BOLETIM DA SOCIEDADE BROTEREANA - Biblioteca Digital de ...
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<strong>BOLETIM</strong><br />
<strong>DA</strong> SOCIE<strong>DA</strong>DE<br />
<strong>BROTEREANA</strong><br />
FUN<strong>DA</strong>DO EM 1880 PELO DR. JÚLIO HENRIQUES<br />
PUBLICAÇÃO DO INSTITUTO<br />
BOTÂNICO <strong>DA</strong> UNIVERSI<strong>DA</strong>DE<br />
DE COIMBRA<br />
VOL. X-II SÉRIE<br />
RE<strong>DA</strong>CTORES:<br />
DR. L. WITTNICH CARRISSO<br />
Director do Instituto Botânico<br />
DR. A. QUINTANILHA<br />
Professor Catedrático <strong>de</strong> Botânica<br />
1935
Composição e impressão da oficina <strong>de</strong><br />
José <strong>de</strong> Oliveira Júnior — Alcobaça
AGROSTOLOGIA DE ANGOLA<br />
POR<br />
F. A. MENDONÇA<br />
I<br />
MAYDEAE E ANDROPOGONEAE<br />
D ESDE que o Director do Instituto Botânico <strong>de</strong> Coimbra,<br />
Prof. Dr. L. W. Carrisso empreen<strong>de</strong>u ardorosamente o<br />
estudo da Flora das Colónias Portuguesas, particularmente a<br />
<strong>de</strong> Angola, e me associou a esta tarefa, prestei especial atenção<br />
ao estudo das Gramíneas. Determinou-me a arrostar com as<br />
dificulda<strong>de</strong>s dêste empreendimento, não só a importância<br />
fitocorográfica dêste grupo, mas também e principalmente, a<br />
sua fundamental importância económica. Quando se pensa que<br />
são as Gramíneas que constituem as vastíssimas e ricas pastagens<br />
do Sul <strong>de</strong> Angola, — e que a pecuária virá a ser uma<br />
das maiores riquezas <strong>de</strong>sta nossa Província Ultramarina — a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer o elenco das espécies <strong>de</strong>sta família <strong>de</strong><br />
plantas, avulta aos nossos olhos com uma urgência imperiosa.<br />
O trabalho que damos hoje à estampa, é, pela sua índole,<br />
um trabalho preliminar. Compreen<strong>de</strong> as tribus May<strong>de</strong>ae e<br />
Andropogoneae e consta da lista das espécies até hoje conhecidas<br />
<strong>de</strong> Angola, que pu<strong>de</strong> examinar ou <strong>de</strong> que tive conhecimento<br />
bibliográfico.<br />
Antes da publicação do IX vol. da Flora of Tropical<br />
África, que se ocupa das gramíneas, da autoria <strong>de</strong> Stapf, o<br />
presente trabalho difìcilmente po<strong>de</strong>ria ter sido realizado. A obra<br />
<strong>de</strong> Stapf é <strong>de</strong> tal importância, como padrão da agrostologia da<br />
África tropical, que me pareceu vantajoso seguir a par e passo<br />
o critério e a sistemática dêste autor, a-pesar-<strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rnos<br />
conceitos evolucionários e filogenéticos aconselharem outro<br />
arranjo dos gran<strong>de</strong>s grupos.
4 F. A. Mendonça<br />
No que se refere a bibliografia limitei-me a citar apenas a<br />
estritamente indispensável para a i<strong>de</strong>ntificação das espécies até<br />
hoje conbecidas <strong>de</strong> Angola.<br />
É já longa a lista dos exploradores botânicos angolanos,<br />
mas são as colecções <strong>de</strong> Welwitsch e Gossweiler que avultam<br />
nos berbários. Welwitsch não foi até hoje excedido por nenhum<br />
naturalista explorador daquela nossa extensa província ultramarina,<br />
pelo menos no que se refere à perfeição do seu trabalho.<br />
Após Welwitsch. e seguindo-o <strong>de</strong> perto o Sr. J. Gossweiler é<br />
outro gran<strong>de</strong> explorador da flora <strong>de</strong> Angola. A êste incansável<br />
naturalista <strong>de</strong>ve esta nossa colónia assinalados serviços e as<br />
suas colecções são valiosíssimas. Muito há a esperar ainda do<br />
seu labor e activida<strong>de</strong>. São as colecções <strong>de</strong> Welwitsch e Gossweiler<br />
que constituem o fundo dos actuais conhecimentos da flora <strong>de</strong><br />
Angola e particularmente da Agrostologia.<br />
É curioso notar que, mesmo quando há sobreposição dos<br />
itinerários dos dois exímios exploradores, são numerosas as<br />
espécies diferentes colhidas pelos dois botânicos. Este facto<br />
conduz-nos a admitir que hão-<strong>de</strong> ser muitas as novida<strong>de</strong>s<br />
reveladas por futuras explorações no campo da Agrostologia,<br />
tanto mais quanto é certo que, vastas regiões <strong>de</strong> Angola, nunca<br />
foram visitadas por estes ou por outros naturalistas.<br />
A distribuição das espécies no território da província é<br />
referida aos distritos da divisão administrativa que consta da<br />
carta <strong>de</strong> Angola na escala 1:3.500.000, edição do Anuário<br />
Comercial <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> 1930. Em cada distrito é assinalada a<br />
localização com a possível exactidão. Acrescentei ainda para<br />
cada espécie uma nota ecológica e distribuição geográfica, o que<br />
po<strong>de</strong> ser muito útil em futuras herborizações.<br />
Citei sempre os especimes observados existentes nos herbários<br />
portugueses, metendo entre ( ), a seguir ao nome ou número<br />
dos colectores a abreviatura dêsses herbários, assim: (Coi)=<br />
Herbário <strong>de</strong> Coimbra, (Lisb. JC) = Herbário do Jardim Colonial<br />
<strong>de</strong> Lisboa, (Lis. U) = Herbário da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa; e<br />
na citação em conjunto observei a or<strong>de</strong>m alfabética. As espécies<br />
<strong>de</strong> que não há especimes nos herbários portugueses vão assina-
Agrostologia <strong>de</strong> Angola 5<br />
ladas com a abreviatura (II. v.) = non vidi. (s. II.) = sem número ;<br />
[ ] = i<strong>de</strong>ntificação errónea.<br />
Ao Director do Jardim Botânico <strong>de</strong> Lisboa, Sr. Dr. Palhinha<br />
e ao Director do Jardim Colonial, Sr. Dr. Fragateiro, agra<strong>de</strong>ço<br />
a liberalida<strong>de</strong> e a gentileza com que puzeram à minha disposição<br />
o material dos estabelecimentos que respectivamente dirigem.<br />
I<br />
May<strong>de</strong>ae<br />
Zea L<br />
1. Zea Mays L., Sp. Pl. ed. I: 971 (1753).—Welw., Apont.:<br />
540 (1859).-Welw. Syn. Explic: 35 (1862). — Rendle in Cat.<br />
Afr. Pl. Welw. II: 161 (1899).- Stapf in Fl. Tr. Afr. IX: 26 (1917).<br />
Luanda : Welwitsch 3720 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Largamente cultivado em tôda a colónia.<br />
DISTR. GEOGR. : Originário do México e cultivado em todo o<br />
o mundo tropical, subtropical e temperado.<br />
Coix L<br />
1. Coix Lacryma-Joby L-, Sp. Pl. ed. I: 972 (1753). —<br />
Welw. Syn. Explic. (1862).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II:<br />
161 (1899).-Stapf in Fl. Tr. Aft. ix: 27 (1917).<br />
Cuanza Norte: Dalatando, Welwitsch. 7241 (Lis. U); Ambaca,<br />
Welwitsch 3004 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA : Lugares húmidos.<br />
DISTR. GEOGR. : Originária da Indo-Malásia, subespontânea<br />
na zona tropical da África e América.
6<br />
F. A. Mendonça<br />
Euchlaena Schlad.<br />
1. Euchlaena mexicana Schrad., Ind. Sem. Hort. Goettingen<br />
(1832), Linnaea, VIII: Litt. 25 (1833). — Hitchc. in Contr.<br />
U. S. Natio. Herb, xxiv, part. 9: 701 (1933).<br />
Cuanza Norte: Cazengo, Gossweiler 5914 (Coi; Lis. JC;<br />
Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Cultivada.<br />
DISTR. GEOGR. : Originária do México e cultivada nas regiões<br />
quentes do globo.<br />
II<br />
Andropogoneae<br />
Ischaemum L.<br />
1. Ischaemum purpurascens Stapf in Fl. Tr. Afr. ix:<br />
32 (1917).<br />
[Ischaemum fasciculatum (non Brongn.). —Rendle ín .<br />
Cat. Afr. Pl. Welw. II: 141 (1899)].<br />
Huila: Cataractas <strong>de</strong> Lopolo, Welwitsch 7484 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Lugares pedregosos e kúmidos elevados.<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Rhodésia, territórios <strong>de</strong><br />
Moçambique.<br />
Vossia Wall.& Griff.<br />
1. Vossia cuspidata (Roxb.) Griff., Notul. III, In<strong>de</strong>x 12<br />
(?1851) et Ic. Pl. Asiat, t. 153 (? 1851).-Stapf in Fl. Tr. Afr. ix;<br />
41 (1917).<br />
Ischaemum cuspidatum Roxb., Fl. Ind. I: 324 (1820).
Agrostologia <strong>de</strong> Angola 7<br />
Cuanza Norte: Rio Cuanza, entre Bom Jesus e Massangano,<br />
Gossweiler 8372 (n. v.).<br />
ECOLOGIA: Semiflutuante junto às margens dos rios.<br />
DISTR. GEOGR.: África tropical, Índia.<br />
Urelytrum Hack.<br />
1. Urelytrum squarrosum Hack. in DC. Mon. Phan. vi;<br />
272 (1888).-Stapf in Fl. Tr. Afr. ix: 43 (1917).<br />
Bié: Ganguelas, margens do rio Cuito, Gossweiler 3198<br />
(Coi; Lis. JC); rio Tiengo, rio Cuito, Gossweiler 3777 (Coi;<br />
Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Pastagens e planícies graminosas.<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Rkodésia.<br />
2. Urelytrum agropyroi<strong>de</strong>s Hack. in DC. Mon. Phan. vi;<br />
272 (1889).-Stapí in Fl. Tr. Afr. ix: 46 (1917).<br />
Rottboellia agropyroi<strong>de</strong>s Hack. in Bol. Soc. Brot. III:<br />
135, t. 2, f. 1 (1885).<br />
Huila: Arredores <strong>de</strong> Huila, Newton (Coi).<br />
ECOLOGIA: Pastagens e campos cultivados.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
3. Urelytrum giganteum Pilg. in Engl. Bot. Jahrb. xxxiv:<br />
125 (1904).-Stapf in Fl. Tr. Afr. ix: 46 (1917).<br />
Malange: Arredores <strong>de</strong> Malange, Gossweiler 9418 (II. v.)<br />
ECOLOGIA: Pastagens do mato aberto.<br />
DISTR. GEOGR.: Angola e Congo Belga.
8 F. A. Mendonça<br />
Jardinea Steud<br />
1. Jardinea angolensis (Rendle) Stapf in Fl. Tr. Afr. ix:<br />
52 (1917).<br />
Rottboellia angolensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II :<br />
139 (1899).<br />
Cuanza Norte: (?) Pungo Andongo, (sem notas), Welwitsch<br />
(Lis. U).<br />
ECOLOGIA: NOS capinais.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica<br />
2. Jardinea congoensis Franch. ex Hack. in DC. Mon.<br />
Phan. vi: 277 (1889).-Stapf in Fl. Tr. Afr. ix: 53 (1917).<br />
Rhytachne congoensis Hack. loc. cit.<br />
Zaire: Santo António do Zaire, Gossweiler 8604 (II. v.); Congo<br />
Yala, Gossweiler 8896 (II. v.)<br />
ECOLOGIA: Capinais.<br />
Thyrsia Stapf<br />
1. Thyrsia huillensis (Rendle) Stapf in FL Tr. Afr. ix:<br />
50 (1917).<br />
Rottboellia huillensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II :<br />
140 (1899).<br />
Huila: Mumpulo, Welwitsch 2648 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Pastagens do mato aberto.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
DISTR. GEOGR.: Togo, Nigéria, Congo Francês, Chari, territórios<br />
do Nilo, Congo Belga, norte <strong>de</strong> Angola.
Agrostologia <strong>de</strong> Angola 9<br />
Manisuris L. f.<br />
1. Manisuris granularis Sw., Prod. Veg. Ind. Occ. 25 (1788).<br />
-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 141 (1899).-Stapf in Fl.<br />
Trop. Afr. ix: 58 (1917).<br />
Cuanza Norte: Golungo Alto, entre Banza do Soba e Montalegre,<br />
Welwitsch 7295 (Lis. U) ; Cazengo, Camondai, Dalatando,<br />
Gossweiler 5526 (Coi; Lis. JC; Lis. XI), Gossweiler 5520 b<br />
(Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Lugares cultivados e ru<strong>de</strong>rais.<br />
DISTR. GEOGR.: Regiões tropicais e subtropicais <strong>de</strong> todo o orbe.<br />
Elionurus Humb. & Bompl.<br />
1. Elionurus platypus (Trin.) Hack, in Bol. Soc. Brot. III:<br />
135 (1885).-Stapf in Fl. Trop. Afr. IX: 66 (1917).<br />
Andropogon platypus Trin. in Mém.<br />
m e<br />
6 Sér. II: 261.<br />
Acad. Petersb.<br />
Cabinda: Maiumba, Panga Mungo, Sub-Luali, Gossweiler<br />
6118 (Coi: Lis. JC; Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Capinais.<br />
DISTR. GEOGR. : Guiné, Serra Leoa.<br />
2. Elionurus Welwitschii Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw<br />
li: 137 (1899).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 68 (1917).<br />
Cuanza Norte: Pungo Andongo, Candumba, Welwitsch 2711<br />
(Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Matos abertos xerófilos.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica.
10<br />
F. A. Mendonça<br />
3. Elionurus argenteus Nees, Fl. Afr. Austr. : 95 (1841). —<br />
Stapf in Fl. Trop. Afr. IX : 70 (1917).<br />
Bié: Vila da Ponte, Gossweiler 2422 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Capinais e pastagens.<br />
DISTR. GEOGR. : Congo Francês, Congo Belga, territórios <strong>de</strong><br />
Moçambique, Damaralândia.<br />
Rottboellia L. f.<br />
1. Rottboellia exaltata L. f., Suppl. : 114 (1781).— Rendle in<br />
Cat. Afr. Pl. Welw. II: 139 (1899).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />
73 (1917).<br />
Cuanza Norte : Golungo Alto, Sange, Bango, Welwitsch 7251<br />
(Lis. U), Welwitsch 7271 (Lis. U), Welwitsch 7271 b (Lis. U.).<br />
ECOLOGIA: Capinais e margens das florestas.<br />
DiSTR. GEOGR. : África tropical.<br />
Chasmopotiium Stapf<br />
1. Chasmopotiium caudatum (Hack.) Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />
ix: 77 (1917).<br />
Rottboellia caudata Hack. in DC. Mon. Phan. vi: 298.<br />
(1899).-Dur. & Sckinz, Consp. Fl. Afr. v: 698 (1894).<br />
Malange : Buckner 36 (n. V.).<br />
ECOLOGIA: NOS capinais.<br />
DiSTR. GEOGR. : África tropical.<br />
Coelorhachis Brongn.<br />
1. Coelorhachis afraurita Stapf in Bull. Soc. Bot. Fr. LV,<br />
Mem. VIII : 98 (1908), et in Fl. Trop. Afr. ix: 80 (1917).
Agrostologia <strong>de</strong> Angola 11<br />
Malange: Gossweiler 801 (II. V.).<br />
Huila: Cbibia, Pearson 2721 (II. v.).<br />
Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 3314 (Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Capinais dos lugares búmidos.<br />
DISTR. GEOG. : Guiné Francesa, Angola.<br />
Rhytachne Desv.<br />
1. Rhytachne robusta Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 82 (1917).<br />
Bié: Ganguelas, Gossweiler 2721 pro parte fi<strong>de</strong> cl. Stapf<br />
(II. v.); rio Cuiriri, Gossweiler 2742 (II. v.).<br />
ECOLOGIA : Mato aberto e floresta xerófila.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
2. Rhytachne rottboelloí<strong>de</strong>s Desv. in Hamilt. Prodr. Fl.<br />
Ind. Occ: 12 (1825).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 83 (1917).<br />
Rotthoellia rhytachne Hack. in Bol. Soc. Brot. in: 136,<br />
t. II, fig. 2 (1885).<br />
Huüa: Rio Palanca, Newton (Coi).<br />
Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 1996 (Lis. JC),<br />
Gossweiler 2226 (Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Nos capinais dos lugares búmidos.<br />
DISTR. GEOGR. : África tropical.<br />
3. Rhytachne benguellensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
li: 138 (1899).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 84 (1917).<br />
Huüa: Fntre Humpata e rio Nene, Welwitsch 2639 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Pastagens da floresta xerófila.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.
