seguintes as<br />

chaves das espécies a partir da cbave 3, e suprima-se a última.<br />

Sílículas com o chanfro largo e curto, reunidas em corimbo<br />

frouxo; corimbo florífero pouco radiante, com as<br />

flôres lilacíneas ou purpurascentes. Planta multicaule<br />

com os caules simples ou pouco ramosos, completa e<br />

<strong>de</strong>nsamente pubescente-áspera, ou com os caules puberulentos<br />

e as fôlhas celheadas na base. ¿. Maio-Jun.<br />

Trás-os-Montes: arredores do Vimioso.<br />

* I. Reynevalii, Bss. et Reut.<br />

Silículas com chanfro estreito e comprido, reunidas em<br />

corimbo <strong>de</strong>nso; corimbo florífero bastante radiante,<br />

com as flôres brancas. Planta erecta, com os caules <strong>de</strong><br />

2-4 dm., ramosos e <strong>de</strong> ramos subpatentes, papiloso-<br />

-puberulenta, com as fôlhas mais ou menos celheadas<br />

<strong>de</strong> pequenos pêlos crespos. O. ou í. Abril-Set. Areias<br />

marítimas.- Aletit. e Al¿. I. Welwiíschii, Bss. et Reut.<br />

Flores lilacíneas. Planta <strong>de</strong> ordinário menos ramosa<br />

e com as fôlhas menores, do interior ou da beiramar.<br />

Trás-os-Montes, Alent. e Algarve<br />

f'. lusitanica, (Jord.).<br />

Fôlhas (todas, ou excepto as superiores) regularmente<br />

<strong>de</strong>ntado-penatifendidas; silículas <strong>de</strong>nsamente corimbosas,<br />

subarredondadas; flôres brancas, cheirosas. Planta<br />

<strong>de</strong> 1-2 dm., peluda, ramosa. O. Abril-Maio. Charnecas:<br />

Alent. Ht. (Vila Nova <strong>de</strong> Milfontes). I. pectinata, Bss.<br />

Fôlhas inteiras ou com 1-2 <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cada lado na parte<br />

superior. Plantas puberulento-papilosas ou glabrescentes<br />

ast. oTt/taii? , »v%{ jn


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 99<br />

então anual), <strong>de</strong> 1-5 dm., prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, ramosa.<br />

2f. Abril-Agosto. Rochedos e charnecas, nào muito<br />

longe do mar: Estrem. e Alent. . I. procumbens, Lge.<br />

Silículas dispostas em cacho , . . . . 6<br />

Planta anual, erecta, <strong>de</strong> 1-4 dm., ramosa; íôlhas um<br />

tanto grossas, <strong>de</strong>ntadas superiormente; cacho frutifero<br />

comprido; flôres <strong>de</strong> ordinário brancas, às vezes violáceas.<br />

3. Abril-Jul. Cult., e raras vezes subespontânea.<br />

(Orig. da Europa). . . Assembleias, (l) I. amara, L.<br />

Fôlhas superiores inteiras; flôres violáceas. Cult.<br />

. . . . 3. Violetti, Soyer-Willm.<br />

Planta vivaz, prostrada ou ascen<strong>de</strong>nte, difusa, tortuosa,<br />

<strong>de</strong> 1-2 dm.; fôlhas inteiras; cacho frutífero curto; flôres<br />

brancas. 21. Junho-Jul. Serra da Arrábida?<br />

* I. sempervirens, L.<br />

Pág. 271.— Bíscutella laevigata, L- h- lusitanica, (Jord.).<br />

Substitua-se na Flora esta varieda<strong>de</strong> à var. p; lima.<br />

Pág. 273.— Isatis tincíoria, L.<br />

Registem-se do seguinte modo as duas espécies portuguesas dêste Género:<br />

Silículas oblongas, acunheadas na base, 3-4 vezes mais compridas<br />

do que largas ; fôlhas inferiores oblongo-lanceoladas,<br />

subsinuadas, acutiúsculas, as caulinares sagitadas. Planta<br />

<strong>de</strong> 4-12 dm., erecta, ramosa, glabra, glauca. O ou S. Maio.<br />

Espontânea (var. lusitanica [L., excl. syn. Tourn.} Samp.)<br />

nas margens do Douro, ac[ui e ali <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Barca <strong>de</strong> Alva<br />

até ao Porto; cultivada antigamente, mas já posta <strong>de</strong><br />

parte. . . Pastel dos tintureiros. Isactis tinctoria, L.<br />

Silículas obcordiforme-arredondadas, tíuási tão compridas<br />

como largas ; fôlhas inferiores oblongo-espatuladas, subcrenuladas,<br />

obtusas, as caulinares sagitadas. Planta <strong>de</strong> 3-4 dm.,<br />

erecta, ramosa, glabra. O. Maio-Jun. Entre as pedras, nas<br />

margens do Douro, junto a Miranda. . I. platiloba, Lk.<br />

(l) Veja-se a nota da página 269 da Flora.


100 António Xaviei Pereira Coutinho<br />

Família 60— Resedáceas<br />

Pág. 274.— Astrocarpus sesamoi<strong>de</strong>s (L.), Duby subesp. purpurascenS<br />

(L.) Var. Na <strong>de</strong>scrição da var. spathulatus (Moris.), on<strong>de</strong> se lê —<br />

fôlhas basilares e caulinares inferiores oblongo-espatuladas, ou<br />

orbicular-espatuladas—acrescente-se a esta última forma — (forma cochlearifolius<br />

[Nym.]).<br />

Na var. γ suffruticosus (Texid.) modifique-se o habitat — Minho, Beira<br />

transm. (Guarda), Beira Central (Serra da Estrela), Beira<br />

litoral.<br />

~ Família 62 — Crassuláceas<br />

Ampliem-se os habitats das "seguintes espécies :<br />

Pág. 280.— Sedum pedicellatum, Bss. et Reut. S. lusitanicum,<br />

Wk. — Castelo Novo, Serra da Lapa, Serra da Estrela.<br />

Pág. 280.— Sedum an<strong>de</strong>gavense, DC.— Castelo Novo, Berlengas,<br />

Beja, Moura e Monchique.<br />

Pág. 281. — Cotyledon praealta (Brot.) LMariz]. — Trás-os-<br />

-Montes, Beira transm., Estremadura (arredores <strong>de</strong> Lisboa,<br />

Lumiar, Frielas), Alent. lit. (Alcácer do Sal, Santa Suzana)<br />

Alto Alent.<br />

Família 63 — Saxifragáceas<br />

Pág. 283.— Saxífraga, L.<br />

Substituam-se pelas seguintes as chaves das espécies 5 a 7 :<br />

Rizoma com os ramos alongados e estolhos rastejantes;<br />

fôlhas das rosetas e as inferiores dos caules floríferos<br />

5-3-partidas, com o pecíolo semi-cilíndrico inferiormente<br />

e os segmentos linear-lanceolados agudos ou mucronados,<br />

as restantes dos caules floríferos pequenas lineares<br />

e inteiras; sépalas agudas, mucronadas; pétalas brancas.<br />

Planta mais ou menos peludo-glandulosa, com rosetas<br />

basilares frouxas, providas <strong>de</strong> gemas axilares e caules<br />

floríferos <strong>de</strong> 1-2 dm. 4. Abril-Jun. Alto Trás-os-<br />

Montes: Bragança e entre Bragança e Vimioso<br />

5 I S. hypnoi<strong>de</strong>s, L-


5<br />

bis<br />

6<br />

bis<br />

Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 101<br />

Fôlbas dos caules floríferos todas ou quási todas<br />

também partidas. Planta <strong>de</strong> 1-4 dm., mais robusta<br />

e com os caules mais rígidos. Trás-os-Montes,<br />

Alto Minho, Beira transm., Serra da Estrela.<br />

(5. Ittsitanica, Lge.<br />

Rizoma fibroso, bulbilbífero; fôlhas basilares reniforme-<br />

-arredondadas, obtusamente crenadas ou lobadas, pecioladas;<br />

sépalas obtusas 5 bis<br />

Fôlhas basilares fundamente recortadas (inciso-lobadas) 6<br />

Fôlhas basilares <strong>de</strong> ordinário pouco fundamente recortadas<br />

; pétalas brancas 7<br />

Flores pequenas, <strong>de</strong> pétalas brancas ou rosadas, com a<br />

página superior do limbo vestida <strong>de</strong> pêlos glanduloso-<br />

-capitados. Planta <strong>de</strong> 1-1,5 dm., simples, glanduloso-<br />

-viscosa, com as fôlhas glabras na página inferior. 2f.<br />

Abril. Trás-os-Montes: arredores <strong>de</strong> Bragança. (S.<br />

Hervieri, Deb. et Reverch.) . S. albarracinensis, Pau.<br />

Flores gran<strong>de</strong>s ou muito gran<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> pétalas brancas não<br />

vestidas na página superior <strong>de</strong> pêlos glandulosos capitados.<br />

Plantas <strong>de</strong> 1-1,6 dm., <strong>de</strong> ordinário mais ou<br />

menos ramosas 6 bis<br />

Flores gran<strong>de</strong>s, curtamente pediceladas; fôlhas sinuado-<br />

-<strong>de</strong>ntadas, glanduloso-puberulentas, viscosas. Planta<br />

simples ou mais ou menos ramulosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, glanduloso-pubescente,<br />

viscosa. %. Maio. Trás-os-Montes:<br />

arredores do Vimioso. . * S. carpetana, Bss. et Reut.<br />

Flores muito gran<strong>de</strong>s, longamente pediceladas ; fôlhas fundamente<br />

lobadas, pubescente-viscosas. Planta muito<br />

ramosa, tearâneo-vilosa na parte inferior e glanduloso-<br />

-puberulenta na superior. %. Maio. Alentejo litoral:<br />

Serra da Arrábida. . * S. Cossoniana, Bss. et Reut.<br />

Bulbilhos subglobosos, pequenosβ-5 mm.), muito numerosos,<br />

com as escamas papiráceas longamente celheadas<br />

e as internas carnudas <strong>de</strong> contorno arredondado, obtusas,<br />

muito pouco numerosas ; sépalas linear-oblongas ;<br />

panícula frouxa; fôlhas basilares crenadas ou inciso-


102 António Xavier Pereira Coutinho<br />

7 ^ -crenadas. Planta <strong>de</strong> 1-5 dm., simples ou ramosa, glanduloso-viscosa.<br />

%. Março-Jun. Muros, rochedos, sítios<br />

húmidos ou sombrios . . . . * S. granúlala, L-<br />

Planta ver<strong>de</strong>, com o caule mais ou menos robusto e<br />

mais ou menos folboso, simples ou ramoso. Trás-<br />

-os-Montes, Minho, Beiras, Estrem. . genuína<br />

Caules mais finos, geralmente menores e divididos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base; fôlhas radicais menores, mais fundamente<br />

incisas, com frequência violáceas na página<br />

inferior; flôres mertores que em Alto Trás-os-<br />

-Montes: Bragança e Vimioso. . 3. gracilis, Fngl.<br />

Planta ver<strong>de</strong>-glauca, com o caule subáfilo, <strong>de</strong> ordinário<br />

mais ramoso e com os ramos mais abertos;<br />

fôlhas inferiores maiores, com o pecíolo frequentemente<br />

mais birsuto. Estrem., Alent., Algarve.<br />

/. glaucescens (Bss. et Reut.), Engl.<br />

Bulbilbos ovói<strong>de</strong>s, gran<strong>de</strong>s (cerca <strong>de</strong> 10 mm.), pouco<br />

numerosos, com as escamas externas papiráceas brevemente<br />

celbeadas e as internas carnudas ovado-lanceoladas,<br />

acutiúsculas, numerosas, imbricadas; sépalas<br />

ovadas; panícula <strong>de</strong>nsa; fôlhas basilares levemenre<br />

crenadas. Planta <strong>de</strong> 0,8-2 dm., ver<strong>de</strong>-escura, robusta, <strong>de</strong><br />

ordinário ramosa, muito glandulosa, com os caules<br />

folbosos. 21. Abril-Maio. Serra <strong>de</strong> Montejunto, Serra<br />

<strong>de</strong> Sintra . . . . S. Hochstetieri (Fngl.), P. Cout.<br />

Família 66 — Rosáceas<br />

Pág. 288.— Spiraea hispânica, Hoffgg. et Lk.— Corrija-se como<br />

vai indicado o seu habitat — Alto Trás-os-Montes: Bragança e Vimioso;<br />

Alto Minho: Melgaço, rochedos da margem do rio Minho.<br />

Pág. 289.— Crataegus Oxyacantha, L. p. Maura (L. fil.) =<br />

C. Oxyacantha, L. ¡3. Cossonii, Fie. et P. Cout.— Substitua-se na<br />

Flora a última pela primeira <strong>de</strong>nominação.<br />

Pág. 289. — Crataegus monogyna, Jacq. ¡3. ílabellata Lge. —<br />

Àmplie-se-lhe o habitat. — Minho (Melgaço), Beira transmont. (Vilar<br />

Formoso), Baixo Alent. (Moura).


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />

Pág. 293.— Rosa canina, L. var. an<strong>de</strong>gavensis (Bast.), Crép. e<br />

var. rhyncocarpa (Rip.)<br />

Interponham-se às outras varieda<strong>de</strong>s na chave 5, or<strong>de</strong>nadas do modo seguinte :<br />

+ Folíolos glabros nas duas páginas:<br />

O Folíolos simplesmente ou subsímplesmente serrados:<br />

— Pedicelos lisos :<br />

Úrnula ovói<strong>de</strong> ou elipsoi<strong>de</strong> ou oblonga. Trás-<br />

-os-Montes, Minho. . . «. ¿enuina, Crép.<br />

Úrnula subglobosa. Beira (pouco freqüente)<br />

(3. globosa (Desv.)<br />

— Pedicelos glandulosos; úrnula ovoi<strong>de</strong>. Arredores<br />

<strong>de</strong> Cascais: Capari<strong>de</strong>.<br />

y. an<strong>de</strong>gavensis (Bast.), Crép.<br />

O Folíolos mais ou menos duplamente serrados:<br />

— Pedicelos lisos:<br />

= Úrnula obovói<strong>de</strong>-fusiforme, atenuada no<br />

cimo e aí mais estreita que o disco. Arredores<br />

<strong>de</strong> Sintra. . . . 5. rhyncocarpa (Rip.)<br />

= Úrnula ovoi<strong>de</strong> ou globosa, não atenuada no<br />

cimo:<br />

Dentes dos folíolos com um só <strong>de</strong>ntículo;<br />

úrnula ovoi<strong>de</strong> ou globoso-ovói<strong>de</strong>. Freqüente.<br />

. . £<br />

. dumalis (Becbst.), Crép.<br />

Dentes dos folíolos com <strong>de</strong>ntículos mais<br />

numerosos:<br />

Pecíolo pouco glanduloso, bem como a<br />

nervura principal; nervuras secundárias<br />

não glandulosas; úrnula globosa. Centro<br />

e Sul. globularis (Francbet), Crép,<br />

Pecíolo glanduloso, bem como a nervura<br />

principal; nervuras secundárias mais<br />

ou menos glandulosas ; úrnula globoso-<br />

-ovóí<strong>de</strong> Freqüente. . "I. scabrata, Crép.<br />

— Pedicelos glandulosos; úrnula globoso-ovói<strong>de</strong>.<br />

Freqüente, sobretudo no Sul.<br />

9. verticillacantha (Mérat), Crép.<br />

-r Folíolos pubescentes na página inferior, simplesmente<br />

ou subsímplesmente serrados; pedicelos lisos: (Vejam-se<br />

as duas varieda<strong>de</strong>s restantes na Flora).<br />

103


104 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 293.— Rosa Pouzini, Tratt., */. subintrans, Gren Acreste-se<br />

a sua área — Trás-os-Monres: Bragança; Beira transm.: Vilar<br />

Formoso; Baixo Alent. lit.: O<strong>de</strong>mira.<br />

Pág. 294.— Agrimonia Eupatoria, L. b. odorata (Mill.).<br />

Convém, modificar levemente a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta subespécie, bem como a or<strong>de</strong>m dos<br />

caracteres diferenciais e ampliar-lbe o habitat do modo seguinte:<br />

Úrnula com 2 aduénios, pouco atenuada na base, com os<br />

sulcos menores e as sedas externas por fim retroflectidas;<br />

fôlhas com os segmentos <strong>de</strong> ordinário mais estreitos,<br />

ovado-lanceolados, mais glandulosos e menos pubescentes<br />

na página inferior. Trás-os-Montes, Alto Minho,<br />

Beira transm. e Baixo Alent. b. odorata (Mill.)<br />

Pág. 296. — Sanguisorba minor, Scop. subesp. mauretanica<br />

(Bss.).<br />

Esta subespécie, ao que julgo nova para a flora portuguesa, foi-me indicada no<br />

Algarve pelo distinto botânico espanhol sr. D. Carlos Pau, que fez o favor <strong>de</strong> me enviar<br />

juntamente um pequeno exemplar frutífero. Introduza-se na chave 2, substituindo do<br />

seguinte modo a 11. a<br />

e 12. a<br />

linha da pág. 296:<br />

O Asas <strong>de</strong> úrnula espessas e ouási tão salientes como a<br />

escultura das faces:<br />

= Faces da úrnula cristado-alveolados, com as cristas<br />

agudamente <strong>de</strong>ntadas. Algarve: Lagos, Tavira.<br />

b. bis. mauritanica (Bss.)<br />

= Faces <strong>de</strong> úrnula cobertas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s verrugas obtusas<br />

<strong>de</strong>siguais : (segue como está no resto da chave).<br />

Género 387.— Rubus, L.<br />

Em Portugal êste Género foi principalmento estudado pelo sr. G. Sampaio, e sôbre<br />

os seus estudos basiei as chaves das espécies que apresentei na Flora; mas, tendo poste­<br />

riormente o prof. Sudre publicado o seu livro Rubi Europae, on<strong>de</strong> as plantas portugue­<br />

sas estão incluídas e marcado o seu lugar em relação às <strong>de</strong>mais espécies e varieda<strong>de</strong>s<br />

europeias, parece-me conveniente substituir, as chaves da Flora por outras, em harmonia<br />

com as vistas do distinto especialista francês. Seguem essas chaves, que constituí basean-<br />

do-me no livro citado e nos exemplares do Herbário da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, (l)<br />

Amora (vermelba, menos vezes amarela ou branca) <strong>de</strong>ixando<br />

ficar com o cálice o receptáculo cónico, ao<br />

) <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r-se; fôlhas dos turiões 3-7-pinnuladas, as dos<br />

(l) Suprima-se no texto a nota da pág. 297.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal íoS<br />

ramos florííeros 3-foliadas, todas glabrescentes na página<br />

superior e branco-tomentosas na inferior; inflorescencias<br />

axilares 1-paucifloras e uma pequena cimeira terminal;<br />

pedicelos por fim nutantes; turiões erecto-arqueados,<br />

subcilíndricos, com acúleos direitos, finos, pouco numerosos<br />

ou subnulos. 5- Maio-Jul. Cult. (Orig. da Europa).<br />

. . . . . . . . . . . . Framboesa. R. Idaeus, L.<br />

Amora (por fim mais ou menos negra) trazendo consigo<br />

ao <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r-se a parte amolecida do receptáculo em<br />

que estava inserida; f ôlbas dos turiões digitadas, com<br />

3-5 folíolos 2<br />

Turião anguloso, com acúleos iguais ou subiguais e regularmente<br />

dispostos ao longo dos ângulos, <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong><br />

acículas e <strong>de</strong> glândulas pediculadas; inflorescencia não<br />

glandulosa 3<br />

Turião anguloso ou roliço, com acúleos mais ou menos<br />

<strong>de</strong>siguais e irregularmente dispostos, provido quási<br />

sempre <strong>de</strong> acículas e glândulas pediculadas, arqueado-<br />

-prostrado ou prostrado; inflorescencia <strong>de</strong> ordinário<br />

mais ou menos glandulosa 14<br />

Sépalas (no botão floral) ver<strong>de</strong>s, marginadas <strong>de</strong> branco ;<br />

turião erecto-arqueado, glabro, com as faces planas e<br />

acúleos direitos; fôlhas 5-3-foliadas, <strong>de</strong>sigualmente<br />

serradas, ver<strong>de</strong>s e pubescentes na página inferior, as<br />

dos ramos floríferos com os folíolos basilares brevemente<br />

peciolulados ; corola branca ou rosado-pálida;<br />

estames do tamanbo dos estiletes ou pouco maiores;<br />

cálice frutífero subpatente. Ô. Maio-Jun.<br />

R. nitidus, Weibe et Nees.<br />

Folíolo médio elíptico ou oblongo, brevemente acuminado<br />

; inflorescencia curta, frouxa, subcorimbosa.<br />

Minho: Ponte <strong>de</strong> Lima.<br />

. . . (l) P. divaricatus (P. J. Muell.), Sudre.<br />

Fstames maiores que os estiletes; cálice frutífero<br />

retroflectido; folíolo médio largamente ovado ou<br />

(l) R. plicatus P. divaricatus, Samp.; R. plicatus P. lusitanicus, Samp. p. p.;<br />

R. nitidus p. lusitanicus, Samp. p. p.<br />

14


io6 António Xavier Pereira Coutinho<br />

obovado ou suborbicular, agudo ou brevemente<br />

acuminado; inflorescencia oblonga, ramosa. Minho:<br />

Famalicão, Trofa. . (l) b. integribasis (P. J. Muell.)<br />

Sépalas cinzento-esver<strong>de</strong>adas; turião arqueado ou arqueado-prostrado;<br />

fôlhas ver<strong>de</strong>s na página inferior ou<br />

acinzentado-tomentosas, 5-3-foliadas 5<br />

Sépalas branco-acinzentadas ; turião arqueado ou arqueado-prostrado;<br />

fôlhas mais ou menos branco-tomentosas<br />

na página inferior (excepto em algumas formas umbrosas)<br />

, 6<br />

Fôlbas glabras ou glabrescentes nas duas páginas, <strong>de</strong>sigualmente<br />

serradas ; pétalas 2-lobadas, rosadas; turião<br />

glabro, com acúleos fortes direitos ou inclinados; inflorescencia<br />

estreita, comprida, tomentoso-vilosa, bastante<br />

folbosa; folíolo médio elíptico ou obovado, subrepentina<br />

e longamente acuminado. Ô. Junho-Jul. Minho<br />

(Serra da Cabreira, Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso, Valongo) e<br />

Beira (Gaia) R. Questieri, Lef. et Muell.<br />

Fôlbas vilosas ou pubescentes ou tomentosas na página<br />

inferior, duplicado-serradas; pétalas inteiras, oblongas;<br />

turião glabrescente ou um tanto peludo 5<br />

Fôlbas (mesmo as superiores) ver<strong>de</strong>s nas duas páginas,<br />

vilosas ou pubescentes na inferior; inflorescencia folbosa<br />

na base, vilosa; turião com os faces planas ou<br />

levemente côncavas e acúleos gran<strong>de</strong>s ou majúsculos,<br />

direitos ou inclinados. £ • Maio-Jul.<br />

R. rhombifolius, Weibe.<br />

Folíolo médio obovado ou obovado-elíptico, repentinamente<br />

acuminado; <strong>de</strong>ntes das fôlhas majúsculos ;<br />

corola branca; inflorescencia frouxamente vilosa;<br />

turião glabrescente. Alto Minho (Montalegre, Serras<br />

<strong>de</strong> Castro Laboreiro, do Gerez e da Cabreira,<br />

Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso) e Beir& transm. (Trancoso).<br />

(2) b. Sampaianus, Sudre.<br />

Folíolo médio largamente ovado ou suborbicular,<br />

repentinamente acuminado; <strong>de</strong>ntes das fôlhas gran-<br />

(1) R. plicatus p. lusitanicus, Sam/p. p. p.; R. nitidus (B. lusitanicus, Samp. p. p.<br />

(2) R. leucandrus, Samp.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 107<br />

<strong>de</strong>s ; corola rosado-pálida; inflorescencia mais vilosa<br />

e com os pedicelos mais abertos; turião um tanto<br />

peludo. Minho: Serras da Cabreira, do Merouço e<br />

do Gerez, Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso, arred. do Porto.<br />

(l) c. opertus, Sudre.<br />

Fôlbas (pelo menos as superiores) acinzentado-tomentosas<br />

na página inferior, glabrescentes ou peludas na superior<br />

; inflorescencia folbosa inferiormente, vilosa; turião<br />

com as faces planas ou um tanto canaliculadas e acúleos<br />

mayúsculos ou medíocres, direitos ou levemente curvos ;<br />

folíolo médio ovado ou obovado ou subarredondado<br />

subrepentina e brevemente acuminado. 5- Maio-Agosto.<br />

R. argenteus, Weibe et Nees.<br />

+ Folíolo médio cordiforme na base:<br />

— Dentes das fôlhas mayúsculos; inflorescencia<br />

medíocre, birsuta; ramo florífero com acúleos<br />

mayúsculos; corola branca ou levemente rosada.<br />

Minho: Serras da Cabreira e do Gerez, Póvoa<br />

<strong>de</strong> Lanhoso b. consobrinus, Sudre.<br />

— Dentes das fôlhas pequenos; inflorescencia pequena,<br />

<strong>de</strong>nsa, com os pedicelos curtos; acúleos<br />

medíocres. Alto Minho: Melgaço, Serra <strong>de</strong><br />

Castro Laboreiro.<br />

. . . . (2) c. castranus (Samp.), P. Cout.<br />

+ Folíolo médio arredondado na base; <strong>de</strong>ntes das<br />

fôlhas medíocres; inflorescencia alongada, pouco<br />

vilosa; sépalas mais esver<strong>de</strong>adas (var. subincertus<br />

[ Samp. ], Sudre.β); corola rosada. Minho: Póvoa<br />

<strong>de</strong> Lanhoso, Famalicão, Santo Tirso, Valongo,<br />

Porto d. incarnatus (P. J. Muell).<br />

— Fôlbas como em d. incarnatus; inflorescencia<br />

mais folbosa, mais frouxa e mais curta. Planta<br />

estéril ou pouco fértil. 5- Com os progenitores:<br />

arred. do Porto. R. ellipticifolius x incarnatus.<br />

(1) R. incurvatus var. miniarías, Samp.; R. villicaulis var. minianus, Samp.;<br />

R. Muenteri, raça minianus, Samp.<br />

(2) R. mercicus var. castranus, Samp.<br />

(3) R. subincertus, Samp.


Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Estames do tamanho dos estiletes ou muito pouco<br />

maiores, com pólen perfeito; tomento dos cálices, do<br />

eixo da inflorescencia e da página inferior da folha<br />

branco, <strong>de</strong>lgado e raso, raras vezes acompanhado <strong>de</strong><br />

vilosida<strong>de</strong>; fôlhas glabras na página superior, 5-3-foliadas;<br />

corola <strong>de</strong> ordinário rosada. t . "Maio-Agosto.<br />

Incultos, matagais, sebes, margens dos ca.mpos: quási<br />

todo o país R. ulmifolius, Schott.<br />

+ Tomento do eixo da inflorescencia, da página inferior<br />

das fôlhas e dos cálices não acompanhado<br />

<strong>de</strong> vilosida<strong>de</strong>:<br />

Folíolo médio troncado-cuspidado no cimo e<br />

arredondado na base, largamente obovado<br />

(1. vulgatus [ Sudre ] ) ou estreitamemte obovado-acunheado<br />

(2. cuneatus [Boul. et Bouvet.]);<br />

fôlhas dos ramos floríferos em gran<strong>de</strong> parte<br />

5-foliadas. Planta mais ou menos aculeada.<br />

Freqüente. . . . z. contractus, P. Cout.<br />

Planta inerme. Cult. . . —Silva sem espinhos,<br />

Silva <strong>de</strong> S. Francisco. íor. inermis.<br />

Folíolo médio mais ou menos atenuado no cimo,<br />

ovado-arredondado ou largamente ovado ou<br />

obovado, miudamente serrado. (1. serrulatus)<br />

ou mediocremente serrado (2. serratus) ; fôlhas<br />

dos ramos floríferos em gran<strong>de</strong> parte 3-foliadas.<br />

Tão ou mais freqüente que<br />

p\ attenuatus, P. Cout.<br />

Folíolo médio estreito, oblongo-lanceolado, longamente<br />

acuminado. Serra <strong>de</strong> Sintra.<br />

"/. contractifolius, Sudre<br />

Fôlhas simples e <strong>de</strong>ntadas, subreniforme-arredondadas,<br />

ou 3-lobadas com os lóbulos obtusos<br />

(todas ou misturadas com algumas fôlhas<br />

3-foliadas <strong>de</strong> folíolos obovados obtusos ou<br />

obtusiúsculos). Planta débil. Estremadura:<br />

arredores <strong>de</strong> Cascais.<br />

. r<br />

X integrifolius (Lge.), P. Cout.<br />

+ Eixo da inflorescencia tomentoso e flocoso-hirsuto;<br />

folíolos branco-tomentosos na página inferior


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 109<br />

e pubescentes-vilosos nas nervuras; cálices tomentosos<br />

e levemente vi'osos; folíolo médio obovado,<br />

repentinamente acuminado. Estremadura.: Odivelas<br />

s. dalmatinus (Tratt.)<br />

stames maiores que os estiletes ou quási do mesmo<br />

tamanbo (mas então o folíolo médio não repentinamente<br />

acuminado e <strong>de</strong> ordinário as fôlhas com pêlos estrelados<br />

na página superior ou o pólen imperfeito) ; eixo da<br />

inflorescencia mais ou menos hirsuto; fôlhas branco-<br />

-tomentosas na página inferior e simultaneamente com<br />

vilosida<strong>de</strong> mais ou menos aparente. . . . . . 7<br />

urião com as faces planas ou levemente côncavas; estames<br />

maiores que os estiletes 8<br />

urião com as faces fortemente caniculadas . . . 11<br />

urião gíaucescente, inferiormente subroliço e superiormente<br />

pouco anguloso, gíabrescente ou um tanto peludo ;<br />

ramo florífero subroliço ou obsoletamente anguloso:<br />

inflorescencia alongada, com os pedicelos patentes,<br />

mediocremente aculeada e frouxamente vilosa; fôlhas<br />

5-3-folíadas; estiletes esver<strong>de</strong>ados Ô- Junho-Julho.<br />

R. Godrcnii, Lec. et Lamotte.<br />

Fôlhas glabras na página superior, com o tomento<br />

da página inferior ténue e a vilosida<strong>de</strong> pouco aparente;<br />

folíolo médio elíptico ou elíptico-obovado,<br />

subinsensivelmente acuminado ; inflorescencia piramidal,<br />

frouxa, peluda, afila ou subafila (com os<br />

ramos inferiores na axila <strong>de</strong> pequenas fôlhas 1-foliadas);<br />

corola rosado-pálida. Minho (Melgaço, Vila<br />

do Con<strong>de</strong>, Porto e arred.), Beira (Gaia, Bussaco).<br />

. . . . . (l) b. ellipticifolius, Sudre.<br />

Fôlhas bastante peludas na página superior e com a<br />

vilosida<strong>de</strong> da página inferior bem aparente sôbre o<br />

tomento; folíolo médio obovado, repentinamente<br />

acuminado; inflorescencia subcilíndrica ou ovoi<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>nsa, hirsuta, folhosa na base; corola branca.<br />

R. portuensis, Samp.


Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Trás-os-Montes (Marão), Minho (Melgaço, Valadares,<br />

Montalegre, Serras do Gerez e da Cabreira,<br />

Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso).<br />

(l) c. caldasianus (Samp.), Sudre.<br />

Fôlhas como em b. ellipticiíolius; inflorescencia mais<br />

ampla; estiletes vermelhos. Planta estéril. 5- Com<br />

os progenitores.<br />

* R. ellipíicifolius x ulmifolius, Sudre.<br />

Turião não glaucescente, anguloso; ramo florífero mais<br />

ou menos anguloso 9<br />

Fôlhas com <strong>de</strong>ntes pequenos ou medíocres; turião pubescente<br />

ou peludo; inflorescencia com os pedicelos<br />

patentes 10<br />

Fôlhas gran<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>sigual e fundamente serradas, 5-3-foliadas,<br />

glabras na página superior; turião glabro ou<br />

glabrescente, robusto; inflorescencia oblonga, com os<br />

pedicelos ascen<strong>de</strong>ntes, interrompida e folhosa na base,<br />

hirsuta, fortemente aculeada; folíolo médio largamente<br />

ovado ou ovado-romboidal, repentina e brevemente<br />

acuminado; corola primeiro rosada e <strong>de</strong>pois quási<br />

branca. 5. Junho-Agosto. Bosques, incultos, margens<br />

dos campos e caminhos: Trás-os-Montes (Vinhais,<br />

Bragança, Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros, Miran<strong>de</strong>la), Minho<br />

(Amarante), Beira transm. (Figueira <strong>de</strong> Castelo Rodrigo)<br />

(2) R. procerus, P. J. Muell.<br />

Fôlhas ver<strong>de</strong>-escuras na página superior; inflorescencia<br />

com maior número <strong>de</strong> flôres; corola <strong>de</strong> côr rosada<br />

mais viva. Planta estéril. 5- Com os progenitores.<br />

. . . β) R. procerus x ulmifolius, Sudre.<br />

Sépalas tomentosas e levemente vílosas; inflorescencia<br />

tomentosa e pouco vilosa, pouco <strong>de</strong>nsa e pouco folhosa;<br />

fôlhas 5-3-foliadas, glabras ou glabrescentes na<br />

página superior, com o folíolo médio obovado ou ovado<br />

ou elíptico, repentina e brevemente acuminado; corola<br />

(1) R. caldasianus, Samp.; R. obtusangulus raça caldasianus, Samp.<br />

(2) R. macrostemon, Focke.<br />

(3) R. biirons, var. duriminius, Samp. p. p.


10<br />

11<br />

12<br />

Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 111<br />

rosado-pálida. ¡5. Jun.-Agosto. Trás-os-Montes, Minho,<br />

Beira (Gaia e Buçaco) R. bifrons, Vest.<br />

Fôlhas 3-foliadas; inflorescencia subínerme, com<br />

os ramos <strong>de</strong>lgados e compridos. Mais frequente<br />

que o tipo [í. duriminius, Samp.<br />

Porte do R. bifrons, mas com a inflorescencia mais<br />

frouxa e muito pouco vilosa; corola <strong>de</strong> côr rosada<br />

viva. Planta estéril. Ô- Com os progenitores: arredores<br />

do Porto, etc. R. bifrons ulmifolius Sudre.<br />

Inflorescencia mais vilosa; folíolo médio ovado-<br />

-arredondado ou ovado elíptico. Planta robusta. 5-<br />

Com os progenitores: Serra do Merouço.<br />

* R. bifrons xSampaianus, (Samp.)<br />

Sépalas bastante vilosas; inflorescencia frouxamente hirsuta,<br />

bastante aculeada; fôlhas 5-3-foliadas, subglabras<br />

na página superior; corola rosado-pálida ou quási<br />

branca. ¡5. Jun.-Jul. . . R. cuspidifer, Muell. et Lefv.<br />

Inflorescencia <strong>de</strong>nsa, folhosa na base; corola rosada;<br />

fôlhas glabras na página superior, com o folíolo<br />

médio romboidal ou oblongo, subinsensivelmente<br />

acuminado. Trás-os-Montes (Vila Real), Beira<br />

transm. (Trancoso, Guarda),<br />

(l) b. lepidus (P. J. Muell).<br />

Ramo florífero anguloso com as faces planas; estames<br />

maiores que os estiletes; página superior das fôlhas<br />

glabra ou com pêlos simples compridos. Plantas <strong>de</strong><br />

ordinário robustas ; 12<br />

Ramo florífero anguloso com as faces canaliculadas ; estames<br />

quási do tamanho dos estiletes; página superior<br />

das fôlhas acizentado-tomentosa, com pequenos pêlos<br />

estrelados, menos vezes ver<strong>de</strong> e glabra ou com pêlos<br />

simples compridos. Plantas <strong>de</strong> ordinário débeis. . 13<br />

Fôlhas amplas, as 5-foliadas com os folíolos inferiores<br />

peciolulados; pétalas largas, obovadas, brancas ou<br />

rosado-pálidas; inflorescencia ampla, alongada, folhosa<br />

(l) R. villicaulis h. beirensis, Samp.; R. obtusangulus S. beirensis. Samp.; R.<br />

beirensis, Samp.


112 António Xavier Pereira Coutinho<br />

12 l<br />

13<br />

na base, hirsuta; cálice viloso; turião pubescente ou<br />

mais ou menos viloso. 5- Junho-Jul.<br />

R. pubescens, Weihe.<br />

Folíolo médio obovado, repentinamente acuminado;<br />

fôlhas muito brancas na página inferior, <strong>de</strong>sigual e<br />

agudamente serradas com <strong>de</strong>ntes pequenos ou medíocres<br />

; acúleos dos ramos e pecíolos muito aduncos.<br />

Bouças, margens dos campos e caminhos: Trás-os-<br />

Montes (Serra do Brunheiro, Vale Passos, Vila<br />

Real), Minho (Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso, próximo <strong>de</strong> Cabeceiras<br />

<strong>de</strong> Basto), Beira (VilarFormoso, Trancoso,<br />

Manteigas, Alcai<strong>de</strong>, Coimbra), Alto Alent. (Castelo<br />

<strong>de</strong> Vi<strong>de</strong>, Marvão), (l) b. aduncispinus, Sudre.<br />

Fôlhas <strong>de</strong>sigual e agudamente serradas, as 5-foliadas com<br />

os folíolos inferiores subsésseis; pétalas estreitas,<br />

obovado-oblongas, brancas ou rosado-pálídas ; inflorescencia<br />

estreita, folhosa na base, peluda; cálice tomentoso-viloso<br />

; turião glabro ou pouco peludo; folíolo médio<br />

insensivelmente acuminado, 5. Junho-Agosto.<br />

R. thyrsoi<strong>de</strong>us, Wimm.<br />

Fôlhas não muito discolores, esbranquiçado-tomentosas<br />

na página inferior, as dos ramos floríferos<br />

com o folíolo médio ovado; acúleos muito dilatados<br />

na base, aduncos (var. peculiaris LSamp.] Sudre.<br />

(2)). Alto Minho: Melgaço, Serra do Gerez.<br />

b. phyllostachys, P. J. Muell.<br />

Fôlhas muito discolores, branco-tomentosas na página<br />

inferior, a^ dos ramos floríferos com o folíolo médio<br />

estreitamente ovado ou elíptico ou obovado ; acúleos<br />

falcíformes. Alto Minho (Montalegre, Vieira),<br />

Alto Alent. (Póvoa e Meadas, Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong>,<br />

Marvão) c. candicans (Weihe,).<br />

j Planta fértil, com pólen muito perfeito, <strong>de</strong> ordinário (em<br />

Portugal) não glandulosa, raras vezes com uma ou<br />

I outra, glándula pediculada; inflorescencia estreita,<br />

(1) R. thyrsoi<strong>de</strong>us ¿. phyllostachys, Samp. (non P. J. Muell.); R. pubescens<br />

var. occi<strong>de</strong>ntalis, Samp.<br />

(2) R. peculiaris, Samp.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal lid<br />

hirsuta, alongada, pouco folhosa ou suhafila; fôlhas<br />

3-5-foliadas, <strong>de</strong>sigualmente serradas, com a página superior<br />

acinzentado-tomentosa (vestida <strong>de</strong> pequenos<br />

pêlos estrelados, sós ou acompanhados <strong>de</strong> pêlos simples<br />

compridos) e a inferior hranco-tomentosa ; folíolo médio<br />

obovado-romhoidal ou romboidal, agudo ou subacuminado;<br />

corola esbranquiçado-amarelada. Ô- Junho-<br />

- Agosto. Incultos, margens dos campos e caminhos:<br />

Trás-os-Montes (Bragança, Vinhais, Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros,<br />

Miran<strong>de</strong>la, Moncorvo) e Beira montanhosa<br />

(Lamego, Celorico, Alcai<strong>de</strong>). . R. tomentosus, Borkh.<br />

Página superior das fôlhas não tomentosa, glabra ou<br />

provida <strong>de</strong> alguns pêlos simples. Muito menos<br />

íreq[üente que o tipo. . . . *β. glabratus, Godr.<br />

Plantas <strong>de</strong> ordinário estéreis, com pólen incompleto;<br />

indumento da página superior da folha como no R.<br />

tomentosus ou na sua varieda<strong>de</strong>:<br />

-f- Inflorescencia pouco hirsuta, mais tomentosa;<br />

cálices menos vílosos e mais tomentosos; corola<br />

rosada; folíolo médio insensível ou repentinamente<br />

acuminado. 5- Com os progenitores: Bragança,<br />

Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros, Miran<strong>de</strong>la.<br />

R. tomentosus x ulmifolius.<br />

+ Inflorescencia mais hirsuta e mais <strong>de</strong>nsa que no<br />

R. tomentosus; fôlhas com <strong>de</strong>ntes mais fundos.<br />

Planta mais robusta. 5- Com os progenitores.<br />

* R. procerus x tomentosus.<br />

Inflorescencia mais ou menos alongada, paniculiforme.<br />

amoras com as drupas pequenas e numerosas; fôlhas<br />

com os folíolos laterais mais ou menos peciolulados;<br />

estipulas lineares ou linear-lanceoladas . . . . 15<br />

Inflorescencia mais ou menos curta, corimbiforme;<br />

amoras com as drupas maiúsculas e pouco numerosas;<br />

fôlhas com os folíolos laterais subsésseis; estipulas<br />

lanceoladas ou lanceolado-lineares 23<br />

f Glândulas da inflorescencia todas curtas (não exce<strong>de</strong>ndo<br />

) o diâmetro do eixo) 16<br />

15


114 António Xavier Pereira Coutinho<br />

15 l Glândulas da inflorescencia, pelo menos algumas, compridas<br />

(exce<strong>de</strong>ndo o diâmetro do eixo) . . . . 21<br />

Fôlhas branco-tomentosas na página inferior e glabras<br />

na superior, amplas, subsimplesmente serradas, 5-3-foliadas;<br />

turião glabro, pruinoso, anguloso, com acúleos<br />

pouco <strong>de</strong>siguais e poucas glândulas pediculadas; cálice<br />

frutífero imperfeitamente retroflectído; folíolo médio<br />

ovado ou subovado, repentinamente acuminado ; inflorescencia<br />

alongada e estreita, bastante glandulosa,<br />

viloso-birsuta; corola esbranquiçada. Ô- Junho-Jul.<br />

Alto Minho : Serra do Gerez. * R. incanescens, Bertol.<br />

Fôlhas ver<strong>de</strong>s na página inferior ou acinzentado-tomentosas,<br />

ou branco-tomentosas mas então plantas com o<br />

turião peludo ou estéreis; cálice frutífero retroflectído.<br />

17<br />

Fôlhas espessas, coriáceas, peludas e ver<strong>de</strong>-escuras na<br />

página superior, acinzentado-tomentosas e simultaneamente<br />

vilosas na página inferior, com <strong>de</strong>ntes pouco<br />

fundos e subsimples, 5-3-folíadas; turião <strong>de</strong>nsamente<br />

viloso, com acúleos pouco <strong>de</strong>siguais, pouco ou muito<br />

pouco glanduloso; folíolo médio suborbicular ou largamente<br />

obovado, brevemente acuminado; inflorescencia<br />

piramidal, hirsuta, glandulosa, com os pedicelos robustos<br />

e patentes, 1-3-floros; corola rosada. 5- Maio-Agosto.<br />

Incultos, margens dos campos e caminhos : Montalegre,<br />

Vinhais R. vestitus, Weihe.<br />

Fôlhas <strong>de</strong>lgadas, membranosas 18<br />

Ramo florífero com acúleos fracos e <strong>de</strong> ordinário pouco<br />

numerosos; turião glabrescente ou pouco peludo ; folíolo<br />

médio brevemente e <strong>de</strong> ordinário repentinamente<br />

acuminado 19<br />

Ramo florífero com acúleos mayúsculos ou medíocres e<br />

<strong>de</strong> ordinário numerosos ; turião peludo-viloso . . 20<br />

Turião mais ou menos glanduloso e mais ou menos<br />

peludo, com os acúleos bastante <strong>de</strong>siguais; inflorescencia<br />

bem glandulosa, piramidal, mayúscula ou medíocre,<br />

folhosa na base; fôlhas com <strong>de</strong>ntes subsimples e pe-


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal ll5<br />

dueños, glabras ou pouco peludas na página superior;<br />

corola rosado-pálída. Planta fértil. Ô. Maio-Agosto.<br />

. . . . R. apiculatus, Weibe.<br />

Inflorescencia brevemente birsuta ; fôlhas 5-3-foliadas,<br />

levemente acinzentado-tomentosas na página inferior;<br />

folíolo médio oblongo-obovado; corola rosada;<br />

turião bastante glanduloso. Trás-os-Montes: Serra<br />

do Brunheiro. . . . (l) ;S. abruptorum, Sudre.<br />

Inflorescencia tomentoso-birsuta; fôlhas 3-5-foliadas,<br />

vilosas e ver<strong>de</strong>s ou levemente acinzentado-tomentosas<br />

na página inferior; folíolo médio elíptico ou<br />

obovado-elíptico; corola branca ou quási branca ;<br />

turião glanduloso. Alto Minho: Melgaço, Serra do<br />

Gerez . . . (2) 7. lusitanicus (Murray), Sudre.<br />

Inflorescencia tomentoso-vilosa ;.fôlhas todas 3-fpliadas,<br />

vilosas e ver<strong>de</strong>s ou mais ou menos acinzentar<br />

do-tomentosas na página inferior; folíolo médio<br />

obovado . ou subromboidal, frequentemente sublobado-serrado;<br />

corola rosada; turião pouco glanduloso<br />

e com acúleos menos <strong>de</strong>siguais. Estremadura;<br />

Serra <strong>de</strong> Sintra . . . β) à. cintranus, P. Cout.<br />

Turião com pouquíssimas glândulas pediculadas ou sem<br />

nenbuma e com os acúleos subíguais, frequentemente<br />

glabro ou glabrescente; inflorescencia pouco glandulosa.<br />

Plantas êste'reis ou pouco férteis:<br />

+ Inflorescencia afila ou subafila, com os ramos<br />

inferiores na axila <strong>de</strong> pequeninas fôlhas 1-foliadas,<br />

piramidal* brevemente birsuta, multiflora;<br />

fôlhas com os <strong>de</strong>ntes medíocres, irregularmente<br />

duplicado-serradas, ver<strong>de</strong>s nas duas páginas ou<br />

levemente acinzentado-tomentosas na inferior; folíolo<br />

médio ovado-elíptico ou ovado-romboidal ou<br />

ovado. 5. Beira montanhosa: Buçaco.<br />

. (4) R. apiculatusxellipticifolius, P. Cout.<br />

(l) R. inflexus, Samp. ; R. transmontanus, Samp,<br />

(z) R. lusitanicus, Murray.<br />

(3) R. cunctator, Samp, rum Focke (ex ipso Focke).<br />

(4) R. Coutinhi, Samp. p. p.


ll6 António Xavier Pereira Coutinho<br />

+ Inílorescência folhosa na base:<br />

— Inflorescencia longamente hirsuta, ampla, multiflora,<br />

piramidal; íôlbas pubescentes e ver<strong>de</strong>s<br />

na página inferior, menos vezes acinzentado-<br />

-tomentosas, com <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ordinário pequenos<br />

e subiguais; folíolo médio ovado ou subarredondado,<br />

repentina e brevemente acuminado ;<br />

corola rosada ou branca. 5- Trás-os-Montes,<br />

Minho, Beira transm. (Guarda).<br />

(l) R. apiculatusx rhombifolius.<br />

— Inflorescencia longamente birsuta; fôlhas mais<br />

ou menos peludas na página superior e esbranquiçado-tomentosa<br />

na inferior. Ô- Trás-os-<br />

Montes: Serra do Brunheiro.<br />

* R. abruptorum x procerus.<br />

— Inflorescencia curta, tomentoso-vilosa, com<br />

raras glândulas pediculadas; fôlhas semelhantes<br />

às <strong>de</strong> ci. lusitanicus, mas tomentoso-esbranquiçadas<br />

na página inferior. ¡5. Com os progenitores<br />

: Alto Minho.<br />

R. lusitanicus x ulmifolius (Samp.)<br />

Fochas 5-3-foliadas, glabras na página superior e branco-<br />

-tomentosas na inferior, duplicado-serradas com <strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong>siguais; folíolo médio ovado ou romboidal longamente<br />

acuminado ; inflorescencia comprida e multiflora,<br />

interrompida, folhosa, tomentosa e brevemente hirsuta,<br />

muito glandulosa, aculeada; corola rosada; turião<br />

crespo-pubescente e muito viloso, com acúleos muito<br />

(l) R. Coutinhi, Samp. p. max. p.; R. Lespinassei, Samp. non Clav. (ex Sadre).<br />

Segundo o sr. Sudre (1. c.) o R. Coutinhi é o híbrido R. Sampaíanus Xlusita­<br />

nicus e talvez também R. opertusXlusitanicus; foi essa origem que procurei repre­<br />

sentar na fórmula geral R. apiculatusXrhombifolius, admitindo mais a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> entrar na hibridação alguma das outras varieda<strong>de</strong>s do R. apiculatus, além do R.<br />

lusitanicus. O sr. Sudre lembra ainda (pág. 133) que os exemplares do R. Coutinhi da<br />

Guarda e do Buçaco talvez sejam o híbrido R. lusitanicusXcaldasianus; as plantas<br />

da Guarda, que examinei, parecem-me iguais às do Minho e <strong>de</strong> Trás-os Montes; quanto<br />

às do Buçaco são sem dúvida diversas, mas afigura-se-me resultarem antes do R. ellipti-<br />

cUolius, que ali existe e <strong>de</strong> que apresentam caracteres importantes.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal ii7<br />

<strong>de</strong>siguais e muitas glândulas pediculadas. 5. Maio-Ãg.<br />

Trás-os-Montes: Serra <strong>de</strong> Montezinho, Bragança.<br />

R. Genevieri, Bor.<br />

— Fôlhas muito discolores, mais ou menos peludas<br />

na página superior e branco-tomentosas na inferior,<br />

com os <strong>de</strong>ntes pequenos; folíolo médio obovado,<br />

longamente acuminado. Beira montanhosa: Manteigas<br />

. . (l) b. herminicus (Samp.), P. Cout.<br />

•— Fôlhas pouco díscolores, mais ou menos peludas<br />

na página superior e mais ou menos acinzentado-<br />

-tomentosas na inferior; folíolo médio brevemente<br />

acuminado:<br />

Dentes das fôlhas pequenros; folíolo médio<br />

obovado-elíptico ou obovado; inflorescencia<br />

menor e menos glandulosa; acúleos menores;<br />

pétalas mais estreitas. Trás-os-Montes (Serra<br />

<strong>de</strong> Montezinho), Beira montanhosa (Trancoso,<br />

Manteigas, Fundão).<br />

(2) c. brigantinus (Samp.), Sudre.<br />

Dentes das fôlhas mayúsculos; folíolo médio<br />

ovado ou romboidal; inflorescencia menos<br />

comprida e mais larga, com os pedicelos mais<br />

patentes, troncada. Serra do Marão.<br />

* d. discerptus (P. J. Muell.).<br />

+ Turião pruinoso, com acúleos subiguais e glândulas<br />

sésseis ; fôlhas como no R. Genevieri, mas mais<br />

brancas na página inferior e com o tomento mais<br />

raso; inflorescencia estreita. Planta estéril. 5. Com<br />

os progenitores: Serra <strong>de</strong> Montezinho.<br />

. . . * R. Genevieri X ulmifolius, Sudre et Bouv.<br />

+ Como o prece<strong>de</strong>nte, mas com as fôlhas <strong>de</strong> d.<br />

discerptus; pouco glanduloso. Ô- Com os progenitores<br />

: Serra do Marão.<br />

* R. discerptus x ulmifolius, Schmid.<br />

Fôlhas <strong>de</strong> ordinário 3-foliadas, pouco peludas na página<br />

superior, com <strong>de</strong>ntes subsimples, pequenos; ínflorescên-<br />

(l) R. Radula var. herminicus, Samp.; R. herminicus, Samp.<br />

(a) R. brigantinus, Samp.


118 António Xaviei Pereira Coutinho<br />

cia medíocre ou pequena, folhosa, muito glandulosa,<br />

aculeada; corola branca; turião viloso, com acúleos<br />

muito <strong>de</strong>siguais e bastantes glândulas pediculadas. 5.<br />

Maio-Agosto. . . . . R. Menkei, Weibe.<br />

Fôlhas todas 3-folíadas, mais ou menos acinzentado-<br />

-tomentosas na página inferior; folíolo médio largamente<br />

obovado e brevemente acuminado; inflorescencia<br />

tomentoso-vilosa; pétalas brancas ou<br />

rosado-pálidas. Trás-os-Montes (Serra <strong>de</strong> Montezinho,<br />

Bragança, Serra do Brunheiro), Alto Minho<br />

(Serras <strong>de</strong> Castro Laboreiro, do Soajo, da Cabreira,<br />

do Merouço, Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso), Beira montanhosa<br />

(Guarda, Gouveia, Serra da Estrela).<br />

. (l) b. Henriquesii (Samp.).<br />

-j- Fôlbas vestidas na página inferior <strong>de</strong> tomento<br />

esbranquiçado raso. Planta com o porte da prece<strong>de</strong>nte,<br />

menos glandulosa. £• Com os progenitores:<br />

Serra <strong>de</strong> Montezinho.<br />

R. Henriquesii x ulmifolius (Samp.).<br />

Fôlbas miudamente serradas . . . 22<br />

Fôlbas <strong>de</strong>sigual e fundamente serradas, ver<strong>de</strong>s e pubescentes<br />

na página inferior, 5-3-foliadas; inflorescencia<br />

obtusa, brevemente vilosa, folhosa (às vezes quási até<br />

ao cimo), com acúleos numerosos robustos e muitas<br />

glândulas <strong>de</strong>siguais; corola branca; estames bastante<br />

maiores que os estiletes. 5. Maio-Jul.<br />

R. Koehleri", Weihe.<br />

Cálice frutífero patente ou erecto ; folíolo médio ovado<br />

ou obovado-romboidal, subinsensivelmente acuminado<br />

; flôres pequenas. Serra do Gerez.<br />

. . b. gerezianus, Samp.<br />

+ Glândulas compridas pouco numerosas; folíolo<br />

médio largamente ovado, subrepentínamente acuminado;<br />

inflorescencia folhosa, muito aculeada ou<br />

subinerme. £ . Serra do Gerez.<br />

. . . . (2) R. gerezianus x lusitanicus, P. Cout.<br />

(1) R. Henriquesii, Samp.<br />

(2) R. lusitanicus var. signiíer, Samp.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 119<br />

Fôlhas todas com a página inferior ver<strong>de</strong> e pouco peluda;<br />

acúleos direitos ou inclinados; estames maiores<br />

(Jue os estiletes; cálice frutífero frouxamente retroflectido;<br />

inflorescencia piramidal, frouxa, folhosa inferiormente,<br />

com vilosida<strong>de</strong> curta, muitas glândulas <strong>de</strong>siguais<br />

e acúleos um tanto fortes; folíolo médio subatenuado<br />

no cimo. õ. Jun.-Jul. R. Lejeunei, Weihe.<br />

Fôlhas <strong>de</strong> ordinário todas 3-foliadas, com os folíolos<br />

plicados; folíolo médio largamente ovado ou ovado-<br />

-arredondado; corola branca ou levemente rosada.<br />

Alto Minho (Montalegre) e Beira transm. (Trancoso)<br />

b. peratticus, Samp.<br />

Fôlhas superiores acinzentado-tomentosas na página<br />

inferior, 5-3-foliadas; acúleos recurvados; estames do<br />

tamanho dos estiletes; inflorescencia interrompida,<br />

folhosa na base, pouco vilosa, aculeada e com muitas<br />

glândulas <strong>de</strong>siguais; folíolo médio subrepentinamente<br />

acuminado. Ô- Maio-Jun. R. hebecarpus, P. J. Muell.<br />

Cálice frutífero patente; folíolo médio obovado-<br />

-orbicular, repentinamente cuspidado; inflorescencia<br />

estreita, com acúleos ténues; estames submaiores<br />

tíue os estiletes; corola branca. Bouças, margens<br />

dos campos e caminhos: Alto Minho (Montalegre,<br />

Salamon<strong>de</strong>, Vieira). . (l) b. vagabundus (Samp.)<br />

Planta fértil, com amoras glauco-pruinosas; pólen perfeito<br />

; estipulas largas, sublanceoladas; turião roliço ou<br />

subroliço, com acúleos <strong>de</strong>lgados frágeis bastante <strong>de</strong>siguais<br />

e algumas glândulas pediculadas; inflorescencia<br />

curta, pauciflora, com os pedicelos compridos e <strong>de</strong>lgados,<br />

mais ou menos glandulosa; sépalas tomentoso-esver<strong>de</strong>adas,<br />

levemente marginadas <strong>de</strong> branco, repentinamente e<br />

longamente acuminadas ou apendiculadas, erectas na<br />

frutificação; fôlhas 3-foliadas, um tanto peludas na<br />

página superior e pubescentes na inferior, funda e<br />

<strong>de</strong>sigualmente duplicado-serradas; folíolo médio largamente<br />

ovado-romboídal, às vezes 3-lobado, agudo ou<br />

) R. vagabundus, Samp.


120 António Xavier Pereira Coutinho<br />

23<br />

24<br />

25<br />

26<br />

acuminado; corola branca. 5. Junho-Jul. Campos frescos,<br />

lameiros, margens dos rios e dos caminhos: Trás-<br />

-os-Montes (Bragança), Alto Minho (Valença, Valadares)<br />

R. caesius, L.<br />

Planta mais robusta, com fôlhas glabrescentes ; folíolo<br />

médio ovado ou ovado-arredondado, cordiforme<br />

na base, freqüentemente lobado-serrado; inflorescencia<br />

pouco glandulosa. Arredores do Porto e <strong>de</strong><br />

Coimbra p\ rivalis (Gen.), N. Boul.<br />

Plantas estéreis ou com frutificação parcial e não ou pouco<br />

pruinosa; pólen imperfeito ; estipulas mais estreitas. 24<br />

Plantas pouco ou muito pouco glandulosas . . . 25<br />

Planta bastante glandulosa, estéril, com acúleos pequenos,<br />

frágeis e irregularmente espalhados; fôlhas finamente<br />

tomentosas na página inferior, com o folíolo<br />

médio ovado ou ovado-elíptíco ; inflorescencia medíocre;<br />

cálice retroflectido. 5. Arred. <strong>de</strong> Chaves.<br />

* R. abruptorumxcaesius.<br />

Inflorescencia branco-tomentosa, não ou pouco vílosa,<br />

com os pedicelos curtos, sem glândulas pediculadas ou<br />

com muito poucas; turião subroliço ou visivelmente<br />

anguloso, com acúleos um tanto fortes pouco <strong>de</strong>siguais<br />

e pouco irregularmente dispostos, e com muito poucas<br />

glândulas pediculadas ou sem nenbuma; fôlhas <strong>de</strong><br />

ordinário todas 3-foliadas, vilosas e ver<strong>de</strong>s na página<br />

inferior, raras vezes levemente cinzento-tomentosas;<br />

folíolos gran<strong>de</strong>s, sobrepostos pelas margens, o médio<br />

ovado-arredondado; corola branca ou levemente rosada.<br />

Plante estéril. ¿5. Maio-Jul. Arred. do Porto, <strong>de</strong> Coimbra<br />

e <strong>de</strong> Cascais (Capari<strong>de</strong>).<br />

Silva galega. R. caesius X ulmifolius.<br />

Inflorescencia mais ou menos vilosa . . . . .26<br />

Foliólos serrados quási até à base, com <strong>de</strong>ntes pequenos<br />

ou medíocres 27<br />

Folíolos subínteiros no 1<br />

/ 3 - i<br />

U inferior, com <strong>de</strong>ntes profundos<br />

e irregulares na parte restante; folíolo médio<br />

obovado-romboídal, subrepentina e brevemente acumi-


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />

nado ; inflorescencia curta, muito vilosa; acúleos mediocres,<br />

numerosos, um tanto curvos; página superior da<br />

folha bastante peluda e a inferior acinzentada, tornen^<br />

toso-vilosa. 5- Beira meridional: Fundão.<br />

121<br />

R. aduncispinus x caesius.<br />

Fôlhas ver<strong>de</strong>-acinzentadas na página superior e esbranquiçado-tomentosas<br />

na inferior, miudamente serradas;<br />

folíolo médio obovado-elíptico, chanfrado na base,<br />

subrepentina e brevemente acuminado; inflorescencia<br />

curta, pauciflora, tomentosa e brevemente peluda,<br />

Planta débil, com acúleos mediocres. 5- Trás-os-Montes:<br />

Vimioso R. bifrons x caesius.<br />

Fôlhas ver<strong>de</strong>s nas duas páginas, bastante vil oso-pubescentes<br />

na inferior, as do cimo dos ramos tomentoso-<br />

-vilosas e esbranquiçadas inferiormente; folíolo médio<br />

largamente ovado-acuminado, mais ou menos cordiforme<br />

na base; inflorescencia curta, <strong>de</strong>nsa; cálice frutífero<br />

erecto ou patente ou frouxamente retroflectido.<br />

Planta com acúleos numerosos, parcialmente fértil. 5-<br />

Beira tansm.: Guarda. . . (l) R. caesius < lepidus.<br />

Familia 67 — Leguminosas<br />

Página 317 e 318.— Genista, L.<br />

Altere-se a or<strong>de</strong>m das especies substituindo as chaves 9 a 11 pelas seguintes:<br />

f Flores dispostas na axila <strong>de</strong> brácteas foliáceas. . . 10<br />

! Flores dispostas na ax^.a <strong>de</strong> brácteas muito pequenas;<br />

j fôlhas todas 1-foliadas; espinhos na maior parte 3-parl<br />

tidos ou ramosos 11<br />

Brácteas foliáceas obtusas; espinhos quási todos simples;<br />

vagem intumecida, <strong>de</strong> 1,5-2 cm. <strong>de</strong> comprimento, acastanhada<br />

na maturação, com 6-10 e mais sementes ;<br />

fôlhas todas 1-foliadas. Fevereiro-Jun. Matos charnecas,<br />

bosques: Trás-os-Montes, Minho, Douro, Beira<br />

I transm., Serra da Estrela G. anglica, L.<br />

(l) R. corylifolius, Samp. (non Sm.).<br />

16


122<br />

António Xavier Pereira Coutinho<br />

10 ' Brácteas foliáceas agudas ; espinhos ramosos mais abundantes<br />

due os simples; vagem um tanto menos intumecida,<br />

maior (2-2,5 cm. <strong>de</strong> comprimento), anegrada na<br />

maturação, com maior número <strong>de</strong> sementes (às vezes<br />

exce<strong>de</strong>ndo 20); fôlhas dos ramos floríferos 1-foliadas e<br />

as dos ramos estéreis 3-folíadas. "£ . Abril-Maio. Charnecas<br />

pantanosas e húmidas : Alent.<br />

G. ancistrocarpa, Spach.<br />

11<br />

Vagem <strong>de</strong> 1-1,8 cm., fusca, celbeada com pêlos brancos<br />

compridos; flôres subsolitárías, 1-2 terminais; fôlhas<br />

glabras. t . Março-Jun. Minho. . G. berberi<strong>de</strong>a, Lge.<br />

Vagem <strong>de</strong> 2-2,5 cm., anegrada na maturação, não celbeada<br />

e mais curva na extremida<strong>de</strong>; flôres dispostas em<br />

cacbos frouxos, paucifloros; fôlhas vílosas na margem<br />

e na nervura dorsal dos folíolos. t - Março-Jun. Maros,<br />

pinhais, silvedos, charnecas húmidas: Trás-os-lAontes,<br />

MínAo, Beiras, Estrem., Alto Alent.<br />

Tojo gadanho. G. falcata, Brto.<br />

Pág. 320.— A<strong>de</strong>nOCarpUS grandiflOrUS, BsS. Inscreva-se o seu habitat<br />

— Alto Alent. : Serra <strong>de</strong> Ossa, Evora-M.onte.<br />

Pág. 320. — A<strong>de</strong>nocarpus anisochilus, Bss. e A. hispan.cus<br />

(Lam.), DC.<br />

Precise-se melhor a chave 3, do seguinte modo:<br />

f Folíolos obovados, glandulosos na página inferior; flôres<br />

pouco numerosas, dispostas em cacbo curto subcapitado;<br />

estandarte subarredondado-apiculado ; lábio inferior<br />

do cálice com os segmentos <strong>de</strong>siguais. | . Maio-Jun.<br />

Matagais: Estrem. (Sintra), Baixo Alent. (Monchique).<br />

A. anisochilus, 1) .<br />

Folíolos lanceolados, canescentes (não g 1<br />

andulosos) na<br />

página inferior; flôres numerosas, dispostas em cacbo<br />

oblongo; estandarte obovado, chanfrado; lábio inferior<br />

do cálice com os segmentos subiguais. t . Junho-Jul.<br />

Sítios assombreados, margens dos rios.- Douro, Beira.<br />

Co<strong>de</strong>co alto. A. hispanicus (Lam.), DC.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />

Pág. 323. — Ulex canescens, Lge. = U. janthocladus var.<br />

subsericeus, P. Cout.<br />

Introduza-se esta espécie substituindo a chave 11 pelas duas seguintes:<br />

Espinhos fortes, mais ou menos (às vezes muito) curvos;<br />

filódios curtos (2-5 mm.); flôres com o cálice <strong>de</strong> 10-12<br />

mm. e o estandarte levemente saliente. Arbustos <strong>de</strong><br />

5-12 dm. , 11 bis.<br />

11 Espinhos <strong>de</strong>lgados, rectos; filódios muito curtos (1-3<br />

mm.); estandarte incluso no cálice ou subincluso.<br />

Arbustos humil<strong>de</strong>s, formando moita muito <strong>de</strong>nsa,<br />

vestidos <strong>de</strong> pêlos assetinados, esbranquiçados ou prateados<br />

. . . . . .12<br />

11<br />

bis<br />

Arbusto coberto <strong>de</strong> indumento muito curto aveludado-<br />

-puberulento, esver<strong>de</strong>ado-acinzentado; cálice primeiro<br />

puberulento <strong>de</strong>pois glabrescente, quási lustroso. Março-<br />

- Julho. Alto Alent. (Póvoa e Meadas, Portalegre,<br />

Évora), Baixo Alent. (Ficalho) e Alg. (Vila Real <strong>de</strong><br />

Santo António) U. janthocladus, Webb.<br />

Arbusto coberto <strong>de</strong> indumento aplicado e assetinado,<br />

cinzento-esbranduiçado; cálice esbranduiçado-assetinado.<br />

Março-Maio. Algarve. , . . U. canescens, Lge.<br />

Pág. 324.—Ulex Webbianus, Coss. e U. lundus (Webb), Wk.<br />

As diferenças entre estas duas espécies po<strong>de</strong>m ser melhor indicadas pela seguinte<br />

have :<br />

Ramos novos assetinados; cálice assetinado com os <strong>de</strong>ntes<br />

do lábio superior curtos e curvo-convergentes;<br />

bractéolas obtusiúsculas. Arbusto erecto ou ascen<strong>de</strong>nte.<br />

1). Março. Pinhais, charnecas: Algarve: entre Faro e<br />

Albufeira . . * U. Webbianus, Coss.<br />

15 *I Ramos novos <strong>de</strong>nsamente fulvo-hirsutos; cálice muito<br />

hirsuto, com os <strong>de</strong>ntes do lábio superior direitos; bractéolas<br />

agudas. Arbusto prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, radicante<br />

na base. | . Março-Abril. Charnecas, pinhais, lugares<br />

arenosos: Baixo Alent. lit., costa oci<strong>de</strong>ntal do Algerve.<br />

U. luridus (Webb), Wk.<br />

123


124 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 324.— Ulex spectabilis (Webh), Wk.<br />

Apareceu em Alcácer do Sal: Santa Suzana ; segundo julgo é êste o ponto conhecido<br />

da sua habitação mais ao norte ; inscreva-se pois no — Alent. lit. e Algarve.<br />

Pág. 324. — UleX aphyllUS, Lk. Aumente-se o seu habitat — BaixO<br />

Alent.: Serra <strong>de</strong> Serpa; Alent. lit. (freqüente) e Algarve.<br />

Pág. 327. — CytíSUS CandlCanS (L.), DC. Inscreva-se em — Buçaco,<br />

Póvoa e Meadas, Serra <strong>de</strong> Ossa.<br />

Pág. 329 (chave 10). Ononis Broteriana, DC. (l) e O. Bourgaei,<br />

Bss. et Reut. (2).<br />

O sr. D. C. Pau e o sr. Sampaio reünem estas duas espécies sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong><br />

O. subspicata, Lag. Não tenho aqui elementos para apreciar <strong>de</strong>vidamente essa reunião ; as<br />

duas plantas sem dúvida são bastante afins, mas afiguram-se-me suficientemente distintas.<br />

Pág. 330. — Ononis reclinata, L. var. tri<strong>de</strong>ntata, Lowe.<br />

As varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta espécie or<strong>de</strong>nem-se como abaixo :<br />

+ Sépalas inteiras e atenuadas no cimo:<br />

— Corola do tamanho do cálice; vagem saliente; pedúnculo<br />

ç[uási do tamanho do cálice ou um tanto maior.<br />

Freqüente «, genuína, Godr.<br />

— Corola menor que o cálice; vagem inclusa ou subínclusa<br />

e pedúnculo duási do tamanho do cálice ou<br />

menor (forma inclusa, BertJ. Com a anterior, muito<br />

menos freqüente (3. minor, Mor.<br />

+ Sépalas mais largas no cimo e tri<strong>de</strong>ntadas ou subtri<strong>de</strong>ntadas;<br />

corola <strong>de</strong> ordinário sensivelmente maior tfue o<br />

cálice; vagem saliente. Próx. do mar: Estr., Alent. lit. e<br />

Alg. (um tanto freqüente) . . . . 7. tri<strong>de</strong>ntata, Lowe<br />

Pág. 33o.— Ononis geminiflora, Lag.<br />

Inclua-se na chave 16:<br />

(1) Ononis Picardi, Bss., in Wk. et Lge. Prodr. Fl. Hisp.<br />

(2) O. BouTéaei, Bss. et Reut., in Wk. et Lge. 1. c.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 125<br />

Pedúnculos 2-floros, múticos; flôres mediocres (10-11<br />

mm.), com o estandarte maior que o cálice, reunidas<br />

em cacho frouxo; fôlhas caulinares (excepto as inferiores)<br />

3-foliadas, com os folíolos elípticos ou elíptico-<br />

-lineares; estípulas menores que o pecíolo. Planta <strong>de</strong><br />

1-2 dm., ramoso-difusa, pubescente. O. Abril-Maio.<br />

Terrenos arenosos e areias marítimas: Alent. lit. (Me-<br />

16 J li<strong>de</strong>s, Sines, Vila Nova <strong>de</strong> Milfontes) e Baixo Alent.<br />

(Beja) O. Hackelii, Lge.<br />

Pedúnculos 1-2-floros, aristados; flôres mayúsculas, com<br />

o estandarte maior que o cálice, nutantes; fôlhas todas<br />

3-foliadas, com os folíolos elípticos ou oblongos, troncados;<br />

estípulas gran<strong>de</strong>s. Planta erecta, simples ou<br />

ramosa, glanduloso-puberulenta. O. Abril-Maio. Alto<br />

Alent.: Elvas * O, geminiflora, Lag.<br />

Pedúnculos 1-floros 17<br />

Pág. 330.— Ononis crotalarioi<strong>de</strong>s, Coss.<br />

Para introduzir esta especie d/,ixem-se nas últimas duas linhas da chave 18 apenas<br />

as duas primeiras palavras — Pedúnculos aristados . . . . 18 bis<br />

Intercale-se urna nova chave 18 bis:<br />

18<br />

Planta pubescente, pouco glandulosa, viscosa, com as<br />

fôlhas todas 1-fohadas; flôres pequenas, com a corola<br />

quási do tamanho do cálice, amarela; vagem oblongo-<br />

-túrgida, muito maior que o cálice. Maio-Junho. Alto<br />

bis Alent. : Elvas O. crotalarioi<strong>de</strong>s, C oss.<br />

Plantas vilosas e glandulosas, com as fôlhas inferiores e<br />

as florais 1-foliadas e as restantes 3-foliadas; estandarte<br />

estriado <strong>de</strong> vermelho 19<br />

Pág. 330.— Ononis viscosa, L e a var. brachycarpa (DC),<br />

Wk.<br />

Alaráue-se o habitat da especie — Margens do Douro (Pinhão) e do<br />

Nabão (Tomar), Baixo Alent. (Serra <strong>de</strong> Serpa). Por baixo da <strong>de</strong>scrição<br />

da espécie inscreva-se aquela varieda<strong>de</strong>.<br />

Vagens não salientes do cálice; folíolos mais largos. Algarve:<br />

Loulé * p\ brachycarpa (DC), Wk.


126 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 334.— Medicago rugosa, Desrousseaux.<br />

Inclua-se na ckave 7, assim modificada :<br />

Espiras da vagem <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> nervuras paralelas à<br />

dorsal; vagem <strong>de</strong> 4-7 mm. <strong>de</strong> diam. transversal, inerme,<br />

discói<strong>de</strong>, com as íaces radialmente nervoso-cristadas;<br />

pedúnculos paucifloros, menores que a folha. 0 Maio-<br />

-Jun. Arredores <strong>de</strong> Lisboa: Monsanto, Oeiras.<br />

. . ........* M. rugosa, Desrous.<br />

Espiras da vagem <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> nervuras paralelas à<br />

dorsal; vagens gran<strong>de</strong>s ^10-20 mm. <strong>de</strong> diam. transversal),<br />

ovói<strong>de</strong>s ou subglobosas, espinhosas; espinhos<br />

metidos uns pelos intervalos dos outros 8<br />

Espiras da vagem providas <strong>de</strong> 2 nervuras paralelas à<br />

dorsal, uma <strong>de</strong> cada lado, mais ou menos visíveis;<br />

vagens pequenas ou medíocres ou majúsculas (2,5-10<br />

mm. <strong>de</strong> diam. transversal) espinhosas ou inermes. . 9<br />

Pág. 335.—Medicago Murex, Willd. macrocarpa (Mor.),<br />

LTrb. — Estoril. Corte-se-lke o *.<br />

17<br />

17<br />

bis<br />

Pág. 336.— Medicago coronata, Des.<br />

Introduza-se na ckave 17, dividida em duas do modo seguinte :<br />

Vagens muito pequenas (2-4 mm.), puberulentas ou<br />

pubescentes; estipulas inteiras ou levemente <strong>de</strong>ntadas.<br />

Plantas mais ou menos pubescentes 17 bis.<br />

Vagens maiores (4-10 mm.), glabras; estipulas <strong>de</strong>ntadas<br />

ou laciniadas. Plantas glabras ou glabrescentes. . 18<br />

Vagens discóí<strong>de</strong>s, com 1-2 espiras e os espinhos dísticos,<br />

paralelos ao eixo, formando 2 coroas invertidas; cachos<br />

com pedúnculos muito <strong>de</strong>lgados, maiores que a folha.<br />

©. Abril-Maio. Lisboa: cerca dos Jerónimos.<br />

M. coronata, Des.<br />

Vagens subglobosas, com 4-5 espiras e os espinhos patentes<br />

(perpendiculares ao eixo); cachos com pedúnculo<br />

<strong>de</strong> ordinário quási do tamanho da folha, às vezes<br />

maior ou menor. O. Abril-Jul. Incultos, lugares secos e<br />

pedregosos, arrelvados: <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao Algarve,<br />

(freqüente) III. minima (L.), Grufb.<br />

(Vejam-se na Flora as varieda<strong>de</strong>s)


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 127<br />

Corrijam-se na Flora os habitats das seguintes espécies:<br />

Pág. 337.— Melilotus alba (L.), Desr.— Margens do Douro,<br />

entre Souzelas e a Pampilhosa, Coimbra.<br />

Pág. 338.— Melilotus elegans, Salzm.— Malpica, Vila Velha<br />

<strong>de</strong> Rodam, Beja, Serra <strong>de</strong> Serpa.<br />

Pág. 339.— Trifolium filiforme, L.—<strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho<br />

ao Algarve.<br />

Pág. 340. — Trifolium Michelianum, Savi. — Beira transm.<br />

(Vilar Formoso), Beira lit. (Coimbra, Coselhas), Estrem. (entre<br />

a Póvoa e Frielas).<br />

Pág. 341.— Trifolium isthmocarpum, Brot.— Trás-os-Montes,<br />

Beira transm. e merid., Estremadura, Algarve.<br />

Pág. 342. —Trifolium scabrum, L. — <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao<br />

Algarve.<br />

Pág. 343.— Trifolium phleoi<strong>de</strong>s, Pourr.— Trás-os-Montes:<br />

Vimioso. Subesp. gemellum (Pourr.).— Trás-os-Montes, Beira<br />

Alta, Alto Alent.<br />

Pág. 345. — Trifolium hirtum, Ali.— Trás-os-Montes, Beira<br />

merid. (Fundão), Estrem.<br />

Pág. 348.— Lotus edulis, L.<br />

Acrescente-se ao seu habitat — arredores <strong>de</strong> Faro. — Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta<br />

espécie (chave 2, linha 3) on<strong>de</strong> se lê — pedúnculo 1-2-florO, bastante menor<br />

due a fôlba— emen<strong>de</strong>-se—pedúnculo 1-2-floro, bastante maior que<br />

a fôlba.<br />

Pág. 348.— Lotus coimbrensis, Brot.<br />

Leia-se L. coimbrensis, Brot, em vez <strong>de</strong> L. coimbrensis, Willd., pois que Will<strong>de</strong>now<br />

refere muito claramente esta espécie a Brot. (Spec. Plant. III, pág. l39o).<br />

Pág. 349.— Lotus arenarius, Brot.<br />

Inscreva-se também no Algarve — Estrem., Alent., Alg. (arred. <strong>de</strong><br />

Faro).<br />

Pág. 350. Psoralea americana, L. ß. polystachya (Poir.).<br />

Subespontânea em Lisboa e nos arredores, foi encontrada <strong>de</strong>pois, nas mesmas condições,<br />

mas com rarida<strong>de</strong> - no Algarve: visinhanças <strong>de</strong> Faro.


128 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 355.— Ornithopus sativus, Brot.<br />

Alar^ue-se o seu habitat — Beira, Estrem., Ãlent. lit. (Alcochete,<br />

Alcácer do Sal) e Algarve; também cult.<br />

Pág. 357.— Hippocrepis multisiliquosa, L.<br />

Inclua-se esta espécie modificando as chaves como abaixo :<br />

Flores solitárias, raras vezes 2-3, subsésseís; vagem com<br />

os recortes abertos no bordo côncavo (interno), provida<br />

<strong>de</strong> algumas papilas curtas e incolores nas saliências<br />

correspon<strong>de</strong>ntes às sementes, menos vezes glabra.<br />

Planta <strong>de</strong> 0,5-3 dm., ascen<strong>de</strong>nte ou prostrada, glabra.<br />

0. Abril-M.aio. Colinas secas e pedregosas, campos,<br />

searas: Estrem., Alent. lit. e Algarve.<br />

. . . Ferradurina, Esíerra-cavalo. H. unisiliquosa, L.<br />

Flores 2-6 inseridas num pedúnculo quási do tamanbo<br />

da íôlba 2<br />

Vagem com os recortes abertos no bordo côncavo, coberta<br />

<strong>de</strong> papilas compridas, avermelhadas, nas saliências correspon<strong>de</strong>ntes<br />

às sementes e às vezes nas margens.<br />

Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., ascen<strong>de</strong>nte ou difusa, glabra ou<br />

pouco pubescente. O. Abril. Estremadura (Póvoa <strong>de</strong><br />

Santa Iria, Boca da Lapa), Alent. lit. (arredores <strong>de</strong><br />

Setúbal) e Algarve (arredores <strong>de</strong> Tavira).<br />

. . . H. ciliata, Willd.<br />

Vagem com os recortes abertos no bordo convexo, glabra<br />

ou com algumas papilas pequenas e incolores. Planta<br />

<strong>de</strong> 2-3 dm., ascen<strong>de</strong>nte, glabra ou glabrescente. 0.<br />

Abril. Alent. lit. (Península <strong>de</strong> Tróia), Algarve<br />

(Tavira) H. multisiliquosa, L.<br />

Pág. 358. — Hedysarum spinosissimum, L. b. capitatum<br />

(Desf.), var. glabrescens, P. Cout.<br />

Emen<strong>de</strong>-se var. capitatum (Desf.) pata subsp. capitatum (Desf.) e por baixo<br />

inscreva-se :<br />

Vagem glabrescente; fôlhas com os focólos um pouco menores,<br />

glabrescentes na página inferior. Sagres.<br />

var. glabrescens, P. Cout.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 129<br />

Ampliem-se como vai indicado os habitats das seguintes espécies:<br />

Pág. 359.— Vicia sativa, L. '/. maculata (Presl.), Burnat.—<br />

<strong>de</strong> Trás-os-Montes (Vinhais) e Minho ao Algarve.<br />

Pág. 360. — Vicia sativa, L. r<br />

X heterophylla (Presl.) — <strong>de</strong><br />

Trás-os-Montes (Vinhais) e Minho ao Algarve.<br />

Pág. 360.—Vicia peregrina, L.— Beira merid., Estrem., Baixas<br />

do Guadiana (Moura), Algarve.<br />

Pág. 361.— Vicia bíthynica, L.— Corte-se-lhe o asterisco, pois vi um<br />

exemplar da Beira litoral.<br />

Pág. 362.— V. CraCCa, L.— Corte-se-lhe o asterisco, bem como à sua var.<br />

incana (Vill.) Burnat, e a esta última generalize-se o seu habitat — RegiaO <strong>de</strong><br />

Entre-Douro e Minho, on<strong>de</strong> parece não ser rara.<br />

Pág. 363.— Na chave 18, na 2." linha, on<strong>de</strong> se lê — flôres medíocres<br />

(7-9 mm.), azuladas — leia-se — flôres medíocres (7-9 mm.), violá-<br />

CeO-claraS; e na mesma chave 18, na última linha, on<strong>de</strong> se lê — 1-3-floro — leia-se<br />

— 1-6-floro.<br />

Pág. 363.— Na chave 19, ná 4. a<br />

linha, antes <strong>de</strong> — Planta <strong>de</strong> 3-4 dm intercale-se<br />

— pedúnculo com 1-2 flôres.<br />

Pág. 364 . — Na mesma chave 19, na l. a<br />

linha, antes <strong>de</strong> — Planta <strong>de</strong> 3-5 dm.—<br />

intercale-se — pedúncu 1<br />

o com 1-6 flôres.<br />

Pág. 365.— Lathyrus Clymenum, L. e L. articulatus, L.<br />

Simplificjue-se e torne-se mais precisa a chave 4, substituindo-a pela seguinte;<br />

Vagem larga (8-10 mm. <strong>de</strong> largura), não torolosa; flôres<br />

com asas azuis ou lilacíneas; folíolos lineares (var.<br />

angustiíolius, Rouy), ou menos vezes oblongo-lineares<br />

ou oblongos (var. purpureus [Desf. ]). O. Março-Jul.<br />

Searas, sebes, margens dos campos: Minho, Douro,<br />

^ Beira, Estrem., Alent L. Clymenum, L.<br />

Vagem mais estreita (6-8 mm- <strong>de</strong> largura), torolosa; flôres<br />

com as asas brancas ou .esbranquiçadas; folíolos lineares<br />

(var. tenuifolius [Desf.]), raras vezes oblongo-lineares<br />

ou oblongos (var. latifolius, Rouy.). 0. Abril-Jun.<br />

Searas, campos cultivados e incultos: Beira lit., Estrem.,<br />

Alent. lit L. articulatus, L.


13o António Xavier Peieira Coutinho<br />

Pág. 366.— Lathyrus Cicera, L. P- subbijugus, P. Cout.<br />

Inscreva-se, sob a respectiva espécie esta varieda<strong>de</strong> da maneira que segue:<br />

Fôlhas ç[uási todas com um par <strong>de</strong> folíolos, mas alguma<br />

superior com 2 pares; gavinhas simples nas fôlhas inferiores<br />

ou às vezes mesmo em ç[uási todas, ramosas nas<br />

superiores; flôres mais pálidas e menores. Planta mais<br />

ou menos (às vezes muito) celheada, com freqüência <strong>de</strong><br />

menor porte. 0. Estrem. (Capari<strong>de</strong>) e Alent. lit. (Alcácer<br />

do Sal) (l) P. subbijugus, P. Cout.<br />

Pág. 366.— Lathyrus hirsutus, L. forma brevipedunculatus,<br />

P. Cout.<br />

Acrescente-se esta nova forma do modo seguinte :<br />

Pedúnculo proximamente do tamanho da folha: Estrem.<br />

(Cacém) forma brevipedunculatus, P. Cout.<br />

Pág. 367.— Lathyrus latifolius, L. '/• heterophyllus (Gou.).<br />

Acrescente-se a seguir à var. P. da mesma espécie:<br />

Folíolos das fôlhas inferiores lanceolados, mucronados, os<br />

das superiores lineares longamente aguçados. Torres<br />

Vedras y. heterophyllus (Gou.)<br />

Alargue-se o habitat da espécie seguinte :<br />

Pág. 368. (chave 21).— Lathyrus montanus, Bernh.— Serra <strong>de</strong><br />

Rebordãos, Alto Minho, Buçaco, Louzã, Serra <strong>de</strong> Serpins.<br />

Pág. 368. Género 436. Pisum, L.<br />

Substituam-se pelas seguintes as chaves das espécies na Flora :<br />

Corola branca ou levemente rosada; sementes brancas ou<br />

branco-azuladas, subglobosas ou quási cúbicas (var.<br />

cjuadratum, L.); pedúnculos curtos ; estipulas imaculadas.<br />

Planta ver<strong>de</strong>-glauca, elevada e trepadora, ou anã<br />

e débil (forma humile [Mill.]). Maio-Jul. Cult. (Orig.<br />

1 { da Ásia Oci<strong>de</strong>ntal). . . Ervilha. Pisum sativum, L.<br />

(l) Lathyrus Cicera, L. p. subbijugus, P. Cout. — Foliolis fere omnibus<br />

1-jugis, sed haud rare foliorum superiorum 2-jugis; cirrbis foliorum infer. vel fere<br />

omnibus simplicibus, foliorum sup. plerumcjue ramosis. Planta plus mínusve (interdum<br />

multo) ciliata, saepe minor.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />

Vagens subcoriáceas, subcilíndricas, com as sementes<br />

mais ou menos aproximadas.<br />

Ervilha ordinária. saccharatum, Ser.<br />

Vagens não coriáceas, muito comprimidas, gran<strong>de</strong>s<br />

e falciíormes, com as sementes distantes. Menos<br />

cultiv. que Ervilha torta. p\ macrocarpum, Ser.<br />

Corola rosado-violácea, com as asas violáceo-purpúreas;<br />

sementes escuras, <strong>de</strong> ordinário com manchas castanho-<br />

-purpúreas 2<br />

Sementes angulosas, um tanto comprimidas, lisas; pedúnculos<br />

curtos, do tamanho das estipulas ou pouco<br />

maiores; base das estípulas e articulação dos folíolos<br />

com uma pequena mancha violácea. Planta mais ou<br />

menos elevada, trepadora, ver<strong>de</strong>-glauca. O. Maio-Jul.<br />

Cvclt.: muito menos que a esp. anterior, e às vezes em<br />

mistura aci<strong>de</strong>ntal com ela. (Orig. da zona mediterrânea).<br />

. . . . . Ervilha miúda. P. arvense, L.<br />

Sementes subglobosas, finamente granulosas ; pedúnculos<br />

compridos, bastante maiores que as estípulas; estípulas e<br />

fôlhas imaculadas. Planta <strong>de</strong> 3-12 dm., trepadora, ver<strong>de</strong>-<br />

-glauca. O. Abril-Jun. Searas, outeiros, margens dos<br />

pinhais: disseminada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Minho ao Algarve.<br />

Ervilha brava. P. elatius, M. Bieb.<br />

Família 68 — Geraniáceas<br />

Pág. 372.— Erodium littoreum, Léman.<br />

Substitua-se a chave 3 do seguinte modo :<br />

Fruto com as cocas providas <strong>de</strong> uma prega concêntrica<br />

sob cada cavida<strong>de</strong> do cimo e o rostro <strong>de</strong> 18-28 mm.;<br />

fôlhas <strong>de</strong> contorno ovado ou ovado-oblongo, crenadas<br />

ou sublobado-crenadas; estaminódios glabros; sépalas<br />

com mucrão curto (cerca <strong>de</strong> 1 mm.); pétalas purpúreo-<br />

-lilacíneas, quásí do tamanho do cálice ou pouco<br />

maiores. Planta <strong>de</strong> 1-5 dm., difusa ou ascen<strong>de</strong>nte,<br />

pubescente-glandulosa. O. Junho-Jul. Campos cultivados<br />

e incultos, caminhos, muros, entulhos: quási todo<br />

¡ o país (freqüente). . . . E. malacoi<strong>de</strong>s (L.), Willd.


132<br />

3<br />

bis<br />

4<br />

bis<br />

Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Fôlbas lobadas ou subpenatifendidas, com os segmentos<br />

crenados. Com o tipo.<br />

(l) (5. ribiíolium (Jacq;.), DC.<br />

Fruto com as cocas <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> pregas sob as cavida<strong>de</strong>s<br />

do cimo; fôlhas mais ou menos profundamente<br />

3-lobadas ou 3-fendidas, com os segmentos crenados.<br />

3 bis<br />

Planta anual ou bienal, <strong>de</strong> 0,8-4 dm., ver<strong>de</strong>, pubescente<br />

ou pubescente-subvílosa, prostrada ou ascen<strong>de</strong>nte; estaminódios<br />

celheados; sépalas com mucrão majusculo<br />

(cerca <strong>de</strong> 2 mm.); pétalas rosado-purpúreas, um pouco<br />

maiores due o cálice; umbelas <strong>de</strong> ordinário multifloras.<br />

© ou $. Abril-Aéosto Solos arenosos, colinas, muros,<br />

telhados, entulhos: Centro e Sul.<br />

E. chium (L.), Willd.<br />

Planta vivaz (com raiz vertical <strong>de</strong>lgada), <strong>de</strong> 1-3 dm.,<br />

ver<strong>de</strong>-acinzentada, pubescente-vilosa, mais ou menos<br />

glandulosa no cimo, difusa; estamínódios glabros;<br />

sépalas com mucrão curto (cerca <strong>de</strong> 1 mm.); pétalas<br />

lilacíneo-purpúreas, do tamanho do cálice ou çfuási;<br />

umbelas <strong>de</strong> ordinário 2-4-floras. %. Maio-Set.: Algarve:<br />

Alvor E. littoreum, Féman.<br />

Pág. 373.— Erodium sublyratum, Samp.<br />

Esta espécie <strong>de</strong>ve ser intercalada a seguir à chave 4, do modo seguinte:<br />

Fôlhas penatisecto-liradas, com os segmentos superiores<br />

profunda e largamente confluentes; fruto com o rostro<br />

<strong>de</strong> 25-30 mm. e com as cocas sem prega concêntrica sob<br />

as cavida<strong>de</strong>s do cimo; umbelas 3-7-floras, com o pedúnculo<br />

do tamanho da folha ou maior. Planta caulescente,<br />

breve e tenuemente vilosa, com pêlos brancos<br />

patentes. 0. Maio. Margens do Douro: Foz-Tua.<br />

E. sublyratum, Samp.<br />

Fôlhas não liradas; cocas <strong>de</strong> fruto com uma prega concêntrica<br />

sob cada cavida<strong>de</strong> do cimo, menos vezes sem<br />

prega e então fôlhas 2-penatisectas 5<br />

(D subtrilobum (Jord.), Lge.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 133<br />

Pág. 373 e 374.— Erodium cicutarium (L ), I/Hérit. a. primulaceum<br />

(Welw.) e b. Chaerophyllum (Cav.), DC. (Ckave 8).<br />

Acentuem-se melnor as diferenças entre as duas subespécies, que talvez <strong>de</strong>vessem<br />

antes ser consi<strong>de</strong>radas como espécies:<br />

Segmentos das fôlhas pouco fundamente recortados, inciso-<br />

-serrados ou penatifendidos; flôres mayúsculas; estípulas<br />

níveas; caules esbranquiçados, peludos. Disseminado em<br />

ç[uási todo o país, freqüente na Estremadura.<br />

.' a. primulaceum (Welw.)<br />

Segmentos das fôlhas fundamente recortados, penatipartidos;<br />

flôres medíocres ou mayúsculas; estípulas coradas<br />

(fuscas ou purpurascentes); caules ver<strong>de</strong>s, mais <strong>de</strong>nsamente<br />

peludos. Quási todo o país.<br />

. . b. Chaerophyllum (Cav.), DC.<br />

Pág. 374.— Erodium bipinnatum (Cav.), Willd. '/. sabulicola<br />

(Lge.), Rouy.<br />

Acrescente-se a <strong>de</strong>scrição :<br />

Planta pubescente-glandulosa, prostrada; pétalas <strong>de</strong> ordinário<br />

brancas ou levemente rosadas, raras vezes purpúreo-<br />

-lilacíneas; rostro do fruto <strong>de</strong> 20-25 mm. Com os anteriores,<br />

nas areias do litoral, mas menos freqüente, raras<br />

vezes nas areias do interior (Beira merid.).<br />

y. sabulicola (Lge.), Rouy.<br />

Família 69 — Oxalidáceas<br />

Pág. 374.— Oxalis Acetosella, L,<br />

Inclua-se esta espécie do modo seguinte:<br />

Plantas com cápsulas férteis, espontâneas . . . 1 bis<br />

Plantas, com as flôres geralmente infrutíferas, subespontâneas,<br />

bulbilbíferas, acaules 2<br />

1<br />

Planta caulescente, <strong>de</strong> 0,8-4 dm., prostrada e radicante,<br />

mais ou menos pubescente; pedúnculos 1-plurífloros,<br />

axilares, solitários, maiores ou menores que a fôlba ;<br />

bis Ï flôres umbeladas 1-5, amarelas, medíocres ; cápsula


134 António Kavier Pereira Coutinho<br />

1 linear-oblonga, pentagonal, aguda, erecta; f olíolos obcor-<br />

I1S<br />

diforme-chanfrados, com 8-18 mm. <strong>de</strong> comprimento.<br />

%. Ãbril-Nov. Campos cultivados, pousios, sebes, muros,<br />

caminhos: do Minho ao Algarve.<br />

O. corniculata, L-<br />

( Seguem as varieda<strong>de</strong>s como na Flora ).<br />

Planta acaule, com rizoma subterrâneo don<strong>de</strong> nascem as<br />

fôlhas e os pedúnculos, vestida <strong>de</strong> pêlos encostados;<br />

pedúnculos 1-floros, proximamente do tamanho da<br />

folha ; flôres brancas, purpúreo-venosas ; cápsula ovói<strong>de</strong>-<br />

-acuminada; fôlhas com o pecíolo comprido e os folíolos<br />

obcordíforme-bílobados. Alto Minho: Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Coura. . . . * O.Acetosella, L.<br />

Família 70 — Lináceas<br />

Pág. 376.— Linum maritimum, L.<br />

Vi posteriormente exemplares do Aient, lit.: Milfontes; corte-se-lhe<br />

pois o asterisco.<br />

-fag. 376. — Linum narbonense, L.<br />

Maraue-se-lke como lugar <strong>de</strong> kakítação — Trás-OS-MonfeS : VimÍOSO —<br />

on<strong>de</strong> foi ultimamente encontrado.<br />

Família 72 — Rutáceas<br />

Pág. 378.— Rufa montana, L.<br />

Na 3.* linka da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie, on<strong>de</strong> diz — brácteaS pequenas<br />

assoveladas — leia-se — brácteas 3-sectas, com as lacínias assove-<br />

ladas.<br />

Pág. 379. — Citrus medica, L. b. Limon, L. = C. medica, L. b.<br />

Limonum (Risso).<br />

Substitua-se na Flora a primeira <strong>de</strong>signação à segunda.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 135<br />

Família 76 — Euforbiáceas<br />

Pág. 385.— Euphorbia nufans, Lag. (= E. Preslii, Guss.).<br />

Esta planta da América do Norte e do Equador, subespontânea na Cicília, na<br />

Itália, na Espanba (Valença, Granada) e na Ma<strong>de</strong>ira, foi também encontrada no Algarve;<br />

inclua-se, pois, substituindo como segue a cbave 1;<br />

Plantas sem pseudo-umbela; fôlhas opostas, estipuladas;<br />

1 ] sementes sem carúncula .1 bis<br />

Plantas com pseudo-umbela; fôlhas sem estipulas . 4<br />

Cíatos dispostos em pequenas cimeiras corimbiformes<br />

terminais; fôlhas serrilhadas, membranosas, 3-5-nérveas<br />

na base, majúsculas (2-3 cm.); sementes escuras,<br />

transversalmente rugosas. Planta erecta ou ascen<strong>de</strong>nte,<br />

1 elevada (2-7 dm.), bastante ramosa. 0. Serem. Subeskis<br />

pontânea no Algarve: arred. <strong>de</strong> Faro (Arábia).<br />

E. nutans, Lag.<br />

Ciatos solitários; fôlhas inteiras ou subinteiras, pequenas<br />

ou medíocres (14 mm. o máximo). Plantas prostradas,<br />

<strong>de</strong> menor porte 2<br />

Pág. 387 — Euphorbia Clementei, Bss.<br />

Amplie-se o seu habitat — Baixas do Guadiana (Moura) e Algarve.<br />

Pág. 338. — Euphorbia falcata, L. «, genuína, Dav.<br />

Indique-ss também — Estrem. (cerca <strong>de</strong> Capari<strong>de</strong>), Alent. lit.<br />

(Alcácer do Sal) e Baixas do Guadiana (Moura).<br />

Pág. 388.—: Euphorbia exígua, L. p\ retusa (L-), Roth. íorm.<br />

imbricata, P. Cout.<br />

Coloque-se a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta forma, como abaixo, a seguir à <strong>de</strong>scrição da var. retusai<br />

Planta anã, prostrada, vermelha ou ver<strong>de</strong>, com as fôlhas<br />

<strong>de</strong>nsamente imbricadas e a pseudo-umbela muito curta.<br />

Arribas do mar: Estoril. . . íorma imbricata, P. Cout.<br />

Família 81 — Anacardiáceas<br />

Pág. 393. — Pistacia Terebinthus, L.<br />

Alargue-se a área <strong>de</strong>sta planta bastante para o Sul TraS-OS- Montes,<br />

Beira montanhosa, Baixo Alentejo (Serra <strong>de</strong> Serpa).


136 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Família 82 — Aquifoliáceas<br />

Pág. 391— liex Perado, Ait.<br />

Inclua-se esta espécie, como abaixo :'<br />

Fôlhas coriáceas, persistentes, ver<strong>de</strong>-escuras e lustrosas na<br />

página superior, ver<strong>de</strong>-elaras na inferior, pecioladas,<br />

agudas, com a largura subígual a 1<br />

/ 2 do comprimento,<br />

elípticas ou ovadas ou ovado-lanceoladas, onduladas e<br />

<strong>de</strong>ntado-espínhosas, menos vezes planas e inteiras (principalmente<br />

nas plantas mais velhas e então misturadas<br />

com algumas fôlhas espinhosas); flôres numerosas em<br />

cada axila, fascículado-címosas, com pedicelos curtos;<br />

cálice ver<strong>de</strong> e corola branca; frutos globosos <strong>de</strong> côr vermelho-viva<br />

na maturação. Arbusto ou pequena árvore.<br />

t . Maio-Jun. Bosques, sebes: Trás-os-Montes, Minho,<br />

Beira montanhosa, Estrem. (Sintra).<br />

. . . Azevinho, Pica-íôlha, Visqueiro. I. Aquifolium, L.<br />

Fôlhas mais espessas, maiores e relativamente mais largas<br />

(com a largura superior a 1<br />

\ do comprimento), obtusas<br />

ou obtusiúsculas, ovadas ou oblongas ou arredondadas,<br />

subplanas ou pouco onduladas, <strong>de</strong> ordinário espinhoso-<br />

-<strong>de</strong>ntadas com os <strong>de</strong>ntes relativamente menos profundos;<br />

flôres em cada axila solitárias ou fasciculadas em pequeno<br />

número; frutos maiores. Pequena árvore ou arbusto. 1?.<br />

Abril-Maio. Algarve: Serra da Picota.<br />

(l) Perado. I. Perado, Ait.<br />

Família 87 — Malváceas<br />

Pág. 399.-si da rhombifolia, L. Subespontânea junto aos<br />

caminhos: Minho, Beira litoral: arredores <strong>de</strong> Aveiro, Salreu.<br />

(Orig- da América).<br />

(l) Espécie das Ilhas Atlânticas, também indicada na Espanha — em Aláeciras e<br />

Tarifa. (Esta nota substitui a da pág. 394 da Flora).


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 137<br />

Família 92 —Cistáceas<br />

Pág. 408.— Cistus albidusx crispus, Del.<br />

Substitua-se a <strong>de</strong>scrição das duas formas dêste híbrido, como abaixo:<br />

Planta erecta, mais semelhante ao C. albidus; fôlhas vernais<br />

subplanas e as estivais freqüentemente ondulado-crespas;<br />

corola rosada, medíocre ou gran<strong>de</strong>. Beira lit., Estrem.,<br />

Alto Alent. lit 1. Delilei, Burnat.<br />

Planta prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, mais semelhante ao C. crispus;<br />

fôlhas, sobretudo as estivais, fortemente ondulado-crespas<br />

; corola pálido-rosada, gran<strong>de</strong>. Beira lit. e merid.,<br />

Alent. lit 2. pulverulentus (Pourr.)<br />

Ampliem-se os habitats seguintes:<br />

Pág. 409.—Cistus hirsutus, Lam. (5. breviíolius, Wk.—Trás­<br />

-os-Montes, Estrem., Alent. lit.<br />

Pág. 412.— Helianthemum ocymoi<strong>de</strong>s (Lam.), Pers. — <strong>de</strong><br />

Trás-os-Montes e Minho ao Algarve.<br />

Pág. 412.— Heliantnemum alyssoi<strong>de</strong>s (Lam.), Vent. '/. incanum<br />

(Wk.) — Trás-os-Montes, Minho, Beira, Estrem.<br />

Pág. 415.— Heliantnemum aegyptiacum (L.), Mili. — Trás-<br />

-os-Montes, Beira merid., Alent. lit., Alto Alent. e Algarve.<br />

Pág. 415.— Helianthemum canum (L.), Gross. S. origanifolium<br />

(Lam.), Gross.<br />

Convém enumerar nesta varieda<strong>de</strong> as duas formas seguintes:<br />

Fôlhas peludas nas duas páginas, subcordiforme-ovadas ou<br />

ovadas, agudas; ramos subtomentoso-pubescentes. Cabo<br />

<strong>de</strong> S. Vicente 1. genuinvm (Wk.)<br />

Fôlhas glabras ou subglabras, ovadas ou ovado-lanceoladas;<br />

ramos glabrescentes ou levemente pubescentes. Sagres.<br />

2. dichotomum (Cav.), Gross.<br />

Pág. 416.— Helianthemum Chamaecistus, Mill. c. barbatum<br />

(Lam).<br />

Inscreva-se esta subespécie abaixo da subesp. b. vu/gare:<br />

18


138 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Fôlhas hirsutas na página superior e tomentosas na inferior,<br />

elíptico-ou ovado-ou linear-lanceoladas ou lanceoladas.<br />

Trás-os-Montes: arredores do Vimioso.<br />

* c. barbatum (Lam.)<br />

Família 93 —Violáceas<br />

Pág. 418.— Viola palustris, L. forma minor (Bourg.), Nym.<br />

e h. Jures si (Lk.).<br />

Substituam-se na chave 3 :<br />

Fstigma obliquamente discoi<strong>de</strong>; cápsula oblongo-trigonal,<br />

glabra ; estípulas ovadas, <strong>de</strong>nticulado-glandulosas; flôres<br />

inodoras, pálido-violáceas. Planta com rizoma rastejante<br />

e as fôlhas reniforme-orbiculares, obtusas, glabras<br />

ou em novas pouco peludas. %. Junho-A gosto.<br />

V. palustris, L.<br />

Planta exígua, anã, subuniflora, com as flôres<br />

relativamente muito pequenas. Lugares <strong>de</strong> gran-<br />

3 <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> na Serra da Estrela.<br />

forma minor (Bourg.), Nym.<br />

Fôlhas externas reniforme-orbiculares e as internas<br />

cordiformes. Planta mais ou menos peludo-vilosa,<br />

raras vezes glabrescente, <strong>de</strong> ordinário com maior<br />

porte. Lugares húmidos, margens dos rios: Minho,<br />

Beira Central (Caramulo, Estrela, etc), principalmente<br />

em altitu<strong>de</strong>s elevadas . . b. Juressi (Lk.)<br />

Fstigma gancheado; cápsula subglobosa, pubescente.<br />

Plantas estolhosas 4<br />

Pág. 418 (Chave 5) . ;<br />

—Viola SilveStriS, Lam. — Substitua-se a V.<br />

silvática, Fr. *<br />

Pág. 419.—Viola elatior, Fr.-Inclua -se na Chave 7, dividida como<br />

abaixo:<br />

Fôlhas cordiformes, na base; pétalas pouco mais compridas<br />

do que largas; cápsula obtusa, repentinamente acuminada<br />

; flôres inodoras, azuladas, pálido-lilacíneas ou<br />

esbranquiçadas. %. Maio-Jul. Incultos, matagais.<br />

1 I V. canina, L.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 139<br />

Fôlhas cordiforme-ovadas; estipulas pequenasβ-5<br />

vezes menores que o pecíolo). Planta <strong>de</strong> 1-3 dm.<br />

Beira central e meridional . genuína<br />

Fôlhas mais estreitas e mais alongadas, subcordiforme-lanceoladas);<br />

estipulas majúsculas, com freqüência<br />

exce<strong>de</strong>ndo 1<br />

/ 2 do pecíolo (mas sempre<br />

menores do que êle); pedúnculos e flôres um pouco<br />

maiores. Planta elevada, <strong>de</strong> 2-4,5 dm. Beira central<br />

e transmontana (3. montana, (L.)<br />

Fôlhas arredondadas na base ou contraídas e um pouco<br />

<strong>de</strong>currentes no pecíolo, ovadas ou ovado-lanceoladas.<br />

7 bis<br />

Estipulas das fôlhas médias medíocres (inferiores a 2 cm.)<br />

e estreitas (1,5-3 mm.), menores que o pecíolo; flôres<br />

inodoras, violáceas ou esbranquiçadas. Planta glabra<br />

ou glabrescente, <strong>de</strong> 0,5-2,5 dm. %. Fevereiro-Maio. Prados,<br />

logares húmidos e sombrios: <strong>de</strong> Trás-os-Montes e<br />

Minho às Baixas do Sorraia. . . . V. láctea, Sm.<br />

Estipulas das fôlhas médias compridas (2-3 cm.) e largasβ-5 mm.), foliáceas, maiores que o pec<br />

inodoras, pálido-violáceas. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm., superiormente<br />

mais ou menos pubescente. %. Abril-Maio. Beira<br />

transmontana: Lapa e Mata da Vi<strong>de</strong>. . V. elatior, Fr.<br />

Pág. 419.— Viola tricolor (L.), Wittr. e V. Kitaibeliana, R.<br />

et Sch.<br />

Substitua-se a chave 9 da Flora pelas duas seguintes:<br />

Flores pequenas (não superiores a 2 cm.), com as pétalas<br />

do tamanho do cálice ou maiores até ao dobro; estipulas<br />

digitado-partidas ou penatipartidas. Plantas<br />

espontâneas 9 bis<br />

Flores gran<strong>de</strong>sβ,5-5,5 cm.), com as pétalas 2-3 vezes<br />

maiores que o cálice, subarredondadas, aveludadas,<br />

variegadas <strong>de</strong> violáceo, <strong>de</strong> branco e <strong>de</strong> amarelo, menos<br />

vezes subunicolores; estipulas penatifendidas com o<br />

9 ) segmento médio oblongo; fôlhas ovadas uo oblongas,


i4o António Xavier Pereira Coutinho<br />

9 { as inferiores subcordiformes. Planta <strong>de</strong> 1-3 dm. O.<br />

Março-Jun. Cultiv.<br />

. (l) Amor perfeito, x V. hortensis (DC), Wettst.<br />

9<br />

bis<br />

Todas ou algumas das pétalas com côr amarela. O.<br />

Março-Jun. Campos cultivados e incultos.<br />

. Amor perfeito bravo. V. tricolor (L.), Wittr.<br />

Corola pálida, do tamanbo do cálice ou muito pouco<br />

maior. . Trás-os-Montes, Minho, Beiras, Alto e<br />

Baixo Alentejo «. arvensis (Murray)<br />

Corola medíocre (10-18 mm., com o esporão), com as<br />

pétalas esbranquiçadas, a inferior maculada <strong>de</strong><br />

amarelo na base e às vezes as superiores violáceas<br />

no cimo; pedúnculos frutíferos divaricados. Arredores<br />

<strong>de</strong> Lisboa . . ft. trimestris (DC), W. Beck.<br />

Corola medíocre (12-18 mm., com o esporão), com as<br />

pétalas intensamente violáceas, a inferior maculada<br />

<strong>de</strong> alaranjado na base; pedúnculos frutíferos erecto-<br />

-patentes. Beira merid.: Ferreira do Zêzere.<br />

y. beirensis, P. Cout.<br />

Todas as pétalas azuladas. ©. Janeiro-Maio. Incultos,<br />

sebes, matos. . . . . . V . Kitaibeliana, R. et Scb.<br />

Corola medíocre, quási 2 vezes maior que o cálice.<br />

Planta um tanto robusta, papiloso-áspera, <strong>de</strong><br />

ordinário ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, com as fôlhas inferiores<br />

elípticas. Beira merid., Alto Ãlent.<br />

Machadiana, P. Cout.<br />

Corola pequena (7-9 mm., com o esporão). Planta<br />

débil subpulverulenta, simples ou pouco ramosa,<br />

com as fôlhas inferiores subarredondadas. Beira<br />

lit. (arred. <strong>de</strong> Coimbra) e Beira merid. (Ferreira<br />

do Zêzere) . . . ¡3. Uenriq\uesii (Wk.), W. Beck.<br />

Família 98 — Onagráceas<br />

Pág. 424.— Epilobium tetragonum, L. Amplie -se o seu habitat —<br />

De Trás-os-Montes ao Algarve (arred. <strong>de</strong> Faro).<br />

(l) Sob esta <strong>de</strong>nominação compreen<strong>de</strong>m-se vários híbridos <strong>de</strong> espécies próximas<br />

(V. tricolor, L., V. lútea, Huds., V. altaica, Ker., etc.)


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal l 4 l<br />

Pág. 425.— Epilobium palustre, L. Vi exemplares provenientes da<br />

Serra da Estrela; cort2-se o asterisco.<br />

2<br />

bis<br />

Família 101 — Umbelíferas<br />

Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta Família subftituam-se pelas seguintes as 4 linhas compreendidas<br />

entre a 7." e 12. a<br />

.<br />

— (pétalas) 2-fendídas ou 2-aristadas e freqüentemente com<br />

um apículo ínflectido; estames 5, inseridos com as pétalas;<br />

ovário ínfero, <strong>de</strong> ordinário com dois lóculos 1-ovulados, terminado<br />

por um disco epigínico nectarífero (estilopódio) com os 2 estiletes<br />

livres, raras vezes com 1 só lóculo e 1 só estilete; óvulos<br />

pen<strong>de</strong>ntes; fruto, raras vezes 1 só açfuenio, geralmente um<br />

2-aquénio, coroado pelo estilopódio, etc.<br />

Pág. 429 . Na Chave dos Géneros substituam-se as Chaves 1-2:<br />

Flores reunidas em verticilos ou capítulos ou agregados<br />

capítuliformes, às vezes dispostos em umbela irregular;<br />

2 estiletes, menos vezes 1 só 2<br />

Flores reunidas em umbela composta, raras vezes simples;<br />

2 estiletes 4<br />

Flores verticiladas sôbre pedúnculos simples, ou na extremida<strong>de</strong><br />

e nos ramos terminais <strong>de</strong> pedúnculos ramosos,<br />

constituindo então umbela irregular; fruto muito comprimido<br />

lateralmente; limbo do cálice subnulo. Plantas<br />

rastejantes com as fôlhas peltado-orbiculares<br />

Hydrocotyle (pág. 433)<br />

Flores dispostas em capítulos ou agregados capítuliformes;<br />

fruto não ou pouco comprimido; limbo do cálice com<br />

5 segmentos majúsculos ou gran<strong>de</strong>s . . . . 2 bis<br />

Estiletes 2 e ovário 2-locular; segmentos do cálice inteiros;<br />

flôres, mais ou menos numerosas, em capítulos ou<br />

agregados capítuliformes . 3<br />

Estilete 1 e ovário 1-locular; segmentos do cálice laciniado-<br />

-celheados; flôres hermafroditas, solitárias em cada umbélula<br />

e reunidas em umbela capituliforme globosa; invólucro<br />

e involucelos laciniado-celheados; fruto glanduloso.<br />

. . . . . . . . . . Laéoecia. pág. 142.


í4z António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 434. — Substitua-se pela seguinte a <strong>de</strong>scrição da Subfamília II :<br />

Subfamília II — Sanículói<strong>de</strong>as<br />

Flores reunidas em capítulos ou agregados capituliformes,<br />

dispostos em cimeira ou umbela irregular, menos vezes solitários;<br />

2 estiletes com o estilopódio escavado ou cupuliforme, ou<br />

1 só estilete; carpóforo a<strong>de</strong>rente aos açfuénios ou nulo. Fôlbas<br />

sem estipulas.<br />

Pá*. 436.- Intercale-se êste novo Género:<br />

497 bis. Lagoecia, L.— Flores hermafroditas dispostas em<br />

umbélulas 1-floras, reunidas em umbela globosa capituliforme,<br />

com invólucro e involucelos <strong>de</strong> brácteas laciniado-celbeadas;<br />

limbo do cálice com 5 segmentos laciniado-celbeados, gran<strong>de</strong>s,<br />

persistentes; pétalas esbranquiçadas, profundamente 2-fendido-<br />

-aristadas.<br />

Planta <strong>de</strong>lgada, erecta <strong>de</strong> 1-8 dm., simples ou ramosa, glabra<br />

; fôlhas rígidas, penatísectas com as divisões primárias<br />

palmatipartidas ou palmatifendidas em segmentos<br />

ovados ou ovado-arredondados, aristados; umbelas <strong>de</strong>nsas,<br />

com aspecto lanoso (pelas celbas das brácteas e dos<br />

segmentos dos cálices), pseudo-laterais; invólucro com<br />

8-10 brácteas e involucelos com 4-5; flôr pedicelada <strong>de</strong>ntro<br />

do involucelo; fruto subovói<strong>de</strong>. 0. Maio. Serra <strong>de</strong> Serpa.<br />

L. cuminoi<strong>de</strong>s, L.<br />

Pág. 438. Conopodium capillifolium, Bss. e C. subcarneum,<br />

Bss.<br />

Convém substituir a Cbave 4:<br />

Pétalas avermelhadas; fruto ovói<strong>de</strong>-cónico; túbera subglobosa,<br />

medíocre; umbela com 6-12 raios. Planta <strong>de</strong><br />

2,5 dm., com o caule nú na base, simples ou pouco<br />

ramoso. % . Jul.-Ag. Pinhais, prados: Estrem. (Torres<br />

Novas) .........C. subcarneum, Bss.<br />

Pétalas <strong>de</strong> ordinário brancas, poucas vezes avermelhadas;<br />

fruto oblongo-linear; túbera angulosa, majúscula; umbela<br />

com 8-20 raios. Planta <strong>de</strong> 2-7 dm., com o caule<br />

vestido na base pelas bainhas das fôlhas mortas, mais<br />

4 I ou menos ramoso, raras vezes simples. %. Abril-Jul.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 143<br />

4 J Pinhais, matos, charnecas: <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho<br />

ao Alent. (freqüente).<br />

. . Castanha subterrânea maior. C. capillifolium, Bss.<br />

Pág. 438,—Conopodium ramosum, Costa — Amplie-se o seu habitat<br />

— Beira meridional (Castelo Novo), Beira Central (Serra da<br />

Estrela), Alto Alent. (Serra <strong>de</strong> S. Mame<strong>de</strong>).<br />

Pág. 439.— TOríliS CCerUleSCenS (Bss.), Dru<strong>de</strong>— Inclua-se na chave<br />

3, dividida como abaixo:<br />

Fôlhas suhconformes, 2-3-penatisectas, com os segmentos<br />

curtos e estreitos, lineares, agudos; fruto oblongo-linear,<br />

com os 2 aquénios aculeados; umbelas com pedúnculo<br />

curto e um tanto grosso, bem como os raios. Planta <strong>de</strong><br />

1-6 dm., com pequenos pêlos encostados, ramosa, às<br />

vezes da base. O. Março-Jun. Campos, searas, caminhos<br />

: Estrem., Alent. e Alg. T. leptophylla (L.), Rchb.<br />

Raios da umbela <strong>de</strong>lgados e compridosβ-6 dm.);<br />

segmentos das fôlhas mais largos, elípticos. De<br />

Trás-os-Montes ao Algarve (rara).<br />

. . . . . ¡3. elongata (Hoffgg. et Lk.), P. Cout.<br />

Fôlhas bíformes, as inferiores 1-3 vezes penatísectas e as<br />

superiores 3-sectas com os segmentos muito compridos<br />

3 bis<br />

Fruto com um aquénio aculeado e outro verrugoso; raios<br />

da umbela medíocres (não exce<strong>de</strong>ndo 15 mm.); segmentos<br />

das fôlhas 3-sectas inteiros ou serrados. Planta <strong>de</strong>lgada,<br />

<strong>de</strong> 3-8 dm., mais ou menos ramosa. 0. Abril-Jul.<br />

Campos e terrenos incultos: <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao<br />

Algarve T. heterophylla, Guss.<br />

Fruto com os 2 aquénios cobertos igualmente <strong>de</strong> acúleos,<br />

em novos azulados ; raios da umbela majúsculos (15-25<br />

mm.); segmentos das fôlhas 3-sectas inteiros ou penatifendidos.<br />

0. Jun.-Jul. Trás-os-Montes: Bragança,<br />

Miranda do Douro; Algarve, entre Faro e S. Brás <strong>de</strong><br />

Alportel. . . . . T. coerulescens (Bss.), Dru<strong>de</strong><br />

Pág. 439.— Torilis infesta, (L.), Spreng. a. divaricata, DC.<br />

var. trifida (Hoffgg. et Lk.).


144 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Inclua-Se na chave 4, sob a suhesp. divaticata, como abaixo:<br />

Umbelas todas 3-radiadas. Algarve: entre Faro e S. Braz<br />

<strong>de</strong> Alportel var. trifida (Hoffgg. et Lk.)<br />

Pág. 442.— Blfora testlcuiata (L.), DC. — Inscreva-se a sua área <strong>de</strong><br />

habitação — Próximo do Douro (Barca <strong>de</strong> Alva), Beira lit., Baixas<br />

do Guadiana (Moura), Algarve.<br />

Pág. 443.— Bupleurum Gerardi, Ali. % australe (Jord.), Rouy<br />

— Modifique-se o seu habitat — Estrem. (Estoril) ; Baixo Alent. (entre<br />

Salsa e Serpa).<br />

Pág. 444.— Bupleurum acutifolium, Bss.<br />

Vi exemplares portugueses <strong>de</strong>sta espécie, corte-se-lhe pois o * convencional;<br />

convém substituir na chave 8 a <strong>de</strong>scrição peia seguinte mais precisa :<br />

Umbela com 3-10 raios; fôlhas pouco rígidas, 6-12 nérveas<br />

e sem nervuras secundárias visíveis. Planta lenhosa na<br />

base, <strong>de</strong> 4-10 dm., com as íôlbas basilares mais ou menos<br />

curtas (não exce<strong>de</strong>ndo 8 cm.) e as caulinares compridas<br />

(9-18 cm.). t ' Julho-Agosio. Alent. lit.: Serra <strong>de</strong> S. Domingos<br />

(S. Luís), O<strong>de</strong>mira. B. acutifolium, Bss.<br />

Pág. 447. — Pimpinella VillOSa, Scbousb. — Alargue-se-lhe o seu<br />

habitat—<strong>de</strong> Trás-os-Montes (Miranda do Douro) ao Algarve.<br />

Pág. 448. — Seseli granatense, Wk.<br />

Substitua-se como abaixo a <strong>de</strong>scrição das espécies dêste Género, suprimindo o<br />

S. Peixotianum, Samp. e substituindo-o pelo S. granatense, Wk.:<br />

Brácteas dos involucelos livres, lanceoladas, membranoso-<br />

-marginadas, pubescentes ; fôlhas inferiores pecioladas, <strong>de</strong><br />

contorno triangular, 3-penatisectas, com os segmentos<br />

partidos em lacínias oblongo-lineares curtas e rígidas;<br />

umbelas majúsculas, com 3-10 raios compridos (2-4 cm.)<br />

e mais ou menos puberulento-pubescentes. Planta <strong>de</strong> 2-5<br />

dm., grossa, glauca e glabra, tortuosa, muito ramosa<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base. 21. Maio-Set. Rochas e areias marítimas,<br />

margens das salinas: Beira, Estrem., Alent.<br />

S. tortuosum, L.<br />

Fôlbas inferiores subsésseis ou com pecíolo muito curto<br />

e com os segmentos menores ; brácteas dos involucelos


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 145<br />

glabrescentes; raios da umbela mais pequenos (1-2,5<br />

cm.). Minho, Estrem. . . . . |3. graecum, DC.<br />

Brácteas dos involucelos a<strong>de</strong>rentes até cerca do meio e com<br />

a parte livre assovelada; fôlhas inferiores brevemente<br />

pecioladas, <strong>de</strong> contorno oblongo, 2-3-penatisectas, com os<br />

últimos segmentos obovado-lineares; umbelas pequenas,<br />

com 3-6 raios muito curtos. Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., glaucescente<br />

e mais ou menos puberulenta, <strong>de</strong>lgada, com os caules<br />

ascen<strong>de</strong>ntes, simples ou ramosos superiormente. %. Agosto-<br />

-Out. Incultos, caminhos: Trás-os-Montes (Bragança,<br />

Vinhais). . . . . • . . . . * S. granatense, Wk.<br />

Ampliem-se os habitats das duas seguintes espécies:<br />

Pág. 453 .—Ferulago sulcata (Desf.), Kocb.— Trás-os-Montes,<br />

Beira montanhosa.<br />

Pág. 456.— Laserpitium prutenicum, L. — Minho: Melgaço,<br />

Peso, Ponte <strong>de</strong> Lima.<br />

Família 104 — Ericáceas<br />

Pág. 461.— VaCCiniUtn MyrtillUS, L. — Emen<strong>de</strong>-se-lhe o habitat —<br />

Montanhas do Alto Minho, Serras do Marão e da Estrela.<br />

Pág. 462.— Rhodo<strong>de</strong>ndron ponticum, L. P. baeticum (Bss. et<br />

Reut.), Wk.<br />

Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie on<strong>de</strong> na 2." linha se diz — (corola) intensamente<br />

rosada — leia-se — HlaCÍneO-rOSada — No habitat da varieda<strong>de</strong> intercale-se o<br />

Baixo Alent. lit. —Beira (Oliveira <strong>de</strong> Azeméis, Caramulo, Águeda),<br />

Baixo Alent. lit. (arredores <strong>de</strong> O<strong>de</strong>mira), Algarve (Monchique,<br />

Foia, Picota).<br />

Família 105 — Primuláceas<br />

Pág. 468.— AnagalliS tenella, L. — Substitua-se pelo seguinte o seu<br />

habitat — De Trás-os-Montes e Minho ao Algarve.<br />

Pág. 468-469— Anagallis linifolia, L. K trojana, P. Cout. (l)<br />

(l) AnagalliS linifOlia, L. 1. trojana, P. Cout. Suffrutescens, robusta, a<br />

basi ramosa, ramis erectis 1,5-3 dm. altis, subsimplicibus, internodiis brevibus; foliis<br />

late ovatis, carnosulis; floribus pro specie maximis (18-25 mm. diam.), breviter pedunculatis,<br />

ápice ramulorum subcorymbosis. Inter omnes var. distinctissima; an ad Anagalli<strong>de</strong>m<br />

Monelli ducenda ?


j46 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Intercale-se esta interessante varieda<strong>de</strong> entre as da Anagallis linifolia, L., na ckave<br />

3, pela seguinte or<strong>de</strong>m:<br />

? 1<br />

Planta vivaz, lenhosa na base, <strong>de</strong> 0,5-5 dm., glabrescente;<br />

corola mayúscula ou gran<strong>de</strong> (10-25 mm. <strong>de</strong> diam.),<br />

maior ou muito maior que o cálice, com os segmentos<br />

crenulados; pedúnculos muito maiores que as íôlhas,<br />

mais ou menos recurvados na frutificação. 2L. Fevereiro-<br />

-Out. Charnecas, pinhais, vinhas, incultos sebes, caminhos<br />

A. iinifolia, L.<br />

Corola azul (raras vezes branca), purpúrea na fauce.<br />

Planta prostrada ou ascen<strong>de</strong>nte, com as fôlhas<br />

estreitas, lanceolado-lineares ou sublineares; flôres<br />

mayúsculas (10-15 mm.). Quási todo o país. (freqüente).<br />

genuína<br />

Fôlhas mais largas, ovado-lanceoladas ou lanceoladas,<br />

subcordíformes na base; flôres gran<strong>de</strong>s<br />

(12-20 mm.). Planta mais robusta. Aqui e ali.<br />

(3. latifolia, Winkler.<br />

Fôlhas grossas, curtas, ovadas, as inferiores muito<br />

pequenas e retroflectidas; flôres gran<strong>de</strong>s (12-20<br />

mm.). Planta prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, com o caule<br />

<strong>de</strong> ordinário vermelho. Areias do litoral: do<br />

Minho ao Algarve. . . "/. marítima, Mariz.<br />

Planta erecta <strong>de</strong> 1,5-3 dm., robusta, ramosa da<br />

base, com os ramos levantados e subsimples, <strong>de</strong><br />

entre-nós curtos; fôlhas largamente ovadas,<br />

subcarnudas; flôres muito gran<strong>de</strong>s (18-25 mm.),<br />

com os pedúnculos mais curtos, subcorimbosas<br />

no cimo dos ramos. Areias marítimas: Península<br />

<strong>de</strong> Tróia ?. trojana, P. Cout.<br />

Corola vermelha ou rosada; fôlhas lanceolado-lineares<br />

ou sublineares. Outeiros e areias não longe do<br />

mar: arred. <strong>de</strong> Lisboa (Sintra).* b. collina, (Schousb.)<br />

Família 106 — Plumbagináceas<br />

Pág. 472.— (Chave 16). Armeria caespitosa (Ort.), Bss. var.<br />

humilis (Lk.), Pau C. Vie. et Beltr.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 147<br />

Esta varieda<strong>de</strong>, apenas distinta do tipo era ter as fôlhas biforraes, é que se encontra<br />

era Portugal (no Gerez) e, como é ela que está <strong>de</strong>scrita na Flora, bastará acrescentar<br />

apenas no texto, adiante do nome da especie o da varieda<strong>de</strong>.<br />

Pág. 472. — (Chave l7). Armeria littoralis, Hoffgg. et Lk.<br />

Corrija-se-lhe o habitat — Aletit. lit. (entre a Serra da Caveira e Lousal),<br />

Baixo Alent., Algarve.<br />

Pág. 473.— (Chave 21). Armeria alliacea (Cav.) Emen<strong>de</strong>-se para<br />

A. allioi<strong>de</strong>s, Bss.<br />

Acrescentem-se os habitats das seguintes três espécies:<br />

Pág. 474.— (Chave 3). Statice echioi<strong>de</strong>s, L. Kstrem. (arred.<br />

<strong>de</strong> Cascais), Baixo Alent. lit., Algarve.<br />

Pág. 476.— (Chave 12). Statice binervosa, Sm. occi<strong>de</strong>ntalis<br />

(Lloyd.), Syme. — Beira lit.: Areias da margem esquerda do estuario<br />

do Mon<strong>de</strong>go (Gala), Nazaré; Alent. lit.: entre a Serra<br />

da Caveira e Lousal.<br />

Pág. 476. — Limoniastrum monopetalum (L.), Bss. — Baixo<br />

Alent. lit.: O<strong>de</strong>mira; Algarve.<br />

Família 109 — Gencianáceas<br />

I<br />

Pág. 481.— Microcala filiformis (L.), Hoffgg. et Lk. — Encon-<br />

trou-se posteriormente nos arredores <strong>de</strong> Faro; o seu habitat escreva-se poís — do<br />

Minho ao Algarve.<br />

Família 111 — Asclepiadáceas<br />

Pág. 487.— Cynanchum nigrum (L.), R. Br.β. atrum (Jord,<br />

et Fourr.) [ Rouy]. — A varieda<strong>de</strong> já foi colhida no Baixo Alentejo litoral, nos<br />

arredores <strong>de</strong> O<strong>de</strong>mira; julgo conveniente escrever o habitat conhecido da espécie — <strong>de</strong><br />

Trás-os-Montes e Minho ao Alentejo.<br />

Família 112 — Convolvuláceas<br />

Pág. 488.— (Chave 3). ConvOlVlllUS SiCUlUS, L. — Vi posteriormente<br />

exemplares portugueses <strong>de</strong>sta espécie; corte-se-lhe o * e emen<strong>de</strong>m-se no texto as<br />

dimensões das bractéolas, que eram <strong>de</strong> 6-13 mm. <strong>de</strong> comprimento, e não <strong>de</strong> 3-6 mm. como<br />

se lê no texto. Inscreva-se o Aá&iíat — JuntO ãO CãStelo <strong>de</strong> Cezimbra,<br />

Arrábida, Mértola.


148 António Xavier Peieira Coutinho<br />

Pág. 489.— (Chave 7). Convolvulus arvensis, L. varieda<strong>de</strong>s ;<br />

A var. |S. obtusifolius, Choisy foi também encontrada em Alvor; alargue-se pois o<br />

habitat <strong>de</strong>sta var. até ao Algarve. Quanto à var. '/. lineariíolius, Cnoisy, precise-se<br />

melbor ã sua <strong>de</strong>scrição do modo seguinte:<br />

Fôlhas estreitamente alabardino-lineares, com as aurículas<br />

agudas, gran<strong>de</strong>s e divaricadas; corola com a margem<br />

crenulada. Com o tipo (pouco freqüente).<br />

y. lineariíolius, Cnoisy<br />

Pág. 490-491.— Cuscuta Epilinum, Weine.<br />

Introduza-se esta espécie, modificando a cbave 2 :<br />

Segmentos da corola agudos: flôres sésseís ou subsésseis<br />

. . . . . . . . . . . . . . 2 bis<br />

Segmentos da corola obtusos 3<br />

Estiletes medíocres, levantados; escamas epistamíneas<br />

gran<strong>de</strong>s; corola campanulada, com o tubo quasi do<br />

tamanbo do limbo; caules freqüentemente vermelhos<br />

ou avermelhados, menos vezes brancos ou esbranquiçados.<br />

0. Ahril-Out. Parasita <strong>de</strong> plantas muito diversas<br />

2 Linho <strong>de</strong> cuco, Cabelos. C. Epithymum (L.), Murr.<br />

bis (Seguem as varieda<strong>de</strong>s como na Flora)<br />

Estiletes muito curtos, dívaricados; escamas epistamíneas<br />

pequenas; corola gomilosa, com o tubo maior que o<br />

limbo; glumérulos majúsculos (10-11 mm. <strong>de</strong> diam.);<br />

caules amarelo-esver<strong>de</strong>ados. 0. Julho-Agosto. Parasita<br />

do Linho cultivado (rara).<br />

Cuscuta do Linho. * C. Epilinum, Weihe.<br />

Familia 114 — Boragináceas<br />

Pág. 495.— Anchusa calcarea, Bss. «. glabrescens, Bss.<br />

Esta varieda<strong>de</strong>, indicada apenas no nosso país <strong>de</strong> uma única localida<strong>de</strong> do Alentejo<br />

litoral, apareceu numa outra localida<strong>de</strong> da mesma região ; inscreva-se pois — Dunas<br />

da Lagoa <strong>de</strong> Santo André, <strong>de</strong> Comporta a O<strong>de</strong>mira.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 149<br />

Pág. 497.— Myosotis Welwitschii, Bss. et Reut.<br />

Observações recentes levam-me a consi<strong>de</strong>rar esta especie como <strong>de</strong> ordinário anual,<br />

talvez às vezes bienal, mas não vivaz como digo na Flora. Emen<strong>de</strong>-se o sinal antes da<br />

época da floração. Na 1. a<br />

linba da <strong>de</strong>scrição corte-se — COm rizoma — ficando, pois —<br />

Planta rastejante e radicante na base, às vezes estolbosa, etc.<br />

Pá*. 498. — Myosotis stricta, Lk.<br />

Inclua-se esta espécie, modificando as chaves 4 e 5:<br />

Cálices frutíferos mais ou menos compridosβ-5 mm.). 5<br />

Cálices frutíferos curtos (2-3 mm.); inflorescencia maior<br />

que o caule 5 bis<br />

Pedicelos frutíferos patentes, os inferiores maiores que o<br />

cálice (até ao dobro); inflorescencia mais ou menos<br />

flexuosa, menor que o caule; fôlhas basilares obovadas<br />

atenuadas em pecíolo e as caulinares oblongas, vilosas.<br />

Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., um tanto robusta, birsuta, com<br />

pêlos patentes. $. Ãbril-Jun. Campos cultivados e incultos,<br />

prados, searas, lugares húmidos, entulhos,<br />

muros ;. Norte e Centro. . . . M. intermedia, Lk.<br />

Pedicelos frutíferos erectos, grossos, muito curtos (muito<br />

menores que o cálice) ; inflorescencia rígida, muito maior<br />

que o caule; fôlhas oblongas, as caulinares com pêlos<br />

gancbeados na base da página inferior. Planta <strong>de</strong><br />

1,5-2,5 dm., erecta, ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, viloso-áspera.<br />

©. Jun. Trás-os-Montes: Bragança . . M. stricta, Lk.<br />

Pedicelos frutíferos patentes, os inferiores maiores que o<br />

cálice (cerca do dobro); aquénios acastanhados; fôlhas<br />

pouco espessas, as basilares oblongo-espatuladas atenuadas<br />

em pecíolo, as caulinares oblongas obtusas.<br />

Planta erecta ou ascen<strong>de</strong>nte, híspida, com pelos patentes,<br />

<strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong> 0,5-4 dm. O. Março-Jun. Campos, arrelvados,<br />

margens dos bosques, lugares arenosos, muros:<br />

quási todo o país M. hispida, Schlecht.<br />

Pedicelos frutíferos erecto-patentes, todos menores que o<br />

cálice; aquéníos negros; fôlhas um tanto grossas e<br />

muito obtusas, as basilares obovadas atenuadas em<br />

pecíolo, as caulinares obovado-arredondadas ou obo-


i5o António Xavier Pereira Coutinho<br />

5 j vado-oblongas. Planta prostrada, <strong>de</strong> 0,8-1,5 dm., vilosobis<br />

-áspera. O. Abril-Maio. Areias marítimas: Minho.<br />

M. globularis, Samp.<br />

Pág. 498 (Cliave 6).— Myosotis chysantha, Welw. (l).<br />

Na 2. a<br />

2,5-4 mm.<br />

linha da <strong>de</strong>scrição da espécie emen<strong>de</strong>m-se as dimensões do cálice para —<br />

Pág. 499.— Echium lUSitaniCUm, L. (non DC). — Substitua-se na<br />

Flora em lugar <strong>de</strong> Echium Broteri, Samp. (2).<br />

Pág. 500.— (Cliave 6). EChium flavum, Desf. Suprima-se da Flora<br />

esta espécie, cuja existência em Portugal não está suficientemente comprovada; citei-a<br />

sob a autorida<strong>de</strong> do sr. G-andoger, mas <strong>de</strong>bal<strong>de</strong> tem sido procurada <strong>de</strong>pois nos sítios<br />

indicados. Modifiquem-se, pois, como abaixo as chaves 4 e 5 e suprima-se a cbave 6:<br />

Cimeiras floríferas curtas e <strong>de</strong>nsas, numerosas, reunidas<br />

em tirso estreito e comprido; caules vestidos <strong>de</strong> indumento<br />

duplo; pubescencia mais ou menos curta e sedas<br />

rígidas verrugosas na base 5<br />

Cimeiras floríferas mais ou menos compridas, larga e<br />

frouxamente paniculadas 8<br />

Corolas rosadas ou côr <strong>de</strong> carne, medíocres (12-15 mm.);<br />

fôlhas basilares lanceoladas, gran<strong>de</strong>s (15-40 cm.), com<br />

as nervuras laterais bem visíveis; cimeiras floríferas<br />

subsésseis; estames pouco salientes; aquénios agudamente<br />

granulosos. Planta <strong>de</strong> (6-18 dm.) $. Agosto-Set.<br />

(1) M. chrysantha, Welw. exsic. II. 1442 (anno 1848 lecta) et Flora Lusit. Exsi 3<br />

.<br />

edit. lond. II. 5lO; M. lutea, Vera. (180S) non Lam. (l779).<br />

A M. chrysantha, Welw, (exsic II. SlO) está citada em Nyman Syll. Fl. Europ.<br />

(1854-55) entre os sinónimos da M. lutea, Pers.<br />

(2) O sr. C. Lacaita encontrou no British Museum, entre exemplares do Herbário<br />

<strong>de</strong> Linneu, um etiquetado <strong>de</strong> Echium lusitanicum pela mão <strong>de</strong> Linneu fil.; comparou-o<br />

com exemplares do E. Broteri, que lbe enviei e achou-os idênticos; esta aproximação é<br />

ainda reforçada pela presença <strong>de</strong> exemplares do Echium amplíssimo folio lusitanicum,<br />

Tournefort (indicado por Linneu como sinónimo do seu E- lusitanicum), proveniente do<br />

Herbário <strong>de</strong> Jussieu, e que igualmente correspon<strong>de</strong>m ao nosso E. Broteri. Há pois motivo<br />

bastante para restituir na Flora <strong>de</strong> Portugal ao E- Broteri a sua antiga <strong>de</strong>nominação<br />

<strong>de</strong> E. lusitanicum, L— C. C. Lacaita — A Revision of some Critical Species of Echium,<br />

as exemplified in the Linnean and other Herbaria — (Extracted from the Linnean<br />

Society's Journal-Botany — Vol. X liv., July, l9l9.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal l 5 l<br />

Campos, bosques: Pinhal do Urso, Vila JNova <strong>de</strong> Ourém.<br />

E. pomponium, Bss.<br />

Corolas azuis, purpúreo-violáceas ou violáceas, raríssimas<br />

vezes brancas; fôlhas basilares oblongo-lanceoladas ou<br />

linear-espatuladas 7<br />

Pág. 502. — (Cbave 11). Echium arenarium, Guss. — Alentejo<br />

litoral: areias do Pinhal Novo, areias marítimas da península<br />

<strong>de</strong> Tróia. Inscreva-se assim o seu habitat.<br />

Pág. 503.— Omphalo<strong>de</strong>s linifolia (L.), Moencb.— Amplie-se a sua<br />

área <strong>de</strong> habitação — Alto Douro (Barca <strong>de</strong> Alva), Beira transm.,<br />

Estrem., Alent. e Algarve.<br />

Pág. 503.— Omphalo<strong>de</strong>s Kuzinskyanae, Wk.<br />

Convém modificar levemente a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie como segue :<br />

Cimeiras bracteadas (ao menos inferiormente), as frutíferas<br />

<strong>de</strong>nsíúsculas; pedicelos frutíferos arqueado-recurvados;<br />

corola azulada ou branca; fôlhas basilares<br />

espatuladas, com pecíolo largo, as médias elípticas, as<br />

superiores e as brácteas ovadas, todas muito obtusas;<br />

segmentos do cálice ovados. Planta <strong>de</strong> 0,3-1 dm., <strong>de</strong><br />

ordinário ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, com os ramos divarícados.<br />

©. Abril-Maio. Arribas e areias marítimas:<br />

Cabo da Roca, S. João do Estoril (junto ao Instituto <strong>de</strong><br />

Cegos Branco Rodrigues, do lado do mar).<br />

Família 115— Verbenáceas<br />

O. Kuzinskyanae, Wk.<br />

Pág. 505.— Verbena supina, L. Indigue-se o seu habitat — <strong>de</strong> Trás-<br />

-os-Montes ao Algarve.<br />

Família 116 — Labiadas<br />

Pág. 509.— (Cbave 6). Mentha longifolia, Huds. var. micro-<br />

phylla (Lej.), Rouy (= Var Collivaga, Briq.) —Acrescente-se logo abaixo<br />

da <strong>de</strong>scrição da espécie a <strong>de</strong>scrição da varieda<strong>de</strong>


António Xavier Pereira Cominho<br />

Fôlhas lanceoladas ou ovado-lanceoladas, pequenas (2,5-4<br />

X 1-2 cm.), agudas ou obtusiúsculas ou brevemente acuminadas,<br />

ver<strong>de</strong>-acinzentadas e pubescentes na página<br />

superior, branco-tomentosas na inferior, serradas com<br />

<strong>de</strong>ntes medíocres, aproximados, assaz regulares. Minho,<br />

próximo <strong>de</strong> Melgaço, margem do rio.<br />

Var. microphylla (Lej.), Rouy. (l)<br />

Pág. 512.— (Cbave 2). Thymus caespititius x Mastichina,<br />

Pau = T. brachychaetus, P. Cout. (z)<br />

Substitua-se na Flora a primeira <strong>de</strong>nominação à segunda e suprima-se a nota do<br />

fim da página.<br />

Pág. 513.— (Cbave 8). Thymus hirtus, Willd.«. legitimus, Bss.<br />

Marque-se nos — arredores <strong>de</strong> Abrantes — e suprima-se o asteriscoβ).<br />

Pág. 513 e 514. — (Cbave 11). Thymus camphoratus x Mastichina<br />

= T. Welwitschi in Flora et Thymus carnosus x<br />

Mastichina, Rouy = T. Welwitschiβ. in Flora.<br />

Faça-se a <strong>de</strong>vida correcção, substituindo a cbave 11 pela seguinte e suprimindo a<br />

nota do fim da página Sl4.<br />

11<br />

[ Lábio superior do cálice quási do tamanbo do inferior e<br />

com os <strong>de</strong>ntes levemente <strong>de</strong>siguais (o médio submaior);<br />

<strong>de</strong>ntes do lábio inferior pouco profundos e pouco<br />

celbeados ; capítulos <strong>de</strong> ordinário solitários, terminais ;<br />

fôlhas glabras na página superior (excepto às vezes na<br />

base), glaucas, carnudas. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm., erecta ou<br />

ascen<strong>de</strong>nte, com os ramos levantados. t . Março-Set.<br />

Areias marítimas: Alent. e Alg. . . T. carnosus, Bss.<br />

Lábio superior do cálice menor que o inferior e com os<br />

<strong>de</strong>ntes iguais, os do lábio inferior mais profundos e<br />

mais rígidos bastante celheados; capítulos <strong>de</strong> ordinário<br />

subcorimbosos, os laterais dispostos em ramos curtos<br />

(1) Não posso dizer nesta ocasião se os exemplares colhidos próximo <strong>de</strong> Gaia<br />

pertencem a esta mesma ou outra varieda<strong>de</strong>, pois não os tenho presentes.<br />

(2) Segundo ainda o sr. Pau o Thymus brachychaetus, Wk. é o híbrido<br />

Mastichina X Zygis, não encontrado, que me conste, em Portugal.<br />

(3) Os exemplares que observei <strong>de</strong>sta procedência tinham todos os caracteres<br />

<strong>de</strong>scritos na Flora, excepto as fôlhas não completamente glabras, mas subtomentosas.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal lS5<br />

11 . pouco numerosos. Planta <strong>de</strong> 2-3 dm., com os ramos<br />

levantados e as fôlhas brevemente aveludadas na página<br />

inferior, glabras na superior, ver<strong>de</strong>-pálidas. | . Julho-<br />

- Agosto. Algarve: próximo <strong>de</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Portimão<br />

(muito raro). (T. Welwitschii, Bss.)<br />

* T. camphoratus x Mastichina. (l)<br />

Fôlhas mais espessas e mais fortemente pontuadas,<br />

<strong>de</strong>nsamente aveludadas também na página superior,<br />

subacinzentadas; brácteas mais largas e mais obtusas. t -<br />

Julho-Agosto. Alent. lit: Portinho da Arrábida. (T.<br />

Welwitschii, <strong>de</strong> Noé) T. carnosusx Mastichina, Rouy.<br />

Pág. 516.— (Chave 5). Satureja alpina (L.), Scheele. Na 3. 1<br />

linha<br />

da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie, on<strong>de</strong> se lê — planta lenhosa na base — leia-se —<br />

planta lenhosa e radicante na base.<br />

Acrescentem-ee as áreas das saáuintes espécies:<br />

Pág. 518. — (Chave 3). Salvia viridis, L. — Algarve : arred.<br />

<strong>de</strong> Tavira, arred. <strong>de</strong> Loulé.<br />

Pág. 519.— (Chave 6). Salvia Aethiopis, L. Trás-os-Montes :<br />

arred. <strong>de</strong> Bragança e arred. <strong>de</strong> Miranda.<br />

Pág. 521.— Balota hispânica (L.), Lacaita (z)=Balota cinérea<br />

(Desr.), Briq. Substitua-se na í7ora o primeiro ao segundo.<br />

Pág. 522.— Galeopsis Tetrahit, L. Inscreva-se-lbe o habitat—Serra <strong>de</strong><br />

Castro Laboreiro (Alcobaça), Serra <strong>de</strong> Montalegre (Para<strong>de</strong>la),<br />

Serra do Mor ouço (Mós).<br />

Pág. 527.— MarrUbium VUlgare, L. Na l. a<br />

linha da <strong>de</strong>scrição on<strong>de</strong> se<br />

lê—cálice tomentoso com 5 <strong>de</strong>ntes rígidos e gancheados—leia-se<br />

cálice tomentoso com 10 <strong>de</strong>ntes rígidos e gancheados.<br />

(1) Rouy ao tratar <strong>de</strong>stes híbridos nos seus Matériaux pour servir à la revision<br />

<strong>de</strong> la Flore Portugaise (Labiatae), consi<strong>de</strong>ra êste como T. Mastichina X capitellatus, que<br />

manifestamente não po<strong>de</strong> ser, pois que o T. capitellatus não aparece no ALjarve on<strong>de</strong> é<br />

substituído pelo e<br />

I. camphoratus, Hoffáá- et Lk. (= T. algarbiensis, Lée.); <strong>de</strong> resto pela<br />

forma do cálice e ainda pelo porte êste último convém bem mais ao híbrido que o<br />

T. capitellatus. Por estes motivos fiz a alteração acima.<br />

(2) C. Lacaita— Some critical species of Marrubium and Ballota (Extracted<br />

from the Linnean Society's Journal-Botany— Vol. xlvii-September-l9s5<br />

20


154 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 529.— (Chave 5). Lavandula pedunculata, Cav.y. interrupta,<br />

P. Cout.<br />

Junte-se esta varieda<strong>de</strong> a seguir às duas outras :<br />

Espiga longícoma, com 1-2 pequenos grupos <strong>de</strong> flôres<br />

distanciadas da espiga e entre si 4-7 cm. Beira merid.:<br />

Fundão '/. interrupta, P. Cout.<br />

Pag, 530.— Prasium majus, E- forma hiflorum.<br />

Coloque-se por baixo da <strong>de</strong>scrição da espécie :<br />

Flores quási todas geminadas em cada axila. Algarve.<br />

• H .«ihísrlj?, (;J)-sni forma hiflorum.<br />

Pág. 531. — (Chave 3). Ajuga Chamaepiíys (L.), Schreh. —<br />

Amplie-se-lbe o habitat — Trás-os-Montes, Beira lit. e Estrem. (pouco<br />

freqüente).<br />

Família 117 — Solanáceas<br />

Pág. 538.— Hyoscyamus albus, L. b. major (Mill.). Indique-se-lhe<br />

o habitat — Estrem. e Algarve: arred. <strong>de</strong> Faro.<br />

Família 118 — Escrofulariáceas<br />

Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta Família façam-se as seguintes emendas: na 3." linha, on<strong>de</strong> se lê<br />

— 4-5-segmentos — leia-se — 4-5 raras vezes 6-8 segmentos ; — na 6. a<br />

linha on<strong>de</strong> se lê — 4-5-lobado — leia-se — 4-5-lobado, raras vezes 6-8-<br />

-lohado ; — finalmente, na 7. a<br />

linha on<strong>de</strong> se lê— 5 férteis — leia-se — 5-8 férteis.<br />

Nas Chaves dos Géneros substituam-se as do mesmo número pelas seguintes:<br />

í Estames 5-4, raras vezes 6-8; fôlhas todas alternas ou<br />

2 J todas basilares 3<br />

I Estames 2 (acompanhados ou não <strong>de</strong> 2 estaminódios);<br />

( fôlhas pelo menos as inferiores <strong>de</strong> ordinário opostas 7<br />

j n<br />

Sementes ápteras. Plantas anuais 19 bis<br />

j Sementes com costas dorsais aladas. Planta subarbustiva,<br />

com as flôres dispostas em espiga plurilateral.<br />

Bartschia, L. (pág. 563)


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal lSS<br />

Lábio inferior da corola com 3 lóbulos inteiros; fôlhas<br />

estreitas, lanceoladas ou lineares, inteiras ou remotamente<br />

serradas; espiga 1-lateral.<br />

19 l Odontites, Pers. (pág. 563)<br />

11<br />

Lábio inferior da corola com 3 lóbulos cbanfrados; fôlhas<br />

largas, ovadas, fundamente crenadas ou serradas ; espiga<br />

não oU muito pouco 1-lateral. Euphrasia, L. pág. 161<br />

Pág. 542.— (Cbave 5) Verbascum Henriquesii, Lge.<br />

Na 2 a<br />

linha da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie, on<strong>de</strong> se lê — pêloS dos filetes amarelos<br />

— leia-se — pêlos dos filetes brancos.-— Quando estão cobertos<br />

<strong>de</strong> pólen, é que os pêlos estaminais parecem à primeira vista<br />

amarelos.<br />

Pág. 546.—Linaria Munbyana, Bss. et Reut. (l)<br />

Intercale-se esta espécie, modificando a chave 3:<br />

2 I Asa da Semente grOSSa (Veja-se na fiora anota do fim da página). 3 bis<br />

^ Asa da semente ténue 5<br />

3<br />

bis<br />

Corola medíocre ou mayúscula (15-25 mm.) ; inflorescencia<br />

pluri-multiflora; sementes com ása larga. Plantas<br />

<strong>de</strong> 4-25 cm 4<br />

Corola pequena (10-12 mm., com o esporão), amarela,<br />

com o palato côr <strong>de</strong> laranja; inflorescencia pauciflora<br />

(com freqüência 1-3-flora); sementes com ása estreita.<br />

Planta bumil<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 2-7 cm., multicaule, glauca, com a<br />

inflorescencia puberulento-glandulosa. O. Abril. Algarve:<br />

dunas <strong>de</strong> Alvor. . . L. Munbyana, Bss. et Reut.<br />

Ampliem-se os habitats das seguintes espécies :<br />

Pág. 546. — (Cbave 4). Linaria amethystea (Lam.), Hoffgg.<br />

et Lk. — Trás-os-Montes, Beira, Estrem., Alent. e Algarve.<br />

Pág. 547. — (Chave 7). Linaria Ricardoi, P. Cout. —Baixo<br />

Alentejo, nas searas, ao que parece freqüente: arred. <strong>de</strong> Beja,<br />

próx. <strong>de</strong> Cuba, próx. <strong>de</strong> Serpa.<br />

Pág. 550. — (Chave 24). Linaria viscosa (L.), Dum. — Alto<br />

Alent., Alent. lit., Baixas do Guadiana (Cuba), Algarve.<br />

(l) Linaria pygmaea, Samp.


156 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 550.— (Chave 24). Linaria viscosa (L.) Dum. var. bimaculata<br />

, P. Cout.<br />

Esta varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve colocar-se logo a seguir à <strong>de</strong>scrição da espécie e antes da var.<br />

crassifolia, do modo seguinte :<br />

Corola com duas máculas longitudinais sanguíneo-alaranjadas<br />

abaixo da fauce, e às vezes com o palato levemente<br />

purpúreo-maculado; flôres um pouco menores. Algarve:<br />

Faro β. bimaculata, P. Cout.<br />

Planta prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, com as fôlhas carnudas; caules<br />

estéreis numerosos e gran<strong>de</strong>s, com as fôlhas ovado-lanceoladas<br />

ou lanceoladas; fôlhas dos caules férteis mas largamente<br />

lineares; flôres maiores (20-30 mm.). Estrem :<br />

próximo do Cabo da Roca. . . y. crassifolia, P. Cout.<br />

Pág. 556.— Serophularia laevigata, Vahl.<br />

Inclua-se esta espécie substituindo na Flora a chave 6 pelas duas seguintes :<br />

Plantas glabras simples ou ramosas; fôlhas com pecíolo<br />

comprido 6 bis<br />

Planta vilosa ou mais ou menos pubescente, <strong>de</strong> 2-10 dm.;<br />

fôlhas com pecíolo curto, triangular-alongadas, cordiformes<br />

na base, duplicado-crenadas, raras vezes crenado-<strong>de</strong>ntadas,<br />

pubescentes nas 2 páginas; cimeiras <strong>de</strong><br />

ordinário paucifloras, às vezes multífloras (forma multiflora<br />

[Lge.],). 4. Março-Set. Lugares húmidos, sebes,<br />

margens dos caminhos: quási todo o país (freqüente).<br />

S. Scorodonia, L.<br />

Planta glabrescente. Com o tipo (rara)<br />

Forma glabrescens, P. Cout.<br />

Cápsula madura ovoi<strong>de</strong>, longamente atenuada no cimo;<br />

fôlhas caulinares e freqüentemente as florais inferiores<br />

penatisecto-liradas, com os segmentos inciso-serrados<br />

ou duplicado-<strong>de</strong>ntados ou subcrenado-<strong>de</strong>ntados, o terminal<br />

gran<strong>de</strong> ovado ou oblongo; fôlhas superiores<br />

indivisas, acunheadas na base. 4. Maio-Jul. Terrenos<br />

secos, rochedos, areias marítimas.- Alto Minho, Beira<br />

6 montanhosa, Estrem., Alent. lit.<br />

bis S. ebulifolia, Hoffgg. et Lk.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 157<br />

Fôlhas caulinares inferiores penatísecto-liradas com<br />

o segmento terminal gran<strong>de</strong>, ovado-subarredondado,<br />

as caulinares superiores e todas as florais indivisas,<br />

serrado-<strong>de</strong>ntadas. 2L} $ ou 0. Montanhas da Beira,<br />

Alto Alent. . . . o. Schousboei (Lge.), P. Cout.<br />

Cápsula madura subglobosa,, pouco atenuada no cimo;<br />

fôlhas polimorfas, <strong>de</strong> ordinário liradas ou 3-foliadas e<br />

as superiores indivisas.