12<br />
F. A. Mendonça<br />
Imperata Cyr.<br />
1. Imperata cylindrica (L.) Beauv., Agrost.: 165, t. v, fig. 1<br />
(1812). var. Thunbergii Dur. Sd Scbinz, Consp. Fl. Air. v: 693<br />
(1895).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 88 (1917).<br />
Lagurus cyîindricus L., Syst. Nat. éd. 10, II: 878 (1759).<br />
Imperata arundinacea var. Thunbergii Hack. in DC,<br />
Mon. Phan. vi: 94 (1889).-Rendle in Cat. Air. Pl. Welw.<br />
II : 135 (1899).<br />
Imperata angolensis Fritsck. in Bull. Herb. Boiss. 2<br />
Sér. I: 1097 (1901).<br />
Luanda: Margens do Bengo, prôx. <strong>de</strong> Panda, Welwitsch 7354;<br />
(Lis. U).<br />
Cuanza Norte : Golungo Alto, Sange, Welwitsch 7354 (Lis. U.)<br />
Cazengo, Gossweiler 5083 (Coi; Lis. JC; Lis. U).<br />
Huila: Lopolo e Lago Ivantala, Welwitsch 2640 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA : Clareiras das florestas e terrenos <strong>de</strong> cultura.<br />
DISTR. GEOGR. : Àfrica, regiâo mediterrânica, Àsia tropical e<br />
subtropical, America tropical.<br />
Mischanthidium Stapf<br />
1. Mischanthidium teretifolium Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />
89 (1917).<br />
Erianthus teretifolius Stapf in Journ. Linn. Soc. xxxvn :<br />
478 (1906).<br />
Maiange: Nos pantanos, Gossweiler 807 (II. v.).<br />
ECOLOGIA: Lugares pantanosos.<br />
DISTR. GEOGR. : Angola eRhodésia.<br />
2. Mischanthidium Gossweileri Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />
90 (1917).<br />
m e
Agrostologia <strong>de</strong> Angola l3<br />
Hulla: íiumpaía, Newton (Coi).<br />
Bié: Ganguelas, margens do rio Tiengo, rio Cuito, Gossweiler<br />
4032 (Lis: JC).<br />
ECOLOGIAJ Lugares pantanosos e inundáveis.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
Eriochrysis B<br />
1. Eriochrysis purpurata (Rendle) Stapf in El. Trop. Air.<br />
ÏX: 92 (1917).<br />
Saccharum purpuratum Rendle in Trans. Linn. Soc.<br />
Sér. 2, I V: 56 (1894).<br />
Bié: Ganguelas, rio Cubango, Vila da Ponte, Gossweiler<br />
1959 (II. v.), 2384 (II. v.).<br />
ECOLOGIA: Capinais e pastagens.<br />
DISTR. GEOGR.: África Austral, Niassalanda,<br />
2. Eriochrysis paluda Munro in Harv., Gen. S. Âfr. Pl.<br />
ed. 2. a<br />
: 440 (1868).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 93 (1917).<br />
Saccharum Munroanum Hack in DC, Mon. Phan. vi:<br />
124 (1889). - Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 136 (1889).<br />
Huila: Humpata, Lopolo, Welwitsch 2642 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Nos prados húmidos.<br />
DISTR. GEOGR.: África Austral,. Ckari.<br />
Saccharum L.<br />
1. Saccharum officinarum L., Sp. Pl. ed. I: 45 (1753).—<br />
Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 136 (1889).-Stapf in Fl.<br />
Trop. Afr. ix : 96 (1917).
14 F. A. Mendonça<br />
Cuanza Norte: Golungo Alto, rio Luinha, Welwitsch 2901<br />
(Lis. U).<br />
Mossâme<strong>de</strong>s: Cavaleiros, Welwitsch 2283 (Lis. II).<br />
ECOLOGIA E DISTR. GEOGR.: Cultivado nos climas tropicais <strong>de</strong><br />
todo o Mundo.<br />
Eulalia Kunth<br />
1. Eulalia villosa (Tbunb.) Nees in. Fl. Afr. Austr.: 91<br />
(1841).-Stapf in FL Trop. Afr. ix: 99 (1917).<br />
Andropogon villosum Tbunb., Prod. Pl. Cap.: 20 (1794).<br />
Pollinia villosa Spreng. in Linn., Syst. Veg. ed. l6. a<br />
, I:<br />
288 (1825). - Rendle in Cat. Afr. Pl Welw. II: 136 (1899).<br />
Huila: Morro do Monino, Welwitsch 7485 (Lis. U).<br />
Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 2384.<br />
ECOLOGIA: Colinas pedregosas e pastagens.<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Rhodésia, África Austral e<br />
Madagascar.<br />
Homozeugos Stapf<br />
1. Homozeugos fragile Stapf in Hook, Ic. Pl. t. 3033 (1915),<br />
et in Fl. Trop. Afr. ix: 102 (1917).<br />
Bie: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 4029 (II. v.).<br />
ECOLOGIA: Pastagens do mato aberto xerófilo.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
2. Homozeugos huillensis (Rendle) StapF in Hook., Ic.<br />
Pl sub t. 3033 (1915), et in Fl. Trop. Afr. ix: 103 (1917).<br />
Pollinia huillensis in Cat. Afr. Pl Welw. II: 136 (1899).
Agrostologia <strong>de</strong> Angola<br />
Huila : Junto <strong>de</strong> Empalanca, Welwitsch 2669 (Lis. II).<br />
ECOLOGIA: Pastagens do mato aberto xerófilo.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
3. Homozeugos Gossweileri Stapf in Fl. Trop. Aír. IX:<br />
103 (1917).<br />
Bié: Ganguelas, rio Cuito, margens do rio Tíengo, GossWeiler<br />
2586 (Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Nos capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
Sorghum Pers. (I)<br />
1. Sorghum arundinaceum Stapf in FL Trop. Afr. ix: 114<br />
(1917).<br />
[Andropogon arundinaceus non Scop.— Willd. in Linn.,<br />
S P. Pl. ed. 4. a<br />
, iv: 905 (1805).]<br />
Sorghum halepense var. eííusum subvar. aristatum<br />
Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw, II: 150 (1899) pro parte<br />
quoad II. os<br />
Welwitsch 2898, 2994, 7197.<br />
Luanda: Welwitsch 2898 (s. II.) (Lis. U); Ambriz, Welwitsch<br />
2898b (Coi; Lis. U); Bengo, Welwitsch 7197 (Lis. U).<br />
Cuanza Norte: Cazengo, Caculo, Welwitsch 2994 (Lis. U);<br />
Cazengo, Granja <strong>de</strong> S. Luís, Gossweiler 5314 (Coi; Lis. JC;<br />
Lis. U), Gossweiler 5545 (Coi; Lis. JC; Lis. U); Camondaí.<br />
Dalatando, Gossweiler 8037 (Lis. XX).<br />
(l) Pela gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>, satisfatoriamente, <strong>de</strong>finir e <strong>de</strong>limitar as espécies<br />
cultivadas dêste género, e pela <strong>de</strong>ficiência do material <strong>de</strong> que actualmente dispomos nos<br />
herbários portugueses que eonsultei, sou levado a aceitar, sem quaisquer observações, os<br />
arranjos específicos <strong>de</strong> Stapf na Fl. Trop. Afr., a-pesar-<strong>de</strong> nem sempre me parecer <strong>de</strong>fen<br />
sável o critério dêste ilustre agrostologista, pelo menos quanto aos Sorgos cultivados<br />
em Angola.
16 F. Ã. t<strong>de</strong>nJonçs<br />
ECOLOGIA : Cultivado.<br />
DISTR. GEOGR.; África Tropical e Austral.<br />
2. Sorghum verticillífforum (Steud.) Stapf in FI. Trop-<br />
Afr. ix: 116 (1917).<br />
Andropogon verticilliflorus Steud., Syn. Pl. Glum, I:<br />
393 (1855).<br />
Cuanza sui: Porto Amboim, Gossweiler 9770 (Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Semi-ru<strong>de</strong>ral.<br />
DiSTR. GEOGR.: África Austral e Tropical Oriental, Madagascar,<br />
Mascarenhas, Seicheles.<br />
3. Sorghum Drummondii Nees ex Steud., Syn. Pl. Glum,<br />
I: 393 (1855).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 122 (1917).<br />
Sorghum halepense var. efiusum subvar. aristatum<br />
Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 150 (1899) pro parte quoad<br />
II. os<br />
Welwitsch 7277, 7331.<br />
Andropogon Sorghum subsp. sativus var. Drummondii<br />
Hack, in DC, Mon. Phan. vi: 507 (1889) pro parte.<br />
Luanda: Arredores <strong>de</strong> Luanda, Imbon<strong>de</strong>iro dos Lobos,<br />
Welwitsch 7277 (Lis. U).<br />
Sem notas : We^irscA 7331 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Campos <strong>de</strong> cultura.<br />
DISTR. GEOGR-: África Tropical.<br />
4. Sorghum bicolor (L.) Moench., Méth.: 207 (1794) var.<br />
obovatum Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 127 (1917).<br />
Holcus bicolor L., Mant. Alt.: 301 (1771).<br />
Sorghum vulgare var. obovatum subvar. nigrum Rendle<br />
in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 151 (1899).<br />
wiossâme<strong>de</strong>s: Horta da Nação, Welwitsch 2882 (Lis. U).<br />
Huila: Welwitsch 2682 b Lis. U).
ECOLOGIA: Cultivado.<br />
Agrostologia âe Angola 17<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Damaralândia, região mediterrânica<br />
é índia.<br />
5. Sorghum caudatum var. angolense (Rendle) Stapf in<br />
Fl. Trop. Afr. ix: 132 (1917).<br />
Sorghum vulgare var. saccharatum Rendle in Cat.<br />
Afr. Pl. Welw. II: 150 (1899).<br />
Sorghum vulgare var. angolense Rendle loc. cit.<br />
Cuauza Norte: Golungo Alto, rio Cuango, Welwitsch 7237<br />
(Lis. U); Cazengo, rio Luinka, Welwitsch 7216 (Lis. U); Sange,<br />
Welwitsch 2995 (Lis. U).<br />
Huna: Arredores <strong>de</strong> Huila, Welwitsch 2861 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Cultivado.<br />
DISTR. GEOGR.: África Tropical.<br />
6. Sorghum micratherum Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 142<br />
(1917).<br />
Sorghum nutans var. angolense Rendle in Cat. Afr. Pl.<br />
Welw. II: 152 (1899).<br />
Huna: Entre Lopolo e Catumba, Welwitsch 7491 (Lis. U);<br />
arredores <strong>de</strong> Catumba, Welwitsch 7496 (Lis. LI).<br />
ECOLOGIA : Pastagens dos lugares kúmidos.<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Rkodésia e Moçambique.<br />
7. Sorghum pogonastachyum Stapf in FL Trop. Afr. ix:<br />
144 (1917).<br />
3<br />
Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 2225 (Lis. JC).<br />
ECOLOGIA : Nas pastagens da floresta aberta.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémico.
18<br />
F. A. Mendonç,<br />
8. Sorghum bipennatum (Hack.) Stapf in FI. Trop. Afr.<br />
ix: 144 (1917).<br />
Ändropogon bipennatus Hack, in Flora, 1885; 142.<br />
Zaire : Sumba, ilka <strong>de</strong> Tando, Gossweiler 8944 (Lis. JC).<br />
Cuanza Norte: Cazengo, fazenda Monte Belo, Gossweiler<br />
5576 (II. v.), Cazengo, Dalatando, Caçuto, entre os rios Mumbeje<br />
e Caringa, Gossweiler 5922 (Lis. JC).<br />
Bié : Ganguelas, Vila Serpa Pinto e N'Jaia, Gossweiler<br />
3131 (II. v.).<br />
ECOLOGA: Florestas abertas e capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Guiné Francesa, Nigéria do Norte, Camarões,<br />
Gabão, Territórios do Nilo.<br />
9. Sorghum incompletum (J. C. Presl) Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix : 145 (1917).<br />
Ändropogon incompletus J. C. Presl in C. B. Presl,<br />
Relia;. Haenk, I: 342 (1830).<br />
Sorghum nutans var. incompletum Rendle in Cat. Afr.<br />
Pl. Welw. II : 152 (1899).<br />
Cuanza Norte: Pungo Andongo, Quilonga, Welwitsch 2881<br />
(Lis. U).<br />
ECOLOGIA : Lugares arenosos do mato xerófilo.<br />
DISTR. GEOGR. : Angola e América Tropical.<br />
Vetiveria Thouars<br />
1. Vetiveria zlzanioi<strong>de</strong>s (L.) Stapf in Kew Bull., 1906:<br />
346-349, 362, et in Fl. Trop. Afr. ix: 157 (1917).<br />
Phalaris zizanioi<strong>de</strong>s L., Mant. Alt.: 183 (1771).<br />
Cabinda: Landana, Gossweiler 8113 (Coi; Lis. JC; Lis. U),<br />
Gossweiler 8113 b (Lis. JC).
Agrostologia <strong>de</strong> Angoh 19<br />
ECOLOGIA : Cultivada. Originária da índia.<br />
DISTR. GEOGR.: Ásia Tropical.<br />
2. Vetiverïa nlgritana (BentL.) Stapf in FL Trop. Afr. ix:<br />
157 (1917).<br />
Andropo¿on nigritanus Bentn. in Hook., Niger Fl. :<br />
573 (1849).<br />
[Anatherum. muricatum (non Beauv.). — Rendle in Cat.<br />
Afr. Pl. Welw. II : 153 (1899)].<br />
Cuanza Norte : Icolo e Bengo, Lagoa <strong>de</strong> Cabiri, Gossweiler<br />
9216 (Coi) ; Pungo Andongo, Sansamanda, Welwitsch 2780<br />
(Lis. II) ; pântanos das margens dos rios Lombe e Cuije,<br />
Welwitsch 2817 (Coi; Lis. U).<br />
Sem notas : Welwitsch 2867 b (Lis. U).<br />
Bïé -. Ganguelas, rio Cuelei, Massaca, Gossweiler 2695 (Lis,<br />
JC) ; Vila Serpa Pinto, Gossweiler 4118 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA : Margens dos rios e pântanos.<br />
DiSTR. GEOGR. : África Tropical.<br />
Arthraxon Beauv.<br />
1. Arthraxon Quartinianus (A. Ricb), Nask in Nortk<br />
Amer. Fl. XVII: 99 (1912).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 166 (1917).<br />
Alectoridia Quartiniana A. Ricb., Tent. FL Abyss. II :<br />
448, t. 99 (1847).<br />
[Alectoridia ciliaris (non Beauv).— Rendle in Cat. Afr.<br />
Pl. Welw. H : 138 (1899)].<br />
Cuanza Norte : Golungo Alto, . margens do rio Casábala,<br />
Welwitsch 7214 (Lis. II.).<br />
ECOLOGIA : Prados búmidos.<br />
DISTR. GEOGR. : África Tropical.
20<br />
F. A. Mendonça<br />
Hypogynium Nees<br />
1. Hypogynium virgatum (Desv.) Dandy in Journ. Bot.<br />
LXIX: 54 (1931).<br />
Andropogon virgatus Desv. ex. Ham., Prod. Pl. Ind.<br />
Occid.: 9 (1825).<br />
Hypogynium. spathiflorum Nees. Agrost. Bras. : (1829).<br />
— Stapf in FI. Trop. Afr. ix : 168 (1917).<br />
Andropogon festucaeformis Rendle in Cat. Afr. Pl<br />
Welw. il : 145 (1899).<br />
Huila: Humpata, Welwitsch 7505 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA : Prados kûmidos.<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, Congo Belga, America Tropical.<br />
AmphilOphiS Nash<br />
1. Amphiiophis glabra (Roxb.) Stapf in FI. Trop. Afr. ix :<br />
172 (1917).<br />
Andropogon glaber Roxb., Fl. Ind. I : 271 (1820).<br />
Andropogon intermedius var. punctatus subvar. glaber<br />
Hack. in DC, Mon. Phan. vi: 487 (1889).-Rendle in Cat.<br />
Afr. Pl. Welw. u : 149 (1899).<br />
sem notas : Welwitsch 2964 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA : Nos capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Congo Belga, Nigeria, territorios do Nilo e<br />
<strong>de</strong> Moçambiç[ue, Madagascar, Âsia Tropical, Norte da Austrâlia.<br />
2. Amphiiophis intermedia var. acidula Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix : 174 (1917).<br />
Andropogon Ischoemum var. laeviiolius Hack in DC,<br />
Mon. Phan. vi : 476 (1889).- Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
u: 149 (1899).