158 António Xavier Pereira Coutinho<br />

rios, sebes, muros, rochedos húmidos: Minho, Beiras,<br />

Estrem. (Sintra), Ãlent. lit. (O<strong>de</strong>mira), Algarve (Monchique)<br />

. . . S i europaea, L.<br />

Fôlhas gran<strong>de</strong>s (1,5-4 cm. <strong>de</strong> diam. transv.); corola muito<br />

maior que o cálice, majúscula (cerca <strong>de</strong> 1 cm. <strong>de</strong> diam.),<br />

amarela;. flôres 5-8-meras, com os pedúnculos fasciculados<br />

maiores que os pecíolos. Planta <strong>de</strong> 5-8 dm., <strong>de</strong>lgada,<br />

vilosa. 2L. Julho-Agosto. Sintra: espont. ou subespont. ?<br />

(Espont. na Ma<strong>de</strong>ira) . . . . . S. peregrina, L.<br />

Pág. 559.— (Chave 14). Verónica officinalis L. var. Carquejiana<br />

(Samp.) = V. Carquejiana, Samp., como espécie na Flora.<br />

Modific|ue-se como abaixo a chave 13 e suprima-se a chave 14 :<br />

Fôlkas obovadas ou obovado-oblongas, atenuadas na<br />

base em pecíolo curto, miudamente serrilhadas; cacbos<br />

<strong>de</strong> ordinário alternos, longamente pedunculados; corola<br />

medíocre, azulada, raras vezes branca; cápsula com<br />

ckanfro largo e pouco fundo, às vezes obsoleto; pedícelos<br />

curtos, os frutíferos menores que o cálice e a<br />

bráctea. Planta <strong>de</strong> 1-4 dm., vilosa, radicante, com os<br />

ramos floríferos ascen<strong>de</strong>ntes. 2f. Maio-Set. Montanhas,<br />

bosques, charnecas: Trás-os-Montes, Minho, Beiras.<br />

J2 Verónica das boticas, V. <strong>de</strong> Alemanha. V. officinalis, L.<br />

Cápsula com o chanfro mais estreito e mais fundo;<br />

pedicelos ténues, os frutíferos maiores que o cálice<br />

e que a bráctea. Serra da Estrela, próx. da Lagoa<br />

Comprida . . . . . β. Carquejiana (Samp.)<br />

Fôlhas ovado-orbiculares, contraídas no pecíolo ; corola<br />

mais azul. Planta mais débil, mais rastejante,<br />

mais tenuemente vilosa. AZro Minho, Serra da<br />

Estrela. . . . . y. Tourneíortii (Vill.), Rchb.<br />

Fôlhas sésseis ou subsésseis, mais ou menos grossamente<br />

1 serradas; cachos freqüentemente opostos. . . . 15:<br />

Pág. 561.— Género 656. <strong>Digital</strong>is, L.<br />

Substituam-se na Flora as chaves das espécies pelas seguintes:<br />

Cápsula não ou muito pouco saliente do cálice; pedicelos<br />

proximamente do tamanho do cálice; cacho multifloro,<br />

1 ) alongado; corolas gran<strong>de</strong>s β0-45 mm.), purpúreo-


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 159<br />

-rosadas ou brancas, com máculas internas mais escuras.<br />

Planta <strong>de</strong> 2-15 dm. S. Abril-Set. Lugares húmidos,<br />

frescos ou sombríos, sebes: q[uási todo o país (principalmente<br />

no TSorte e Centro).<br />

<strong>Digital</strong>, Dedaleira, Erva <strong>de</strong>dal, Abeloura. D. purpurea, L.<br />

+ Fólhas ovado-lanceoladas, as inferiores mais ou<br />

menos contraídas no pecíolo :<br />

= Caule tomentoso-pubescente ou tomentosopuberulento,<br />

esbranquícado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base até ao<br />

címo; fólbas pubescentes ou tomentosas:<br />

X Fólbas puberulento-pubescentes na página<br />

superior e subtomentosas na inferior:<br />

— Brácteas do tamanbo dos pedicelos ou<br />

pouco maiores; segmentos do cálice ovados.<br />

Frecuente «. genuina<br />

— Brácteas 2-3 vezes maiores que os pedicelos<br />

; segmentos do cálice ovado-lanceolados;<br />

corola <strong>de</strong> ordinario menos ventruda.<br />

Gerez, Serra <strong>de</strong> Teixoso, Bugaco.<br />

p. longibracteata. Henriq.<br />

X Fólbas subtomentosas ou tomentosas na<br />

página superior e branco-tomentosas na<br />

inferior. Planta <strong>de</strong> ordinario com maior<br />

porte e as fólbas mais largas, as vezes completamente<br />

branca. Frecuente.<br />

. . . y. tomentosa (Hoffgg. et Lk.), Brot.<br />

= Caule (excepto o eixo da inflorescencia) glabro;<br />

corola mayúscula (10-20 mm.); fólbas glabras<br />

ñas 2 páginas oü apenas levemente puberulento-<br />

-tomentosas na inferior, Planta robusta, elevada<br />

até 17 dm. Serra <strong>de</strong> Castro Laboreiro.<br />

5. miniana (Samp.)<br />

-j- Fólbas ovado-oblongas (puberulento-pubescentes<br />

na página superior e subtomentosas na inferior),<br />

as inferiores atenuadas no pecíolo; brácteas menores<br />

que os pedicelos (cerca <strong>de</strong> 1<br />

/ 2 ); cacbo um<br />

tanto frouxo; corola purpureo-rosada, menos maculada.<br />

Planta mais <strong>de</strong>lgada e <strong>de</strong> menor porteβ-6 dm.). 2í. Agosto. Serra da Estrila: Cováo das


i6o António Xavier Pereira Coutinho<br />

Vacas, Cântaro Magro, subesp. neva<strong>de</strong>nsis (Kze.)<br />

Cápsula saliente do cálice; pedicelos maiores que o cálice.<br />

Plantas vivazes 2<br />

Planta <strong>de</strong> pequeno porte (2-3,5 dm.), pouco folhosa,<br />

puberulento-subtomentosa, esbranquiçada; fôlhas lanceoladas,<br />

crenadas, as basilares pecioladas e persistentes<br />

na floração, as caulinares semi-amplexicaules; segmentos<br />

do cálice ovados, obtusos; corola (cêrsa <strong>de</strong> 30 mm.)<br />

purpúrea, pontuada internamente; brácteas muito menores<br />

que os pedicelos. %. Junho. Trás-os-Montes:<br />

próximo do Vimioso D. minor, L.<br />

Planta elevada (2,5-7 dm.), bastante folhosa, pubescente-<br />

-tomentosa, amarelada, glutinosa, com o caule tomentoso<br />

ou <strong>de</strong>nsamente pubescente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base até ao<br />

cimo; fôlhas ovado-elípticas, <strong>de</strong>nticuladas ou <strong>de</strong>ntadas,<br />

tomentosas ou pubescentes nas 2 páginas, as basilares<br />

pecioladas e quási secas na floração, as caulinares<br />

<strong>de</strong>currentes; segmentos do cálice ovado-lanceolados,<br />

agudos; corola (<strong>de</strong> 30-40 mm.) purpurascente, com<br />

poucas pontuações internas; brácteas maiores ou menores<br />

que os pedicelos. %. Maio-Agosto. Montanhas, terrenos<br />

secos, caminhos, margens arenosas dos rios: Trás-<br />

-os-Montes, Minho, Beiras, Alto Alent. . D. Thapsi, L.<br />

Caule glabro, quási lustroso; fôlhas caulinares glabras<br />

nas 2 páginas ou peludas na inferior junto às<br />

nervuras. Planta elevada (5-9 dm.), com a corola<br />

um pouco menor. Lugares áridos e pedregosos:<br />

margens do Douro. . . S. Amandiana (Samp.)<br />

Pág. 562 e 563.— Dispermotheca viscosa (L.), Beauverd var.<br />

lusitanica, Beauv.<br />

£ assim que numa revisão do seu género Dispermotheca o sr. G. Beauverd inscreve<br />

a nossa planta portuguesa. Admite apenas duas espécies neste Género: D. viscosa (L.),<br />

muito polimorfa, e D. granatensis (Bss.). Substituam-se como segue as duas últimas<br />

linhas da página 562 da Flora e as 4 primeiras da página 563:<br />

Planta polimorfa, elevada e muito ramosa, com os ramos<br />

divergentes, rígida, glanduloso-viscosa, aromática; corola amarei?,<br />

<strong>de</strong> 6-7 mm.; segmentos do cálice ovados, obtusos; inflores-


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 161<br />

cencías <strong>de</strong>nsas e um tanto curtas; fôlhas subopostas, largamente<br />

lineares. O. D. viscosa (L.), Beauverd.<br />

Planta <strong>de</strong> 4-7 dm., muito puberulento-glandulosa, com as<br />

fôlhas espessas, <strong>de</strong> margem enrolada, muito glandolosas;<br />

ramos superiores com poucos ramúsculos. Julho-Set. Montejunto,<br />

Montes dos arredores <strong>de</strong> Setúbal, Arrábida.<br />

var. lusitanica, Beauv.<br />

Pág. 563. — Euphrasia hirtella, Jord.<br />

Intercalem-se, como abaixo, o novo Género e a respectiva espécie .-<br />

659 bis. Euphrasia, L. Flores dispostas na axila <strong>de</strong> brácteas<br />

foliáceas em espiga um tanto frouxa; cálice tubuloso, 4-fendido;<br />

corola 2-labiada, com os 3 lóbulos do lábio inferior chanfrados;<br />

estames 4-didinâmicos, com as anteras <strong>de</strong>sigualmente mucronadas;<br />

cápsula comprimida, oblonga, troncada, polispérmica;<br />

sementes fusiformes, <strong>de</strong> 1-1,5 mm., estriado-costadas. Plantas<br />

anuais, com fôlhas largas.<br />

Corola branca, violáceo-estriada; cápsula peluda no cimo;<br />

fôlhas inferiores ovado-acunbeadas com <strong>de</strong>ntes obtusos, e<br />

as restantes largamente ovadas com <strong>de</strong>ntes agudos;<br />

brácteas oArado-suborbiculares, agudamente <strong>de</strong>ntadas.<br />

Planta <strong>de</strong> 1-2 dm., ramosa inferiormente com os ramos<br />

ascen<strong>de</strong>ntes, vestida <strong>de</strong> pêlos curtos crespos e com pêlos<br />

glandulosos maiores na parte superior. 0. Junho-Jul.<br />

Trás-os-Montes: nos lameiros (arred. do Vimioso).<br />

E. hirtella, Jord.<br />

Pág. 564.— Género 664. PediCUlariS, L. Na 6. a linha da <strong>de</strong>scrição<br />

dêste Género, on<strong>de</strong> se lê—(na eSp. pOrt.) —leia-se— (nas espécies pOrtUguesas).<br />

Pedicularis palustris, L.<br />

Introduza-se esta espécie substituindo na Flora a chave das espécies pela seguinte:<br />

Multicaule, <strong>de</strong> 0,5-2,5 dm., com os caules <strong>de</strong> ordinário<br />

simples, o central erecto e florífero quási até à base, e os<br />

laterais difusos ou ascen<strong>de</strong>ntes floríferos até cerca <strong>de</strong> meio;<br />

<strong>de</strong>ntes do cálice 4 subiguais crenulados e o 5.° menor<br />

subinteiro; cápsula menor que o cálice; fôlhas ver<strong>de</strong>-pálidas,<br />

com os segmentos estreitos e os lóbulos não ou<br />

pouco calosos na extremida<strong>de</strong>. % ou S. Maio-Jul. Lamei-<br />

21


i6z<br />

António Xavier Pereira Coutinho<br />

rose prados húmidos, paúes, matas e lugares arenosos:<br />

Serra <strong>de</strong> Montezinho, Alto Minho, Serra da Estrela.<br />

P. silvática, F.<br />

Caule central maior (0,5-3,5 dm.), <strong>de</strong> ordinário florífero<br />

só na meta<strong>de</strong> superior, poucas vezes quási até à base<br />

ou nulo ; fôlhas ver<strong>de</strong>-escuras, mais fundamente recortadas,<br />

sub-2-penatipartidas. Planta mais ou menos<br />

vilosa na parte superior, raras vezes tôda glabrescente<br />

(forma glabrescens). Quási todo o país: mais freqüente<br />

no TSlorte e Centro.<br />

b. lusitanica (Hoffgg. et Lk.), Ficalho.<br />

Unicaule, <strong>de</strong> 2-3 dm., com o caule avermelhado, levantado,<br />

ramoso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, florífero na meta<strong>de</strong> superior; <strong>de</strong>ntes<br />

do cálice todos 5 largamente crespo-<strong>de</strong>nticulados; cápsula<br />

um pouco maior que o cálice; fôlhas penatisectas, com os<br />

segmentos mais largos, lobados e crespo-crenulados, terminados<br />

em calo branco muito evi<strong>de</strong>nte, o. Maio. Lameiros<br />

húmidos: Bragança (l) P. palustris, L.<br />

Família 124 — Plantagináceas<br />

Pág. 575 .— Plantago, L.<br />

Substitua-se a chave 5 da Flora pela seguinte, e suprima-se a chave 4:<br />

Fôlbas trigonais, aquílbadas, estreitamente lineares (1<br />

mm. <strong>de</strong> largura ou menos), rígidas, mais ou menos<br />

curvo-falciformes, inteiras, acutiúsculas, glabrescentes<br />

ou peludo-vílosas. Planta vivaz, com ramos curtos<br />

lenhosos epígeos e as fôlhas reunidas na extremida<strong>de</strong><br />

dos ramos; brácteas ver<strong>de</strong>s ou escuras no cimo, proximamente<br />

do tamanbo dos cálices; pedúnculos <strong>de</strong> 0,4-2<br />

dm., <strong>de</strong>lgados, vestidos <strong>de</strong> pêlos curtos e aplicados. 2f.<br />

Maio-Jul. Lugares pedregosos e áridos: Trás-os-Mon-<br />

5 \ tes, Beira transm. . . . . . P. recurvata, L.<br />

(l) Vi um único exemplar português <strong>de</strong>sta espécie; foi colhido por mim em 1878,<br />

quando começava em Bragança as minhas herborizações e está <strong>de</strong>positado no meu Herbário<br />

em óptimo estado <strong>de</strong> conservação; foi inicialmente <strong>de</strong>terminado por um principiante<br />

como var. latifolia da P. silvática e assim passou irreflectidamente à Flora. Exame mais<br />

atento mostrou-me agora o seu verda<strong>de</strong>iro significado.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 163<br />

Planta <strong>de</strong>nsamente cespitosa, <strong>de</strong> muito pequeno<br />

porte; fôlhas <strong>de</strong> 0,5-2 cm., glabras, só viloso-lanuginosas<br />

na base; pedúnculos <strong>de</strong> 1-3 cm.; espiga<br />

muito curta, com as brácteas submaiores que o<br />

cálice. Serras do Soajo, Marão e Estrela.<br />

(B. capitellata (Ram.)<br />

Brácteas, muito maiores que as flôres, longamente<br />

acuminadas ; pedúnculos um tanto robustos, <strong>de</strong> 0,6-2<br />

dm.; espiga um pouco mais grossa. Bragança.<br />

7, longibracteata, Kocb.<br />

Brácteas, muito maiores que as flôres, por fim endurecidas,<br />

<strong>de</strong>negridas e recurvadas ; fôlhas mais rígidas,<br />

subvulnerantes. Areias e rochedos do litoral: Baixo<br />

Alentejo e Algarve. â. bracteosa (Wk.)<br />

Fôlbas planas ou semi-roliças (inteiras ou não) . . 6<br />

Acrescentem-se os habitats seguintes:<br />

Pág. 576. — Plantago Coronopus, L. ?. simplex, Bss. Alhandra,<br />

Beja, Serra <strong>de</strong> Ossa e Faro.<br />

Pág. 577.— Plantago Loeflingii, L. Trás-os-Montes (Vimioso),<br />

Beira transm. (Trancoso).<br />

Família 125 — Rubiáceas<br />

Pág. 582. — Galium fruticescens, Cav. var. caespitosum, Wk,<br />

et Costa.<br />

Para introduzir na Flora esta nova espécie, substitua-se pela seguinte a cbave 6, no<br />

final da cbave 8 em vez do algarismo 9 leia-se 8 bis, e intercale-se a seguir esta nova<br />

cbave 8 bis:<br />

f Caules lisos; fôlhas com a margem mais ou menos<br />

g j antrorso-aculeolada. Plantas vivazes ou poucas vezes<br />

subarbustivas 7<br />

Caules retrorso-aculeolados 11<br />

Plantas não rastejantes, berbáceas 9<br />

Planta rastejante, estolbosa, rígida, com os caules lenbo-<br />

8 sos na base, ascen<strong>de</strong>ntes, mais ou menos peludo-áspebis<br />

~I ros; fôlhas 6-10 em cada verticilo, lineares ou lanceo-


164 António Xavier Peieira Coutinho<br />

lado-lineares, curvas no cimo, mucronadas; pedicelos<br />

erectos, menores que as flôres. t . G. fruticescens, Cav.<br />

Caules muito ramosos da base, cespitosos, com entre-<br />

-nós curtos; fôlfias curtas e um tanto largas ¡panícula<br />

pequena, pauciflora. Julho. Estrem.: Montejunto.<br />

. . . var. caespitosum, Wk. et Costa.<br />

Pág. 583.— Galium uliginosum, L. b. Langei, P. Cout. (l) —<br />

G. uliginosum, L. b. helo<strong>de</strong>s, Lge., non Hoffgg. et Lk.<br />

Substitua-se a cbave 12 pelas 2 seguintes :<br />

Plantas vivazes; fôlhas com a margem mais ou menos<br />

enrolada, retrorso-aculeolada, 4-8 em cada verticilo;<br />

corola branca 12 bis<br />

Plantas anuais; fôlhas com a margem antrorso-aculeolada,<br />

lisas na página superior 13<br />

Panícula pouco larga, com os ramos curtos e um tanto levantados;<br />

pedicelos quási do tamanho das flôres ou menores ;<br />

fôlhas 6-8 em cada verticilo, patentes ou erectas, lanceoladas,<br />

lisas na página superior, mucronadas. Planta<br />

débil, ascen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> 3-5 dm. 21. . G. uliginosum, L.<br />

Fôlhas lineares, estreitamente enroladas, cobertas <strong>de</strong><br />

papilas ásperas na página superior; raminhos da<br />

panícula subcapilares. Planta ascen<strong>de</strong>nte-erecta,<br />

elevada <strong>de</strong> 5-7 dm. Julho. Trás-os-Montes (Bragança)<br />

e Minho (Melgaço) . . b. Langei, P. Cout.<br />

Panícula muito larga, com os ramos compridos e divaricados,<br />

subcapilares; pedicelos maiores que as flôres;<br />

fôlhas mais ou menos papiloso-ásperas na página<br />

{ superior, as dos caules estéreis e as inferiores dos caules<br />

(l) Galium Uliginosum, L. b. Langei, P. Cout. = G. uliginosum, L.<br />

(5. helo<strong>de</strong>s, Lge. non Hoffgg. et Lk Foliis anguste lincaribus, margine revolutis,<br />

patentibus vel erectís; panicula elongata, ramis ascen<strong>de</strong>ntibus, ramulis subcapillaribus.<br />

Planta adscen<strong>de</strong>nti-erecta, 5-7 dm. alta. A G. helo<strong>de</strong>, Hoffgg. et Lk. facile distincta:<br />

panicula angustiore, ramis brevioríbus adscen<strong>de</strong>ntibus (nec ampla, ramis longis divaticatis),<br />

pedicellis flore vix vel parum longioribus, foliis anguste linearibus, patentibus vel erectis<br />

(nec late ovatis vel sublanceolatis, patentibus vel reflexis), caulibus nec flaccidis<br />

firmioribus et suberectis, etc.<br />

Esta curiosa planta foi colhida no Norte pelo meu antigo colega do Instituto Dr.<br />

Silva Rosa, hoje já falecido. Conservo no meu Herbário um bom exemplar.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 165<br />

12 ^ férteis 4-nadas, largamente obovadas, as restantes dos<br />

bis caules férteis 4-7 em cada verticilo sublanceoladas ou<br />

oblongo-líneares, patentes ou retroflectidas, Planta com<br />

caules estéreis curtos, prostrados, e caules férteis <strong>de</strong><br />

2-10 dm., ascen<strong>de</strong>ntes, flácidos, <strong>de</strong>lgados, frágeis. %.<br />

Abril-Julho. Margens dos rios, lugares húmidos, sebes:<br />

ç[uási todo o país (freqüente). G. helo<strong>de</strong>s, Hoffgg. et Lk.<br />

Pág. 584.— Galium Aparine, L. b. tenerum (Schleich.) = G.<br />

Aparine, L. P. minus, P. Cout.<br />

Substitua-se na cbave 17 a primeira <strong>de</strong>nominação, bem como a respectiva <strong>de</strong>scrição,<br />

do modo seguinte:<br />

Aquénios medíocres (cerca <strong>de</strong> 1,5 mm.), com pêlos como no<br />

tipo. Planta <strong>de</strong>lgada, débil, <strong>de</strong> 1-5 dm., com as fôlhas<br />

oblongo-lanceoladas e as cimeiras paucifloras. Trás-os-<br />

-Montes: Miranda do Douro, Bragança.<br />

b. tenerum (Sckleick.)<br />

Amplie-se o habitat das seguintes duas espécies :<br />

Pág. 585.— (Ckave 23). Galium minutulum, Jord. — Estrem.<br />

(Serra <strong>de</strong> Sintra), Alent. lit. (próx. <strong>de</strong> Grândola, Serra da<br />

Caveira).<br />

Pág. 585.— (Cbave 23). Galium múrale, Ali.— Quási todo<br />

o país.<br />

Família 126 — Caprifoliáceas<br />

Pág. 588.— Lonicera etrUSCa, Santi. Inscreva-se o seu habitat — De<br />

Trás-os Montes e Minho ao Algarve.<br />

Família 127 — Valerianáceas<br />

Pág. 588.— Nas Cbaves dos Géneros substitua-se pela seguinte a cbave 3:<br />

Corola subbilabiada, com o tubo comprido, purpúrea;<br />

estames 2, ou 3 dos quais 2 a<strong>de</strong>rentes.<br />

Fedia, Moencb. (pág. 589)<br />

Corola subregular, com o tubo curto, pálido-lilacínea;<br />

estames 3 . . . . Valerianella, Hall. (pág. 589)


166 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 588.— CentratlthUS rUber (F-), DC. Emen<strong>de</strong>-se-lhe o habitat —<br />

De Trás-os-Montes ao Algarve.<br />

Pág. 589.— Fedia caput-bovis, Pomel.<br />

Substitua-se o quadro das espécies do Género Fedia na Flora pelas seguintes chaves :<br />

Frutos ovado-arredondados, íntumecidos, com os lóculos<br />

estéreis mais largos que o fértil e o limbo do cálice<br />

pequeno, cupuliforme; corola com o tubo comprido<br />

(forma típica) ou muito comprido e <strong>de</strong>lgado (forma<br />

graciliflora [Fisch, et Mey.],); fôlhas inteiras ou levemente<br />

<strong>de</strong>ntadas na base, as inferiores obtusas, obovadas,<br />

e as superiores acutíúsculas ovadas ou elípticas. Planta<br />

glabrescente, <strong>de</strong> 1-3 dm. O. Abril-Jun. Lugares secos,<br />

searas, muros: Estrem., Alent. lit., Algarve.<br />

F. Cornucopiae (L.), Gaertn.<br />

Frutos oblongo-lineares, estreitos, com os lóculos estéreis<br />

menores que o fértil 2<br />

Frutos coroados pelo limbo do cálice muito pequeno, obliquamente<br />

cupuliforme; corola <strong>de</strong> ordinário com o tubo<br />

bastante comprido e <strong>de</strong>lgado. 0. Abril-Jun. Searas,<br />

charnecas: Alto e Baixo Alent., Algarve.<br />

(l) F. scorpioi<strong>de</strong>s, Dufresne.<br />

Frutos coroados pelo limbo do cálice com 2 <strong>de</strong>ntes muito<br />

gran<strong>de</strong>s, corniformes; corola com o tubo muito comprido.<br />

©. Abril-Jun. Vinhas, campos, talu<strong>de</strong>s: arredores<br />

<strong>de</strong> Runa (Panasqueira) . . . F. caput-bovis, Pomel.<br />

Pág. 589.- Género 686. Valerianella, Hall. — Flores dispostas<br />

em cimeiras, com os eixos <strong>de</strong>lgados ou menos vezes grossos;<br />

Substitua-se como acima o princípio da <strong>de</strong>scrição dêste Género na Flora.<br />

Pág. 590.—valerianella echinata (L.), DC.<br />

Deve ser colocada esta espécie, antes da chave 1, do seguinte modo :<br />

Cimeira <strong>de</strong>nsamente fastigiado-capítada, com os eixos<br />

por fim muito grossos; cálice frutífero 3-corne, com as<br />

pontas cónicas recurvadas, a média maior; fruto oblongo,<br />

glabro, com os lóculos estéreis estreitos, muito me­<br />

ti) Segundo o sr. D. Carlos Pau Fedia scorpioi<strong>de</strong>s, Dufr. = F. <strong>de</strong>cipiens, Pomel.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 167<br />

; ñores que o fértil. Planta <strong>de</strong> 1-3 dm., glabra, dicotómico-ramoga.<br />

©. Maio. Barca <strong>de</strong> Alva.<br />

V. echinata (L.), DC.<br />

Cimeira com os eixos <strong>de</strong>lgados. . . . . . . . 1<br />

Família 128 — Dipsacáceas<br />

Pág. 593.—Género 690. Knautia:<br />

O Prof. Dr. Z. Srahó, <strong>de</strong> Budapeste, em carta ulterior (20 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1932)<br />

rectifica novamente a <strong>de</strong>terminação das duas especies dêste Género ; diz que a K. arvensis<br />

da Flora <strong>de</strong>ve inscrever-se como K. subscaposa, Bss. et Reut.; quanto à K. silvática da<br />

Flora consi<strong>de</strong>ra o exemplar que lhe enviei incompleto e por isso muito duvidoso, mas que<br />

talvez pertença à K. legionensis (Lag.),<br />

Pág. 594.— Pterocephafus papposus (L.), Coult.— Trás-os-<br />

-Montes (Vimioso), Beiras, Estrem., Alentejo.<br />

Inscreva-se-lhe o habitat como acima.<br />

Família 130 — Campanuláceas<br />

Pág. 602.— Specularia hybrida (L.), A. DC. Amplie-se o seu habitat<br />

— De Trás-os-Montes ao Algarve.<br />

Pág. 603.— Jasione corymbosa, Poir. (5. blepharodon (Bss. et<br />

Reut.), Batt. et Trab. Rectifique-se-lhe o habitat — Alto e Baixo Alent.,<br />

Algarve.<br />

Pág. 603. — Jasione amethistina, Lag. et Rodr.<br />

Amplie-se como segue a chave 3 da pág. 6o3, para introduzir esta nova espécie.<br />

Plantas, das altitu<strong>de</strong>s elevadas, geralmente mais ou menos<br />

peludas 3 bis<br />

Planta, das areias marítimas, glabrescente ou curtamente<br />

peludo-vilosa; brácteas do invólucro subinteiras ou<br />

2 crenadas; caules floríferos <strong>de</strong> 4-7 dm., mediocremente<br />

nus no cimo; capítulos <strong>de</strong> 6-15 mm. <strong>de</strong> diam.; fôlhas<br />

obovadas ou obovado-oblongas, um tanto grossas e<br />

lustrosas, com a margem espessa ou enrolada, bem<br />

como as brácteas. %. Julho-Dez. Póvoa <strong>de</strong> Varzim, Leça,<br />

Foz do Douro, Gaia, Espinho. . J. lusitanica, A. DC.


168 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Segmentos do cálice rígidos, subpungentes, lanuginosos;<br />

brácteas do invólucro ver<strong>de</strong>s, mais ou menos crenadas;<br />

caules íloríferos, <strong>de</strong> ordinário brevemente nús no cimo,<br />

<strong>de</strong> 0,5-3 dm.; capítulos <strong>de</strong> 7-22 mm. <strong>de</strong> diam.; fôlhas<br />

oblongo-obovadas ou oblongo-espatuladas, com a margem<br />

espessa ou enrolada, bem como as brácteas. Planta<br />

vílosa ou viloso-lanosa. 21. Maio-Agosto. Sítios áridos,<br />

secos ou pedregosos: Trás-os-Montes, Serras do Gerez<br />

e da Estrela J. humilis (Pers.), Lois.<br />

Segmentos do cálice moles, <strong>de</strong> ordinário glabros; brácteas<br />

do invólucro ametistineas, inteiras; caules floríferos,<br />

folbosos até ao cimo ou quási, <strong>de</strong> 1-2,5 dm.; fôlhas<br />

oblongo-espatuladas ou linear-espatuladas, pouco espessas<br />

na margem, bem como as brácteas. Planta glabra<br />

ou mais ou menos bírsuta. 21. Maio-Agosto. Serra do<br />

Gerez, na parte alta. . * J. amethistina, Lag. et Rodr.<br />

Família 131 — Compostas<br />

Pág. 615.— Erigeron mucronatas, DC. — Cultiv. nos jardins<br />

e subespont. nos arred. do Porto, nos arred. <strong>de</strong> Ferreira do<br />

Zêzere e nos arred. <strong>de</strong> Lisboa. (Orig. do México).<br />

Substitua-se-lhe o habitat como acima.<br />

Pág. 616. — Evax pygmaea (L.), Brot. (1804) =2J. pygmaea<br />

(L.), Pers. (1807).<br />

Substitua-se na Flora pela primeira <strong>de</strong>nominação, mais antiga, a segunda e mais<br />

mo<strong>de</strong>rna.<br />

Pág. 616.— Evax Cavanillesii, Ro Uy.— Emen<strong>de</strong>-se, como abaixo:<br />

Fôlbas múticas ou muito brevemente mucronadas;<br />

as c(ue ro<strong>de</strong>iam o glomérulo dos capítulos pouco<br />

maiores que êle, patente-erectas. Planta <strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong><br />

0,5-2 cm., simples ou ramosa da base, lanuginoso-<br />

-tomentosa. ©. Maio-Jun. Minho, Beira, Estrem.,<br />

Alent. lit E. Cavanillesii, Rouy.<br />

Fôlbas que ro<strong>de</strong>iam o glomérulo dos capítulos<br />

mais patentes e relativamente maiores. Planta<br />

<strong>de</strong> 2-4 cm. Trás-os-Montes.<br />

2 ' (3. carpetana (Lge.), Rouy.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 169<br />

Ampliem-se os habitats das seguintes espécies, conforme vai indicado:<br />

Pá*. 617 .— Filago gallica, L. v . longibracteata, Wk.— Trás-<br />

-os-Montes, Algarve.<br />

Pá*. 619.— Gnaphalium uliginosum, L-—Disseminado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Trás-os-Montes e Minho ao Alentejo.<br />

Pá*. 621.— Inula graveolens (L.), Desf. — Chaves, janto às<br />

muralhas, Adorigo, arred. <strong>de</strong> Sintra, Alcochete.<br />

Pá*. 621.— Pulicaria vulgaris, Gaertn.<br />

Inclua-se esta nova espécie, modificando como abaixo a cbave 1 e a meta<strong>de</strong> superior<br />

da cbave 2 :<br />

1<br />

bis<br />

Plantas anuais, com capítulos pequenos ou medíocres<br />

(7-20 mm. <strong>de</strong> diam.) .1 bis<br />

Plantas vivazes, com capítulos majúsculos ou gran<strong>de</strong>s<br />

(18-40 mm. <strong>de</strong> díam.); íôlbas gran<strong>de</strong>s e largas . . 3<br />

Lígulas erectas, curtas, menores que o invólucro ou pouco<br />

o exce<strong>de</strong>ndo; fôlhas lanceoladas ou oblongas, onduladas,,<br />

as inferiores atenuadas em longo pecíolo, as<br />

superiores <strong>de</strong> base arredondada semi-amplexicaule;<br />

pedúnculos curtos. Planta ramosa, fétida, tearâneo-<br />

-pubescente, subviscosa. 0. Julho-Agosto. Trás-os-Montes:<br />

arred. do Vimioso. . . . * P. vulgaris, Gaertn.<br />

Lígulas mais ou menos patentes e que exce<strong>de</strong>m o invólucro;<br />

fôlhas pequenas ou estreitas 2<br />

Capítulos pequenos, campanulado-cilíndricos, com pedúnculos<br />

curtos; fôlhas pequenas, espatulado-oblongas,<br />

obtusas ou obtusiúsculas, enroladas na margem. Planta<br />

<strong>de</strong> 0,6-2 dm., ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, <strong>de</strong>nsamente folhosa,<br />

hirsuta. ©. Julho-Agosto. Rochedos das Berlengas.<br />

P. microcephala, Lge.<br />

Pág. 623. — Odontospermum maritimum (L.), Schultz-Bip.<br />

"/. littorale (Jord. et Fourr.).<br />

a <strong>de</strong>scrição.<br />

Vi plantas portuguesas <strong>de</strong>sta varieda<strong>de</strong> ; tire-se-lbe pois o * e corrija-se levemente<br />

23


i7o António Xavier Pereira Coutinho<br />

Planta <strong>de</strong>lgada, elevada (até 4 dm.), com os caules simples<br />

ou providos <strong>de</strong> 1-2 ramos próximo do cimo, e com os<br />

capítulos menores. Algarve: arred. <strong>de</strong> Portimão (Praia<br />

da Rocha). . . fi. littorale (Jord. et Fourr.) [Rouy]<br />

Pág. 624.— Xanthium brasilicum, Veloso (l). Substitua-se ao<br />

X. strumarium da Flora.<br />

Inscreva-se como abaixo o habitat das duas seguintes espécies:<br />

Pág. 627. — (Chave 4). Anthemis mixta, L. — <strong>de</strong> Trás-os-<br />

-Montes e Minho ao Algarve (freqüente).<br />

Pág. 628. — Anacycius clavatus (Desf.), Pers. — Trás-os-<br />

-Montes (Miranda do Douro), Minho, Beira transm.<br />

Pág. 630. — (Chave 5). Matricaria maritima, L.<br />

Suprima-se-lbe o *, pois vi exemplares, trazidos dos arredores <strong>de</strong> Aveiro, lugar<br />

único on<strong>de</strong> está indicada.<br />

Pág. 636. — (Chave 8). Artemísia glutinosa, Gay e Artemísia<br />

variabilis, Ten.<br />

O exame <strong>de</strong> novos exemplares permitiu-me precisar melbor as diferenças <strong>de</strong>stas duas<br />

espécies e suprimir o * da segunda. Substitua-se peis a cbave 8 da Flora pela seguinte:<br />

Capítulos pequenos (2-3 mm. <strong>de</strong> comprimento); panícula<br />

fortemente viscosa na parte superior, bastante ramosa,<br />

com os ramos não muito <strong>de</strong>lgados e mais ou menos<br />

patentes; segmentos das fôlhas estreitos. Planta <strong>de</strong> 4-6<br />

dm. t . Agosto-Set. Terrenos arenosos, pedregosos e<br />

áridos: Douro (arred. do Porto), Alent. lit. (Milfontes)<br />

8 A. glutinosa, Gay.<br />

Capítulos muito pequenos (1-2 mm. <strong>de</strong> comprimento);<br />

panícula não ou pouco viscosa no cimo, muito ramosa,<br />

com os ramos muito <strong>de</strong>lgados e muito compridos ascen<strong>de</strong>ntes;<br />

segmentos das fôlhas estreitíssimos. Planta mais<br />

elevada, chegando a cerca <strong>de</strong> 1 III. | . Julho-Out. Terrenos<br />

\ arenosos, estéreis, margens dos campos e caminhos:<br />

X. brasilicum, Veloso (l827); X. antiquorum, Wallr. (1844). — Ex F. Wid<strong>de</strong>r<br />

Die Arten Der Gattung Xanthium (l923).


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal i7i<br />

8 \ Minho (Melgaço), Douro (margens do rio), Beira<br />

central e merid. (Malpica, Vila Velha <strong>de</strong> Rodam,<br />

Abrantes).<br />

Abrotano macho, Erva lombrigueira. A. variabilis, Ten.<br />

Pá*. 639.— (Ckave 6). Senecio vulgaris, L. r<br />

p. radiatus, Wk.<br />

Inscreva-se sob a <strong>de</strong>scrição da espécie:<br />

Flores marginais Iiguladas, com lígulas curtas, estreitamente<br />

lineares. Algarve: arred. <strong>de</strong> Portimão (Praia da Rocha).<br />

p. radiatus, Wk.<br />

Pá*. 640.— (Ckave 9). Senecio Cineraria, DC.— rochedos<br />

marítimos: Minho, Douro e Estrem. (Estoril); também cult.<br />

Alargue-se o habitat da espécie acima, e igualmente da seguinte como é indicado :<br />

Pá*. 640.— (Ckave 10). Senecio praealtus, Bert.— <strong>de</strong> Trás-<br />

-os-Montes ao Algarve.<br />

Pá*. 640.—(Ckave 11). Senecio aquaticus. Huds. p. pratensis,<br />

Richt.<br />

Vi exemplares da var. colhidos no Algarve próx. <strong>de</strong> Silves —; aponte-se<br />

a localida<strong>de</strong> e corte-se o *.<br />

Pág. 641.— (Ckave 14). Senecio Jacquinianus, Rchb.<br />

Substitua-se a <strong>de</strong>scrição pela seguinte e suprima-se o * :<br />

Fôlkas largas ovado-lanceoladas, finamente <strong>de</strong>ntadas,<br />

brevemente celkeadas e mais ou menos puberulentas<br />

na página inferior; brácteas acessórias quási do tamanho<br />

do invólucro; aquénios glabros ; capítulos gran<strong>de</strong>s,<br />

numerosos. Planta <strong>de</strong> 1 III. e mais, glabrescente ou<br />

puberulenta. 21. Alto Minho : Serra <strong>de</strong> Castro Laboreiro<br />

14 { (Alcobaça) S. Jacquinianus, Rchb.<br />

Amplie-se o habitat das duas seguintes espécies, prolongando-o até ao Algarve.<br />

Pág. 642.— (Chave 4). Calendula lusitanica, Bss. ('. transtagana,<br />

Mariz. — Sintra, Almada, Porto-Brandão, Monchique,<br />

Praia da Rocha.


l72 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág, 643. — Arctotis calendulacea, Willd. — Subespont. na<br />

Estrem., Alent. lit., Baixo Alent. e Algarve (arred. <strong>de</strong> Faro).<br />

[Orig. do Cabo da Boa Esperança].<br />

Pág. 644.— Carlina corymbosa, L. ¡3. involucrata (Poir.).<br />

Vi exemplares da varieda<strong>de</strong> provenientes <strong>de</strong> Sintra; corte-se-lhe o *'.<br />

Aumente-se a área <strong>de</strong> habitação das três espécies seguintes :<br />

Pág. 645.— Carlina racemosa, L.—<strong>de</strong> Trás-os-Montes, (Bragança)<br />

ao Algarve.<br />

y kg. 646.— Staehelina dúbia, L.— Trás-os-Montes, Beira lit.,<br />

Estrem., Alent. e Algarve.<br />

Pág. 646. —Carduus Reuterianus, Bss. — Trás-os-Montes,<br />

(arred. do Vimioso), Baixas do Guadiana, (arred. <strong>de</strong> Serpa).<br />

Pag. 647.— Carduus Broteroi, Welw.<br />

Substitua-se a chave 5 pela seguinte:<br />

Capítulos com invólucro muito tearâneo, umbilicado na<br />

base; brácteas do invólucro linear-assoveladas, insensivelmente<br />

acuminadas em espinbo forte, erecto-patentes,<br />

as externas e as médias por fim arqueadas para fora;<br />

asas do caule estreitas, interrompidas; f ôlbas penatifendidas<br />

ou roncinado-penatipartidas, tearâneas nas<br />

duas páginas e por fim glabrescentes ou glabras; espij-<br />

nbos das asas do caule e das fôlhas numerosos, aproximados,<br />

mayúsculos. Planta <strong>de</strong> 2-10 dm., erecta, simples<br />

ou com poucos ramos, levantados. 0' ou S. Março-<br />

Agosto. Terrenos incultos, matos, areias: Trás-os-<br />

-Montes, Beiras, Estrem., Alto Alent. e Alent. lit.<br />

C. Broteroi, Welw.<br />

Capítulos com invólucro glabro ou glabrestente; brácteas.<br />

do invólucro externas e médias arqueadas para fora e<br />

por fim retroflectidas. 6<br />

Pág. 647.— (Cbave 6). Carduus platypus, Lge. var. granatensis<br />

(Wk.)— Trás-os-Montes (próx. <strong>de</strong> Miranda do Douro),<br />

Beiras, Estrem. e Alto Alent.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal i73<br />

Indique-se como acima o hábitat <strong>de</strong>sta varieda<strong>de</strong>.<br />

Pág. 648.— Cirsium syriacum (L.), Gaertn., varieda<strong>de</strong>s:<br />

Substituam-se as chaves 1 e 2 <strong>de</strong>sta maneira:<br />

Capítulos agregados no cimo do caule ou dos ramos e<br />

<strong>de</strong>nsamente envolvidos pelas fôlhas superiores, mais ou<br />

I menos numerosas 2<br />

Capítulos solitários ou agregados e não envolvidos pelas<br />

fôlhas superiores 3<br />

Brácteas do invólucro terminadas em espinho simples,<br />

trigonal; caule anguloso-estriado, não alado; fôlhas<br />

coriáceas, ver<strong>de</strong>-lustrosas na página superior e com as<br />

nervuras brancas, puberulento-tearâneas na inferior,<br />

penatifendidas ou penatipartidas, muito espinhosas, as<br />

superiores auriculado-amplexicaules, não <strong>de</strong>currentes.<br />

Planta <strong>de</strong> 2-12 dm., simples ou ramosa, pubescente. 0.<br />

Abril-Juri. Terrenos cultivados e incultos, sebes, margens<br />

dos campos: Centro e Sul. C. syriacum (L.), Gaertn.<br />

Fôlhas mais largas, menos espinhosas, com espinhos<br />

mais curtos e mais <strong>de</strong>lgados; fôlhas que envolvem<br />

os capítulos pouco maiores que eles ou quási do<br />

mesmo tamanbo. Entre S. João e S. Pedro do<br />

Estoril latiíolium (DC.)<br />

Fôlhas mais estreitas, mais espinhosas, com espinhos<br />

fortes e mais alongados; fôlhas que envolvem<br />

os capítulos muito maiores que eles. Freqüente.<br />

[X bracteatum (Lk.), Rouy.<br />

Brácteas do invólucro terminadas em espinko pinulado,<br />

recurvado; caule alado-espinhoso; fôlhas subcoriáceas,<br />

glabrescentes na página superior e com a nervura média<br />

branca, tearâneo-esbranquiçadas na inferior, sinuado-<br />

-<strong>de</strong>ntadas com espinkos compridos amarelos, as caulinares<br />

<strong>de</strong>currentes. Planta <strong>de</strong> 2-12 dm., ramosa, tearâneo-<br />

-esbranquiçada ou subtomentosa. 0. Junho-Ãgosto.<br />

Terrenos pedregosos, estéreis ou áridos: Trás-os-Montes,<br />

Beiras, Estrem. Alent. e Algarve.<br />

C. Acarna (L.), Moenck.


174 António Xavier Pereira Coutinho<br />

Pág. 649.— (Chave 8). Cirsium palustre (L.), Scop. b. transmontanum,<br />

P. Cout. (l)<br />

Substitua-se a cbave 8 pela seguinte :<br />

Caule completamente alado até ao cimo; capítulos sésseis,<br />

numerosos, <strong>de</strong>nsamente aglomerados no cimo do caule<br />

e dos ramos ; invólucro ovói<strong>de</strong>, com as brácteas providas<br />

próximo do cimo <strong>de</strong> uma calosida<strong>de</strong> oblonga por<br />

fim negra e terminadas em espínula curta ; fôlhas penatifendidas<br />

ou penatipartidas com os segmentos 2-3-fendidos,<br />

tearâneas ou glabrescentes na página superior e<br />

<strong>de</strong> ordinário subtomentoso-tearâneas na inferior; espinhos<br />

das asas do caule e das fôlhas medíocres (não<br />

exce<strong>de</strong>ndo 5 mm.) amarelos. Planta <strong>de</strong> 3-12 dm. $.<br />

Maio-Agosto. Terrenos húmidos, pântanos, margens<br />

dos ribeiros, sebes: Norte e Centro. (Freqüente).<br />

. . C. palustre (L.), Scop.<br />

Fôlhas e asas do caule com espinhos mais compridos<br />

(6-8 mm-), muito numerosos e aproximados. Com<br />

o tipo, aqui e ali. . . 3. spinosissimum, Wh.<br />

Invólucro dos capítulos muito viscoso, com a espínula<br />

das brácteas curtíssima, inerme; asas do caule<br />

mais estreitas; espinhos das asas e fôlhas como no<br />

tipo, mas mais numerosos. Trás-os-Montes: Vimioso<br />

(Argoselo) . . . o. tansmontanum, P. Cout.<br />

Caule parcialmente alado; capítulos mais ou menos<br />

pedunculados 9<br />

Pág. 650 (Chave 11).— Cirsium anglicum (Lam.), DC.— Na<br />

mata das Mercês, entre Belas e Sintra.<br />

Suprima-se pois o asterisco. A gran<strong>de</strong>za dos espinhos nesta espécie e no C. êrumosum<br />

é bastante variável, portanto fraco distintivo ; julgo pois melhor cortar na chave<br />

11a parte que se refere aos espinhos.<br />

Cirsium palustre (L.), Scop. b. transmontanum, P. Cout. - Anthodio<br />

ovoi<strong>de</strong>o, 1 cm. circa longo, val<strong>de</strong> glutinoso, squamis in spinulam abbreviatam inermem<br />

<strong>de</strong>sinentibus, alís caulinis angustioribus, spinis alarum et foliorum, ut in typo 5 mm.<br />

haud exce<strong>de</strong>ntibus, sed numerosioribus. C. T)ucellieri, Maire, planta marrocana, nosrro<br />

affine, sed differt calathiis paulo majoribus, anthodio minus viscoso et squamis in<br />

spinulam paulo majorem <strong>de</strong>sinentibus.


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal i75<br />

Ampliem-se como vão indicados os habitats das seguintes quatro espécies:<br />

Pág. 651.— Cynara Tournefortii, Bss. et Reut. — arredores<br />

<strong>de</strong> Beja (Vale <strong>de</strong> Aguilhâo), próximo <strong>de</strong> Cuba, nos pousios e<br />

terras <strong>de</strong> lavoura.<br />

Pág. 651.— Galactites tomentosa, Mnch.— <strong>de</strong> Trás-os-Montes<br />

(Moncorvo) e Minho ao Algarve.<br />

Pág. 652.— Onopordon nervosum, Bss. — Beira meridional,<br />

Estrem., Ãlent. lit., Alto e Baixo Alent.<br />

Pág. 652.— Crupina acuta (Lam.). — Trás-os-Montes, Beira<br />

transm. e merid., Alent. litoral, Alto e Baixo Alent.<br />

Pág. 654.—^ Centáurea vicentina (Welw.), Mariz. — Corrijam-se<br />

na <strong>de</strong>scrição as dimensões e em vez <strong>de</strong> — (cerca <strong>de</strong> 2 dm.)— leia-se —(<strong>de</strong> 2-4 dm.).<br />

Tem sido às vezes empregado para esta espécie o nome <strong>de</strong> C. íraylensis, Salzm., que é<br />

<strong>de</strong>certo anterior, mas não foi acompanhado <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição, e por isso o não antepuz ao<br />

nome dado por Welwitsch, adoptado pelo falecido dr. Mariz na sua Monografia das<br />

Compostas Portuguesas, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>u uma bela <strong>de</strong>scrição e <strong>de</strong>senho da planta.<br />

Emen<strong>de</strong>-se o habitat das espécies seguintes :<br />

Pág. 654 (Chave 3).— Centáurea saimantica, L. — <strong>de</strong> Trás-<br />

-os-Montes (Moncorvo) ao Algarve.<br />

Pág. 659 (Chave 25).— Centáurea lusitanica, Bss. et Reut.—<br />

Beira merid. (Malpica), Beira lit., Estrem., Alent. lit. e Algarve.<br />

Pág. 661.— Scolymus maculatus, L.— Beira, Estrem., Alent.<br />

e Algarve.<br />

Pág. 661.— Scolymus hispanicus, L.— <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao<br />

Algarve (freqüente ).<br />

Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie cortem-se no final da l. a<br />

linha as palavras — mais OU<br />

menos curtas —.<br />

Pág. 664.— Arnoseris mínima (L-), Schweigger et Koerte<br />

(1811) = Arnoseris mínima (L.), Hoffgg. et Lk. (1820),<br />

segundos.<br />

Substituam-se na Flora os primeiros autores, que têm por si a priorida<strong>de</strong>, aos<br />

Pág. 666 (Ckave 2).— Leontodon hispidus, L for. hyoseroi<strong>de</strong>s<br />

(Koch.).<br />

Corrijam-se, como segue, na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie os caracteres diferenciais das<br />

suas duas formas:


i76 António Xavier Pereira Coutinho<br />

; fôlhas com pêlos 2-3-furcados numerosos (íorm. vulgaris<br />

Kock]) ou glabras ou glabrescentes (íorm. hyoseroi<strong>de</strong>s<br />

[Koch]).<br />

Pág. 667.— Leontodón hirtus, L. (= L. Villarsii, Lois., non<br />

Thrincia hirta, Roth.).<br />

A aproximação acima fundamenta-se nos estudos ulteriores do Sr. C. Lacaita,<br />

feitos sôbre o Herbário <strong>de</strong> Linneu. Suprima-se a nota <strong>de</strong>sta página da Flora.<br />

Pág. 670.— Scorzonera pinifolia, Gou. = Sc. ¿raminiíolia in<br />

Flora.<br />

Substitua-se a primeira <strong>de</strong>nominação à segunda.<br />

Pág. 670 (Chave 5).— Scorzonera humilis, L. var.<br />

A var. a plantaginea, que eu não vira, foi coibida <strong>de</strong>pois próximo às Caldas da<br />

Rainha; as três varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta espécie <strong>de</strong>vem ser melhor <strong>de</strong>finidas do modo seguinte:<br />

Fôlhas inferiores ovado-lanceoladas, 5-nérveas, com pecíolo<br />

curto. Planta simples, Serra do Gerez, Beira lit.,<br />

Estrem «. plantaginea (Schleích.), Schur.<br />

Fôlhas inferiores lanceoladas, 3-7-nérveas, com pecíolo<br />

comprido. Planta <strong>de</strong> ordinário ramosa. Beira lit., Estrem.,<br />

Âletit. lit (3. ramosa, Hoffgg. et Lk.<br />

Fôlhas todas sublíneares, estreitas, 3-nérveas. Planta <strong>de</strong><br />

ordinário simples. Do Minho ao Alent. lit.<br />

y. angustiíolia, Hoffgg. et Lk.<br />

Pág. 673.— Sonchus glaucescens, Jord,<br />

Pu<strong>de</strong> estudar ultimamente no campo êste Sonchus, aqui freqüente; a sua raiz é<br />

manifestamente bienal, e talvez mesmo às vezes perene (como Trabut a indica na Argélia),<br />

o que é bem comprovado pela posição lateral dos caules sôbre a raiz mais grossa do que<br />

ales. No entanto a raiz po<strong>de</strong> produzir caules floríferos logo no primeiro ano, apresentando-se<br />

então na extremida<strong>de</strong> basilar do caule e da mesma grossura <strong>de</strong>le, raiz que no ano<br />

seguinte será.bienal e mais grossa. Assim observei que nos terrenos das vinhas e pomares,<br />

cavados anualmente, em que as ervas espontâneas são arrancadas todos os anos, êste<br />

Sonchus parece anual; mas nos terrenos incultos, on<strong>de</strong> a raiz perdura e po<strong>de</strong> completar<br />

tôda a sua evolução, o mesmo Sonchus é sem dúvida bienal ( ou mesmo perene ?).<br />

Pág. 678. (Ckave 2). — Hieracium Pilosella, L. 3. Peleterianum<br />

(Mérat.).<br />

Intercale-se a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta var. a seguir à <strong>de</strong>scrição do H. Pilosella, pelo modo<br />

seguinte:


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 177<br />

Fstolhos curtos, <strong>de</strong> ordinário muito peludos e esbranquiçados,<br />

assim como os caules e as fôlhas; involucro não<br />

glanduloso, com pêlos alongados. Montalegre.<br />

fi. Peleterianum (Mérat).<br />

Pág. 679. (Chave 6). — Hieracium pallidum, Biv. b. comosulum,<br />

A.-Touvet. (= H. cinerascens, Auct. lusit., non Jord.) e<br />

H. lusitanicum, A.-Touvet. (= H. rupiculum, Wh. p. p. non<br />

Fr.).<br />

Emen<strong>de</strong>-se e amplie-se a Ckave 6 da maneira seguinte :<br />

Fôlhas ver<strong>de</strong>s, com pêlos moles e flexuosos, as basilares<br />

ovadas ou elípticas, mais ou menos cordiformes na base,<br />

<strong>de</strong>ntadas; estiletes lívidos; capítulos dispostos em corimbos,<br />

com os ramos arqueado-levantados. Planta <strong>de</strong><br />

3-6 dm., inferiormente mais ou menos peluda, %. Jun.-<br />

-Set. Arrelvados, matos, terrenos pedregosos: Bragança,<br />

Serra <strong>de</strong> Rebordaos, Serra da Estrela, Covilhã.<br />

H. murorum, L.<br />

Fôlhas glaucescentes, com pêlos rígidos, setiformes; estiletes<br />

amarelos 6 bis<br />

Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., inferiormente peluda, superiormente<br />

glandulosa; capítulos dispostos em corimbo curto, com<br />

os ramos bastante abertos; fôlhas basilares arredondadas<br />

na base, subinteiras ou pouco <strong>de</strong>ntadas. %. Maio-<br />

Jul. Serra da Estrela.<br />

. H. pallidum, Biv. b. comosulum, À.-Touvet.<br />

Planta <strong>de</strong> 1-3 dm., inferiormente com pêlos esparsos,<br />

superiormente floculoso-pulverulenta e glandulosa; capítulos<br />

solitários ou pouco numerosos, subcorimbosos;<br />

fôlhas basilares brevemente contraídas ou atenuadas no<br />

pecíolo, subinteiras ou subsinuado-<strong>de</strong>nticuladas. %.<br />

Jun.-Jul. Serra do Gerez . H. lusitanicum, A.-Touvet.<br />

23


Erratas e pequenas correcções da Flora (1)<br />

ONDE SE LÊ : LEIA-SE:<br />

Pág. 49 lín. 4. a<br />

no cimo dos mesmos rebentos no cimo dos rebentos<br />

» 70 » 12.ª Glumas <strong>de</strong> 20-25 mm. . . Glumas <strong>de</strong> 1S-2S mm.<br />

» 77 » 44.ª as 2 aristadas as 2 aristadas (β aristata,<br />

Parl.)<br />

» 83 » 4. a . . . . . escariosa nas margens, 2-fendida<br />

e com escariosa nas margens, e com<br />

» 84 » 29.ª do Minho ao <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho<br />

85 »16. a<br />

ao<br />

E. paeoi<strong>de</strong>s, P. Beauv.. E. poaeoi<strong>de</strong>s, P. Beam.<br />

» 9l » 9'" espiguetas maiores . . . . espiguetasmaiores(9- 11mm.)<br />

» 109 » 1.» [l] [2]<br />

» 117 chave 13, lin. l. a<br />

. provida <strong>de</strong> ordinário <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s.<br />

. . . . . . . provida <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

» 125 lin. 41 a<br />

C. lusitanicum . . . . C. lusitanum<br />

» 126 » l6. a<br />

Flores <strong>de</strong> l4-l8 mm. . . • Flores <strong>de</strong> 14-20 mm.<br />

» l3l » penúltima. . . inclusos e as anteras purpúreas;<br />

fôlhas inclusos; folhas<br />

* 132 » 11. a<br />

ro<strong>de</strong>ados ro<strong>de</strong>ados ou não<br />

* * cbave 1 lin. 7. a<br />

. . Maio Maio-Agosto<br />

" 133 lín. l. a<br />

. . . . . mais largas mais estreitas<br />

» 134 cbave 5, lin. 13. . form. neva<strong>de</strong>nsis form. neva<strong>de</strong>nse<br />

» 135 lin. 3.ª. . . . (L.), Back (L.), Bak.<br />

» 149 » 11. a<br />

candiculo caudículo -<br />

» 171 »13. a<br />

M. Nigra, L M. nigra, L.<br />

» 173 cbave 1 lin. 5. a<br />

. . fôlhas); fôlhas fôlhas); brácteas dos glomé-<br />

rulos livres; fôlhas<br />

» " cbave 1 lin. 8.ª. . compridos; fôlhas. . ' . . compridos; brácteas dos glomérulos<br />

a<strong>de</strong>rentes e <strong>de</strong>correntes;<br />

folhas<br />

» 175 » 39.ª disco bipogínico disco epigínico<br />

» 179 » l3. a<br />

na nervura média... 2 . . . na nervura média... 3<br />

» 181 » 12.ª R. thyrsoi<strong>de</strong>us, Desf. . R. thyrsoi<strong>de</strong>s, Desf.<br />

» 187 » 5.ª Jul Abril<br />

». » » 11.ª 7un Abril<br />

» 19o » 24.ª . . . . Suaeda, L Suaeda, Forsk.<br />

» 191 » 3.ª (β. scaber, Moq.-T (β. spicata (Willd.)<br />

(l) Veja-se também a Errata na última página da Flora.


Pag.191 lin.11 1<br />

Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 179<br />

ONDE SE LÊ : LEIA-SE<br />

S. spicata S.Cavanillesiana.Láz.<br />

-Ibiz.<br />

» 205 cbave 8, lin. l. a<br />

. . (2-3 mm.) (2-3 mm. <strong>de</strong> comprimento)<br />

» 206 lin. 1.ª inferiores do tamanho . . . inferiores cínási do tamanho<br />

» 207 chave 3, lin. 4. a<br />

. . do Minho <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho<br />

» .213 » 25. a<br />

estames hipogínicos . . . . estames <strong>de</strong> ordinário hipogínicos<br />

» 216 » 3. a<br />

mais estreitas mais estreitas... 6<br />

» 222 » última. . . . T. saxifraga T. Saxifraga<br />

» 224 chave 8, lin. 9. a<br />

. . D. attennatus . . . . D. attenuatus<br />

» 227 » 8, » 2. a<br />

. . pataloi<strong>de</strong>s petalói<strong>de</strong>s<br />

» » » io, » i. a<br />

. . amarelo-doirados amarelo-doiradas<br />

» 232 » 12, » l. a<br />

. ovadas obovado- elípticas<br />

* 251 lin. antepenúltima. Planta <strong>de</strong> 6-20 cm Planta <strong>de</strong> 6-4o cm.<br />

* 253 » 2." menor parte menor porte<br />

» 264 » última. . . . pyrenaica , pyrenaica<br />

» 27l » 37. a<br />

estames 6-4 estames 6-4-2<br />

» 272 lin. 1.". . . . Siliçtxia Silícula<br />

» 276 chave 7, lin. 3. a<br />

. . Planta <strong>de</strong> 3-6 dm Planta <strong>de</strong> 3-l5 dm.<br />

* 282 lin. 24. a<br />

4 pétalas 4 sépalas<br />

» 283 » última. . . . lit., Alg Alg.<br />

» 335 chave 13, lin. 6." . Alto Alent Alto Alent. e Baixas do<br />

» 336 » antepenúltima. Abril<br />

Guadiana<br />

Março<br />

» 342 chave 22, lin. ult.. lados ou sésseis lados ou sésseis.. .23<br />

» 347 » 2, » 5. a<br />

. <strong>de</strong> 2-5 dm <strong>de</strong> 2-30 dm.<br />

» 368 lin. 3o. a<br />

caule subroliço caule subroliço-tetragonal<br />

» 389 chave 25, lin. 5» . B. matritensis, Bss.. . E. matritensis, Bss.<br />

» 401 » i4. a<br />

azuladas lilacíneas<br />

» 4o6 » 24. a<br />

. . . . adunadas na base adunadas em bainha na base<br />

» 4o7 » 2." estames 5 estames 4-5<br />

» » chave 2, lin. 6. a<br />

. disco pentagonal disco pentagonal ou tetragonal<br />

» 437 lin. penúltima . . Algarve , • Barca <strong>de</strong> Alva e Algarve<br />

* 446 lin. 21.* com 10-40 raios com 5-4o raios<br />

» 454 » 3." bastante comprimidos . . . bastante compridos<br />

» 462 » 6. a<br />

intensamente rosada; . . lilacíneo-rosada;<br />

» 467 » l5. a<br />

assalveado-rodada, . . . . rodada,<br />

» 469 » I2. a<br />

. . . . . (1,5-6 dm.) ( 1,5-6 cm.)<br />

» » 36." Armeria, L Armeria, Willd.<br />

» » » 45 a<br />

. . . Armeria, L Armeria, Willd.<br />

» 475 chave 10, lin. 10. a<br />

. 3-4 3<br />

-6<br />

» 478 » 9. a<br />

Olei<strong>de</strong>as Oleói<strong>de</strong>as<br />

» 485 chave 1, lin. 5. a<br />

. Bragança Bragança e Fundão<br />

» 49l » 4, lin. 4. a<br />

. Alto Alent Beira merid. e Alto Alent.


António Xavier Pereira Coutinho<br />

ONDE SE LÊ: LEIA-SE<br />

Pág. 500 Iin. penúltima . . (6-10 mm. <strong>de</strong> largura) . . . (6-l5 mm. <strong>de</strong> largura)<br />

(10-20 raras vezes 20-30 mm.) (10-30 mm. )<br />

So8 chave 26, lin. 4. a<br />

. Teucrium<br />

» subpenatifendidas<br />

5l2 » última. . . . que as caulinares<br />

» 5l4 chave 12, lin. 2. a<br />

. os do labio inferior apenas<br />

íelheados<br />

» » », » 7. a<br />

. os do lábio inferior muito<br />

celheados<br />

» 520 lin. penúltima . , Março<br />

Minho<br />

53l » 3. a<br />

superiores maiores . . . . superiores menores<br />

» » 10. a<br />

os verticilastros<br />

. . . da América Central.... do Brazilj segundo parece<br />

» » 28. a<br />

. . . . . da America do Sul<br />

547 chave 8, lin. 2. a<br />

. . corola (<strong>de</strong> 25-35 mm. com o<br />

corola <strong>de</strong> 25-35 mm. (com o<br />

» 536 » l7-l8. a<br />

» . » 9, » 1.<br />

esporão).<br />

a<br />

. . (l-2 <strong>de</strong> largura) (l-2 mm. <strong>de</strong> largura)<br />

55a » I, » 9. a<br />

. . Corola medíocre (1,5-2 cm.) Corola medíocre ou majúscula<br />

(1,5-3 cm.)<br />

559 lin. 4' a<br />

V. serpyllifolium. . , V. serpyllifolia<br />

569 chave 11, lin. 3. a<br />

. violáceas por fim violáceas, por fim<br />

» » » 12, » 19. a<br />

. 2-3 cm.<br />

» » » , » 20. a<br />

. 12-18 mm.<br />

» 574 » 2, » 2. a<br />

. . subcontraídas subatenuadas<br />

» » » 2, » 9. a<br />

. . (2-8 cm.) (2-14 cm.<br />

» » » 2, » 10. a<br />

.<br />

575 chave 6, » l.<br />

pecíolo curto<br />

a<br />

e4. a<br />

segmentos posteriores<br />

578 » l5, » antep. anterior e posterior . . . . anteriores<br />

» » »» penúlt. posteriores<br />

Planta <strong>de</strong> 5-15 dm.<br />

624 chave 2, Iin. 3. a<br />

. da America do 2Vorte<br />

65o chave 1, lin. 8. a<br />

. . Maio<br />

736 lin. 29 violaria, Lam.


Nomes vulgares <strong>de</strong> tfue tive <strong>de</strong>pois<br />

conhecimento (1)<br />

Alcacbofreiro = Cynara Tourneíortü. — pá*. 651.<br />

Alface <strong>de</strong> porco = Hedypnois eretica. — pá*. 664.<br />

Aljôfar = Lithospermum °ííicinale — pá*. 499.<br />

Amores = Arctium minus — pá*. 645.<br />

Andrage = Ridolíia segetum — pá*. 445.<br />

Aneixa = Rapistrum rugosum — pá*. 272.<br />

Araca = Lathyrus Cicera — pág. 366.<br />

Aranhões — Illecebrum verticillatum — pág. 202.<br />

Arruda da praia = Picnocomon rutiíolium — pág. 595.<br />

Asarina da praia = Linaria Lamarckii. — pág. 547.<br />

Atanásia marítima = Diotis marítima. — pág. 629.<br />

Barrileiro = Physalis aeç[uata. — pág. 536.<br />

Cabresto = Raphanus Rophanistrum. — pág. 258.<br />

Cambroeira bastarda = Lycium europaeum. — pág. 535.<br />

Campana da praia = Inula etithmoi<strong>de</strong>s. — pág. 620.<br />

Carapaça = Érica ciliaris. — pág. 483.<br />

Cardalejas = Centáurea Prolongi. — pág. 657.<br />

Carrasco-loureiro=Quer cus Ilex íorma lauriíolia=Sup\. pág. 78.<br />

Carriço da areia = Carex arenaria. — pág. 107.<br />

Cassoa = Medicago íalcata. — pág. 333.<br />

Cauxilbos = Cotyledon Umbilicus. — pág. 281.<br />

Cegu<strong>de</strong>s = Smyrnium Olusatrum. — pág. 440.<br />

Ceruda = Chelidonium majus. — pág. 244.<br />

Cbamiça = Érica australis. — pág. 463.<br />

(l) Os nomes da longa lista que segue, reunidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a publicação da Flora,<br />

foram-me uns enviados directamente, encontrei outros em diversas publicações e outros<br />

finalmente ouvi-os eu próprio, mas só com todas as reservas os publico. Não me foi<br />

possível sujeitá-los a escolba racional e, se alguns têm feição erudita, muitos serão talvez<br />

<strong>de</strong> uso local mais ou menos restricto, ou mesmo apenas <strong>de</strong> uso pessoal, como tanta vez<br />

acontece, confundidos e com aplicação diversa em localida<strong>de</strong>s também diferentes. Mas,<br />

a-pesar-<strong>de</strong> convencido do seu pouco valor, nem por isso <strong>de</strong>ixarei <strong>de</strong> os publicar.


182 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />

Choupo tremedor = Populus tremula. —pág. 160.<br />

Ckupa<strong>de</strong>ira = Scrophularia Herminii. — pág. 555.<br />

Cominko bastardo = Lagoecia cuminoi<strong>de</strong>s. — Supl. pág. 142.<br />

Cordões <strong>de</strong> freira = Erica ciliaris — pág. 483.<br />

Correjola = Corrigiola littoralis. — pág. 201.<br />

Corrijo = Plantago lanceolata — pág. 577.<br />

Couve da areia = Brassica sabularia. — pág. 260.<br />

Couve da praia = Brassica oxyrrhina. — pág. 260.<br />

Cristas = Polygonum Persicaria. — pág. 83.<br />

Fixa = Brassica Cheirantus. — pág. 261.<br />

Fscambroeiro — Pirus communis Piraster. — pág. 290.<br />

Fscrambulkeiro = Crataegus Oxyacantha. — pág. 289.<br />

Fscudinka = Lobularia maritima. — pág. 256.<br />

Fenacko = Trigonella Foenum-graecum. — pág. 332.<br />

Feno das areias = Agropyrum junceum. —pág. 98.<br />

Fentelka = Polypodium vulgare. — pág. 44.<br />

Fumaria das sebes = Fumaria sepium. — Supl. pág. 94.<br />

Garroba = Vicia monanthos. - pág. 363.<br />

Genciana da praia — Erythraea maritima. — pág. 432;<br />

Gerbão = Verbena oííicinalis. — pág. 505.<br />

Goivinko da praia = Malcolmia maritima. - pág. 252.<br />

Goivo da praia = Malcolomia littorea. — pág. 252.<br />

Granza da praia = Crucianella maritima. — pág. 580.<br />

Herva canuda = Género Eç[uisetum. — pág. 45.<br />

Herva coentrinka = Daucus Carota. — pág. 457.<br />

Herva da inveja = Vinea diííormis. — pág. 485.<br />

Herva da novida<strong>de</strong> = Arum italicum. — pág. 115.<br />

Herva do brejo = Ttiglochin maritima. — pág. 120.<br />

Herva dos velkos = Erigeron acer. — pág. 615.<br />

Herva molar (l) = Holcus lanatus. — pág. 77.<br />

Langarinko = Rhamnus Frangula. — pág. 396.<br />

Leituga = Tolpis barbata. — pág. 663.<br />

Linko <strong>de</strong> raposa = Cuscuta Epythimum. — pág. 490.<br />

Madorneira rasteira = Inula erithmoi<strong>de</strong>s. — pág. 620.<br />

Milkagem = Panicum crus-galli. — pág. 66.<br />

Nabinka = Brassica Sinapistrum. — pág. 260.<br />

(l) O nome vulgar <strong>de</strong> Herva molar é mais aplicado ao Holeus lanatus do que<br />

propriamente ao Holeus mollis.


Suplemento da. Flora <strong>de</strong> Portugal 183<br />

Noselba = Meren<strong>de</strong>ra Bulbocodium. — pá*. 125.<br />

Orvalho do sol = Drosophillum lusitanicum. — pág. 277.<br />

Patas = Heracleum setosum — pág. 452.<br />

Pé <strong>de</strong> perdiz = Onobrychis eriophora — pág. 358.<br />

Queiró = Erica cinerea e E. umbelata — pág. 463-464.<br />

Queiroga — Erica lusitanica e E- arbórea. — pág. 463-464.<br />

Rabaças (l) = Oenanthe crocata. — pág. 450.<br />

Rabo <strong>de</strong> gato = Phleum praiense. — pág. 71.<br />

Ranba-lobo = Genist a triacanthos.—pág. 317.<br />

Rosas da Páscoa = Primula acaulis. — pág. 466.<br />

Ruibarbo dos pobres = Thalietrum ílavum. — pág. 228.<br />

Saião curto = Sempervivum tectorum. — pág. 280.<br />

Salgueiro <strong>de</strong> casca roxa = Salix purpúrea. — pág. 159.<br />

Sapinbo da praia = Honkenya peploi<strong>de</strong>s. — pág. 209.<br />

Sapinbo roxo = Sperguiaria longipes. — pág. 205.<br />

Saramago-rínchão = Brassica sabularia. — pág. 260.<br />

òempre-viva = Sempervivum arboreum. — pág. 280.<br />

Serpil, serpol = Thymus Serpyllum. — pág. 512.<br />

Servum = Nardus stricta. — pág. 96.<br />

Sinceiro = Salix alba. — pág. 158.<br />

Solda = Alchemilla arvensis. — pág. 295.<br />

Suajos = Echium lusitanicum. — pág. 499.<br />

Tagassasto = Cytisus proliíerus. — pág. 326.<br />

Trevilbo = Oxalis cernua. — pág. 375.<br />

Trevo <strong>de</strong> Creta = Lotus creticus. — pág. 350.<br />

Trevo rasteiro da praia = Lotus arenarius. — pág 349.<br />

Tróculos = <strong>Digital</strong>is purpúrea. — pág. 561.<br />

Tróculos brancos = Verbascum Thapsus. — pág. 543.<br />

Troques = <strong>Digital</strong>is purpúrea. — pág. 561.<br />

LTrgeira = Erica australis. — pág. 463.<br />

Valver<strong>de</strong> da praia = Suaeda maritima. — pág. 190.<br />

Valver<strong>de</strong> dos sapais = Suaeda íruticosa. — pág. 190'<br />

(l) Tenho ouvido aplicar o noine Vulgar <strong>de</strong> Rabaçâs, cõnforràe os sítios, órà ao<br />

Apiurn nodiflorum ora à Oenanthe çrocata.