Ägrostologia <strong>de</strong> Angola 21<br />
Luanda: Welwitsch 7348 (Lis. U), Welwitsch 7375 (Lis. U).<br />
Huíia: Humbe, Newton (II. v.).<br />
ECOLOGIA: NOS capinais e pastagens.<br />
DISTR. GEOGR. : Costa do Ouro, Cabo Ver<strong>de</strong> e Antilbas.<br />
Dichanthium Villemet<br />
1. Dichanthium papillosum (Hocbst.) Stapí in Fl. Trop.<br />
Afr. ix: 179 (1917).<br />
Andropogon papillosum Hocbst. ex A. Rieb, in Tent.<br />
Fl. Abyss. li: 457 (1847).-Hack in Bol. Brot. Iii: 139<br />
(1885), et in DC, Mon. Phan. vi: 573 (1889).<br />
[Andropogon annulatus var. papillosus (non Hook. f.).<br />
-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 150 (1899)1.<br />
Luanda : Quicuxe, Welwitsch 2912 (Lis. U), Welwitsch 7315<br />
(Lis. U).<br />
Sem notas: Welwitsch 7323 (Coi; Lis. U).<br />
Mossâme<strong>de</strong>s: Margens do Bero, Welwitsch 2609 (Lis. U).<br />
Huna: Rio Monbino, Newton (Coi.)<br />
ECOLOGIA: Nos capinais do mato aberto xerófilo.<br />
DISTR. GEOGR. : Angola e Abissínia.<br />
Euclasta<br />
1. Euclasta condylotricha (Hocbst.) Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix: 181 (1917).<br />
Andropogon condylotrichus Hockst, in Steud., Syn.<br />
Pl. Glum, I: 377 (1855).<br />
Andropogon piptatherus Hack, in Mart., Fl. Bras, II,<br />
III: 293-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 150 (1899).
22<br />
F. A. Mendonça<br />
Sem notas : Welwitsch 7244 (Coi; Lis. U).<br />
Cuanza Norte: Cazengo, Camondai, Dalatando, GossWeiler<br />
5558 (Coi; Lis. JC), Gossweiler 5559 (Lis. 11), GossWeiler 5931<br />
(Coi; Lis. JC; Lis. LI); Ritari Ambeca, Quizonga, Camondai,<br />
GossWeiler 5799 (Coi; Lis. JC; Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Capinais.<br />
DISTR. GEOGR. : África e América tropicais.<br />
Schizachyrium N ees<br />
1. Schizachyrium brevifolium (Sw.) Nees, Agrost. Bras.:<br />
332 (1829).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 187 (1917).<br />
Andropogon brevifolius Sw., Prod. Veg. Ind. Occ.: 26<br />
(1788), et Fl. Ind. Occ. I: 209 (1797).-Rendle in Cat. Afr.<br />
Pl. Welw.: II: 142 (1899).<br />
Cuanza Norte: Golungo Alto, Monte Queta Oriental, Welwitsch<br />
7205 (Lis. U); Monte <strong>de</strong> Alta Queta, Welwitsch 7250<br />
(Coi; Lis. LI); Pungo Andongo, Pedras <strong>de</strong> Guinga, Welwitsch<br />
7403 (Lis. U).<br />
Bié: Ganguelas, rio Tíengo, rio Cuito, GossWeiler 3470<br />
(Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA : Capinais.<br />
DISTR. GEOGR. : Trópicos <strong>de</strong> todo o orbe.<br />
2. Schizachyrium glabrescens (Rendle) Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix: 192 (1917).<br />
Andropogon exilis var. glabrescens Rendle in Cat. Afr.<br />
Pl. Welw. II: 142 (1899).<br />
Cuanza Norte: Pungo Andongo, Mopopo, margens do rio<br />
Cuanza, Welwitsch 7423 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Nas florestas.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica.
Agrostologia <strong>de</strong> Ängol, 23<br />
3. Schizachyrium semiberbe Nees in Agrost. Bras: 336<br />
(1829).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 195 (1919).<br />
[Ändropogon hittiflorus (non Kuntb).—Renale in<br />
Cat. Afr. Pl. Welw. II : 142 (1899)] pro parte quoad Welwitscb<br />
II. ° 2650.<br />
Ändropogon hirtiilorus var. gracilis Rendles loc. cit.:<br />
143, pro parte quoad spec. Welwitsch 2869.<br />
Cuanza Norte: Pungo Andongo (?), Welwitsch 2869 (Coi;<br />
Lis. U).<br />
Huna : Welwitsch 2650 (Lis. LI).<br />
Var. flocculiferum Stapf loc. cit. 196<br />
Luanda: Böa Vista, Gossweiler 20 (II. v.).<br />
Huna: Lopolo, Welwitsch 2549 pro parte (Lis. LI) (l)<br />
Var. hemileium Stapf loc. cit.: 197.<br />
Luanda: Quicuxe, Welwitsch 7326 (Lis. LI); arredores <strong>de</strong><br />
Luanda, Gossweüer 1615 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Capinais do mato xeröfilo.<br />
DISTR. GEOGR. : África Tropical, America do Sul Tropical.<br />
4. Schizachyrium ursulus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 197<br />
(1919).<br />
Bié: Ganguelas, Massacolas do rio Cuiriri perto <strong>de</strong> Cassuango,<br />
Gossweiler 2988 (Coi; Lis. JC); Vale do rio Tiengo,<br />
rio Cuíto, Gossweiler 4073 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Pastagens da floresta aberta.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
(l) No Herbário <strong>de</strong> Lisboa existem sob o número 2549 <strong>de</strong> Welwitsch duas espécies:<br />
Schizachyrium semiberbe var. flocculiferum e Tricholaena rósea Nees.
24<br />
F. A. Mendonca<br />
5. Schizachyrium Thollonii (Frenen.) Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix: 200 (1919).<br />
Andropogon Thollonii Franck., in Bull. Soc. Hist. Nat.<br />
Autun. VIII, 324 (1895).<br />
Andropogon lopollensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
II: 143 (1899).<br />
Huila : Lopolo, Welwitsch 2641 (Lis. XI).<br />
ECOLOGIA : Nas pastagens.<br />
DISTR. GEOGR. : Sul <strong>de</strong> Angola, Congo Belga, Congo Francês.<br />
Diectomis Kuntn<br />
1. Diectomis fastigiata Kuntk in Hum. & Bonpl., Nov.<br />
Gen. et Sp. I: 193, t. 64 (1815) excl. Synon. Beauv.— Stapf in<br />
Fl. Trop. Afr. ix: 207 (1919).<br />
Andropogon íastigiatus Sw., Prod. Veg. Ind. Occ: 26<br />
(1788), etFl. Ind. Occ: 207 (1797).-Rendle in Cat. Afr.<br />
Pl. Welw. II : 144 (1899).<br />
Cuanza Norte: Fntre Catete e Luxilo, Welwitsch 7416 (Lis. U);<br />
Pungo Andongo, Muta-Lucala, margens do Cuanza, Welwitsch<br />
4705 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Pastagens e capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Zona tropical do orbe.<br />
Andropogon L.<br />
1. Andropogon eucomus Nees, Fl. Afr. Austr.: 104 (1841).<br />
— Hack. in Bol. Soc. Brot. ra: 137 (1885) et in DC, Mon. Phan.<br />
vi: 421 (1899).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II; 146 (1899).-<br />
Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 230 (1919).
Agrostologia <strong>de</strong> Angola 25<br />
Cuanza Norte: Pungo Ândongo, Bumba, Condo, Welwitsch<br />
7442 (Lis. LI.)<br />
Huüa: Campinas <strong>de</strong> Humpata, Newton (Coi).<br />
Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 2324 (Lis. JC);<br />
margens do rio Tiengo, rio Cuíto, Gossweiler 2587 (Coi;<br />
Lis. JC).<br />
ECOLOGIA : Nas pastagens da floresta aberta.<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola, África Austral, Uganda e<br />
Madagascar.<br />
2. Andropogon huillensis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
II: 146 (1889).-Stapf in Fl. Trop. Aír. ix: 231 (1919).<br />
Huila: Humpata, Welwitsch 2670 (Coi; Lis. U), Welwitsch<br />
2644 (Lis. U) pro parte (l).<br />
Bié: Ganguelas, rio Tiengo, Gossweiler 2576 (Coi; Lis. JC),<br />
Gossweiler 4075 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Nas pastagens e matos abertos xerófilos.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica no Sul <strong>de</strong> Angola.<br />
3. Andropogon laxatus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 237<br />
(1919).<br />
Andropogon ternatus var. aíricanus Rendle in Cat.<br />
Afr. Pl. Welw. II: 147 (1899).<br />
Huüa: Humpata, Welwitsch 2643 (Lis. U) (in Stapf, loc.<br />
cit.: 2693, pro errore); Monino, "Welwitsch 2644 (Lis. LI) pro<br />
parte, (l)<br />
ECOLOGIA: Nas pastagens do mato aberto xerófilo.<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola eRhodésia<br />
(l) Sob o número 2644 <strong>de</strong> Welwitsch existem na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa 3 fôlhas<br />
<strong>de</strong> herbário contendo 10 exemplares dos quais apenas 1 pertence à espécie A. huillensis •<br />
Os 9 restantes pertencem à espécie A. laxatus.
F. A. Mendonça<br />
4. Andropogon pseudapricus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />
242 (1919).<br />
Bié: Ganéuelas, Vila Serpa Pinto, Gossweiler 4153 (Coi).<br />
ECOLOGIA : Prados búmidos.<br />
DISTR. GEOGR. : África Tropical.<br />
5. Andropogon amplectens Nees, Fl. Afr. Âustr.: 104<br />
(1841).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 243 (1919).<br />
Huila: Humpata, Pearson 2603 (II. v.).<br />
Var. diversifoiíus (Rendle) Stapf, loc. cit.: 244.<br />
Adropogon diversiíolius Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
II : 148 (1899).<br />
Cuanza Norte: Pungo Andon^o, entre Cagbvui e Candumba,<br />
Welwitsch 2833 (Coi; Lis. U).<br />
Bié: Ganéuelas, nascentes do rio Cuartiri, Luasinéa, Gossweiler<br />
2716 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: NOS capinais e pastagens.<br />
DISTR. GEOGR.: África Tropical e Austral.<br />
• 6. Andropogon Schinzii Hack, in DC, Mon. Phan. vi:<br />
458 (1889).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 245 (1919).<br />
Cuanza Norte: Cazengo, Ritari Hambeca, Quizonga, Camondai,<br />
Dalatando, Gossweiler 5800 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Nos capinais.<br />
DISTR. GEOGR. : África Equatorial e Austral.<br />
7. Andropogon schirensis Hocbst. in A. Ricb., Tent. Fl.<br />
Abyss, II: 456 (1847).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 148<br />
(1899).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 246 (1919).
Agrostologia <strong>de</strong> Angola 27<br />
Cuanza Norte : Entre N'Bila e Bumba, Welwitsch 7439 (Lis. U).<br />
Var. angustifolius Stapf in El. Cap. vu : 340 (1898) et in Fl.<br />
Trop. Afr. IX : 247 (1919).<br />
Zaire: Sumba, Peco, Maiangala, Gossweiler 8605 (Lis. JC).<br />
Cuanza Norte : Pungo Andongo, entre N'Bila e Bumba,<br />
Welwitsch 7439 (Lis. U).<br />
Bié: Vale do rio Luasinga, Gossweiler 2780 (Coi; Lis. JC) ;<br />
vale do rio Tiengo, rio Cuito, Gossweiler 3773 (Coi; Lis. JC),<br />
Gossweiler 3776 a (Coi).<br />
ECOLOGIA : Nos capinais e pastagens.<br />
DISTR. "GEOGR. : Forma típica, África Tropical, var. Angola e<br />
África Austral.<br />
8. Andropogon Dummeri var. calvus Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. IX : 249 (1919).<br />
Malange: Perto <strong>de</strong> Malange, várzeas búmidas, Gossweiler.<br />
806 (II. v.).<br />
(1919).<br />
ECOLOGIA: Nos capinais dos prados húmidos.<br />
DiSTR. GEOGR. : Angola. A forma típica LTganda e LTsambara.<br />
9. Andropogon tumidulus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 252<br />
Bié : Ganguelas, rio Cuito, margens do rio Tiengo, Gosswei<br />
ler 2585 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: NOS capinais e pastagens.<br />
DiSTR. GEOGR. : Sul <strong>de</strong> Angola e Rho<strong>de</strong>sia.<br />
10. Andropogon textilis Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II:<br />
144 (1899). - Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 255 (1919).
28<br />
F. A. Mendonça<br />
Cuanza Norte: Pungo Ândongo, entre N'Bila e Bumba, Welwitsch<br />
7440 (Lis. U).<br />
Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 2415 (Coi;<br />
Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Capinais dos lugares búmidos.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica.<br />
m e<br />
11. Andropogon gabonensis Stap in Journ. <strong>de</strong> Bot. 2.<br />
sér. II : 207 (1909), et in FI. Trop. Afr. ix: 260 (1919).<br />
Cabinda: Rio Cbiloango, Gossweiler 7171 (Coi; Lis. U),<br />
Gossweiler 8114 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: NOS capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Gabão, Congo Francês e Congo Belga.<br />
12. Andropogon Gayanus Kuntb, Enum. Pl. I: 491 (1833).—<br />
Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 261 (1919).<br />
Var. squamulatus (Hocbst.) Stapf, loc. cit.: 263.<br />
Andropogon squamulatus Hocbst. in Flora (1844): 244.<br />
Andropogon Gayanus Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
II : 148 (1899).<br />
manda : Maianga d'El-Rei, Welwitsch 7285 (Lis. LT); Gossweiler<br />
1542 (Coi), Gossweiler 1571 (Coi), Gossweiler 1613 (Coi).<br />
Cuanza Norte: Golungo Alto, Welwitsch 7249 (Lis. U); Cazengo,<br />
Câmondai, Dalatando, Gossweiler 5555 (Coi; Lis. JC);<br />
Lis. U), Gossweiler 5555 b (Coi; Lis. JC; Lis. U) : Dalatando,<br />
Welwitsch 2151 (Lis. LT); Pungo Andongo, Welwitsch 7402<br />
(Lis. U).<br />
Bíé: Ganguelas, entre Luasenba e Cutcbi, Gossweiler 3064<br />
(Coi); margens do rio Cubango, Vila da Ponte, Gossweiler<br />
3918 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: NOS capinais.<br />
DISTR. GEOGR. : África tropical.
Ägrostologia <strong>de</strong> Angola 29<br />
Diheteropogon Stopf<br />
1. Diheteropogon Buchneri (Hack.) Stapf in Hook Ic. Pl.<br />
sub t. 3093 (1922).<br />
Andropogon Buchneri Hack, in DC. Mon. Phan. vi:<br />
649 (1899).<br />
Malange: Buchner (II. v.).<br />
ECOLOGIA: Nos capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica na região planáltica <strong>de</strong> Angola.<br />
2. Diheteropogon grandiflorus (Hack.) Stapf in Hook. Ic.<br />
Pl t. 3093 (1922).<br />
Heteropogon ¿randiílorus Renale in Cat. Afr. Pl<br />
Welw. Ii: 153 (1899).<br />
congo: Tlije, Gossweiler 7513 (Lis. LI).<br />
Cuanza Norte: Pungo Andongo, margens do Cuanza, Weiwitsch<br />
2777 (Lis. U).<br />
Malange: Quirima, rio Zombo, Gossweiler 9497 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Capinais e florestas abertas.<br />
DisTR. GEOGR.: Congo Belga e Nigéria.<br />
Cymbopogon Spreng<br />
1. Cymbopogon citratus (DC.) Stapf in Kew, Bull. Mise.<br />
Inf. 1906: 357, et in Fl. Trop. Afr. ix: 282 (1919).<br />
Andropogon citratus DC, Cat. Hort. Monsp.: 78 (1813).<br />
Cymbopogon Nardus Rendle in Cat. Afr. Pl Welw.<br />
Ii: 155 (1899).
So<br />
F. Ã. Mendonça*<br />
Luanda : Jardins <strong>de</strong> Luanda, Welwitsch 7288 (Lis LI).<br />
Mossãme<strong>de</strong>s I Hortas <strong>de</strong> Cavaleiros, Welwitsch 2284 (Lis. LI.)'<br />
ECOLOGIA: Cultivado.<br />
DiSTR. GEOGR.: Originário- da India e cultivado' em todo o<br />
orbe tropical.<br />
1. Cymbopdgon <strong>de</strong>nsiflorus (Stead.) Stapf in Kew. BulL<br />
Misc. Inf., 1906, 357 et in Fl. Trop. Afr. ix: 289 (1919).<br />
Andropogon<br />
(1855).<br />
<strong>de</strong>nsiflorus Steud., Syn. Pl. Glum, I: 386*<br />
Andropogon schoenanthus subsp. <strong>de</strong>nsiflorus Hack, in<br />
DC, Mon. Phan. vi: 609 (1889).- Dur. & Skinz, Consp.<br />
Fl. Afr. v í 722 (1895).<br />
Cymbopogon schoenanthus var. <strong>de</strong>nsiflorus Rendle in<br />
Cat. Afr. Pl. Welw. II: 154 (1899).<br />
Cymbopogon schoenanthus var. stypticus Rendle, loc<br />
cit.<br />
Andropogon stypticus Welw., Syn. Fxpl.: 27 (1862).<br />
Cymbopogon stypticus (Welw.) Fritsck in Bull. Herb.<br />
m e<br />
Boíss. 2. ser. I: 1099 (1901).<br />
Cabinda : Maíumba, Buco Zau, cult., Gossweiler 7307 (Coi;<br />
Lis. U; Lis. JC).<br />
Cuanza Morte; Golungo Alto, Sange, Welwitsch 3006 (Lis. U),<br />
Welwitsch 7238 (Lis. U) ; Pungo Andongo, margens do Cuanza,<br />
Welwitsch 2725 (Lis. LI); entre Candumba e Mongue, Welwitsch<br />
7428 (Lis. LI); Cazengo, Gossweiler 803 (Lis. JC).<br />
Sem notas : Welwitsch 2952 (Coi; Lis. U).<br />
Lunda: Posto Nor<strong>de</strong>ste, cultivado na Sanzala do Soba Cackima,<br />
margens do Cassai, Carrisso Sõ Mendonça (Coi).<br />
Mossãme<strong>de</strong>s : Leitão, (Coi) ; Bentiaba, Capangombe, Tampa,<br />
Newton (Coi).<br />
Huila: Entre Lopolo e Nene, Welwitsch 7526 (Coi; Lis. U),<br />
B¡é: Ganguelas, Rio Cuito, nas culturas dos indígenas.<br />
Gossweiler 2574 (Coi; Lis. JC).
Ägrostologia <strong>de</strong> Angola<br />
Hyparrhenia An<strong>de</strong>rs.<br />
1. Hyparrhenia finitima (Höchst.) Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />
299 (1919).<br />
Andropogon finitimus Höchst ex A. Rieh. Tent. Fl.<br />
Abyss. II: 465 (1847).<br />
Cymbopogon £nitimus Rendle in Cat. Afr. PI Welw.<br />
in 157 (1899).<br />
Cuanza Norte: Pungo Andongo, pr. Cagkui, Welwitsch 2838<br />
(Lis. U).<br />
ECOLOG-IA: Capinais e florestas secundarias.<br />
DISTR. GEOGR. : Congo Belga, territorios do Nilo, India, Maüxicias<br />
e Seycheles.<br />
2. Heparrhenia rufa (Nees) Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 304<br />
(1919).<br />
Trachypogon rufus Nees, Agrost. Bras. 345 (1829).<br />
Andropogon rufus Kunth Enum. I: 492 (1833).— Pilger<br />
in Warburg, Baum Kunene Samb» Exped. 174 (1903)<br />
Cymbopogon rufus var. genuinus (Hack.) Rendle in<br />
Cat. Afr. Pl. Welw. Ii: 155 (1899).<br />
Cymbopogon rxtfus var. fulvicomus (Hack.) Rendle<br />
loc. cit.<br />
Luanda: Lugares kümidos do Mussedue, Gossweiler 402<br />
(Eis. JC).<br />
Cuanza Norte: Icolo e Bengo, margens do Bengo, Welwitsch<br />
7195 (Coi; Eis. II); Tunda e Quinfandongo, Welwitsch 7196<br />
(Eis. U); Sange, Welwitsch 2954 (Lis. U): margens do rio<br />
Cuango, Welwitsch 7224 (Lis. U); Sange, Welwitsch 7246 (Coi;<br />
Lis. U); Horta <strong>de</strong> Sange, Welwitsch 7264 (Lis. U); (sem notas)<br />
Welwitsch 2984 c (Lis. U); Cazengo, Camondai Dalatando,<br />
Gossweiler 5559 (Coi; Lis. LI; Lis. JC).<br />
Huna: Lopolo, Welwitsch 7511 (Lis. U); rio Ckitanda, Baum<br />
198 (Coi).<br />
ßie ; Vila da Ponte, Gossweiler 3927 (Coi; Lis. JC).
F. A. Mendonça<br />
Var. major (Rendle) Stapf loc. cit. 306.<br />
Cymhopogon rufus var. major Rendle loc. cit.<br />
Cuanza Norte: Pungo Andoneo, Ilha <strong>de</strong> Cambamba, Welwitsch<br />
7409 (Lis. U); Cazengo, Camondai, Dalatando, Gossweiler 4948<br />
(Coi; Lis. U; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA : Capinais e pastagens da floresta aberta.<br />
DISTR. GEOGR. : África tropical, Ilhas Mascarenbas, Brasil.<br />
3. Hyparrhenia poecilofricha (Hack.) Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix: 309 (1919).<br />
Andropogon poecilotrichus Hack. in Bol. Soc. Brot. III:<br />
138, t. 2, fié. 3 (1885); &£) DC. Mon. Phan. vi: 638 (1889);<br />
Dur. & Sckinz Consp. Fl. Afr. v: 720 (1895).<br />
Huila : rio Nene, Humpata, Newton (Coi).<br />
ECOLOGIA : Campos <strong>de</strong> cultura abandonados.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
4. Hyparrhenia vulpina Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 310<br />
(1919).<br />
Bié : Ganéuelas, nos prados perto <strong>de</strong> Vila Serpa Pinto, rio<br />
Cuebe, Gossweiler 4152 Coi ; Lis. JC) ; Gossweiler 2630 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Capinais e pastagens.<br />
DISTR. GEOGR. : Sul <strong>de</strong> Anéola eRhodésia.<br />
5. Hyparrhenia hirta (L.) Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 315<br />
(1919).<br />
Andropogon hirtus var. podotrichus Hack in Bol. Soc.<br />
Brot. III: 137 (1885) et in DC. Mon. Phan. vi: 618 (1889).
Huna : Lobango, Newton (Coi).<br />
Agrostologia <strong>de</strong> Angola 33<br />
ECOLOGIA : Lugares áridos das altitu<strong>de</strong>s.<br />
DISTR. GEOGR.: Da região mediterrânica através da África<br />
central até ao Cabo.<br />
6. Hyparrhenia grallata Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 320<br />
(1919).<br />
Bié: Gangueras, nas matas abertas do vale do rio Cuiriri,<br />
Gossweiler 2781 (Coi; Lis. JC); vale do rio Gobi, río Cuito,<br />
Gossweiler 4040 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Pastagens das matas abertas.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
7. Hyparrhenia filipéndula (Hocbst.) Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix: 322 (1919).<br />
Andropogon filipendulus Hocbst. in Flora, 1846: 115.<br />
Cymbopo¿on filipendulus var. an¿olensis Rendle in<br />
Cat. Afr. Pl. Welw. II: 157 (1899).<br />
Cuanza Norte: Pungo Andongo, floresta aberta próximo <strong>de</strong><br />
Calembo, Welwitsch 7438 (Lis. II); prados búmidos, Sansamanda,<br />
Welwitsch 2783b (Lis. U), 2773 (Us. U).<br />
Sern notas : Welwitsch 2948 b (Lis. IT).<br />
Malange: Entre Llnziga e Lucala, Gossweiler 902 pro parte<br />
(fidé el. Stapf), (II. v.).<br />
Hulla: Morro <strong>de</strong> Monino, Welwitsch 7524 (Lis. U).<br />
Bié: Ganguelas, margens do rio Cuiriri, Cassuango, Gos.sweiler<br />
3717 (Coi; Lis. II; Lis. JC); N'Jaia, Vila Serpa Pinto,<br />
Gossweiler 3119 (Coi).<br />
Var. pilosa (Hocbst.) Stapf loc. cit.: 324.<br />
Andropogon filipendulus var. pilosus Hocbst loc. cit.<br />
— Hack in DC. Mon. Phan. vi: 635 (1889).— Dur. & Scbinz<br />
Consp. Fl. Afr. v:712 (1895).
34<br />
F. A. Mendonça<br />
Andropogon ñnitimus var. rectirameus Hack, in Bol.<br />
Soc. Brot. III: 137 (1885).<br />
Cazengo : Quissonga, Camondai, Dalatando, Gossweiîer 5804<br />
(Coi; Lis. LT; Lis. JC).<br />
Huila: Lubango, Newton (Coi).<br />
Bié: Ganguelas, Vila Serpa Pinto, Gossweiîer 4150 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Nos capinais.<br />
DiSTR. GEOGR. : África Tropical e Austral, India, Malasia e<br />
Austrália.<br />
8. Hyparrhenia familiaris (Steud.) Stapf in Fl. Trop. Âfr.<br />
ix : 325 (1919).<br />
Andropogon familiaris Steud. Syn. Pl. Glum. I : 385<br />
(1855).<br />
Cabinda: Junto à praia da Vila <strong>de</strong> Cabinda, Gossweiîer 6446<br />
(Coi; Lis. U; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Gabão, Congo Belga, Uganda.<br />
9. Hiparrhenia Ruprechtii Fourn. Méx. Pl. Gram.: 67<br />
(1886).-Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 326 (1919).<br />
Andropogon macrolepis Hack, in Flora, 1885: 125; et<br />
in DC. Mon. Phan. vi: 646 (1889) pro parte quoad spec.<br />
Angola-Dur. &£ Schinz Consp. Fl. Afr. v: 717 (1895) pro<br />
parte quoad spec. Angola. — Pilger in Warburg Baum<br />
Kunen-Samb. Exp.: 174 (1903).<br />
Cymbopogon Ruprechtii Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
II: 160 (1899).<br />
cabinda: Nos capinais, Vila <strong>de</strong> Cabinda, Gossweiler 6443<br />
(Lis. JC).<br />
congo: Llije, Gossweiler 7512 (Coi; Lis. JC).<br />
Luanda: Gossweiler 24 (Lis. LI).
Agrostologia <strong>de</strong> Angola<br />
Cuanza Norte: Pungo<br />
(Lis. U).<br />
Andongo, Calunda, Welwitsch 2712<br />
Huila: Monino, Welwitsch 7523 (Lis. LT); P. e<br />
Antunes (Coi).<br />
Bié: Ganguelas, rio Cuíto, rio Tiengo, Gossweiler 3660 (Coi),<br />
2761 (Coi); rio Cuíto, Baum 777 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Nos capinais e pastagens das florestas abertas.<br />
DISTR. GEOGR. : África Tropical e Austral, Madagáscar, América<br />
Tropical.<br />
10. Hyparrhenia cymbaria (L.) Stapf in Fl. Trop. Afr. ix:<br />
332 (1919).<br />
Andropogon cymbatius L. Mant. Alt.: 303 (1771).<br />
Cymhopogon elegans Spreng. Pl. Min. Cogn. Pug. II;<br />
14 (1815).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. ri: 157 (1899).<br />
Cuanza Norte . Golungo Alto, Monte <strong>de</strong> Queta, Welwitsch<br />
7300 (Coi; Lis. LI); Cacarambola, Welwitsch 2974 (Lis. U).<br />
Benguela: Songue, Anka, GossWeiler 1714 (Coi; Lis. JC);<br />
Castro 190 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Nos capinais e pastagens das florestas abertas.<br />
DISTR. GEOGR. : África Tropical e Madagáscar.<br />
11. Hyparrhenia spectabilis Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 338<br />
(1919).<br />
Cymbopogon Schimperi Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
II : 155 (1899).<br />
cabinda : Maiumba, Subluali, Gossweiler 7171 (Lis. JC).<br />
Cuanza Norte : Cazengo, Dalatando, Welwitsch 2947 (Lis. U);<br />
Ritari Ambeca, Quisonga Camondai, Gossweiler 5805 (Coi;<br />
Lis. U; Lis. JC); Golungo Alto, Welwitsch2953 (Coi; Lis. U);<br />
Cacarambola, Sange, Welwitsch 7247 (Lis. U).<br />
sem notas : Weîwitsch 2948 (Lis. U).<br />
Cuanza sui : Seles, Gossweiler 9302 (Coi).<br />
sem notas: Gossweiler 27 (Lis. U), 7172 (Coi; Lis. U).
36<br />
ECOLOGIA: Capinais.<br />
F. A. Mendonça<br />
DISTR. GEOGR.: De Cabinda até ao centro <strong>de</strong> Angola.<br />
12. Hyparrhenia rudis Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 344 (1919).<br />
Bié: Ganguelas, N'Jaia, Vila Serpa Pinto, Gossweiler 3121<br />
(Coi) ; Gossweiler 3129 (Coi) ; Gossweiler 4151 (Lis. JC) ; margens<br />
do rio Cubango, Vila da Ponte, Gossweiler 3919 (Coi;<br />
Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: NOS capinais.<br />
DiSTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
13. Hyparrhenia confinis (Hochst.) An<strong>de</strong>rs, in Scbweinf.<br />
Beitr. Fl. Aetbiop.: 306 (1867).- Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 353<br />
(1919).<br />
Ãndropogon confinis Hockst. ex A. Ricb., Tent. Fl.<br />
Abyss, II: 461 (1844).<br />
Cymbopogon Welwitschii var. minor Rendle in Cat.<br />
Afr. Pl. Welw. II: 159 (1899).<br />
Cuanza Norte -. Pungo Andongo, Pedra <strong>de</strong> Cabondo, Welwitsch<br />
2820 (Coi; Lis. LI); entre Pungo Andongo e Catete, Welwitsch<br />
7420 (Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Capinais e pastagens da floresta aberta.<br />
DISTR. GEOGR.: Abissínia e Ubangui.<br />
14. Hyparrhenia Welwitschii (Rendle) Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix: 356 (1919).<br />
Cymbopoéon Welwitschii Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
II: 157 (1899).<br />
Cuanza Norte: Golungo Alto, Sobato <strong>de</strong> Munengue, Welwitsch<br />
7190 (Coi; Lis. TI); Un<strong>de</strong>le e Cambondo, Welwitsch 2955
Agrostologia <strong>de</strong> Angoh 37<br />
(Lis. II) ; Sange, Bengo, Welwitsch 2956 ;(Lis. XI) ; rio Cuango,<br />
Welwitsch 3000 (Lis. U), Welwitsch 3284 (Lis. II).<br />
ECOLOGIA: Capinais e orlas das florestas,<br />
DISTR. GEOGR. : Camarões e Guiné Francesa.<br />
l5. Hyparrhenja bracteata (Humb. SD Bonpl.) Stapf in Fl.<br />
Trop. Afr. IX : 360 (1919).<br />
Andropogon bracteatus Humb. & Bonpl. ex Willd. in<br />
Linn. Sp. Pl. IV : 914 (1806).<br />
Cymbopogon Humboldtji Spreng., Pl. Min. Cogn. II :<br />
15 (1815).-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 159 (1899).<br />
Cuanza Norte : Pungo Andongo, Candumba, Welwitsch 2758<br />
(Stapf loc. cit. II.° 1758, pro errore), (Lis. II).<br />
Huila: Lago Ivantala, Welwitsch 7513 (Lis. II); Monino,<br />
Welwitsch 7514 (Coi; Lis. II); entre Monino e Lago Ivantala,<br />
Welwitsch 7512 (Lis. II); entre Lopolo e Monino, Welwitsch<br />
2657 (Lis. LI).<br />
Bié : Ganguelas, rio Cuebe, margens do rio Cambambe,<br />
Gossweiler 2598 (Coi),. 2598 b. (Lis. JC); Vila Serpa Pinto,<br />
GossTvei/er 3124 (Coi) ; rio Cuito, vale do rio Tiengo, Gossweiler<br />
2577 (Coi ; Lis. JC) ; rio Cubango, Vila da Ponte, Gossweiler<br />
3924 (Coi ; Lis. JC), 3925 (Coi ; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Capinais e pastagens da floresta aberta.<br />
DiSTR. GEOGR. : Congo Belga, América Tropical.<br />
16, Hyparrhenia Newtonii (Hack.) Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />
ix : 363 (1919).<br />
Andropogon Newtonii Hack. in Bol. Soc. Brot. ni:<br />
137, t. 2, fig. 4 (1885), et in DC. Mon.Phan. vi: 644 (1889).<br />
— Dur. SÔ Scbinz Consp. Fl. Afr. V: 719 (1895).<br />
Huila: Humpata, Newton (Coi).