Pág. 53 lin. 8. a<br />

Errata do Suplemento<br />

ONDE SE LÊ : LEIA-SE<br />

littoralis Httorea<br />

» 54 cbave 2, últ. lin. . macrantherum . . . . macrantheru!<br />

» 6o lín. i3. a<br />

. . . , A. caninum (L.).P.Beauv. A. caninum<br />

» 63 ckave 8 bis, lin. l. a<br />

espigas espiguetas<br />

» 7l cbave 1, lin. 2. a<br />

. áfilo afllo<br />

* 82 lín. 9. a<br />

primários e subprostrados. . primários subprosi<br />

» 83 » 4. a<br />

<strong>de</strong> 2-5 cm <strong>de</strong> 2-3 cm.<br />

» 88 chave l5, lin. 2. a<br />

. comprido formado . . . . formado<br />

» 97 lin. 4. a<br />

subáfilos . . . . . . . . subafilos<br />

» 102 » 12. a<br />

. . , . . subáfilo sabafilo<br />

» 103 » 2. a<br />

e lin. l8. a<br />

. rhyncocarpa ,.. . ihynchocarpa<br />

» 167 » 7." Srabó Szabo


ÍNDICE (I)<br />

das Famílias, Géneros, Espécies,<br />

Varieda<strong>de</strong>s e Sinónimos<br />

( Os Sinónimos vão impressos em itálico)<br />

Chaves das Famílias a substituir 45<br />

Fam. 2 — Polipodiáceas .<br />

Aspleníum lanceolatum, Huds. .<br />

P. obovatum (Viv.), Gren..<br />

— marínum, L<br />

— Petrarchae, DG .<br />

Athyrium Filix-femina (L.), Roth.<br />

Blechiiuiii, Roth<br />

— homophyllum, Merino .<br />

— Spicant (L.), Sm<br />

Fam. 4 bis — Saiviniáceas<br />

A zoila, Iam<br />

— caroliniana, Willd<br />

— filiculoi<strong>de</strong>s, Lam<br />

Fam. 7 — Licopodiáceas , .<br />

Lycopodium cenuum, L<br />

— clavatum, L<br />

— inundatum, L. . . . . . .<br />

Fam. 9 — Isoetáceas . . .<br />

Isoetes setaceum, (Bosc.) Del. .<br />

— velatum. A. Br<br />

Fam. 11 — Pináceas . . . .<br />

Juniperus Oxycedrus, (L.).<br />

b. rufescens (Lk.) .<br />

Fam. 13 —Tifáceas . . . .<br />

Typha Iatifolia, L<br />

Fam. 15—Potamogetonáceas<br />

Potamogetón crispus, L<br />

Fam. 17 — Gramíneas . . .<br />

Agropyrum caninum (L.), P. Beauv.<br />

— elongatum (Host.), P. Beauv..<br />

Agrostis vulgaris, With<br />

Ammophila, Host<br />

— arenaria (L.), Lk<br />

X. genuína .<br />

47<br />

47<br />

47<br />

47<br />

47<br />

47<br />

47<br />

48<br />

47<br />

43<br />

48<br />

48<br />

48<br />

48<br />

49<br />

48<br />

49<br />

49<br />

49<br />

49<br />

50<br />

50<br />

50<br />

50<br />

50<br />

50<br />

50<br />

Chaves dos Géneros a substituir 50<br />

60<br />

60<br />

53<br />

53<br />

53<br />

53<br />

PÁG.<br />

ß. arundinacea (Host.), . 54<br />

Avena albinervis, Bss.. . . . 57<br />

— barbara, Pott<br />

. 57<br />

brevis, Roth<br />

. 56<br />

— bromoi<strong>de</strong>s, Gouan<br />

— byzantina, C. Koch.<br />

— clauda, Dur<br />

57<br />

— fatua, L. . . . ¿ . . .<br />

ß. intermedia (Lindgr.).<br />

— Hackeiii, Henrich.<br />

— longiglumis, Dur<br />

— nuda, L<br />

— pubescens, Huds<br />

. . •<br />

— sativa, L.<br />

— sterilis, L.<br />

. . .' . . .<br />

a. macrocarpa (Moench.) Brio;.<br />

b. ludoviciana (Dur.) .<br />

ß. sesciuialtera (Brot.), Hack. .<br />

— sulcata, Gay<br />

Corynephorus canescens (L.), P. Beauv.<br />

— gracilis (Desf.), Rieht<br />

— macrantherus, Bss. et Reut.<br />

Festuca elatior, L.<br />

b. arundinacea (Schreb.) . . .<br />

c. interrupta (Desf.) . . . .<br />

Glyceria fluitans (L.), R. Br.<br />

Ä<br />

. genuina<br />

Hor<strong>de</strong>um distichum, L<br />

var. nudum<br />

b. vulgare (L.)<br />

. . . . .<br />

var. coeleste (P. Beauv.)<br />

c. hexastichum (L.) . . . .<br />

Lolium multiflorum, Lam.<br />

— parabolicum, Senn<br />

. . •<br />

— rigidum, Gaud 59<br />

Mibora minima (L.) Desv.<br />

/. littorea (Samp.) . .<br />

Oryzopsis, Michaux . . . .<br />

— miliacea (L.), Rieht. .<br />

(l) Neste índice as Famílias estão numeradas e dispostas pela mesma or<strong>de</strong>m<br />

como na Flora j <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada Família os seus Géneros e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada Género as<br />

respectivas espécies ficam por or<strong>de</strong>m.alfabética.<br />

56<br />

58<br />

54<br />

54<br />

54<br />

59<br />

59<br />

59<br />

58<br />

61<br />

61<br />

62<br />

62<br />

62<br />

59<br />

59<br />

53<br />

52<br />

52<br />

24


186 António Xavier Pereira Coutinho<br />

PAG.<br />

p. Thomasii (Duby) . . . 52<br />

Oryzopsis, paradoxa (L.) . . . 53<br />

Paspalum, L 51<br />

— dilatatum, Poir 51<br />

— distichum, L. . . . . . . 52<br />

— vaginatum, Sw. . . . . 52<br />

Phalaris minor, Retz 52<br />

Poa annua, L. var. exilis (Tbom.) . 58<br />

var. remotiilora, Hack. 58<br />

— exilis, Thomassini 58<br />

— remotiflora, Murbeck. . . . 58<br />

Triticum aestivum, I-,. . . . . 60<br />

b. vulgare (Villi), Thell. . . . 60<br />

c. turgidum (L.) 61<br />

d. durum (Desf.), Thell. . . . 61<br />

e. polonicum (L.) . . . . • 61<br />

Fam. 18 Cyperäceas. . . 62<br />

Carex ambigua, Lk 65<br />

— caryophyllea, Lat 65<br />

— distachya, Desf. 65<br />

— extensa, Good 65<br />

— hirta, L 66<br />

— Hudsonii, A. Bennett . . . . 65<br />

— Lachenalii, Schkr 65<br />

— longiseta, Brot 65.<br />

— oedipostyla, Duval-Jouve . . .65<br />

— peregrina, Lk. . . . . .64<br />

— pilulifera, L .65<br />

— praecox, /acc/. (non Schreb.) . • ÖO<br />

— Reuteriana, Bss 66<br />

— riparia, Curt 66<br />

— vulpina, L. . . . • . . . .64<br />

Cyperus diffotmis, L 62<br />

— distachyos, All 62<br />

— flavescens, L 62<br />

— Monti, L. til. . . . . . . 62<br />

— serotinus, Rottb. . . . . . 62<br />

Eriophorum angustifolium, Roth. . 63<br />

— polystachyon, L 63<br />

Heleocharis acicularis (L.), R. Br. . 64<br />

Rhynchospora alba (L.), Vahl. . . 64<br />

Scirpus americanus, Pers 64<br />

— erectus, Poir 63<br />

— globifer, Welw 64<br />

— pungens, Vahl 64<br />

— Savii, Seb. et Maur. . . . . 63<br />

— Smithii,Grayv.setulosus,Fernald. 63<br />

— Tabernaemontani, Gmel. . . . 63<br />

Fam. 19 — Aräceas . . . . 66<br />

Arisarum vulgare, Targ.-T. . . . 66<br />

tipicum 66<br />

P. Clusii (Schott.), Engl. . . 66<br />

Arum italicum, Mill 66<br />

ß. pictum, P. Cout 66<br />

— maculatum, L 66<br />

pAg.<br />

Fam. 22 — Juncáceas . . . 67<br />

Juncus acutus, L 67<br />

— maritimus, L. 67<br />

— Tenajeia, Ehrh 67<br />

Luzula Henriefuesii, Degen. . . .67<br />

— silvática Aut. lusit 67<br />

Fam. 26 — Liliáceas. . 68<br />

Anthericum lusitanicum (P. Cout.)<br />

Samp. 69<br />

Aphyllantes monspeliensis, L. .69<br />

Asparagus officinalis, L 71<br />

— tenuifolius, Lam 71<br />

Aspho<strong>de</strong>lus albus, Mill 68<br />

— cerasiferus, Gay. . . . . . . 68<br />

— microcarpus, Viv.<br />

ß. aestivus (Brot.), P. Cout. . 69<br />

Dipcadi serotinum (L.), Medic. . . 70<br />

Gagea pratensis, R. et Schultz . . 69<br />

b. nova, Samp 69<br />

Ornithogalum pyrenaicum, L. 69<br />

Paradisea, Mazzuc 69<br />

— Liliastrum, Henrid. . . 69<br />

— Liliastrum b. lusitanica, P. Cout. 69<br />

— lusitanica (P. Cout.), Samp. . . 69<br />

Phalangium Liliastrum, Brot. . • 69<br />

Scilla beirana, Samp 70<br />

Scilla hispánica, Mill.<br />

ß. patula (DC.) 70<br />

— odorata, Hoffgg. et Lk. . . . 70<br />

— Ramburei, Bss 70<br />

— verna, Huds 70<br />

Veratrum album, L 68<br />

Fam. 27 — Amarilidáceas. 71<br />

Agave, L 72<br />

americana, L,. .73:<br />

Agavói<strong>de</strong>as<br />

Fourcroya, Vent 73<br />

— gigantea, Vent .73<br />

Narcissus Bulbocodium X pseudo-<br />

-Narcissus, Bak 72<br />

— BulbocodiumX reflexus, Fernan<strong>de</strong>s 72<br />

— caldcóla, A. Mendonça. . . . 72<br />

— pseudo-NarcissusXreflexus, (Henrid.)<br />

• • 72<br />

Fam. 29 — Iridáceas . . . 73<br />

Gladiolus illyricus, Koch.<br />

a. genuinus . . . . 73<br />

b. Reuteri, Bss 74<br />

Iris biflora, L 73<br />

Fam. 31 — Orquidáceas . . 74<br />

Gennaria diphylla (Lk.) Parl. . .74<br />

Orchis incarnata, L.<br />

c. ambigua (Guim.) . . . . 74<br />

— tri<strong>de</strong>ntata, Scop 74


Plantanthera bifolia (L.). C. Rieh.<br />

Serapias Lingua, L. . .<br />

—longipetala (Ten.), Poll.<br />

Farn. 32 — Salicáceas .<br />

Salix atro-cinerea, Brot.<br />

— cinerea, L<br />

Farn. 37 — Cupuliferas. .<br />

Quercus Hex, L. *. genuinus, P. Cout.<br />

forma vulgaris . . . .<br />

forma laurifolia, Laguna<br />

forma lanceolata.<br />

— IlexXSuber, P. Cout.<br />

— lusitariica, Lam.<br />

var.' Salzmanniana, Webb.<br />

— lusitanicaX Robur, P. Cout. .<br />

form, faginea X Robur<br />

form, alpestris X Robur<br />

form, baetica X Robur .<br />

— lusitanica X toza, P. Cout.<br />

form, alpestris X pyrenaica.<br />

form, baetica X toza (vulgaris)<br />

— Mirbeckii, Dur<br />

Salzmanniana (Webb.), P. Cout.<br />

Farn. 39 — Lorantáceas<br />

Viscum album, L<br />

— cruciatum, Sieb.<br />

Farn. 40 — Santaláceas<br />

Thesium bumile, Vahl . .<br />

Farn. 40 bis—Cinomoriáceas<br />

Cynamoriam, Mick..<br />

— coccineum, L<br />

Fam. 43 — Timeleáceas<br />

Thymelaea villosa (L.), Endl.<br />

Fam. 44 — Poligonáceas<br />

Polygonum pulchellum, Lois. -<br />

Rumex papillaris, Bss. et Reut.<br />

Fam. 45 — Quenopodiáceas<br />

Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 187<br />

PÁG.<br />

74<br />

74<br />

74<br />

75<br />

75<br />

75<br />

75<br />

78<br />

78<br />

78<br />

77<br />

76<br />

77<br />

77<br />

77<br />

77<br />

76<br />

76<br />

76<br />

76<br />

76<br />

78<br />

78<br />

78<br />

78<br />

79<br />

79<br />

79<br />

79<br />

80<br />

80<br />

80<br />

80<br />

80<br />

80<br />

Chaves dos Géneros a substituir 80<br />

Arthrocnemum, Moq.-T.<br />

— macrostacbyum (Moric), Moris et<br />

Delp 82<br />

a<br />

. erectum, Láz 82<br />

P. <strong>de</strong>cumbens, Láz 82<br />

Atriplex roseum, L 81<br />

b. foliosum (Lk.), P. Cout. . 81<br />

Halopeplis, Bunge 81<br />

— amplexicaule (Vabl), M. Stbg. • 81<br />

Salicórneas . . . * . • .81<br />

Salsola Kali/ L 81<br />

! «. kirta (Ten.), Moq.-T. . .81<br />

p\ calvescens, Gr 82<br />

PÁG.<br />

Salsola Soda, L., . • . .81<br />

— Tragus, L. . 82<br />

Suaeda Cavaníllesiana (Láz. é Ibiz.). 82<br />

Fam. 51— Cariofiláceas . . 83<br />

Chaves dos Géneros a substituir 83<br />

Alsine Juressi, Willd. . . . . .85<br />

Diantbus atténuatus, Sm.<br />

cf<br />

-, genuinus, Wk 88<br />

ß. sabuletorum, Wk. . . . 89<br />

Dianthus. bracbyanthus, Bss. . . . 89<br />

2. montanus, Wk 89<br />

ß. nivalis, Wk 89<br />

form. Herminii . . . . 89<br />

Eudyanthe coeli-rosa (L.), Rchb. . 86<br />

v. áspera (Poir.) 86<br />

— laeta (Ait.), Fzl .86<br />

form, pumila 86<br />

Hemiaria birsuta, L. . . . . - 83<br />

b. cinerea (DC.) 83<br />

Illecebrum verticillatum, L. . . . 83<br />

Melandryum glutinosum, Rouy. . 86<br />

Minuartia recurva (All.), Sching. et<br />

Tbell. 85<br />

ß. Juressi (Willd.) . . . . 85<br />

— verna (L.), Hiern 85<br />

Polycarpon tetrapbyllum, L. • • • 83<br />

Sagina maritima, D. Don. . . . 85<br />

ß. <strong>de</strong>bilis (Jord.), Bab. . . . 85<br />

Silene cerastioi<strong>de</strong>s, L 88<br />

— disticha, Willd .88<br />

— gallica, L. . • 87<br />

— transtagana, P. Cout. . . . .87<br />

— tri<strong>de</strong>ntata, Desf. . - . • .88<br />

— vespertina, Retz 88<br />

Spergularia azorica (Kindb.), Lebel. 84<br />

— fimbriata, Bss 84<br />

— marginata (DC), Kittel . . . 84<br />

ß. angustata, Clav 84<br />

— rupicola, Lebel 84<br />

ß. Guimaraesii(Fouc.),P. Cout. 84<br />

J. crassipes (Samp.), P. Cout.. 84<br />

Stellaria, L 86<br />

Tunica prolifera (L.), Scop. . . . 88<br />

b. velutina (Guss.) . . . . 88<br />

form, diminuta (Desf.) . . . 88<br />

form, laevicaulis (Rouy et Fouc.) 88<br />

Fam. 54 — Ranunculáceas . 89<br />

Aquilegia dichroa, Freyn. . . . . 91<br />

— vulgaris, L 91<br />

ß. bispanica, Wk 91<br />

Paeonia Broieri., Bss. et Reut. . . 91<br />

— foemina, L. . 91<br />

— bumilis, Retz 91


188 António Xavier Pereira Coutinho<br />

PÁG.<br />

Paeonia lusitanica, Mill 91<br />

ß. ovatifolia (Bss. et Reut.) . 91<br />

Ranunculus abnormis, Cut. et Wk. . 90<br />

— aquatilis, L. . . . . . . . . 89<br />

b. tripbyllus (Wallr. ) . . .89<br />

c. Mnrizii, P. Cout 89<br />

— blepharicarpus, Bss 90<br />

— bupleuroi<strong>de</strong>s, Brot. . . . . 90<br />

— escurialensis, Bss. et Reut.. . . 90<br />

— gramineus, L 90<br />

P. luzulifolius, Bss. . . . 90<br />

— Lenormandii, F. Schultz. . . . 89<br />

Thalictrura minus, L 89<br />

Fam. 57 - Papaveráceas. . 92<br />

Fumaria agraria, Lag 94<br />

— Bastardii, Bor 95<br />

ß. Gussonei (Bss.), Pugsl. . . 95<br />

7. affinis (Hamm.), Pugsl. . 95<br />

— capreolata, L. 93<br />

ß. speciosa (Jord.), Hamm. . 93<br />

— Martini, Clav 95<br />

— micrantha, Lag 92<br />

— muralis, Sond 94<br />

b. Boraei, Jord 94<br />

— officinalis, L 92<br />

ß. minor, Koch. . . . . 92<br />

/. <strong>de</strong>nsiflora (DC), Parl. . . 92<br />

— parviflora, Lam 93<br />

— parviflora pi segetalis, Hamm. . 93<br />

— Reuteri, Bss 93<br />

— segetalis (Hamm.), P. Cout. . . 93<br />

— sepium, Bss. 94<br />

Fam. 58 - Cruciferas . . . 95<br />

Ärabis sadina (Samp.), P. Cout. . . 95<br />

Biscutella laevigata, L.<br />

ß. lima in Flora . . . . 99<br />

ß. lusitanica (Jord.) . . . 99<br />

Diplotaxis catholica (L.), DC. . . 96<br />

ß. pinnatifida, Kzc 96<br />

— siifolia, Kzc 96<br />

ß. vicentina (Welw.), P. Cout. 97<br />

— virgata (Cav.), DC 96<br />

Iberis amara, L 99<br />

ß. Violetti, S.W 99<br />

— pectinata, Bss .98<br />

— procumbens, Lge 99<br />

— Reynevalii, Bss. et Reut. . . . 98<br />

— sempervirens, L 99<br />

— Welwitschii, Bss; et Reut. . . 98<br />

ß. lusitanica (Jord.) . . . 98<br />

Isatis lusitanica, L 99<br />

— platyloba, Lk. 99<br />

— tinctoria, L.. . . . . . . 99<br />

Lobularia maritima fL.), Desv.<br />

PÁG.<br />

f. <strong>de</strong>nsiflora, Lge 95<br />

Neslia paniculata (L.), Desv.... 95<br />

ß. apiculata (Fisch, et Mey.) . 95<br />

Sinapis longirostris, Bss 95<br />

b. transtagana, P. Cout. . . . 96<br />

form, leiocarpa . . . . 96<br />

Sisymbrium austriacum, Jacq. . . 97<br />

b. contortum (Cav.) . . . . 97<br />

6. Villarsi (Jord.), Rouy et Fouc. 97<br />

— Columnae, Jacq 97<br />

— Lagascae, Asso 97<br />

— runcinatum, Lag 97<br />

Thlaspi montanum, L 98<br />

— perfoliatum, L 97<br />

— Prolongi, Bss 97<br />

Fam. 60 — Resedáceas . . 100<br />

Astrocarpus sesamoi<strong>de</strong>s (L.), Duby . 100<br />

b. purpurascens (L.) . . . . 100<br />

ß. spathulatus, Moris. . . .100<br />

form, cochlearifolius, Nym. 100<br />

y. suffruticosus (Texid.) . .100<br />

Fam. 62 — Crassuláceas . . 100<br />

Cotyledon praealta (Brot.) [Mariz] . 100<br />

Sedum an<strong>de</strong>gavense, DC 100<br />

— pedicellatum, Bss. et Reut.<br />

ß. lusitanicum, Wk. . . . 100<br />

Fam. 63 — Saxifragáceas . 100<br />

Saxifraga albarracinensis, Pau . . 101<br />

— carpetana, Bss. et Reut. . . . 101<br />

— Cossoniana, Bss. et Reut. .<br />

— granulata, L.<br />

. . 102<br />

Ä<br />

. genuina 102<br />

ß. gracilis, Engl 102<br />

y. glaucescens (Bss. et Reut.) . 102<br />

— Hervieri, Geh. et Reverch. . .101<br />

— Hochstetten (Engl.), P. Cout. . 102<br />

— hypnoi<strong>de</strong>s, L 100<br />

P. lusitanica, Lge 101<br />

Fam. 66 — Rosáceas . . .102<br />

Agrimonia Eupatoria, L.<br />

b. odorata (Mill.) 104<br />

Crataegus monogyna Jacq;.<br />

ß. flabellata, Lge 102<br />

— Oxyacantha, L.<br />

ß. Cossonii, Fic. et P. Cout. . 102<br />

ß. mauta (L. fil.) . . . .102<br />

Rosa canina, L 103<br />

01<br />

. genuina, Crép. . * . .103<br />

ß. globosa, Desv 103<br />

y. an<strong>de</strong>gavensis (Bast.), Crép.. 103


Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 189<br />

PÁG.<br />

C. rhynchocarpa (Rip.). . . 103<br />

£<br />

. dumalis (Bechst.), Crép. . 103<br />

^í. globularis (Franchet), Crép. 103<br />

1. scabrata, Crép 103<br />

9. verticillacantba(Mérat)Crép. 103<br />

— Pouzini, Tratt.<br />

y. subintrans, Gren. . . . 104<br />

Rubus abruptorum X caesius. . . 120<br />

— abruptorum X procerus . . . .116<br />

— aduncispinus X caesius . . .121<br />

— apiculatus, Weihe 115<br />

(3. abruptorum, Sudre. . . 115<br />

y. lusitanicus (Murray), Sudre 115<br />

3. cintranus, P. Cout. . . .115<br />

— apiculatusXellipticifolius, P. Cout. 115<br />

— apiculatus X rbombifolius . . .116<br />

— argenteus, Weihe et Nees . . .107<br />

b. consobrinus, Sudr: . . . 107<br />

c. castranus (Samp.), P. Cout. . 107<br />

d. incarnatus (P. J. Muell.) . 107<br />

— beirensis, Samp. . . . . .111<br />

— bifrons, Vent Ill<br />

P. duriminius, Samp. . . .111<br />

— bifrons X caesius 121<br />

— bifrons X Sampaianus (Samp.) . 111<br />

— bifrons X ulmifolius, Sudre . .111<br />

— bifrons v. duriminius, Samp, p, p, 110<br />

— brigantinus, Samp. . . . .117<br />

— caesius, L. . 120<br />

(3. rivalis (Gen.) N. Boul. . . 120<br />

— caesius X lepidus 121<br />

— caesius X ulmifolius . . . . 120<br />

— caldasianus, Samp. . .110<br />

— corylifolius, Samp 121<br />

— Coutinhi, Samp. p. p. . . .115 116<br />

— cunctator, Samp. (non Focke). . 115<br />

— cuspidifer, Muell. et. Lefv. . .111<br />

b. lepidus (P. J. Muell.) . .111<br />

— discerptus X ulmifolius, Scbmid. . 117<br />

— ellipticif olius X incarnatus . . 107<br />

— ellipticif olius X ulmifolius, Sudre . 110<br />

— ^3-enevieri, Bor .117<br />

b. berminicus (Samp.), P. Cout. 117<br />

c. brigantinus (Samp.), Sudre . 117<br />

d. discerptus (P. J. Muell.). . 117<br />

— Genevieri X ulmifolius, Sudre et<br />

Bouv 117<br />

— gerezianus X lusitanicus, P. Cout. 118<br />

— Godronii, Lee. et Lamotte . . 109<br />

b. ellipticif olius, Sudre . . .109<br />

c. caldasianus (Samp.) Sudre . 110<br />

— bebecarpus, P. J. Muell . . .119<br />

b. vagabundus (Samp.). . .119<br />

— Henriquesii, Samp 118<br />

— HenriquesiiXulmifolius,(Samp.). 118<br />

PÀG.<br />

Rubus herminicus, Samp. . . .117<br />

— Idaeus,.L 105<br />

— íncanescens, Bertol. - . . .114<br />

— incurvatus var. minianus, Samp. . 107<br />

— inilexus, Samp . 115<br />

— Koehleri, Weihe 118<br />

b. gerezianus, Samp. . 118<br />

— Lejeunei, Weihe 119<br />

b. peratticus, Samp. . . 119<br />

— Lespinassei, Samp, (non Clav.)<br />

— leucandrus, Samp 106<br />

— lusitanicus, Murray . . . .115<br />

— lusitanicusX.caldasianus, Sudre . 116<br />

— lusitanicus X ulmifolius, (Samp.). 116<br />

— lusitanicus v. signifer, Samp. . . 118<br />

— macrostemon, Focke . . . . 110<br />

— Menkei, Weihe 118<br />

b. Henriijuesii, (Samp.). . .118<br />

— mercicus V. castranus, Samp. . . 107<br />

— híuenteri raça minianus, Samp. . 107<br />

— nitidus, Weihe et Nees. . . .105<br />

(3. divaricatus (P. J. Muell.),<br />

Sudre! 105<br />

b. integribasis (P. J. Muell.) . . 106<br />

P. lusitanicus, Samp. . . .106<br />

— obtusangulus f3. beirensis, Samp. . Ill<br />

— obtusangulus raça caldasianus,<br />

Samp 110<br />

— opertusXlusitanicus,, Sudre . .116<br />

— peculiaris, Samp 112<br />

— plicatus ft. divaricatus, Samp. . 105<br />

— plicatus ft. lusitanicus, Samp. . 105<br />

— portuensis, Samp. . . . .109<br />

— procerus, V. J. Muell 110<br />

— procerus X tomentosus . . . 113<br />

— procerus X ulmifolius Sudre . .110<br />

pubescens, Weihe 112<br />

b. aduncispinus, Sudre . . .112<br />

— pubescens var. occi<strong>de</strong>ntalis, Samp. 112<br />

— Questieri, Lef. et Muell. . . . 106<br />

— Radula v. herminicus, Samp.. . 117<br />

— rhombifolius, Weihe . . 106<br />

b. Sampaianus, Suire . . 106<br />

c. opertus, oudre . 107<br />

— SampaianusXlusitanicus, Sudre. 116<br />

— subincertus, Samp 107<br />

— thyrsoi<strong>de</strong>us, Wimm . . • . 112<br />

b. phyllostachys (P. J. Muell.). 112<br />

c. candicans (Weihe) . . . 112<br />

— thyrsoi<strong>de</strong>us ft. phyllostachys, Samp. 112<br />

— tomentosus, Borkh 113<br />

(3. glabratus, Godr. . . . 1.13<br />

— tomentosus X ulmifolius . . .113<br />

— transmontanus, Samp. . . .115<br />

— • ulmifolius, Schott 108<br />

a. contractus, P. Cout.. . . 108<br />

25


JQQ António Xavier Pereira Coutinho<br />

PÄG.<br />

ß. attenuatus, P. Cout. . .108<br />

'/. cpntractifolius, Sudre . . 108<br />

0. integrifolius, (Lge.), P. Cout. 108<br />

£. dalmatinus (Tratt.) . . .109<br />

— vagabundus, Samp 119<br />

— vestitus, Weihe 114<br />

— villicaulis b. beirensis, Samp. Ill<br />

— villicaulis v. minianus, Samp. . 107<br />

Sanguisorba minor, Scop.<br />

subsp. mauritanica (Bss.) . . 104<br />

Spiraea hispanica, Hoffgg. et Lk. . 102<br />

Fam. 67 — Leguminosas . . 121<br />

A<strong>de</strong>nocarpus anisochilus, Bss. . . 122<br />

— grandiflorus, Bss 122<br />

— hispanicus (Lam.), DC. . .122<br />

Cytisus candicans (L.), DC. . .124<br />

Genista ancistrocarpa, Spach. . .122<br />

— anglica, L 121<br />

--•berberi<strong>de</strong>a, Lge 122<br />

— falcata, Brot<br />

Hedysarum spinosissimum, L.<br />

122<br />

b. capitatum (Desf.) var. glabrescens,<br />

P. Cout. . . .128<br />

Hippocrepis ciliata, Willd. . . 128<br />

— multisilicfuosa, L. . . . . .. 128<br />

— unisiliduosa, L 128<br />

Lathyrus articulatus, L 129<br />

— Cicera L. \ J<br />

. subbijugus, P. Cout. 130<br />

— Clymenum, L .129<br />

— birsutus, L. form, brevipedunculatus,<br />

P. Cout 130<br />

— Iatifolius, L. /. heterophyllus<br />

(Gou.). 130<br />

— montanus, Bernh 130<br />

Lotus arenarius, Brot 127<br />

— coimbrensis Brot. . . . . .127<br />

— coimbrensis, Willd. . . . .127<br />

— edulis, L. 127<br />

Medicago coronata, Desr 126<br />

— minima (L.). Grufb<br />

— Murex, Willd.<br />

126<br />

a<br />

. macrocarpa (Mor), Urb. . 126<br />

— rugosa, Desrouss 126<br />

Melilotus alba (L.), Desr.. .. . .127<br />

— elegans, Salzm .. 127<br />

Ononis Bourgaei, Bss. et Reut . . 124<br />

— Broteriana, DC 124<br />

— crotalarioi<strong>de</strong>s, Coss 125<br />

— geminiflora, Lag. . . . . . 125<br />

— Hackelii, Lge .125<br />

—' Picardi, Bss<br />

— reclinata, L<br />

124<br />

v. genuina, Godr 124<br />

v. minor, Mor 124<br />

v. tri<strong>de</strong>ntata, Lwe 124<br />

PÂG.<br />

Ononis viscosa, L.<br />

H. brachycarpa (DC), Wk. . 125<br />

Ornithopus sativus, Brot. . . .128<br />

.fisum arvense, L,. . . . . . 131<br />

— elatius, M. Bieb 131<br />

— sativum, L 130<br />

a<br />

. saccharatum, Ser. . . .131β. macrocarpum, Ser. . . . 131<br />

Proralea americana, L.<br />

3. polystachya (Poir.) . . .127<br />

Trifolium filiforme, L 127<br />

— hirtum, All 127<br />

— isthmocarpum, Brot 127<br />

— Michelianum, Savi . . . . 127<br />

— phleoi<strong>de</strong>s, Pourr 127<br />

subesp. gemellum (Pourr.) . .127<br />

— scabrum, L 127<br />

Ullex aphyllus, Lk .124<br />

— canescens, Lge 123<br />

— janthocladus, Webb 123<br />

var. subsericeus, P. Cout. . .123<br />

— luridus (Webb.), Wk 123<br />

— spectabilis (Webb.), Wk. . . . 124<br />

— Webbianus, Coss. . . . .123<br />

Vicia bithynica, L 129<br />

— Cracca, L 129<br />

v. incana (Vill.) 129<br />

— peregrina, L 129<br />

— sativa, L.<br />

v. heterophylla (Presl.) • • . 129<br />

v. maculata ('Près'..) . . . . 129<br />

Fam. 68—Geraniâceas . .131<br />

Erodium bipinnatum (Cav.), Willd.<br />

"/. sabulicola (Lge.) Rouy . . 133<br />

— Chium (L.), WiUd 132<br />

— cicutarium (L.), L'Hérit. . . .133<br />

a. primulaceum, (Welw.) . . 133<br />

b. Chaerophyllum (Cav.), DC.. 133<br />

— littoreum, Léman 132<br />

— malacoi<strong>de</strong>s (L.), Willd. . . .131<br />

(3. ribifolium (Jacq.), DC. . .132β. subtrilobum (Jord.), Lge. . 132<br />

— sublyratum, Samp. . . . .132<br />

Fam. 69 — Oxalidâceas . . 133<br />

Oxalis Acetosella, L 134<br />

— corniculata, L 134<br />

Fam. 70— Linâceas . . .134<br />

Linum maritimum, L 134<br />

— narbonense, L 134<br />

Fam. 72 — Rutâceas . . . 134<br />

Ruta montana, L. . . . . .134<br />

Citrus medica L. b. Limon, L. . .134<br />

b. Limonum, Risso . . . .134


Fam. 76 — Euforbiáceas . . 135<br />

Euphorbia Clementei, Bss. . . .135<br />

— exigua, L. ß. retusa (L.) Roth.<br />

for. imbricata, P. Cout.. . . 135<br />

— falcata, L. *. genuina, Dav. . .135<br />

— nutans Lag 135<br />

— Preslii, Guss 135<br />

Fam. 81 — Anacardiáceas . 135<br />

Pistacia Terebinthus, L- • . . .135<br />

Fam. 82 — Aquifoliáceas . 136<br />

Hex Aquifolium, L. . . . • .136<br />

— Perado, Ait 136<br />

Fam. 87 — Malváceas . . .136<br />

Sida rhombifolia, L. . ' . . . .136<br />

Fam. 92 - Cistáceas . . .137<br />

Cistus albidus X crispus, Del. . . 137<br />

(1). Delilei, Burnat 137<br />

(2). pulverulentus (Pourr.). . 137<br />

— hirsutus, Lam.β. brevifolius, Wk. 137<br />

Helianthemum aegyptiacum (L.), Mill. 137<br />

— alyssoi<strong>de</strong>s (Lam.), Vent.<br />

'/. incanum (Wk.) . . . . 137<br />

— canum (L.), Gross.<br />

P. origanifolium (Lam.), Gross. 137<br />

1. genuinum (Wk.) . . . 137<br />

2.dichotonum(Cav.),Gross. 137<br />

— Chamaecistus, Mili.<br />

c. barbatum (Lam.) . • . « 133<br />

—- ocymoi<strong>de</strong>s (Lam.), Pers. . 137<br />

Fam. 93 - Violáceas . . 1 3 8<br />

Viola canina, L. . . . . 138<br />

a<br />

. genuina 139<br />

W. montana (L.) . . . . 139<br />

— elatior, Fr 139<br />

— X hortensis (DC), Wettst. . . 140<br />

— Kitaibeliana, R. et Sch. . . .140<br />

a. Machadiana, P. Cout. . . 140<br />

ß. HenriduesiiíWk.), W.Beck. 140<br />

— láctea, Sm 139<br />

— palustris, L.<br />

form, minor (Bourg.), Nym.. 138<br />

b. Juressi (Lk.) . . . . .138<br />

— silvática, Fr. . . • • • .138<br />

— silvestris, Lam 138<br />

— tricolor (L-), Wittr 140<br />

" í<br />

. arvensis, Murray . . .140<br />

ß. trimestris (DC), W. Beck . 140<br />

7« beirensis, P. Cout. . . .140<br />

Fam. 98 — Onagráceas • 140<br />

Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal l9l<br />

PÁG.<br />

Epilobium palustre, L 141<br />

— tetragonum, L. . . . . . 140<br />

Fam. 101 - Umbelíferas . . 141<br />

Chaves dos Géneros a substituir . 141<br />

Bifora testiculata (L.), DC. . . . 144<br />

Bupleurum acutifolium, Bss. . . . 144<br />

— Gerardi, All.<br />

ß. austräte (Jord.), Rouy . .144<br />

Conopodium capiliifolium, Bss. • .143<br />

— ramosum, Costa . . . . 143<br />

— subcarneum, Bss 142<br />

Ferulago sulcata (Desf.), Koch. . .145<br />

Lagoecia, L. • • 142<br />

— cuminoi<strong>de</strong>s, L. - . . . . 142<br />

Laserpitium prutenccium, L. . . .145<br />

Pimpinella villosa, Shousb. . • • 144<br />

Seseli granatense, Wk 145<br />

— Peixotianum, Samp 144<br />

— tortuosum, L. . . . .144<br />

ß. graecum, DC 145<br />

Subfam. II — Saniculói<strong>de</strong>as . . 142<br />

Toriiis coerulescens (Bss.), Dru<strong>de</strong> . 143<br />

— heterophylla, Guss 143<br />

— infesta (L-), Spreng 143<br />

a. divaricata, DC.<br />

var. trífida (Hoffgg. et Lk.). . 143<br />

— Ieptophylla (L.), Rchb. . . .143<br />

p. elongata (Hoffgg. et Lk.), P.<br />

Cout. 143<br />

Fam. 104 - Ericáceas . . . 145<br />

Rhodo<strong>de</strong>ndron ponticum, L.<br />

ß. baeticum(Bss.etReut.),Wk. 145<br />

Vaccinium MyrtiUus, L 145<br />

Fam. 105 — Primuláceas . . 145<br />

Anagaliis linifolia, L 146<br />

genuína 146<br />

ß. latifolia, Wink'.er . . .146<br />

= 7-.maritima, Mariz . . . 146<br />

Ò. trojana, P. Cout. . . .146<br />

b. collina (Schousb.) . . . . 146<br />

— remella, L. 145<br />

Fam. 106 — Plumbagináceas 146<br />

Armería alliacea, (Cav.) . . • .147<br />

— aílioi<strong>de</strong>s,' Bss 147<br />

— caespitosa (Ort.) Bss.<br />

var. humilis (Lk.), Pau C. Vic.<br />

et Beltr 146<br />

— Iittoralis, Hoffgg. et Lk. . • • 1.47<br />

Limqniastrum monopetalum (L.), Bss. 147<br />

Statice binervosa, Sm.<br />

, ^..occi<strong>de</strong>ntalis (Lloyd.), Syme . 147<br />

— echioi<strong>de</strong>s, L. .. ,. • • • .147


192<br />

Fam. 109 — Gencianáceas . 147<br />

Microcala filiformis (L.), Hoffgg. et Lk. 147<br />

Fam. 111 — Asclepiadáceas . 147<br />

Cynanchum nigrum (L.), R- Br.<br />

p.atrum(Jord.etFourr.) [Rouy]. 147<br />

Fam. 112 — Convolvuláceas. 147<br />

Convolvulus arvensis, L 148<br />

p\ obtusifolius, Ckoisy . .148<br />

0. línearifolías, Ckoisy 147<br />

— siculus, L<br />

147<br />

Cuscuta Epilinum, Weike.<br />

148<br />

— Epithyrnum (L.), Murray. 148<br />

Fam. 114 — Boragináceas<br />

Anckusa calcárea, Bss.<br />

a<br />

. glabrescens, Bss. .<br />

Echium arenaríum, Guss.<br />

— Broteri, Samp. .<br />

— ñavum, Desf.<br />

— lusitanicum, L. (non DC.)<br />

— pomponium, Bss.<br />

Myosotis chrysantha, Welw.<br />

— globularis, Samp.<br />

— kispida, Sckleckt. .<br />

— intermedia, Lk.<br />

— lútea, Pers. . . . .<br />

— stricta, Lk<br />

— Welwitschii, Bss. et Reut.<br />

Ompkaio<strong>de</strong>s Kuzinskyanae. Wk.<br />

— linífolia (L.), Moenck. .<br />

Fam. 115—Verbenáceas. . 151<br />

Verbena supina, L 151<br />

Fam. 116 — Labiadas .<br />

Ajuga Cbamaepitys (L), Schreb<br />

Ballota cinerea (Desr.), Bri


Verbascum Henritjuesii, Lee. .<br />

Veronica Cartfuejiana, Samp.<br />

— officinalis, L<br />

. P. Carduejiana, (Samp.)<br />

/. Tournefortii (Vill.), Rchb.<br />

Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 193<br />

PÁS.<br />

155<br />

158<br />

158<br />

158<br />

158<br />

Fam. 124 — Plantagináceas . 162<br />

Plantago Coronopus, L.<br />

^.simplex, Bss. et Reut. . . 163<br />

— Loeflinéii, L 163<br />

— recurvara, L. 162<br />

(3. capitellata (Ram.) . . . 163<br />

y. longibracteata, Koch. . . 163<br />

3. bracteosa (Wk.) . . . . 163<br />

Fam. 125 — Rubiáceas. . . 163<br />

Galium Aparine, L 165<br />

P. minus, P. Cout. . . . 165<br />

b. tenarum (Schlñch.) . . . 165<br />

— fruticescens, Cav.<br />

var. caespitosum, Wk. et Costa. 164<br />

— helo<strong>de</strong>s, Hoffgg. et Lk. . . . 165<br />

— minutulum, Jord 165<br />

— múrale, All 165<br />

— uliginosum, L 164<br />

p\ helo<strong>de</strong>s Lee 164<br />

b. Langei, P. Cout 164<br />

Fam. 126 — Caprifoliáceas . 165<br />

Lonicera etrusca, Santi 165<br />

Fam. 127 — Valeríariáceas 165<br />

Chaves dos Géneros a substituir . .165<br />

Centranthus ruber (L.), DC. . . .166<br />

Fedia caput-bovis, Pomel . . . .166<br />

— Cornucopiae (L.), Gaertn. . . . 166<br />

— <strong>de</strong>cipiens, Pomel . . . . . 166<br />

— geaciliflora, Fisch, et Mey. . . 166<br />

— scorpioi<strong>de</strong>s (Dufr.) . . . . 166<br />

Valerianella, Hall 166<br />

— echinata (L.), DC 167<br />

Fam. 12S — Dipsaccáeas<br />

Knautia arvensis (L.) Coult. .<br />

— legionensis (Lag.) ?<br />

— silvática (L.), Duby<br />

— subscaposa, Bss. et Reut. .<br />

Pterocephalus papposus (L.), Coult.<br />

167<br />

167<br />

167<br />

167<br />

167<br />

167<br />

Fam. 130 Campanuláceas 167<br />

Jasione amethistina, Lag. et Rodr. . 168<br />

— corymbosa, Poir.<br />

ß. blepharodon (Bss. et Reut.). 167<br />

— humilis (Pers.), . '. • - • 168<br />

— lusitanica, A. DC 167<br />

Specularia hybrida, (L.) A. DC. . .167<br />

PÁG<br />

Fam. 131. Compostas. . .168<br />

Anacyclus clavatus (Desf.), Pers. . 170<br />

Antbemis mixta, L. . . . . .170<br />

Arctotis calendulacea, Willd. . .172<br />

Ârnoseris minima (L.), Hoffgg. et Lk. 175<br />

— minima (L.), Schw. et Koerte . 175<br />

Artemisia glutinosa, Gay . "". . . 170<br />

— variabilis, Ten 171<br />

Calendula lusitanica, Bss 171<br />

ß. transtagana, Mariz . . . 171<br />

Carduus Broteroi, Welw 172<br />

— platypus, Lge 172<br />

ß. granatensis, Wk. . . .172<br />

— Reuterianus, Bss 172<br />

Carlina corymbosa, L 172<br />

ß. involucrata (Poir.) . . .172<br />

— racemosa, L 172<br />

Centaurea fraylensis, Salzm. . • . 175<br />

— lusitanica, Bss. et Reut. . . .175<br />

— salmantica, L 175<br />

— vicentina (Welw.), Mariz . . .175<br />

Cirsium Acarna (L.), Moench. . . 173<br />

— palustre (L.), Scop 174<br />

ß. spinosissimum, Wk. . .174<br />

b. transmontanum, P. Cout. . .174<br />

— syriacum (L.), Gaertn. . . . 173<br />

a. latifolium (DC.) . . .173<br />

ß. bracteatum (Lk.), Rouy. . 173<br />

Crupina acuta (Lam.) 175<br />

Cynara Tournefortii, Bss. et Reut. . 175<br />

E-rigeron mucronatus, DC. . . .168<br />

Evax Cavanillesii, Rouy . . . .168<br />

ß. carpetana (Lge.), Rouy. . 168<br />

— pygmaea, Brot 168<br />

— pygmaea, Pers. . . . . . 168<br />

Filago gallica, L.<br />

ß. Iongibracteata, Wk. . . .168<br />

Galactites tomentosa, Mnch. . . .175<br />

Gnaphalium uliginosum, L. • • .169<br />

Hieracium cinerascens, Aut. Lusit. . 177<br />

— Iusitanicum. A.-Touvet . . .177<br />

— murorum, L. . . . . . . 177<br />

— pallidum, Biv 177<br />

b. comosulum, A.-Touvet . . 177<br />

— Pilosella, L. 177<br />

ß. Peleterianum (Mérat) . . 177<br />

Inula graveolens (L.), Desf. . . .169<br />

Leontodon hirtus, L. • . . .176<br />

— hispídus, L.<br />

form, hyoseroi<strong>de</strong>s (Koch) . .176<br />

— yUlarsii, Lois 176<br />

Matricaria maritima, L 170<br />

Odontospermum maritimum ( L. ),<br />

Schultz-B.<br />

y. littorale (Jord. et Fourr.) . 170


194 António Xavier Pereira Coutinho<br />

PÁG.<br />

Onopordon nervosum, Bsa. . • .175<br />

Pulicaria micro cephala, Láe. . . .169<br />

— vulgaris, Gaertn 169<br />

Scolymus hispanicus, L 175<br />

— maculatus, L 175<br />

Scorzònera graminjiolia in Fl. . .176<br />

— kumilis, L.<br />

^.p'antaéineaCSchleích.), Schur. 176<br />

ß. ramosa, Hoffgé. et Lk. . • 176<br />

'/. angustifolia, Hofrgé.et Lk. . 176<br />

— pínifolia, Gou 176<br />

ÍNDICE GERAL<br />

PÁG.<br />

Senecio atjuaticus, Huds.<br />

ß. pratensis, Rickt 171<br />

— Cineraria, DC 171<br />

— Jaccjuinianus, Rchb 171<br />

— praealtus, Bert. . . . . . . 171<br />

— vulgaris, L.<br />

ß. radiatus, Wk 171<br />

Sonckus glaucescens, Jord. . . . 176<br />

Staehelina dubia, L 172<br />

Xantbium antiquorum, Wallr. . .170<br />

— brasilícum, Veloso 170<br />

— strumarium in Flora . . . . 170<br />

Introdução 43<br />

Adições, substituições e correcções à Flora 45<br />

Cnaves das Famílias 45<br />

Cryptoéâmicas vasculares 47'<br />

Faneroéâmicas 5o<br />

Gimnospérmicas . 5o<br />

Anéiospérmicas 5o<br />

Monocotiledóneas . 5o<br />

Dicotiledóneas 75<br />

Erratas e pequenas correcções da Flora 178<br />

Nomes vulgares <strong>de</strong> que tive <strong>de</strong>pois conhecimento . . . 181<br />

Errata do suplemento 184<br />

índice das Famílias, Géneros, Espécies, Varieda<strong>de</strong>s e Sinónimos<br />

185


INVESTIGAÇÕES CITOLÓGICAS<br />

EM VARIE<strong>DA</strong>DES CULTURAIS<br />

DE PEREIRAS (P- communis, L.)<br />

POR<br />

J. VIEIRA NATIVI<strong>DA</strong>DE<br />

Engenheiro - Silvicultor<br />

INTRODUÇÃO<br />

EM traballio anterior (NATIVI<strong>DA</strong>DE 1932) estudámos a constituição<br />

cromosómica <strong>de</strong> 19 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maceiras e <strong>de</strong> l5<br />

varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras, todas portuguesas, ou como tal consi<strong>de</strong>radas.<br />

Das varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras submetidas a estudo, 12<br />

eram diplói<strong>de</strong>s—2n = 34—e supusemos, fundadamente, que as<br />

três restantes fossem triplói<strong>de</strong>s, em face das irregularida<strong>de</strong>s apresentadas<br />

no <strong>de</strong>correr das divisões meíóticas.<br />

Anteriormente a êste nosso estudo, FLORÍN (l926) observou<br />

a varieda<strong>de</strong> B. Alexandre Lucas, a que atribuiu uma constituição<br />

cromosómica hiper-triplói<strong>de</strong>—2n=56-—, mas investigações por<br />

nós realizadas ulteriormente <strong>de</strong>monstraram c¿ue se trata <strong>de</strong> uma<br />

casta na realida<strong>de</strong> triplói<strong>de</strong> — 2n = 5l. KOBEL (l927) estudou<br />

l7 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras, 10 das quais com a constituição 2n =34,<br />

e para as restantes indica números <strong>de</strong> cromosomas compreendidos<br />

entre 45 e 55. Observações ulteriores nalgumas das castas<br />

referidas por KOBEL como aneuplói<strong>de</strong>s mostraram que possuem<br />

<strong>de</strong> facto 5l cromosomas, e nas mesmas condições se encontra a<br />

varieda<strong>de</strong> Curé incluida no presente estudo, MOFFETT (l93l)<br />

menciona três varieda<strong>de</strong>s, todas diplói<strong>de</strong>s.<br />

Depois da publicação do nosso estudo, MIEDZYRZECHI (l933)<br />

observou cítològicamente mais 13 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras, duas<br />

<strong>de</strong>las com a constituição 2n = 5l. Em dois recentes trabalbos,<br />

MOFFETT (l934, l934a) indica o número <strong>de</strong> cromosomas em 34<br />

varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras, a sete das quais atribui a constituição<br />

triplói<strong>de</strong>. No primeiro dêsses trabalbos refere as nossas observações<br />

quanto ao emparelhamento secundário dos cromosomas<br />

na metafase I, como um dos argumentos a favor da bipótese <strong>de</strong><br />

que o número básico nas pomói<strong>de</strong>as seja 7, e que as formas


196 /. Vieira Nativida<strong>de</strong><br />

actuais, cujo complexo kaplói<strong>de</strong> é l7, se tenham originado por<br />

poliplòidia secundária (<strong>DA</strong>RXINGTON e MOFFETT l93o).<br />

No presente estudo apreciamos o comportamento dos cromosomas<br />

nas divisões meióticas em 10 varieda<strong>de</strong>s culturais <strong>de</strong><br />

pereiras, uma das quais, a Curé, é referida por KOBEL, sob o<br />

nome <strong>de</strong> Viçar of Winkfield, como possuindo 55 cromosomas.<br />

Revemos também, em novo material, as castas triplói<strong>de</strong>s incluidas<br />

no nosso trabalho anterior.<br />

O conhecimento do número e comportamento dos cromosomas<br />

nas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fruteiras cultivadas tem uma importância<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m prática consi<strong>de</strong>rável. Assim, as castas <strong>de</strong> pomói<strong>de</strong>as<br />

<strong>de</strong> constituição triplói<strong>de</strong>, embora produtivas e vigorosas, apenas<br />

produzem uma baixa percentagem <strong>de</strong> pólen viável — 0 a 25 0<br />

0,<br />

o que lhes confere valor insignificante como castas polinizadoras<br />

e impõe precauções ao estabelecimento <strong>de</strong> qualquer<br />

consociação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s no pomar. Por outro lado, como do<br />

cruzamento 2n X 3n, ou 3n X 2n, ou 3n X 3n se obtêm exclusivamente<br />

indivíduos aneuplói<strong>de</strong>s, inviáveis (CRANE e LAWRENCE<br />

l930, NEBEL 1933), esse conhecimento é indispensável ainda nos<br />

trabalhos <strong>de</strong> hibridação.<br />

Material e métodos<br />

O material para êste estudo, com excepção da varieda<strong>de</strong><br />

Sere Cotovelos, foi colhido no pomar da Escola Agrícola Vieira<br />

Nativida<strong>de</strong>, em Alcobaça, durante a última quinzena <strong>de</strong> Março.<br />

As anteras, fixadas separadamente em NAVASHIN (KARPECHENKO),<br />

íncluiram-se em parafina pslo processo usual e seccionaram-se<br />

na espessura <strong>de</strong> l5 Na coloração das secções microtómicas<br />

empregou-se a violeta <strong>de</strong> genciana, segundo o esquema <strong>de</strong><br />

Newton (LA COUR l93l). As observações foram realizadas com<br />

um binocular Zeiss, objectivas apocr. <strong>de</strong> im. 90 e 120 e oculares<br />

comp. 20 e 30, e o trabalho microfotográfico com uma instalação<br />

Winkel-Zeiss, objectiva 120 e ocular compensadora 20. Os<br />

<strong>de</strong>senhos foram executados com o aparelho <strong>de</strong> Abbé.'<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Sob o ponto <strong>de</strong> vista do número <strong>de</strong> cromosomas, da sua<br />

associação na metafase I e comportamento durante as divisões


Investigações Cítológicas em Varied, <strong>de</strong> Pereiras 197<br />

meióticas das células mães do pólen, as varieda<strong>de</strong>s examinadas<br />

po<strong>de</strong>m dividir-se em dois grupos: o primeiro, constituído pelas<br />

castas diplóí<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> as divisões são regulares e os cromosomas,<br />

na primeira metafase, se apresentam emparelhados constituindo<br />

bivalentes; o segundo, pelas castas triplói<strong>de</strong>s, com gran<strong>de</strong>s<br />

irregularida<strong>de</strong>s nas divisões <strong>de</strong>vidas à existência <strong>de</strong> univalentes<br />

e trivalentes.<br />

Os números <strong>de</strong> cromosomas da lista seguinte foram <strong>de</strong>terminados<br />

na metafase da primeira divisão das células mães do<br />

pólen, e, para algumas castas, verificados em divisões somáticas<br />

nos tecidos das pétalas ou do estilete.<br />

Divisões meióticas nas castas âiplói<strong>de</strong>s<br />

O comportamento dos cromosomas na primeira e segunda<br />

divisão é muito regular nas seis primeiras varieda<strong>de</strong>s, e a tal<br />

ponto que entre as centenas <strong>de</strong> células examinadas não se<br />

observou uma só anafase com cromosomas retardatários no<br />

equador. Apenas numa placa equatorial da var. Van Mons<br />

encontrámos um trivalente e um univalente. Na metafase I<br />

observam-s'e com a maior regularida<strong>de</strong> l7 cromosomas bivalentes,<br />

formando ou não associações <strong>de</strong> natureza secundária, fig. 1 a 6<br />

e microfotografias da Est. I. Na metafase II encontram-se,<br />

regularmente também, l7 cromosomas em cada placa. As tetradas<br />

apresentam-se normalmente constituidas.<br />

26


. Vieira Nativida<strong>de</strong>


Investigações Citológicas em Varied, <strong>de</strong> Pereiras 199<br />

Divisões meióticas nas castas triplóiâes<br />

 existência <strong>de</strong> trivalentes e unívalentes na metafase I, fig-<br />

7-10, imprime às divisões meióticas as irregularida<strong>de</strong>s caracterís-<br />

ticas, que conduzem à formação <strong>de</strong> gâmetos aneuplói<strong>de</strong>s e à<br />

produção <strong>de</strong> micrósporos morfologicamente anormais.<br />

E.III três das varieda<strong>de</strong>s estudadas Cxzré, T. Jodoigne, Sete<br />

Cotovelos — o número <strong>de</strong> univalentes retardatários na anafase da<br />

primeira divisão, embora muito variável, não é, no entanto,<br />

elevado: um, dois, raro mais <strong>de</strong> cinco. Nalgumas células a<br />

divisão é até, por vezes, aparentemente regular, porque cada<br />

grupo <strong>de</strong> cromosomas se dirige para o seu polo, sem que os<br />

univalentes se retar<strong>de</strong>m; mas a divisão é, <strong>de</strong> facto, irregular,


200<br />

/. Vieira Nativida<strong>de</strong><br />

visto o número <strong>de</strong> cromosomas em cada grupo não ser igual,<br />

nem constante.<br />

Na varieda<strong>de</strong> Leitão, o número <strong>de</strong> univalentes é consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

mais elevado do que nas restantes castas examinadas,<br />

e tão gran<strong>de</strong> que as anaíases da primeira divisão apresentam<br />

um aspecto muito característico — fig. 11. Não são raras as<br />

células com 10 e 12 univalentes retardatários, muitos dos quais<br />

se dispersam.<br />

Na metafase II das três primeiras varieda<strong>de</strong>s contamos em<br />

cada placa um número variável <strong>de</strong> cromosomas, cuja soma se<br />

aproxima ou correspon<strong>de</strong> exactamente ao complexo triplói<strong>de</strong>, o<br />

que indica que os univalentes atingiram os poios a tempo <strong>de</strong><br />

serem incluídos nos dois novos núcleos. A fig. 12-A reproduz<br />

uma metafase da segunda divisão na varieda<strong>de</strong> 5ere Cotovelos,<br />

cujas placas equatoriais apresentam, respectivamente, 25 e 26<br />

cromosomas; mas a divisão dos univalentes na primeira anafase<br />

faz que, por vezes, a soma dos cromosomas contidos nas duas


Investigações Citológicas em Varied, <strong>de</strong> Pereiras 201<br />

placas seja superior a 5l. Ainda na varieda<strong>de</strong> Sete Cotovelos<br />

observámos metafases com 29 + 26, 27-¡-25, etc.<br />

Na varieda<strong>de</strong> Leitão, o número <strong>de</strong> cromosomas na metafase<br />

II é freqüentemente inferior ao número normal, porque<br />

algures dos. univalentes não po<strong>de</strong>m ser incluídos nos núcleos<br />

filkos, e dispersam-se no citoplasma. Constituem-se, p.ssim,<br />

pequenos núcleos suplementares, que dão origem a míciósporos<br />

<strong>de</strong> pequeno tamanko e inviáveis. Nesta varieda<strong>de</strong>, com mais<br />

freqüência do que nas restantes examinadas, as tétradas contêm<br />

um número anormal <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> pólen: 5, 6, por vezes mais.<br />

As irregularida<strong>de</strong>s observadas no <strong>de</strong>correr da primeira<br />

divisão meiótica das castas triplói<strong>de</strong>s subsistem ainda ria segunda<br />

divisão. Durante a anafase II observam-se cromosomas retarda-


202 /. Vieira Nativida<strong>de</strong><br />

tários, alguns dos quais se agregam para constituir núcleos<br />

suplementares.<br />

A diferença <strong>de</strong> comportamento da varieda<strong>de</strong> Leitão, relati­<br />

vamente às outras varieda<strong>de</strong>s, triplói<strong>de</strong>s também, não se po<strong>de</strong><br />

atribuir apenas ao maior número dé cromosomas <strong>de</strong>sempare-<br />

Ibados que se encontra nas metafases da primeira divisão, visto<br />

o número <strong>de</strong> retardatários no equador durante a anafase ser,<br />

freqüentes vezes, superior àquele.<br />

As vistas <strong>de</strong> perfil do início da anafase mostram que alguns<br />

dos univalentes provêm da divisão dos trivalentes, e que estes<br />

se comportam <strong>de</strong> forma análoga à observada nos Hyacinthus<br />

(<strong>DA</strong>RLINGTON 1929). O maior número <strong>de</strong> retardatários explica-se<br />

pela freqüência da divisão em que os três cromosomas se sepa­<br />

ram, dirigindo-se dois para os respectivos polos, e perma­<br />

necendo o terceiro retardatário. A maior freqüência das divisões<br />

dêste tipo po<strong>de</strong>rá atribuir-se, possivelmente, à diversa consti­<br />

tuição dos trivalentes nesta varieda<strong>de</strong>.<br />

SUMÁRIO<br />

Como prosseguimento das investigações realizadas pelo<br />

autor, <strong>de</strong>terminou-se o número <strong>de</strong> cromosomas e apreciou-se o<br />

seu comportamento durante as divisões raeióticas em jLCMrarie-<br />

da<strong>de</strong>s culturais <strong>de</strong> pereiras, quatro das quais portuguesas, ou<br />

como tal consi<strong>de</strong>radas, e as restantes exóticas, mas bastante<br />

cultivadas no País.<br />

Seis das varieda<strong>de</strong>s investigadas — Marques Loureiro, Rei,<br />

La Trance, Van Mons, Beurré <strong>de</strong> YAssomption e Le Lectier —<br />

apresentam a constituição cromosómíca diplói<strong>de</strong>, e as divisões<br />

das células-mães do pólen <strong>de</strong>correm com a maior regularida<strong>de</strong>.<br />

As quatro varieda<strong>de</strong>s restantes — Sere cotovelos, Leitão, Curé e<br />

Triomphe <strong>de</strong> Jodoigne — são triplói<strong>de</strong>s. As divisões meióticás<br />

apresentam as irregularida<strong>de</strong>s características. A varieda<strong>de</strong> Curé<br />

(Viçar oí Winkíield), referida por Kobel como possuindo 55<br />

cromosomas, é na realida<strong>de</strong> triplói<strong>de</strong>.<br />

Entre as castas triplói<strong>de</strong>s, a varieda<strong>de</strong> portuguesa Leitão<br />

-. I


Investigações Citológicas em Varied, <strong>de</strong> Pereiras 203<br />

distingue-se das restantes pelo elevado número <strong>de</strong> univalentes<br />

que se retardam no equador durante a primeira anafase, e pela<br />

maior freqüência <strong>de</strong> tétradas anormais.<br />

ENGLISH SUMMARY<br />

Pursuing with the research work previously carried on by<br />

the writer, the number of chromosomes has now been <strong>de</strong>termined<br />

and the chromosome behaviour at meiosis was studied in ten<br />

varieties of cultivated pears, four of which are Portuguese or<br />

consi<strong>de</strong>red as such, and the rest foreign ones, but rather frequent<br />

in this country.<br />

Six of the varieties examined:—Marques Loureiro, Rei,<br />

La France, Van Mons, Beurré <strong>de</strong> l'Assomption and Le Lectier<br />

have been found to be diploids and all showed a high <strong>de</strong>gree of<br />

regularity in the pollen mother-cell divisions. The others: —<br />

Sete Cotovelos, Leitão, Curé and Triomphe <strong>de</strong> Jodoigne are<br />

triploids, and the reduction divisions are very irregular. The<br />

variety Curé ( Vikar of Winkfield ) reported by Kobel as baving<br />

55 cbromosomes, was found to be triploid.<br />

Among the triploids, the Portuguese variety Leitão differs<br />

from the others by the high number of univalents that are found<br />

lagging at the first anaphase and "by a higher proportion of<br />

irregular pollentetrads produced,. .<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

CRANE, M. B. AND W. J. C. LAWRENCE, l93o. Fertility and vigour of Apples in relation<br />

to Chromosome number. /. Genetics 22. l53-l62.<br />

<strong>DA</strong>RLINGTON, C. D., 1929. Meiosis in Polyploids. /. Generics. 21. 17-53.<br />

<strong>DA</strong>RLINGTON, C. D. l932. Recent Advances in Cytology. London. (J. So A. churchill)<br />

<strong>DA</strong>RLINGTON, C. D. and A. A. MOFFETT, l930. Primary and Secondary Chromosome<br />

Balance in Pyrus. /. Genetics. 22. 129-149.<br />

FLORIN, R., I926. Pollen Production and Incompatibilities in Apples and Pears. Mem.<br />

Hortic. Soc. N. York. 3. 87-118.<br />

KOBEL, G., 1927. Zytologische Untersuchungen an Prunoi<strong>de</strong>en und Pomoi<strong>de</strong>en. Arch.<br />

Jul. Klaus-Stift 3. 1-84.<br />

LA COUR, L., 1931. Improvements in Everyday Technique in Cytology. /. R. Micr. Soc.<br />

Si. 119-126.<br />

MlEDZYRZECHl, CH., 1933. Etu<strong>de</strong>s Cytologiques et Stérilité du Pollen chez le Pommier et le<br />

Poirier. C. R. H. Soc. Biol ll4. 1267-71.<br />

MoFFETT, A. A., 1931. The Chromosome Constitution of the Pomoi<strong>de</strong>ae. Proc. R. Hort.<br />

Soc. io8. 423-46.<br />

MoFFETT, A. A., 1934. Cytological Studies in Cultivated Pears. Genética. lS. 5ll-5l7.<br />

MoFFETT, A. A. 1934 a. Chromosome Number and Pollen Germination in Pears. /. of<br />

Pom. Hort. Sc. ia. 321-26.<br />

NATIVI<strong>DA</strong>DE, J. V., 1932. A Improdutivida<strong>de</strong> em Pomologia. Alcobaça.<br />

NEBEL, B. R., 1933. Chromosome Number in Aneuploid Apple Seedlings. TV. Y. Agr. Exp.<br />

St. Tech. Bui. 209. 1-12.


NEUE VOLVOCALEN AUS DER<br />

UMGEBUNG VON COIMBRA<br />

(PORTUGAL)<br />

VON<br />

DR. FRANZ MOEWUS (ERLANGEN)<br />

Mit 6 Textfiguren und 1 Tabelle<br />

Im April 1933 erhielt ich l8 Erdproben aus <strong>de</strong>r Umgebung<br />

von Coimbra. Herrn Prof. Dr. A. Quintanilha danke ich an<br />

dieser Stelle herzlich für das Sammeln und für die Übersendung<br />

<strong>de</strong>r Erdproben.<br />

Die Er<strong>de</strong> wur<strong>de</strong> in vier verschie<strong>de</strong>ne Nährmedien gebracht:<br />

1. in Knop-Lösung ( p „ = 5 ), 2. in Kolkwitz-Lösung ( p H Fr 8 ),<br />

3. in Volvox-Lösung (p H = 7) und 4. in Peptonfaulkulturen.<br />

Für das Herauskultivieren von Volvocalen aus <strong>de</strong>n Erdproben<br />

ist die letzte Metho<strong>de</strong> am besten geeignet. Diese Peptonfaulkulturen<br />

wer<strong>de</strong>n auf folgen<strong>de</strong> Weise angesetzt: In Pulverf laschen<br />

von 200-250 ccm Inhalt wird auf <strong>de</strong>n Bo<strong>de</strong>n ca. 0,5 g Pepton<br />

gegeben. Darüber kommt in 2 cm hoher Schicht sterilisierte<br />

Gartener<strong>de</strong> und dann wird mit sterilem Leitungswasser aufgefüllt.<br />

Diese Metho<strong>de</strong> haben schon JACOBSEN (l9l0), SCHULZE (l927)<br />

und STREHLOW ( 1929 ) angewen<strong>de</strong>t. Nach<strong>de</strong>m in <strong>de</strong>n Nährmedien<br />

die Algen aufgetreten waren, wur<strong>de</strong>n einzelne Zellen isoliert<br />

und zum Teil auf Knop-Agar kultiviert. "Manche Arten konnten<br />

nur in Peptonfaulkulturen gezüchtet wer<strong>de</strong>n. Sämtliche Artbeschreibungen<br />

wur<strong>de</strong>n ohne Ausnahmen nur nach Zellen eines<br />

Klones vorgenommen, nach<strong>de</strong>m die betreffen<strong>de</strong> Art längere Zeit<br />

kultiviert und einige Variabilitäsversuche ausgeführt wor<strong>de</strong>n<br />

sind (vergl. MOEWUS 1933 I). Aus <strong>de</strong>n l8 Erdproben konnten<br />

mehrere interessante Volvoca en erhalten wer<strong>de</strong>n, über die im<br />

folgen<strong>de</strong>n berichtet wer<strong>de</strong>n soll.<br />

I. Tetrablepharis cyamos nov. spec. ( Fig. 1 ).<br />

Die Zeilen sind bohnenförmig gekrümmt. Oben und unten<br />

sind sie abgerun<strong>de</strong>t. Am Vor<strong>de</strong>ren<strong>de</strong> ist die <strong>de</strong>rbe Membran zu


Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal) zoS<br />

einer kalbkugeligen Papille verdickt, an <strong>de</strong>ren Basis die 4<br />

körperlangen Geissein austreten. Unterhalb <strong>de</strong>r Geisseibasis<br />

liegen zwei kontraktile Vakuolen. In <strong>de</strong>r vor<strong>de</strong>ren Zellhälfte<br />

befin<strong>de</strong>t sich ein elliptischer Augenfleck. In <strong>de</strong>r unteren<br />

Zellhä 1<br />

fte liegen zahlreiche elliptische Stär­<br />

kekörner. Die ungeschlechtliche Vermehrung<br />

erfolgt duch schiefe Längsteilung. Ks wer<strong>de</strong>n<br />

stets nur zwei Tochterzellen gebil<strong>de</strong>t. Die<br />

Zellen sind halb so breit wie lang. Sie sind<br />

im ausgewachsenen Zustan<strong>de</strong> (vor <strong>de</strong>r<br />

Zellteilung) 12-14 { lang und 6-7,"- breit.<br />

Die geschlechtliche Fortpflanzung wur<strong>de</strong><br />

nicht beobachtet. Fundort: Umgebung von<br />

Coimbra (Portugal).<br />

Diese Art entwickelte sich nur in<br />

Peptonfaulkulturen, niemals in <strong>de</strong>n anorganischen<br />

Nährlösungen, auch nicht in<br />

Volvox-Lösung. Die Klone entwickelten<br />

sich nur sehr langsam. Von <strong>de</strong>r Isolierung<br />

<strong>de</strong>r Zellen bis zur genügen<strong>de</strong>n Anreicherung<br />

vergingen über 4 Monate. Welche beson<strong>de</strong>ren<br />

Ansprüche diese Art an die Ernährung<br />

stellt, wur<strong>de</strong> nicht untersucht.<br />

Für die Gattung Tetrablepharis ist charakteristisch: das<br />

Vorhan<strong>de</strong>nsein einer ZeFmembran, die 4 körperlangen Geissein,<br />

das Fehlen <strong>de</strong>s Chromatophoren und das Vorkommen von<br />

Stärke als Assimilationsprodukt. Demnach gehört die hier<br />

beschriebene Art unzweifelhaft zu dieser Gattung. Fs han<strong>de</strong>lt<br />

sich um eine farblose Parallelform zur Gattung Carteria, die<br />

stets einen Chromatophoren hat. Von <strong>de</strong>r Gattung Tetrablepharis<br />

SENN (1900) sind bisher drei Arten bekannt, T. multiiihs ( KLEBS )<br />

WILLE em. PASCHER l927 ( — Polytoma multifilis FRANCE 1894), T.<br />

obovalis PASCHER 1927 und T. globujosa SENN 1900 ( = Tetramitus<br />

globulosus ZACHARIAS 1897 ). Diese 3 Arten sind kugelig, ellipsoidisch<br />

o<strong>de</strong>r verkehrt eiförmig und unterschei<strong>de</strong>n sich hierdurch<br />

schon <strong>de</strong>utlich von T. cyamos, die bohnenförmig gekrümmt ist.<br />

T. cyamos könnte als farblose Form zu <strong>de</strong>r lei<strong>de</strong>r unvollständig<br />

27


206 Dr. Franz Moewus (Erlangen)<br />

beschriebenen Carteria Phaseolus PRINTZ angesehen wer<strong>de</strong>n, die<br />

bisher nur aus Norwegen bekannt ist. T. mtiltifilis ist bei<br />

Tübingen (Württemberg) und im südlichen Böhmen beobachtet<br />

wor<strong>de</strong>n, T. globulosa in Schleswig-Holstein.<br />

II. Polytoma cylindraceum PASCHER 19Z7 (Fig. 2 a-c).<br />

PASCHER ( 1927 ) macht auf eine lang walzliche Polytoma-Ä.xt<br />

aufmerksam, die er zwar nur selten beobachtet hat. Fr nennt<br />

sie vorläufig P. cylindraceum. In<br />

einer Erdprobe aus Coimbra_trat<br />

eine Polytoma-Ä.tt auf, die sicher<br />

mit dieser i<strong>de</strong>ntisch ist. Die vollständige<br />

Beschreibung <strong>de</strong>r Art ist<br />

folgen<strong>de</strong>:<br />

Zellen lang zylindrisch, vorn<br />

und hinten breit abgerun<strong>de</strong>t. Am<br />

Vor<strong>de</strong>rend2 mit einer <strong>de</strong>utlichen,<br />

fast halbkugeligen Papille versehen,<br />

an <strong>de</strong>ren Basis die bei<strong>de</strong>n<br />

körperlangen Geissein heraustreten.<br />

Unterhalb <strong>de</strong>r Papille fliegen<br />

zwei kontraktile Vakuolen. Ein<br />

Augenfleck fehlt. Der Zellkern<br />

liegt in <strong>de</strong>r Mitte <strong>de</strong>r Zelle o<strong>de</strong>r<br />

etwas höher. In <strong>de</strong>r hinteren<br />

Zellhälfte liegen elliptische bis<br />

kugelige Stärkekörner. Bei <strong>de</strong>r<br />

Teilung wer<strong>de</strong>n stets zwei Tochterzellen gebil<strong>de</strong>t ( Querteilung).<br />

Die Zellen sind 3-4 mal so lang wie breit, d. h. bei ausgewachsenen,<br />

vor <strong>de</strong>r Teilung stehen<strong>de</strong>n Zellen. Sie sind 24-30 plang<br />

und 6-10 [J- breit.<br />

Diese Art trat nur in Peptonfaulkulturen auf und konnte<br />

nur nach dieser Metho<strong>de</strong> kultiviert wer<strong>de</strong>n. Die geschlechtlicbe<br />

Fortpflanzung wur<strong>de</strong> beobachtet. In Klonen konnten lei<strong>de</strong>r<br />

keine Kopulationen ausgelöst wer<strong>de</strong>n. In <strong>de</strong>n Rohkulturen, die<br />

ausser dieser Art nur noch eine Chlamydomonas-Ait enthielt,


Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal) 207<br />

traten reichlich Kopulationen auf. Die Gameten sind sekr klein<br />

und nur kalb so breit wie lang. Sie sind bis zu 6 [' lang und 3<br />

[J- breit. Sie baben aucb die zylindrische Form und eine Papille.<br />

Sie enthalten keine Stärke. Während in <strong>de</strong>n Klonkulturen<br />

immer nur zwei Tochterzellen aus einer Mutterzelle hervorgingen,<br />

entstan<strong>de</strong>n die Gameten zu 8 aus einer Mutterzelle. Die<br />

Gameten berühren sich mit <strong>de</strong>n Vor<strong>de</strong>ren<strong>de</strong>n, verschlingen sich<br />

mit <strong>de</strong>n Geissein und stossen aufeinan<strong>de</strong>r ein. Dabei verschmelzen<br />

schliesslich die Papillen. Die Protoplasten heben sich von<br />

<strong>de</strong>n hinteren Fn<strong>de</strong>n ab. Dann kommt das Gametenpaar zur<br />

Ruhe. Die Gametenmembranen wer<strong>de</strong>n auseinan<strong>de</strong>r gesprengt,<br />

und es entsteht eine kugelige Zygote, die leickt gelblich gefärbt<br />

ist. Die Zygotenmembran ist zweischichtig und aussen mit 6<br />

spitzen, mehr o<strong>de</strong>r weniger kegelförmigen Warzen versehen<br />

(Fig. 2 c). Der Durchmesser <strong>de</strong>r Zygoten beträgt ungefähr 12 f*.<br />

In <strong>de</strong>n Rohkulturen wur<strong>de</strong>n auch keimen<strong>de</strong> Zygoten beobachtet.<br />

Aus einer Zygote gehen 4 Keimlingszellen hervor.<br />

Aus <strong>de</strong>n Rohkulturen wur<strong>de</strong>n 20 in 8 Gameten aufgeteilte<br />

Zellen isoliert und auf hohlgeschliffene Objektträger gebracht.<br />

Fs konnte in l3 von 20 Fällen festgestellt wer<strong>de</strong>n, dass die 8<br />

Gameten einer Mutterzelle miteinan<strong>de</strong>r kopulierten. Darus folgt<br />

1., dass P. cylindraceum monözisch (gemischtgeschlechtlich)<br />

ist. und 2., dass die Geschlechtsbestimmung phänotypisch zustan<strong>de</strong><br />

kommt. Bei allen bisher bekannten Fällen innerhalb <strong>de</strong>r<br />

Volvocales erfolgt die Reduktionsteilung bei <strong>de</strong>r Zygotenkeimung,<br />

auch bei Polytoma-Arten (P. uvella und P. Päscheri<br />

nach MOEWUS 1935). Bei genotypischer Geschlechtsbestimmung<br />

können daher die Gameten, die aus einer Zelle hervorgehen<br />

niemals kopulieren. Da bei P. cylindraceum die aus einer<br />

Mutterzelle hervorgehen<strong>de</strong>n Gameten kopulieren, kann in diesen<br />

Falle bereits aus dieser Beobachtung <strong>de</strong>r sichere Schluss gezogen<br />

wer<strong>de</strong>n, dass diese Art monözisch ist und dass phänotypische<br />

Geschlechtsbestimmung vorliegt. Fs wur<strong>de</strong>n auch 10 dieser<br />

kleinen Gameten isoliert und in Peptonfaulkulturen gebracht.<br />

Fs entwickelten sich daraus gute Kulturen. Die Gameten können<br />

sich also parthenogenetisch entwickeln.<br />

Polytoma-Arten mit Papille sind bisher zwei beschrieben


208 Dr. Franz Moewus (Erlangen)<br />

wor<strong>de</strong>n: P. papillatum PASCHER (1927 ) und P. Pascheri MOEWUS<br />

(l935). Die erste ist breit eiförmig, fast ellipsoidiscb, die zweite<br />

lang eiförmig. Solche Formen kommen bei P. cylindr aceum<br />

niemals vor. Diese Art ist stets zylindrisch. Charakteristisch ist<br />

ferner das Verhältnis von Länge zu Breit, bis 4: 1. PASCHER<br />

(l927) gibt an, dass die Geissein etwas über halbkörperlang<br />

seien. In <strong>de</strong>r Abbildung (Fig. 359 b) sind sie jedoch annähernd<br />

körperlang. Fine basale Abhebung <strong>de</strong>r Protoplasten konnte in<br />

<strong>de</strong>n vorliegen<strong>de</strong>n Klonen nicht beobachtet wer<strong>de</strong>n. Diese<br />

Erscheinung ist meistens auf ungünstige Lebensbedingungen<br />

zurückzuführen. Als Länge wird von PASCHER 16-30 angegeben.<br />

Die untere Grenze ist sicher aus <strong>de</strong>m Grun<strong>de</strong> so niedrig, weil<br />

auch junge Zellen gemessen wor<strong>de</strong>n sind.<br />

III. Polytoma Conimbrigensis nov. spec. (Fig. 3).<br />

Zellen stets ellipsoidisch, mit <strong>de</strong>utlicher Menbran, die vorn<br />

mit einer spitzen, kegelförmigen, scharf abgesetzten Papille<br />

versehen ist. Zwei körperlange Geissein.<br />

Unterhalb <strong>de</strong>r Geisseibasis liegen zwei<br />

kontraktile Vakuolen. Ohne Augenfleck.<br />

Kern zentral. Die ganze Zelle ist mit Stärkekörnern<br />

angefüllt. Bei <strong>de</strong>r Teilung (Längsteilung,<br />

dann Querdrehung) wer<strong>de</strong>n 4<br />

Tochterzellen gebil<strong>de</strong>t. Länge 24-30 [' , Breite<br />

16-20 [J-. Geschlechtliche Fortpflanzung nicht<br />

beobachtet. Aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbri.<br />

Charakteristisch ist die spitze, kegelförmige<br />

Papille. Polytoma- Arten mit einer<br />

solchen Papille sind bisher nicht beschrieben<br />

wor<strong>de</strong>n. Nach<strong>de</strong>n bei <strong>de</strong>r Kreuzung zwischen<br />

P. uvella und P. Pascheri gezeigt<br />

wer<strong>de</strong>n konnte, dass das Vorhan<strong>de</strong>nsein<br />

o<strong>de</strong>r Fehlen <strong>de</strong>r Papille und ihre Form<br />

genetisch bedingt ist ( MOEWUS 1935), ist<br />

nicht daran zu zweifeln, dass P. Conimbrigensis eine sichere<br />

Art darstellt. Die Parallelform zur Gattung Polytoma mit


Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal)<br />

Ckromatophor ist die Gattung Chlamydomovas (vergl. die<br />

letzte Ubersicht über die farblosen und grünen Parallelformen<br />

<strong>de</strong>r Volvocalen bei PASCHER l93l ). Chiamydomonas-Arten mit<br />

spitzer kegelförmiger Papille sind bereits bekannt z. B. Chi.<br />

Goroschankini CHMIELEWSKI o<strong>de</strong>r auch Chi. acutissima PASCHER.<br />

IV. Tussetia elaio&enetes nov. spec. (Fig. 4).<br />

Zellen verkekrt eiförmig. Membran <strong>de</strong>utlick und vorn mit<br />

breiter, jedock flacker Papille verseken. Die bei<strong>de</strong>n Geissein<br />

sind körperlang. linterkalb ikrer Basis liegen<br />

zwei kontraktile Vakuolen. Ckromatopkor und<br />

Pyrenoid feklen. In <strong>de</strong>r Zellmitte liegt ein strichförmiger<br />

Augenfleck, zentral <strong>de</strong>r Kern. Stärke<br />

ist nickt vorkan<strong>de</strong>n. Dagegen liegen in <strong>de</strong>r Zelle<br />

zaklreicke kleine Oltropfen. Bei <strong>de</strong>r Zellteilung<br />

wer<strong>de</strong>n 2 o<strong>de</strong>r 4 Tockterzellen gebil<strong>de</strong>t. Die geschlecktlicke<br />

Fortpflanzung wur<strong>de</strong> nickt beobacktet.<br />

Die Zellen sind zweimal so lang wie breit.<br />

Länge <strong>de</strong>r Zellen 16-20 p, Breite 8-10 «.<br />

Diese Art gekört zweifellos zur Gruppe <strong>de</strong>r<br />

Polytomeen. Die Arten <strong>de</strong>r Gattung Polytoma<br />

kaben stets als Assimilationsprodukt Stärke. Von<br />

PASCHER (l927) ist jedock die Gattung Tussetia<br />

mit <strong>de</strong>r einen Art T. polytomoi<strong>de</strong>s besckrieben<br />

wor<strong>de</strong>n, die stets nur Oltropfen im Zellinnern enthält, niemals<br />

aber Stärke. Daker gekört die kier beschriebene Art zur Gattung<br />

Tussetia. Von <strong>de</strong>r von PASCHER beschriebenen Art ttnterschei<strong>de</strong>t<br />

sie sich durch Form und durch das Vorhan<strong>de</strong>nsein einer<br />

Membranpapille, auch durch <strong>de</strong>n lang strichförmigen Augenfleck.<br />

Ferner sind die Grössen versckie<strong>de</strong>n, T. polytomoi<strong>de</strong>s<br />

IZ-lS: 6-12 [J; T. elaiogenetes 16-20: 8-10 u-l<br />

Diese in <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra vorkommen<strong>de</strong> Art<br />

trat nur in Peptonfaulkulturen auf, in wenigen Exemplaren. Es<br />

wur<strong>de</strong>n Klone isoliert, die aber in Peptonfaulkulturen nickt<br />

angingen. Daraufkin wur<strong>de</strong> statt Pepton <strong>de</strong>n Faulkulturen<br />

Blutfibrin beigegeben und wie<strong>de</strong>rum 5 Klone isoliert, die sick


210 Dr. Franz Moewus (Erlangen)<br />

in diesem Medium gut entwickelten. Die Oltropfen verhalten<br />

sich folgen<strong>de</strong>rmassen: Sie sind unlöslich in Eisessig, in absolutem<br />

Alkohol, in Kalilauge und in Chloralhydrat. Löslich sind sie<br />

in Äther, Chloroform und Azeton. Mit Osmiumsäure wer<strong>de</strong>n<br />

die Oltropfen tief schwarz. Sie sind färbbar mit Alkannin, Sudan<br />

III und Scharlach R. Diese Eigenschaften <strong>de</strong>uten darauf hin,<br />

dass es sich um ein fettes Ol han<strong>de</strong>lt. Stärke konnte in <strong>de</strong>n<br />

Zellen niemals nachgewiesen wer<strong>de</strong>n. Die gelb gefärbten. 1, 5-2 [ J<br />

-<br />

grossen, kugeligen Körper stellen das Assimilationsprodukt <strong>de</strong>r<br />

Tussetia-Arten dar.<br />

V. Chlamydomonas pseudoparadoxa MOEWUS l93l (Fig. 5 a, b).<br />

Diese Art ist in einer Frdprobe aus<br />

<strong>de</strong>r Umgebung von Giessen (Hessen) zum<br />

ersten Male aufgetreten und bescbrieben<br />

wor<strong>de</strong>n ( MOEWUS l93l ), ( Fig. 5 a). Trotz<strong>de</strong>m<br />

in <strong>de</strong>n Giessener Klonen die charakteristischen<br />

kleinen Gameten auftraten, konnten<br />

auck durck Kombinationen (von7o Klonen)<br />

keine Kopulationen erkalten wer<strong>de</strong>n. In<br />

einer Frdprobe aus Coimbra traten die<br />

ckarakteristiscken Zellen von Chi. pseudoparadoxa<br />

wie<strong>de</strong>r auf. (Fig. 5a). In Peptonfaulkulturen<br />

entwickelten sick die isolierten<br />

Klone sekr gut. Nack <strong>de</strong>m Übertragen <strong>de</strong>r<br />

Kulturen traten regelmässig die kleinen<br />

Gameten auf. In keinem <strong>de</strong>r 20 Klone<br />

wur<strong>de</strong>n Kopulationen beobacktet. Bei bestimmten<br />

Kombinationen <strong>de</strong>r Klone fan<strong>de</strong>n<br />

Kopulationen statt (vergl. die nebensteken<strong>de</strong><br />

Tabelle ). Fs stellte sick keraus,<br />

dass die Kkone 1, 2, 4, 5, 9, 10, 12, 13, l4,<br />

l5, 17, 18, 19 <strong>de</strong>m einen Gesckleckt ( als<br />

+ bezeicknet ), die Klone 3, 6, 7, 8, 11, l6,<br />

20 <strong>de</strong>m an<strong>de</strong>ren Gesckleckt ( — ) angekörten.<br />