38 F. A. Mendonça<br />
Var. macra Stapf loc. cit. : 364,<br />
Blé: Ganguelas, vale do rio Cuelei, Ankara Carandá, Gossweiler<br />
2456 (Coi; Lis. JC), Gossweiler 2460 (Lis. JC) ; Vila<br />
Serpa Pinto, prados da nascente do rio Cuartiri, rio Cubango,<br />
Gossweiler 2632 (Lis. JC).<br />
ECOLOGIA : Pastagens e capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Sul <strong>de</strong> Angola e Rhodésía.<br />
-17. Hyparrhenfa diplandra (Hack.) Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />
JX: 368 (1919). 81) ¿1<br />
Andropogon diplandrus Hack, in Flora (1885), 123, et<br />
in DC, Mon. Phan. vi: 627 (1889). — Dur. & Sckinz, Consp.<br />
Fl. Afr. v: 710 (1895).<br />
Cymbopogon Phoenix Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
II: 156 (1899).<br />
Cuanza Horte: Golungo Alto, Monte <strong>de</strong> Bumba, Welwitsch<br />
7197 (Lis. LI); Fönte Capopa, Welwitsch 7226 (Lis U);<br />
Cazengo, entre Camondai e Dalatando, Gossweiler 5728 (Coi;<br />
Lis U), 5731 (Coi).<br />
Maiange: Buchner 99 (II. v.); Gossweiler 901 (II. v.).<br />
Bie: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossweiler 3917 (Lis JC).<br />
ECOLOGIA: Capinais e pastagens.<br />
DISTR. GEOGR.: África intertropicak<br />
18. Hyparrhenia Gossweileri Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 371<br />
(1919).<br />
Bio: Vila Serpa Pinto, Gossweiler 3085 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Capinais e pastagens da floresta aberta xerófila.<br />
DiSTR. GEOGR.: Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.
Agrostologis Angola 39<br />
l9. Hyparrhenia andongensis (Rendle) Stapf in FL Trop.<br />
Äfr. iv: 373 (1919).<br />
Cymbopogon andongensis Rendle in Cat, Afr. Pl Welw.<br />
II:159 (1899).<br />
Cuanza Norte: Pungo Andongo, Caghui, Welwitsch. 2728<br />
(Lis. U); Mopopo, Welwitsch 7396 (Coi; Lis, LI).<br />
ECOLOGIA: Lugares róenosos e matagais.<br />
DISTE., GEOGR.: Endémica.<br />
Monocymbium Stapf<br />
1. Monocymbium ceresQforme (Nees) Stapf in Fl. Trop.<br />
Afr. ix: 387 (1919).<br />
Andropogon ceresüformis Nees FI. Afr. Austr. : 109<br />
(1841). - Rendle in Cat. Afr. Pl Welw. Ii: 145 (1899).<br />
Huila : Serra Oahuia, Welwitsch 2667 (Lis. LI).<br />
Bié : Ganguelas, vale do rio Campulua, rio Cuito, Gossweiler<br />
2788 (Coi; Lis. JC); margens do rio Tiengo, rio Cuito, Gossweiler<br />
4074 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Prados e capinais do mato aberto.<br />
DISTR. GEOGR.: África Tropical e Austral.<br />
Trachypogon Nees<br />
1. Trachypogon Thollonii (French) Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />
ix: 402 (1919).<br />
Trachypogon polymorphus var. Thollonii French in<br />
Bull. Soc. Hist. Nat. Autan. vni: 322 (1895) pro parte (fi<strong>de</strong><br />
cl. Stapf).
4o<br />
F. A. Mendonça<br />
Cuanza Norte: Nos prados <strong>de</strong> Quitimba, Camabatela, Gossweiler<br />
7438 (Coi; Lis. U; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA : Nos capinais.<br />
DISTR. GEOGR.: Norte <strong>de</strong> Angola, Gabão Francês, Congo<br />
Francês.<br />
2. Trachypogon plumosus Nees Agrost. Bras.: 344 (1829).<br />
-Stapf in Fl. Trop. Air. ix: 403 (1919).<br />
Huila: Lopolo, Welwitsch 7515 (Lis. U) pro parte.<br />
Bié: Ganguelas, Vila da Ponte, Gossiweiler 2422 (Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Capinais das planicies arenosas.<br />
DISTR. GEOGR.: Africa Tropical e Austral, Madagascar, América<br />
Tropical.<br />
3. Trachypogon durus Stapf in Fl. Trop. Afr. ix : 405 (1919).<br />
Bié : Ganguelas, Anbara Caranda, rio Cuelei, perto <strong>de</strong> Vila<br />
Serpa Pinto, Gossweiler 2453 (Coi; Lis. JC); nos prados do rio<br />
Cuito, Gossweiler 3199 (Coi; Lis. JC).<br />
ECOLOGIA : Capinais dos lugares húmidos.<br />
DISTR. GEOGR. : Endémica no sul <strong>de</strong> Angola.<br />
Pleia<strong>de</strong>lphia Stapf<br />
1. Pleia<strong>de</strong>lphia Gossweileri Stapf in Hook. Ic. Pl. t. 3121<br />
(1927.)<br />
Zaire : Sumba, Peco, Gossweiler 8739b (Lis. JC).<br />
ECOLOGIA: Capinais dos lugares húmidos.<br />
DISTR. GEOGR.: Endémica.
Aérostolo¿ia <strong>de</strong> Angola 4l<br />
Heteropogon Pers.<br />
1. Heteropogon contortus (L.) Roem. &d Sckult. in Linn.<br />
Syst. Veg. li: 836 (1817). - Stapf in Fl. Trop. Afr. ix: 411 (1919).<br />
Andropogon contortus L. Sp. Pl. ed. I: 1045 (1753).<br />
Andropogon contortus subvar. Allionü Hack, in DC.<br />
Mon. Pkan vi: 585 (1889). -Dur. &£ Sckinz Consp. Fl. Afr.<br />
v: 709 (1895).<br />
Heteropogon hirtus Pers. Syn. II: 533 (1807). — Rendle<br />
in Cat. Afr. Pl Welw. li: 153 (1899).<br />
Heteropogon contortus var. Allionii Hack, in Bol. Soc.<br />
Brot. in: 137 (1885).<br />
Luanda: Welwitsch 7368c (1) (Lis. XI); Bôa Vista, Welwitsch<br />
7059 (Lis. U).<br />
sem notas: Welwitsch 7359b (Lis. II), 7368 (Lis. II), 7368b<br />
(Lis. U).<br />
Cuanza Norte: Cassualala, Gossweiler 5816 (Coi; Lis. JC; Lis.<br />
II), Gossweiler 5816b (Coi; Lis. JC; Lis. II), Gossweiler 7514<br />
(Coi; Lis. JC; Lis. TI); (Sem notas), Welwitsch 2950 (Lis. LI),<br />
Welwitsch 2972 (Lis. U); Cazengo, Camondaí, Dalatando,<br />
Gossweiler 5865 (Coi; Lis. JC; Lis. II); Pungo Andoneo,<br />
Ltrxilo, Welwitsch 2743 (Lis. II); Sansamanda, Welwitsch 2784<br />
(Lis. U), Welwitsch 2786 (Lis. II); Presídio, Welwitsch 2783<br />
(Coi; Lis. II); Pedras <strong>de</strong> Guinea, Welwitsch 2806 (Coi; Lis. II).<br />
Cuanza sul: Libólos, Calulo, Grossweiler 6375 (Coi; Lis. JC;<br />
Lis. II); Seles, Gossweiler 9350 (Cot).<br />
Hulla: Lopolo, Welwitsch 7515 (Lis. II); pro parte (2) Lubango<br />
Newton (Coi).<br />
sem notas: Gossweiler 1 (Lis. II), 1547 (Coi), 1582 (Coi),<br />
1671 (Coi), 2424 (Coi), 6356 (Coi), 5772 (Coi; Lis. JC; Lis. U).<br />
(l) O exemplar sob o número 7368c <strong>de</strong> Welwitsch existente em (Lis. U) está<br />
completo e é sem dúvida Heteropogon contortus. Rendle examinando o exemplar incompleto<br />
do British Museum, atribuiu-o sob reserva à espécie Andropogon Gayanus.<br />
(z) Nas quatro fôlhas do herbário <strong>de</strong> (Lis. U) sob êste número <strong>de</strong> Welwitsch,<br />
três contêm esta espécie e uma (a portadora da etiqueta original) contém exemplares <strong>de</strong><br />
Trachypogon .plumosus Nees, enumerado acima. V
42<br />
F. A. Mendonça<br />
ECOLOGIA: NOS prados e capinais, lugares áridos e incultos.<br />
DISTE.. GEOGR. : Todo o orbe tropical e subtropical.<br />
2. Heteropogon melanocarpus (Mueblenb.) Bentb. in<br />
Journ. Linn. Soc. Bot. xix: 71 (1881). — Stapf in Fl. Trop. Afr.<br />
ix : 413 (1919).<br />
Stipa melanocarpa Mueblenb., Descr. Gram. Amer.<br />
Sept.: 183 (1817).<br />
Heteropogon acuminatus Trin. in Mém. Acad. Peters.<br />
6. me<br />
Ser. il : 254 (1832). - Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw.<br />
H : 153 (1899).<br />
Cabinda : Gossweilermi (Lis. JC).<br />
Zaire: Sumba, Peco, Gossweiler 8734b (Lis. JC).<br />
Cuanza Norte: Cassualala, Gossweiler 6445 (Coi; Lis. JC).<br />
Pungo Andongo, entre Mopopo e Sansamanda, Welwitsch 7388,<br />
(Lis. U).<br />
ECOLOGIA: Capinais da floresta aberta xerófila e subxerófila.<br />
DiSTR. GEOGR.: Todo o orbe tropical.<br />
Themeda Forsk.<br />
1. Themeda triandra Forsk., Fl. Aegipt-Arab. : 178 (1775).<br />
-Rendle in Cat. Afr. Pl. Welw. II: 161 (1899). - Stapf in Fl.<br />
Irop. Afr. ix : 416 (1919).<br />
Anthistiria ciliata var. Burchellii Hack. in Bol. Soc.<br />
Brot. ra : 139 (1885).<br />
Cuanza Norte : Pungo Andongo, Sansamanda, Welwitsch 2755<br />
(Lis. II); Lomba e Quibinda, Welwitsch 2839 (Lis. II).<br />
Malange : Dunda, Baixa <strong>de</strong> Cassange; Gossweiler 9523 (Coi).<br />
Huüa: Moníno, Welwitsch 2701 (Lis. U): Humpata, Newton<br />
(Coi).<br />
Bié : Vila da Ponte, Gossweiler 2419 (Coi).<br />
ECOLOGIA: Prados e capinais da floresta aberta.<br />
DISTR. GEOGR.: África e Asia tropical e subtropical, Austrália.
SUPLEMENTO <strong>DA</strong><br />
FLORA DE PORTUGAL<br />
(PLANTAS VASCULARES)<br />
POR<br />
ANTÓNIO XAVIER PEREIRA COUTINHO<br />
INTRODUÇÃO<br />
QUANDO em l9l3 publiquei a Flora <strong>de</strong> Portugai, eu sabia<br />
muito bem que ela não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ter muitas omissões<br />
e muitas incorrecções; isto mesmo fiz sentir na Introdução<br />
que então Ibe escrevi, e isto mesmo provam os sete fascículos <strong>de</strong><br />
Notas com que tentei conservá-la em dia e melborá-la.<br />
Estas Notas, como oportunamente indiquei,, baseei-as, parte<br />
em estudos meus e nas berborizações do meu pessoal da Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Lisboa, parte nos resultados conbecidos das berborizações<br />
das Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coimbra e do Porto, bem como<br />
nas <strong>de</strong> alguns particulares, e ainda em benévolas indicações <strong>de</strong><br />
diversas procedências, não poucas vindas do estrangeiro.<br />
Entre as mo<strong>de</strong>rnas berborizações particulares portuguesas<br />
<strong>de</strong>vo <strong>de</strong>stacar as do sr. P. e<br />
Miranda Lopes, digno Prior <strong>de</strong><br />
Argoselo, que, com persistência incansável, tem procurado conhecer<br />
a flora do seu concelho do Vimioso, colhendo gran<strong>de</strong> cópia<br />
<strong>de</strong> plantas, entre as quais bastantes novas para a flora do país.<br />
Quanto às indicações recebidas sôbre adições ou correcções,.e<br />
algumas foram bem valiosas, todas agra<strong>de</strong>ci e agra<strong>de</strong>ço, mesmo<br />
aquelas poucas que entendi não po<strong>de</strong>r utilizar.<br />
Mas os meus fascículos <strong>de</strong> Notas tiveram tiragens reduzidas<br />
e <strong>de</strong>siguais, estão quási todos ou todos esgotados, além <strong>de</strong> que o<br />
seu manejo se torna difícil na prática, pela forçada dispersão<br />
da matéria. Daqui nasceu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> os reimprimir em edição<br />
conjunta, ficando tôda a matéria or<strong>de</strong>nada <strong>de</strong>ntro das respectivas<br />
Famílias em conformida<strong>de</strong> com a Flora; e como, posterior<br />
mente a l93
44 António Xaxier Pereira Coutinho<br />
reimpressão não foi minka: partiu dos Professores e Naturalista<br />
do Instituto Botânico <strong>de</strong> Coimbra; e eu não posso, nem <strong>de</strong>vo,<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> acentuar aqui, como preito <strong>de</strong> gratidão, a gran<strong>de</strong><br />
influência que nos meus trabalkos botânicos teve sempre a<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra. O dr. J. Henriques, com quem<br />
mantive íntima amiza<strong>de</strong> durante mais <strong>de</strong> 40 anos, principiou a<br />
auxiliar-me quando em 1876 iniciei em Bragança os meus<br />
ensaios <strong>de</strong> classificação; animou-me <strong>de</strong>pois a fazer a revisão do<br />
Género Quercus, o meu primeiro trabalko da especialida<strong>de</strong>, e<br />
em seguida a revisão <strong>de</strong> várias Famílias da Flora Portuguesa,<br />
pondo sempre à minka disposição os seus Herbários e os seus<br />
livros; com o seu Naturalista J. <strong>de</strong> Mariz e o seu Jardineíro-<br />
-ckefe A. Moller também conservei as melkores relações. Aos<br />
seus dignos sucessores, Professores dr. L. Carrisso, dr. A. Quíntanilka<br />
e Naturalista A. Mendonça, os dois últimos antigos<br />
alunos da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong>vo a continuação ininterrupta<br />
dos mesmos sentimentos e <strong>de</strong> análogos favores.<br />
Antes <strong>de</strong> terminar não resisto a repetir o que digo na<br />
Introdução da Flora: o fim principal dêste meu trabalho é facilitar<br />
a <strong>de</strong>terminação das plantas portuguesas e, sob êste ponto<br />
<strong>de</strong> vista restrito, o valor taxonómico <strong>de</strong> cada grupo, variável<br />
com o modo <strong>de</strong> apreciação individual, fica sem dúvida secundário.<br />
Por outro lado, o artifício das ckaves dicotômicas, usado para a<br />
mais fácil <strong>de</strong>terminação, nem sempre consegue guardar na<br />
enumeração das espécies a or<strong>de</strong>m mais natural, que nunca ali<br />
<strong>de</strong>ve ser procurada.<br />
F <strong>de</strong> advertir ainda que os fascículos <strong>de</strong> Notas, assim agora<br />
reunidos, têm <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r a sua feição <strong>de</strong> Notas e seguirem o<br />
plano da Flora, da qual passam a constituir o Suplemento, isto<br />
é, uma continuação.<br />
Notarei, por último, que sendo a Flora mais propriamente<br />
um Resumo da Flora <strong>de</strong> Portugal, não marco os colectores das<br />
espécies, ao que se não prestam as ckaves dicotômicas, mesmo<br />
que as plantas sejam novas para o nosso país, logo que já<br />
tenkam sido publicadas em trabalko impresso, límitando-me a<br />
nomear o colector das ainda inéditas.<br />
Quinta da Ribeira <strong>de</strong> Capari<strong>de</strong> —S. Pedro do Estoril, Fevereiro <strong>de</strong> 1935.<br />
ANTÓNIO XAVIER PEREIRA COUTINHO
Adições, substituições e correcções à Flora.<br />
CHAVES <strong>DA</strong>S FAMÍLIAS<br />
(pág. 17 a 37)<br />
As chaves seguintes substituem na Flora as que têm número igual:<br />
Esporângios contidos em invólucros fechados (esporocarpos),<br />
pediculados ou subsésseis, inseridos na base das<br />
fôlhas e às vezes com o pedículo a<strong>de</strong>rente ao pecíolo;<br />
esporos <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>zas (macrósporos e micrósporos).<br />
Plantas aquáticas ou dos lugares húmidos. . . 3 bis<br />
Esporângios encerrados em cavida<strong>de</strong>s da bainha dilatada<br />
das fôlhas; esporos <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>zas. Plantas <strong>de</strong> caule<br />
rizomatcso curto e grosso, com as fôlhas linear-assoveladas<br />
ou filiformes, semelhando quási um tufo <strong>de</strong><br />
Gramínea Isoetáceas (pág. 47)<br />
Esporângios não encerrados em esporocarpos, nem em<br />
cavida<strong>de</strong>s da bainha das fôlhas 4<br />
Macrosporângios e microsporângios em esporocarpos<br />
distintos; fôlhas simples, imbricadas, pequenas e relativamente<br />
largas . . . . . Salviniáceas, pág. 48 (I)<br />
Macrosporângios e microsporângios no mesmo esporocarpo;<br />
fôlhas 4-foliadas ou linear-assoveladas.<br />
Marsiliáceas (pág. 45)<br />
Flores com perianto 6-mero . . . . . . . . . . 25<br />
Flores com perianto não ou só aci<strong>de</strong>ntalmente 6-mero<br />
(1-5-mero ou 7-12-mero ou indiviso), ou as femininas<br />
às vezes sem perianto 33<br />
Plantas sem clorofila, carnudas, amarelas ou vermelhas,<br />
com as fôlhas substituidas por escamas, e parasitas das<br />
raízes das plantas ver<strong>de</strong>s , . . . 33 bis<br />
Plantas com clorofila, enraizadas na terra . . . . 34<br />
(l) A indicação das páginas <strong>de</strong>ntro dum parêntese refere-se a páginas da Flora;<br />
sem parêntese a páginas dêste Suplemento.