Nur zwiscken Gameten gescklecktsversckie<strong>de</strong>ner<br />

Klone waren Kopulationen möglick. Chi. pseudoparadoxa<br />

aus Coimbra ist also diözisck. Um nackzu-


Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal) 211<br />

weisen, ob auch genotypische Geschlechtsbestimmung vorliegt,<br />

mussten Zygotenkeimlinge isoliert wer<strong>de</strong>n. Die Kopulation<br />

<strong>de</strong>r Gameten erfolgt seitlich von vorn nach hinten ( Fig. 5 b).<br />

Fs entsteht eine hügelige 4 - geisslige Planozygote (Fig. 5 c),<br />

die heranwächst, sich festsetzt und sich mit einer <strong>de</strong>rben<br />

Membran umgibt. Die Zygote färbt sich schliesslich rot. Eine<br />

Woche später sind die Zygoten zu 100 °/ Q keimfähig, wenn sie<br />

in einer Lösung, -die aus 0,1 0<br />

0 Kolkwitz-Lösung und 0,1 °/ 0<br />

Pepton besteht, zur Keimung angesetzt wer<strong>de</strong>n. Aus je<strong>de</strong>r<br />

Zygote gehen 4 Keimzellen hervor. Von 9 Zygoten wur<strong>de</strong>n die


212<br />

Dr. Franz hioewus (Erlangen)<br />

je 4 Keimlinge isoliert. Die spätere Prüfung <strong>de</strong>r 36 Keimlingskulturen<br />

ergab, dass 2 Keimlingskulturen einer Zygote stets J<br />

r<br />

gescblecbtlicb, 2 — gescblecbtlicb waren. Bei <strong>de</strong>r Keimung <strong>de</strong>r<br />

Zygote fin<strong>de</strong>t die Reduktionsteilung statt und damit die<br />

Aufspaltung in die bei<strong>de</strong>n Geschlechter r und — im Verhältnis<br />

von 1: 1. Chi. pseudoparadoxa aus Coimbra ist also diözisch<br />

und hat genotypische Gescblechtsbestimmung, wie es bereits<br />

für eine an<strong>de</strong>re Chlamydomonas-I\rt, Chi. eugametos, nachgewieseu<br />

wor<strong>de</strong>n ist (MOEVUS l933 II). Das Verhalten <strong>de</strong>s oben<br />

erwähnten pseudoparadoxa-Sta.rn.mes aus Giessen vergleiche<br />

man in <strong>de</strong>r Mitteilung von HÄRTMANN (1934 ).<br />

VI. Chlamydomonas tetrachloris nov. spec. (Fig. 6 a, b ).<br />

Die sehr kleinen Zellen sind kugelförmig. Die Membran<br />

ist sekr zart und vorn okne Papille. Die bei<strong>de</strong>n<br />

Geissein sind 1 1/2 mal körperlang. Am Vor<strong>de</strong>ren<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>r Zelle liegen zwei kontraktile<br />

Vakuolen. Im Zellinnern liegen 4 Ckloroplasten.<br />

Ikre Lage ist äquatorial und wandständig.<br />

In <strong>de</strong>r Seitenansickt sind drei Ckloroplasten<br />

zu beobackten, da <strong>de</strong>r vierte von <strong>de</strong>m obersten<br />

ver<strong>de</strong>ckt ist. Sie sind nur durck<br />

geringe Zwisckenräume voneinan<strong>de</strong>r<br />

getrennt ( Fig. 6 a). Die<br />

Ckloroplasten ersckeinen in <strong>de</strong>r<br />

Aufsickt fast tfuadratisck (Fig. 6 a,<br />

<strong>de</strong>r mittlere Ckloroplast). Seitlich<br />

geseken sind sie mekr reckteckig<br />

( Fig. 6 a, die bei<strong>de</strong>n seitlick liegen<strong>de</strong>n).<br />

Wür<strong>de</strong> man einen Scknitt<br />

durck <strong>de</strong>n Äquator <strong>de</strong>r Zelle legen<br />

o<strong>de</strong>r betracktet man die Zellen von<br />

oben o<strong>de</strong>r unten, so siekt man (Fig. 6 b), dass die 4 Ckloroplasten<br />

wandständig liegen und <strong>de</strong>r Kugelform <strong>de</strong>r Zelle<br />

entspreckend gekrümmt sinCd. Die 4 kloroplasten zusammen<br />

bil<strong>de</strong>n also ein weit ausgekökltes Kugelsegment, das gleick weit<br />

vom Äquator <strong>de</strong>r Zelle nack oben und nack unten reickt. Die<br />

Ckloroplasten kaben eine Länge von 1/3 <strong>de</strong>s Durckmessers <strong>de</strong>r


Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal)<br />

Zelle. Einer <strong>de</strong>r 4 Ckloroplasten besitzt einen kleinen, punktförmigen<br />

Augenfleck. Pyrenoi<strong>de</strong> sind nickt vorban<strong>de</strong>n. Bei <strong>de</strong>r<br />

Teilung wer<strong>de</strong>n zwei Tockterzellen gebil<strong>de</strong>t. Vom Äquator aus<br />

beginnt sieb <strong>de</strong>r Protoplast quer durebzusebnüren. Dabei teilen<br />

sieb aueb die Chloroplasten. Je<strong>de</strong> Tockterzelle besitzt also<br />

wie<strong>de</strong>r 4 Ckloroplasten. Der Durckmesser <strong>de</strong>r Zellen beträgt 6<br />

Die geschlechtliche Fortpflanzung wur<strong>de</strong> nicht beobachtet.<br />

Chlamydomonas-Ä.Tten mit mehreren Chloroplasten sind<br />

schon beschrieben wor<strong>de</strong>n, z. B. Chi. alpina ( WILLE ) PASCHER,<br />

Chi. Äalesun<strong>de</strong>nsis ( WILXE ) PASCHER, Chi. Serbinowi ( WIIXE )<br />

PASCHER, Chi. Korschikoffi (KORSCHIKOFF) PASCHER, Chi. languida<br />

PASCHER, Chi. diseifera PASCHER, Chi. polychloris PASCHER-JAHO<strong>DA</strong>,<br />

Chi. iallax PASCHER. Fast alle diese Arten besitzen meist eine<br />

grössere Anzahl von Chloroplasten, <strong>de</strong>ren Lage noch erkennen<br />

lässt, dass sie durch Zerfall <strong>de</strong>s typischen topfförmigen Chlamyczomonas-Chromatophoren<br />

entstan<strong>de</strong>n zu <strong>de</strong>nken sind. Sie<br />

untersekei<strong>de</strong>n sick durck Form und Grösse von Chi. tetrachloris<br />

<strong>de</strong>utlick. Die Fntstekung <strong>de</strong>r einzelnen Ckloroplasten dieser<br />

Art könnte man sick so vorstellen, dass ein ursprünglick<br />

äquatoriales Chromatophorenband in 4 einzelne Stücke zerfallen<br />

ist. Solcke ringförmige Ckromatopkoren sind bereits bekannt,<br />

z. B. bei Chi. venusta PASCHER. Linen nicht geschlossenen Ring<br />

hat z. B. Chi. Rudolphiana PASCHER.<br />

Ausser<strong>de</strong>m traten in <strong>de</strong>n Frdproben noch einige Volvocales<br />

auf, die bereits beschrieben sind und weiter nichts beson<strong>de</strong>res<br />

bieten. Sie seien im folgen<strong>de</strong>n angeführt. Aus mehreren Frdproben<br />

konnte Chlamydomonas paradoxa (KORSCHIKOFF) PASCHER herauskultiviert<br />

wer<strong>de</strong>n. Diese Art ist ausseror<strong>de</strong>ntlick verbreitet.<br />

Bisher sind folgen<strong>de</strong> Fundorte bekannt: Europa: vCoimbra<br />

(Portugal), Clermont (Frankreick), Naumburg, Bnftereld'<br />

Halberstadt, Quedlinburg, Halle, Braunsckweig, Mag<strong>de</strong>burg,<br />

Berlin, Königsberg, Breslau, Dres<strong>de</strong>n, Lübeck, Helgoland<br />

(Deutsckland), Aas (Norwegen), Petsamo (Finnland), Charkow,<br />

Kiew ( Russland ), Posen ( Polen ), Prag ( Tesckeckoslowakei ),<br />

Isckl (Deutsch-Österreich), Zagreb (Jugoslawien). Amerika:<br />

Santiago (Ckile), Vancouver (Kanada), Minneapolis (LT. S.A.).<br />

Asien: Wladiwostok (Russland), Calcutta (Indien), Australien:<br />

28


214 Dr. Franz Moewus (Erlangen)<br />

Lismore. Ausser in Afrika ist sie in allen Erdteilen gefun<strong>de</strong>n<br />

wor<strong>de</strong>n und sicker viel verbreiteter. Die Standorte, an <strong>de</strong>nen sie<br />

vorkommt, sind reick an organiscken Substanzen, Fäulnisprodukten<br />

( sapropel). Die Kultur in reiner Näkrsalzlösung ist nickt<br />

möglick. Sie brauckt ausser <strong>de</strong>n Näkrsalzen unbedingt organiscke<br />

Verbindungen, die ikr in <strong>de</strong>n Faulkulturen durck das<br />

Pepton und seinen Abbauprodukten geboten wer<strong>de</strong>n. Von<br />

STREHLOW (l929 ) ist bei dieser Art Diözie nackgewiesen wor<strong>de</strong>n.<br />

Zwiscken Chi. paradoxa und Chi. psendoparadoxa (bei<strong>de</strong><br />

diözisck und genotypiscke Gescklecktsbestimmung ) sind Kreuzungen<br />

möglick. Darüber ist bereits kurz in einer Mitteilung<br />

von HARTMANN (1934 ) bericktet wor<strong>de</strong>n.<br />

Auck Chlamydomonas Debargana GOROSCHANKINT ist in <strong>de</strong>n<br />

Erdproben aus Coimbra aufgetreten. Wie Chi. paradoxa ist<br />

diese Art sekr verbreitet. Sie ist bisker gefun<strong>de</strong>n wor<strong>de</strong>n an 5o<br />

versckie<strong>de</strong>nen Orten in Europa, auck in Amerika ist sie<br />

beobacktet wor<strong>de</strong>n. Im Gegensatz zu Chi. paradoxa lässt sick<br />

diese Art in rein anorganiscken Näkrlösungen leickt kultivieren.<br />

Bei dieser Art konnten auck Dauermodifikationen erkalten<br />

wer<strong>de</strong>n ( MOEWUS 1934 I). Ferner wur<strong>de</strong>n nock in <strong>de</strong>n Erdproben<br />

folgen<strong>de</strong> Arten gefun<strong>de</strong>n: Polytomella agilis ARAGAO, Carteria<br />

caudata PASCHER, Polytoma uvella EHRENBERG, Chlor ogonium<br />

euchlorum EHRENBERG, Chlamydobotrys gracilis KORSCHIKOFF,<br />

Gonium pectorale MÜLLER, Pandorina morum ( MÜLLER ) BORY und<br />

Eudorina elegans EHRENBERG.<br />

(5)<br />

LITERATUR.<br />

HARTMANN, III.<br />

1934 Beiträge zur Sexualitätstheorie. Mit beson<strong>de</strong>rer Berücksichtigung neuer<br />

Ergebnisse von Fr. Moewus. Sitzungsber. d. Preuss. Akad. d. Wiss. Phy.-<br />

-Uath. Klasse. XX.<br />

JACOBSEN, H. C.<br />

1910 Kulturversuche mit einigen nie<strong>de</strong>ren Volvocaceen. Zeitschr. t. Botanik. Z.<br />

MOEWUS, F.<br />

1931 Neue Chlamydomona<strong>de</strong>n. Arch. f. Protistenk<strong>de</strong>. 75.<br />

1933 I Untersuchungen über die Variabilität von Chlamydomona<strong>de</strong>n. ArcA. /.<br />

Protistenk<strong>de</strong>. 80.<br />

1933 II Untersuchungen über die Sexualität und Entwicklung von Chlorophyceen.<br />

Arch. {. Protistenk<strong>de</strong>. 8o.


Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal)<br />

MOEWUS, F.<br />

1934 Über Dauermodifikationen bei Chlamydomona<strong>de</strong>n. Arch. f. Protistenk<strong>de</strong>. 83.<br />

1935 Über die Vererbung <strong>de</strong>s Geschlechts bei Polytoma Pascheri und bei P.<br />

uvel'.a. Zeitschr. f. indukt. Abstammungs-u. Vererb. 69.<br />

PASCHER, A.<br />

1927 Süss Wasserflora Heft 4: Volvocales. Fischer-Jena.<br />

1930 Neue Volvocalen ( Polyblepharidinen-Chlamydomonadinen). Arch. f. Pro-<br />

Protistenk<strong>de</strong>. 69.<br />

1931 Über eine farblose einzellige Volvocale und die farblosen und grünen<br />

Parallelformen <strong>de</strong>r Volvocalen. Beiheft z. Botan. Centralbl. 48 I.<br />

1932 Zur Kenntnis <strong>de</strong>r einzelligen Volvocalen. Arch. /. Protistenk<strong>de</strong>. 76.<br />

PASCHER, A. und JAHO<strong>DA</strong>, R.<br />

1928 Neue Polyblepharidinen und Chlamydomonadinen aus <strong>de</strong>n Almtümpeln um<br />

Lunz. Arch. f. Protistenk<strong>de</strong>. 6l.<br />

SCHULZE, B.<br />

1927 Zur Kenntnis einiger Volvocales. Arch. f. Protistenk<strong>de</strong>. 58.<br />

STREHLOW. K.<br />

1929 Über die Sexualität einiger Volvocales. Zeitschr. f. Botanik. 21.


NOVAS ADIÇÕES E CORRECÇÕES<br />

Á<br />

FLORA PORTUGUESA<br />

POR<br />

GONÇALO SAMPAIO<br />

1. Carex disticha Huds. (l762) ; C. intermédia Good. (l794)<br />

— Espécie a suprimir no inventário da flora do nosso país.<br />

Eu nunca vi qualquer exemplar português da C. disticha, e<br />

a planta do Algarve que lhe era atribuída, e que se encontra<br />

arquivada no herbário do Instituto Botânico da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra, pertence à C. divisa Huds. (l762), segundo afirma<br />

o meu presado amigo e distinto naturalista Dr. Francisco<br />

m a<br />

Mendonça, com a Ex. Senhora D. Ester <strong>de</strong> Sousa, no «Boletim<br />

da Socieda<strong>de</strong> Broteriana» vol. VIII (2. a<br />

série) pag. l54, publicado<br />

em 1933.<br />

2. Carex caryophyllea Lat. — Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura, em Insal<strong>de</strong>.<br />

Leg. P. e<br />

Clemente Pereira, em 1923.<br />

Em trabalho anterior disse eu que esta Carex foi <strong>de</strong>scoberta<br />

como nova para a flora portuguesa pelo sr. P. e<br />

Clemente Lourenço<br />

Pereira, que a encontrara e colhera em S. Pedro da Torre, perto<br />

<strong>de</strong> Valença.<br />

Observa-me, porém, êste ilustre eclesiástico que foi em<br />

Insal<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura, e não em S. Pedro da Torre, que<br />

êle achou a referida planta.<br />

Fica assim reparado e equívoco.<br />

3. Carex Broteriana nob. (sp. II.); C. caspitosa Brot. (l8o4);<br />

Samp. (1909) in «Man. Fl. Port.» pag. 3l, non Lin. (l753) — A<br />

C. Goo<strong>de</strong>novii Gay, cui habitu próxima, praecipue differt<br />

rhizomate sine stolonibus, foliis ligulatis, et bractea ínfima in<br />

base vaginante.<br />

Esta espécie aparta-se muito bem da C. Goo<strong>de</strong>novii porque


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 217<br />

po<strong>de</strong> íormar moitas <strong>de</strong>nsas e gran<strong>de</strong>s, porque não produz estolhos<br />

hipogeus, porque tem as fôlhas caulinares com lígula <strong>de</strong>senvolvida<br />

e porque apresenta a bráctea inferior da antela mais ou menos<br />

envaginante na base. Abunda no norte do país, pelas margens<br />

dos rios e entre as pedras dos açu<strong>de</strong>s, formando moitas <strong>de</strong>nsas e<br />

por fim bastante gran<strong>de</strong>s, difíceis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarreigar e <strong>de</strong>compor (l).<br />

Num trabalho sôbre as Ciperáceas portuguesas, publicado<br />

em l89l no volume IX do «Bol. Soc. Brot.» o falecido jardineiro<br />

e botânico francês J. Daveau cometeu a respeito <strong>de</strong>sta Carex<br />

alguns erros graves, que se têm mantido, infelizmente: os<br />

exemplares <strong>de</strong> herbário <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> qualquer fragmento <strong>de</strong><br />

rizoma referiu-os êle à C. stricta Good. (=C. Hudssoni A.<br />

Bennett); os que tinham a bráctea inferior mais longa do que a<br />

antela consi<strong>de</strong>rou-os como pertencentes à C. acuta Good. ( = C.<br />

acuta K. ruía Lin. = C. grácilis Curt.) e, finalmente, todos os<br />

outros exemplares atribuíu-os à C. Reuteríana Bois.<br />

Pertencem à C. Broteriana, que se encontra também na<br />

Galiza, os especimes distribuídos pela Soc. Brot. com os II. os<br />

128l e 1281-A, sob a etiqueta <strong>de</strong> C. stricta Good.<br />

4. Carex Goo<strong>de</strong>novü Gay (l839); C. acuta nigra Lin.<br />

l753 (2); iC. ambígua Moencb? (l794); C. Reuteríana Bois.<br />

(18S2); C. esespitosa raç. Goo<strong>de</strong>novü Samp. (l9o9) in Man. Fl.<br />

(1) A cepa da C Broteriana Samp. é constituída por um primitivo rizoma muito<br />

curto, que produz fôlhas e caules aéreos, ao mesmo tempo que se vai ramificando em<br />

traços também muito curtos, um tantinho espessos, mas frágeis, sucessivamente divididos<br />

da mesma maneira e dando igualmente, como as suas divisões, caules aéreos e fôlhas.<br />

Desta maneira se vai formando uma moita <strong>de</strong>nsa, que alastra pouco e pouco, chegando às<br />

vezes a tomar proporções consi<strong>de</strong>ráveis. O rizoma ramificado gera também numerosas<br />

raízes longas e tenazes, que o encobrem, don<strong>de</strong> saiem lateralmente pequenas fibrilhas<br />

ramificadas. Aqui e ali aparecem outros rizomas verticais, com entrenós alongados, cujo<br />

fim é, talvez, contribuir para a maior segurança e fixi<strong>de</strong>z da touca.<br />

Na C. Goo<strong>de</strong>novü, que é espécie próxima, o rizoma primitivo em vez <strong>de</strong> se ramificar<br />

em braços curtos produz, pelo contrário, estolhos subterrâneos longos e <strong>de</strong>lgados, que<br />

vão gerar a distância novos caules aéreos e fôlhas — o que faz com que se forme não uma<br />

moita gran<strong>de</strong> e compacta, como na C. Broteriana. mas sim uma colónia <strong>de</strong> plantas<br />

separadas umas das outras.<br />

(2) Á C. Goo<strong>de</strong>novü Gay, que é precisamente a forma alfa, ou típica, da C. acuta<br />

Lin., não <strong>de</strong>veria ser-lhe retirado êste binome linneano pelo simples facto <strong>de</strong> Goo<strong>de</strong>nough<br />

o ter in<strong>de</strong>vidamente atribuído, em 1794, à C. acuta fi. ruía Lin., que é espécie diferente.


218 Gonçalo Sampaio<br />

Port.» pág. 3l; C. caespitosa raç. ambígua Samp. (l9l4) in «Herb.<br />

Port.» apend. I, pág. 6.<br />

À C. Reuteriana Bois. é a própria C. Goo<strong>de</strong>novii Gay, e<br />

não espécie autónoma ou varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta, como se tem julgado.<br />

Boissier adscreveu-lhe caracteres que são, exactamente, os da<br />

Carex <strong>de</strong> J. Gay (= C. vulgaris Fries.), da qual fazia uma<br />

i<strong>de</strong>ia falsa, visto que lhe atribuía um caule escabroso, com que<br />

a distinguia, juntamente com outros caracteres mínimos e<br />

variáveis, da sua pretendida espécie nova.<br />

No gran<strong>de</strong> «Pflanzenreích» <strong>de</strong> Â. Engler, o autor do volume<br />

relativo às Carex, G. Kükentkal, coloca a C. Goo<strong>de</strong>novii na<br />

secção das «Vulgares» cujos colmos são cobertos na base por<br />

bainhas inteiras, ao passo que põe a C. Reuteriana na secção<br />

das «Forsiculae» em que os caules são providos inferiormente <strong>de</strong><br />

baínkas raticulado-fibrilbosas; mas isto é absolutamente mal<br />

feito, porque Boissier ao <strong>de</strong>screver a sua C. Reuteriana diz<br />

textualmente («Pug. plant. nov.» pág ll6): «C. radice stolonifera,<br />

vaginis inferioríbus non reticulato-fissis».<br />

Fm Portugal têm sido referidos a esta planta <strong>de</strong> Boissier<br />

diversos exemplares da C. Broteriana (l); no entanto é certo que<br />

ela também se encontra no nosso país, tendo-a eu coibido na<br />

Serra da Estrela, a 18 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> l9o8, junto das margens da<br />

Lagoa H,scura.<br />

5. Carex elata Ali. (l78S); C. stricta Good (l794), non<br />

Lamk. (l791); C. Hudssoni A. Bennett (l895); C. caespitosa raç.<br />

e7ara Samp. (l9l3) in «Herb. Port.» pág. 16 — Espécie a suprimir<br />

do inventário da flora portuguesa.<br />

Como atrás disse, foi J. Daveau quem inicialmente citou<br />

esta planta na flora do nosso país, tomando por ela exemplares<br />

da C. Broteriana <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> rizoma, embora esses exemplares<br />

se po<strong>de</strong>ssem distinguir facilmente dos da C. eiara Ali. (=C.<br />

Hudssoni Benn.) pelos caules totalmente lisos ou ásperos só no<br />

cimo, pelas fôlhas mais flácidas, etc.<br />

(t) Na diagnose original da C. Reuteriana («Pug. plant. nov.» pág. 116) Boissier<br />

diz expressamente que a sua planta é estolhífera e que tem as brácteas da antela não<br />

envaginantes na base — caracteres valiosos que a separam redondamente da C. Broteriana<br />

nob. - -- I


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 219<br />

6. Carex grácilis Curt. (1777-87); C. acuta Good. (l794);<br />

C. acuta y. ruía Lin. (l753) — Margens do rio Douro, não longe<br />

<strong>de</strong> Atães (proximida<strong>de</strong>s do Porto), on<strong>de</strong> colhi exemplares, em<br />

Abril <strong>de</strong> l902.<br />

A verda<strong>de</strong>ira C. grácilis Curt. é uma espécie nova para a<br />

lista da flora <strong>de</strong> Portugal, porque o II.° 1734 da Fl. Lusit. Exsíc,<br />

etiquetado- como C. acuta Fr., e o exemplar herborizado no<br />

Gerez pelo falecido professor J. Henriques, referido também à<br />

C. acuta Fr., por J. Daveau, pertencem ambos a uma forma da<br />

C. Broteriana, como pu<strong>de</strong> seguramente verificar.<br />

7. Sienotaphrum dimidiatum Biong. — Cultivado e adventício.<br />

Esta gramínea foi introduzida na jardinagem do norte do<br />

país há cerca <strong>de</strong> vinte anos, para arrelvar canteiros. E multiplicada<br />

por estaca.<br />

Mas na província do Minho tem saído, aqui e ali, para fora<br />

das culturas, aparecendo nalgumas localida<strong>de</strong>s como subespontânea.<br />

8. Stipa arenaria Brot. (l800) in «Phyt. Lusit.» fase. I,<br />

edic. 1. a<br />

; Stipa gigantea Link (l800?) in «Tour. Bot.» <strong>de</strong> Schra<strong>de</strong>r,<br />

vol. II, fase. 2.°; Macróchloa arenaria Kunth (l829) ; Maci óchloa<br />

gigantea Hack. (l88o) — Vulg. Baracejo.<br />

Brotero publicou o primeito fascículo da sua «Phytographia,»<br />

em l8u0; <strong>de</strong>pois, em l801, fez dêste fascículo uma nova edição<br />

acrescentada, edição que saiu com numerosos <strong>de</strong>scuidos tipográficos<br />

e que, porisso, foi por êle retirada do mercado. Mais tar<strong>de</strong><br />

começou <strong>de</strong> novo a impressão do volume I da Phytograpbia, que<br />

se concluiu em l8l6.<br />

E certo, por outro lado, que o 2.° fascículo do II volume do<br />

«Jour. für die Botanik» tem no rosto, como o 1.°, a data <strong>de</strong> l799;<br />

no entanto êste 2.° fascículo só foi impresso e publicado <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong>sse ano, visto que traz artigos e cartas com datas <strong>de</strong> l800. Conseguintemente<br />

êste 2.° fascículo, on<strong>de</strong> vem a diagnose original da<br />

Stipa gigantea Link, é do mesmo ano do fascículo 1.° da 1. a<br />

edição da «Phytografia Lusitanica», on<strong>de</strong> se encontra <strong>de</strong>scrita a<br />

Stipa arenaria Brot., ou é <strong>de</strong> ano posterior.<br />

Nestas condições não se po<strong>de</strong> estabelecer a pretensa priorida<strong>de</strong><br />

do binóme <strong>de</strong> Link sôbre o <strong>de</strong> Brotero, sendo preferível êste


220<br />

Gonçalo Sampaio<br />

último, por vir acompanhado <strong>de</strong> uma diagnose muito mais<br />

completa que a dada pelo botânico alemão e que, além disso, foi<br />

ilustrada pouco <strong>de</strong>pois por uma boa gravura, impressa no mesmo<br />

vol. I da «Pbytograpkia Lusitanica».<br />

9. Nardurus maritimus Janck. (l9o7); Festuca marítima Lin.<br />

(l753); Tríticum xznilaterale DC. (l8l3), non Lin. (l767); Nardurus<br />

unilateralís Bois. (l845) — Vimioso: em Argosêlo.<br />

Lm Portugal esta espécie tinha sido encontrada apenas nos<br />

arredores <strong>de</strong> Lisboa, mas ká três anos recebi do meu presado amigo<br />

P. e<br />

Miranda Lopes um pequeno exemplar da planta, colkido<br />

por êle no concelko <strong>de</strong> Vimioso, província <strong>de</strong> Trás-dos-Montes.<br />

10. Orchis sesquipedalis Willd. (l806); Or. lusitanica Steud.<br />

(l84l); Or. incarnata var. sesquipedalis Rch. (l84l); Or. incarnata<br />

auct. lusit., non Lin. (l755) — Difere da Or. incarnata <strong>de</strong> Linneu<br />

pelo caule mossiço ou só muito estreitamente fistuloso, em geral<br />

bastante mais alto e sempre bracteado no cimo, pelas fôlhas<br />

superiores, que não alcançam a base da espiga, e pelas bractéolas<br />

<strong>de</strong>sta, que às vezes não exce<strong>de</strong>m o comprimento das flôres, as<br />

quais são um pouco maiores e mais intensamente vermelkas do<br />

que na espécie linneana.<br />

Pu<strong>de</strong> ultimamente examinar, em vivo, exemplares estrangeiros<br />

da Or. incarnata Lin. constatando a gran<strong>de</strong> diferença dos<br />

seus caracteres com os da Or. sesquipedalis Willd., própria do<br />

nosso país. Até pelo simples aspecto se distinguem imediatamente<br />

as duas plantas.<br />

11. Salix atrocinérea Brot. (l8o4); S. acuminata Tkuill.<br />

(1799), non Mill. (1768); S. cinerascens Link (l8o5) in Willd.;<br />

S. cinérea Sm. (l8o4), P. Cout. (l899), non Lin. (l753); S. cinérea<br />

raç, atrocinérea Samp. (l9o9) in «Bol. Soc. Brot.» vol. XXIV<br />

pág. 103 — Todo o país. Vulg. Salgueiro.<br />

var. nigra nob.; I S. nigra Link? (l799) non Marsk<br />

(l785); S. aurita P. Cout. non Lin.— Ramos <strong>de</strong> côr mais<br />

escura ; lenko menos resistente, por fim um tanto subvinoso;<br />

varas muito quebradiças pela torção.<br />

R. Gõrz, num excelente trabalko «Les saules <strong>de</strong> Catalogne»


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa<br />

publicado em 1929 no vol. II da CAVANIIXESIA, <strong>de</strong> Barcelona,<br />

consi<strong>de</strong>ra a Salix atrocinerea Brot. como especie autónoma,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da S. cinérea e da S. aurita, entre as quais parece<br />

colocada.<br />

Devo dizer, a propósito, que também eu nunca pu<strong>de</strong> aceitar<br />

a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, admitida por alguns botânicos, do salgueiro broteriano<br />

com uma ou outra daquelas duas congéneres, e que se em<br />

l9o9 e l9t0 o consi<strong>de</strong>rei como raça da S. cinérea, já em l9l3, no<br />

«Herb. Port.» pág. 37, o mencionei como espécie própria, seguramente<br />

<strong>de</strong>finida.<br />

Tratando com notável mestria da S. atrocinérea, liga-lbe<br />

Gõrze a S. catalaunica Sen., como subespécie bem saliente, que<br />

no meu enten<strong>de</strong>r os fitógrafos portugueses <strong>de</strong>vem procurar no<br />

nosso país, on<strong>de</strong> suspeito que também se encontra, pois talvez<br />

seja representada por um exemplar incompleto do meu herbário.<br />

E um caso que tenciono estudar no próximo ano.<br />

Por agora limito-me a mencionar a interessante varieda<strong>de</strong><br />

nigra <strong>de</strong>sta espécie, bem conhecida pelo nosso povo do norte e<br />

que tem escapado à observação <strong>de</strong> quasi todos os naturalistas.<br />

E aquela varieda<strong>de</strong> que, no Minho, tanto os lavradores como os<br />

fabricantes <strong>de</strong> paus <strong>de</strong> tamancos <strong>de</strong>nominam «salgueiro preto»<br />

e a que talvez corresponda a Salix nigra <strong>de</strong> Link (nomen nudum).<br />

Distinguem aqueles al<strong>de</strong>ões duas varieda<strong>de</strong>s na Salix atrocinérea<br />

Brot.: tima, o «salgueiro branco», <strong>de</strong> côr menos escura,<br />

<strong>de</strong> lenko claro e mais duro, dá varas que se torcem bem (utilizadas,<br />

porisso, para vergas com que os podadores atam as<br />

vi<strong>de</strong>s nas árvores) e fornece ma<strong>de</strong>ira preferida pelos tamanqueiros,<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser mais resistente ao <strong>de</strong>sgaste. Outra, o<br />

«salgueiro preto», <strong>de</strong> côr mais escura, <strong>de</strong> lenko frágil e por fim<br />

mais ou menos avermelkado-vinoso, produz varas que não servem<br />

para vergas, por serem muito quebradiças pela torção. Esclareça-se<br />

que entre estas duas varieda<strong>de</strong>s não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> aparecer formas<br />

mal <strong>de</strong>finidas, como que intermédias, que po<strong>de</strong>m ser geradas por<br />

actos <strong>de</strong> cruzamento.<br />

Gõrz põe o binóme S. nigra Link entre os sinónimos <strong>de</strong> S.<br />

atrocinérea Brot. e consi<strong>de</strong>ra, visto isso, as respectivas plantas<br />

como idênticas; todavia Link tinka-as no conceito <strong>de</strong> espécies<br />

diferentes, como expressamente o diz no «Neues Journal für die<br />

Botanik» <strong>de</strong> Sckra<strong>de</strong>r, vol. I. fase. 3.°, pág. l33 (ano <strong>de</strong> l8o6).<br />

221<br />

29


222 Gonçalo Sampaio<br />

12. Salix neótricha Gõrz (l929) in «Cavanillesía» vol. II,<br />

pág. 112; S. viíellina Brot. (l8o4), non Lin. (l753); S. írágilis P.<br />

Cout. (1899) in «Bol. Soc. Brot.» vol. XVI, pág. 10, non Lin.<br />

(l753)—Vulg. Vime, Vimeiro.<br />

Diz Gõrz, no lugar citado, que pertencem à S. neótricha<br />

todos os vimes mencionados na Espanha como S. írágilis, e eu<br />

posso acrescentar que o mesmo suce<strong>de</strong> em Portugal. Julgo, além<br />

disso, que a nova espécie <strong>de</strong> Gõrz é suficientemente distinta da<br />

verda<strong>de</strong>ira S. írágilis Lin., cujas varas são realmente muito<br />

frágeis pela curvatura e torção ao contrário das da S. neótricha,<br />

que são muito flexíveis e que dão muito bons liames, empregados<br />

sobretudo para atar os arcos <strong>de</strong> pau nas cubas do vinho.<br />

13. Persicária orientalis Vilm.; Polygonttm orientale Lin. —<br />

Cultivada nos jardins e subespontânea. Vulg. Mônco <strong>de</strong> perú.<br />

Foi espécie ornamental bastante freqüente em cultura, aparecendo<br />

agora como subespontânea nalgumas localida<strong>de</strong>s. Na<br />

veiga <strong>de</strong> Sá e Moreira (Ponte <strong>de</strong> Lima) tenlio encontrado, em<br />

diferentes anos, a planta florida por entre os milbeirais.<br />

14. Corydalis claviculata DC.<br />

var. picta nob. — Pétala externa roseo-subviolácea, interna<br />

fusco-maculata in ápice; siliculae non glabrae sed tenuiter<br />

pilosae.<br />

Encontrei esta interessantíssima varieda<strong>de</strong> em Junho <strong>de</strong> l93l,<br />

nos arredores <strong>de</strong> Vila-Nova-<strong>de</strong>-Paiva (antiga Barradas), on<strong>de</strong><br />

abundava entre a povoação e o rio, e on<strong>de</strong> não consegui ver um<br />

único pé da forma típica da espécie, que é aquela que aparece no<br />

Minho, no Douro inferior e noutras terras da Beira-Alta. Distingue-se<br />

imediatamente esta varieda<strong>de</strong> por ter as pétalas exteriores<br />

laivadas <strong>de</strong> róseo-subvioláceo e as interiores fuscas na ponta, assim<br />

como por ter os frutos pilósulos. E planta ver<strong>de</strong>, não glauca.<br />

15. Bivonaea abulensis nob.; Thlaspiabulense Pau (l900?);<br />

Bivònaea Prolongi Samp. (l93l) in «Bol. Soc. Brot.» vol. VII<br />

(2. a<br />

série) pág. 140, non Prant. (l89l) — Da Bivonaea Prolongi<br />

Prant., <strong>de</strong> que é muito afim, distingue-se sobretudo pelas silícutas<br />

um pouco menores, não subovais mas sim estreitamente elítiças,


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 223<br />

bem como pelos pedículos frutíferos muito mais finos, exce<strong>de</strong>ndo<br />

bastante o comprimento das silículas maduras.<br />

Depois <strong>de</strong> ter recebido alguns exemplares que IKe ofereci, o<br />

sábio botânico Dr. Carlos Pau teve a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> me comunicar<br />

que esta planta portuguesa correspon<strong>de</strong> não ao verda<strong>de</strong>iro tipo<br />

andaluz do Thlaspi Prolongi Bois., em que eu a filiara, mas<br />

antes à forma um pouco diferente que se encontra nas duas<br />

Castelãs e que êle kavia <strong>de</strong>nominado Thlaspi abulense. F as<br />

asserções <strong>de</strong> Pau eram inteiramente confirmadas pelas amostras<br />

das duas formas espanholas, que êste velbo e estimadíssimo<br />

amigo me enviou também.<br />

E certo que^ tanto pela estampa <strong>de</strong> Boissier como pelos espécimes<br />

do Th. Prolongique se encontram no kerbário <strong>de</strong> Willkomm,<br />

eu não tinka <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> notar as pequenas divergências que<br />

ficam apontadas entre a planta andaluza e a nossa; mas como<br />

eu não sabia da existência <strong>de</strong> um Th. abulense e como no «Prod.<br />

FI. Hísp.» <strong>de</strong>screve Willkomm a espécie boissieriana <strong>de</strong> maneira<br />

a compreen<strong>de</strong>r as duas formas, tanto pelo lado morfológico como<br />

pelo lado corográfico, consi<strong>de</strong>rei tais divergências <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> caracteres variáveis, a que se não <strong>de</strong>via atribuir qualquer<br />

valor taxinómico.<br />

Muito agra<strong>de</strong>ço ao Dr. Carlos Pau os seus valiosos esclarecimentos,<br />

que me permitem ser mais exacto, agora, sôbre uma<br />

espécie da flora peninsular.<br />

16. Erysimum helvéficum DC. (l8l5); Cheiranthus helvéticus<br />

Jacq. (l776); Cheiranthus Boccone Ali. (l785); Erysimüm<br />

Bocconi Pers. (l8o7) — Sépalas com 6-12 mm. <strong>de</strong> longo. Estrela<br />

e Celorico da Beira.<br />

var. canescens (Rotk); Erysimum canescens Roth (l797);<br />

E. aUstrale Gay (l842); — Flores menores, com sépalas <strong>de</strong><br />

4-6 mm. <strong>de</strong> comprimento. Serra da Fstrêla (raro).<br />

Na sua «Flore <strong>de</strong> France» estabeleceu Rouy, contra o que<br />

De Candolle expressamente estabelecera, que o Erysimum helvéticum<br />

dêste botânico não correspon<strong>de</strong> ao Cheiranthus helvéticus<br />

<strong>de</strong> Jacquín. Fu, no entanto, <strong>de</strong>ixo pru<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong><br />

reserva tão gratuita afirmação, porque é para mim quási incompreensível<br />

que De Condolle, o gran<strong>de</strong> botânico kelvético,


224 Gonçalo Sampaio<br />

não conhecesse bera as plantas fenerogâmicas da sua própria<br />

terra.<br />

Se qualquer diferença <strong>de</strong> critério sôbre a <strong>de</strong>limitação dos<br />

caracteres <strong>de</strong> uma espécie, ou se qualquer <strong>de</strong>scuido <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação<br />

encontrado nos gran<strong>de</strong>s mestres justificassem o abandono<br />

dos nomes por eles estabelecidos e publicados, teríamos <strong>de</strong><br />

reformar muito profundamente, sem proveito algum e com graves<br />

inconvenientes <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m prática, a nomenclatura binária corrente.<br />

17. Rapistrum hispánicum Crtz. (l769), non Med. (l789);<br />

Myagrum hispánicum Lin. (l753); Rapistrum Linneanum Bois.<br />

Sõ Reut. (l842); Rap. rugosum raç. hispánicum Samp. (l9lo) in<br />

«Man. Fl. Port.» pág. 208.<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se esta planta como espécie in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, é<br />

claro que se tem <strong>de</strong> lhe dar o binome <strong>de</strong> Crantz, cuja valida<strong>de</strong><br />

não po<strong>de</strong> ser contestada.<br />

18. Sarothamnus baeticus Webb (l838); Spártium patens<br />

Murr. (l774), non Samp. (l9ll) in «Man. Fl. Port.» pág. 224;<br />

Cytisus patens Murr. (l774), sed non Sarothamnus patens Webb<br />

(l838); Cytisus baeticus Steud. (l84l); Separtium bseticum Samp.<br />

(l9ll) in loc. cit. (l).<br />

F sabido que os binomes Spartium patens Murr. e Cytisus<br />

patens Murr. se referem à mesma planta, visto que as respectivas<br />

diagnoses se equivalem e que, além disto, ambos eles foram<br />

estabelecidos como simples sinónimos do Cytisus Lusitanicus,<br />

Medicae íolio, <strong>de</strong> Tournefort. Mas o que se tem ignorado é que<br />

essa planta constitui não a espécie que Webb <strong>de</strong>screveu com o<br />

nome <strong>de</strong> Sarothamnus patens, mas sim aquela que o mesmo<br />

(l) Admito actualmente o género Sarothamnus, que separo dos géneros afins pela<br />

seguinte forma:<br />

1. Cálix escarioso, pelo menos nos bordos 2<br />

— Cálix não escarioso, berbáceo nos bordos 4<br />

2. Ramos com os caules roliços e lisos; cálix unilabiado; sementes<br />

sem arilbo Spártium<br />

— Ramos com os caules facetados o u estriados; cálix bilabiado. 3<br />

3. Bágens ovói<strong>de</strong>s e in<strong>de</strong>iscentes; sementes sem arilbo . . Retama<br />

— Bágens lineares e <strong>de</strong>íscentes; sementes com arilho . . . Sarothamnus<br />

4. Estandarte glabro; sementes com arilbo CytiSUS<br />

— Estandarte assetinado por fora; sementes sem arilho . . ArgyrOlÓbium


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 225<br />

Webb <strong>de</strong>nominou Sarothamnus baeticus, como se vê pelas consi<strong>de</strong>rações<br />

que se seguem:<br />

a ). Se é certo que pelos termos «ramis virgatis, striatis» as<br />

referidas diagnoses <strong>de</strong> Murray se ajustam exclusivamente aos<br />

Sarothamnus patens Webb e S. baeticus Webb, na flora portuguesa,<br />

não é menos exacto que pelas expressões «folia ternata<br />

foliolis obovatis» se adaptam muito melbor à última <strong>de</strong>stas<br />

espécies.<br />

b ). O género Cytisus <strong>de</strong> Tournefort e o género Cytiso-Genista<br />

do mesmo botânico só diferiam fundamentalmente um do<br />

outro, como se po<strong>de</strong> verificar nas INSTITUTIONES REI HERBARIAE, por<br />

no primeiro serem as fôlhas todas trifoliadas e no segundo serem<br />

umas trifoliadas e outras simples. Segue-se, nestas condições,<br />

que os binomes Spartium patens e Cytisus patens, estabelecidos<br />

por Murray para um «Cytisus» tournefortiano, se referem a uma<br />

planta <strong>de</strong> fôlhas todas trifoliadas, convindo portanto ao Saroth.<br />

baeticus Webb, mas não convindo aos Saroth. patens Webb, que<br />

têm fôlhas trifoliadas e fôlhas simples.<br />

c) Conforme se tem admitido e se não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

admitir, o referido Cytisus Lusitanicus, hfedicae folio, das<br />

«Institutiones» <strong>de</strong> Tournefort, é a espécie que sob a <strong>de</strong>nominação<br />

<strong>de</strong> Cytisus Cuidam medicae folio cu pedículo longiore êste mesmo<br />

autor bavia mencionado anteriormente, no seu manuscrito «Denombrement<br />

<strong>de</strong>s Plants que iay trouvé en Portugal en 1689»<br />

(l); portanto o verda<strong>de</strong>iro Spartium patens ou Cytisus patens,<br />

<strong>de</strong> Murray, correspon<strong>de</strong> também, como já foi indicado pelo<br />

falecido professor Dr. Júlio Henriques (2), a êste Cytisus Cuidam<br />

medicae folio, que o citado manuscrito menciona apenas «Inter<br />

vendas novas et Montemor o novo» e mais adiante «Inter Xirunema,<br />

Terena, Montsarraz et Portel».<br />

Ora o Cytisus tournefortiano da região <strong>de</strong> Montemor-o-<br />

-Novo é nem mais nem menos que o Sarothamnus baeticus<br />

Webb, como se verifica por exemplares ali coibidos bá bastantes<br />

anos, e que existem arquivados no berbário português do<br />

Instituto Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />

(1) Este preciosíssimo documento encontra-se no Instituto Botânico da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra e foi publicado no vol. VIII do «Boletim da Socieda<strong>de</strong> Broteriana»<br />

em 189o.<br />

(2) «Bol. Soc. Brot.» vol VIII, páá- 208 e 253.


226 Gonçalo Sampaio<br />

l9. Sarothamnus striatus nob.; Genista striata Hill (l768);<br />

Cytisus pendulinus Lin. fil. (l78l); Sarothamnus patens Webb<br />

(l838) sed non Spartium patens Murr. (l774); Spartium striatum<br />

Samp. (l9l3) in «Herb. Port.» pág. 145; Cytisus patens auct.<br />

mult. non Murr. (l774).<br />

raç. procerus nob. (l934) in «Àn. Fac. Cíen. Porto» vol.<br />

XIX, pág. 87; Cytisus procerus Link (l80l); Spartium<br />

procerum WiHd (1808); Genista procera Poir. (l8l7); Sarothamnus<br />

eriocarpus Bois. & Reut. (l842) + Sarothamnus<br />

Welwitschi Bois. & Reut. (l852) — Vulg. Giesta alvarinha,<br />

Giesta molar.<br />

Foi o próprio Línneu filko quem nos indicou a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

do seu Cytisus pendulinus com a Genista striata, planta<br />

portuguesa que o inglês Hill kavia <strong>de</strong>scrito, <strong>de</strong>nominado e<br />

iconografado em l768.<br />

Webb, tendo colkido êste Sarotkamnus na Serra <strong>de</strong> Cintra,<br />

referiu-o erroneamente ao Cytisus patens Murr. — o que <strong>de</strong>u<br />

origem a que se passasse a consi<strong>de</strong>rar como sinónimos os<br />

binomes Cyr. pendulinus e Cyt. patens. Todavia esta sinonímia<br />

é fa^sa, porque a planta <strong>de</strong> Murray correspon<strong>de</strong>, como se viu no<br />

número anterior, ao Sarothamnus baeticus Webb, nada tendo<br />

com o Cytisus <strong>de</strong> Linneu filko (l).<br />

Relativamente à raça procerus, <strong>de</strong>vo lembrar que Link<br />

informou que o seu Cytisus procerus (nomen nudum) era da<br />

Serra do Gerez; e a diagnose que <strong>de</strong>sta planta foi dada por<br />

Wíll<strong>de</strong>now não convém a outra espécie <strong>de</strong>ssa localida<strong>de</strong> que não<br />

seja o Sarothamnus eriocarpus Bois. & Reut., do qual é forma<br />

mal distinta o Sar. Welwitschi dos mesmos autores.<br />

Esta raça difere bastante do tipo do Sarothamnus striatus<br />

por ter os ramos novos com fôlhas simples mais numerosas e<br />

(l) Ultimamente pu<strong>de</strong> obter do Museu <strong>de</strong> Londres, por intermédio do meu querido<br />

amigo Dr. Luís Carrisso, ilustre director do Instituto Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Coimbra,, a cópia exacta <strong>de</strong> uma ampla estampa da Genista striata, publicada por Hill<br />

em 1768.<br />

Hill, infelizmente, não figurou a naveta da corola em qualquer das flôres representadas,<br />

nas quais apenas se vêm o estandarte e as azas; mas, pelo heteromorfismo das<br />

suas fôlhas, a figura não po<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r ao Sarothamnus bmticus Webb, que é a<br />

única congénere portuguesa, <strong>de</strong> flôr amarela, que possui os caules roliços e acentuadamente<br />

estriados, como os do S. striatus nob.


Novas adições e" correcções à Flora Portuguesa 227<br />

por apresentar os folíolos das fôlhas trifoliadas muito mais estreitos,<br />

lanceolados e agudos. Além disso as bagens têm sempre<br />

um bico mais ou menos adunco, situado no prolongamento da<br />

linha dorsal, são sublineares ou subovói<strong>de</strong>s, com freqüência um<br />

pouco ventrudas, e não exce<strong>de</strong>m nunca em comprimento o triplo<br />

da largura. Na forma típica, pelo contrário, as fôlhas simples<br />

são por vezes bastante raras, e as trifoliadas têm os folíolos<br />

maiores, proporcionalmente mais largos, ovais ou sublanceolados,<br />

ao mesmo tempo que as bagens são lineares, exce<strong>de</strong>ndo<br />

em comprimento o triplo da largura (em casos 5 ou 6 vezes<br />

mais, longas do que largas) e com freqüência <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong><br />

bico.<br />

Em quanto que o tipo do Sarothatnnus striatus apenas tem<br />

sido herborizado na Serra <strong>de</strong> Cintra e em regiões próximas, a<br />

raça proceras aparece largamente espalhada no país, sendo<br />

freqüente e abundante ao norte, on<strong>de</strong> chega a alcançar uma certa<br />

importância agrícola. No Alto-Douro e na Beira trasmontana,<br />

por exemplo, é semeada nalguns solos juntamente com o centeio,<br />

e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estar um ano na terra, mélhorando-a pela acção dos<br />

bacteroi<strong>de</strong>s radicícolas, é retirada <strong>de</strong>la, para ser utilizada principalmente<br />

como combustível, nos fornos e nas lareiras.<br />

20. Sarothamnus purgans Godr. (l848) in Gren. & Godr.;<br />

Genista purgans Lin. (l763); Spartium purgans Lin. (l767);<br />

Cytisus purgans Willk. (l877).<br />

Numa pequena nota ao II.° 18 dêste trabalho já <strong>de</strong>ixei consignados<br />

os caracteres com que separo o género Sarothamnus dos<br />

géneros Spartium e Cytisus, <strong>de</strong> modo a constituir grupos genéricos<br />

homogéneos e naturais.<br />

21. Sarothamnus multiflorus nob.; Spartium multiílorum<br />

Herit. (l785); Genista alba Link. (l788); Spartium álbum Desf.<br />

(l800); Cytisus albus Link (l822), non Haeq. (l79o); Cytisus<br />

multiflorus Sweet (l827); Genista multiflora Spack (l845);<br />

Cytisus lusitanicus Willk. (l893).— Vulg. Giesta branca.<br />

O binóme Cytisus lusitanicus não se <strong>de</strong>ve atribuir a Quer,<br />

como já se tem feito, porque êste botânico espankol nem creou<br />

nem sequer usou tal <strong>de</strong>signação.


228 Gonçalo Sampaio<br />

23. Cytisus triflorus Herit. (l784) — Não existe na flora<br />

portuguesa.<br />

Foi o falecido jardineiro francês J. Daveau quem primeiramente<br />

citou esta planta na flora do nosso país, como encontrada<br />

e coibida por êle na Serra <strong>de</strong> Ossa. Mas tal citação não está<br />

bem, porque os exemplares <strong>de</strong>sta localida<strong>de</strong> alentejana por êle<br />

etiquetados e enviados ao Jardim Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Coimbra, on<strong>de</strong> existem, pertencem não ao Cytisus triflorus<br />

Herit., <strong>de</strong> que trazem o rótulo, mas sim ao Saroth.am.nus bceticus<br />

Webb (!).<br />

Risque-se êste Cytisus, portanto, na lista da nossa flora.<br />

24. Onomis hispânica Lin. fil. (l78l); Brot. in «Phyt. Lusit.»<br />

tab. Il7 (bona!). — Planta pubérulo-glandulosa, geralmente muito<br />

ramificada, formando mouta; folíolos pequenos, obtusos, ovais<br />

ou arredondados.<br />

raç. ramosíssima Samp. (l9o8-9) in «Bol. Soc. Brot.» vol.<br />

XXIV, pág. 36; Ononis ramosíssima Desf. (l800) — Folíolos<br />

agudos, estreitos e lanceolados.<br />

Descrevendo a sua Ononis hispânica, em l78l, Linneu filbo<br />

referiu-lbe a estampa 775 <strong>de</strong> Barrelier, que apresenta os folíolos<br />

como ovais e muito pequenos; pelo contrário a estampa que<br />

Desfontaines fornece da sua Ononis ramosíssima tem os folíolos<br />

agudos, estreitos e lanceolados.<br />

Convém não esquecer estas diferenças basilares, que muitos<br />

botânicos têm esquecido, sendo em atenção a elas que se <strong>de</strong>vem<br />

repartir pela O. hispânica e pela sua raç. ramosíssima as diversas<br />

varieda<strong>de</strong>s que a espécie em seu conjunto nos apresenta.<br />

Também notarei que consi<strong>de</strong>ro actualmente a O. hispânica<br />

como espécie distinta da O. natrix Lin. (l753), que é planta em<br />

regra menos ramosa, com flôres maiores e com pubescência vilosa,<br />

pelo menos nos cálices.<br />

25. Ononis viscosa Lin. (l753).<br />

Esta Ononis não existe na província <strong>de</strong> Traz-dos-Montes<br />

nem na região do Douro; os especimes do Pinbão que lbe foram<br />

atribuídos e que estão <strong>de</strong>positados no Instituto Botânico da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, on<strong>de</strong> os examinei, pertencem à Ononis


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 229<br />

natrix Lin., que é freqüente nas margens do rio Douro, pelo<br />

menos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Barca-Dalva para baixo.<br />

26. Caronilla mínima Lin. — Miranda do Douro, nas margens<br />

do rio.<br />

Em trabalho anterior mencionei esta espécie como nova para<br />

a flora portuguesa, segundo um exemplar colkido em Maio <strong>de</strong><br />

1882 no Arainko <strong>de</strong> Valbom (margens do rio Douro, perto do<br />

Porto) pelo inteligente e incansável Joaquim Tavares da Silva,<br />

hortelão que foi do extinto Jardim Botânico da antiga Aca<strong>de</strong>mia<br />

Polytechnica, hoje Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Universida<strong>de</strong> do<br />

Porto. Depois disto, Mário <strong>de</strong> Castro, empregado do Instituto<br />

Botânico da mesma Faculda<strong>de</strong>, encontrou novos exemplares<br />

cerca do Cabe<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gaia, também na margem do rio Douro.<br />

Ultimamente remeteu-me a planta o sr. prior Miranda<br />

Lopes, <strong>de</strong> Argosêlo, que a colhera nos princípios <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />

1932 em Miranda do Douro, on<strong>de</strong> abunda.<br />

Vê-se, por isto, que a Caronilla mínima se encontra ao longo<br />

das margens do rio Douro, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Miranda até ao mar, não sendo<br />

conhecida em qualquer outra localida<strong>de</strong> do nosso piís.<br />

27. Lotus conimbricensis Brot. (1800): Lotus coimbrensis<br />

Willd. (1803).<br />

Alguns botânicos adoptam menos <strong>de</strong>vidamente o binome <strong>de</strong><br />

Willdnow, julgando-o com direitos <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> sôbre o <strong>de</strong><br />

Brotero.<br />

Ora a parte II do tomo IV do «Species plantarum» <strong>de</strong><br />

Willdnow, on<strong>de</strong> vem <strong>de</strong>scrito o Lotus coimbrensis, publicou-se<br />

em l8o3 (e não em l800, como falsamente indica o respectivo rosto),<br />

isto é, quando Brotero já tinha dado a conhecer a mesma planta,<br />

com o nome <strong>de</strong> Lotus conimbricensis, na l. a<br />

edição do 1.° fascículo<br />

da «Plytographia Lusitanica» que apareceu em l800, e não em 180I<br />

como indicam geralmente os autores estrangeiros. A. 2. a<br />

edição<br />

dêste fascículo é que foi impressa em l801.<br />

28. Lotus pedunculatus Cav. (l793); Lotus uliginosus Schk.<br />

(l8o4).<br />

Pertence ao Dr. Carlos Pau, <strong>de</strong> Segorbe, a i<strong>de</strong>ntificação do<br />

Lotus pedunculatus Cav. com o vulgaríssimo e bem conkecido<br />

3o


23o Gonçalo Sampaio<br />

Lotus uliginosus Schk., i<strong>de</strong>ntificação que já foi adoptada pelo<br />

Dr. René Maire e que se tem <strong>de</strong> admitir como rigorosamente<br />

exacta, visto que na espécie <strong>de</strong> Cavanillas os caules são fistulosos<br />

e os cálices têm os <strong>de</strong>ntes divergentes.<br />

29. Viola canina Lin. (l753), non auct. mult.; V. syhestris<br />

Lamk. (l778); V. silvática Fries (l8l7). — Vulg. Benesse, Violeta<br />

brava.<br />

var. Riviniana Samp.; Viola Riviniana Reich. (l823); V.<br />

Juressi Link? (1806), non Beck (l9l0).<br />

Linneu, na l. a<br />

edição do «Species plantarum», dá o nome<br />

<strong>de</strong> Viola canina a uma violeta que é, segundo êle próprio ali<br />

indica, a mesma espécie que anteriormente catalogara no «Hortus<br />

Clíffortianus» pág. 427, sob a <strong>de</strong>signação polinómica <strong>de</strong> Viola<br />

caulibus adscen<strong>de</strong>ntibus floriíeris, íoliis cordatis, à qual adscreve<br />

o sinónimo <strong>de</strong> «Viola martia inodora sylvestris, Moríson bist. 2.<br />

pág. 474, sec. 5, tab. 7. fig. 2.»<br />

Ora a planta representada por esta citada figura <strong>de</strong> Morison<br />

é, sem contestação possível, aquela a que Fries <strong>de</strong>u muito mais<br />

tar<strong>de</strong> a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> Viola silvática, <strong>de</strong>signação que não passa<br />

<strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro «mort-né» inconscientemente adoptado pelos<br />

botânicos mo<strong>de</strong>rnos.<br />

Julgo possíve 1<br />

, e até mesmo provável, que na sua Viola<br />

canina, tipicamente figurada pela referida gravura <strong>de</strong> Morison,<br />

incluísse Linneu uma outra Viola, semelbante a esta pelas fôlhas<br />

também cordadas na base, <strong>de</strong>scrita e estampada <strong>de</strong>pois por<br />

Allioni, em 1785, com o nome <strong>de</strong> Viola Ruppi (l). Mas isso, a<br />

ser assim, em nada altera a nomenclatura linniana, porque,<br />

separada a V. Ruppi da espécie em que andava incluída, <strong>de</strong>verá<br />

o binome V. canina Lin. ser conservado para a parte restante,<br />

isto é, para a parte que correspon<strong>de</strong> à V. silvática Fries, segundo<br />

as regras internacionais <strong>de</strong> nomenclatura botânica.<br />

O nome V. canina Lin. manteve por muitos anos, na tradição<br />

e no uso dos naturalistas, o significado que na realida<strong>de</strong> Ibe<br />

compete; mas <strong>de</strong>pois passou a ser empregado para <strong>de</strong>signar<br />

(l) Acentue-se bem que a figura <strong>de</strong> Morison, citada por Linneu, representa a V.<br />

silvática Fries, rigorosameute, e nao a V. Ruppi AJÍ.


Novas adições c correcções à Flora Portuguesa<br />

in<strong>de</strong>vidamente a V. Ruppi— o que constitui um erro crasso, que<br />

não <strong>de</strong>ve persistir.<br />

30. Viola montaria Lin (l753); V. eláctior Fries (1828); Viola<br />

erecta, flore coeruleo & alho Morison hist. I, pág. 475, sec. 5,<br />

tab. 7, fig. 7.<br />

Na primeira edição do «Species plantarum» vol. II, pág. 35,<br />

Linneu põe a planta que ali <strong>de</strong>nominou Viola montaria como<br />

sendo a Viola erecta, flore coeruleo &) alho <strong>de</strong> Morison cuja<br />

estampa cita.<br />

Mas essa estampa, que representa uma gran<strong>de</strong> violeta <strong>de</strong><br />

estipulas folíáceas mais longas que os pecíolos, não convém <strong>de</strong><br />

modo algum à V. Ruppi Ali., cujas estipulas são muito diferentes.<br />

Pelo contrário, convém exclusivamente à V. elactior Fries,<br />

que é realmente, como se sabe, a planta que no kerbário <strong>de</strong><br />

Linneu se encontra com a etiqueta <strong>de</strong> V. montana.<br />

Note-se que eu não creio na existência <strong>de</strong>sta violeta em<br />

Portugal; se me ocupo <strong>de</strong>la é simplesmente para mostrar que a<br />

V. Ruppi, já citada por Brotero na nossa flora, nada tem com<br />

a verda<strong>de</strong>ira V. montana Lin. e que a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>stas duas<br />

plantas não passa <strong>de</strong> uma incorrecção grosseira, sancionada<br />

incompreensivelmente por quási todos os botânicos actuais.<br />

31. Viola Ruppi AH. (1785); V. canina P. Cout. (l892) in<br />

«Bol. Soc. Brot.» vol. X, pág. 32, et auct. mult., non Lin. (l753) —<br />

Aqui e ali, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Serra do Gerez até O<strong>de</strong>mira.<br />

Há mais <strong>de</strong> cem anos que se começou a dar à V. Ruppi Ali.<br />

o nerne <strong>de</strong> V. canina Lin., consi<strong>de</strong>rando-se a V. montana Lin.<br />

como mera forma <strong>de</strong>sta última. Ora tudo isto é simplesmente<br />

erróneo; como se acabou <strong>de</strong> ver, nos dois últimos números,<br />

a autêntica V. canina Lin. correspon<strong>de</strong> rigorosamente à V.<br />

silvática Fries e a verda<strong>de</strong>ira V. montana Lin. correspon<strong>de</strong>,<br />

irrefutavelmente, à V. elactior Fries.<br />

Sobre o que seja a V. Ruppi, nem a estampa nem a respectiva<br />

diagnose <strong>de</strong> Allioni consentem a menor besitação.<br />

32. Viola láctea Sm. (l798); V. lusitánica Brot. (1800) in<br />

«Plyt. Lusit.» (l. a<br />

ediç.) pág. 22-23; V. lancifólia Tbore (l8o3);<br />

V. Ruppi raç. láctea Samp. (l9l3) in «Herb. Port.» pág. 72.<br />

231


232 Gonçalo Sampaio<br />

var. pumiliformis nob.; V. canina subesp. Lusitanica -/<br />

pumiliíormis, Rouy Sõ Fouc. (l896).<br />

Esta espécie, bastante próxima da V. Ruppi, não é rara em<br />

diversas localida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Âlto-Minho e Trás-dos-Montes até<br />

ao Alentejo, sobretudo nos terrenos píçarrosos. A .sua varieda<strong>de</strong><br />

pumiliíormis é muito distinta e aparece ao norte, nas chis e<br />

colinas da beira-mar.<br />

33. Viola palustris Lin. (l753).<br />

raç. Hermínii Wein (l9o6); Viola hirta Brot. (l8u4), non<br />

Lin. (l753); V. uliginosa Welw., ex Macb. (1862), non Bess.<br />

(l809); V. palustris var. epipsila P. Cout. (l892) non Maxin;<br />

V. Juressi Beck. (l9lo), non Link (l8u6).<br />

Fsclareça-se que a raça Hermínii, <strong>de</strong>sta espécie, foi estabelecida<br />

sôbre uma forma reduzida <strong>de</strong> Viola a que Becker aplicou<br />

in<strong>de</strong>vidamente o binome V. Juressi. F digo in<strong>de</strong>vidamente,<br />

porque a i<strong>de</strong>ntificação da planta com a V. Juressi <strong>de</strong> Link,<br />

i<strong>de</strong>ntificação originalmente publicada pelo sr. P. Coutinbo, em<br />

1892, baseia-se apenas em apontamentos manuscritos <strong>de</strong> um<br />

professor Neves (l) e não po<strong>de</strong> ser admitida por estar em<br />

contradição com os únicos informes que Link <strong>de</strong>ixou sôbre a<br />

sua misteriosa violeta.<br />

Realmente, no «Neus Journal für díe Botanik» <strong>de</strong> Scbra<strong>de</strong>r,<br />

vol. I, fase. 3.°, pág. l4o, diz Link, criticando a «Flora lusitanica»<br />

do Dr. Brotero: «O autor, sem dúvida, ainda não visitou <strong>de</strong>pois<br />

da nossa partida a mais rica e a mais notável montanba da<br />

Terra — a Serra do Gerez — <strong>de</strong> contrário teria lá notado, revestindo<br />

todos os rocbedos, a V. Juressi nob.»<br />

Ora <strong>de</strong>ve-se reconbecer que é totalmente impossível acomodar<br />

estas palavras <strong>de</strong> Link a qualquer forma da raça Herminii, que<br />

no Gerez apenas se encontrarias margens paludosas ou encharcadas<br />

dos rios e regatos. A única violeta que abunda pelos<br />

rocbedos da serra é a V. Riviniana, então ainda não <strong>de</strong>scrita,<br />

(l) Deste professor Neves, discípulo e sucessor <strong>de</strong> Brotero na ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Botânica<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, não ficou a menor prova <strong>de</strong> competência científica. Era um<br />

ôco, invejoso e ingrato, <strong>de</strong> quem o seu bondoso e sábio mestre teve, por fim, <strong>de</strong> queixar-se<br />

amarguradamente. .


Novas adições ê correcções à Flora Portuguesa 233<br />

sendo ela a que tem maiores probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r à<br />

verda<strong>de</strong>ira V. Juressi, segundo as positivas indicações <strong>de</strong> Link.<br />

Há que notar, ainda, que Brotero citou esta raça Herminii,<br />

atribuindo-a à V. hhta Lin. e que Link lke não observou, na<br />

sua crítica, que tal planta era, antes, uma forma inédita, que<br />

<strong>de</strong>nominava V. Juressi — como <strong>de</strong> certo lke observaria se a sua<br />

V. Juressi fosse realmente a V. hirta do nosso botânico.<br />

Também se não po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar esta raça Herminii com a<br />

V. epipsila Ledb. que é uma violeta com flôres gran<strong>de</strong>s e sempre<br />

muito mais robusta.<br />

34. Malva rotundifólia Lin. (l753); Malva negleta Wallr.<br />

(1824).<br />

Da primitiva M. rotundifólia <strong>de</strong> Linneu <strong>de</strong>stacou Smitk<br />

(l790-96) a sua M. pusilla. Claro está, neste caso, que o binome<br />

iinneano se <strong>de</strong>ve manter, segundo as regras internacionais <strong>de</strong><br />

nomenclatura botânica, para a parte restante — que é precisamente<br />

a espécie que se encontra em Portugal.<br />

E o binome Malva neglecta Wallr. não po<strong>de</strong>, portanto, ser<br />

adoptado.<br />

35. Cerástium pentandrum Loefl. (l75J), in Lin.; C. semi<strong>de</strong>candrum,<br />

auct. lusit. non Lin. (l753); exsic. II.° 1696 (sub C.<br />

semi<strong>de</strong>candrum) in Flora Lusit. distr. Hort. Bot. Coimb. — Bragança<br />

: Cabeça-Boa ; Foz-Tua, nas margens do rio Douro; Porto: na<br />

margem do rio Douro.<br />

Planta anual, ver<strong>de</strong> ou ver<strong>de</strong>-amarelada, pilosa e por vezes<br />

mais ou menos glandulosa, uni ou pluricaule, com o caule<br />

simples ou ramoso; cimeiras com as flôres pequenas, com as<br />

brácteas escariosas no cimo e nos bordos, como as sépalas, e com<br />

os pedículos frutíferos em geral mais longos do que os cálices;<br />

pétalas estreitas e muito cartas, não exce<strong>de</strong>ndo meta<strong>de</strong> do comprimento<br />

do cálix, quer inteiras e agudas, quer <strong>de</strong>nticuladas, ou<br />

bífidas, ou trífidas, não <strong>de</strong> um branco puro, mas sim <strong>de</strong> um<br />

branco-marhm, isto é, <strong>de</strong> um branco-amarelado, às vezes abrancado-esver<strong>de</strong>adas;<br />

estames 5-S; cápsulas exclusas, direitas ou<br />

quási. ' . -<br />

As plantas <strong>de</strong>sta espécie têm sido bastantes vezes atribuídas<br />

ao Cerástium semi<strong>de</strong>candrum, que não existe em Portugal e que


234 Gonçalo Sampaio<br />

se distingue muito tem do C. pentandrum pelas pétalas brancas,<br />

<strong>de</strong> um branco-puro, mais longas, emarginadas e pouco mais<br />

curtas do çfue o cálix. As principais diferenças entre estas duas<br />

espécies afins, mas distintas, encontram-se bem marcadas por<br />

Linneu, q(ue para o C. semí<strong>de</strong>candrum indica pétalas brancas<br />

(«pétala alba»), chanfradas («pétala emargínata») e apenas<br />

mais curtas do que as sépalas («corolla calyce breviore»), ao<br />

passo que para o C. pentandrum indica pétalas não brancas<br />

mas sim tirantes a branco («petalorum vero subalbidus»),<br />

inteiras («petalis integris») e consi<strong>de</strong>ravelmente mais curtas do<br />

que as sépalas («cálice longe brevioribus»).<br />

Devo observar que nos exemplares portugueses do C. pentandrum<br />

as pétalas nem sempre são inteiras, apresentando-se<br />

não raras vezes, no mesmo indivíduo, inteiras, <strong>de</strong>nticuladas,<br />

bífidas ou trífidas, mas sempre muito estreitas e mais curtas que<br />

meta<strong>de</strong> das sépalas. A sua côr é quasi sempre abrancado-amarelada,<br />

mas nalguns exemplares cbega a ser amarelado-esver<strong>de</strong>ada.<br />

Tenbo observado cuidadosamente êste interessantíssimo<br />

Cerástium, que não é raro em Bragança e nas margens do rio<br />

Douro, constatando que êle conserva sempre os caracteres que o<br />

separam das espécies afins. No berbário <strong>de</strong> Willbomm não existe<br />

nenhuma planta atribuída a esta espécie <strong>de</strong> Loefling, mas pertence-<br />

lhe, sem dúvida alguma, o único exemplar que ali se<br />

encontra com a etiqueta <strong>de</strong> C. semí<strong>de</strong>candrum, exemplar colhido<br />

perto <strong>de</strong> Madrid (no Fscurial), que é pátria clássica do verda<strong>de</strong>iro<br />

C. pentandrum Loefl.<br />

Na revista CAVANILIXSIA, O ilustre botânico espanhol Dr. C.<br />

Pau referiu ao C. pentandrum o II.° 1585 da «Fl. lusit.» exsic.<br />

Deve ter havido uma troca <strong>de</strong> etiquetas com o II.° 1696 da mesma<br />

colecção, porque êste último número pertence realmente ao C.<br />

pentandrum, e o II.° l585, pelo contrário, pertence à forma<br />

«glutínosum» do C. pumilum Curt.<br />

Fm <strong>de</strong>finitiva: Suprima-se do catálogo da flora portuguesa<br />

o C. semí<strong>de</strong>candrum Lin. e inscreva-se, em seu lugar, o C.<br />

pentandrum Loefl.<br />

36. Cerástium sículum Guss. (l827-28) — Alentejo: Vila-Viçosa,<br />

nas muralhas do castelo e em outros sítios; Algarve:<br />

Portimão, nos areais.


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 235<br />

Planta nova para a flora <strong>de</strong> Portugal, colhida por mim nas<br />

localida<strong>de</strong>s acima indicadas. E pequena, <strong>de</strong> um ver<strong>de</strong> claro ou<br />

amarelado, simples ou ramosa, distinguíndo-se bem do C. púmilum<br />

Curt. pelos pedículos floríferos menos <strong>de</strong>senvolvidos e,<br />

principalmente, pelas pétalas lineares, estreitas e muito mais<br />

curtas do que as sépalas.<br />

Quando ainda em flôr e no começo da frutificação, o C.<br />

sículum tem os pedículos das ciméirulas, excepto às vezes os das<br />

dicotomias, muito mais curtos que os cálices; mas no completo<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das cápsulas, os pedículos apresentam-se muito<br />

mais alongados, cbegando alguns, como diz Parlatore, a igualar<br />

ou a exce<strong>de</strong>r um pouco o comprimento das sépalas. Registarei,<br />

também, que as pétalas nem sempre são bífidas, aparecendo freqüentemente<br />

quer inteiras e ponteagudas, quer tri<strong>de</strong>ntadas ou<br />

trífidas, como no C. pentandrum.<br />

Parece que o C. púmílum Curt., muito freqüente no Minho,<br />

assim como em parte <strong>de</strong> Trás-dos-Montes e da Beira-Alta, é<br />

substituído no sul pelo C. sículum, que muitos botânicos lbe ligam<br />

como simples varieda<strong>de</strong>, mas que eu julgo ser uma espécie suficientemente<br />

distinta (l).<br />

(l) Os Ceristium pentandrum, C. semi<strong>de</strong>candrum, C. siculum e C. púmilum,<br />

plantas afins e <strong>de</strong> aspecto um pouco semelhante, distinguem-se muito facilmente uns dos<br />

outros por meio da chave dicotômica seguinte:<br />

1. Brácteas totalmente etváceas, ou só as superiores<br />

'.evemente escariosas no cimo . . . . 2<br />

— Brácteas todas bem acentuadamente escariosas<br />

no cimo e nas margens . . . . . . 3<br />

3. Pétalas não ou pouco mais curtas do cjue o cálix:<br />

subovais, bilobadas e alvíssimas . . . . . » C. púmilum Cun.<br />

raç. tetrandmm (Curt.): Flores tetrámeras:<br />

4 sépalas, 4 pétalas e 4<br />

estames.<br />

— Pétalas muito mais curtas do cjue o cálix: lineares,<br />

quer inteiras, quer <strong>de</strong>nticuladas ou bífidas.<br />

3. Pétalas branco-amareladas ou subesver<strong>de</strong>adas;<br />

muito estreitas e muito mais curtas do<br />

C. SiClllUITI, Gus8.<br />

que o cálix . . . . . . . . . . . . C. pentandrum Loefl.<br />

— Pétalas alvíssimas: bilobadas, não ou pouco<br />

mais curtas do que o cálix . . . . . C. semi<strong>de</strong>candrum Lin.


236 Gonçalo Sampaio<br />

37. Lythrum íribracfeafum Saiz. (1826), in Benth.; L. Salzmanni<br />

Jord. (l847). — Bractéolas da base do cálix 2-3, mínimas e<br />

escariosas.<br />

var. major nob.; Lythrum thymiíólía 3. major DC.<br />

(1828); L. bíbracteatum Saiz. in lit. ex DC. (1828); L.<br />

Salzmanni var. major Samp. (l9ll) in «Man. Fl. Port.» pág.<br />

304 — Bractéolas da base do cálix gran<strong>de</strong>s e erváceas.<br />

A forma típica <strong>de</strong>sta espécie encontra-se no norte do país,<br />

tendo sido colhida por mim nas margens do rio Douro. A var.<br />

major, que é bastante diferente, aparece no norte, no centro e no<br />

sul <strong>de</strong> Portugal.<br />

38. Peplfs australis J. Gay (l8l7); P. erecta Req. (1826);<br />

Lythrum nummulariaefóliizm Lois. (l8o9), non Pers. (l8o7);<br />

Peplis nummulariaefolia Jord. (l846).<br />

Por ter as cápsulas <strong>de</strong>iscentes, esta espécie é colocada por<br />

alguns botânicos no género Lythrum — o que constitui uma<br />

classificação artificial, pois que, tanto pelo aspecto como pelo<br />

conjunto da sua organização, a planta aproxima-se muito mais<br />

das espécies do género Peplis.<br />

A Peplis australis apresenta entre nós diferentes varieda<strong>de</strong>s,<br />

mais ou menos permanentes.<br />

39. Cáucalis daucoi<strong>de</strong>s Lin. (l767 non 1753); Caucalis<br />

platycarpos Lin. (l753 non l767); Daucus platycarpus Scop. (l772).<br />

A l. a<br />

edição do «Species plantarum» <strong>de</strong> Linneu, referindo-se<br />

a esta planta, anteriormente representada pela fig. 6 da tab. 4 <strong>de</strong><br />

Morison, consigna-lhe o nome <strong>de</strong> Caucalis platycarpos, que <strong>de</strong><br />

modo algum lhe convém e que, pelo contrário, se adapta muito<br />

expressivamente à espécie eritãò <strong>de</strong>signada pelo mesmo autor<br />

com o binome Caucalis daucoi<strong>de</strong>s.<br />

iTer-se-ia dado, nesta primeira edição do «Species plantarum»<br />

uma troca <strong>de</strong> nomes entre as duas plantas, <strong>de</strong>vida a um<br />

simples <strong>de</strong>scuido, talvez meramente tipográfico?<br />

F o que vamos examina: seguidamente.<br />

40. Cáucalis platycarpos L^II. (l767 non 1753); Caucalis<br />

daucoi<strong>de</strong>s Lin. (l7S3 non 1767); Orlaya platycarpa Koch (l824).


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 237<br />

Como se acabou <strong>de</strong> verj o binome d platycarpos apareceu<br />

em l755 aplicado por Linneu não à planta <strong>de</strong> que me ocupo<br />

agora, mas sim à que êle chamou mais tar<strong>de</strong>, em 1767, Caucalis<br />

daucoi<strong>de</strong>s. Nesta última data, realmente, publicou-se a 2. a<br />

edição<br />

do «Species plantarum» on<strong>de</strong> o notável botânico sueco cambiou<br />

entre si as <strong>de</strong>signações das duas Caucalis, dando o nome <strong>de</strong><br />

Caucalis platycarpos àquela que em l753 tinha <strong>de</strong>nominado C.<br />

daucoi<strong>de</strong>s, e dando o nome <strong>de</strong> C. daucoi<strong>de</strong>s à que em l753 havia<br />

chamado C. platycarpos. E esta mudança, à primeira vista arbitrária,<br />

tem sido e continua a ser admitida por todos, creio eu,<br />

não obstante parecer contrária às regras internacionais <strong>de</strong><br />

nomenclatura.<br />

Estamos em presença <strong>de</strong> um caso muito interessante, que<br />

<strong>de</strong>monstra claramente, como alguns outros, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

atenuar a rigi<strong>de</strong>z das regras do congresso <strong>de</strong> Viena, no sentido<br />

<strong>de</strong> se admitir que os autores possam mudar os binomes por eles<br />

estabelecidos e já publicados, quando as respectivas mudanças<br />

constituam correcções <strong>de</strong> erros pelo menos dos erros tipográficos.<br />

Ora que na l. a<br />

edição do «Species plantarum» se <strong>de</strong>u uma<br />

troca involuntária entre os nomes que <strong>de</strong>veriam ter sido escolhidos<br />

por Linneu para as duas Caucalis, não é isso coisa difícil<br />

<strong>de</strong> reconhecer, comparando-se cuidadosamente as diagnoses e os<br />

sinónimos indicados ali por Linneu com a sinonímia estabelecida<br />

anteriormente por êle, em outras obras, e também aten<strong>de</strong>ndo a<br />

que êste sábio naturalista nunca po<strong>de</strong>ria aplicar o sobrenome<br />

«platycarpos» a uma planta cujos frutos não merecem <strong>de</strong> forma<br />

alguma semelhante <strong>de</strong>nominação, a qual, contrariamente, se<br />

ajusta muito bem aos frutos da outra espécie.<br />

E preciso aten<strong>de</strong>r a que na l. a<br />

edição do «Species» os restritivos<br />

específicos estão impressos à margem e em tipo itálico,<br />

diferente do tipo redondo das diagnoses, <strong>de</strong>vendo por isso ter<br />

sido compostos separadamente, em série, e distribuídos <strong>de</strong>pois<br />

pelos lugares respectivos, como em casos semelhantes se pratica<br />

ainda h«je em várias tipografias. E, nestas condições, nada mais<br />

natural do que haver um <strong>de</strong>scuido do tipógrafo, trocando entre<br />

si os lugares dos sobrenomes platycarpos e daucoi<strong>de</strong>s. Deve ter<br />

sido assim, e na 2. a<br />

edição do «Species plantarum» Linneu nada<br />

mais fez do que pôr as coisas no seu lugar.<br />

3l


238 Gonçalo Sampaio<br />

41. Dáucus breviaculeatus Calestani.<br />

var. rubescens nob. Fructus ovatus, <strong>de</strong>mum atroviolaceus.<br />

— Bordas do mar, ao fundo da Costa da Gandra, em<br />

Montedor (Viana do Castelo).<br />

Fm 11 dè agosto <strong>de</strong> l93l colhi no lugar citado, on<strong>de</strong> era<br />

muito abundante, esta varieda<strong>de</strong> do Dáucus breviaculetus, que<br />

no meu enten<strong>de</strong>r é espécie muito distinta, muito bem <strong>de</strong>finida,<br />

com caracteres permanentes e sem formas <strong>de</strong> tranzição para outras.<br />

Dou a <strong>de</strong>scrição, a seguir, do interessante Dáucus da Gandra :<br />

Planta baixa, com 9-22 cent, <strong>de</strong> altura, geralmente ramosa<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, mais ou menos pubescente, ou quasi glabra; fôlhas<br />

não carnosas nem luzidias, estreitas, compostas, recompostas, ou<br />

tricompostas, com os últimos segmentos pequenos e lanceolados,<br />

às vezes lineares, principalmente nas fôlhas superiores; umbelas<br />

floríferas pequenas, com 1-2 cent, <strong>de</strong> diâmetro, com involucro <strong>de</strong><br />

brácteas lineares e trifído-cuspidadas, não mais longas que os<br />

raios, com involucros <strong>de</strong> bractéolas inteiras e muito agudas, e<br />

com flôres branco-rosadas ou acentuadamente róseas, não acompanhadas<br />

<strong>de</strong> uma flôr central estéril e atropurpúrea, tendo as da<br />

periferia as pétalas exteriores muito maiores; umbelas frutíferas<br />

em pedúnculos um tanto engrossados, áspero-escabrosos e geralmente<br />

mais longos que os caules, todas pór fim com os raios<br />

acrescidos e mais ou menos convergentes, bastante <strong>de</strong>nsas, mas<br />

com a superfície superior convexa, plana, ou ligeiramente côncava,<br />

nunca em forma <strong>de</strong> ninbo <strong>de</strong> ave; frutos ovói<strong>de</strong>s, com<br />

2-2,5, mm. <strong>de</strong> longo, tornando-se intensamente atrovioláceos,<br />

sempre inermes ou com acúleos reduzidos a pequenos <strong>de</strong>ntes.<br />

O Dáucus breviaculeatus Calest. é uma espécie nova para a<br />

flora portuguesa.<br />

42. Dáucus Gingídium Lin. (l753); Gingídium, Matbiolo<br />

tab. 378; Boccone mus. tab. 20; Dáucus gúmmifer Lamk. (l785).<br />

var. <strong>de</strong>cípiens, nob.; Brácteas involucráis lineares, <strong>de</strong><br />

pontas cuspidas; umbelas com uma flôr central estéril e<br />

atropurpúrea. Litoral, para norte da foz do Leça.<br />

Tem sido compreendido <strong>de</strong> modos diferentes o Dáucus Gingídium<br />

Lin., mas não se po<strong>de</strong> duvidar <strong>de</strong> que esta espécie foi


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 239<br />

constituída fundamentalmente com o Gingídium <strong>de</strong> Mathiolo,<br />

planta cujo nome Linneu adoptou como sobrenome da sua es-r<br />

pécie e cuja estampa não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> citar <strong>de</strong>vidamente. F certo<br />

que entre os sinónimos que Linneu adscreve à sua planta Lá o<br />

<strong>de</strong> «Pastinaca ténuif. marina foi. obscure virentibus et quasi<br />

lúcida» <strong>de</strong> Magnol, que realmente lbe não pertence, porque se<br />

refere a uma espécie diferente; mas isso pouco importa, porque<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser estabelecido em l773 o Dáucus hispânicus Gou., a<br />

que pertence a umbelífera <strong>de</strong> Magnol, ficou o binome Dáucus<br />

Ginéídium a <strong>de</strong>signar apenas, e conformente às regras, a planta<br />

<strong>de</strong> Mathiolo e suas varieda<strong>de</strong>s.<br />

Sem dúvida alguma, é também esta mesma planta aquela<br />

que Lamarck <strong>de</strong>screveu em l785 com a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> D. gúmmifer.<br />

Vê-se isto pelas próprias palavras dêste botânico, o qual<br />

diz que a sua espécie não é o D. hispânicus <strong>de</strong> Gouan, e lhe<br />

adscreve alguns caracteres que realmente se não adaptam a êste,<br />

e lhe dá como sinónimo a «Pastinaca tenuifolía lúcida gummi<br />

manans» Bocc. musc. tab. 29 (l).<br />

43. Dáucus hispânicus Gou. (l773); «Pastinaca tenuifolía<br />

umbella radiis longioribus, Moris. sec. 9, tab. 13, fig. 4»; Dáucus<br />

lúcidus Lin. fil. (l78l).<br />

var. halóphilus nob.; Dáucus halóphilus Brot. (l827)— Folhas<br />

não ou pouco lustrosas por cima; flôres marginais das umbelas<br />

com as pétalas externas muito maiores do que as outras.<br />

Não po<strong>de</strong> haver a menor dúvida sôbre o que seja o verda<strong>de</strong>iro<br />

Dáucus hispânicus, porque a figura dada por Morison, e<br />

citada por Gouan, nos permite reconhecer com a maior segurança<br />

a planta a que êste botânico se refere. Não obstante, alguns<br />

autores têm i<strong>de</strong>ntificado o D. hispânicus com o D. Gingídium,<br />

mas esta i<strong>de</strong>ntificação é inadmissível, porque nem a figura <strong>de</strong><br />

Morison é citada por Linneu para a sua espécie nem ela lhe<br />

convém, <strong>de</strong> passo que a estampa <strong>de</strong> Mathiolo, com fôlhas alongadas,<br />

não triangulares, também não po<strong>de</strong> representar, <strong>de</strong> modo<br />

algum, o D. hispânicus Gou.<br />

(l) Note-se que Gouan, enganadamente, também mencionou esta planta <strong>de</strong> Bocconé<br />

entre os sinónimos do seu D. hispânicus, mas não o fez sem observar: «Sed icon ad<br />

Daucum gingidium se melius accomodat».


24o Gonçalo Sampaio<br />

As principais diferenças entre estas duas espécies, ambas<br />

litorais e com fôlhas mais ou menos carnosas, são as seguintes:<br />

— Umbelas muito contraídas na frutificação, tornando-se<br />

então muito côncavas, em forma <strong>de</strong> ninbo<br />

<strong>de</strong> ave; fôlhas carnosas, <strong>de</strong> contorno triangular. D. hiSpâtlíCUS Gou.<br />

— Umbelas menos contraídas na frutificação, planas ou<br />

levemente côncavas por cima, mas nunca em ninbo<br />

<strong>de</strong> ave; fôlhas carnósulas, não triangulares . . D. Gingídíum Lin.<br />

44. Dánaa cornubiensis Samp. (l9l2) in «Man. Fl. Port.»<br />

pág. 350 ; Liêústicum cornubiense Lin. (l756); Dánaa aç[uile£ifólia<br />

AU. (l785); Physospermum a^uilegifólium Koch. (l824).<br />

O género que Cusson <strong>de</strong>nominou «Physospermum» foi estabelecido<br />

por êle só em l787, isto é, quando esse mesmo género<br />

já estava fundado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> l785 por Allioni, com a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong><br />

«Dánaa», que é válida.<br />

O nome «Pkysospermum» não passa, portanto, <strong>de</strong> um<br />

mort-né regeitável, que alguns botânicos ainda empregam, sem<br />

razão alguma.<br />

Não se esqueça que sôbre êste caso particular as próprias<br />

regras internacionais <strong>de</strong> nomenclatura, formuladas no Congresso<br />

<strong>de</strong> Viena, esclarecem no art. 35.°: «Cusson a annoncé la création<br />

du genre Physospermum dans un mémoire lu à la Société <strong>de</strong>s<br />

sciences <strong>de</strong> Montepellier, en l773, puis en l782 ou 1783 à la<br />

Société <strong>de</strong> medicine <strong>de</strong> Paris, mais il II'a été valablement publié<br />

qu'en 1787 dans les Mémoires <strong>de</strong> la Soc. roy. <strong>de</strong> medicine <strong>de</strong><br />

Paris, vol. V, I. re<br />

partie. La publication valable du genre Physospermum<br />

se rapporte donc à l'année l787».<br />

O nome «Dánaa» também possui priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emprego em<br />

nomenclatura binária.<br />

45. Heracleum sphondylium Lin.<br />

var. marftimum nob.; Planta marítima, parece viscida,<br />

caule sólido, non fistuloso. — Montedor: Costa da Gandra,<br />

nos rocbedos marítimos.<br />

Esta varieda<strong>de</strong> do extremo litoral é geralmente <strong>de</strong> pequena<br />

altura, não tomando nunca o <strong>de</strong>senvolvimento normal das formas<br />

do interior. Tem o caule maciço, um pouco glanduloso-viscoso,<br />

e as fôlhas são um tantinko espessas, mais claras por baixo, com


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 24l<br />

os <strong>de</strong>ntes subcaloso-esbranquiçados. As fôlhas primordiais, por<br />

vezes já <strong>de</strong>struídas no tempo da floração, po<strong>de</strong>m ser muito pequenas<br />

e palmatilobadas, como aparecem também em alguns<br />

exemplares do tipo específico.<br />

46. Selinum Broteri Hoff. & Link (l820 — ? ); Selinum carviíólia<br />

Brot. (l8o4) non Lin. (l762).<br />

F uma espécie que tem sido indicada apenas em Trás-dos-<br />

-Montes, Beiras e Estremadura, mas que se encontra também<br />

na província do Minko, on<strong>de</strong> a colhi pela primeira vez, há<br />

já muitos anos, entre o Porto e Vila-<strong>de</strong>-Con<strong>de</strong> (nos pinheirais<br />

<strong>de</strong> Pedras-Rubras). Ultimamente foi encontrada em abundância<br />

na freguesia <strong>de</strong> Roças, concelho <strong>de</strong> Vieira, pelo sr. Carlos<br />

Teixeira, estudante distinto da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências do<br />

Porto.<br />

Como já o <strong>de</strong>monstrou o falecido e gran<strong>de</strong> naturalista Dr.<br />

Joaquim Mariz, é espécie autónoma, bastante diferente do Selinum<br />

carvifólia Lin, pelo caule pouco folhoso (só com 1-3<br />

fôlhas) e, principalmente, pelas fôlhas biformes: as inferiores<br />

com pínulas pinatífidas, as outras com lacineas lineares, estreitas<br />

e longas. Difere ainda da planta linneana pelas umbelas com<br />

6-l4 raios acentuadamente <strong>de</strong>siguais em comprimento, e pelos<br />

estiletes muito mais curtos.<br />

47. Plumbago europaea Lin.<br />

var. èlandulosa Cout. (l9l3) — Miranda do Douro, junto<br />

dos muros da cida<strong>de</strong>.<br />

Sobre especimes <strong>de</strong> Miranda-do-Douro, colhidos por mim,<br />

estabeleceu o sr. P. Coutinho esta varieda<strong>de</strong> èlandulosa.<br />

Tenho visto numerosos exemplares da Plumbago europaea,<br />

provenientes <strong>de</strong> vários países, e todos eles são mais ou menos<br />

glandulosos. Nuns a glandulosida<strong>de</strong> limita-se aos cálices, noutros<br />

esten<strong>de</strong>-se também às brácteas e noutros, ainda, <strong>de</strong>sce até às<br />

próprias fôlhas inferiores; mas plantas como as <strong>de</strong> Miranda-do-<br />

-Douro, com glândulas também nos caules, é que não vi<br />

nenhumas.<br />

Parece-me, em tais circunstâncias, que a esta varieda<strong>de</strong><br />

miran<strong>de</strong>sa melhor caberia a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> «glandulosíssima»,


242 Gonçalo Sampaio<br />

que se não lhe po<strong>de</strong> agora dar, visto ser isso contrário às regras<br />

<strong>de</strong> nomenclatura vigentes.<br />

48. Cúscufa triumvirati Lge. (l88l) — Miranda-do-Douro,<br />

próximo da azenha <strong>de</strong> St. a<br />

Catarina, sôbre a Caronilla mínima,<br />

sôbre o Aphyllantes monspeliensis e sôbre outras plantas.<br />

No volume XVI do «Boletim da Socieda<strong>de</strong> Broteriana»<br />

relativo a 1899 foi publicada uma lista <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong>terminadas<br />

por J. Freyn e colhidas nos arredores do Porto pelo dr. O.<br />

Buchtien, que tinha exercido durante os anos <strong>de</strong> 1890 e l89l o<br />

ensino livre num colégio <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>. Muito incompleta relativamente<br />

ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> plantas que Buchtien herborizou<br />

aqui, e contendo alguns equívocos <strong>de</strong> classificação, a referida lista<br />

menciona, no entanto, algumas espécies interessantes, como seja a<br />

Cúscuta triumvirati <strong>de</strong> Lange, que não era conhecida em Portugal.<br />

Foi <strong>de</strong>bal<strong>de</strong>, porém, que <strong>de</strong>pois e durante anos sucessivos eu<br />

e o falecido F. Johnston procurámos nos arredores do Porto<br />

esta curiosa Cúscuta (l) da Serra Nevada, chegando por fim ao<br />

convencimento <strong>de</strong> que a sua menção na mesma lista era <strong>de</strong>vida,<br />

unicamente, a um simples engano <strong>de</strong> Freyn.<br />

Mas ultimamente, examinando algumas plantas que o sr.<br />

P. e<br />

Miranda Lopes me enviou, colhidas por êle em 2 <strong>de</strong> Julho<br />

do ano corrente (l932) em Miranda-do-Douro, tive o prazer <strong>de</strong><br />

encontrar a Cúscuta triumvirati parasita sôbre diferentes vegetais<br />

da margem do rio. A ausência completa <strong>de</strong> escamas hipostamíneas,<br />

caracter seu muito notável, e a finura especial dos caules<br />

distinguem-na imediatamente da vulgaríssima C. epithymum e<br />

das suas numerosas varieda<strong>de</strong>s.<br />

No herbário do Instituto Botânico <strong>de</strong> investigação científica,<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências do Porto, ficam arquivados os exemplares<br />

da planta enviados pelo sr. P. e<br />

Miranda Lopes.<br />

49. Cúscuta barbúvea Samp. (l9l3) in «Man. Fl. Port.» pág.<br />

384; C. europaea barbúvea Brot. (1827) in «Plyt. Lusit.» II, pág.<br />

192, tab. 165 — Nos cachos <strong>de</strong> uvas.<br />

(l) Os dicionários prosódicos portugueses indicam inadvertidamente a pronúncia<br />

Cúscuta, em vez <strong>de</strong> Cúscuta, que é termo <strong>de</strong> pura origem popular na Espanha e na Itália,<br />

como já informou o botânico prelinneano Lobélius, tendo sido adoptado e introduzido na<br />

ciência por Tragus, como nome <strong>de</strong> género.


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 243<br />

Não se conhece actualmente esta planta, <strong>de</strong> que Brotero <strong>de</strong>u<br />

uma estampa e uma larga <strong>de</strong>scrição, indicando-a sôbre os cachos<br />

das uvas, nos arredores da capital. Segundo a diagnose do nosso<br />

eminente botânico, a £ barbúvea distingue-se pelos caules esver<strong>de</strong>ados,<br />

capilares, pen<strong>de</strong>ntes e providos nas bifurcações <strong>de</strong><br />

escamas ovais e membranáceas, assim como pelos glomérulos<br />

florais raros e paucifloros, pelas corolas brancas, com escamas<br />

hipostamíneas lineares e bífidas, e pelos estames inclusos. As<br />

flôres são rentes, com os lóbulos da corola não mais longos que<br />

o tubo e com os dois estigmas lineares.<br />

Como Brotero não inventou esta curiosa planta, eu chamo<br />

para ela a atenção dos botânicos que na época própria estejam<br />

em condições <strong>de</strong> a procurar nos arredores <strong>de</strong> Lisboa, sôbre os<br />

cachos da vi<strong>de</strong>, -<br />

50. Cúscuta epliinum Weihe (l824) — Vimioso: Argozelo,<br />

sôbre o Linum usitatíssimum frutificado.<br />

Em Julho do ano corrente (l932) recebi bons exemplares<br />

frescos <strong>de</strong>sta espécie <strong>de</strong> Cúscuta, colhidos pelo sr. prior <strong>de</strong> Argoselo,<br />

P. e<br />

José Manuel Miranda Lopes, meu estimado amigo.<br />

A Cúscuta epilinum Weihe é mais uma planta nova pára o<br />

catálogo da flora portuguesa.<br />

51. Linária pygmaea Samp. (l9l5) in «An. Acad. Polyt.<br />

Porto» vol. X, pág. 124; Linária Munbyana var. pygmaea Samp.<br />

(l922) in «Bol. Soc. Brot.» vol, I (2. a<br />

série); L. Munbyana Cout.<br />

(l926) non Bois. & Reut. (l852) — Difere da verda<strong>de</strong>ira L.<br />

Munbyana Bois. & Reut. principalmente pelas fôlhas carnosas,<br />

pelo cacho paucifloro e acentuadamente piloso-glanduloso, bem<br />

como pelas sementes <strong>de</strong> aza fina e escariosa, lisas no disco.<br />

Em 1922 consi<strong>de</strong>rei esta Linária dos areais marítimos do<br />

Algarve como simples varieda<strong>de</strong> da Linária Munbyana Bois. &<br />

Reut., cUjo aspecto é semelhante; mas não reparei então num<br />

caracter fundamental, que separa <strong>de</strong>cisivamente as duas plantas<br />

como espécies distintas, isto é, não reparei em que uma tem as<br />

sementes com aza grossa, como na L. amethytea Hoff. &£ Link<br />

e na L. multipunctata Hoff & Link, ao passo que a outra as<br />

tem com aza membranácea, muita fina, como na L. caesia DC.<br />

e na L. supina Chaz. Sabe-se que estes caracteres são consi<strong>de</strong>-


244 Gonçalo Sampaio<br />

rados, no género Linária, como caracteres específicos dos mais<br />

valiosos.<br />

Portanto reponho a Linária pygmaea nob. na sua primitiva<br />

categoria <strong>de</strong> espécie própria, bem distinta da L. Munbyana Bois.<br />

& Reut. pelas diferenças acima apontadas.<br />

52. Ballota cinérea Briq. (l897) in Engl. & Prant; Marrúbium<br />

hispânicum Lin. (l753); Marrúbium cinéreum Desr.<br />

(l789) in Lamk.; Beringéria hispânica Neck. (l79o); Ballota<br />

hirsuta Bentn. (l834); Ballota hispânica Lacaita (l925) noti Béntk.<br />

(1834).<br />

O binome Ballota hispânica, proposto por Lacaita em 1925<br />

para ó Marrúbium hispânicum <strong>de</strong> Linneu, nãó se po<strong>de</strong> adoptar,<br />

por ter sido anteriormente creado e empregado por Bentham, em<br />

1934, para uma espécie diferente.<br />

53. Téucrium Pólium Lin. (l753); «Pólium montanum luteum»<br />

Bauk.; Pólium lúteum Mill. (l768); Téucrium áureum<br />

Sckreb. (1774).<br />

raç. álbum nob.; Téucrium Pólium (5, Lin. (l753); «Pólium<br />

montanum álbum» Baub.; Pólium álbum Mill. (l768);<br />

Téucrium álbum Poir. (l8ll); T. gnaphalo<strong>de</strong>s Fie. (l875)<br />

non Vabl. (l79o); T. vincentinum Rouy (1882).<br />

raç. lusitânicum nob.; Téucrium lusitânicum Schreb.<br />

(l774); Téucrium Pólium Lusitânicum Brot. (l827).<br />

raç. capitatum nob.; Téucrium capitatum Lin. (l753); T.<br />

lusitânicum Hoff. & Link (l8o9) non Schreb. (l774); T.<br />

capitatum Lusitânicum Brot. (l827).<br />

Como tipo do seu Téucrium Polium indicou Linneu, em<br />

1753, o «Pólium montanum luteum» <strong>de</strong> G. Bauhíno, planta que<br />

não existe na flora portuguesa. Com o «Pólium montanum<br />

álbum», também <strong>de</strong> Baubino, criou êle a varieda<strong>de</strong> S. da<br />

mesma espécie. •<br />

Sabido isto, não se <strong>de</strong>ve fazer o que têm feito alguns botânicos,<br />

cjue arbitrariamente invertem as coisas, pondo como tipo<br />

do T. Pólium o que Linneu poz como varieda<strong>de</strong>, e pondo como<br />

varieda<strong>de</strong> o que Linneu poz como forma típica da espécie.


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 245<br />

54. Échium gaditanum Bois. (1839-45); É. rosulatum Lge.<br />

(l845); ¿E. astúricam Lacaita? (l928) — Todo o país.<br />

var. Davaei nob.; Echium Davaei Rouy (1882) — Ilhas<br />

Berlengas.<br />

No herbário <strong>de</strong> Willkomm, existente no Instituto Botânico<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, encontram-se dois exemplares<br />

etiquetados como Echium gaditanum: um colhido por E.<br />

Bourgeau nos areais do Pôrto-<strong>de</strong>-Santa-Maria (Andaluzia),<br />

outro colhido também pelo mesmo Bourgeau perto <strong>de</strong> Cangas-<strong>de</strong>-Tineo<br />

( Astúrias), on<strong>de</strong> a planta aparece pelas bordas dos<br />

caminhos. O primeiro tem o caule florífero inserto no rizoma,<br />

por baixo <strong>de</strong> uma roseta <strong>de</strong> fôlhas basilares, e apresenta todos<br />

os outros caracteres específicos do Echium rosulatum; o segundo<br />

pertence, sem a menor dúvida, à forma «campestre» <strong>de</strong>sta mesma<br />

espécie, forma que é muito abundante no Minho e na Galiza.<br />

Esclareço que o exemplar asturiano tem uma etiqueta com o<br />

nome <strong>de</strong> «Echium angustif olium Lamk. ?» substituído com letra<br />

<strong>de</strong> Willkomm por Ech. gaditanum Bois.<br />

A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre o Eckium <strong>de</strong> Lange e o Eckium <strong>de</strong><br />

Boissíer, verificada no herbário <strong>de</strong> Willkomm, era muito <strong>de</strong><br />

presumir, aten<strong>de</strong>ndo a que na extensa diagnose original do Ech.<br />

gaditanum não se menciona qualquer caracter que seja estranko<br />

ao Ech. rosulatum e, além disso, aten<strong>de</strong>ndo também a que a<br />

área conhecida dêste último (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Galiza ao Algarve) está<br />

inteiramente compreendida entre as regiões ocupadas por aqueTe<br />

(Astúrias e sul da Andaluzia), separando-as inexplicavelmente.<br />

O facto <strong>de</strong> ser o Ech. gaditanum indicado como bisanual não<br />

inutiliza a sua i<strong>de</strong>ntificação como o Ech. rosulatum, que se diz<br />

vivaz mas que, segundo as minhas observações, também se<br />

comporta muitas vezes como bisanual.<br />

Perez Lara, referindo-se ao Ech. gaditanum, diz a pág. 294<br />

da sua FLORULA GADITANA: «Planta quod staturam, indumentum<br />

foliorum figurum corollarum magnitudine, glabritatem v. villi<br />

copiam filamentorum val<strong>de</strong> variabílis.» Ora estas palavras aplicam-se<br />

igualmente e com a maior exactidão ao Ech. rosulatum,<br />

cujo extremo polimorfismo é bem conhecido dos botânicos<br />

portugueses.<br />

Eu nunca vi especimes do Echium astúricum, <strong>de</strong>scrito em<br />

32


246 Gonçalo Sampaio<br />

1928 no vol. I da CAVANIIXESIA, pág. 8; mas, pelos termos da sua<br />

diagnose, parece-me que também não é planta estranha à forma<br />

«campestre» do Ech. tosulatum Lge.<br />

55. Aspérula hirsuta Desf. (l798).<br />

var. repens nob.; Asperula repens Brot. (l800). — Planta<br />

<strong>de</strong> caules remontantes ou prostrados, mais finos, acinzentada<br />

ou <strong>de</strong>nsamente birsuta na parte inferior. Algarve.<br />

A nossa planta tem sido i<strong>de</strong>ntificada com a Ãsp. hirsuta<br />

Desf. e com a Ãsp. rupestris Tin. (l827), mas a verda<strong>de</strong> é que<br />

se distingue <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>stas por um aspecto particular, <strong>de</strong>vido<br />

aos seus caules prostrados ou remontantes, mais finos, mais<br />

elançados, e à pubescência abundante, que a torna acentuadamente<br />

cinzenta na parte inferior.<br />

56. Valeriana dioica Lin. — Gondarém, nos salgueirais (rara).<br />

Foi <strong>de</strong>scoberta esta espécie, como nova para a nossa flora,<br />

pelo sr. P. e<br />

Clemente Lourenço Pereira, <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura,<br />

que a menciona no seu último trabalbo «Flora vascular da bacia<br />

do Minho<br />

Os exemplares que êste meu apreciado amigo me enviou<br />

não tinbam flôres, mas, pelo aspecto geral da planta e pelos<br />

caracteres das suas fôlhas, não me fica dúvida <strong>de</strong> que ela pertence,<br />

realmente, como na etiqueta se indicava, à Valeriana dioica <strong>de</strong><br />

Línneu.<br />

57. Centáurea fraylensis Scbultz-Bíp. (in berb. ex Nym.<br />

an. 1878-82); Cenr. vincentina Welw. in berb. (ex Mariz in «Bol.<br />

Soc. Brot. vol. X, pág. 223, tab. II an. 1892).<br />

O binome Cenr. fraylensis Scbultz-Bip. foi publicado por<br />

Nyman sem <strong>de</strong>scrição alguma da espécie correspon<strong>de</strong>nte, ao<br />

passo que o binome Cenr. vincentina, Welw. foi publicado mais<br />

tar<strong>de</strong>, por Mariz, com uma estampa e uma boa diagnose da<br />

respectiva planta.<br />

Nestas condições, o binome <strong>de</strong> Scbultz-Bipontinus, embora<br />

mais antigo em publicida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve ser regeítado pelos botânicos<br />

que não adoptam os nomes nús, isto é, os nomes publicados<br />

sem qualquer menção <strong>de</strong> caracteres da planta ou sem referências


Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 247<br />

a uma forma já validamente <strong>de</strong>scrita e validamente publicada.<br />

58. Ánthemis fuscata Brot. (l8oo) in «Pbyt. Lusit.» fase. I<br />

pág. 3l ediç. 1. a<br />

); Ánthemis praecox Link (l800?) in «Jour. für<br />

die Botanik» <strong>de</strong> Scha<strong>de</strong>r, vol. II, fase. 2-° pág. 3o4.<br />

Como já disse no II.° 8 dêste trabalbo, a 1. a<br />

edição do fase.<br />

I da «Phytographia» <strong>de</strong> Brotero foi publicada em l800, e o 2.°<br />

fascículo do jornal botânico <strong>de</strong> Sckra<strong>de</strong>r, apezar <strong>de</strong> ter no rosto<br />

a data <strong>de</strong> 1799, também se não publicou antes <strong>de</strong> l800, visto que<br />

insere artigos e cartas com a data <strong>de</strong> l800. A priorida<strong>de</strong> do binóme<br />

<strong>de</strong> Link sôbre o <strong>de</strong> Brotero não se po<strong>de</strong> estabelecer,<br />

portanto, tendo êste último preferência por ser mais conbecido,<br />

por ter aparecido com uma diagnose mais completa e


248 Gonçalo Sampaio<br />

Consi<strong>de</strong>ro a Reichárdia intermédia como espécie muito<br />

distinta e não como forma subordinada à Reich, picroi<strong>de</strong>s Roth,<br />

da qual difere profundamente não só por caracteres invariáveis<br />

mas também, na maior parte dos casos, por um aspecto particular.<br />

A var. grácilis nob., encontrada por mim no Alto-Douro,<br />

é nova para Portugal.<br />

Porto, 1932.


Les satellites<br />

chez Narcisstzs reflexus Brot.<br />

et N. triandrus L.<br />

I. Les satellites <strong>de</strong>s métaphases somatiques<br />

par<br />


25o Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

remarquable au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> la taille <strong>de</strong>s satellites <strong>de</strong> la paire<br />

Pp'. En effet, alors que l'un <strong>de</strong>s satellites II'était qu'une petite<br />

granulation, à peine perceptible, l'autre était un corpuscule assez<br />

gros, d'un diamètre à peu près égal à la moitié <strong>de</strong> celui du<br />

cbromosome porteur. Cette plante appartenait donc à une race<br />

asymétrique. Cette découverte nous a conduit à recbercber s'il<br />

existe, cbez 2V. reflexus et IV. triandrus, à l'état adulte, les trois<br />

races théoriquement attendues ou <strong>de</strong>ux seulement comme cbez<br />

Galtonia candicans.<br />

II — IV. reflexus et TV. triandrus présentent une bétérostylie<br />

trimorpbe. Chez IV. reflexus, les trois formes bétérostylées se<br />

trouvent, à l'état spontané, dans la proportion numérique<br />

suivante : 1 brévistylée : 2 longistylées : 1 médiostylée. L'examen<br />

<strong>de</strong> l75 plantes <strong>de</strong> Crépis Dioscoridis a permis à III. NAWACHINF,<br />

<strong>de</strong> vérifier que 43 <strong>de</strong> ces plantes possédaient la constitution 4—K<br />

90 la constitution + — et 42 la constitution , ce qui s'accor<strong>de</strong><br />

très bien avec la proportion 1:2:1.<br />

Comme la plante que nous avons étudiée était longistylée<br />

et <strong>de</strong> la constitution + —, nous étions enclin à penser qu'il existe<br />

peut-être une relation entre l'bétérostylie et la constitution<br />

nucléaire, c'est-à-dire que les formes longistylées possé<strong>de</strong>raient<br />

la constitution H et les autres les <strong>de</strong>ux autres constitutions.<br />

S'il en était ainsi, l'bétérostylie aurait, cbez IV. reflexus et IV.<br />

triandrus, une base morphologique et les chromosomes satellitifères<br />

<strong>de</strong> ces plantes seraient comparables aux chromosomes<br />

sexuels <strong>de</strong>s plantes à sexes séparés.<br />

En est-il ainsi dans la réalité? C'est le <strong>de</strong>uxième point que<br />

nous nous proposons d'éluci<strong>de</strong>r.<br />

III — Les satellites sont très fréquents chez les plantes,<br />

plus fréquents même qu'on ne le croyait autrefois. Malgré cela,<br />

leur rôle dans la physiologie nucléaire est encore peu connu. Ne<br />

pourrions-nous pas, d'après nos observations, obtenir quelques<br />

données permettrant <strong>de</strong> résoudre cette question?.<br />

MATERIEL ET TECHNIQUE<br />

Tout le matériel étudié est d'origine spontanée. Narcissus<br />

reflexus a été récolté dans plusieures localités : Serra do Gérez,<br />

Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso, Serra da Estrela, Oliveira do Con<strong>de</strong>, Oliveira<br />

do Hospital et Quinta do Prado. Nous avons fait une


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 251<br />

étu<strong>de</strong> plus approfondie du matériel provenant <strong>de</strong> cette, <strong>de</strong>rnière<br />

localité. N. triandrus a été récolté à la Serra_da_Lxmzâ»<br />

Après triage <strong>de</strong>s plantes longistylées, brévistylées et médiostylées,<br />

les bulbes ont été mis en pots au Jardin Botanique.<br />

L'année suivante, ils nous ont fourni <strong>de</strong>s pointes végétatives <strong>de</strong><br />

racines et <strong>de</strong>s grains <strong>de</strong> pollen, sur lesquels nous avons effectué<br />

nos observations.<br />

Pour obtenir <strong>de</strong>s préparations <strong>de</strong> pointes végétatives <strong>de</strong><br />

racines, nous avons employé, comme fixateurs, les liqui<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

NAWA CHINE (modification <strong>de</strong> BRUUN), BEN<strong>DA</strong> (formule donnée par<br />

LA COUR l93l) et LA COUR 2 BE. Tous ces fixateurs nous ont donné<br />

<strong>de</strong> bons résultats. Cependant, nous avons employé plus fréquemment<br />

le liqui<strong>de</strong> <strong>de</strong> NAWACHINE, bien moins coûteux que les<br />

autres.<br />

Les coupes transversales ou longitudinales, d'une épaisseur<br />

<strong>de</strong> 12-l5f, ont été colorées à l'bématoxyline ferrique <strong>de</strong> HEI-<br />

DENHAIN et au violet <strong>de</strong> gentiane <strong>de</strong> NEWTON. Cette <strong>de</strong>rnière<br />

coloration a été faite suivant la technique décrite par LA COUR (l93l).<br />

La coloration au violet <strong>de</strong> gentiane présente qualques avantages<br />

sur celle à l'bématoxyline. D'abord, cette coloration est<br />

plus rapi<strong>de</strong>, puisqu'elle peut être faite en quelques heures.<br />

D'autre part, avec une différenciation bien réussie, on peut<br />

obtenir une décoloration complète du cytoplasme; les chromosomes<br />

apparaissent alors colorés en violet sur un fond clair, ce<br />

qui rend les figures plus nettes. Grâce à la transparence du<br />

colorant, l'interprétation <strong>de</strong>s figures est plus aisée ; on peut ainsi<br />

distinguer les satellites dans <strong>de</strong>s figures qui, colorées à l'hématoxyline,<br />

ne les révéleraient plus. Le violet <strong>de</strong> gentiane donne<br />

aussi une bonne définition <strong>de</strong>s constrictions.<br />

Pour l'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong>s métaphases <strong>de</strong> la première division du<br />

noyau <strong>de</strong>s grains <strong>de</strong> pollen, nous avons employé les trois<br />

techniques suivantes:<br />

1 — Fixation et coloration au carmin-acétique:—Cette métho<strong>de</strong><br />

est très simple: on place, sur une lame, une ou <strong>de</strong>ux anthères<br />

dans une goutte <strong>de</strong> carmin-acétique. Avec <strong>de</strong>ux aiguilles, on<br />

dissocie les anthères dans le carmin-acétique; les grains <strong>de</strong> pollen<br />

se dispersent dans le liqui<strong>de</strong> où ils sont vite fixés et colorés.<br />

Quelques minutes après on applique une lamelle sur la goutte<br />

<strong>de</strong> carmin-acétique. Pour rendre les grains <strong>de</strong> pollen immobiles


252 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

et pour éviter l'évaporation rapi<strong>de</strong> du carmin-acétique, nous<br />

avons luté les préparations, après <strong>de</strong>ssication <strong>de</strong>s bords <strong>de</strong> la<br />

lamelle, avec <strong>de</strong> la paraffine. De cette façon, les préparations se<br />

conservent en bon état <strong>de</strong>ux ou trois jours. .Pour obtenir une<br />

coloration plus intense <strong>de</strong>s cbromosomes, nous avons cbauffé<br />

doucement la préparation, après application <strong>de</strong> la lamelle, en la<br />

faisant passer <strong>de</strong>ux ou trois fois au-<strong>de</strong>ssus <strong>de</strong> la flamme d'une<br />

allumette.<br />

2 — Frottis <strong>de</strong> grains <strong>de</strong> pollen: — A l'ai<strong>de</strong> du carmin-acétique,<br />

on recbercbe les fleurs qui ont <strong>de</strong>s antbères à l'état désiré.<br />

Avec un scalpel et une aiguille, on ouvre les sacs polliniques sur<br />

une lame en faisant sortir doucement les grains <strong>de</strong> pollen.<br />

Ceux-ci sont étalés, avec le scalpel, sur la lame que l'on plonge<br />

immédiatement dans le fixateur. Comme milieu <strong>de</strong> fixation nous<br />

avons employé les liqui<strong>de</strong>s <strong>de</strong> NAWACHINE (modification <strong>de</strong><br />

BRUUN) et LA COUR 2BE sans aucune modification et ces mêmes<br />

liqui<strong>de</strong>s dilués aux 2 '3 avec <strong>de</strong> l'eau distillée. Les meilleurs résultats<br />

ont été obtenus avec les fixateurs dilués.<br />

Les frottis ont été colorés au violet <strong>de</strong> gentiane, mais la coloration<br />

II'a bien réussi qu'après un séjour très prolongé dans<br />

les alcools à 95° et absolu.<br />

3 — Métho<strong>de</strong> par inclusion à la paraffine:—Nous avons<br />

également employé la métbo<strong>de</strong> d'inclusion pour obtenir <strong>de</strong>s<br />

mitoses dans les grains <strong>de</strong> pollen. Les meilleurs résultats ont<br />

été obtenus après emploi du fixateur 2BE <strong>de</strong> LA COUR. Comme<br />

colorants nous avons employé le violet <strong>de</strong> gentiane ou l'bématoxyline<br />

ferrique.<br />

I—Les chromosomes soraatiques <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />

et <strong>de</strong> N. triandrus L.<br />

Au cours <strong>de</strong> nos recbercbes antérieures ( FERNANDES l93l,<br />

1934), nous avons établi que le nombre cbromosomique diploï<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> N. reflexus était l4. Nos observations actuelles, tout en<br />

confirmant ce nombre, nous ont permis <strong>de</strong> pousser un peu plus<br />

avant l'analyse <strong>de</strong> la garniture cbromosomique, ainsi que le<br />

montre la <strong>de</strong> scription suivante:<br />

1 — Line paire du tipe Lp, ayant la brancbe courte plus<br />

longue que celle <strong>de</strong>s autres cbromosomes du même type. La<br />

brancbe L a une constriction acinétique, peu prononcée, sub-


254 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

-médiane. Un <strong>de</strong>s éléments <strong>de</strong> cette paire porte, cKez quelques<br />

plantes, un satellite à l'extrémité distale (Lpi, fiés. 1-6).<br />

2 — Une paire du type Lp, dépourvue <strong>de</strong> satellites. La brandie<br />

L a une longueur à peu près égale à celle <strong>de</strong> la même brandie <strong>de</strong><br />

la paire Lpi, mais possè<strong>de</strong> une constriction acinétique, très prononcée,<br />

localisée plus près <strong>de</strong> la constriction cinétique (Lp2<br />

fiés. 1-6).<br />

3 — Une paire du type Lp, pourvue, chez quelques plantes,<br />

<strong>de</strong> satellites à l'extrémité proximale. La brandie L a une lonéueur<br />

moindre que celle <strong>de</strong> la même brandie <strong>de</strong>s paires Lp I et


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L.<br />

Lp 2. Cette branche possè<strong>de</strong> aussi une constriction acinétique<br />

très prononcée, localisée un peu plus près <strong>de</strong> la constriction cinétique<br />

que celle <strong>de</strong> la paire Lp 2 (Lp3, fiés. 1-6). Lorsque la paire<br />

Lp3ne porte pas <strong>de</strong> satellites, il est très difficile <strong>de</strong> faire la distinction<br />

entre les paires Lp* et Lp3. C'est pourquoi, nous n'avons<br />

pu réussir à faire cette distinction dans la plupart <strong>de</strong>s figures.<br />

4 — Une paire du type 1m ; la tranche 1 possè<strong>de</strong> une constriction<br />

secondaire médiane qui nous avait échappé dans nos<br />

recherches ante'rieures (lm, fiés. 1-6).<br />

5-Une paire PP (PP, fiés. 1-6).


256<br />

Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

6 —Une paire Pp (Pp. figs. 1-6.)<br />

7 — Une paire Pp, ayant un satellite à l'extrémité <strong>de</strong> la<br />

branche p; la branche P est plus petite que la même branche <strong>de</strong>s<br />

chromosomes PP et Pp (Pp', figs. 1-6).<br />

Dans les métaphases <strong>de</strong> la première division <strong>de</strong>s grains <strong>de</strong><br />

pollen, nous avons trouvé'7 chromosomes haploï<strong>de</strong>s, correspondants<br />

aux éléments <strong>de</strong>s paires décrites ci-<strong>de</strong>ssus (figs. 7, 8 et 9).<br />

Cependant, dans ce cas, tous les chromosomes sont plus courts<br />

et plus épais que ceux <strong>de</strong>s métaphases du méristème radiculaire.<br />

Les chromosomes <strong>de</strong>s grains <strong>de</strong> pollen sont donc plus raccourcis<br />

que ceux <strong>de</strong> la racine, fait déjà signalé par quelques auteurs chez<br />

plusieures plantes.<br />

Nous avons étudié un nombre très élevé <strong>de</strong> métaphases dans<br />

les grains <strong>de</strong> pollen <strong>de</strong> plusieures plantes ; nous avons toujours<br />

compté, dans ces figures, 7 chromosomes, et nous II'avons trouvé<br />

aucunne anomalie. Ce fait montre que les divisions <strong>de</strong> réduction<br />

ont lieu, dans ces plantes, avec une gran<strong>de</strong> régularité. Ce fait<br />

explique la rareté <strong>de</strong>s formes polyploï<strong>de</strong>s dans cette espèce.<br />

N. triandrtts possè<strong>de</strong> aussi l4 chromosomes somatiques. Sa<br />

garniture chromosomique est, comme nous l'avons établi dès<br />

l93l, semblable à celle <strong>de</strong> N. reilexus (figs. 10-13).<br />

II — Les satellites dans les métaphases somatiques <strong>de</strong>s<br />

formes brévistylées, médiostylées et longistylées <strong>de</strong><br />

N. reflexns et <strong>de</strong> N. triandrus<br />

1) NARCISSUS REFLEXUS BROT.<br />

Les observations exposées ci-<strong>de</strong>ssous concernent principalement<br />

le comportement <strong>de</strong>s satellites <strong>de</strong> la paire Pp' dans les<br />

métaphases du méristème radiculaire <strong>de</strong>s formes brévistylées,<br />

médiostylées et longistylées.<br />

Voici, en résumé, les résultats <strong>de</strong> nos recherches:<br />

a) Formes brévistylées (î)<br />

Racine II.° 1. — Dans les métaphases et anaphases nous<br />

II'avons pas trouvé <strong>de</strong> satellites à l'extrémité distale <strong>de</strong>s éléments<br />

(l) La plupart <strong>de</strong>s racines étudiées ont été fournies par les plantes <strong>de</strong> la Quinta<br />

do Prado. Lorsque le matériel a une autre origine, nous le signalons, en indiquant sa<br />

provenance.


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 257<br />

<strong>de</strong> la paire Lpt. Les <strong>de</strong>ux chromosomes <strong>de</strong> la paire Lp3 portent,<br />

dans quelques figures, <strong>de</strong>s satellites très petits, égaux à l'extrémité<br />

proximale (fig. l4 a).<br />

Lès chromosomes Pp' ont une constitution vraiment remarquable:—<br />

Un <strong>de</strong>s éléments est un chromosome en V; vers le<br />

milieu d'une <strong>de</strong> ses branches, il présente une constriction qui<br />

sépare un gros segment, ayant un diamètre égal à celui du<br />

chromosome. L'autre élément est un chromosome satellitifère<br />

normal dans lequel la constriction, observée dans le premier, a<br />

été remplacée par un mince filament, qui relie le segment au<br />

corps chromosomique (fig. l4b, c, d et e). Le satellite est ainsi<br />

très gros, correspondant, à peu près, à la moitié d'une <strong>de</strong>s<br />

branches du chromosome.<br />

Malgré la variabilité <strong>de</strong> longueur du filament dans les différentes<br />

métaphases, l'aspect <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux chromosomes <strong>de</strong> la paire<br />

Pp' est, dans la plupart <strong>de</strong>s figures, celui que nous venons <strong>de</strong><br />

décrire. La différence existant entre eux ne peut pas être attribuée<br />

à l'action du fixateur, parce que nous avons constaté cette différence<br />

dans plusieures plaques équatoriales, où les <strong>de</strong>ux chromosomes<br />

étaient placés l'un à côté <strong>de</strong> l'autre. En outre, nous<br />

n'avons rencontré aucune figure dans laquelle les <strong>de</strong>ux satellites<br />

fussent dépourvus <strong>de</strong> filaments, ainsi que cela aurait dû être si<br />

la différence mentionnée était provoquée par la fixation. Cette<br />

différence pourra, peut-être, s'expliquer par l'amphiplastie, phénomène<br />

découvert par NAWACHINE chez quelques hybri<strong>de</strong>s d'espèces


258 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

du genre Crépis. Pour expliquer ce phénomène, MCCUNTOCK (l934)<br />

a émis l'hypothèse suivante : Les «nucleolar-organizing boches»<br />

<strong>de</strong>s chromosomes satellitifères <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux espèces qui ont engendré<br />

l'hybri<strong>de</strong> ne possè<strong>de</strong>nt pas une activité analogue. Un <strong>de</strong> ces<br />

corpuscules pourra être plus actif que l'autre dans l'organisation<br />

du nucléole. De cette façon, le «nucleolar-organizing body» le<br />

plus actif emploiera rapi<strong>de</strong>ment la substance nucléolaire en<br />

formant un nucléole, alors que I2 moins actif aura peu <strong>de</strong> chance<br />

<strong>de</strong> fontionner sinon même aucune. Ainsi, le <strong>de</strong>rnier «nucleolar-<br />

-organizing body» ne formera pas <strong>de</strong> nucléole ou II'en formera<br />

qu'un très petit. Dans le <strong>de</strong>rnier chromosome, le satellite restera<br />

adjacent au corpuscule qu'organise le nucléole et aucun filament<br />

II'existera. L'autre chromosome, qui a produit un gros nucléole,<br />

présentera un filament satéllitifère normalement développé.<br />

Comme l'on voit, cette hypothèse pourrait expliquer aussi<br />

le comportement <strong>de</strong> la paire Pp' <strong>de</strong> cette racine.<br />

Nous avons trouvé une métaphase (fig. l4 f) dans laquelle<br />

les <strong>de</strong>ux chromosomes <strong>de</strong> la paire Pp' étaient pourvus <strong>de</strong> filaments;<br />

un <strong>de</strong> ces filaments était, cependant, plus court que l'autre.<br />

Ce fait s'explique aussi au moyen <strong>de</strong> cette hypothèse, en supposant<br />

que, dans cette cellule, le «nucleolar-organizing body»<br />

moins actif a élaboré aussi un nucléole, plus petit que celui<br />

qui a été produit par l'autre chromosome.<br />

Le seul fait qui milite contre cette manière <strong>de</strong> concevoir les<br />

choses est celui <strong>de</strong> l'origine du matériel, parce que la plante qui<br />

a fourni cette racine ne provient pas <strong>de</strong> l'hybridation <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux<br />

espèces différentes, comme les plantes étudiées par NAWACHINE.<br />

Il II'est cependant pas improbable qu'il existe, chez l'espèce N.<br />

reflexus Brot., <strong>de</strong>s races différentes au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> l'activité<br />

<strong>de</strong>s «nucleolar-organizing bodies».<br />

Dans les figures les plus favorables à l'observation, nous<br />

avons toujours i<strong>de</strong>ntifié les satellites; nous II'avons jamais<br />

observé ces corpuscules détachés <strong>de</strong>s chromosomes respectifs en'<br />

formant <strong>de</strong>s fragments.<br />

Le comportement <strong>de</strong> la paire <strong>de</strong> chromosomes Pp' <strong>de</strong> cette<br />

racine rappelle beaucoup le comportement d'un autre chromosome<br />

observé par FRANCINI (l934) chez Paphiopedilum villosum Pfitzer<br />

et le Paphiopedilum barbatum Pfitzer avec la seule différence


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot, et N. triandrus L.<br />

que, chez Narcissus reflexus, les segments ne sont pas détachés<br />

<strong>de</strong>s chromosomes et ne constituent pas <strong>de</strong>s fragments.<br />

Racine II.° 2. — LTn petit satellite a été observé à l'extrémité<br />

distale d'un <strong>de</strong>s éléments <strong>de</strong> la paire Lpi (fig. l5a et h). La<br />

paire Lp3 nous semble en être dépourvue. Quant à la paire Pp',<br />

nous avons vérifié qu'un <strong>de</strong>s chromosomes est toujours dépourvu<br />

<strong>de</strong> satellite; l'autre en possè<strong>de</strong> un qui a, dans quelques figures,<br />

la forme d'une toute petite boule reliée au corps chromosomique<br />

par un filament très mince (fig. l5c).<br />

Quelquefois le satellite est soudé au corps du chromosome<br />

en formant un petit mamelon (fig. l5d) à l'extrémité <strong>de</strong> la<br />

branche; en d'autres cas, il a l'aspect d'un filament court, plus<br />

épais que les filaments qui normalement relient le satellite au<br />

chromosome (fig. l5e). Lnfin, dans certaines figures, nous II'avons<br />

observé aucun <strong>de</strong> ces éléments (fig. l5f).<br />

Racine II.° 3.— Cette racine offre une constitution remarquable<br />

au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong>s dimensions <strong>de</strong>s chromosomes, E,II<br />

effet, quoique nous II'ayons pas effectué <strong>de</strong> mensurations, toutes<br />

les figures, situées à II'importe quelle région <strong>de</strong> la racine, présentent<br />

<strong>de</strong>s chromosomes visiblement plus courts et plus épais<br />

que ceux <strong>de</strong>s autres racines étudiées (fig. 5). Les constrictions<br />

sont très bien marquées et les chromosomes rappellent, par leur<br />

aspect, ceux <strong>de</strong>s. métaphases <strong>de</strong> la première divison <strong>de</strong>s grains<br />

<strong>de</strong> pollen. Cette différence <strong>de</strong> dimensions <strong>de</strong>s chromosomes ne<br />

peut pas être attribuée à l'action <strong>de</strong> la température ni du fixa-


26o Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

teur, parce que les autres racines (racines n. os<br />

4 et 5), fixées avec<br />

le contenu du même flacon et ayant subi un traitement analogue,<br />

ont <strong>de</strong>s chromosomes normaux, semblables à ceux <strong>de</strong><br />

toutes les autres. D'après les résultats obtenus par quelques<br />

auteurs, le <strong>de</strong>gré <strong>de</strong> contraction linéaire <strong>de</strong>s chromosomes somatiques<br />

et méiotiques est contrôlé génétiquement. D'après cette<br />

opinion, la plante étudiée pourrait avoir pris naissance par mutation<br />

du gène qui contrôle le <strong>de</strong>gré <strong>de</strong> contraction <strong>de</strong>s chromosomes<br />

somatiques. Il serait très important <strong>de</strong> chercher à vérifier<br />

cette hypothèse en hybridant <strong>de</strong>s plantes à chromosomes raccourcis<br />

et <strong>de</strong>s plantes à chromosomes normaux. Il serait important<br />

aussi d'analyser les chromosomes méiotiques chez la plante que<br />

nous avons observée.<br />

En ce qui concerne les satellites, cette racine présente le<br />

comportement suivant:<br />

Paire I/pi dépourvue <strong>de</strong> satellites;<br />

Paire Lp3 pourvue <strong>de</strong> satellites petits, égaux; les .filaments<br />

ont été, probablement, raccourcis au minimum, et les satellites<br />

sont soudés au corps chromosomique (fig. 5);<br />

Paire Pp' pourvue <strong>de</strong> satellites petits et égaux; dans la<br />

plupart <strong>de</strong>s figures, les filaments se présentent raccourcis comme<br />

ceux <strong>de</strong> la paire Lpa (fig. 5 et l6a); sur quelques figures nous<br />

n'avons observé qu'un <strong>de</strong> ces éléments (fig. l6f); nous avons<br />

rarement trouvé <strong>de</strong>s figures dans lesquelles un <strong>de</strong>s satellites<br />

présente un filament (fig. l6b, c, d) et plus rarement encore <strong>de</strong>s<br />

figures où tous <strong>de</strong>ux montrent un filament (fig. l6 e ).<br />

Racine II.° 4. — La paire Lpi est, peut-être, dépourvue <strong>de</strong>


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 261<br />

satellites. La paire Lp3 en possè<strong>de</strong> qui sont <strong>de</strong> la même taille<br />

que ceux <strong>de</strong> la racine II.° 1 (fig. 6). Le comportement <strong>de</strong> la paire<br />

Pp' est représenté par la figure l7. Dans quelques figures, nous<br />

avons vu les <strong>de</strong>ux satellites (fig. l7 b); en d'autres, un chromosome<br />

porte un satellite et l'autre seulement le filament (fig. l7<br />

c, d); souvent, un chromosome est dépourvu <strong>de</strong> toute formation<br />

satellitifère (fig. l7 a).<br />

Racine n.° S.— Nous n'avons pas observé <strong>de</strong> satellites dans<br />

les paires Lpi et Lp3. La figure 18 montre le comportement <strong>de</strong><br />

la paire Pp'.<br />

Racine n.° 6.— Les chromosomes<br />

Lpi et Lp3 n'ont pas<br />

été étudiés. Là paire Pp' possè<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s satellites très inégaux<br />

et présente un comportement<br />

remarquable, car elle nous montre,<br />

d'une façon frappante, que la taille <strong>de</strong>s satellites n'est pas<br />

constante dans toutes les cellules <strong>de</strong> la même racine. Dans<br />

quelques figures, un <strong>de</strong>s satellites est très gros ayant la taille<br />

<strong>de</strong> ceux <strong>de</strong> la racine n.° 1. Par contre, dans d'autres figures, ce<br />

même satellite est bien plus petit (fig. 19).<br />

34


262 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

Racine II.° 7.— Les chromosomes Lpi et Lp3 II'ont montré<br />

aucun satellite. Le comportement <strong>de</strong> la paire Pp' est représenté<br />

par la figure 20.<br />

étudiés. La paire Pp' est pourvue <strong>de</strong> satellites très petits,<br />

égaux (fig. 21 ).<br />

b) Formes médiostylées<br />

Racine n.° 1.— Les ckromosom.es Lpi et Lp3 ne nous ont<br />

pas montré <strong>de</strong> satellites. La paire Pp' présente le comportement<br />

suivant: - .- -,' • " w<br />

Dans la plupart <strong>de</strong>s plaques équatoriales un ckromosome<br />

est dépourvu <strong>de</strong> satellite; l'autre en possè<strong>de</strong> un très petit (fig.<br />

22 a, k, c). Dans quelques figures les <strong>de</strong>ux ckromosomes ne portent<br />

pas <strong>de</strong> satellites (fig. 22e). Une métapkase nous a montré


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 263<br />

<strong>de</strong>ux satellites égaux, plus petits que celui qui a été observé très<br />

fréquemment (fig. 22 d).<br />

Racine n.° 2.— Un <strong>de</strong>s éléments <strong>de</strong> la paire Lpi possè<strong>de</strong> un<br />

satellite très petit, plus petit même que celui qui a été observé<br />

dans la racine n.° 2 <strong>de</strong>s formes brévistylées (fié. 23a,b). La<br />

paire Lp3 n'a pas été soigneusement étudiée. La paire Pp' a <strong>de</strong>s


264 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

satellites inégaux. Parfois, le plus petit satellite est réduit au<br />

filament (fig. 23 e). Dans d'autres figures, le filament II'est pas<br />

visible (fig. 23 f). Nous II'avons pas vérifié l'existence d'une<br />

variation sensible <strong>de</strong> la taille du plus grand satellite.<br />

Racine n.° 3.— Un <strong>de</strong>s chromosomes <strong>de</strong> la paire Lpi porte,<br />

comme la racine n.° 2, un satellite à l'extrémité distale. Dans<br />

cette racine nous avons remarqué une variation très nette <strong>de</strong> la<br />

taille <strong>de</strong> cet élément (fig. 24 a, h, c). La paire Lp3 est seulement<br />

pourvue <strong>de</strong> filaments (fig. 4). La paire Pp' a <strong>de</strong>s satellites fort<br />

inégaux, ainsi que la figure 24, d-g le représente. Nous avons<br />

observé une variation sensible <strong>de</strong> la taille du grand et du petit<br />

satellite. La variation <strong>de</strong> la taille du petit<br />

• f ^ satellite est assez nette, comme le montre<br />

^ 1 la figure 24.<br />

Racine n.° 4.— Les chromosomes Lpi et<br />

été étudiés. La fig. 25 repré-<br />

sente le comportement <strong>de</strong> la paire Pp'.<br />

Racine n.º 5.— Les chromosomes Lp 1<br />

ont pas été examines. La paire Lp 3 présente<br />

<strong>de</strong>s satellites égaux, plus gros que ceux<br />

observés dans les autres racines (fig. 26). La paire Pp' n'a pas<br />

été étudiée.<br />

c) Formes longystilées<br />

Racine n." 1.— Nous n'avons observé aucun satellite dans<br />

la paire Lpi. Dans quelques figures, les chromosomes Lp3 étaient<br />

pourvus <strong>de</strong> ces éléments (fig. 27a). Pour analyser le comporte-


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 265<br />

ment <strong>de</strong> la paire Pp', nous avons étudié soigneusement 5o plaques<br />

équatoriales très nettes. Nous avons vérifié qu'un <strong>de</strong>s chromosomes<br />

est toujours dépourvu <strong>de</strong> satellite; l'autre en possè<strong>de</strong> un<br />

qui se présente comme une toute petite boule, plus ou moins<br />

gran<strong>de</strong>, ou comme un simple filament (fig. 27b-k).<br />

Racine II.° 2. — La paire Pp' a été seule étudiée: les satellites


266 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

sont inégaux et se comportent <strong>de</strong> le façou représentée dans la<br />

figure 28.<br />

Racine n." 3.— Comme dans la racine antérieure, la paire<br />

Pp' a été la seule étudiée. Les satellites sont inégaux et présen-<br />

tent, tous les <strong>de</strong>ux, une variation sensible <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>ur dans les<br />

diverses plaques étudiées (fig. 29).<br />

Racine n." 4.— Nous n'avons observé <strong>de</strong>s satellites cjue sur<br />

la paire Pp'. Ces éléments sont fort inégaux (fig. 2).<br />

Racine n." 5.— Le comportement dans cette racine est représenté<br />

par la figure 3.


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 267<br />

Racine n." 6.— Satellites <strong>de</strong> la paire Pp' <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>ur moyenne,<br />

inégaux (fig. 3o).<br />

Racine n.° 7.— Satellites <strong>de</strong> la paire Pp' petits, inégaux<br />

(fié- 31). • • ,<br />

Racine n." 8.— En tout comparable à la racine précé<strong>de</strong>nte.<br />

Racine n.° 9 (Serra da Estrêla).— Satellites <strong>de</strong> la paire<br />

Pp' petits, égaux ou presque (fig. 32).<br />

Racine n." 10 (Serra da Estrêla). — Le comportement <strong>de</strong> la<br />

paire Pp' est représenté dans la figure 33.<br />

Racine n." 11 (Serra do Gérez). —Nous n'avons pas<br />

observé <strong>de</strong> satellites dans les paires Lpi et Lp3- Les chromosomes<br />

Pp' en possè<strong>de</strong>nt fort inégaux (fig. l).<br />

2) NARCISSUS TRIANDRUS L.<br />

Nous n'avons étudié que cinq individus. Les observations<br />

concernent, principalement, la paire Pp'.


268 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

a) Formes brévistylées<br />

Racine n." 1.— Satellites <strong>de</strong> la paire Pp' très inégaux; leur<br />

comportement est représenté dans la figure 34.<br />

Racine n." 2.— Un <strong>de</strong>s éléments <strong>de</strong> la paire Lpi porte un<br />

petit satellite (fig. 35 a). La paire Pp' est pourvue <strong>de</strong> satellites<br />

inégaux (fig. 35b-d).


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 269<br />

b) Formes médiostylées<br />

Racine II.° 1.— Satellites petits, inégaux (fig. 36).<br />

Racine n." 2.— Satellites très inégaux. Le grand satellite<br />

présente une variation <strong>de</strong> taille très nette (fig. 37).<br />

c) Formes longistylées<br />

Racine n." 1.— Satellites très grands, égaux (fig. 38).<br />

DISCUSSION<br />

Plusieurs caryologistes ont pensé due les garnitures chromosomiç(ues<br />

diploï<strong>de</strong>s comportaient une seule paire <strong>de</strong> chromosomes<br />

satellitifères. Nos observations sur N. reiîexus Brot. et<br />

ISf. triandrus L. ne s'accor<strong>de</strong>nt pas avec cette supposition, car<br />

Quelques plantes <strong>de</strong> ces espèces, tout en étant <strong>de</strong>s diploï<strong>de</strong>s, possè<strong>de</strong>nt,<br />

dans leurs garnitures chromosomiques, trois paires <strong>de</strong><br />

ce type.<br />

Les observations <strong>de</strong> MCCXINTOCK (l934) sur le Zea ma ys ont<br />

montré que les nucléoles sont formés par <strong>de</strong>s corpuscules<br />

spéciaux, intensément colorables, morphologiquement distincts,<br />

existant dans certains chromosomes. L'auteur dénomme ces corpuscules<br />

«nucleolar-organizing bodies». D'après ces observations,<br />

on comprend facilement l'origine <strong>de</strong>s satellites et <strong>de</strong>s constrictions<br />

secondaires. Ainsi, lorsque le «nucleolar-organizing body»<br />

est situé près <strong>de</strong> l'extrémité d'une branche chromosomique, un<br />

satellite sera formé par suite <strong>de</strong> la croissance du nucléole entre<br />

le «nucleolar-organizing body» et l'extrémité <strong>de</strong> la branche.<br />

L)ans le cas où le «nucleolar-organizing body» occupe une position<br />

médiane, une constriction secondaire se formera <strong>de</strong> la même<br />

35


27o Abilio Fernan<strong>de</strong>s<br />

manière. De cette façon, les filaments <strong>de</strong>s satellites et les constrictions<br />

secondaires seront homologues, etj par suite; la distinction<br />

entre chromosomes proprement satellitifères (petit<br />

satellite) et chromosomes pourvus <strong>de</strong> constrictions secondaires<br />

(satellite « chromosomenastformig ») sera impossible et artificielle,<br />

comme HEITZ (l93la) l'a fait remarquer. Outre l'analogie<br />

provenant <strong>de</strong> la communauté d'origine du filament achromatique,<br />

nos observations montrent que les <strong>de</strong>ux types <strong>de</strong>formations<br />

ci-<strong>de</strong>ssus décrites ne sont pas distinctes (l), parce que nous<br />

avons rencontré, chez N. reflexus, tous les <strong>de</strong>grés <strong>de</strong> transition<br />

entre satellites dont la gran<strong>de</strong>ur atteint la moitié d'une branche<br />

chromosomique et satellites très petits, sphériques (fig. 39).<br />

L'analyse <strong>de</strong>s racines étudiées montre qu'il existe, au point<br />

<strong>de</strong> vue du comportement <strong>de</strong>s satellites <strong>de</strong> la paire Pp', <strong>de</strong>s formations<br />

diverses, dont les plus importantes sont les suivantes: l)<br />

satellites très grands, égaux; z) satellites très inégaux; quelquefois<br />

le petit satellite manque et le chromosome ne possè<strong>de</strong> que le filament,<br />

qui manque même parfois; 3) satellites petits, égaux; 4)<br />

satellites petits, inégaux; le plus petit satellite manque parfois<br />

et quelquefois aussi le filament même est absent; 5) petit satellite<br />

et filament; quelquefois le filament II'existe pas; ê) un<br />

chromosome toujours dépourvu dé satellite et <strong>de</strong> filament, l'autre<br />

possédant parfois un satellite, parfois un filament.<br />

Toutes ces formations ont été trouvées, tantôt dans les<br />

formes brévistylées, tantôt dans les formes médiostylées et longistyléès.<br />

Il est vrai que nous II'avons pas décelé le cas 1 dans<br />

les formes médiostylées, mais, étant donné que nous y savons<br />

trouvé toutes les autres conformations, il est à prévoir qu'il y<br />

existe aussi. Ces* faits 'nous amènent donc à conclure qu'il<br />

II'existe, chez N. reflëxUs et TST. triandrus, aucune relation<br />

entre la constitution satellitiière <strong>de</strong> la paire Pp et l'hâter<br />

rostyliè.<br />

Les chromosomes satellitifères ne jouent donc aucun rôle<br />

semblable à celui <strong>de</strong>s chromosomes sexuels <strong>de</strong>s plantes à sexes<br />

(l) Ces formations pourront, cependant, être différentes au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> leur<br />

comportement pendant la mitose.


Les satellites chez Narcis/sus reflexûs Brot. et N. triandrus L. 271<br />

séparés, et "les satellites ne seront pas les porteurs<br />

<strong>de</strong>s gènes <strong>de</strong> l'hétérostylie.<br />

Dans ce .qui concerne à d'autres caractères<br />

caryologiquesv hors les satellites^ nous n'avons<br />

rencontré aussi ; aucune différence entre les trois<br />

formes hétérostylées. Nous pouvons donc conclure<br />

du 'il n'existe pas, chez N.. reilexus. et 2V. triandrus,<br />

une hase morphologique <strong>de</strong> lfhétérostylie.<br />

Des observations due nous venons d'exposer<br />

montrent, d'une .façon assez nette, due les. satelli^tes,<br />

chez -N. reilexus et N. triandrus, ne sont pas<br />

<strong>de</strong>s formations à gran<strong>de</strong>ur constante. Nos observations<br />

-montrent d'existence, parmi les individus<br />

d'une même espèce, d'une gran<strong>de</strong>, variabilité dans<br />

la taille <strong>de</strong>s satellites. Cette variation.a été constatée<br />

dans les trois paires satellitifèresi; en ce qui<br />

concerne la paire Pp', due nous avons étudié plus<br />

en détail, nous avons 1<br />

- vérifié qu'il y existe tous<br />

les <strong>de</strong>grés dé transition, 1<br />

<strong>de</strong>puis les formations dont<br />

la gran<strong>de</strong>ur est à peu près égale à la moitié d'une<br />

branche chromosomique jusqu'aux simples filaments<br />

^ et, même jusqu'à l'absence complète <strong>de</strong> ces<br />

<strong>de</strong>rniers (fig. 39). .<br />

Un comportement semblable à celui que nous<br />

venons <strong>de</strong> signaler a été remarqué par GEITLER (l929) -,<br />

chez Crépis blattarioi<strong>de</strong>s, bien que, dans ce matériel,<br />

la série <strong>de</strong>s formes <strong>de</strong> transition ne soit pas<br />

aussi complète que la nôtre.<br />

Outre cette variabilité constatée dans les racines<br />

d'individus-différents, nous avons vérifié aussi,<br />

avec certitu<strong>de</strong>, que la taille <strong>de</strong>s satellites n'est pas.<br />

constante dans les différentes cellules d'un, même<br />

individu. Ce fait, est bien mis en évi<strong>de</strong>nce par le<br />

comportement <strong>de</strong> plusieures racines (voir la partie,<br />

<strong>de</strong>scriptive). .<br />

SMITH- (l933) a aussi observé, chez Galtonia<br />

càndicans, que la taille <strong>de</strong>s satellites n'est pas la<br />

même dans les différentes cellules d'un même<br />

individu.. Cependant, cet auteur croît que les diffé-r


272 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

rences observées peuvent être attribuées à une variation <strong>de</strong> l'intensité<br />

<strong>de</strong> la coloration. Ce II'est point le cas dans notre matériel,<br />

car, les différences dans la taille sont parfois si considérables<br />

qu'elles ne sauraient être attribuées à <strong>de</strong>s différences <strong>de</strong> coloration<br />

(voir particulièrement la racine II.° 6, fig. l9).<br />

Ces observations, tout en montrant que la gran<strong>de</strong>ur <strong>de</strong>s<br />

satellites peut varier dans les différentes cellules d'un même<br />

individu, confirment la supposition <strong>de</strong> GEITLER (l929).<br />

Les faits que nous venons <strong>de</strong> mentionner montrent, en<br />

accord avec GEITLER et en opposition avec III. NAWACHINE, que les<br />

satellites ne sont pas <strong>de</strong>s formations constantes, ontogénétiç[uement<br />

et phyloéénétiç[uement invariables.<br />

Étant donné la variabilité mentionnée ci-<strong>de</strong>ssus, nous pouvons<br />

dire qu'il II'y a pas, cbez N. reflexus et N. triandrus, trois<br />

races différentes au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> la constitution <strong>de</strong>s chromosomes<br />

satellitifères. Au contraire, nous pourrions dire qu'il<br />

existe une infinité <strong>de</strong> races symétriques et asymétriques. A vrai<br />

dire, nous ne pouvons même pas parler <strong>de</strong> races symétriques et<br />

asymétriques, car, étant donné la variabilité <strong>de</strong>s satellites dans<br />

les cellules d'un même individu, une plante quelconque pourvue,<br />

par exemple, <strong>de</strong> satellites égaux au début <strong>de</strong> son développement,<br />

pourra ultérieurement <strong>de</strong>venir asymétrique ou, même, se constituer<br />

d'une mosaïque, plus ou moins complexe, <strong>de</strong> cellules<br />

symétriques et asymétriques. L'apparition <strong>de</strong> plantes asymétriques<br />

II'est donc pas seulement provoquée, comme s. NAWACHINE et III.<br />

NAWACHINE le croient, par l'hybridation d'individus symétriques<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ux races différentes.<br />

En étudiant quelques races <strong>de</strong> Zea mays, MCCLINTOK (l934)<br />

a vérifié que le point <strong>de</strong> la plus gran<strong>de</strong> activité du «nucleolar-<br />

-organizing body» II'est pas toujours le même. Ainsi, dans quelques<br />

races, ce point est localisé à l'extrémité adjacente au<br />

filament du satellite. Dans d'autres, il est situé vers le milieu du<br />

«nucleolar-organizing body» et dans d'autres, enfin, il est situé<br />

à son extrémité proximale (extrémité opposée à celle où s'insère<br />

le satellite ). Dans le premier cas, le nucléole sera organisé entre<br />

le «nucleolar-organizing body» et le satellite, et ce corpuscule<br />

aura un aspect normal dans les sta<strong>de</strong>s plus avancés <strong>de</strong> la<br />

prophase et dans la métaphase. Dans le <strong>de</strong>uxième cas, le nucléole<br />

sera formé vers le milieu du «nucleolar-organizing body», et,


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 273<br />

dans, les <strong>de</strong>rniers sta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> la prophase et dans la métaphase,<br />

apparaîtra un satellite plus gros, formé par la moitié du «nucleolar-organizing<br />

body» attachée au satellite. Dans le troisième<br />

cas, il résultera un satellite encore plus volumineux, formé par<br />

le «nucleolar-organizing body» et par le satellite lui même. En<br />

supposant que le «nucleolar-organizing body» soit très volumineux<br />

et que la localisation du point <strong>de</strong> la plus gran<strong>de</strong> activité<br />

varie chez les diverses races et se trouve à toutes les positions<br />

possibles, nous pourrions expliquer facilement la variation <strong>de</strong><br />

la taille <strong>de</strong>s satellites. Cependant, une telle explication ne peut<br />

s'appliquer à nos observations, particulièrement en ce qui concerne<br />

la paire chromosomique Pp', pour les <strong>de</strong>ux raisons suivantes :<br />

1) La branche p a une longueur à peu près constante dans<br />

tous les chromosomes. Cela ne <strong>de</strong>vrait pas se produire dans le<br />

cas où la taille <strong>de</strong>s satellites varierait pour la raison indiquée<br />

ci-<strong>de</strong>ssus. Pour que cette hypothèse fût correcte, il faudrait que<br />

nous ayons constaté que la branche p est plus courte chez les<br />

chromosomes à grands satellites que chez ceux à petits satellites.<br />

Dans le cas <strong>de</strong> satellites très petits, le chromosome <strong>de</strong>vrait être<br />

isobrachial et son satellite situé à l'extrémité <strong>de</strong> la branche. Ce<br />

II'est pas le cas, car, ainsi que nous l'avons dit, la longueur <strong>de</strong><br />

la branche est la même dans tous les types satellitifères, sans<br />

aucune relation avec la gran<strong>de</strong>ur <strong>de</strong>s satellites.<br />

2) Si nous admettons cette hypothèse, nous ne pourrions<br />

pas expliquer la variabilité <strong>de</strong> la gran<strong>de</strong>ur <strong>de</strong>s satellites dans les<br />

cellules d'un même individu, sauf si nous admettons que la position<br />

du point <strong>de</strong> plus gran<strong>de</strong> activité du «nucleolar-organizing<br />

body» est aussi variable dans les diverses cellules d'un même<br />

individu. Cette supposition, cependant, II'est pas en accord avec<br />

les observations <strong>de</strong> MCCXINTOCK.<br />

Dans un travail précé<strong>de</strong>nt (FËRNANDES 1934), nous avons<br />

émis Fhypotèse suivante pour expliquer l'apparition <strong>de</strong>s grands<br />

satellites: ils ont été engendrés soit par la translocation <strong>de</strong> toute<br />

ou presque toute la chromatine d'un <strong>de</strong>s satellites dans le satellite<br />

homologue, soit par la translocation, dans un <strong>de</strong>s satellites, <strong>de</strong><br />

la chromatine provenant d'une partie quelconque <strong>de</strong>s autres<br />

chromosomes.<br />

Cependant, cette <strong>de</strong>rnière interprétation ne s'accor<strong>de</strong> guère<br />

avec l'existence <strong>de</strong> tous les <strong>de</strong>grés <strong>de</strong> transition entre les plus


Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

grands: et les plus petits satellites. L'apparition; d'une telle série;<br />

justifie plutôt l'idée que la variabilité <strong>de</strong> la gran<strong>de</strong>ur doit être<br />

causée par la perte lente et graduelle <strong>de</strong> la substance <strong>de</strong>s satellites<br />

ainsi que l'a supposé III. NAWÂCHINE (l926). Ce processus<br />

pourra expliquer la variabilité que nous avons constatée. IL est<br />

possible que la: substance <strong>de</strong>s satellites soit déversée-dans le<br />

nucléole et éliminée, ultérieurement, au cours <strong>de</strong>s <strong>de</strong>rniers sta<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> la prophase, lorsque le nucléole se dissout.<br />

.Ainsi, le comportement <strong>de</strong>s satellites dans les méristèmes<br />

radiculaires <strong>de</strong> N. reflexus et <strong>de</strong> N. triandrus justifie la conclusionsuivante<br />

: Les satellites, dans ces <strong>de</strong>ux espèces, ne sont Que<br />

<strong>de</strong>s seéments chromosomiques en voie d'élimination.<br />

GEITLER (l929) a trouvé, chez Crépis rubra, <strong>de</strong>s plantes<br />

possédant-<strong>de</strong>s satellites très grands et égaux. Au point <strong>de</strong> vue<br />

<strong>de</strong>s caractères <strong>de</strong> la morphologie externe, ces plantes ne différaient<br />

pas du type normal <strong>de</strong>l'esp ce, pourvu <strong>de</strong> satellites plus<br />

petits. Cette observation permet <strong>de</strong> croire que les satellites sont<br />

peut-être dépourvus <strong>de</strong> gènes, ou en possè<strong>de</strong>nt d'une forme<br />

inactive. De nouvelles recherches s'imposent pour éclaircir ce point.<br />

La perte <strong>de</strong> la substance <strong>de</strong>s satellites a lieu, dans les tissus<br />

somatiques,. d'une façon lente et graduelle, comme le montrele<br />

comportement <strong>de</strong> quelques racines. Par ce processus, un chromosome<br />

primitivement isobrachial PP a été converti en chromosome<br />

hétérobrachial Pp. Nous pouvons supposer que les chromosomes<br />

hétérobxachiaux peuvent, par ce même processus, être transformés<br />

en-îchromosomes céphalobrachiaux. La théorie <strong>de</strong> la transformation<br />

<strong>de</strong> III. NAWÂCHINE se trouve ici amplement confirmée.<br />

Cette perte <strong>de</strong> chromatine pourrait, peut-être, comme le croit<br />

III. NAWÂCHINE, provoquer l'apparition d'espèces nouvelles.<br />

Si les satellites prennent naissance en même temps sur les<br />

<strong>de</strong>ux chromosomes homologues et si la perte <strong>de</strong> la substance<br />

<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux satellites se produit avec la même intensité, le nombre<br />

<strong>de</strong> plantes à satellites inégaux <strong>de</strong>vra être égal à celui <strong>de</strong>s plantes<br />

à satellites égaux (grands et petits). Cependant, nos observations<br />

montrent que les plantes à satellites inégaux sont très<br />

fréquentes; leur nombre est plus <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux fois supérieur à celui<br />

<strong>de</strong>s plantes à satellites égaux. Ce fait montre donc que la perte<br />

<strong>de</strong> la matière <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux satellites II'a pas lieu simultanément avec<br />

la même intensité.