António Xavier Pereira Coutinho<br />
Perianto com 1-5 tépalas livres, linear-lanceloadas; estames<br />
1; fruto monospérmico. Planta poligâmica, parasita<br />
das Quenopodiáceas e Frankeniáceas.<br />
Cinomoriáceas, pág. 79<br />
Períanto gamotépalo, 4-5-<strong>de</strong>ntado; estames 6-10 mona<strong>de</strong>lfos;<br />
fruto políspérmico. Planta monóica, parasita<br />
das Cistáceas Rafflesiáceas (pág. 175)<br />
Flores dióicas, as femininas dispostas em capítulos globosos<br />
e produzindo cada uma 1 aquénio sôbre um longo<br />
pedículo carnudo vermelbo, as masculinas dispostas em<br />
amentilbo e com 4 estames; fôlhas ovado-cordiformes<br />
(Género Broussonetia) . . . . Urticáceas (pág. 169)<br />
Flores dióicas, as dos dois sexos dispostas amentilbo. 74<br />
Flores monóicas . . . . . . . . . 75<br />
Pétalas 5 e estames 5; 2 estiletes, poucas vezes 1; fruto<br />
um 2-aq[uénio, poucas vezes 1 só açfuénio; flôres dispostas<br />
em umbela ou capítulo, menos vezes vertíciladas<br />
Umbelííeras (pág. 428).<br />
Pétalas 2 ou. 4 e estames 2 ou 8; 1 estilete, com 1 ou 4<br />
estigmas; fruto in<strong>de</strong>iscente ou cápsula 4-valve; flôres<br />
axilares ou dispostas em cacho ou espiga.<br />
Onaéráceas (pág. 423)<br />
Fstames (férteis) 4 197<br />
Fstames (férteis) 5, raras vezes 6-8 . . . . . . .200<br />
Corola com o tubo muito curto, subrodada, levemente<br />
irregular; flôres (amarelas) pedunculadas e axilares ou<br />
dispostas em espiga racimosa <strong>de</strong> pequenas cimeiras<br />
pauci-1-floras; estames iguais ou <strong>de</strong>siguais, com os<br />
filetes glabros ou vílosos; cápsula 2-valve.<br />
(parte). Escrofulariáceas (pág. 539)<br />
Corola com o tubo comprido, assalveada ou afunilada,<br />
regular ou levemente irregular; flôres solitárias ou<br />
dispostas em cimeiras paniculadas ou espiciformes;<br />
estames iguais e com os filetes não vilosos; cápsula<br />
2-4-valve ou pixídio . . (parte). Solanáceas (pág. 533)
CRIPTOGÂMICAS VASCULARES<br />
Família 2 — Polipodiáceas<br />
Nas chaves dos Géneros substitua-se a chave 10 pela seguinte:<br />
Soros primeiro distintos e <strong>de</strong>pois subconfluentes; fôlhas<br />
penatipartidas, mais ou menos <strong>de</strong>ssemelhantes as férteis<br />
e as estéreis . Blechnum, Roth., pág. 47<br />
Soros sempre distintos ; fôlhas penatisectas com os segmentos<br />
penatipartidos, todas iguais e férteis.<br />
Woodwardia, Sm. (pág. 42)<br />
Alargue-se o habitat das seguintes espécies:<br />
Pág. 41 — Athyrium Filix-femina (L.), Roth.—De Trás-os-<br />
-Montes e Minho a Monchique.<br />
Pág. 41 — Asplenium marinum, L.— Minho, Beira, Estremadura,<br />
Alentejo litoral.<br />
Pág. 42 — Asplenium Petrarchae, DC—Beira transmontana<br />
(Castelo Mendo), Arrábida, Serra <strong>de</strong> S. Luís, Algarve.<br />
Pág. 42 — Asplenium lanceolatum, Huds. β. obovatum (Viv.),<br />
Gren.— Serra da Gardunha, Alto Alentejo, Monchique.<br />
Substitua-se na Flora (pág. 42) :<br />
10. Blechnum, Roth.— Soros lineares, por fim confluentes,<br />
dispostos em 2 linhas paralelas e muito próximas ã nervura<br />
principal dos segmentos; índúsio <strong>de</strong>iscente do lado <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro;<br />
fôlhas penatipartidas, mais ou menos <strong>de</strong>ssemelhantes as férteis<br />
e as estéreis.<br />
Fôlhas muito <strong>de</strong>ssemelhantes: as férteis menos numerosas e<br />
maioresβ-6 dm.), pecioladas, com os segmentos estreitos<br />
lineares e espaçados, quási completamente cobertos pelos<br />
sóros; as estéreis com os segmentos oblongos ou falciformes,<br />
confluentes na base. 2í. Março-Set. Lugares húmidos<br />
e sombrios: <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho ao Algarve<br />
. . ..........B. Spicant (L.), Sm.<br />
Fôlhas subsemelhantes, pequenas (0,8-2 dm.), subsésseis ou
48 António Xavier Pereira Coutinho<br />
<strong>de</strong> pecíolo curto, com os segmentos linear-oblongos aproximados<br />
; fôlhas férteis apenas com pequena parte junto<br />
à nervura ocupada pelos soros. %. Julho-Agosto. Alto<br />
Minho: Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura. . " B. homophyilum, Merino<br />
Na página 45 intercale-se, antes da Família das blarsiliáceas:<br />
Família 4 bis — Salviniáceas<br />
Esporocarpos 1-loculares; macrósporos e micrósporos em<br />
esporocarpos distintos. Plantas flutuantes.<br />
21 bis. Azo]la, Lam. — E-sporocarpos subsésseis, lisos, os<br />
maiores com numerosos mícrosporângíos, contendo cada - um<br />
muitos micrósporos, os menores e mais alongados com 1 só<br />
macrosporângio e 1 só macrósporo. Plantas subespontâneas,<br />
com fôlhas alternas, pequenas, simples, imbricadas, e longas<br />
raízes coradas.<br />
Fôlhas medíocres (até 2 mm.), ver<strong>de</strong>s, com margem larga hialína,<br />
pouco <strong>de</strong>nsamente imbricadas, papilosas. Planta com<br />
os ramos um tanto afastados. ©. Maio-Jun. Beira lit.<br />
(arredores <strong>de</strong> Coimbra), Alent. lit. nos arrozais (Alcácer-<br />
-do-Sal) — (Orig. da América.) . . A. filiculoi<strong>de</strong>s, Lam.<br />
Fôlhas pequenas (até 1 mm.), avermelhadas, com margem<br />
estreita hialina, muito <strong>de</strong>nsamente imbricadas, papilosas.<br />
Planta com ramos curtos e muito aproximados. ©. Maio.<br />
Alent. lit., nos arrozais: Alcácer-do-Sal. (Orig. da América).<br />
. . . , ... A. caroliniana, Willd.<br />
Família 7 — Licopodiáceas<br />
Substitua-se na página 46 da Flura a espécie única do Género Lycopodíum<br />
pelas seguintes:<br />
Fôlhas férteis semelhantes às estéreis; espigas sésseis,<br />
solitárias; fôlhas assoveladas, mais ou menos rígidas. 2<br />
Fôlhas férteis menores que as estéreis: espigas reunidas<br />
2-3 num mesmo pedúnculo; fôlhas lineares, moles,<br />
terminadas em longo pêlo. Planta rastejante e radicante,<br />
com ramos alternos ascen<strong>de</strong>ntes, inteiramente vestidos<br />
<strong>de</strong> fôlhas. 4. Agosto-Set. Serra da Estrela: Candieira.<br />
* L. clavatum, L.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 49<br />
Caules simples ou bifurcados, os estéreis prostrados e os<br />
férteis erectos; espigas solitárias, sésseis, um tanto<br />
grossas, amareladas; fôlhas linear-assoveladas, as dos<br />
ramos férteis erectas. %; Ser. Lugares inundados <strong>de</strong><br />
inverno : Alto Minho (S. Pedro <strong>de</strong> Arcos).<br />
¡ L. inundatum, L.<br />
Caules muito ramosos, erectos, com os ramos férteis<br />
nutantes ; espigas sésseis, nutantes ; fôlhas assoveladas,<br />
recurvadas, mais frouxas no caule e mais <strong>de</strong>nsas nos<br />
ramos. %. Março. Minho: Serra <strong>de</strong> Valongo.— Planta<br />
(vulgaríssima nas regiões tropicais e também conhecida<br />
nos Açores) subespont L. cernuum, L.<br />
Família 9 — Isoetáceas<br />
Substitua-se na pág. 47 a cbave 1 das espécies do Género Isoetes:<br />
Rizoma não coberto <strong>de</strong> escamas negras duras. Plantas<br />
submersas ou anfíbias 1 bis<br />
Rizoma coberto <strong>de</strong> escamas negras e duras (filopódios).<br />
Plantas terrestres, com as fôlhas mais ou menos duras<br />
(ve<strong>de</strong> na Flora) 2<br />
Fôlhas moles; macrósporos ténue e regularmente granulosos<br />
; micrósporos alados. %. Jun.-Jul. Baixo Alentejo.<br />
I. setaceum (Bosc), Del.<br />
Fôlhas um tanto firmes; macrósporos irregularmente<br />
granulosos; micrósporos não alados. %. Jul. Minho: entre<br />
a Póva do Varsim e Vila do Con<strong>de</strong>. I. velatum, A. Br.
FANEROGAMICAS<br />
GIMNOSPÉRMICAS<br />
Família 11 — Pináceas<br />
Na página 50 emen<strong>de</strong>-se do seguinte modo a var. do Juniperus Oxycedrus, L.:<br />
Fôlbas menores (5-12 mm.) e relativamente mais largas, com<br />
espinho curto e obtuso. Março. Nas areias do Alent. lit.<br />
(l) b. rufescens (Lk.)<br />
ANGIOSPÉRMICAS<br />
MONOCOTILEDÓNEAS<br />
Família 13 —Tifáceas<br />
Alargue-se o habitat da seguinte espécie :<br />
Pag. 5l.—Tipha latifolia, L.— Trás-os-Montes, Minho, Beira.<br />
Família 15 — Potamogetonáceas<br />
Indique-se também no Alentejo litoral o seguinte Potamogeton:<br />
Pág. 54.—Potamogeton crispus, L.— Minho, Beira, Estrem.,<br />
Baixas do Sorraia, Alent. litoral.<br />
Família 17 — Gramíneas<br />
Nas chaves dos Géneros (pág. 57 a 64) substituam-se pelas seguintes as que na<br />
Flora têm o mesmo número :<br />
Glumas ovado-bemisféricas, cobertas <strong>de</strong> pequenas saliências;<br />
glumelas múticas . . . . Milium, L. (pág. 70)<br />
Glumas ovado-lanceoladas, lisas; glumela inferior com<br />
arista terminal articulada na base, caduca.<br />
Orizopsis, Micbx., pág. 52<br />
Glumas 2 acompanbadas <strong>de</strong> uma 3. a<br />
gluma externa menor<br />
ou rudimentar ou às vezes subnula 74<br />
Glumas 2 75<br />
(l) Muito próxima da subesp. ma<strong>de</strong>rensis, Mnzs., da Ilha da Ma<strong>de</strong>ira.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal |Jj<br />
Glumas 3, muito visíveis. Plantas anuais, raras vezes<br />
vivazes, espontâneas Panicutn, L. (pág. 66)<br />
A 3. a<br />
gluma externa muito pouco visível ou mesmo subnula.<br />
Plantas vivazes, subespontâneas.<br />
Paspalum, L., pág. 51<br />
Glumas 2 subiguais; espigas <strong>de</strong>lgadas, digitadas na extremida<strong>de</strong><br />
do caule Cynodon, Pers. (pág. 83)<br />
Glumas 2 <strong>de</strong>siguais; espigas laterais, mais ou menos<br />
encostadas ao caule Spartina, L- (pág. 83)<br />
Suprima-se na Flora a chave 76.<br />
Espiguetas subsésseis (com pedicelo mais ou menos<br />
visível), encostadas ao eixo da espiga pouco escavado;<br />
glumela superior com celhas rígidas e compridas nas<br />
quilhas . . . . Brachypodium, P. Beauv. (pág. 95)<br />
Espiguetas sésseis, mais ou menos encaixadas nas <strong>de</strong>pressões<br />
do eixo muito escavado; glumela superior com<br />
celbas curtas . . . . Agropyrum, Gaertn. (pág. 98)<br />
Pág. 66.— Substitua-se na Flora o seguinte Género:<br />
46. Paspalum, L. — Espiguetas com 1 flôr hermafrodita,<br />
dispostas em espigas 1-laterais alternas ou geminadas; 2 glumas<br />
subiguais e uma 3. a<br />
gluma externa inferior muito pequena ou<br />
subnula; 2 glumelas iguais, lisas, múticas; 3 estames; cariopse<br />
elipsói<strong>de</strong>, glabra, livre. Plantas subespontâneas,<br />
Espigas 2-10 alternas, afastadas, com freqüência nutantes;<br />
espiguetas 4-seriadas. Planta erecta, <strong>de</strong> 4-8 dm., com as<br />
fôlhas lineares, largas. 4 Maio-Agosto. Margens dos<br />
campos e caminhos: Porto. (Orig. da América do<br />
Norte) P. dilatatum, Poir.<br />
Espigas 2, uma terminal outra lateral, erecto-divaricadas;<br />
espiguetas 2-seriadas. Plantas radicantes na base. . 2<br />
Fôlhas planas, barbudas na entrada da bainha; espiga<br />
lateral séssil; pedúnculo da espiga terminal barbudo<br />
na base; espiguetas largamente ovadas, com a gluma<br />
posterior pubescente. Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., ascen<strong>de</strong>nte. 4.<br />
Agosto-Setembro. Arredores <strong>de</strong> Monsão, arredores <strong>de</strong><br />
I
52 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Lisboa (Queluz, margens do Tejo). (Orig. das regiões<br />
tropical e subtropical). .....P. distichum, L.<br />
Fôlhas enroladas, celbeadas na entrada da bainha; espiga<br />
lateral também pedunculada ; pedúnculos das espigas<br />
glabros; espiguetas estreitamente ovadas, com a gluma<br />
posterior glabra. %. Agosto - Setembro. Margens do<br />
Douro (Porto), Montemór-o-Velho (Loja). (Orig. das<br />
regiões tropical e subtropical). . . P. vaginatum, Sw.<br />
Pág. 68.- Substitua-se no Género Phalaris a cbave 5 pela seguinte :<br />
Aza das glumas externas roído-<strong>de</strong>nticulada; urna gluma<br />
interna chegando a V 8 da glumela; tirso oblongo ou<br />
oblongo-cilíndrico. Planta <strong>de</strong> 2-8 dm. Q. Maio-Junho.<br />
Lameiros, térras cultivadas, caminhos: quási todo o<br />
país (vulgar) Ph. mlnor, Retz.<br />
Aza das glumas externas inteira ou subinteira . . . 6<br />
Pág. 70.— Oryzopsis paradoxa (L.). — Esta espécie foi colhida pelo Sr. A.<br />
Mendonça próximo a Miranda do Douro ; substitua-se na Flora o Género Oryzopsis.<br />
54. Oryzopsis, Míchaux — Fspiguetas 1-floras, comprimidas<br />
dorsàlmente, dispostas em panícula; 2 glumas iguais ou um<br />
tanto <strong>de</strong>siguais, ovado-lanceoladas, múticas, maiores que as<br />
glumelas; 2 glumelas subcartílagíneas, lustrosas, a inferior com<br />
arista terminal, articulada na base, muito caduca ; 3 estames;<br />
cariopse oblonga, livre nas glumelas, glabra.<br />
Fspiguetas pequenas (cerca <strong>de</strong> 3 mm., não contando a arista)<br />
ovói<strong>de</strong>s, esver<strong>de</strong>adas ou purpúreas, com as glumas <strong>de</strong>siguais;<br />
arista da glumela inferior pouco saliente; panícula<br />
gran<strong>de</strong>, multiflora, muito ramosa, com os ramos <strong>de</strong> cada<br />
nó <strong>de</strong>siguais; fôlhas planas, <strong>de</strong>pois enroladas. Planta<br />
cespitosa, <strong>de</strong> 5-15 dm. !<br />
í. Maio-Setembro. Terrenos secos,<br />
muros, caminhos: Centro e Sul. (vulgar).<br />
Talha-<strong>de</strong>nte. O. miliácea (L.), Richt.<br />
Ramos inferiores da panícula estéreis, formando invólucro<br />
vertícilado. Estremadura (rara) Algarve, (entre<br />
Faro e S. Braz <strong>de</strong> Alportel), Thomasii (Duby), Richt.<br />
Fspiguetas maiores, esver<strong>de</strong>adas, com as glumas iguais;<br />
arista da glumela inferior bastante . saliente;. panícula
Suplemento da. Flora <strong>de</strong> Portugal 53<br />
pauciflora; íôllias planas, largas. Planta plurícaule, <strong>de</strong><br />
5-10 dm. 2í. Jun, Miranda do Douro. * O. psradoxa, (L.)<br />
Pág. 72. — Mibora mínima, (L.), Desv., '/. littorea (Samp.).<br />
T • A<br />
Inscreva-se esta var. a seguir a var- \ J<br />
Z .<br />
Caules muito curtos não. ou pouco maiores que as fôlhas;<br />
espigas curtas e <strong>de</strong>nsas, com as espiguetas maiores que o<br />
tipoβ-3,5 mm.). Areias-marítimas: Póvoa do Varzim e<br />
Vila do Con<strong>de</strong> . . . . . . . . , * */. littoralis (Samp.)<br />
Pág. 73. — No Género Agrostis substitua-se...pela seguinte a chave 4 da. Flora:<br />
Lígula curta (mais larga que alta) tròncada; fôlhas planas;<br />
ramos da panícula mais óu menos- longamente<br />
nus ria base" .' . -I . •• . ' . . . . . :<br />
. . . . 5<br />
Lígula comprida ou medíocre (mais alta que larga), <strong>de</strong><br />
ordinário oblonga ou ovada, raras vezes troncada . 6<br />
Na seguinte chave S amplie-se o habitat da A. vulgaris:<br />
Pág. 73. — Agrostis vulgaris, Wíth. — Trás-os-Montes, Minho,<br />