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 275<br />

RÉSUMÉ ET CONCLUSIONS<br />

Nos observations sur.les satellites <strong>de</strong>s métaphases somatiques<br />

<strong>de</strong> plusieurs individus <strong>de</strong> Nârcissus reflexus Brot. et N.<br />

triandrus L. peuvent être ainsi résumées :<br />

I.—Nos observations ne concor<strong>de</strong>nt pas avec l'hypothèse<br />

<strong>de</strong> l'existence d'une seule paire <strong>de</strong> chromosomes satellitifères<br />

dans, les garnitures diploï<strong>de</strong>s. En effet, nous avons rencontré<br />

quelques plantes, donît les garnitures diploï<strong>de</strong>s étaient pourvues<br />

<strong>de</strong> trois paires <strong>de</strong> ce type.<br />

IL — Les <strong>de</strong>ux espèces étudiées sont très polymorphes au<br />

point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> la taille <strong>de</strong>s satellites, leur présence ou leur<br />

absence. Particulièrement "net est le polymorphisme <strong>de</strong> la paire<br />

Pp', où nous avons constaté l'existence <strong>de</strong> tous les <strong>de</strong>grés <strong>de</strong><br />

transition <strong>de</strong>puis les formations dont la gran<strong>de</strong>ur est à peu près<br />

égale à la moitié d'une branche chromosomique jusqu'à <strong>de</strong><br />

simples filaments et même jusqu'à l'absence <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>rniers.<br />

III.—Etant donné la gran<strong>de</strong> variabilité <strong>de</strong> la taille <strong>de</strong>s<br />

satellites, nous ne pouvons pas admettre, chez 2V. reflexus et N.<br />

triandrus, l'existence <strong>de</strong> races symétriques et asymétriques au<br />

point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong>_ la gran<strong>de</strong>ur <strong>de</strong>s satellites. . .<br />

IV.— Il II'existe, chez N. relexus et 2V. triandrus, aucune<br />

relation entre la constitution satellitifère <strong>de</strong> la paire Pp' et l'hétérostylie.<br />

Comme les trois formes hétérostylées ne diff rent<br />

pas aussi dans d'autres'caractères caryologîques, noUs pouvons<br />

dire qu'il II'existe pas, chez ces <strong>de</strong>ux espèces, une base morphologique<br />

<strong>de</strong> l'hétérostylie.<br />

V. — La taille <strong>de</strong>s satellites II'est pas constante chez les différents<br />

individus. Elle varie également dans les cellules d'un<br />

même individu. Ainsi, les satellites ne sont pas <strong>de</strong>s formations<br />

ontogénétiqueméht et phylogénétiquement invariables, comme<br />

le croit III. NÀWACHINE.<br />

VI. — La variabilité <strong>de</strong> la taille <strong>de</strong>s satellites ne peut s'expliquer<br />

par l'hypothèse <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong> races différentes quant à<br />

•la localisation du point <strong>de</strong> plus gran<strong>de</strong> activité du «nucleolar-<br />

-orgahizing body». Les faits parlent plutôt dans le sens d'une<br />

perte lente et graduelle subie par la substance <strong>de</strong>s satellites.<br />

Ceux-ci ne seraient donc, chez N. reflexus et IV. triandrus, que<br />

<strong>de</strong>s segments chromosomiques en voie d'élimination.


276 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

VIL—La perte <strong>de</strong> la substance <strong>de</strong>s satellites a lieu, d'une<br />

façon lente, dans les mitoses somatiques.<br />

VIII. — Par perte <strong>de</strong> cbromatine, un chromosome isobrachial<br />

PP a été converti en chromosome hétérobrachial Pp, fait<br />

en accord parfait avec les idées <strong>de</strong> III. NAWACHINE.<br />

IX.—La perte <strong>de</strong> substance <strong>de</strong>s satellites homologues II'a<br />

pas lieu simultanément avec la même intensité.<br />

X. — Un cas probable d'amphiplastie a été observé dans une<br />

racine <strong>de</strong> N. reflexus. S'il en est bien ainsi, cette observation<br />

montre l'existence, parmi les individus d'une même espèce, <strong>de</strong><br />

races différentes quant à l'activité <strong>de</strong>s «nucleolar-organizing<br />

b odies».<br />

XL — Chez N. reflexus, nous avons trouvé une plante à<br />

chromosomes raccourcis. Cette plante offre donc un nouvel<br />

exemple <strong>de</strong> l'apparition, parmi les individus d'une même espèce,<br />

<strong>de</strong> races caractérisées par une plus gran<strong>de</strong> contraction linéaire<br />

<strong>de</strong>s chromosomes.<br />

BIBLIOGRAPHIE<br />

BARANOV, P., 1926. — Cytologische und embryologische Untersuchungen an Drimiopsis<br />

maculata Lindl. Zeitschr. f. Zellf. und mikrosk. Anat. 3, 131-148.<br />

BRUtIN, H. G., 1932. — A theory on the cytologically irregular species Viola canina L.<br />

Hérédités, 26, 63-72.<br />

<strong>DA</strong>RLINGTON, C. D., 1932. — Récent advances in cytology. /. & A. Churchill. London.<br />

DELAUNAY, L. N., 1929. —Kern und Art. Typische Chromosomenformen. Planta, 7,100-112-<br />

FERNANDES, A., l93l. — Estudos nos cromosomas das Liliáceas e Amarilidáceas. Bol. Soc.<br />

Brot., 7 (II sér.), 1-122.<br />

1934. — Nouvelles étu<strong>de</strong>s caryologiqaes sur le genre Narcissus L. Bol. Soc. Brot., 9<br />

(User.), 1-201.<br />

FRANCINI, E., 1934. — Ibridazione ínterspecifica nel genere Paphiopedilum.' Cariologia di<br />

Paphiopedilum villosum Pfitz., Paph. barbatum Pfitz. e Paph. Harrisianum (Paph.<br />

villosum 2 x Paph. barbatum $ ). N-uovo Giornale Botánico Italiano (nuova serie).<br />

41, 189-237.<br />

GEITLER, L., 1929. — Zur Cytologie von Crépis. Zeitschr. I. Zellf. u. mikrosk. Anat. 9<br />

287-296.<br />

HEITZ. E., 192«. — Das heterochromatin <strong>de</strong>r Moose I. Jahrb. f. Wiss. Bot., 69,762-818.<br />

1931 a. — Die Ursache <strong>de</strong>r gesetzmässigen Zahl, Lage, Form und Grösse pflanzlicher<br />

Nukleolen. Planta, 12, 77S-844.<br />

1931 b. Nukleolen und Chromosomen in <strong>de</strong>r Gattung Vicia. Planta, lS, 49S-SoS.<br />

LA COUR, L., 1931. — Improvements in everyday technique in plant cytology. /. Roy. Micr.<br />

Soc, Sl, 119-1^6.


Les satellites chez Narcissus reflexus Brot, et N. triandrus L.<br />

McCLINTOCK, B., 1934. — The relation of a particular chromosomal element to the <strong>de</strong>velopment<br />

of the nucleoli in Zea mays. Zeitschr. f. Zelli. u. mikrosk. Anat.,<br />

21, 294-328.<br />

NAWASCHIN, M., 1926.—Variabilität <strong>de</strong>s Zellkerns bei Crepis-Arten in bezug auf die<br />

Artbildung. Zeitschr. I. Zelli. u. mikrosk. Anat., 4, l7l-2lS.<br />

1934. — Chromosome alterations caused by hybridization and their bearing upon<br />

certain general genetic problems. Cytologia, 5, 169-203.<br />

NAWASCHIN, S., 1927. — Zellkerndimorphismus bei Galtonia candicans Des. und einigen<br />

verwandten Monokotylen. Ber. d. Deutsch. Bot. Ges., 45, 4l5-428.<br />

SEN7ANINOVA, M., 1926. — Das Verhalten <strong>de</strong>s Nukleolus und <strong>de</strong>r Trabanten während <strong>de</strong>r<br />

somatischen Mitosen und <strong>de</strong>n Reifteilung bei Ranunculus acer L. Zeitschr. I.<br />

Zelli. u. mikrosk. Anat., 3, 4l7-427.<br />

SMITH. F. H„ 1933. — The relation of the stellites to the nucleolus in Galtonia candicans.<br />

Amer. J. Bot., 20, 188-195.<br />

SOROKIN, H., 1929.—Idiograms, nucleoli and satellites of certain Ranunculaceae. Amer,<br />

J. Bot., 16, 407-420.<br />

SPRUMONT, G., 1928. — Chromosomes et satellites dans auelc[ues espèces d'Ornithogalum-<br />

La Cellule, 38, 271-292.<br />

36


REMARQUE SUR I/HÉTÉROSTYLIE<br />

DE NARCISSUS TRIANDRUS L.<br />

ET DE N. REFLEXUS BROT.<br />

par<br />

ABÍLIO FERNANDES<br />

INTRODUCTION<br />

L'EXISTENCE, d'une hétérostylie trimorphe chez quelques<br />

espèces du genre Narcissus ( N. triandrus L., N. calathinus<br />

L. = N. reflexus Brot. et N. scaberulus Henriq. ) a été<br />

signalée par JULIO HENRIQUES en 1887 et 1888. Les observations <strong>de</strong><br />

l'auteur portugais sont passées inaperçues aux yeux <strong>de</strong> ses<br />

successeurs, puisqu'ils se bornent à indiquer les familles <strong>de</strong>s<br />

Oxalidaceae, Geraniaceae, Lythraceae et Ponte<strong>de</strong>riaceae comme<br />

étant les seules où a été observé un tel trimorphisme. A ces familles,<br />

nous <strong>de</strong>vons donc ajouter celle <strong>de</strong>s Amaryllidaceae où,<br />

tout au moins dans le genre Narcissus, se rencontre aussi une<br />

bétérostylie trimorpbe.<br />

Nous avons pu confirmer les observations <strong>de</strong> JÚLIO HENRIQUES<br />

relatives aux espèces ci-<strong>de</strong>ssus mentionnées. Nous II'avons pas<br />

encore étudié, <strong>de</strong> ce même point <strong>de</strong> vue, les autres espèces du<br />

genre; cependant, nous croyons que d'autres encore se comportent<br />

<strong>de</strong> la même façon. Nous espérons pouvoir faire cette étu<strong>de</strong><br />

l'an procbain.<br />

L'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong> la génétique <strong>de</strong> l'kétérostylie trimorpbe a été<br />

poursuivie seulement cbez le Lythrum salicaria et chez quelques<br />

espaces d'Oxalis, les autres groupes II'ayant pas encore retenu<br />

l'attention <strong>de</strong>s chercheurs*. L'état actuel <strong>de</strong> nos connaissances,<br />

dans ce domaine, a été exposé par v. UBISCH (l925) et par LEHMANN<br />

(l928). Le résumé qui suit a été rédigé d'après la publication <strong>de</strong><br />

LEHMANN (l928).<br />

Les premières observations datent <strong>de</strong> <strong>DA</strong>RWIN; cet auteur a<br />

vérifié que, par autofécondation, chez Lythrum salicaria et chez<br />

quelques espèces d'Oxalis, les formes longistylées donnent exclusivement<br />

<strong>de</strong>s formes <strong>de</strong> même type ; que les formes médiostylées,<br />

par autopollinisation également, donnent <strong>de</strong>s formes longistylées<br />

et médiostylées; et que les formes brévistylées, toujours par


Remarque sur ïhétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />

autofécondation, donnent <strong>de</strong>s formes longistylées et brévistylées.<br />

Plus tard, nous trouvons les travaux <strong>de</strong> BARLOW. Les résultats<br />

obtenus par cet aiteur, avec Lythrum salicaria, ont été résumés<br />

par LEHMANN ( 1928 ) <strong>de</strong> la façon suivante :<br />

Les plantes longistylées donnent exclusivement, par autopollinisation,<br />

<strong>de</strong>s plantes longistylées. Le caractère style long<br />

est donc pur récessif, comme chez les Primulas à bétérostylie<br />

dimorpbe.<br />

Les plantes longistylées croisées avec les formes médiostylées<br />

donnent seulement les <strong>de</strong>ux formes parentes.<br />

Le croisement longistylée X brévistylée a donné aussi, sauf<br />

une exception, les <strong>de</strong>ux formes parentes.<br />

Le croisement médiostylée X brévistylée donne les trois formes<br />

en rapport non défini.<br />

Pour expliquer les résultats <strong>de</strong> BARLOW, V. UBISCH (l925) a<br />

émis T interprétation factorielle suivante:<br />

Les formes longistylées sont pures récessives en ce qui concerne<br />

<strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs, et ont ainsi la formule aabb.<br />

Le caractère style moyen est produit par le facteur B. Les formes<br />

médiostylées possè<strong>de</strong>nt ainsi la constitution aaBb et aaBB;<br />

cependant, les plantes du premier type sont les plus fréquentes.<br />

Le caractère style court est produit par un facteur A, plus<br />

actif que B; toutes les formes qui ont les facteurs A et B sont<br />

donc brévistylées. Ces formes pourront avoir les constitutions<br />

suivantes: Aabb, AaBb, AaBB, AABB et AAbb.<br />

Cependant, les résultats obtenus par BARLOW ne concor<strong>de</strong>nt<br />

pas tous avec l'interprétation <strong>de</strong> v. UBISCH.<br />

Plus récemment, EAST (cité par LEHMANN), voulant interpréter<br />

les résultats qu'il avait obtenus avec Lythrum salicaria, a émis<br />

une bypotbèse encore plus complexe que celle <strong>de</strong> v. UBISCH. Voici<br />

cette bypotbèse, transcrite par LEHMANNT (1928). «Long-styled<br />

flowers are tbe ultimate recessive. Short-styled flowers are <strong>de</strong>termined<br />

by a factor A and may or may not carry Mid. Mid-styled<br />

flowers are conditioned by duplicate factors Ma and Mb in the<br />

same linkage group. There is about 10 per cent crossing-over<br />

in both the male and the female gametes, though there appears<br />

to be slightly less crossing-over in the females than there is in<br />

t he males. The presence of either or both of the factors condi-


28o Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

tioning Miel in trie homozigous condition produces lethal effect.»<br />

Comme l'on voit par le résumé ci-<strong>de</strong>ssus, le problème <strong>de</strong><br />

l'hérédité <strong>de</strong> l'hétérostylie <strong>de</strong> Lythrum salicaria est très complexe<br />

et, nous semble -t-il, pas encore complètement éclairé. Ii en est<br />

<strong>de</strong> même pour les espèces d'Oxalis.<br />

Le présent travail II'est qu'une contribution préliminaire à<br />

l'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ce problème chez N. triandrus et N. reflexus. D'après<br />

les rapports numériques <strong>de</strong>s formes longistylées, brévistylées et<br />

médiostylées que nous avons trouvées dans la nature, nous espérons<br />

pouvoir montrer, dans la suite <strong>de</strong> ce travail, que l'hérédité<br />

<strong>de</strong> 1' hétérostylie trimorphe, chez ces <strong>de</strong>ux espèces, a lieu différemment<br />

que chez les autres espèces déjà étudiées. Cependant,<br />

l'interprétation que nous donnons <strong>de</strong>s faits observés II'est que<br />

provisoire, car elle est uniquement basée sur la proportion numérique<br />

<strong>de</strong>s trois formes que nous avons rencontrées à l'état<br />

spontané. Nous essaierons plus tard <strong>de</strong> formuler une interprétation<br />

définitive par l'analyse <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> croisements<br />

convenables. Comme le développement <strong>de</strong>s narcisses est très lent<br />

et que nos observations sur les populations sauvages nous<br />

semblent présenter dès maintenant quelque intérêt, nous nous<br />

sommes décidé à en publier les résultats avant même <strong>de</strong> connaître<br />

les résultats <strong>de</strong>s croisements.<br />

OBSERVATIONS<br />

l) Narcissus triandrus L. — Au mois <strong>de</strong> Mars <strong>de</strong> 1935,<br />

nous avons récolté, dans une station au voisinage <strong>de</strong> Penacova,<br />

620 exemplaires <strong>de</strong> N. triandrus. La récolte a été faite, au<br />

hasard, par trois personnes. Les plantes ont été transportées au<br />

Laboratoire, où nous avons effectué la numération et la séparation<br />

<strong>de</strong>s formes brévistylées, longistylées et médiostylées. Les<br />

résultats obtenus sont résumés dans le tableau I.<br />

La proportion trouvée ( 1,17:3,93:0,9 ) a été calculée <strong>de</strong> la<br />

façon suivante : on divise par 6 le nombre total d'individus observés<br />

(620); on divise ensuite par le quotient obtenu (103,33) le<br />

nombre <strong>de</strong> plantes <strong>de</strong> chacune <strong>de</strong>s classes. L'erreur probable a<br />

été calculée en employant la formule:


Remarque sur l'hétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />

où N représente un <strong>de</strong>s termes <strong>de</strong> la proportion mendélienne,<br />

K la somme <strong>de</strong> ces termes et II le nombre total d'observations.<br />

Comme l'on voit, la proportion trouvée s'accor<strong>de</strong> très bien<br />

avec la proportion théorique lB : 4L : lM.<br />

2) Narcissus reflexus Brot. — Pour cette espèce, nous avons<br />

étudié, au mois d'Avril <strong>de</strong> 1933, une population sauvage à Lomba,<br />

Quinta do Prado. Nous avons effectué <strong>de</strong>ux séries d'observations,<br />

dont les résultats se trouvent dans le tableau IL Ce<br />

tableau résume aussi les résultats <strong>de</strong> l'ensemble <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux<br />

examens.<br />

Dans ce tableau, les proportions trouvées et les erreurs probables<br />

ont été calculées en suivant la métho<strong>de</strong> indiquée pour le<br />

tableau I. On voit que les nombres que nous avons trouvés<br />

( 1,03B : 1,97L : 0,99M ) révèlent une correspondance presque parfaite<br />

avec la proportion théorique lM : 2L : lB. D'après les tableaux<br />

I et II, nous voyons que les proportions trouvées sont différentes<br />

pour les <strong>de</strong>ux espèces: 1:4:1 pour N. triandrus et 1:2:1 pour<br />

N. reflexus.<br />

Ces nombres sont très différents <strong>de</strong> ceux qui ont été obtenus<br />

pour le Lythrum salicaria, comme il ressort <strong>de</strong> l'analyse du<br />

tableau III, reproduit d'après v. UBISCH (l92S).


282 Abílio Fernan<strong>de</strong>s


Remarque sur Y hétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />

DISCUSSION<br />

Les résultats que nous avons obtenus pour triandrus<br />

s'expliquent facilement : — On sait, <strong>de</strong>puis <strong>DA</strong>RWIN, que, dans les<br />

formes bétérostylées, les fécondations légitimes, c'est à dire celles<br />

qui ont lieu entre les pistils et les étamines du même étage, sont<br />

les seules fertiles ou à peu près. Les fécondations illégitimes<br />

restent stériles, ou ne produisent qu'un très petit nombre <strong>de</strong><br />

graines. Par ailleurs, on sait que, dans la nature, les pollinisations<br />

légitimes ont principalement lieu parce que les insectes<br />

toucbent, avec la même partie <strong>de</strong> leur corps, les organes situés à<br />

la même bauteur. Ainsi, nous aurons, dans les formes à hétérostylie<br />

trimorphe six combinaisons légitimes, comme le montre<br />

le schéma <strong>de</strong> la fig. 1.<br />

De ce qui précè<strong>de</strong>, on peut expliquer l'hérédité <strong>de</strong> l'hétérostylie<br />

<strong>de</strong> N. triandrus par Fhypotèse suivante: Le caractère médiostylé<br />

est produit par un facteur M et les formes médiostylées<br />

sont homozygotiques <strong>de</strong> la constitution MM. Le caractère brévistylé<br />

est produit par un facteur B et les formes brévistylées<br />

sont aussi homozygotiques <strong>de</strong> la constitution BB. La combinaison<br />

<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux facteurs MB engendre les formes longistylées,<br />

qui sont ainsi hétérozygotiques (cette supposition est rendue<br />

très probable grâce au nombre très élevé <strong>de</strong> plantes longistylées


284 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

existantes). Ainsi, en considérant les trois croisements différents<br />

(l, 2 et 3, fig. 1; les autres l', 2' et 3' sont les réciproques et<br />

donnent le même résultat que 1, 2 et 3), nous aurons:<br />

Le résultat total sera:<br />

2MM : 8MB : 2BB, c'est à dire lMM : 4MB : lBB,<br />

ou encore lM:4L:lB.<br />

L'fiypottièse que nous venons <strong>de</strong> formuler explique donc<br />

parfaitement les nombres que nous avons obtenus. Leâ formes


Remarque sur l'hétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Bror.<br />

longistylées, contrairement à ce qui a lieu chez Lythrum salicaria<br />

et chez les espèces d'Oxalis, seront hétérozygotiques, tandis que<br />

les formes brévistylées et médiostylées seront homozygotiques.<br />

Il ne sera pas sans intérêt <strong>de</strong> rappeler que les formes longistylées<br />

seront engendrées par la combinaison <strong>de</strong>s caractères médiostylé<br />

et brévistylé.<br />

Le cas <strong>de</strong> N. reflexus est d'une interprétation plus difficile.<br />

Cette espèce est tout-à-fait voisine du N. triandrus L. ; quelques<br />

auteurs (BAKER, SAMPAIO, etc.) la considèrent même comme une<br />

simple variété <strong>de</strong> N. triandrus. Cette analogie parle, par consé-<br />

quent, en faveur <strong>de</strong> l'existence d'un mécanisme analogue quant<br />

à l'hérédité <strong>de</strong> l'hétérostylie. Alors, en supposant, comme pour<br />

2V. triandrus, que les formes longistylées, médiostylées et brévistylées<br />

ont respectivement les constitutions MB, MM et BB,<br />

nous pourrons expliquer la proportion lM:2L:lB, en supposant<br />

que toutes les fécondations légitimes et illégitimes sont également<br />

fertiles (fig. 2).<br />

37


286 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

Ainsi, nous aurons:<br />

Fécondations légitimes<br />

(1, 2, 3, 4, 5 et 6) 4MM : 16MB : 4BB<br />

Fécondations illégitimes<br />

(7, 8 et 9) 5MM: 2MB:5BB<br />

Total 9MM : 18MB : 9BB<br />

ou<br />

lMM: 2MB : lBB,<br />

ou encore<br />

lM:2L:lB.<br />

Cette Lypothèse pourrait être confirmée en comparant la<br />

fertilité <strong>de</strong>s pollinisations légitimes avec celles <strong>de</strong>s fécondations<br />

illégitimes. Malheureusement, nous n'avons pas eu à noutre<br />

disposition, cette année, un nombre <strong>de</strong> plantes suffisament<br />

élevé, ce qui nous a empêché <strong>de</strong> résoudre ce problème. En tout<br />

cas, <strong>de</strong>ux plantes longistylées ont donné, par autofécondation,<br />

respectivement 4 (l capsule) et 14 (5 capsules) graines. Ce résul-


Remarque sur l'hétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />

tat montre déjà que la fertilité <strong>de</strong>s atttofécondations ne doit pas<br />

être aussi élevée que celle <strong>de</strong>s pollinisations légitimes, ce qui<br />

rend cette hypothèse très improbable. Cependant, il est nécessaire<br />

<strong>de</strong> poursuivre encore ces recherches.<br />

Une autre hypothèse, au moyen <strong>de</strong> laquelle nous pourrons<br />

expliquer aussi la proportion lM:2L:lB, consiste à supposer<br />

que chez 2V. reflexus, faute d'insectes convenables ou pour une<br />

autre cause encore inconnue, les fécondations légitimes entre<br />

les formes médiostylées et brévistylées II'ont pas lieu. De cette<br />

façon, nous II'aurions que les quatre combinaisons suivantes (fig. 3)<br />

avec le résultat: 4M:8L:4B, c'est à dire lM:2L:lB. D'autres<br />

hypothèses plus complexes que celles que nous venons d'exposer<br />

sont encore possib 1<br />

es. Cependant, comme ces hypothèses seraient<br />

dépourvues <strong>de</strong> fon<strong>de</strong>ments, nous nous arrêtons ici, en attendant<br />

que l'analyse <strong>de</strong>s croisements nous éclaire sur la constitution<br />

génétique <strong>de</strong>s trois formes hétérostylées. Alors, nous trouverons<br />

sans doute l'explication exacte du mécanisme <strong>de</strong> l'hérédité<br />

<strong>de</strong> l'hétérostylie chez ces <strong>de</strong>ux espèces <strong>de</strong> Narcisses.<br />

RÉSUMÉ ET CONCLUSIONS<br />

Dans le but d'éluci<strong>de</strong>r le mécanisme <strong>de</strong> l'hérédité <strong>de</strong> l'hétérostylie<br />

chez N. triandrus et 2V. reflexus, nous avons examiné,<br />

au point <strong>de</strong> vue du rapport numérique <strong>de</strong>s trois formes hétérostylées,<br />

<strong>de</strong>ux populations sauvages <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux espèces. Les<br />

résultats obtenus sont les suivants:<br />

1 Chez triandrus, les trois formes hétérostylées se<br />

trouvent dans la proportion lM : 4L : lM. Cette proportion ne


288 Abílio Fernanàes<br />

peut pas s'expliç[uer au moyen <strong>de</strong> l'interprétation factorielle que<br />

v. UBISCH a donné pour Lythrum salicaria et les espèces d'Oxaîis.<br />

Par contre, elle s'explique très bien en supposant que les formes<br />

médiostylées et brévistylées sont bomozygotiques, ayant respectivement<br />

les constitutions MM et BB et que les formes<br />

longistylées sont kétérozygo'iques <strong>de</strong> constitution MB.<br />

2. — Cnez N. reflexvis, les trois formes kétérostylées se trouvent<br />

dans la proportion lM : 2L : lB. Etant données les analogies<br />

<strong>de</strong> cette espèce avec le N. triandrus, nous avons suggéré que les<br />

<strong>de</strong>ux espèces doivent avoir un comportement semblable en ce<br />

qui concerne l'kérédité <strong>de</strong> l'kétérostylie. .Pour expliquer l'apparition<br />

d'une proportion différente nous avons émis <strong>de</strong>ux kypotkèses<br />

: l. er<br />

Ckez 2V. reflexvis toutes les fécondations légitimes et<br />

illégitimes sont également fertiles; 2. ême<br />

Chez N. reflexus, sur six<br />

fécondations légitimes possibles, les <strong>de</strong>ux fécondations entre<br />

forme médiostylée et forme brévistylée II'ont pas lieu, soit à<br />

défaut d'insectes convenables, soit pour tout autre raison encore<br />

inconnue. La première kypotkèse est rendue peu probable parce<br />

que <strong>de</strong>ux autopollinisations que nous avons faites se sont<br />

montré peu fertiles. La <strong>de</strong>uxième reste encore sans aucune base<br />

expérimentale.<br />

BIBLIOGRAPHIE<br />

BAKER, J. G., 1888.— Handbook of the Amarylli<strong>de</strong>ae. London.<br />

BARLOW, II., 1923. — Inheritance of the three forras in trimorphic species. /. Gêner.,<br />

13, 133-146.<br />

HENRIQUES, J. A., 1887. — Amarylli<strong>de</strong>as <strong>de</strong> Portugal. Bol. Soc. Brot., S (I série), Í59-174.<br />

1888. — Àdditamento ao catálogo das Amarylli<strong>de</strong>as <strong>de</strong> Portugal. Bol. Soc. Brot. 6<br />

(I série), 45-4T<br />

LEHMANN, E., 1928. — Selbststerilitât, Heterostylie. Handbuch <strong>de</strong>r Vererbunêswissenschait,<br />

2, 1-43.<br />

SAMPAIO, G., — Manual da Flora Portuguesa. Porto.<br />

VUBISCH, G., 1925. — Genetisch-pbysiologische Analyse <strong>de</strong>r Heterostylie. Biblioêraphia<br />

Genética, 2, 287-342.<br />

1934. — Das Fertilitâtsproblem im Pflanzenreiche. Zeit. I. Ind. Abst. Vererb.<br />

67, 225-241.


CYTOLOGIE ET GÉNÉTIQUE<br />

DE LA SEXUALITÉ<br />

CHEZ LES HYMÉNOMYCÈTES<br />

par-<br />

A. QUINTANILHA<br />

INTRODUCTION<br />

LES botanistes qui s'intéressent aux problèmes <strong>de</strong> biologie<br />

expérimentale ont toujours eu une préférence toute particulière<br />

pour les Coprins. Grâce à <strong>de</strong>s facilités <strong>de</strong> culture, <strong>de</strong><br />

germination <strong>de</strong>s spores, d'analyse <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s, etc., le genre<br />

Coprinus, et particulièrement Coprinus fimetatius, est <strong>de</strong>venu<br />

pour les botanistes une sorte <strong>de</strong> Drosophila. On le considère<br />

aujourd'hui comme un sujet classique, non seulement pour<br />

l'investigation, mais aussi pour les démonstrations <strong>de</strong> laboratoire.<br />

Malheureusement la petitesse <strong>de</strong> ses noyaux a découragé<br />

les investigateurs et empêché jusqu'à présent <strong>de</strong> poursuivre parallèlement<br />

les côtés génétique et cytologique <strong>de</strong>s problèmes qui<br />

se posent.<br />

Malgré cette gran<strong>de</strong> difficulté nous avons cru cependant<br />

utile d'attaquer le problème <strong>de</strong> la détermination et <strong>de</strong> l'hérédité<br />

du sexe, chez ce groupe <strong>de</strong> champignons, simultanément par <strong>de</strong>s<br />

métho<strong>de</strong>s génétiques et cytologiques.<br />

Dans un mémoire précé<strong>de</strong>nt (l) nous avons fait une mise<br />

au point et une étu<strong>de</strong> critique <strong>de</strong> ce qu'il y avait paru à ce moment-là<br />

<strong>de</strong> plus important sur la question. Nous avons continué<br />

entretemps nos investigations et croyons pouvoir affirmer<br />

que nous avons réussi dans la résolution <strong>de</strong> quelques questions<br />

bien précises et qui contribueront puissament à une plus claire<br />

compréhension <strong>de</strong> ces phénomènes si embrouillés <strong>de</strong> la sexualité<br />

chez les Basidiomycètes.<br />

Le but <strong>de</strong> ce travail a été surtout l'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong>s copulations<br />

illégitimes et <strong>de</strong> leur <strong>de</strong>scendance; le problème <strong>de</strong>s anses dans ses<br />

(l) Quintanilha, 1933 b, «Le problème <strong>de</strong> la Sexualité chez les Champignons», Bol.<br />

Soc. Broteriana, vol. VIII (II série).


290 A. Quintanilh,<br />

relations avec les divisions nucléaires ; la génétique et la cytologie<br />

<strong>de</strong>s fructifications haploï<strong>de</strong>s.<br />

Ces investigations ont été encore réalisées à l'Institut<br />

Botanique <strong>de</strong> l'Université <strong>de</strong> Coimbra, dont le Directeur,<br />

Mons. le Prof. Carrisso, s'est toujours efforcé <strong>de</strong> nous procurer<br />

toute sorte <strong>de</strong> facilités. Un subsi<strong>de</strong> <strong>de</strong> la « Junta <strong>de</strong> Fducaçlo<br />

Nacional», accordé pendant six mois, et un autre du<br />

Fonds «Sa Pinto», <strong>de</strong>stiné à l'acquisition <strong>de</strong> matériel scientifique,<br />

ont facilité considérablement l'exécution du travail.<br />

Notre confrère Mons. Vieira Nativida<strong>de</strong> a bien voulu nous<br />

prêter son précieux concours pour le travail <strong>de</strong> microphotographie.<br />

Mons. Cabrai, notre ancien préparateur, nous a donné une<br />

col aboration sans laquelle il aurait été impossible la réalisation<br />

<strong>de</strong> telle besogne dans un si court dé'ai.<br />

Nous nous faisons un agréable <strong>de</strong>voir <strong>de</strong> témoigner ici notre<br />

reconnaissance à tous ceux qui ont bien voulu contribuer à la<br />

réussite <strong>de</strong> nos investigations.<br />

CHAPITRE I<br />

Cycle évolutif normal <strong>de</strong> Coprinus fimetarius<br />

Les spores <strong>de</strong> C. fimetarias germent très régulièrement dans<br />

une décoction <strong>de</strong> crottin <strong>de</strong> cheval. (Fig. 1, Planche I) A une<br />

température <strong>de</strong> 22° ils germent tous, sept heures après l'ensemencement.<br />

Chaque spore donne orijine à un mycélium primaire,<br />

qui ne passe jamais spontanément à l'état <strong>de</strong> mycélium secondaire.<br />

Malgré les affirmations contraires <strong>de</strong> plusieurs auteurs<br />

nous II'avons jamais va, <strong>de</strong>puis les sept années que nous nous<br />

occupons <strong>de</strong> ces étu<strong>de</strong>s, une production normale <strong>de</strong> fructifications<br />

haploï<strong>de</strong>s. Les mycéliums primaires ne produisent que <strong>de</strong><br />

toutes petites ébauches <strong>de</strong> carpophores qui avortent toujours <strong>de</strong><br />

bonne heure. Si ces fructifications arrivent à la maturation alors<br />

c'est qu'il y a eu une mutation. Nous aurons plus loin l'occasion<br />

<strong>de</strong> reparler <strong>de</strong> ces fructifications haploï<strong>de</strong>s.<br />

Pour obtenir <strong>de</strong>s mycéliums secondaires il faut croiser <strong>de</strong>s<br />

mycéliums primaires complémentaires. Des anastomoses se forment<br />

et, quelques jours plus tard, un mycélium à anses régulières<br />

et à divisions conjuguées commence à se développer (Fig. l).<br />

Dans un délai <strong>de</strong> dix à quinze jours ces mycéliums fructifient


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 291<br />

(Fig. 2 à S, Pl.. I). Les cellules hyméniales sont toutes binucléées.<br />

Dans celles qui vont donner origine aux basi<strong>de</strong>s, et rien que dans<br />

celles-ci, il y a une caryogamie (Fig. 6, Pl I). Le noyau diploï<strong>de</strong><br />

ainsi formé augmente considérablement <strong>de</strong> volume et puis se<br />

divise <strong>de</strong>ux fois <strong>de</strong> suite et donne origine aux quatre noyaux<br />

haploï<strong>de</strong>s <strong>de</strong>s futures spores. Ces <strong>de</strong>ux divisions se passent au<br />

sommet <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong>; mais les quatre noyaux haploï<strong>de</strong>s, avant<br />

<strong>de</strong> se porter vers les stérigmates, se déplacent vers la base <strong>de</strong> la<br />

basi<strong>de</strong> où ils séjournent un ou <strong>de</strong>ux jours. Il est donc très<br />

improbable que dans cette migration vers la base et puis vers le<br />

sommet ils conservent leurs positions relatives, comme le prétend<br />

Miss Newton (l). Puis les quatre noyaux traversent les stérigmates<br />

et vont se loger chacun dans une spore. Là une troisième<br />

division a lieu <strong>de</strong> sorte que chaque spore mûre a <strong>de</strong>ux noyaux<br />

(l) Cf. Quintanilhaβ3 b), pag. 34.


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 293<br />

<strong>de</strong> la même constitution génétique, puisque la réduction se passe<br />

pendant les <strong>de</strong>ux premières divisions. Les <strong>de</strong>ux noyaux <strong>de</strong> la<br />

spore sont très difficiles <strong>de</strong> mettre en évi<strong>de</strong>nce parce qu'ils se<br />

forment à un état <strong>de</strong> développement <strong>de</strong> la spore où le paroi est<br />

déjà trop épais et complètement noir.<br />

Coprinus fimetarius est en outre hétérothallique tétrapolaire.<br />

Deux paires <strong>de</strong> facteurs mendéliens, Aa, Bb, localisés sur<br />

<strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> chromosomes, son responsables <strong>de</strong> l'existence,<br />

dans ckaque génération, <strong>de</strong> quatre groupes d'haplontes ( AB, ab,<br />

Ab, aB) compatibles <strong>de</strong>ux à <strong>de</strong>ux ( AB + ab, Ab + aB) (Tab. I ).<br />

Le pourcentage <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s tétracrates (z, Tab. III) vis-à-vis <strong>de</strong>s<br />

tétra<strong>de</strong>s dicrates (x + y, Tab. II) nous a permis d'affirmes l'existence<br />

<strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s où la première division doit être réductionelle pour<br />

une paire <strong>de</strong> cbromosomes et équationelle pour une autre (l).<br />

CHAPITRE II<br />

Les copulations illégitimes<br />

Les mycéliums secondaires ne se forment donc que par croisement<br />

<strong>de</strong> mycéliums primaires compatibles, c'est à dire, <strong>de</strong>s<br />

mycéliums qui ne possè<strong>de</strong>nt aucun facteur commun. Cette règle<br />

a cependant <strong>de</strong>s exceptions. On les appelle copulations illégitimes.<br />

Plusieurs auteurs ont remarqué ces exceptions (Kniep,<br />

Brunswik, Buller, Van<strong>de</strong>ndries, Oorfc, etc.). Nous même, nous<br />

nous sommes occupé largement d'elles dans <strong>de</strong>s travaux précédants<br />

(2). Mais personne ne les avait étudiées, d'une façon<br />

rigoureuse, en employant simultanément les techniques cytologiques<br />

et génétiques.<br />

Dès le commencement <strong>de</strong> nos étu<strong>de</strong>s sur ce sujet nous<br />

avions donné une gran<strong>de</strong> importance à ce problème <strong>de</strong>s copulations<br />

illégitimes. Nous avions prévu qu'elles <strong>de</strong>vaient jouer, pour<br />

le problème <strong>de</strong> la sexualité cbez les Basidiomycètes, un rôle<br />

pareil à celui <strong>de</strong>s croisements <strong>de</strong> races géographiques différentes<br />

<strong>de</strong> Lymantria dans les célèbres travaux <strong>de</strong> Goldscbmidt.<br />

Quand on parcourt les travaux <strong>de</strong> ceux qui se sont occupés<br />

(1) Cf. Quintanilha, 1933 b, pag. 30, et Quintanilha, 1933 a.<br />

(2) Quintanilhaβ3 b).<br />

38


294 A. Quintanilha<br />

<strong>de</strong> ce problème. <strong>de</strong>s copulations illégitimes on a l'impression<br />

qu'elles se produisent par hasard, sans aucune régularité et<br />

qu'en outre, elles sont normalement stériles. Brunswik remarque<br />

déjà que la tendance à la production <strong>de</strong> copulations illégitimes<br />

est d'autant plus gran<strong>de</strong> que les mycéliums sont plus jeunes; et<br />

que, d'un autre côté, il II'est pas indifférent que le facteur mendélien<br />

que les <strong>de</strong>ux mycéliums primaires possè<strong>de</strong>nt en commun<br />

appartienne à la paire Aa ou Bb.<br />

Nous avons confirmé et précisé les conclusions <strong>de</strong> Brunswik.<br />

Des copulations illégitimes ne sont possibles que par communauté<br />

d'un facteur <strong>de</strong> la paire Bb, jamais par communauté<br />

<strong>de</strong> A ou a. (Tab. IV). Et, d'autre part, l'âge <strong>de</strong>s mycéliums joue<br />

un rôle tellement important, qu'on peut obtenir régulièrement<br />

<strong>de</strong>s copulations illégitimes, entre toute paire <strong>de</strong> mycéliums possédant<br />

un facteur commun (B ou b), pourvu qu'on les croise<br />

suffisamment jeunes. Si, au lieu <strong>de</strong> croiser les mycéliums, on part<br />

<strong>de</strong> cultures bispèrmes, on peut être sûr qu'on obtiendra <strong>de</strong>s copulations<br />

illégitimes chaque fois que les <strong>de</strong>ux spores aient en<br />

commun le facteur B ou b, et rien que ceux-ci. La communauté<br />

d'un facteur <strong>de</strong> la paire Aa empêche toujours les copulations<br />

illégitimes.<br />

Les mycéliums qui résultent <strong>de</strong> ces copulations illégitimes<br />

II ont jamais été l'object d'une étu<strong>de</strong> sérieuse. On savait à peine<br />

que ces mycéliums produisaient <strong>de</strong>s anses imparfaites, c'est à<br />

dire, qui ne se fusionnaient pas avec l'hyphe et restaient ainsi


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 295<br />

fermées à leur extrémité distale ; et, qu'en outre, ils continuaient<br />

souvent à produire <strong>de</strong>s oïdies à la manière <strong>de</strong>s mycéliums<br />

primaires.<br />

D'après nos observations ces mycéliums illégitimes sont<br />

essentiellement caractérisés par le fait qu'ils sont simultanément<br />

primaires et secondaires, mono- et dicaryotiques. En effet, si<br />

l'on observe le développement d'un tel mycélium sur gélose, on<br />

s'aperçoit bientôt due les cellules terminales <strong>de</strong>s hypbes possè<strong>de</strong>nt<br />

<strong>de</strong>s dicaryons (Fig. 2), qui se multiplient par <strong>de</strong>s<br />

divisions conjuguées, tout à fait pareilles à celles <strong>de</strong>s mycéliums<br />

secondaires. Seulement dans ceux-ci un <strong>de</strong>s quatre noyaux qui se<br />

forment à cbaque division conjuguée, traverse l'anse latérale et<br />

est déversé dans la cellule subterminale (Fig. 1, III, pag. 287),<br />

où un nouveau dicaryon se reforme ; tandis que dans les mycéliums<br />

«illégitimes», puisque l'anse ne se fusionne pas avec la cellule<br />

subterminale, celle-ci ne contiendra qu'un seul <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux noyaux<br />

du dicaryon, l'autre restant emprisonné dans l'anse (Fig. 2, II)«<br />

Ainsi à cbaque division conjuguée il y aura toujours un dica-


296 A. Quintanilha<br />

ryon qui se conserve et un autre dont les éléments se dissocient.<br />

La cellule subterminale uninucléée <strong>de</strong> ces mycéliums illégitimes<br />

va maintenant se ramifier (Fig. 2, II et III). Son seul<br />

noyau passe dans cette ramification latérale et on assiste<br />

maintenant à quelque cbose d'inouï. Dans le voisinage du noyau<br />

unique <strong>de</strong> cette brancbe une anse commence à se développer<br />

(Fig. 2, III); une division nucléaire accompagne la formation<br />

<strong>de</strong> l'anse, <strong>de</strong> telle sorte qu'un <strong>de</strong>s noyaux fils passera dans l'anse<br />

tandis que l'autre restera dans la brancbe en se dirigeant vers<br />

son extrémité (Fig. 2, IV).<br />

Les <strong>de</strong>ux cloisons habituelles vont se former maintenant<br />

(Fig. 2, IV), en séparant les unes <strong>de</strong>s autres trois cellules: celle<br />

du sommet <strong>de</strong> la branche, avec un seul noyau; la subterminale,<br />

dépourvue <strong>de</strong> noyau; et l'anse latérale qui, comme d'habitu<strong>de</strong><br />

ici, restera fermée et conservera son noyau emprisonné (Fig. 2,<br />

IV). On se rend ainsi facilement compte que la formation <strong>de</strong>s<br />

anses II'est pas forcément sous la dépendance <strong>de</strong>s divisions conjuguées.<br />

Ce mo<strong>de</strong> <strong>de</strong> développement <strong>de</strong> la cellule subterminale <strong>de</strong><br />

l'hyphe peut avoir <strong>de</strong>s variantes. Ainsi il arrive souvent que le<br />

noyau unique <strong>de</strong> cette cellule se divise au moment où la branche<br />

latérale comence à se développer. D'ailleurs, tout se passe comme<br />

auparavant; un seul noyau prend part à la formation <strong>de</strong> l'anse<br />

tandis que l'autre reste éloigné et à l'état <strong>de</strong> repos. La seule différence<br />

c'est que les trois cellules qui en résultent — celle du<br />

sommet <strong>de</strong> la branche, la subterminale et l'anse — possè<strong>de</strong>nt chacune<br />

un noyau.<br />

Il se peut aussi que l'anse soit omise, dans la formation <strong>de</strong><br />

la branche latérale, et que celle-ci commence son développement<br />

tout <strong>de</strong> suite à la manière <strong>de</strong>s mycéliums primaires. D'une façon<br />

ou d'une autre ces mycéliums «illégitimes» se distinguent <strong>de</strong>s<br />

mycéliums secondaires normaux par leur constitution mixte. Ils<br />

sont partiellement secondaires, puisqu'ils possè<strong>de</strong>nt <strong>de</strong>s cellules<br />

à dycarions et à divisions conjuguées; ils sont partiellement<br />

primaires, puisqu'ils possè<strong>de</strong>nt aussi <strong>de</strong>s cellules uninucléées<br />

qui peuvent, malgré cela, produire <strong>de</strong>s anses, ou se développer à<br />

la manière <strong>de</strong>s mycéliums primaires, par formatian <strong>de</strong> cloisons<br />

simples.<br />

La distinction sur le frais entre un mycélium légitime et


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 297<br />

illégitime II'offre d'ordinaire pas <strong>de</strong> difficultés. Dans les illégitimes<br />

les anses sont plus rares, toujours fermées et il y a<br />

généralement <strong>de</strong>s oïdies. Celles-ci sont très rares dans les mycéliums<br />

légitimes; les anses se forment régulièrement à chaque<br />

cloison et sont ouvertes à leur extrémité distale. Il y a lieu<br />

rarement à <strong>de</strong>s confusions. Le croisement avec les tests permet<br />

toujours <strong>de</strong> les éliminer.<br />

Voyons maintenant la constitution génétique <strong>de</strong> ces mycéliums<br />

illégitimes. Supposons que les <strong>de</strong>ux spores, dont nous<br />

sommes parti dans notre culture bispèrme, appartenaient respectivement<br />

aux groupes Ab et ab. Alors les <strong>de</strong>ux noyaux <strong>de</strong><br />

chaque dicaryon auront cette même constitution et l'on pourra<br />

représenter celui-ci par la formule Ab + ab. Mais, comme à<br />

chaque division conjuguée, <strong>de</strong>ux <strong>de</strong>s éléments du dicaryon se<br />

dissocient <strong>de</strong> nouveau, la cellule terminale conservera son dicaryon<br />

(Ab + ab) tandis que l'anse et la cellule subterminale<br />

recevront chacune un <strong>de</strong>s éléments dissociés du dicaryon. S'il<br />

ny a pas une préférence spéciale d'un <strong>de</strong> ces noyaux à donner<br />

dans le piège qui lui est offert par l'anse, alors la cellule subterminale<br />

et les branches qu'elle va produire auront, tour à tour,<br />

<strong>de</strong>s noyaux Ab et ab (Fig. 2). Si en realité les choses se passent<br />

ainsi nous aurons dans un <strong>de</strong> ces mycéliums illégitimes un<br />

mélange <strong>de</strong> trois éléments différents, savoir: un mycélium secondaire<br />

à dicaryons, mais à anses fermées (Ab+ab); un<br />

mycélium primaire (Ab); et un <strong>de</strong>uxième mycélium primaire<br />

(ab). Le croisement avec les tests nous permet <strong>de</strong> vérifier cette<br />

hypothèse; notre mycélium illégitime donne en effet une reaction<br />

positive forte avec aB et AB, négative avec Ab et ab.<br />

Ce mycélium illégitime continue à se développer d'après le<br />

schème déjà décrit. Les branches <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux mycéliums primaires<br />

dont il est constitué s'anastomosent bientôt et <strong>de</strong>s noyaux Ab<br />

et ab vont <strong>de</strong> nouveau se rencontrer face à face dans la même<br />

cellule. D'autres dicaryons peuvent ainsi prendre origine; mais<br />

le point où l'anastomose a eu lieu est d'ordinaire tellement<br />

éloigné <strong>de</strong> celui où la première anse va se former, qu'il est<br />

souvent impossible, dans cet enchevêtrement d'hyphes, d'affirmer<br />

que telle anastomose a été le point <strong>de</strong> départ <strong>de</strong> tel nouveau<br />

dicaryon.<br />

Les mycéliums illégitimes ainsi obtenus (communauté <strong>de</strong>


298 A. Quintanilha<br />

B ou b, cultures bïspèrmes) fructifient toujours; seulement les<br />

carpophores se développent plus tard et ont un aspect très particulier<br />

(Fig. 8, 9 et 10, Pl. II). Tandis que les cultures bispèrmes<br />

légitimes (AB + ab, p. ex.), repiquées sur du crottin <strong>de</strong> cheval,<br />

donnent, à la température <strong>de</strong> 18°, <strong>de</strong>s carpopfiores normaux<br />

dans un délai <strong>de</strong> 14 à l6 jours, les cultures bispèrmes illégitimes,<br />

dans les mêmes conditions, ne commencent à fructifier que vers<br />

la fin <strong>de</strong> la troisième semaine, parfois même seulement quand<br />

elles sont âgées d'un à <strong>de</strong>ux mois.<br />

De ces fructifications il y en a beaucoup qui avortent à<br />

différents états <strong>de</strong> développement; quelques unes cependant<br />

arrivent à maturation et produisent <strong>de</strong>s spores d'un pouvoir<br />

germinatif normal. Files restent souvent pendant <strong>de</strong>s jours dans<br />

le même état; puis, tout d'un coup, quand on croit qu'elles ont<br />

avorté, elles reprennent leur accroissement. Files ont une couleur<br />

plus pâle, <strong>de</strong>s pédoncules plus courts, <strong>de</strong>s chapeaux qui souvent<br />

ne s'épanouissent pas, et produisent moins <strong>de</strong> spores que les<br />

fructifications normales; parfois elles ne laissent pas tomber les<br />

spores. Quand on observe à la loupe la surface <strong>de</strong>s lamelles on<br />

s'aperçoit qu'une gran<strong>de</strong> quantité <strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s ont avorté et II'ont<br />

pas produit <strong>de</strong>s spores (Fig. 11, Pl. II). Les tétra<strong>de</strong>s sont ainsi<br />

très éloignées les unes <strong>de</strong>s autres et leur isolement se fait avec<br />

une extrême facilité.<br />

A côté <strong>de</strong> ces frutifications très anormales nous avons parfois<br />

observé d'autres dont le rythme <strong>de</strong> développement et les<br />

caractères morphologiques se confondaient presque avec ceux<br />

<strong>de</strong>s fructifications légitimes.<br />

L'étu<strong>de</strong> cytologique <strong>de</strong> ces fructifications illégitimes nous a<br />

montré que l'hyménium est constitué par <strong>de</strong>ux types différents<br />

<strong>de</strong> cellules, les unes ayant <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s, les autres,<br />

un seul noyau également haploïd ( Fig. 12, Pl. II). Les cellules<br />

binucléées ont un développement tout à fait normal. Les <strong>de</strong>ux<br />

noyaux haploï<strong>de</strong>s se fusionnent pour donner origine à unseul<br />

noyau diploï<strong>de</strong> (Fig. l4, Pl. II); celui-ci augmente considérablement<br />

<strong>de</strong> volume et, moyennant <strong>de</strong>ux divisions réductionelles<br />

successives donne origine aux quatre noyaux haploï<strong>de</strong>s, qui traversent<br />

les stérigmates et passent dans les quatre spores <strong>de</strong> la<br />

tétra<strong>de</strong>; là ils éprouvent encore une troisième division et les<br />

spores <strong>de</strong>viennent binucléées.


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

Quant aux basi<strong>de</strong>s à un seul noyau haploï<strong>de</strong> il y en a<br />

quelques unes qui avortent avant que le noyau ne se divise;<br />

dans d'autres la première division seule aura lieu. La prophase<br />

<strong>de</strong> ces divisions est d'une interprétation difficile; nous II'avons<br />

pas réussi à vérifier s'il y a ou non <strong>de</strong>s accouplements <strong>de</strong> chromosomes.<br />

Nous pouvons seulement affirmer qu'on observe à la<br />

métaphase une plaque équatorielle plus ou moins régulière; à<br />

l'anaphase les chromosomes ne marchent pas ensemble vers les<br />

<strong>de</strong>ux pôles; tandis que les uns sont déjà arrivés auprès <strong>de</strong>s centrioles<br />

on peut voir d'autres encore à Féquateur <strong>de</strong> la cellule<br />

(Fig. 20, Pl. III). Il est bien probable que ces chromosomes en<br />

retard ne prennent plus part à la formation <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux noyaux<br />

fils et restent dans le plasma où ils seront reabsorbés.<br />

Ces chromosomes sont d'une petitesse énervante (0,25 à<br />

0,4 (J-). Pour les distinguer il faut avoir <strong>de</strong>s préparations très<br />

bien fixées (La Cour 2 B), très soigneusement différenciées,<br />

(Violet <strong>de</strong> gentiane), et <strong>de</strong> très bons objectifs (Zeiss, apochr.<br />

90-1,4). Dans un nombre assez élevé <strong>de</strong> figures d'anaphase<br />

observées nous avons pu compter 8 chromosomes et <strong>de</strong>ux centrions,<br />

tous à peu près <strong>de</strong>s mêmes dimensions. Il faut donc<br />

croire que le nombre <strong>de</strong> chromosomes à la haplophase ne doit<br />

être inférieur à quatre.<br />

Les <strong>de</strong>ux noyaux ainsi formés passent souvent à l'état <strong>de</strong><br />

repos et s'éloignent du sommet <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong> (Fig. l5 et 16, Pl. II)-<br />

Plus tard ils dégénèrent et sont réabsorbés. Mais nous ne<br />

pouvons pas affirmer que ce soit leur seule <strong>de</strong>stinée; tout au<br />

contraire nous sommes convaincu que quelques unes <strong>de</strong> ces<br />

basi<strong>de</strong>s peuvent former <strong>de</strong>ux spores dont chacune recevraient<br />

un <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux noyaux. Nous avons parfois observé dans <strong>de</strong>s<br />

coupes, <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s à <strong>de</strong>ux noyaux, <strong>de</strong>ux stérigmates et <strong>de</strong>ux<br />

spores, qui, cela va sans dire, II'étaient certainement pas <strong>de</strong>s<br />

moitiés <strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s coupées en <strong>de</strong>ux par le rasoir. Mais dans les<br />

lamelles observées sur le frais, nous II'avons jamais remarqué,<br />

<strong>de</strong> dya<strong>de</strong>s à côté <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s.<br />

Dans d'autres cas encore, la première division du noyau<br />

haploï<strong>de</strong> est suivie d'une autre; alors quatre noyaux se forment<br />

comme dans le cas normal. Il est très rare que ces basi<strong>de</strong>s dégénèrent<br />

à cet état; on voit presque toujours se développer les<br />

quatre stérigmates, chacun terminé par une spore. Les noyaux


3oo A. Quintaniîka<br />

haploï<strong>de</strong>s passent dans les spores où une troisième division<br />

aura lieu et les spores <strong>de</strong>viennent binucléées.<br />

A côté <strong>de</strong> l'étu<strong>de</strong> cytologique nous avons poursuivi aussi<br />

l'étu<strong>de</strong> génétique <strong>de</strong> ces fructifications illégitimes en analysant<br />

grand nombre <strong>de</strong> spores et <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s. Chaque carpophore<br />

produit toujours <strong>de</strong>ux groupes <strong>de</strong> spores, les mêmes groupes<br />

auxquels appartenaient les progéniteûrs (Ab + ab ne donnent<br />

dans la <strong>de</strong>scendance que Ab et ab). Mais pour ce qui est <strong>de</strong>s<br />

tétra<strong>de</strong>s il y en a <strong>de</strong>ux types différents: dicrates et monocrates.<br />

Ainsi, par exemple, si l'on était parti d'une culture bispèrme où<br />

les <strong>de</strong>ux spores étaient respectivement Ab et ab, on obtiendrait:<br />

<strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s dicrates (2 Ab + 2 ab ) et <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates<br />

(ou bien 4 Ab, ou bien 4 ab) (Cf. Tableau V et VI).


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

Le pourcentage <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s dicrates vis-à-vis <strong>de</strong>s monocrates<br />

peut varier dans <strong>de</strong> larges limites. Les monocrates sont toujours<br />

plus rares; ainsi quand on II'observe qu'une petite quantité <strong>de</strong><br />

tétra<strong>de</strong>s il se peut qu'on ne trouve que <strong>de</strong>s dicrates. C'est ce qui<br />

nous est arrivé au commencement (l). Mais quand on analyse<br />

un grand nombre <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s on trouve toujours quelques-unes<br />

monocrates. Ainsi dans une <strong>de</strong>s fructifications étudiées, <strong>de</strong> 24 tétra<strong>de</strong>s<br />

analysées, une seule était monocrate, tandis que dans une<br />

autre fructification, d'une autre culture bispèrme, <strong>de</strong> 24 tétra<strong>de</strong>s,<br />

9 étaient monocrates. Dans 78 tétra<strong>de</strong>s analysées, appartenant à<br />

9 carpopbores illégitimes, 65 étaient dicrates et l3 monocrates,<br />

soit une proportion <strong>de</strong> l6,6°/ 0 <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s monocrates.<br />

Si l'on confronte maintenant les résultats obtenus par les<br />

métbo<strong>de</strong>s génétiques avec ceux acquis par <strong>de</strong>s métbo<strong>de</strong>s cytologiques<br />

on est tout <strong>de</strong> suite frappé <strong>de</strong> leur parfaite concordance.<br />

En effet, le mycélium illégitime était un tout composé <strong>de</strong><br />

trois parties différentes: un mycélium à dicaryons ( Ab ~ ab),<br />

et <strong>de</strong>ux mycéliums primaires, à cellules uninucléées, respectivement<br />

Ab et ab. Quand ce mycélium illégitime fructifie on<br />

trouve dans l'byménium, à côté les unes <strong>de</strong>s autres, <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s<br />

à <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s, certainement Ab "h ab, et d'autres à<br />

un seul noyau, ou bien Ab, ou bien ab. Les basi<strong>de</strong>s binucléées,<br />

moyennant une caryogamie suivie <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux divisions <strong>de</strong> réduction,<br />

produiront <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s exclusivement dicrates (z Ab - 2 ab);<br />

pour ce qui est <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s uninucléées, une partie considérable<br />

dégénèrent à différents états <strong>de</strong> développement, grâce certainement<br />

à <strong>de</strong>s irrégularités dans la distribution <strong>de</strong>s chromosomes;<br />

mais ceux qui arrivent à former <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s ne donneront que<br />

<strong>de</strong>s monocrates, ou bien 4 Ab, ou bien 4 ab. Et, puisque les<br />

mycéliums obtenus à partir <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates sont tout à<br />

fait normaux, il faut croire que les <strong>de</strong>ux divisions successives du<br />

noyau haploï<strong>de</strong> <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong>, qui ont produit les noyaux <strong>de</strong>s<br />

quatre spores, ont eu lieu, cette fois ci, sans irrégularités. C'est<br />

à dire qu'il y a la possibilité, pour les basi<strong>de</strong>s haploï<strong>de</strong>s, que chaque<br />

chromosome subisse <strong>de</strong>ux divisions équationelles <strong>de</strong> suite et se<br />

partage ainsi régulièrement entre les quatre noyaux <strong>de</strong>s spores.<br />

Les choses ne se passent pas évi<strong>de</strong>mment toujours comme<br />

(l) Cf. Quintanilhaβ4 h).


302 A. Quintanilha<br />

cela. S'il y a <strong>de</strong>s irrégularités pendant les divisions, la basi<strong>de</strong><br />

avorte; si les divisions se passent normalement et sont toutes<br />

<strong>de</strong>ux équationelles, la basi<strong>de</strong> donnera origine à une tétra<strong>de</strong> monocrate<br />

dont les quatre spores auront toutes la même constitution<br />

génétique. Plus il y a d'irrégularités, plus il y aura <strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s<br />

avortées et moins grand sera le pourcentage <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s monocrates<br />

trouvées. La limite maximum que nous avons observé pour<br />

<strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates vis-à-vis <strong>de</strong>s dicrates a été <strong>de</strong> 37 % ( culture<br />

bispèrme E = AB + aB ; l5 tétra<strong>de</strong>s dicrates 2 AB + 2 aB et 9<br />

monocrates, 6 AB, et 3 aB (l).<br />

A la lumière <strong>de</strong> ces connaissances il est très difficile d'interpréter<br />

avec précision les résultats obtenus par Oort, Brunswik<br />

et Van<strong>de</strong>ndries (Cf. Quintanilka 33 b, pag. 49), puisqu'ils II'ont<br />

fait ni <strong>de</strong>s analyses <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s (2), ni l'étu<strong>de</strong> cytologique <strong>de</strong>s<br />

carpopkores. Ce qu'on peut affirmer dès maintenant c'est que<br />

ckacun peut produire, expérimentalement et à son gré, <strong>de</strong>s<br />

copulations illégitimes et les faire fructifier. La présence d'un<br />

facteur commun <strong>de</strong> la paire Bb ne peut pas être un obstacle ni<br />

à la réalisation <strong>de</strong> l'acte sexuel (somatogamie), ni à la caryogamie,<br />

pourvu que les <strong>de</strong>ux mycéliums soit croisés suffisamment<br />

jeunes. Le mycélium Ab, faute <strong>de</strong> son complémentaire aB,<br />

se résignera à prendre pour partenaire ab, au moins en attendant<br />

que quelque ckose <strong>de</strong> mieux ne survienne. C'est la vieille sagesse<br />

populaire — «faute <strong>de</strong> grives on mange <strong>de</strong>s merles».<br />

(1) En outre <strong>de</strong> ces 24 tétra<strong>de</strong>s nous avons obtenu, <strong>de</strong> cette même fructification,<br />

une autre avec la constitution: AB — AB —aB — AB. C'a été la seule, parmi près <strong>de</strong> 400<br />

tétra<strong>de</strong>s étudiées par nous jusqu'à présent, où nous avons remarqué un <strong>de</strong>saccord avec les<br />

lois <strong>de</strong> Men<strong>de</strong>l. Les mycéliums obtenus étaient tout à fait normaux, les réactions avec les<br />

tests, répétées trois fois <strong>de</strong> suite, ont été toujours d'une gran<strong>de</strong> netteté. Nous ne croyons<br />

pas qu'ils s'agisse d'une erreur <strong>de</strong> technique, très improbable avec la rigueur <strong>de</strong> nos métho<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> travail (Cf. Quintanilha, 1933 b). Nous nous inclinons <strong>de</strong> préférence vers l'hypothèse<br />

d'une mutation. Ou bien la basi<strong>de</strong> était haploï<strong>de</strong> (AB) et dans un <strong>de</strong>s quatre<br />

noyaux le gène A aurait muté en a; ou bien la basi<strong>de</strong> était diploï<strong>de</strong> et, pendant la division<br />

<strong>de</strong> réduction, dans un seul chromati<strong>de</strong>, a aurait muté en A, ou si l'on préfère, une<br />

conversion monogénique se serait passé.<br />

(2) Oort a analysé une seule tétra<strong>de</strong>, qu'il a trouvé être monocrate, résultat<br />

également compatible avec l'hypothèse d'une chimère haploï<strong>de</strong> qu'avec celle d'une fructification<br />

illégitime.


Cytologie- et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 303<br />

CHAPITRE III<br />

Fructifications haploï<strong>de</strong>s<br />

On sait <strong>de</strong>puis longtemps que chez les Hyménomycètes il y<br />

a <strong>de</strong>ux types <strong>de</strong> cycle évolutif. Chez la plupart <strong>de</strong>s espèces le<br />

mycélium primaire passe à l'état <strong>de</strong> mycélium secondaire, ou<br />

bien spontanément, cbez les formes homothalliques, ou bien<br />

après croisement avec un autre mycélium primaire complémentaire.<br />

Dans les basi<strong>de</strong>s binucléées il y a toujours une caryogamie<br />

suivie <strong>de</strong> réduction chromatique. Cbez d'autres espèces tout le<br />

cycle évolutif se passe dans la pbase haploï<strong>de</strong>; les basi<strong>de</strong>s sont<br />

donc uninucléées et il II'y a pas <strong>de</strong> réduction chromatique.<br />

BAUCH (26) et SMITHΒ4) ont pu constater que, dans la même<br />

espèce, il y a parfois <strong>de</strong>s formes dont le cycle évolutif se passe<br />

dans la haplophase à côté d'autres où il y a une caryogamie.<br />

CHOWΒ4), élève <strong>de</strong> Dangeard, prétend avoir obtenu, à partir<br />

<strong>de</strong> cultures monospèrmes, <strong>de</strong> son Coprinus îaéopus ( syn. <strong>de</strong><br />

notre Coprinus iimetarius ), <strong>de</strong>s carpophores partiellement ou<br />

complètement stériles, mais à basi<strong>de</strong>s binucléées et avec une caryogamie.<br />

C'est pourquoi nous avons profité <strong>de</strong> l'occasion pour étudier<br />

soigneusement ces carpophores <strong>de</strong> cultures monospèrmes avec<br />

<strong>de</strong>s mycéliums bien connus au point <strong>de</strong> vue génétique.<br />

Normalement les cultures monospèrmes <strong>de</strong> C. iimetarius<br />

restent indéfiniment à l'état <strong>de</strong> mycélium primaire et ne fructifient<br />

pas, à moins qu'une mutation II'intervienne. Elles peuvent<br />

tout au plus donner <strong>de</strong> petites ébauches <strong>de</strong> carpophores qui ne se<br />

développent jamais. Une fois il nous est arrivé d'obtenir une<br />

souche dont toutes les cultures monospèrmes fructifiaient. Les<br />

carpophores étaient presque normaux; seulement ils ne laissaient<br />

pas tomber les spores et il y avait beaucoup <strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s avortées.<br />

Cette souche, que nous désignerons par B4, est apparue par<br />

mutation parmi la <strong>de</strong>scendance d'un carpophore <strong>de</strong> constitution<br />

génétique connue ( A'b + aB ). De trois tétra<strong>de</strong>s étudiées dans la<br />

<strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> ce carpophore, <strong>de</strong>ux (A et C) avaient une constitution<br />

normale ( A'B, A'b, aB, ab ), tandis que la' troisième<br />

nous présentait une mutation. En effet le mycélium B< ( cf•<br />

Tableau VII) qui <strong>de</strong>vait avoir la constitution ab nous a donné<br />

réaction positive non seulement avec AB mais aussi avec aB;


3o4 A. Quintanilha<br />

et, quoique en étant un mycélium primaire typique, il fructifiait<br />

régulièrement dans les tubes <strong>de</strong> culture. Croisé avec un<br />

groupe d'autres tests, obtenus eux aussi par mutation, le mycé-<br />

lium B4 a donné ( cf. Tableau VII ) : réaction positive avec tous<br />

ceux qui possè<strong>de</strong>nt le facteur B associé à un autre différent <strong>de</strong><br />

a; réaction illégitime avec ceux qui ont b associé à un facteur<br />

différent <strong>de</strong> a; réaction négative avec ab; réaction illégitime avec<br />

aB. Cette capacité <strong>de</strong> donner <strong>de</strong>s réactions illégitimes avec aB<br />

s'évanouit petit à petit au fur et à mesure que le mycélium<br />

(B4) <strong>de</strong>vient plus âgé, pour disparaître complètement au bout<br />

<strong>de</strong> quelques semainesβ à 5). Il doit donc possé<strong>de</strong>r le facteur b<br />

associé à un allélomorpbe <strong>de</strong> Aa différent <strong>de</strong> A, A' et A" et<br />

d'une valence suffisament différente <strong>de</strong> celle <strong>de</strong> a pour pouvoir<br />

donner avec celui ci, dans la jeunesse, <strong>de</strong>s réactions illégitimes.<br />

Nous désignerons ce nouveau mutant par a t. Le mycélium B4 sera<br />

donc ai b.<br />

D'un carpopbore ( Fig. 17 et 18, Pl. III ), né sur le mycélium<br />

monospèrme B 4 nous avons isolé quatre tétra<strong>de</strong>s. Files étaient<br />

toutes monocrates (cf. Tableau VIII), chaque mycélium ayant<br />

la même constitution que B4 (a tb). Croisés les uns avec les autres<br />

on II'a obtenu que <strong>de</strong>s réactions négatives (cf. Tableau VIII).<br />

Les réactions avec aB étaient maintenant plus faibles, quelquefois<br />

même négatives, certainement parce que les croisements avec les<br />

tests II'ont été faits que quand les mycéliums étaient âgés <strong>de</strong> 22


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

jours. Les mycéliums monospèrmes <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> B4 sont<br />

tous typiquement primaires; ils ne passent jamais à l'état <strong>de</strong><br />

mycélium secondaire; mais ils fructifient tout <strong>de</strong> même et très<br />

régulièrement, plus vite encore que les mycéliums secondaires<br />

qu'on obtient par croisement avec AB.<br />

Le développement <strong>de</strong> ces carpophores a été étudié tr s<br />

soigneusement. On ne rencontre jamais <strong>de</strong> dicaryons. Toutes les<br />

cellules <strong>de</strong> l'hyménium ont, dès le commencement, un seul<br />

noyau avec les dimensions <strong>de</strong>s noyaxix haploï<strong>de</strong>s (Fig. 19, Pl.<br />

III); celui-ci augmente <strong>de</strong> volume, avant la division, mais<br />

II'atteint jamais la moitié du volume normal <strong>de</strong>s noyaux diploï<strong>de</strong>s<br />

qui vont subir la division <strong>de</strong> réduction.<br />

Le noyau haploï<strong>de</strong> <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong> prend maintenant place à<br />

la partie supérieure <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong> et le fuseau va se former, comme<br />

d'habitu<strong>de</strong>, dans une position transversale.<br />

Tout se passe maintenant comme chez les basi<strong>de</strong>s haploï<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>s carpophores illégitimes. Quelques basi<strong>de</strong>s avortent avant la<br />

-première division,.d'autres plus nombreux, après cette division,<br />

d'autres finalement, plus rares, après la <strong>de</strong>uxième division. On<br />

pourrait répéter ici ipsis verbis ce que nous avons décrit plus<br />

haut à propos <strong>de</strong>s fructifications illégitimes. Plusieurs <strong>de</strong> ces<br />

fructifications portent une gran<strong>de</strong> quantité <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s; elles<br />

«ont toutes monocrates (a tb) et les spores germent normalement.<br />

La capacité <strong>de</strong> produire <strong>de</strong>s fructifications haploï<strong>de</strong>s II'est


306 A. Quintanilha<br />

pas ainsi, d'après notre expérience, une faculté plus au moins<br />

généralisée chez les mycéliums primaires <strong>de</strong> Coprinus iimetarius.<br />

Cette capacité est survenue brusquement cbez une soucbe où<br />

ePe II'existait pas et s'est maintenue après pendant <strong>de</strong>s générations<br />

sucessives, avec la plus gran<strong>de</strong> régularité.<br />

Nous croyons donc être en présence d'une mutation accompagnée<br />

en outre d'une légère modification génotypique <strong>de</strong> a en a t.<br />

Au contraire <strong>de</strong> ce qu'affirme CHOW (loc. cit.) ces fructifications<br />

baploï<strong>de</strong>s ne contiennent que <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s uninucléées.<br />

CHAPITRE IV<br />

Mutation A'. Phénomènes <strong>de</strong> nanisme<br />

Parmi les mutations obtenues, celle que nous désignons par<br />

A' a surgi dans la <strong>de</strong>scendance d'une fructification illégitime.<br />

Cette fois-ci nous ne sommes pas parti d'une culture bispèrme,<br />

comme d'habitu<strong>de</strong>, mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux mycéliums dont la constitution<br />

avait été constaté par <strong>de</strong>s croisements. Ces <strong>de</strong>ux mycéliums<br />

(Ab) et (ab), croisés pour la première fois, ont donné une<br />

réaction illégitime très nette.<br />

Le mycélium illégitime ainsi obtenu s'est conduit comme<br />

ceux <strong>de</strong>s autres copulations illégitimes dont nous avons déjà<br />

parlé. Seulement l'analyse <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s était très difficile ici<br />

puisque bon nombre <strong>de</strong> spores ne germaient pas, tandis que<br />

d'autres, tout en germant, ne donnaient que <strong>de</strong>s mycéliums<br />

nains, d'un aspect pitoyable dont les hyphes se résolvaient<br />

presque complètement en oï<strong>de</strong>s et mourraient presque toujours<br />

après le repiquage.<br />

Ainsi, d'une <strong>de</strong> ces fructifications illégitimes (Ab + ab),<br />

nous avons isolé une fois six tétra<strong>de</strong>s. Des 24 mycéliums<br />

obtenus pas plus que trois ont résisté au repiquage; ils appartenaient<br />

tous à la même tétra<strong>de</strong>. Confrontés avec les tests ils ont<br />

donné les réactions que nous rep:oduisons dans notre Tableau<br />

IX. La réaction <strong>de</strong> 1A avec ab étant une copulation illégitime<br />

la tétra<strong>de</strong> <strong>de</strong>vait être du type dicrate et avoir <strong>de</strong>ux spores Ab et<br />

<strong>de</strong>ux ab. La spore 2À et sa soeur 4A, dont le mycélium est<br />

mort après le repiquage, <strong>de</strong>vait avoir la constitution ab. Contrairement<br />

à tout ce que nous avions observé auparavant ce mycé-


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

lium 2A ( ab) a non seulement donné une réaction positive avec<br />

le test AB mais aussi, et également forte, avec aB. Et, ce oui<br />

était le plus grave encore, ce <strong>de</strong>uxième croisement ( ab X aB )<br />

fructifiait dans le tube <strong>de</strong> gélose au même temps que le croisement<br />

légitime ( ab X AB ) !<br />

Dans la supposition qu'il s'agissait d'une copulation illégitime,<br />

cette fois-ci par communauté <strong>de</strong> a, nous avons répété les<br />

croisements, recueilli <strong>de</strong>s spores <strong>de</strong> la fructification formée dans<br />

le tube <strong>de</strong> gélose et repiqué le mycélium secondaire, qui l'avait<br />

produit, sur du crottin <strong>de</strong> cbeval.<br />

Le mycélium 2A, confronté avec les tests se conduisait tour<br />

à tour comme ab et comme A'b (Tableau X).<br />

Après la division <strong>de</strong> réduction dans la basi<strong>de</strong>, dans les<br />

noyaux du mycélium qui proviennent <strong>de</strong> celui <strong>de</strong> la spore 2À,<br />

une mutation doit être survenue quelque part; le facteur a<br />

aurait muté en A' et le mycélium 2A serait une mélange <strong>de</strong><br />

bypbes A'b et ab. Ce mycélium mixte est typiquement primaire,


3u8 A. Quintanilha<br />

sans anses ni dicaryons, et ne fructifie pas dans l'haplophase.<br />

L'analyse <strong>de</strong>s spores <strong>de</strong> la première génération, produites<br />

par la fructification formée dans le tube <strong>de</strong> culture, a facilement<br />

confirmé l'hypothèse. Dans 27 spores, confrontés avec les tests,<br />

il en avaient: 6 ab, 12 A'b, 3 aB et 6 A'B. Comme un <strong>de</strong>s progéniteurs<br />

avait été le test aB, l'autre, le mycélium 2A, ne pouvait<br />

être que A'b. Une analyse <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s a été impossible dans les<br />

fructifications <strong>de</strong> cette première génération, parce que le nombre<br />

<strong>de</strong> mycéliums nains qui périssaient au repiquage était toujours<br />

trop élevé. De 5 tétra<strong>de</strong>s isolées 11 mycéliums II'ont pas survécu<br />

au repiquage; <strong>de</strong>s 8 restant 3 se développaient normalement,<br />

tandis que les S autres étaient nains. Ces mycéliums ne produisaient<br />

jamais <strong>de</strong>s hyphes aériennes et ne donnaient que <strong>de</strong> toutes<br />

petites taches ternes sur la gélose.<br />

Confrontés avec les tests ces mycéliums nains ont néanmoins<br />

donné toujours <strong>de</strong>s réactions normales, ce qui nous a<br />

permis <strong>de</strong> constater que ce caractère <strong>de</strong> nanisme II'était pas lié<br />

ni à un groupe sexuel spécial, ni à aucun <strong>de</strong>s quatre facteurs<br />

responsables <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong> ces quatre groupes ( A', a, B, b,).<br />

Dans chaque groupe on trouve indifférement <strong>de</strong>s mycéliums<br />

nains à côté d'autres normaux.<br />

Les mycéliums secondaires obtenus par croisement <strong>de</strong> ces<br />

nains, soit avec les tests, soit avec <strong>de</strong>s mycéliums compatibles<br />

normaux <strong>de</strong>là même fructification, ne laissent remarquer aucunne<br />

anomalie. Ils fructifient normalement et, dans la <strong>de</strong>scendance


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

<strong>de</strong> ces carpophores, les quatre facteurs ( A', a, B, b) mendélisent<br />

comme d'habitu<strong>de</strong>; les quatre spores <strong>de</strong> chaque tétra<strong>de</strong> germent<br />

bien et donnent origine à <strong>de</strong>s mycéliums vigoureux (Tab. XI).<br />

Tous les efforts dans le but d'obtenir <strong>de</strong>s mycéliums secondaires<br />

par confrontation <strong>de</strong> mycéliums nains compatibles, ont été vains.<br />

Ces mycéliums, confrontés les uns avec les autres, ne donnent<br />

jarrîais <strong>de</strong>s réactions positives. Néanmoins nous croyons pouvoir<br />

affirmer que ce nanisme II'est pas un caractère génotypique,<br />

autrement il se serait manifesté chez les haplontes <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance<br />

d'une fructification hybri<strong>de</strong> (Nain X Normal). Ce nanisme<br />

doit être donc <strong>de</strong> nature phénotypique. Mais, une fois<br />

manifesté, il nous a été impossible <strong>de</strong> le «guérir» par une alimentation<br />

riche en vitamines et variée —moût d'orge, décoction<br />

<strong>de</strong> crottin <strong>de</strong> cheval non stérilisée, etc. La seule possibilité <strong>de</strong><br />

guérison, c'est le mariage avec un partenaire vigoureux; les<br />

pauvres nains reprennent alors courage et une vie nouvelle<br />

recommence pour eux.<br />

Ces phénomènes <strong>de</strong> nanisme sont en outre en relation avec<br />

<strong>de</strong>s anomalies <strong>de</strong> développement <strong>de</strong>s carpophores. Dans le croisement<br />

primitif ( 2A x<br />

aB — A'b X aB ) les premiers carpophores<br />

développés avaient l'air <strong>de</strong> fructifications illégitimes — croissance<br />

lente, pieds courts, petite quantité <strong>de</strong> spores, <strong>de</strong>s chapeaux<br />

qui souvent ne s'épanouissent pas, couleur pâle, etc. Les autres<br />

séries <strong>de</strong> fructifications qui surviennent sur la même culture ont<br />

un aspect chaque fois plus normal. Et, dans <strong>de</strong>s cultures, polyspèrmes<br />

sucessives, ces anomalies s'évanouissent petit à petit et<br />

l'on arrive à obtenir <strong>de</strong>s fructifications que rien ne permet <strong>de</strong><br />

distinguer <strong>de</strong>s normales.<br />

La mutation A' ne peut pas être rendue directement responsable<br />

<strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> nanisme, ou <strong>de</strong>s anomalies <strong>de</strong><br />

développement observées dans les fructifications. Mais un<br />

trouble quelconque, et qui II'intéresse pas le génotype, s'est<br />

produit simultanément avec la mutation. Les noyaux sont sains<br />

et ne transmettent pas la maladie; c'est, peut être, le plasma qui<br />

est mala<strong>de</strong>, plus ou moins incapable <strong>de</strong> se nourrir. Déversés<br />

dans un plasma bien portant, les noyaux se conduisent d'une<br />

façon normale et les anomalies disparaissent.<br />

40


310 A. Quintanilh,<br />

CHAPITRE V<br />

Mutation A"<br />

Plus intéressant que le mutant A' est celui que nous désignons<br />

par A".<br />

D'une sporée, conservée sur lamelle, et où il ne <strong>de</strong>vait y<br />

avoir que quatre groupes <strong>de</strong> spores, AB, ab, Ab, aB, nous avons<br />

fait <strong>de</strong> nombreuses cultures bispèrmes. La confrontation <strong>de</strong> ces<br />

cultures avec les tests nous a toujours permis <strong>de</strong> constater le<br />

sexe <strong>de</strong> cbacune <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux spores. Si elles étaient complémentaires<br />

la culture était écartée; si elles avaient, au moins, un facteur<br />

commun la culture était repiquée sur du crottin <strong>de</strong> cbeval, pour<br />

en étudier le développement et la <strong>de</strong>scendance.<br />

Ces cultures bispèrmes se sont toujours conduites d'après<br />

les règles déjà énoncées dans le cbapitre sur les copulations<br />

illégitimes: la communauté <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux facteurs, ou d'un seul <strong>de</strong> la<br />

paire Aa, empêche tout à fait le développement <strong>de</strong> mycéliums<br />

secondaires et <strong>de</strong> carpophores ; la communauté <strong>de</strong> B ou b conduit<br />

toujours à <strong>de</strong>s mycéliums illégitimes qui donnent <strong>de</strong>s fructifications<br />

haplodiploï<strong>de</strong>s.<br />

Une seule exception, dans une première série <strong>de</strong> l7 cultures<br />

bispèrmes, s'est présentée à nous. La culture II.° 2, dont la confrontation<br />

avec les tests avait dénoncé la présence <strong>de</strong>s mycéliums<br />

Ab et AB, se présentait avec les caractères d'un mycélium primaire.<br />

Mais, repiquée sur du crottin <strong>de</strong> cheval, un mois passé,<br />

une première génération <strong>de</strong> carpophores commence à se développer<br />

et avorte. Quelques jours plus tard une <strong>de</strong>uxième série<br />

fait son apparition; les carpophores, cette fois ci, ont un aspect<br />

normal, quoique les pieds soient un' peu plus courts; ils<br />

s'épanouissent quand la culture est âgée <strong>de</strong> 38 jours et laissent<br />

tomber les spores. A partir <strong>de</strong> ce moment la culture, successivement<br />

repiquée, fructifie régulièrement en donnant <strong>de</strong>s carpophores<br />

tout à fait semblables à ceux <strong>de</strong>s copulations légitimes.<br />

De nombreuses spores ont été isolées, produites par différentes<br />

fructifications. Celles qui procédaient <strong>de</strong> la première<br />

série <strong>de</strong> carpophores germaient malβ6°/' 0 ), mais ne donnaient<br />

que <strong>de</strong>s mycéliums vigoureux. Celles <strong>de</strong>s fructifications ultérieures<br />

germaient dans la proportion normale (l00°/ 0). Dès les premières<br />

confrontations avec les tests il nous a été facile <strong>de</strong>


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

constater la présence d'un facteur nouveau, que nous désignons<br />

par A", associé, tour à tour, avec B et b. Puis l'analyse <strong>de</strong> douze<br />

tétra<strong>de</strong>s d'une <strong>de</strong> ces fructifications, dont les spores germaient<br />

normalement, a pleinement, confirmé la mutation ( Tableau XII).<br />

De ces douze tétra<strong>de</strong>s, sept étaient tétracrates et avaient la constitution<br />

AB, Ab, A"B, A"b; les cinq autres étaient dicrates,<br />

<strong>de</strong>ux <strong>de</strong> la constitution 2 AB + 2 A"b et trois 2 Ab + 2 A"B.<br />

Il ne s'agissait donc pas d'une copulation illégitime par communauté<br />

<strong>de</strong> A, mais d'une mutation. Dans un noyau <strong>de</strong> l'un<br />

<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux mycéliums mis em présence (Ab et AB) le facteur A<br />

a muté en A". Ce nouveau noyau (soit A"b) a pu maintenant<br />

donner une réaction positive avec son complémentaire (soit ÀB).<br />

Des carpopbores se sont développés avec <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s certainement<br />

binucléées et une réduction normale.<br />

Ici encore la mutation'a été accompagnée <strong>de</strong> petits troubles<br />

physiologiques: diminution du pouvoir germinatif, anomalies <strong>de</strong><br />

développement <strong>de</strong>s premières fructifications. Mais ces troubles,<br />

moins importants que dans le mutant A', disparaissent rapi<strong>de</strong>ment.<br />

Le nouveau mutant A" est non seulement différent <strong>de</strong> A<br />

mais aussi <strong>de</strong> a, <strong>de</strong> A' et <strong>de</strong> a t.<br />

Ainsi les mycéliums qui possè<strong>de</strong>nt le facteur A" donnent


312<br />

A. Quintartilh,<br />

<strong>de</strong>s réactions positives très nettes avec ceux qui contiennent a,<br />

A' ou âj, pourvu qu'ils soient différents pour ce qui est du<br />

facteur <strong>de</strong> la paire Bb. Dans la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> ces croisements<br />

il y a un jeu mendélien régulier, (l). Les cinq facteurs (A, a,<br />

À', A" et ai), <strong>de</strong>ux trouvés dans la nature et trois obtenus par<br />

mutation, sont donc <strong>de</strong>s allélomorpbes.<br />

Dans le cas précédant la mutation A' ne se manifestait que<br />

par une modification génotypique <strong>de</strong> la valence du facteur<br />

sexuel. Ici le cas est tout différent. A côté <strong>de</strong> cette modification<br />

<strong>de</strong> la valence d'un facteur la mutation se manifeste par d'autres<br />

caractères et très importants.<br />

Ainsi tout mycélium qui possè<strong>de</strong> le facteur A", qu'il soit<br />

associé à B ou à b, a l'aspect d'un mycélium illégitime; il produit<br />

<strong>de</strong> nombreuses anses, pour la plupart fermées à l'extrémité<br />

(l) Ainsi, pat exemple, A"BXAb^A"B, A"b, AB, Ab; trois tétra<strong>de</strong>s analysées.<br />

A"b X aB = A"B, A"b, aB, ab; quatre tétra<strong>de</strong>s analysées.<br />

A"b X A'B = A"b, A"B, A'b, A'B ; quatre tétra<strong>de</strong>s analysées.<br />

A"B X A'b = A"B, A"b, A'B. A'b; Quatre tétra<strong>de</strong>s analysées; etc.<br />

II


Cytologie et génétigue <strong>de</strong>' la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

distale et retenant un noyau emprisonné (l);Tes cellules terminales<br />

<strong>de</strong>s hyphes sont normalement binucléées, les sub-terminales<br />

et les branches latérales uninucléées, exactement comme<br />

pour les mycéliums illégitimes. (Fig. 3.) Seulement ici les divisions<br />

conjuguées sont bien plus rares; même dans les cellules<br />

terminales où il y a <strong>de</strong>ux noyaux la règle c'est qu'un seul <strong>de</strong><br />

ces <strong>de</strong>ux noyaux prenne part à la formation <strong>de</strong> l'anse, l'autre<br />

restant éloigné et en repos. ( Fig. 3, I à IV) A côté <strong>de</strong> ces anses<br />

il y en a d'autres dont la formation est accompagnée <strong>de</strong> divisions<br />

conjuguées incontestables (fig. 3, V a VII).<br />

D'autre part tous ces mycéliums à A" fructifient dans <strong>de</strong>s<br />

cultures monospèrmes. Les carpopbores se développent assez<br />

normalement et ressemblent à ceux du mutant B4 (ai) (Fig.<br />

21 à 24, Pl. III). La production <strong>de</strong> spores est aussi moins gran<strong>de</strong><br />

que chez les fructifications légitimes. Mais elles germent toutes<br />

et donnent origine à <strong>de</strong>s mycéliums vigoureux. Les quatre spores<br />

<strong>de</strong> chaque tétra<strong>de</strong> et toutes les spores d'une fructification,<br />

appartiennent au même groupe sexuel que le mycélium où le<br />

carpophore a été produit (Tab. XIII). On aurait cru donc<br />

qu il s'agissait <strong>de</strong> fructifications haploï<strong>de</strong>s comme celles du<br />

mutant B 4 (a t ).<br />

(l) Dans <strong>de</strong>s mycéliums observés sur le frais nous avons souvent vu <strong>de</strong>s anses<br />

normales, comme celles <strong>de</strong>s mycéliums légitimes; dans <strong>de</strong>s préparations définitives <strong>de</strong>s<br />

mêmes mycéliums, fixées et colorées sur <strong>de</strong>s lamelles à gélose, nous les avons vainement<br />

cherché.