Beira.<br />
Pág. 76 — Género Ammophila. Substitua- se como abaixo:<br />
67. Ammophila, Host. — Lspiguetas 1-floras, comprimidas<br />
lateralmente, com o eixo prolongado acima das glumas e peludo-<br />
-plumoso, dispostas em tirso; 2 glumas subiguais aquilhadas,<br />
múticas; 2 glumelas quásí do mesmo, comprimento, rígidas, e<br />
quási tão compridas como as glumas ou menores, peludas na<br />
base, a inferior 2-<strong>de</strong>ntada e mais ou menos longamente mucronada<br />
entre os <strong>de</strong>ntes; 3 estames; cariopse oblpngo-cilíndrica,<br />
sulcada na face interna, glabra, livre.<br />
Lspiguetas gran<strong>de</strong>s (9-11 mm.); tirso comprido (9-20 cm.),<br />
rígido, <strong>de</strong>nso, atenuado nas duas extremida<strong>de</strong>s; fôlhas<br />
glaucas, estreitas, lineares, rígidas, por fim enroladas,<br />
assoveladas e vulnerantes. Planta <strong>de</strong> 5-10 dm.-, com rizoma<br />
longamente rastejante. 21. Abril-Jul. Praias arenosas.<br />
. v . . . . . . . . Estorno. A. arenaria (L.), Lk.<br />
Glumelas bastante' menores que às glumas. (Var. das<br />
praias setentrionais). Ilha dò Pessegueiro, x.' genuína<br />
Glumelas do tamanho das glumas ou quási. (Var. da
54 António Xavier Pereira Coutinho<br />
região mediterrânea). Em tôda a costa (freqüente)<br />
. β. arundinacea (Host.)<br />
Devo ao meu falecido amigo J. Daveau a indicação da var. genuína na Ilha do<br />
Pessegueiro (situada, próximo da costa, entre Sines e Vila Nova <strong>de</strong> Milfontes), on<strong>de</strong> êle<br />
em tempos herborizou: localização bastante singular e digna <strong>de</strong> interesse, talvez <strong>de</strong>vida a<br />
importação aci<strong>de</strong>ntal. A var. β tem como sinónimo a Psamma australis, Mab.<br />
Pág. 79. Corynephorus macrantherus, Bss. et Reut.— Modifique-se<br />
como abaixo a chave das espécies dêste Género :<br />
Planta vivaz, cespitosa, com as fôlhas glaucas, as inferiores<br />
fasciculadas, por fim enrolado-setáceas; panícula<br />
com as espiguetas esparsas e os ramos curtos, oblonga<br />
e patente na ântese, estreita e compacta <strong>de</strong>pois; anteras<br />
oblongas, <strong>de</strong> 1-1,5 mm. <strong>de</strong> comprimento. 4. Maio-Jul.<br />
Terrenos arenosos, arrelvados: quási todo o país (freqüente)<br />
. C. canescens (L.), P. Beauv.<br />
(Veja-se na Flora a <strong>de</strong>scrição das suas três varieda<strong>de</strong>s)<br />
Plantas anuais, pluricaules, com as fôlhas ver<strong>de</strong>s, as inferiores<br />
não fasciculadas, primeiro planas e <strong>de</strong>pois setáceas;<br />
panícula com as espiguetas fasciculadas . . . 2<br />
Panícula, com os ramos compridos e <strong>de</strong>spidos longamente<br />
<strong>de</strong> espiguetas na base, ovói<strong>de</strong> e muito patente na ântese,<br />
<strong>de</strong>pois contraída; anteras subquadradas, muito pequenas<br />
(0,5 mm.). Planta <strong>de</strong> 1-3 dm. 0. Abril-Jun. Terrenos<br />
secos e charnecas: quási todo o país.<br />
C. gracilis (Desf.), Ricbt.<br />
Panícula com ramos curtos e pouco <strong>de</strong>spidos na base;<br />
anteras lineares, gran<strong>de</strong>s (cerca <strong>de</strong> 1,5 mm.). ©. Maio-<br />
-Jul. Algarve: Faro. . * C. macrantherum, Bss. et Reut.<br />
Pág. 8o.— Género 78. Avena, L.<br />
Substituam-se as chaves das espécies na Flora pelas seguintes;<br />
Glumas multinérveas, <strong>de</strong> ordinário gran<strong>de</strong>s (40-15 raras<br />
vezes-13 mm.). Plantas anuais 2<br />
Glumas 1-3-nérveas, <strong>de</strong> ordinário menores (10-15 mm.).<br />
Plantas vivazes, cespitosas 11
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 55<br />
Flores todas mal articuladas com o eixo e por isso persistentes<br />
na maturação ; glumelas glabras ou glabrescentes.<br />
Plantas <strong>de</strong> 5-20 dm., cultivadas ou subespontâneas<br />
(provavelmente apenas subespécies culturais) [AveiasK 3<br />
Flores todas ou pelo menos a iníerior <strong>de</strong> cada espigueta<br />
bem articuladas com o eixo e por isso caducas na maturação;<br />
glumela inferior (pelo menos das flôres da<br />
base da espigueta) <strong>de</strong> ordinário birsuta. Plantas espontâneas.<br />
[ Balanços ] 7<br />
1 Glumela inferior 2-fendida ou 2-<strong>de</strong>ntada 4<br />
Glumela inferior 2-setígera , 6<br />
Glumas mais curtas que a espigueta; cariopse facilmente<br />
separável das glumelas; panícula patente, plurilateral;<br />
espiguetas com 2 flôres férteis. Maio-Jun. Cult, (pouco)<br />
e às vezes subespontânea: Trás-os-Montes e Minho<br />
(Brot.); Algarve, Loulé (Wk.). Aveia nua. * A. nuda, L.<br />
Glumas do comprimento da espigueta ou maiores; cariopse<br />
bem incluída nas glumelas 5<br />
Panícula 1-lateral; só a flôr inferior da espigueta com<br />
articulação rudimentar, oblíqua; porção do eixo entre o<br />
primeiro e o segundo fruto quebrando-se na <strong>de</strong>bulba<br />
junto à base (ficando portanto presa ao fruto superior<br />
com o aspecto <strong>de</strong> um apêndice <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte); base da<br />
flôr inferior com um fascículo <strong>de</strong> pêlos majúsculo<br />
(cbegando a cerca <strong>de</strong> 1/3 da glumela). O. Abril-Jun. Cultiv.<br />
com freqüência e subespontânea. A. byzantina, C. Koch.<br />
Panícula patente, plurilateral; todas as flôres da espigueta<br />
com articulação rudimentar, quási perpendicular ao<br />
eixo jporção do eixo entre o primeiro e o segundo fruto<br />
quebrando-se na <strong>de</strong>bulha junto ao cimo (ficando portanto<br />
presa no fruto inferior com o aspecto <strong>de</strong> um<br />
apêndice ascen<strong>de</strong>nte); base da flôr inferior frequentemente<br />
nua ou com um fascículo <strong>de</strong> pêlos curtíssimo.<br />
0. Junho-Jul. Cultiv. e às vezes subespontânea.<br />
. . A. s ativa, L«
§6 António Xaxier Pereira' CoutiríHcf<br />
Glumela inferior curtamente 2-setígera (2 l<br />
-fendió f<br />
o J<br />
-satígera),<br />
<strong>de</strong> ordinário aristada; glumas pequenas (não<br />
exce<strong>de</strong>ndo 13 mm.); espiguetas com 2 flôres férteis e as<br />
glumelas frutíferas com freqüência negras. O. Junho-<br />
Jul. Cultiv. e subespontânea, sobretudo no Norte.<br />
. . . . . . . . . A. brevis, Roth.<br />
Glumela inferior longamente 2-setígera, aristada, raras<br />
vezes mútica; glumas majúsculas (15-20 mm.); espiguetas<br />
com 2 flôres férteis e as glumelas frutíferas<br />
pálidas ou negras. 3. Junho-Jul. Cultiv. com freqüência<br />
e às vezes subespontânea . . . . A. strigosa, Schreb.<br />
Espiguetas <strong>de</strong> ordinário só com 1 flôr fértil (a inferior).<br />
Com o tipo . p. sesquialtera (Brot.), Hack.<br />
2<br />
Só a flôr inferior articulada (<strong>de</strong>spren<strong>de</strong>ndo-se por isso<br />
na maturação as flôres da espigueta todas juntas);<br />
glumela inferior 2-<strong>de</strong>ntada; panícula 1-lateral. Planta<br />
<strong>de</strong> 4-12 dm. 3. Maio-Jun. Searas, vinhas, campos incul<br />
tos. ........A. sterilis, L.<br />
Glumas gran<strong>de</strong>s (4-3.cm.); 2-4 flôres férteis (as superiores<br />
glabras e múticas); cariopse obtusa na base.<br />
Planta robusta. Quási todo o país (freqüente).<br />
a. macrocarpa (Moenck), Briq.<br />
Glumas medíocres (2-2,5 cm.), com freqüência purpurascentes;<br />
2 flôres férteis; cariopse a<strong>de</strong>lgaçada na<br />
base. Planta pouco robusta. Trás-os-Montes e Beira<br />
lit * b. ludoviciana (Dur.)<br />
Flores todas articuladas (<strong>de</strong>spren<strong>de</strong>ndo-se por isso isoladamente),<br />
muito caducas ; espigueta com 2-3 flôres férteis. 8<br />
Glumela inferior 2-<strong>de</strong>ntada, birsuta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base até<br />
à insersão da arista; panícula piramidal, patente, plurilateral.<br />
Planta <strong>de</strong> 5-10 dm. ©. Maio-Jun. Terras cultivadas<br />
e incultas: disseminada aqui e ali (pouco freqüente)<br />
a. fátua, L.<br />
Glumela inferior só peluda na base. Com o tipo.<br />
• . . . . . . . . r<br />
p. intermédia (Lindgr.)<br />
Glumela inferior longamente 2-sètígera; panícula sub-1-<br />
-lateral .9
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 57<br />
Glumas subiguais, 7-11-nérveas; glumela inferior longamente<br />
birsuta 10<br />
Glumas muito <strong>de</strong>siguais, a superior quási do tamanho<br />
da espigueta, 7-nérvea, e a inferior 1<br />
/ 2 menor, 3-5-nérvea;<br />
glumela inferior glabra ou birsuta (var. eriantha, Dur.) ;<br />
cicatriz da base das flôres <strong>de</strong>sprendidas linear. 0. Junho.<br />
Baixo Alentejo: Vendas Novas. . * A. clauda, Dur.<br />
Glumas (com 2-3 cm.) do tamanbo da espigueta ou pouco<br />
maiores; cicatriz da base das flôres <strong>de</strong>sprendidas ovada.<br />
Planta <strong>de</strong> 4-15 dm. 0. Abril-Agosto. Campos cultivados<br />
e incultos: quási todo o país (freqüente).<br />
A. barbata, Pott.<br />
Glumas (cerca <strong>de</strong> 3 cm.) bastante maiores que a espigueta;<br />
cicatriz da base das flôres <strong>de</strong>sprendidas linear.<br />
0. Abril-Maio. Algarve. . . * k. longiglumis, Dur.<br />
Eixo da espigueta glabro, com um fascículo <strong>de</strong> pêlos curtíssimo<br />
na inserção das flôres e que não exce<strong>de</strong> a base<br />
<strong>de</strong>las; panícula contraída, com espiguetas 5-8-floras.<br />
Planta cespitosa, <strong>de</strong> 4-7 dm., com as fôlhas glabras,<br />
rijas, planas ou conduplicadas. %. Junho. Miranda do<br />
Douro A. bromoi<strong>de</strong>s, Gouan.<br />
Fascículo <strong>de</strong> pêlos na inserção das flôres medíocre (exce<strong>de</strong>ndo-lbe<br />
a base, mas muito menor que as glumelas)<br />
. 12<br />
Fascículo <strong>de</strong> pêlos na inserção das flôres gran<strong>de</strong> (chegando<br />
proximamente a */a da glumela) 13<br />
Glumela inferior pubescente até à inserção da arista e<br />
obsoletamente sulcada; fôlhas quási todas conduplicadas,<br />
muito calosas na margem e na nervura dorsal;<br />
espiguetas 3-4-floras. Planta <strong>de</strong> 4-10 dm. 0. Abril-Jul.<br />
Pinhais, charnecas: do Minho ao Algarve.<br />
A. albinervis, Bss.<br />
Glumela inferior glabra e nitidamente sulcada; fôlhas<br />
subplanas ou pouco conduplicadas, menos pronunciadamente<br />
calosas na margem e na nervura dorsal; espi-
58 António Xavier Pereira Coutinho<br />
12 guetas 3-7-floras. Planta <strong>de</strong> 4-10 dm. G. Maio-Jul.<br />
Lugares secos e áridos mais ou menos assombreados:<br />
<strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho ao Algarve. A. sulcata, Gay<br />
Fôlhas planas, moles, as inferiores pelo menos peludas<br />
na página superior e com as bainhas <strong>de</strong>nsamente vestidas<br />
<strong>de</strong> pêlos retrorsos; espíguetas 3-7-floras. Planta<br />
<strong>de</strong> 4-10 dm. 2£. Julho. Trás-os-Montes: Serra <strong>de</strong> Re-<br />
13 bordãos * A. pubescens, Huds.<br />
Fôlhas enrolado-filiformes, com as bainhas glabras; espiguetas<br />
5-6-floras. Planta <strong>de</strong> 4-7 dm. Abril-Maio.<br />
Baixo Alentejo litoral (Vila Formosa) e Algarve (Cabo<br />
<strong>de</strong> S. Vicente) A. Hackelii, Henriq..<br />
Pág. 88 — Poa annua, L. var. exilis (Thom.).<br />
Inclua-se na chave 2 do Género Poa:<br />
Planta anual, com a raiz fibrosa; lígula oblonga; panícula<br />
frouxa, divaricada, com 1-2 ramos nos nós inferiores;<br />
espiguetas com 3-6 flôres; fôlhas planas. Planta<br />
<strong>de</strong> 0,5-4 dm., erecta ou ascen<strong>de</strong>nte. O. Terras cultivadas,<br />
muros, beira dos caminhos; q/uási todo o país<br />
(vulgar) P. annua, L.<br />
Flores espaçadas; anteras mais pequenas. Próx. ao<br />
Tejo (Alent. litoral?). * var. exilis (Thomas.) (l)<br />
Plantas vivazes, cespitosas, com rizoma curto . . . 3<br />
Pág. 89.— Glyceria fluitans (L.), R. Br. z. genuína.<br />
Substitua-se como abaixo a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta varieda<strong>de</strong>:<br />
Ramos da panícula 1-3 nos nós inferiores todos nus na<br />
base; glumela inferior mais ou menos inteira.<br />
z. genuína<br />
Pág. 90.— Festuca elatior, L, subsp. interrupta (Desf.).<br />
Amplie-se a chave 3 do Género Festuca:<br />
(l) Poa exilis, Thomassini. ; P. remotiílora. Murbeck.; P. annua var. remotiílora,<br />
Hackel.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 59<br />
Fôlhas com prefolheação conduplicada, estreitas (não<br />
exce<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> ordinário 3 mm. <strong>de</strong> largura). . . . 4<br />
Fôlhas com prefolheação convolutosa; inovações extravaginais.<br />
%. Abril-Jul F. elatior, L.<br />
Fôlhas <strong>de</strong> 5-3 mm. <strong>de</strong> largura, planas, enroladas ao<br />
secarem (var. mediterrânea, Hack.); panícula comprida<br />
(8-20 cm.), com os ramos inferiores 2-3-nados,<br />
o maior chegando a 1/3 - 1<br />
/ 2 da panícula e provido<br />
<strong>de</strong> espiguetas numerosas. Planta <strong>de</strong> 7-12 dm.<br />
4. Abril-Jun. Prados, gândaras, pinhais: <strong>de</strong> Trás-<br />
-os-Montes (Bragança, Serra <strong>de</strong> Nogueira) e Minho<br />
ao Algarve b. arundinacea (Schreb.)<br />
Fôlhas mais estreitas, ao secarem enrolado-filiformes;<br />
panícula muito estreita, interrompida, subunilateral,com<br />
ramos curtos erectos, providos <strong>de</strong> espiguetas<br />
pouco numerosas. Planta menor e mais <strong>de</strong>lgada.<br />
Estr.: margens relvosas do ribeiro <strong>de</strong> Capari<strong>de</strong>.<br />
c. interrupta (Desf.)<br />
Pág. 97.— Lolium parabolicum, Senn.<br />
Inclua-se, substituindo a cnare 3 pelas duas seguintes:<br />
Fspiguetas 3-10-floras, encostadas ao eixo, múticas ou<br />
raras vezes com aristas curtas 3 bis<br />
Fspiguetas 10-25-floras, afastadas do eixo durante a<br />
ântese, <strong>de</strong> ordinário aristadas, às vezes múticas; gluma<br />
bastante menor que a espigtreta. Planta <strong>de</strong> 3-12 dm.,<br />
robusta. 0 ou $. Maio-Jul. Lameiros, arrelvados, terras<br />
cultivadas: quási todo o país (freqüente); também<br />
cultivado.<br />
. Herva castelhana, Azevém. L. multiflorum, Lam.<br />
Gluma pouco menor que a espigueta; fôlhas planas.<br />
Planta <strong>de</strong> 1-7 dm., fasciculada, rígida. 0. Maio-Jun.<br />
L. rigídum, Gaud.<br />
( Seguem as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas na Flora).<br />
Gluma bastante menor que a espigueta; fôlhas enroladas,<br />
pequenas. Planta <strong>de</strong> menor porte, com espigas<br />
curtas e espiguetas mais largas que no anterior. 0.<br />
Junho-Jul. Areias marítimas: Minho (Vila do Con<strong>de</strong>)<br />
* L. parabolicum, Senn.