3l 4<br />

.A. Qjiintaniîh,<br />

Une étu<strong>de</strong> cytologique soigneuse <strong>de</strong> ces carpophores nous a<br />

permis <strong>de</strong> mettre en évi<strong>de</strong>nce, à côté <strong>de</strong>s cellules hyméniales<br />

unicléées, d'autres à <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s (Fig. 25, Pl. IV).<br />

Celles-ci sont bien plus rares que cbez les fructifications illégitimes<br />

mais elles existent et ses <strong>de</strong>ux noyaux vont se conjuguer<br />

pour donner origine à un noyau diploï<strong>de</strong>.<br />

D'après ce que nous avons vu nous croyons que les choses<br />

se passent dorénavant comme chez les fructifications illégitimes.<br />

La seule différence est que là, les <strong>de</strong>ux noyaux <strong>de</strong> chaque<br />

dicaryon étant génotypiquement différents, on obtenait <strong>de</strong>s<br />

tétra<strong>de</strong>s dicrates, sur <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s diploï<strong>de</strong>s; tandis qu'ici les<br />

noyaux ayant tous le même génotype il ne peut plus être question<br />

<strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s dicrates, ce que l'expérience confirme.<br />

Mais alors si les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont former le dicaryon<br />

et puis se conjuguer dans la basi<strong>de</strong> ont le même génotype, c'est<br />

à dire s'ils possè<strong>de</strong>nt en commun <strong>de</strong>ux facteurs <strong>de</strong> sexualité ( ou<br />

<strong>de</strong> stérilité) {A" et B, p. ex.), qu'est ce qui peut les pousser<br />

l'un vers l'autre et lever l'incompatibilité qui se manifeste<br />

toujours dans ces conditions? Evi<strong>de</strong>mment il ne s'agit pas d'une<br />

suppression <strong>de</strong> l'hétérothalisme et d'un retour à l'état homothallique,<br />

puisque ces mycéliums continnuent à réagir avec les autres<br />

d'après la loi <strong>de</strong> Kniep. D'autre part s'il y a accouplement <strong>de</strong><br />

noyaux et fusion dans la basi<strong>de</strong>, s'il y a un acte sexuel, c'est<br />

que les <strong>de</strong>ux noyaux qu'y prennent part étaient sexuellement<br />

différents. Comme ils ont tous <strong>de</strong>ux le même génotype, la seule<br />

explication c'est qu'il s'agit là d'une différenciation phénotypique.<br />

Chez les espèces homothalliques ( Coprinus sterç[uiîinus, p.<br />

ex.) nous avons quelque chose <strong>de</strong> semblable. Les <strong>de</strong>ux noyaux<br />

qui vont se conjuguer dans la basi<strong>de</strong> ont, eux aussi, le même génotype<br />

; la différenciation sexuelle que les poussent l'un vers<br />

1 autre est <strong>de</strong> nature phénotypique, comme Har<strong>de</strong>r l'a si élégamment<br />

démontré. Il est vrai qu'il II'y a aucune incompatibilité à<br />

lever, puisque les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont se conjuguer II'ont pas<br />

un facteur commun <strong>de</strong> sexualité ( ou <strong>de</strong> stérilité, si vous préférez).<br />

Tout autre parait être le cas <strong>de</strong>s Ascomycètes parthénogamiques<br />

et autogamiques ( Ascobolus citrinus, Humaria granulata,<br />

etc. ). Ici les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont se conjuguer sont du<br />

même sexe, sont tous <strong>de</strong>ux féminins. Si ces espèces apandriques


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

proviennent <strong>de</strong> formes primitives hétérothalliques, par dégénérescence<br />

<strong>de</strong>s mycéliums masculins <strong>de</strong>venus inutiles, comme tout<br />

parait l'indiquer, alors les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont se conjuguer<br />

doivent avoir un facteur commun <strong>de</strong> sexualité; une différenciation<br />

phénotypique du sexe peut empêcher cette incompatibilité<br />

<strong>de</strong> se manifester.<br />

L'hypothèse que <strong>de</strong>ux noyaux avec le même génotype peuvent<br />

se conduire comme s'ils étaient <strong>de</strong> sexe différent, moyennant<br />

une différenciation phénotypique si forte qui se superpose au<br />

génotype, cette hypothèse, disions nous, est aussi vraisemblable<br />

et logique que celle qui admet que <strong>de</strong>ux plantes <strong>de</strong> Primula, <strong>de</strong><br />

même génotype, cultivées à <strong>de</strong>s températures différentes, produisent,<br />

l'une <strong>de</strong>s fleurs rouges, l'autre <strong>de</strong>s fleurs blanches.<br />

CHAPITRE VI<br />

Mutation K<br />

Le mutant que nous désignons par K a eu, lui aussi, son<br />

origine dans une culture bispèrme ( Bisp. K ). Cette culture confrontée<br />

avec les tests a donné une réaction positive avec aB et<br />

AB. Elle était donc constituée par les <strong>de</strong>ux mycéliums Ab et<br />

ab. Il y avait communauté <strong>de</strong> b et la culture montrait les anses<br />

incomplètes caractéristiques <strong>de</strong>s copulations illégitimes. Nous<br />

nous attendions donc à trouver dans la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s<br />

dicrates et monocrates, d'après la loi expérimentalement établie<br />

pour ce type <strong>de</strong> fructifications. L'analyse <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s <strong>de</strong> la<br />

première génération nous a néanmoins conduit à <strong>de</strong>s résultats<br />

tout à fait différents.<br />

Il est cependant extrêmement difficile <strong>de</strong> faire fructifier cette<br />

culture bispèrme K. Tandis que toutes les autres copulations<br />

illégitimes <strong>de</strong> la même série avaient produit ses carpophores<br />

dans les termes réglementaires, celle-ci s'est maintenu longtemps<br />

stérile. Malgré tous nos efforts nous II'avons réussi à obtenir,<br />

jusqu'à la fin du cinquième mois, que <strong>de</strong> toutes petites ébauches<br />

<strong>de</strong> carpophores qui avortaient régulièrement avant la maturation.<br />

Pendant le sixième mois une fructification s'est développée<br />

jusqu'à maturation et il nous a été possible d'analyser sept<br />

tétra<strong>de</strong>s complètes. Toutes les spores appartenaient au même<br />

groupe; elles avaient toutes la constitution <strong>de</strong> l'un <strong>de</strong>s progé-


316 A. Quintanilha<br />

niteurs, Ab. L'autre mycélium, ab, II'avait pas participé à la<br />

formation du carpophore (Tableau XIV).<br />

Les quatre mycéliums obtenus par culture monospèrme à<br />

partir <strong>de</strong>s spores d'une même tétra<strong>de</strong> fructifiaient régulièrement,<br />

déjà sur la gélose <strong>de</strong>s tubes <strong>de</strong> culture, tout à fait comme ceux<br />

<strong>de</strong> notre mutant B4. Dans la <strong>de</strong>uxième génération <strong>de</strong> ces cultures<br />

monospèrmes, les tétra<strong>de</strong>s étaient également monocrates et cons-<br />

tituées, comme dans la première génération, exclusivement par<br />

<strong>de</strong>s spores Ab. Ces mycéliums <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> la culture<br />

bispèrme K. confrontés avec aB donnaient toujours une réaction<br />

positive énergique; dans les confrontations avec les trois autres<br />

tests on voyait souvent <strong>de</strong>s pseudo-anses semblables à celles<br />

<strong>de</strong>s copulations illégitimes. Un <strong>de</strong> ces croisements AbxAB a<br />

été repiqué pour en étudier la <strong>de</strong>scendance. Dans la génération<br />

suivante (Tableau XV) toutes les quatre spores <strong>de</strong> chaque<br />

tétra<strong>de</strong> appartenaient <strong>de</strong> nouveau au groupe Ab et chaque<br />

mycélium fructifiait comme le progéniteur Ab en culture monospèrme.<br />

Le mycélium AB II'avait, lui aussi, non plus pris part au<br />

développement du carpophore. Ici encore, comme dans la culture<br />

originelle <strong>de</strong> la bispèrme K, il II'était question qu'apparément<br />

d'une copulation illégitime. En réalité les fructifications qui se<br />

développaient II'étaitent que le produit d'un seul mycélium.<br />

Ce mutant K a donc, comme celui <strong>de</strong> notre souche B4 (cf.<br />

pag. 303), la faculté <strong>de</strong> fructifier en culture monospèrme. Mais<br />

tandis que les mycéliums <strong>de</strong> B4 étaient toujours primaires, ceux


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 317<br />

<strong>de</strong> K produisent une infinité <strong>de</strong> pseudo-anses. Ils ont l'aspect<br />

<strong>de</strong>s mycéliums <strong>de</strong>s copulations illégitimes.<br />

Si l'on observe <strong>de</strong>s préparations colorées <strong>de</strong> ces mycéliums<br />

K on se rend compte que la formation <strong>de</strong>s anses est ici d'une<br />

gran<strong>de</strong> irrégularité. (Fig. 4).<br />

On peut tout d'abord distinguer <strong>de</strong>ux types: celles dont la<br />

formation II'est pas accompagnée <strong>de</strong> divisions nucléaires, et<br />

celles ou il y a <strong>de</strong>s divisions nucléaires pendant la formation<br />

<strong>de</strong> l'anse. Dans le premier type les anses sont toujours dépourvues<br />

<strong>de</strong> noyaux (I et II, fig. 4). La petite boucle commence à se<br />

former en face du noyau, mais celui-ci s'échappe vers le sommet<br />

<strong>de</strong> l'hyphe sans se diviser et l'anse reste vi<strong>de</strong>; elle peut se<br />

séparer par un cloison <strong>de</strong> l'hyphe qui l'a produite (II fig. 4),<br />

ou rester ouverte (I Fig. 4). Le cloison transversal qui accompagne<br />

normalement la formation <strong>de</strong> l'anse peut ausssi être supprimé<br />

(II fi^. 4). Il II'est pas rare aussi qu'une série d'anses se<br />

forment à côté les unes <strong>de</strong>s autres, toutes dépourvues <strong>de</strong> noyaux<br />

et <strong>de</strong> cloisons transversales. ,<br />

Dans le <strong>de</strong>uxième type une division nucléaire accompagne<br />

la formation <strong>de</strong> l'anse <strong>de</strong> sorte que celle-ci est toujours pourvue<br />

d'un noyau. Un cloison sépare toujours l'anse ainsi formée <strong>de</strong><br />

l'hyphe où elle a pris origine; le cloison transversale" peut se<br />

former ou être suprimé (III, fig. 4). Finalement, et c'est le cas<br />

le plus rare, la formation <strong>de</strong> l'anse est accompagnée d'une<br />

4l


318 A. Quintanilh.<br />

division conjuguée (V, fig. 4 et fig. 28, Pl. IV). Les choses se<br />

passent alors comme s'il s'agissait d'une copulation illégitime;<br />

<strong>de</strong>s quatre noyaux ainsi formés, <strong>de</strong>ux restent dans la cellule<br />

terminale, un passe vers la cellule subtermina 1<br />

^ et le quatrième<br />

reste emprisonné dans l'anse. (Fig. 4, V et VI).<br />

La plupart <strong>de</strong>s anses se vi<strong>de</strong>nt petit à petit <strong>de</strong> leur contenu;<br />

si elles sont pourvues <strong>de</strong> noyaux celui-ci dégénère et est<br />

reabsorbé. Mais il arrive quelques fois que ces anses nucléées<br />

commencent tout d'un coup à se développer, comme si c'étaient<br />

<strong>de</strong>s branches latérales, ou bien en avant, ou bien en arrière. Le<br />

noyau se divise et elles donnent origine à son tour à <strong>de</strong> nouvelles<br />

anses (IV fig. 4 et fig. 29, Pl. IV).<br />

Ces mycéliums monospèrmes fructifient régulièrement; les<br />

carpophores ressemblent beaucoup à ceux <strong>de</strong>s copulations illégitimes,<br />

non seulement par la morphologie que par le rythme <strong>de</strong><br />

leur développement.<br />

La plupart <strong>de</strong>s celulles hyméniales II'a qu'un seul noyau<br />

haploï<strong>de</strong>. Comme dans les carpophores du mutant A" il y en


Cytologie et génétic/ue <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 3l9<br />

a cependant quelques unes pourvues <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s<br />

Oui vont se conjuguer (Fig. 30, Pl. IV). Fa suite du développement<br />

est i<strong>de</strong>ntique à celle <strong>de</strong>s frutifications <strong>de</strong> A". Ft<br />

puisque toutes les spores à chaque génération appartiennent au<br />

même groupe, ont le même génotype, les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont<br />

s'accoupler dans le dicaryon et puis se conjuguer dans la basi<strong>de</strong><br />

sont génotypiquement du même sexe. S'ils réalisent, malgré cela,<br />

un acte sexuel, la seule explication raisonable c'est que, comme<br />

chez A", ils se sont différenciés phénotypiquement dans <strong>de</strong>s sens<br />

opposés. Cette différenciation phénotypique peut être tellement<br />

forte qu'elle étouffe l'incompatibilité provenant <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ux facteurs communs. Seulement elle ne se transmet pas à la<br />

génération suivante, comme le génotype.<br />

Ce mutant K ressemble beaucoup à A". Mais tandis que<br />

chez A" il y a eu une mutation sexuelle, une modification<br />

permanente et brusque <strong>de</strong> la valence d'un <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong><br />

sexualité, ici les <strong>de</strong>ux facteurs ont conservé leur valence. La<br />

mutation se manifeste par la capacité <strong>de</strong> produire <strong>de</strong>s mycéliums<br />

à anses et <strong>de</strong> fructifier dans <strong>de</strong>s cultures monospèrmes.<br />

CHAPITRE VII<br />

Conclusions<br />

Dans les chapitres précédants nous avons exposé le résultat<br />

<strong>de</strong> nos investigations. C'est maintenant l'occasion <strong>de</strong> voir en<br />

quoi ces résultats peuvent contribuer à l'interprétation du<br />

problème <strong>de</strong> la sexualité.<br />

Tous ceux qui se sont occupés expérimentalement <strong>de</strong> la<br />

sexualité <strong>de</strong>s Hyménomycètes sont d'accord quant à l'existence<br />

<strong>de</strong> facteurs mendéliens responsables <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux<br />

groupes «sexuels» dans les formes bipolaires, ou <strong>de</strong> quatre<br />

groupes dans les formes tétrapolaires. Ces facteurs mendéliens,<br />

nous savons qu'ils existent, nous pouvons travailler avec eux et<br />

prévoir ainsi, non seulement le résultat <strong>de</strong> toute sorte <strong>de</strong> confrontation<br />

entre <strong>de</strong>ux mycéliums quelconques, mais aussi la<br />

constitution <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> chaque carpophore, pourvu<br />

qu'on connaisse les mycéliums qui lui ont donné naissance.<br />

Mais, que sont ces facteurs ? Quelles relations y a-til entre ces<br />

phénomènes <strong>de</strong> compatibilité et d'incompatibilité, et les phéno-


320 A. Quintanilha<br />

mènes <strong>de</strong> sexualité chez les autres groupes d'êtres vivants? Ici<br />

les biologistes sont loin d'être d'accord. Plusieurs bypotbèses<br />

ont été formulées dans le but d'expliquer ces phénomènes. Nous<br />

ne nous occuperons que <strong>de</strong> celles qui ont éveillé le plus<br />

d'attention.<br />

a) Les <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs Aa, Bb, seraient, non <strong>de</strong>s<br />

facteurs <strong>de</strong> sexualité, mais <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> copulation (Kniep);<br />

b) Les <strong>de</strong>ux paires dé facteurs Aa, Bb, ne seraient autre<br />

cbose que <strong>de</strong>s réalisateurs sexuels masculins, y y I, féminins).<br />

Il II'y aurait en realité que <strong>de</strong>ux sexes différents, malgré l'apparence<br />

illusoire <strong>de</strong> quatre sexes à chaque génération (Hartmann) ;<br />

c) Des <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs Aa, Bb, la première serait<br />

une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> sexualité, tandis que la <strong>de</strong>uxième ne<br />

serait qu'une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité (Bauch, Hartmann);<br />

d) Les <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs Aa, Bb, seraient, l'une et<br />

l'autre, <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> sexualité (Kniep);<br />

e) Les <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs Aa, Bb, II'auraient rien à<br />

voir avec la sexualité, ils seraient tout simplement <strong>de</strong>s facteurs<br />

<strong>de</strong> stérilité (Prell, Biunswik).<br />

Les <strong>de</strong>ux premières hypothèses nous les avons largement<br />

discutées dans notre mémoire <strong>de</strong> 1933. Nous avons eu alors<br />

l'occasion <strong>de</strong> démontrer que la distinction <strong>de</strong> Kniep entre <strong>de</strong>s<br />

facteurs <strong>de</strong> copulation et <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> sexualité était absolument<br />

artificielle; tandis que l'hypothèse <strong>de</strong> Hartmann, formulée<br />

dans le but <strong>de</strong> ramener les phénomènes <strong>de</strong> tétrapolarité dans<br />

les cadres <strong>de</strong> la sexualité bipolaire, non seulement obligeait son<br />

auteur à l'introduction d'hypothèses supplémentaires, contradictoires<br />

avec l'hypothèse fondamentale, mais encore II'expliquait<br />

pas d'une façon satisfaisante les phénomènes pour lesquels elle<br />

avait été créée. D'ailleurs, Hartmann, lui même, l'a abandonnée<br />

par la suite.<br />

La troisième hypothèse (c) a été formulée par Bauch à la<br />

suite <strong>de</strong> ses travaux sur l'Ustilaéo lonéissima. Là, <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong><br />

facteurs mendéliens Aa, Bb, sont responsables <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong><br />

quatre groupes «sexuels» à chaque génération. Mais, tandis que<br />

l'incompatibilité, entre <strong>de</strong>s haplontes ayant un facteur commun<br />

<strong>de</strong> l'une <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux paires, est absolue, elle II'est que relative pour<br />

les facteurs <strong>de</strong> l'autre paire. Ainsi on obtient régulièrement <strong>de</strong>s<br />

copulations illégitimes (les «Wirrf a<strong>de</strong>nhopulationen» <strong>de</strong> l'auteur),


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 321<br />

<strong>de</strong>s somatogamies, entre <strong>de</strong>s haplontes possédant en commun<br />

un facteur <strong>de</strong> cette <strong>de</strong>uxième paire.: Dans ces copulations illégitimes<br />

la somatogamie II'est jamais suivie d'une caryogamie et le<br />

mycélium dicaryotique ainsi obtenu est incapable d'infecter<br />

l'bôte habituel <strong>de</strong> l'espèce.<br />

Bauch admet que la paire <strong>de</strong> facteurs qui détermine une<br />

incompatibilité absolue serait une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> sexualité,<br />

tandis que l'autre, qui ne détermine qu'une incompatibilité<br />

relative, tout en permettant <strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> somatogamie, ne<br />

serait qu'une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité.<br />

Bauch a <strong>de</strong>puis essayé <strong>de</strong> généraliser son hypothèse aux<br />

Hyménomycètes tétrapolaires et Hartmann s'est rallié à cette<br />

manière <strong>de</strong> voir.<br />

Néanmoins les <strong>de</strong>rnières découvertes sont loin <strong>de</strong> confirmer<br />

les points <strong>de</strong> vue <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux auteurs. D'un côté Moewus vient<br />

<strong>de</strong> démontrer qu'il est possible d'obtenir la formation <strong>de</strong> zygotes,<br />

entre <strong>de</strong>s gamètes <strong>de</strong> même tendance sexuelle, chez <strong>de</strong>s espèces<br />

<strong>de</strong> Chlamydomonas avec détermination haplogénotypique du<br />

sexe; tandis que nous même venons <strong>de</strong> montrer qu'il est possible<br />

d'obtenir régulièrement <strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> caryogamie entre<br />

<strong>de</strong>s haplontes ayant en commun un <strong>de</strong> ces prétendus facteurs<br />

<strong>de</strong> stérilité. Cela veut dire qu'il est impossible d'utiliser ce<br />

critérium <strong>de</strong> Bauch dans le but <strong>de</strong> distinguer les facteurs <strong>de</strong><br />

sexualité et <strong>de</strong> stérilité. Des phénomènes <strong>de</strong> somatogamie, et<br />

même <strong>de</strong> caryogamie, sont également possibles entre <strong>de</strong>s haplontes<br />

ayant en commun <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> stérilité, qu'entre ceux où il y<br />

a communauté <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> sexualité.<br />

Il ne nous reste donc qu'à admettre ou bien que les <strong>de</strong>ux<br />

paires <strong>de</strong> facteurs sont <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> sexualité, ou bien qu'ils<br />

sont tous <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> stérilité.<br />

Nous avons déjà discuté ce problème ailleursβ3 b). Il faut<br />

seulement voir jusqu'à quel <strong>de</strong>gré les découvertes les plus<br />

récentes ont pu modifier l'aspect <strong>de</strong> la question.<br />

Chez les espèces hétérothalliques <strong>de</strong> Neurospora, chaque<br />

mycélium produit, non seulement <strong>de</strong>s organes femelles (ascogones)<br />

mais aussi <strong>de</strong>s microconidies, qui jouent ici le rôle<br />

d'organes mâles (Dodge). Chez Pleurage anserina les spores<br />

binucléées donnent origine à <strong>de</strong>s mycéliums homothalliques<br />

tandis que les spores uninucléées produisent <strong>de</strong>s mycéliums


322 A. Quintanilha<br />

hétérothalliques bipolaires. Line paire <strong>de</strong> facteurs mendéliens<br />

est responsable <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux groupes <strong>de</strong> compatibilité.<br />

On serait porté a croire que ces <strong>de</strong>ux groupes correspon<strong>de</strong>nt<br />

à <strong>de</strong>ux sexes. Pourtant Amesβ4) vient <strong>de</strong> montrer que chacun<br />

<strong>de</strong> ces mycéliums, obtenus à partir <strong>de</strong> spores uninucléées, quelque<br />

soit le groupe <strong>de</strong> compatibilité auquel il appartienne, donne<br />

toujours origine à <strong>de</strong>s organes mâles et femelles. C'est à dire,<br />

que les facteurs mendéliens responsables <strong>de</strong> cette hétérothallie<br />

bipolaire II'ont rien à voir avec le sexe. Ils ne sont autre chose<br />

que <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> stérilité, analogues à ceux que nous connaissons<br />

chez les plantes supérieures, et dont l'existence a pu<br />

être démontrée ici, pour la première fois, chez un organisme à<br />

détermination haplogénotypique du «sexe» (l).<br />

Qu'est ce qui a permis à Ames d'affirmer qu'il était en<br />

présence <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité et non <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> sexualité?<br />

Uniquement le fait que ses mycéliums haploï<strong>de</strong>s donnaient<br />

encore origine à <strong>de</strong>s organes sexuels. Nous savons cependant<br />

que chez les Champignons ces organes sexuels ten<strong>de</strong>nt à disparaître,<br />

par évolution régressive, et que plusieurs espèces actuelles,<br />

dépourvues <strong>de</strong> ces organes, sont certainement les <strong>de</strong>scendantes<br />

d'autres espèces qui en étaient pourvues. C'est le cas <strong>de</strong> plusieurs<br />

Ascomycètes et très probablement aussi <strong>de</strong>s Basidiomycètes.<br />

Alors les formes homothal iques <strong>de</strong> Basidiomycètes (type<br />

Coprinus sterq[uilinus) seraient les représentantes actuelles <strong>de</strong>s<br />

ancêtres monoïques (type Pyronema confluens), dépourvus <strong>de</strong><br />

facteurs <strong>de</strong> stérilité. Les organes sexuels mâles et femelles<br />

auraient disparu par évolution régressive et la fécondation se<br />

trouveraient ici réduite à un phénomène <strong>de</strong> somatogamie. Les<br />

formes hétérothalliques bipolaires (type Coprinus comatus)<br />

auraient leurs correspondantes dans les formes monoïques<br />

d'Ascomycètes avec une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité (type<br />

Pleurage anserine). L'hétérothallie bipolaire se serait ainsi<br />

déve^ppée progressivement à partir <strong>de</strong> formes primitives homothalliques.<br />

Ces formes primitives possé<strong>de</strong>raient, les potences <strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>ux sexes et pourraient ainsi produire <strong>de</strong>s organes mâles et<br />

femelles, autofertiles. La disparition <strong>de</strong>s organes sexuels par<br />

(l) Cf. Quintanilha, 1933 b, paé- 5.


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

évolution régressive aurait été ici accompagnée <strong>de</strong> l'introduction<br />

d'une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité (Aa).<br />

Les formes hétérothalliques tétrapo^ires, (type Coprinus<br />

iimetarius, ou Ustilago longissima) se seraient développées à<br />

partir <strong>de</strong> formes bipolaires, par introduction d'une <strong>de</strong>uxième paire<br />

<strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité, localisée sur une autre paire <strong>de</strong> chromosomes<br />

(Aa, Bb).<br />

On peut très bien admettre que la valence, c'est à dire, le<br />

gra<strong>de</strong> d'incompatibilité, <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> chacune <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux<br />

paires puisse être différente, une paire <strong>de</strong> facteurs déterminant<br />

une incompatibilité absolue, l'autre ne déterminant qu'une<br />

incompatibilité relative (cas du Coprinus fimetarius, <strong>de</strong> Y Ustilago<br />

longissima, etc.).<br />

Pareillement on peut supposer que la valence <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux<br />

facteurs <strong>de</strong> chaque paire soit aussi différente, ce qui expliquerait,<br />

pour certaines formes bipolaires, la plus gran<strong>de</strong> fréquence <strong>de</strong><br />

copulations illégitimes dans un quadrant que dans l'autre (l).<br />

On pourra peut être nous objecter qu'il est tout à fait indifférent<br />

<strong>de</strong> considérer les facteurs mendéliens, qu'on trouve chez<br />

les Basidiomycètes, comme facteurs <strong>de</strong> stérilité ou comme<br />

facteurs <strong>de</strong> sexualité.<br />

Après les observations <strong>de</strong> Dodgeβ2), <strong>de</strong> Draytonβ2), <strong>de</strong><br />

Zicklerβ4) et surtout celles <strong>de</strong> Âmesβ4), le problème se pose<br />

d'une autre façon. Si chez les formes d'Ascomycètes étudiées par<br />

ces auteurs il est bien démontré leur monoïcie et la présence <strong>de</strong><br />

facteurs mendéliens responsables <strong>de</strong> l'hétérothallie — qui ne<br />

peuvent être donc que <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> stérilité — alors il II'est<br />

plus indifférent <strong>de</strong> considérer les facteurs mendéliens <strong>de</strong>s Basidiomycètes<br />

comme facteurs <strong>de</strong> sexualité ou <strong>de</strong> stérilité. Or les<br />

travaux cités ci-<strong>de</strong>ssus, particulièrement ceux <strong>de</strong> Ames, sont, à<br />

notre avis, bien concluants; les Âscomycètes étudiés par ces<br />

auteurs sont <strong>de</strong>s formes monoïques et l'hétérothallie II'est déterminée<br />

que par l'intervention d'une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité.<br />

Une conception générale <strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> «sexualité»,<br />

qui puisse s'appliquer à l'ensemble <strong>de</strong>s Champignons, nous<br />

impose donc une interprétation pareille pour les Basidiomycètes,<br />

(l) Cf. Van<strong>de</strong>ndries (23) et Quintanilhaβ3 b) p. 56.


324 A. Quintanilha<br />

dont les relations phylogénétiques avec les Ascomycètes ont été<br />

si souvent mises en évi<strong>de</strong>nce.<br />

Le problème qui se pose maintenant II'est plus celui <strong>de</strong><br />

savoir comment interpréter les facteurs mendéliens responsables<br />

<strong>de</strong>s phénomènes d'bétérotballie cbez les Champignons. Ce qu'il<br />

s'agit, pour le moment, c'est <strong>de</strong> vérifier s'il ne serait pas possible<br />

d'élargir cette conception aux autres groupes d'êtres vivants et<br />

d'organiser ainsi une théorie générale <strong>de</strong> la sexualité où le<br />

concept <strong>de</strong> parastérilité se serait entièrement substitué au concept<br />

<strong>de</strong> sexualité, pour l'explication <strong>de</strong> tous les phénomènes <strong>de</strong><br />

dioïcie — soit dans la phase haploï<strong>de</strong>, soit dans la diploï<strong>de</strong>, chez<br />

les plantes aussi bien que chez les animaux.<br />

L'on serait ainsi amené à une conclusion apparement paradoxale:<br />

chez les organismes à sexes séparés, précisément là où<br />

la sexualité est plus évi<strong>de</strong>nte, l'existence, à chaque génération,<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ux cathégories d'individus (les mâles et les femelles, les + et<br />

les — ) II'aurait rien à voir avec la sexualité et ne serait qu'une<br />

manifestation <strong>de</strong> parastérilité !<br />

Pour trop hardies que ces idées nous paraissent il ne faut<br />

pas les rejeter à la légère. La substitution du concept <strong>de</strong><br />

sexualité par celui <strong>de</strong> parastérilité II'offre pas <strong>de</strong> difficultés<br />

quand ils s'agit d'organismes où le sexe se manifeste dans la<br />

phase haploï<strong>de</strong> (la plupart, <strong>de</strong>s Algues et les Bryophytes), qu'ils<br />

soient isogamiques ou hétérogamiques. Pour ce qui est <strong>de</strong>s<br />

organismes où le «sexe» se manifeste dans la diplophase<br />

(Fucacées, Ptèridophytes, Spermatophytes, Métazoaires), la généralisation<br />

<strong>de</strong> ces idées se heurte à <strong>de</strong>s difficultés qui obligeraient<br />

à l'introduction <strong>de</strong> compliquées hypothèses supplémentaires.<br />

Il faut cependant ne pas oublier que quand on parle du<br />

«sexe» <strong>de</strong>s mousses et <strong>de</strong>s animaux supérieurs, p. ex., on désigne<br />

du même nom <strong>de</strong>ux ordres <strong>de</strong> phénomènes que, malgré leur<br />

similitu<strong>de</strong> apparente, sont fondamentalement différents. Le<br />

spermatozoï<strong>de</strong> et l'ovule <strong>de</strong>s métazoaires ne sont pas homologues<br />

<strong>de</strong> l'anthérozoï<strong>de</strong> et <strong>de</strong> l'oosphère <strong>de</strong>s mousses, mais du microspore<br />

et macrospore <strong>de</strong>s Ptèridophytes et Spermatophytes;<br />

ils ne sont que <strong>de</strong>s spores, qu'au lieu <strong>de</strong> germer et donner<br />

origine à la phase haploï<strong>de</strong>, fusionnent tout <strong>de</strong> suit et jouent<br />

le rôle <strong>de</strong>s gamètes. Ainsi, les animaux et les plantes supérieures,<br />

sur lesquels se forment ces micro- et macrospores, ne


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />

sont pas «sexués» au même titre due les gamétophytes dès<br />

Mousses ou <strong>de</strong>s Algues. Rien d'étonnant donc si l'on arrivait à<br />

la conclusion qu'il II'était pas possible d'appliquer aux <strong>de</strong>ux<br />

groupes <strong>de</strong> phénomènes — «sexualité» dans l'haplophase et dans<br />

la diplophase — une théorie générale commune.<br />

Malgré les importantes découvertes <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>rnières années<br />

nous croyons, au contraire <strong>de</strong> Hartmann, que le moment II'est<br />

pas encore venu <strong>de</strong> bâtir une théorie générale <strong>de</strong> la sexualité<br />

applicable à tous les groupes d'organismes animaux et végétaux.<br />

RÉSUMÉ<br />

Chez Coprinus fimetarius la paire <strong>de</strong> facteurs Aa détermine<br />

une incompatibilité absolue; tandis que la paire Bb ne détermine<br />

qu'une incompatibilité relative qui s'accroit progressivement avec<br />

l'âge <strong>de</strong>s mycéliums.<br />

La métho<strong>de</strong> <strong>de</strong>s cultures bispèrmes permet d'obtenir régulièrement<br />

<strong>de</strong>s copulations illégitimes par communauté <strong>de</strong> B ou<br />

<strong>de</strong> b. Les mycéliums illégitimes ainsi obtenus sont simultanément<br />

primaires et secondaires. Les pseudo-anses qui se forment sur<br />

les cellules dicaryotiques sont accompagnées <strong>de</strong> divisions conjuguées;<br />

celles qui se forment sur <strong>de</strong>s hyphes re<strong>de</strong>venus primaires<br />

ne sont accompagnées que <strong>de</strong> la division d'un seul noyau. On<br />

peut toujours faire fructifier ces mycéliums illégitimes. Les<br />

carpophores sont haplo-diploï<strong>de</strong>s ; les basi<strong>de</strong>s diploï<strong>de</strong>s donnent<br />

origine à <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s dicrates, les haploï<strong>de</strong>s à <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s<br />

monocrates.<br />

Des fructifications haploï<strong>de</strong>s ne surviennent que sur <strong>de</strong>s<br />

mycéliums frappés <strong>de</strong> mutation. On a pu contrôler l'apparition<br />

<strong>de</strong> ces mutants. Les mycéliums primaires qui en résultent<br />

fructifient régulièrement et les carpophores haploï<strong>de</strong>s ne produisent<br />

que <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocratas.<br />

L'apparition d'autres mutants a été accompagnée <strong>de</strong> phénomènes<br />

<strong>de</strong> nanisme (A', p. ex.) chez quelques mycéliums; l'étu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> leur <strong>de</strong>scendance a permis <strong>de</strong> démontrer que ces phénomènes<br />

ne sont pas génotîpyquement déterminés.<br />

Les mutations étudiées peuvent ne frapper que la valence<br />

<strong>de</strong>s facteurs dits <strong>de</strong> «sexualité» (A', p. ex.). D'autres fois, sans<br />

rien changer à cette valence, elles déterminent la formation <strong>de</strong><br />

42


326 A. Quintanilha<br />

pseudo-anses dans <strong>de</strong>s cultures monospèrmes (K, p. ex.). Ces<br />

mycéliums donnent origine à <strong>de</strong>s carpophores haplo-diploï<strong>de</strong>s,<br />

comme ceux <strong>de</strong>s copulations illégitimes, mais ceux-là ne produisent<br />

que <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates. D'autres fois encore la mutation<br />

frappe simultanément la valence d'un facteur <strong>de</strong> «sexualité» et<br />

la faculté <strong>de</strong> produire <strong>de</strong>s mycéliums monespèrmes, fertils, à<br />

pseudo-anses (A", p. ex.). Les carpophores produits sur ces<br />

mycéliums sont aussi haplo-diploï<strong>de</strong>s, mais ne produisent que<br />

<strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates.<br />

L'analyse <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s a toujours permis <strong>de</strong> constater le<br />

moment d'apparition <strong>de</strong> chaque mutant et d'en suivre sa conduite<br />

dans la <strong>de</strong>scendance. L'étu<strong>de</strong> génétique et l'investigation cytologique<br />

<strong>de</strong>s mycéliums et <strong>de</strong>s carpophores, ont toujours conduit à<br />

<strong>de</strong>s résultats concordants.<br />

Des différents types nouveaux d'anses ont été décrits et leurs<br />

relations avec les divisions nucléaires ont été étudiées.<br />

A' la lumière <strong>de</strong> ces nouvelles connaissances, ainsi que <strong>de</strong>s<br />

plus récentes découvertes sur le mécanisme <strong>de</strong> la sexualité chez<br />

les Ascomycètes, le problème <strong>de</strong> l'interprétation <strong>de</strong>s facteurs<br />

responsables <strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> compatibilité est largement<br />

discuté.<br />

INDEX BIBLIOGRAPHIQUE (1)<br />

AMES, L. M., 1930. «A study of some homothallic and heterothallic Ascomycètes.» —<br />

Mycologia, 22, 318-322.<br />

- 1932. «An hermaphroditic self-sterile but cross-fertile condition in Pleurage<br />

anserina.» — Bull. Torrey Bot. Club, 59, 341-345.<br />

1934. « Hermaphroditism involving self-sterility and cross-fertility in tbe Ascomycete<br />

Pleurage anserina. » — Mycologia, 26, 392-414.<br />

ANDRUS, C. F., 1931. «The mechanism of sex in Uromyces appendiculatus and<br />

U. vignae. » — Journ. of Agr. Res., 4a. 549-587.<br />

1933. « Sex and accessory cell fusions in the Uredineae. » — Journ. of the<br />

Washington Acad, of Sc., a 3, 544-557.<br />

and L. L. Harter, 1933. «Morphology of reproduction in Ceratostomella fimbriate."<br />

— Journ. of Agr. Res., 46, 1059-1078.<br />

BARNES, B., 1935. « Induced variation. » — Presi<strong>de</strong>ntial address, Trans, of the Brit.<br />

Mycol. Soc, 20, 17-32.<br />

BAUCH, R., 1925. « Untersuchungen über zweisporige Hymenomyceten. I. Haploi<strong>de</strong><br />

Parthenogenesis bei Camarophyllus virgiaeus.» — Zeitschr. f. Bot., 18, 335-387.<br />

1927. «II. Kern<strong>de</strong>generation bei einigen Ciavaria-Arten." Arch. f. Protistenk., 58, 285.<br />

(l) Vid. aussi notre mémoire <strong>de</strong> 1933.


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 327<br />

BAUCH, R., 1934. «lieber Kreuzungen zwischen bipolar und multipolar sexuellen<br />

Brandpilzarten. » — Zeitschr. f. ind. Abst. u. Vererbgsl., 67, 243-245.<br />

BETTS, E. M., 1926. « Heterothallism in Ascobolus carbonarius. »—Amer. J. Bot., 13,<br />

427-432.<br />

BOHN, W., 1934. « Einige Untersuchungen über die Tetra<strong>de</strong>naufspaltung bei <strong>de</strong>n<br />

Basidiomyceten. » — Zeitschr. f. ind. Abst. u. Vererbgsl., 57, 435-445.<br />

BORRIS, H., 1934 a. «Beiträge zur ^Vachstums und Entwicklungsphysiologie <strong>de</strong>r<br />

Fruchtkörper von Coprinus lagopus. » — Planta, ZZ, 28-69.<br />

1934 b. « Ueber <strong>de</strong>n Einfluss äusserer Faktoren auf Wachstum und Entwicklung<br />

<strong>de</strong>r Fruchtkörper von Coprinus lagopus. » — Planta, ZZ, 644-684.<br />

BOSE, S. R., 1934. « Sexuality of Polyporus ostreiformis and Polystichus hirsutus. »<br />

La Cellule, 4a, 249-266.<br />

BRODIE, H. J., 1935 a. «The heterothallism of Panaeolus subalteatus Berk., a sclerotium-<br />

-producing Agaric. » — Canad. Journ. of Res., 13, 657-660.<br />

1935 b. «The oidia of Psilocybe coprophila and the pairing reactions of monosporus<br />

mycelia. » — Canad. Journ. of Res., 13, 661-667.<br />

BUHR, H., 1932. « Untersuchungen über zweispurige Hymenomyceten. » — Arch. f.<br />

Protistenk., 77, 125-l5l.<br />

BUTLER, A. H. R., 1933-34. « Researches on fungi. » —Vol. V et VI, London.<br />

CHOW, C. H., l93l. «Sur le développement du carpophore chez Coprinus tomentosus. »<br />

— C. R. Acad. Sei., 193, 1121-1124.<br />

1932. « Le cycle évolutif du Coprinus tomentosus. » — Le Botaniste, z4, 187-214.<br />

1934. « Contribution à l'étu<strong>de</strong> du développement <strong>de</strong>s Coprins. * — Le Botaniste,<br />

a6, 89-232.<br />

C0LS0N, B., 1935. «The cytology of the mushroom Psalliota campestris Quel.» — Ann.<br />

Bot., 49, 1-18.<br />

COOL, C, l9l2. «Beiträge zur Kenntniss <strong>de</strong>r Sporenkeimung und Reinkultur <strong>de</strong>r<br />

höheren Pilzen. » — Med. Phitopathol. Lab. Willie Commelin Schölten, 3, 5-38.<br />

CZUR<strong>DA</strong>, V., l930. « Experimentelle Untersuchungen über die Sexualitätsverhältnisse <strong>de</strong>r<br />

Zygnemalen. » — Beih. z. bot. Zbl. I, 47.<br />

1932. « Ueber einige Grundbegriffe <strong>de</strong>r Sexualitätstheorie.*—Beih. z. bot. Zbl. I, 5o.<br />

1933. « Experimentelle Analyse <strong>de</strong>r Kopulationsbedingungen bei einigen Algen.»<br />

— Beih. z. bot. Zbl. I, 5l.<br />

<strong>DA</strong>NGEARD, P. A., 1893. «Recherches sur la reproduction sexuelle <strong>de</strong>s champignons.»<br />

— Le Botaniste, 3, 221-286.<br />

1894. « La reproduction sexuelle <strong>de</strong>s Ascomycètes. » — Le Botaniste, 4, 21-61.<br />

1895. « Mémoire sur la reproduction sexuelle <strong>de</strong>s Basidiomycètes. » — Le Botaniste,<br />

4, Ii9-l8l.<br />

1897. « Second mémoire sur la reproduction sexuelle <strong>de</strong>s Ascomycètes. »— Le<br />

Botaniste, 5, 245-284.<br />

l9oo. «La reproduction sexuelle <strong>de</strong>s champignons, étu<strong>de</strong> critique. » — Le Botaniste,<br />

7, 89-130.<br />

l9o7. « L'origine du périthèce chez les Ascomycètes. » — Le Botaniste, ÎO, 1-385.<br />

DICKSON, H., 1934. « Studies in Coprinus sphaerosporus. I. The pairing behaviour and<br />

the characteristics of various haploid and diploid strains. » — Ann. Bot., 48,<br />

527-547.


328 A. Quintanilh,<br />

DICKSON, H., 1935. « Studies in Coprinus sphaerosporus. II. The inheritance of various<br />

morphological and phisiological characters. » — Ann. Bot., 49, 181-204.<br />

DODGE, B. O., 1934. «A lethal for ascus ahortionin Neurospora.»—Mycologia, 26, 360- 376.<br />

DOWDING, E. S., l93l a. «The sexuality of the normal, giant, and dwarf spores of<br />

Pleurage anserina (Ces.), Kuntze. » — Ann. Bot., 45, 1-1.4.<br />

l93l b. «The sexuality of Ascobolus stercorarius and the transportation of the<br />

oidia by mites and flies.»—Ann. Bot., 45, 621-637.<br />

1933. Gelasinospora, a new genus of Pyrenomycetes with pitted spores. * — Canadian<br />

Joum. of Res., 9, 294-3o5.<br />

DRAYTON, F. L., 1926. «The dry rot disease of Gladioli. » —Scientific Agric, 6, 199-209.<br />

1932. «The sexual function of the microconidia in certain Discomycetes. » —Mycologia,<br />

36, 345-348.<br />

1934 a. «The sexual mechanism of Sclerotinia Gladioli. »—Mycologia, 26, 46-72.<br />

1934 b. « The Gladiolus dry rot caused by Sclerotinia Gladioli (Massey) N.<br />

Comb. » — Phytopathology, 24, 397-404.<br />

FöYN, B., 1929. «Untersuchungen über die Sexualität und Entwicklung von Algen. IV.»<br />

— Ber. d. Deut. Bot. Ges., 47, 495-506.<br />

1934 a. «Lebenszyklus, Zytologie und Sexualität <strong>de</strong>r Chlorophycee Cladophora<br />

Suhriana Kützing. » — Arch. f. Protistenk., 83, 1-56.<br />

1934 b. «Lebenszyklus und Sexualität <strong>de</strong>r Chlorophycee Ulva lactuca.»—Arch. f.<br />

Protistenk., 83, 154-177.<br />

GÄUMANN, E-, 1928. «Die Sexualität <strong>de</strong>r Pilze. » Svensk Bot. Tidskrift, 32, 33-48.<br />

GEITLER, L., l93l. «Untersuchungen über das sexuelle Verhalten von Tetraspora lubrica»<br />

— Biol. Zbl., 51.<br />

1932. «Der Formwechsel <strong>de</strong>r pennaten Diatomeen.» —Arch. f. Protistenk., 78.<br />

GOLDSCHMIDT, R., 1933. « Lymantria. » — Bibliog. Gen., 11, 1-186.<br />

1934. «Untersuchungen über Intersexualität. VI.»—Zeitschr. f. ind. Abst. u.<br />

Vererbgsl., 67, 1-40.<br />

GUYÉNOT, E., 1935. «La <strong>de</strong>termination du sexe et l'hérédité.» —Paris, Hermann et C.ie.<br />

GWYNNE-VAUGHAN, H. C. I. and H. S. Williamson, 1932. «The cytology and <strong>de</strong>velopment<br />

of Ascobolus magniiicus. » — Ann. Bot., 46, 653-670.<br />

1933. «The asci of Lachnea scutellata.»— Ann. Bot., 47, 375-383.<br />

HÄMMERLING, J., 1934. «Ueber die Geschlechtsverhältnisse von Acetabularia mediterranea<br />

und Acetabularia Wettsteinii. » — Arch. f. Protistenk., 83, 57-97.<br />

HANNA, W. F., 1933 (?). The physiology of the fungi causing bunt of Wheat. » —<br />

Contr. 372, Div. of Bot., Exp. Farms Branch, Dep. of Agr., Ottawa, Canada.<br />

HARNACK, W., 1931. « Die Entstehung <strong>de</strong>s Paarkernmyzels bei Collybia tuberöse und<br />

Schizophyllum commune.» — Zeitschr. f. Bot., 24, 353-380.<br />

HARTMANN, M., 1934 a. «Beiträge zur Sexualitätstheorie mit beson<strong>de</strong>rer Berücksichtigung<br />

neuer Ergebnisse von Fr. Moewus.»— Sitz.-Ber. d. preuss. Akad. d. Wiss., Phys.<br />

Math. Kl., 20.<br />

—— 1934 b. «Untersuchungen über die Sexualität von Ectocarpus siliculosus. » — Arch.<br />

f. Protistenk., 83, 110-153.<br />

HENRARD, P., 1934. «Polarité, hérédité et variation chez diverses espèces d'Aspergillus. »<br />

— La Celulle, 43, 351-424.<br />

HIRMER, M., 1920. «Zur Kenntnis <strong>de</strong>r Vielkernigkeit <strong>de</strong>r Autobasidiomyceten» —<br />

Zeitschr. f. Bot., 12, 657-674.


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 329<br />

HÜTTIG W., 1935. «Die Sexualität bei Glomerella lyçopersici Krüger und ibre Vererbung»<br />

— Biol. Zbl., 55, 74-83.<br />

JACKSON, H. S., 1931. «Présent evolutionary ten<strong>de</strong>ncies and tbe origin of tbe life cycles<br />

in tbe Uredinales. » — Memoirs of tbe Torrey Bot. Club, 18, 1-108.<br />

III. NEWTON and A. III. BROWN, 1932. « Hybridization of Puccinia graminis<br />

tritici with Puccinia graminis secalis and Puccinia graminis agrostidis.»—Scient.<br />

Agr., 13, l4l-l53.<br />

, 1934. « Further studies of the inheritance of spore colour and pathogenicity<br />

in crosses between physiologic forms of Puccinia graminis tritici. » — Scient.<br />

Agr. 14, 360-373.<br />

JOYET-LAVERGNE, P., l93l. «La physico-chimie <strong>de</strong> la sexualité.»—Protoplasma-Monographien,<br />

vol. 5.<br />

1935. « Une nouvelle étape dans l'étu<strong>de</strong> physico-chimique <strong>de</strong> la sexualité. » — Biol.<br />

Méd., a 5, l-«6.<br />

KALMUS, H., 1932. « Ueber <strong>de</strong>n Frhaltungswert <strong>de</strong>r Phänotypischen (morphologischen)<br />

Anisogamie und die Entstehung <strong>de</strong>r ersten Geschlechtsunterschie<strong>de</strong>.»—Biol. Zbl., 52.<br />

KAUFMANN, F. H., 1934. «Studies on the germination of the spores of certain Basidio-<br />

mycetae. » — Bot. Gaz., 96, 282-297.<br />

KNAPP, E., 1935. «Untersuchungen über die Wirkung von Röntgenstrahlen an <strong>de</strong>m<br />

Lebermoos Sphaerocarpus, mit Hilfe <strong>de</strong>r Tetra<strong>de</strong>n-Ànalyse. I. » — Zeitschr. f. ind.<br />

Abst. u. Vererbgsl., So, 307-349.<br />

KÖHLER, F., 1935 a. «Beitrag zur Kenntnis <strong>de</strong>r Sexualreaktionen von Mucor mucedo<br />

(Bref.).» — Planta, 23, 358-377,<br />

1935 b. «Genetische Studien an Mucor mucedo Brefeld.»—Zeitschr. f. ind. Abst. u.<br />

Vererbgsl., 70, 1-54.<br />

K0MARNIT2KY, N., l9l4. «Ueber die Sporenbildung bei Verpa bohémica (Krombh. )<br />

Schrot.» — Ann. Mycol., 12, 241-250.<br />

KÜHNER, R., 1927. «Contribution à l'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong>s Hyménomycètes et spécialement <strong>de</strong>s<br />

Agaricacés » — Le Botaniste, 17, 1-224.<br />

LAIBACH, F., 1928. «Ueber Zellfusionen bei Pilzen.» — Planta, 5, 340-359.<br />

LAKON, G. B., l907. «Die Bedingungen <strong>de</strong>r Fruchtkörperbildung bei Coprinus.» —Ann.<br />

Mycol., 5, Í55-176.<br />

LEHFELDT, W., 1922. « Ueber die Entstehung <strong>de</strong>s Paarkernmyzels bei heterothallischen<br />

Basidiomyceten. » — Hedwigia, 64, 3o-5l.<br />

LEVINE, M., I9l9. «Life history and sexuality of Basidiomycetes. »—Bot. Gaz., 68, 67-68.<br />

LINDEGREN, C. C, 1932 a. «The genetics of Neurospora. — I. The inheritance of response<br />

to heat-treatment. » —Bull. Torrey Bot. Club, 59, 85-102.<br />

1932 b. «IL Segregation of the sex factors in the asci of Neurospora crassa, N.<br />

setophila and N. tetrasperma. » — Bull. Torrey Bot. Club, 59, 119-138.<br />

1933. « III. Pure bred stoks and crossing-over in Neurospora crassa. » — Bull.<br />

Torrey Bot. Club, 60, 133-154.<br />

1934 a. «IV. The inheritance of Tan versus Norm a 1. » — Amer. Journ. of Bot.,<br />

31, 55-65.<br />

1934 b. «V. Self-sterile bisexual beterokarions.» — Journ. of Gen., 38, 425-435.<br />

—'— 1934 c. «VI. Bisexual and akariotic ascospores from Neurospora crassa.—<br />

Genética, 16, 3l5-320.


330 A. Quintanilh.<br />

LINDEGREN, C. C. 1935. « VII. Developmental competition between different genotypes<br />

witbin the ascus. » — Zeitschr. f. ind. Abst. u. VererbgsL, 58, 331-335.<br />

MAINX, F., 1929. «Ueber die Gesch'echterverteilung bei Volvox aureus.* - Arch. f.<br />

Protistenk, 67.<br />

l93l a. «Gametenkopulation und Zygotenkeimung bei Hydrodyction reticulatum."<br />

Arch. f. Protistenk, 75.<br />

l93l b. «Physiologische und genetische Untersuchungen an Oedogonien. I. Mitt. »<br />

Zeitschr. f. Bot., 34,<br />

1933. « Die Sexualität als Problem <strong>de</strong>r Genetik. » — Jena, G. Fischer.<br />

MARTENS, P., 1932 a. «L'origine du crochet et <strong>de</strong> l'anse d'anastomose chez les champignons<br />

supérieures » — Bull. Soc. Myc. Fr., 48, 259-279.<br />

1932 b. « Alternance <strong>de</strong> phases et sexualité dans un cycle conidien.» — C. R. Acad.<br />

Soc, 195, 821.<br />

et R. VANDENDRIES, 1933. «Le cycle conidien haploï<strong>de</strong> et diploï<strong>de</strong> chez Pholiota<br />

aurivella » — La Cellule, 4l, 335-388.<br />

MOEWUS, F., 1933 a. « Untersuchungen über die Sexualität und Entwicklung von<br />

Chlorophyceen. » — Arch. f. Protistenk., 80.<br />

1933 b. « Untersuchungen über die Variabilität von Chlamydomona<strong>de</strong>n. » — Arch.<br />

f. Protistenk., 80.<br />

1934. «Ueber Subheterözie bei Chlamydomonas eugametos. »— Arch. f. Protistenk.,<br />

83.<br />

1935 a. «Ueber <strong>de</strong>n Einfluss äusserer Faktoren auf die Geschlechtsbestimmung bei<br />

Protosiphon. » — Biol. Zbl., 55, 293-3o9.<br />

1935 b. «Ueber die Vererbung <strong>de</strong>s Geschlechts bei Polytoma Pascheri und bei P.<br />

uvella.» — Zeitschr. f. ind. Abst. u. Vererbgsl., 69. 374-4l7.<br />

MORUZI, C, 1932. « Recherches cytologicjues et expérimentales sur la formation <strong>de</strong>s<br />

périthèces chez les Ascomycètes. » — Rev. Gén. Bot., 44, 2l7-3o4.<br />

NEWTON, III. and TH. JOHNSON, 1932. «Spécialisation and hybridization of wheat stem<br />

rust, Puccinia graminis tritici, in Canada, » — Bull. I60, Dep. Agr. Dom. Canada.<br />

, and A. III. BROWN, l93o a. «A preliminary study on the hybidization of<br />

physiologic forms of Puccinia graminis tritici. » — Scient. Agr., IO, 721-731.<br />

l93o b. «A study of the inheritance of spore colour and pathogenicity in<br />

crosses between physiologic forms of Puccinia graminis tritici. » — Scient. Agr.,<br />

IO, 775-778.<br />

NOBLES, M. K., 1935. « Conidial formation, mutation and hybridization in Peniophora<br />

Allescheri.» — Mycologia, 37, 286-301.<br />

PASCHER, A., I9l8. «Ueber die Beziehung <strong>de</strong>r Reduktionsteilung zur Men<strong>de</strong>lschen<br />

Spaltung.» — Ber. d. Deut. Bot. Ges., 36, 163-168.<br />

1931. «Ueber Gruppenbildung und Geschlechtswechsel bei <strong>de</strong>n Gameten einer<br />

Chlamydomonadine (Chlamydomonas paupera). »—Jahrb. f. wis. Bot., 75, 55l-58o.<br />

QUINTANILHA, A., 1933 a. « Sur la possibilité <strong>de</strong> résoudre <strong>de</strong>s problèmes cytologiq;ues par<br />

<strong>de</strong>s métho<strong>de</strong>s génétiques. » C. R. <strong>de</strong> l'Ass. <strong>de</strong>s Anatomistes, 38.<br />

1933 b. « Le problème <strong>de</strong> la sexualité chez les champignons.»—Bol. Soc. Brotereana,<br />

8, II. Sér., 1-100.<br />

1933 c. «Sur le pouvoir germinatif <strong>de</strong>s spores <strong>de</strong> Coprinus.» — C. R. Soc. Biol.,<br />

115, 456-458.


Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hytnénomycètes 331<br />

QUINTANILHA, A., 1934 a. «Sur le pouvoir germinatif <strong>de</strong>s spores <strong>de</strong> Coprinus. II» — C.<br />

R. Soc.Biol., 117, 739-741.<br />

1934 b. «La <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong>s copulations illégitimes cbez les Hyméno-mycètes. » —<br />

C. R. Soc. Biol., 117, 737-739.<br />

1935. «Cytologie <strong>de</strong>s copulations illégitimes cbez Coprinus fimetarius. »— C. R.<br />

A.cad. Sc., SOI, II.° 33, 1143-45.<br />

RODENHISER, H. A., 1933. « Heterotballism and hybridization in Sphacelotheca sorghi<br />

and S. cruenta.» - Journ. Agr. Res., 45, 287-295.<br />

SASS, J. E., 1928 a. « Aberrant heterothalism in a homothalic Coprinus. »—Science, 68,<br />

548-550.<br />

1928 b. « A cytological study of a bispored form of Psalliota campestris.» — Papers<br />

of the Michigan Acad, of Sc. Arts and Let., 9, 287-298.<br />

1932. « The cytology of a diploid Hymenomycete. » — Mycologia, 34, 229-232.<br />

1934. «The presence of a nebenkern and Golgi material in Coprinus sterquilinus.»<br />

—La Cellule, 43, 343-348.<br />

— 1935. « Cytological aspects of physiological sterility in Coprinus sterquilinus Fr. »<br />

— Ann. Bot.. 49, l5l-l54.<br />

SATINA, S. and A. F. BLAKESLEE, 1929. « Criteria of male and female in bread moulds<br />

(Mucors). » —Proc. Nat. Acad. Sc., 15.<br />

1930. « Imperfect sexual reactions in homothallic and heterothallic Mucors. » —<br />

Bot. Gaz., 90.<br />

SCHÕNEFELDT, M., 1935. « Entwicklungsgeschichtliche Untersuchungen bei Neurospora<br />

tetrasperma und Neurospora sitophila. » — Zeitschr. f. ind. Abst. u. Vererbgsl.,<br />

69, 193-209.<br />

SCHOPFER, W. H., 1928. «Recherches sur la sexualité <strong>de</strong>s champignons.» — Bull. Soc.<br />

Bot. Genève, 30, 149-183.<br />

1933. «Recherches sur la biométrie <strong>de</strong>s spores d'une mucorinée en rapport avec le<br />

sexe. » — C. R. Soc. Phys. Hist. Nat. <strong>de</strong> Genève, 5o, 16-20.<br />

SMITH, A. H., 1934. «Investigations of two-spored forms in the genus Mycena.—Mycologia,<br />

36, 305-330.<br />

and H. J. BRODIE, 1935. « Cultural characters and pairing reactions of monosporous<br />

mycelia and <strong>de</strong>velopment of the fruit body of Pholiota (Flammula)<br />

polychroa.»—Bot. Gaz., 96, 533-546.<br />

STREHLOW, K., 1929. « Ueber die Sexualität einiger Volvocales. » - Zeitschr. f. Bot.<br />

31, 625-692.<br />

VANDENDRIES, R, 1925. «Recherches expérimentales prouvant la fixité du sexe dans<br />

Coprinus radians, Desm. » — Bull. Soc. Myc. Fr., 4l, 358-374.<br />

1929. « Les relations entre souches étrangères explieiuées par les aptitu<strong>de</strong>s sexuelles<br />

<strong>de</strong>s individus parthénogéniques chez Coprinus micaceus» — Bull. Soc. Myc. Fr.<br />

45, 216.<br />

1931. « Les polarités sexuelles <strong>de</strong> Coprinus tergiversans Fr. » — Bull. Soc. Myc.<br />

Fr., 47, 36-43.<br />

1933. «Nouvelles investigations dans le domaine sexuel <strong>de</strong>s Hyménomycètes. » —<br />

Bull. Soc. Myc. Fr., 49, l3o-l65.<br />

VAN TIEGHEM, 1875 a. «Sur la fécondation <strong>de</strong>s Basidiomycètes»—C. R. Acad. Sei., 80, 573.<br />

1875 b. « Sur le développement du fruit <strong>de</strong>s Coprins et la prétendue sexualité <strong>de</strong>s<br />

Basidiomycètes» — C. R. Acad. Sei., 81, 877.


332 A. Quintanilh,<br />

VAN TIEGHEM, 1876. « Nouvelles observations sur le développement du fruit et sur la<br />

prétendue sexualité <strong>de</strong>s Basidiomycètes et <strong>de</strong>s Ascomycètes » — Bull. Soc. Bot.<br />

Fr., a3, 99.<br />

WILCOX, M. S., l9z8. «The sexuality and arrangement of the spores in the ascus of<br />

NeuTospora sitophila. » — Mycologia, ao, 3-17.<br />

WûLKER, H., 1935. « Untersuchungen über Tetra<strong>de</strong>naufspaltung bei Neurospora sitophila<br />

Shear et Dodge. » — Zeitschr. f. ind. Abst. u. Vererbgsl., 69, 210-248.<br />

ZICKLER, H., 1931. Ueber künstliche Erzeugung von Miktohaplonten bei Ascomyzeten. »<br />

— Biol. Zbl., Si, 540-546.<br />

1933. «Rassenkreuzungen bei Ascomyzeten.» — Senckenbergiana, l5, 160-164.<br />

1934. « Genetische Untersuchungen an einen heterothallischen Askomyzeten<br />

(Bombardia lunata nov. spec). » — Planta, aa, 573-613.


Planches hors texte<br />

PLANCHE I<br />

Coprinus fimetarius.<br />

Fig. 1. Germination <strong>de</strong>s spores sur gélose. Fix. Flemming faible. Col.<br />

Hematoxiline. Gross. 230.<br />

Fig. 2. Carpophores jeunes produits par un mycélium secondaire<br />

normal. Gross. 3.<br />

Fig. 3. Les mêmes fructifications <strong>de</strong>ux jours plus tard. Gross. 3.<br />

Fig. 4. Encore les mêmes, un jour plus âgées que sur la figure antérieure.<br />

Gross. 3.<br />

Fig. 5. Epanouissement d'un <strong>de</strong>s carpophores <strong>de</strong> la figure précédante.<br />

Photographie prise 18 heures plus tard. Gross. 3.<br />

Fig. 6. Cellules <strong>de</strong> l'assise hyméniale d'une fructification normale.<br />

On voit quatre basi<strong>de</strong>s, chacune avec un grand noyau diploï<strong>de</strong><br />

et un grand nucléole à la périphérie du noyau. Entre les <strong>de</strong>ux<br />

premières basi<strong>de</strong>s, à droite, une paraphyse où les <strong>de</strong>ux noyaux<br />

haploï<strong>de</strong>s II'ont pas fusionné. Fix. Flemming faible. Col. Hematoxiline.<br />

Gross. 960.<br />

Fig. 7. Lamelle d'une fructification normale étalée et <strong>de</strong>sséchée sur<br />

lame <strong>de</strong> verre pour l'isolement <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s. Gross. 60.<br />

PLANCHE II<br />

Coprinus fimetarius.<br />

Fig. 8, 9 et 10. Développement d'un carpophore illégitime (Ab x ab)<br />

Plusieurs <strong>de</strong>s fructifications représentées dans la figure 8 ont<br />

avorté. Entre l'état réprésenté à la figure 8 et celui <strong>de</strong> la<br />

figure 9 il y a un interval <strong>de</strong> huit jours au moins. Le carpophore<br />

<strong>de</strong> la figure 10 est le même <strong>de</strong> la figure 9 photographié<br />

24 heures après. Gross. 3.<br />

Fig. 11. Lamelle d'une fructification illégitime (Ab x ab), étalée sur<br />

lamme <strong>de</strong> verre pour l'isolement <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s. Les tétra<strong>de</strong>s<br />

sont rares ici, plusieurs basi<strong>de</strong>s ayant avorté. (Cf. avec la fig.<br />

7, Pl. I). Gross. 60.


Fig. 12. Assise hyméniale très jeune (avant la caryogamie) d'une<br />

fructification illégitime. Remarquer, à coté les unes <strong>de</strong>s autres,<br />

<strong>de</strong>s cellules binucléées et uninucléées. Tous les noyaux sont<br />

encore haploï<strong>de</strong>s. Fix. La Cour 2 B. Col. Violet <strong>de</strong> Gentiane.<br />

Gross. 820.<br />

Fig. 13. Cellules hyméniales d'une fructification illégitime avec un seul<br />

noyau haploï<strong>de</strong>. Fix. Là Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 1040.<br />

Fig. 14. Cellules hyméniales d'une fructification illégitime, après la<br />

caryogamie et avant la première division. Pendant la phase <strong>de</strong><br />

croissance <strong>de</strong>s noyaux il est presque impossible <strong>de</strong> distinguer,<br />

d'après leurs tailles, les noyaux haploï<strong>de</strong>s <strong>de</strong>s diploï<strong>de</strong>s. Fix.<br />

La Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 830.<br />

Fig. 15 et 16. Cellules hyméniales d'une fructification illégitime. Dans<br />

la <strong>de</strong>uxième cellule, à droite, le noyaux haploï<strong>de</strong> unique s'est<br />

déjà divisé et les <strong>de</strong>ux noyau fils sont <strong>de</strong>scendus vers la partie<br />

moyenne <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong> où il vont dégénérer Fix. La Cour 2 B.<br />

Col. Hematoxiline. Gross. 1040.<br />

Planche III<br />

Coprinus fimetarius<br />

Fig. 17 et 18. Développement <strong>de</strong>s fructifications haploï<strong>de</strong>s (mutant<br />

B4). Gross. 3.<br />

Fig. 19. Cellules <strong>de</strong> l'assise hyméniale d'une <strong>de</strong> ces fructifications<br />

haploï<strong>de</strong>s (B 4). Toutes les cellules sont pourvues d'un seul<br />

noyau haploï<strong>de</strong>. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 1040.<br />

Fig. 20. Cellules hyméniales d'une fructification haploï<strong>de</strong> (B4). Au<br />

centre, anaphase <strong>de</strong> la première division d'un noyau haploï<strong>de</strong><br />

avec <strong>de</strong>s chromosomes en retard. Tout <strong>de</strong> suit à gauche, une<br />

basi<strong>de</strong> où les <strong>de</strong>ux noyaux resultants <strong>de</strong> la première division<br />

sont <strong>de</strong>scendus vers la partie moyenne <strong>de</strong> la cellule où il vont<br />

dégénérer. Fix. La Cour 2 B. Col. Violet <strong>de</strong> Gentiane. Gross. 1040.<br />

Fig. 21, 22, 23 et 24. Développement <strong>de</strong> carpophores produits par <strong>de</strong>s<br />

mycéliums monospèrmes du mutant A". Gross. 3.


PLANCHE IV<br />

Coprinus fimetarius<br />

Fig. 25. Cellules hyméniales d'une fructification développée sur mycélium<br />

monospèrme du mutant A". On voit, face à face, <strong>de</strong>ux<br />

basi<strong>de</strong>s, l'une avec <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s, l'uatre avec un<br />

seul noyau haploï<strong>de</strong>. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline.<br />

Gross. 980,<br />

Fig. 26. Mycélium monospèrme du mutant A". Au point où l'anse<br />

commence à se développer il II'y a qu'un seul noyau haploï<strong>de</strong>.<br />

Fix. La Cour 2 B Col. Hematoxiline. Gross. 1250.<br />

Fig. 27. Mycélium monospèrme du mutant A". Division conjuguée<br />

d'un dicaryon accompagnant la formation <strong>de</strong> l'anse. Fix. La<br />

Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 1250.<br />

Fig. 28. Micélium monospèrme du mutant K. Division conjuguée<br />

accompagnant la formation <strong>de</strong> l'anse. Fix. La Cour 2 B. Col.<br />

Hematoxiline. Gross. 1250.<br />

Fig. 29. Mycélium monospèrme du mutant K. Transformation <strong>de</strong> l'anse<br />

dans une branche ramifiée. Le noyau primitif unique <strong>de</strong> l'anse<br />

s'est déjà divisé ; on voit distinctement [les <strong>de</strong>ux noyaux fils<br />

sur la photographie. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline.<br />

Gross. 1250.<br />

Fig. 30. Cellules hyméniales d'une fructification dévelopée sur mycélium<br />

monospèrme du mutant K. Au milieu une basi<strong>de</strong> avec<br />

<strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s au moment ou il vont se fusionner.<br />

A' la partie supérieure à droite, une autre basi<strong>de</strong> avec un seul<br />

noyau haploï<strong>de</strong>. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 980.<br />

Fig. 31 à 35. Différents types <strong>de</strong> formation <strong>de</strong>s anses sur un mycélium<br />

monospèrme du mutant K. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline.<br />

Fig. 31. Anse ouverte sans noyau. Correspond au type I <strong>de</strong> la figure<br />

4 du texte. Gross. 770.<br />

Fig. 32. Anse fermée, sans noyau ni paroie transverse. (Type 11, figure<br />

4 du texte). Gross. 770.


Fig. 33. L'anse inférieur fermée, avec un noyau mais dépourvue <strong>de</strong><br />

paroi transverse; l'anse supérieure normale, avec un noyau et<br />

<strong>de</strong>ux parois. (Les <strong>de</strong>ux types représentés au II. III, figure 4 du<br />

texte). Gross. 770.<br />

Fig. 34. Formation d'une anse accompagnée <strong>de</strong> la division d'un seul<br />

noyau. Les différentes parties du fuseau, très allongé, ne sont<br />

pas dans le même plan. Gross. 1250.<br />

Fig. 35. Les mêmes anses <strong>de</strong> la figure 33 légèrement retouchées.


INDICE POR AUTORES<br />

FERNANDES, Abílio—Les satellites chez Narcissus reflexus Brot, et N. triandius L.<br />

I. Les satellites <strong>de</strong>s mètaphases somatiques. .............249<br />

Remarque sur Thétérostylie <strong>de</strong> Narcissus triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot. 278<br />

MENDONÇA, F. A. — Agrostologia <strong>de</strong> Angola. I May<strong>de</strong>ae e Andropogoneae . . 3<br />

MOEWUS, Franz — Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal) 204<br />

NATIVI<strong>DA</strong>DE, J. Vieira — Investigações citológicas em varieda<strong>de</strong>s culturais <strong>de</strong><br />

Pereiras (P. Communis, L.) 295<br />

PEREIRA COUTINHO, António Xavier — Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal —<br />

Plantas Vasculares 43<br />

QUINTANILHA, A. — Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 289 3<br />

SAMPAIO, Gonçalo — Novas adições e correcções à Hora portuguesa 226"<br />

Páé.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!