6o António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 98.— Género 112. Agropyrum, Gaertn.<br />
Na <strong>de</strong>scrição dêste Género emen<strong>de</strong>-se na 5° linha — 2 glumelaS Ç[uási d O<br />
mesmo comprimento, a inferior aguda ou obtusa, mútica ou<br />
mucronada ou aristada, a superior, etc.<br />
Pág. 98.— Agropyrum caninum (L.), P. Beauv.<br />
Esta espécie que julgo nova para a flora portuguesa foi encontrada, no passado ano<br />
<strong>de</strong> 1934, nos arredores <strong>de</strong> Coimbra, pelo sr. Francisco <strong>de</strong> Sousa; inclua-se, antepondo 3<br />
chave 1 da Flora a chave seguinte:<br />
Glumela inferior com arista comprida (maior que a glumela);<br />
glumas menores que a espigueta, aristadas ,espiguetas<br />
elípticas, maiores que os entre-nós; f olhas<br />
planas. Planta <strong>de</strong> 5-10 dm., ver<strong>de</strong>, com rizoma fibroso.<br />
%. Junho. Coimbra: Ceira. A. caninum (L.), P. Beauv.<br />
Glumela inferior mútica ou mucronada 1<br />
Pág. 98.— Agropyrum elongatum (Host.), P. Beauv.<br />
Inscreva-se o habitat <strong>de</strong>sta espécie — Jun.-Jul. Próx. do mar: Douro,<br />
Estrem. (praia da Poça, junto ao Estoril), Alent. e Algarve.<br />
Pág. 99. — Trlticum polonicum, L.<br />
Inclua-se na chave 1 :<br />
Glumas aquilhadas, múticas ou mucronadas ou 1-arístadas;<br />
glumela inferior comprimida lateralmente no<br />
cimo, mútica ou mais ou menos longamente aristada;<br />
espiga com o eixo contínuo (não articulado); espiguetas<br />
frutíferas com 2-3 cariopses livres. Plantas cultivadas:<br />
+ Glumas coriáceas, majusculas (8-15 mm.), ovadas,<br />
ventricosas; espiga subtetragonal, comprimida.<br />
0. Maio-Jun. (Orig. do sudoeste da Ásia).<br />
Trigo. T. aestivum, L-<br />
— Quilha das glumas só visível na meta<strong>de</strong> superior;<br />
cariopse <strong>de</strong> tamanho mediano, tenra,<br />
com quebradura farinácea; aristas divergentes<br />
ou nulas; colmo completamente ôco. Cultiv.<br />
principalmente no Norte e Centro.<br />
. . . Trigo mole. b. vulgare (Vill.), Thell.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />
— Quilha das glumas visível em tôda a extensão;<br />
cariopse gran<strong>de</strong> e grossa semi-tenra;<br />
aristas, compridas ou curtas, subparalelas;<br />
espiga <strong>de</strong> ordinário simples, às vezes ramosa<br />
iyar. compositum [L.]); colmo só ôco na parte<br />
inferior. Com o anterior, mas menos {requente.<br />
Trigo túrgido, c. turgidum (L.)<br />
— Quilha da gluma subalada; cariopse alongada,<br />
dura, com quebradura rija; aristas muito compridas,<br />
brancas ou ruivas ou pretas, paralelas;<br />
colmo completamente meduloso. Cultiv. principalmente<br />
no Centro e no Sul.<br />
Trigo rijo. d. durum (Desf.), Thell.<br />
-f Glumas membranosas, muito compridas (25-40<br />
mm.) oblongo-lanceoladas; espiga cilíndrica, com<br />
os <strong>de</strong>ntes do eixo barbudos; cariopse muito comprida<br />
e estreita, dura, com quebradura rija; colmo<br />
meduloso. Um tanto cultiv. no Alto Alentejo.<br />
Trigo gigantil. e. polonicum (L.)<br />
Glumas não aquilhadas, 2-5-aristadas; glumela inferior<br />
não comprimida lateralmente no cimo, 2-3-aristada ou<br />
3-<strong>de</strong>ntada. Plantas espontâneas (Aegilops) . . . 2<br />
Pág. 100. Género 115.— Hor<strong>de</strong>um, L.<br />
Substitua-se na Flora a cbave 2 pela seguinte:<br />
Plantas espontâneas, com aristas pequenas ou medíocres<br />
(1-4 cm.); as 2 espiguetas laterais <strong>de</strong> cada nó pediceladas<br />
e estéreis (masculinas), a média séssil ou subséssil<br />
e fértil. , . . . .3<br />
Planta cultivada, com aristas compridas (até 15 cm.): Só<br />
fértil e longamente aristada a espigueta média, as 2 laterais<br />
masculinas e múticas, ficando a espiga acbatada<br />
e frouxa; aristas paralelas ao eixo. O. Abril-Maio.<br />
Cult. (pouco). (Orig. da Ásia e talvez do norte <strong>de</strong><br />
África). Cevada das duas carreiras. H. distlchum, L.<br />
Cariopse livre na maturação.<br />
Cevada santa. var. nudum, L.
62 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Todas as três espiguetas <strong>de</strong> cada nó férteis e aristadas,<br />
as médias encostadas ao eixo e as laterais afastadas,<br />
tornando a espigueta quadrangular; aristas<br />
subparalelas ao eixo. Cult. em todo o país, com freqüência.<br />
. Cevada das quatro carreiras, h. vulgare (L.)<br />
Cariopse livre na maturação.<br />
. . . . Cevada santa. var. coeleste (P. Beauv.)<br />
Todas as três espiguetas <strong>de</strong> cada nó férteis, aristadas<br />
e afastadas do eixo, tornando a espiga <strong>de</strong>nsa e<br />
hexagonal; aristas divergentes.<br />
Cevada das seis carreiras, c. hexastichum (L.)<br />
Família 18 — Cyperáceas<br />
Amplie-se o habitat ia seguinte espécie:<br />
Pág. 102. — Cyperus difformls, L.— Coimbra (S. Fagundo),<br />
Abrantes, Coina, Coruche.<br />
Pág, 103. — Cyperus serotinus, Rottb. (C. Monti, L. fil).<br />
Inclua-se esta espécie, modificando a chave 9:<br />
Planta anual, <strong>de</strong> 1-2 dm., com raiz fibrosa; fôlhas do<br />
invólucro 2-4, <strong>de</strong>siguais, muito patentes, semelhantes<br />
às caulinares; espiguetas fasciculadas, dispostas em<br />
antela simples ou contraída e capituliforme; glumas<br />
amarelo-pálidas. 0. Junho-Out. Lugares húmidos: do<br />
Douro ao Alent C flavescens, L.<br />
Plantas vivazes, com rizoma rastejante . . . . 9 bis<br />
Fôlbas do invólucro 3-5 <strong>de</strong>siguais, planas, às vezes muito<br />
compridas; espiguetas agregadas em gran<strong>de</strong> número<br />
nos raios muito <strong>de</strong>siguais da antela composta; glumas<br />
acastanhado-claras. Planta da 8-10 dm. 21. Jun. Coim-<br />
9 bra: Paul <strong>de</strong> S. Fagundo. . . * C. serotinus, Rottb.<br />
bis Fôlhas do invólucro 2, rígidas e assoveladas, a menor<br />
patente e a maior erecta, simulando o prolongamento do<br />
caule; espiguetas 2-10, reunidas sésseis em feixe pseudo-<br />
-lateral; glumas acastanhado-escuras. Planta <strong>de</strong> 2-4<br />
dm. 21. Maio. Algarve . . . . C. distachyos, Ali,
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 03<br />
Páá. 103. — Substitua-se na Flora Enophorum pOlVSÍaChVOri, L.<br />
lugar <strong>de</strong> Eriophorum augustiíolium, Rotk.<br />
Jfag. 104. — Substitua-se a cbave 5 pela seguinte:<br />
Estigmas 3. Plantas anuais, cespitosas, <strong>de</strong> 0,3-2,5 dm.,<br />
muito <strong>de</strong>lgadas; 1-3 espiguetas ovoi<strong>de</strong>s, sésseis; perianto<br />
nulo ; fôlhas com limbo curto, setiforme . . . . 6<br />
Estigmas 3. Plantas vivazes, <strong>de</strong> 3-15 dm., robustas; espiguetas<br />
mais ou menos numerosas, dispostas em antela<br />
ou capítulo pseudo-lateral 8<br />
Estigmas 2; perianto formado <strong>de</strong> sedas do tamanko do<br />
aquénío ou maiores 8 bis<br />
Pág. 104 — Substitua-se na Flora ScirpUS CerilUUS, Vakl. em vez <strong>de</strong><br />
Scirpus Savii, Seb. et Maur.<br />
Pág. 104.— Suprimam -se na chave 8 as duas últimas linhas <strong>de</strong>sta páá- 104 e<br />
as 8 linhas da pá^- 100.<br />
8<br />
bis<br />
8<br />
ter<br />
Pág. 105.— Scirpus erectus, Poir. (l). Intercal e-se como abaixo:<br />
Plantas robustas, com espigas numerosas, fasciculadas em<br />
antela mais ou menos ramosa 8 ter<br />
Planta <strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong> 0,5-4 dm., com 1-5 espiguetas aglomeradas<br />
lateralmente, com uma única fôlka inVolucral<br />
assovelada, erecta; espiguetas ovói<strong>de</strong>s, acutiúsculas, <strong>de</strong><br />
5-10 mm. <strong>de</strong> comprimento; acjuénío subplano-convexo,<br />
transversalmente estriado, negro na maturação. Agosto.<br />
Coimbra: pântanos do arroz em S. Fagundo. (Orig. da<br />
América e <strong>de</strong> Madagascar). . . * Sc. erectus, Poir.<br />
Antela mais ou menos frouxa; aquénios biconvexos,<br />
obovados, lisos ou obsoletamente estriados, amarelados<br />
na maturação, glumas às vezes pontuadas <strong>de</strong> grânulos<br />
avermelkados. %. Jun.-Set. Do litoral do Minho às<br />
Baixas do Guadiana . . Sc. Tabernaemontani, Gmel.<br />
(l) ScirpUS ereCtUS, Poir. = Sc. SmitAii, Gray I ar. setulosas, Fernald.;<br />
esta espécie foi estudada em Coimbra pelo Assistente sr. A. Taborda Morais, a quem<br />
agra<strong>de</strong>ço os elementos que me forneceu para aqui a po<strong>de</strong>r enumerar; é nova para a<br />
Europa; foi talvez importada em alguma semente <strong>de</strong> arroz.
64 António Xavier Pereira Coutinho<br />
8 Ântela <strong>de</strong>nsa, volumosa, subesférica; aquénios acbatados<br />
ter elipsói<strong>de</strong>-alongados, atenuado-agudos, finamente estriados,<br />
anegrados na maturação; glumas com a quilha<br />
esver<strong>de</strong>ada e grânulos brancos espinhosos. %. Jun.-Ag.<br />
Alent. lit.: Pieda<strong>de</strong> (em via <strong>de</strong> extinção quando foi<br />
colhida por Welwitsch e agora, ao que parece, completamente<br />
extinto) Sc. glcbifer, Welw.<br />
Pág. 105 (Chave 11)—Substitua-se na Flora Scirpus amerícanus,<br />
Pers. em lugar <strong>de</strong> Scirpus pungens, Vahl.<br />
Pág. 105 — Heleocharis, R. Br.<br />
Substitua-se na Flora a chave 1:<br />
Planta <strong>de</strong> 1-6 dm., com os caules mais ou menos grossos. 2<br />
Planta <strong>de</strong> 0,3-1,5 dm., com os caules capilares, provida <strong>de</strong><br />
longos e <strong>de</strong>lgados estolhos don<strong>de</strong> saem pequenos grupos<br />
afastados <strong>de</strong> caules erectos, cespitosos; espiga muito<br />
pequena, ovói<strong>de</strong>. O. Maio. Entre-Douro-e-Minho: arredores<br />
<strong>de</strong> Melgaço, nos charcos <strong>de</strong>ssecados da margem<br />
do rio Minho; nos arredores do Porto.<br />
H. acicularis (L.), R. Br.<br />
Pág. 105 — Rhynchospora alba (L.), Vahl. — Alargue -se o seu<br />
habitat — Minho e Beira litoral.<br />
Pág. 107.— Carex, L.<br />
Substitua-se a chave 1:<br />
Uma só espigueta terminal, androgínica; flôres femininas<br />
(inferiores) mais frouxas que as masculinas (superiores);<br />
utrículo oblongo-elíptico, contraído em rostro<br />
comprido; 2 estigmas. Planta cespitosa, <strong>de</strong> 1,5-4'dm.,<br />
com o caule <strong>de</strong>lgado, obtusamente trigonal e as fôlhas<br />
muito estreitas. %. Maio-Jul. Algarve: Monchique.<br />
* C. peregrina, Lk.<br />
Mais <strong>de</strong> uma espigueta 2<br />
Pág. 108. — Carex vulpina, L. Alonáue-se-lhe o habitat-<strong>de</strong> Trás-<br />
-os-Montes ao Algarve.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 65<br />
Pág. 108.— Carex LaChenalÜ, Schkr. Vi posteriormente exemplares<br />
portugueses, trazidos da Serra da Estrela; suprima-se o asterisco.<br />
Pág. 109.— Carex longiseta, Brot. Substitua-se na Flora à C. distachya,<br />
Desf.<br />
Pág. 109.—• Carex ambígua, Lk. Substitua-se também em vez <strong>de</strong> C.<br />
oedipostyla, Duval-Jouve.<br />
Ampliem-se as áreas <strong>de</strong> habitação das duas espécies seguintes, ambas da chave 20:<br />
Pág. 109.— Carex Reuteriana, Bss. — Serras do Gerez, Soajo,<br />
Caramulo e Estrela, margens do Guadiana.<br />
Pág. 109.— Carex Hudsonii, A. Benett. — Do Minho ao Baixo<br />
Alentejo.<br />
Pág. 110.— Carex Caryophyllea, Lat. Introduza-se esta nova espécie<br />
fazendo as seguintes substituições na Flora:<br />
t r<br />
23 í ^ * c u o s<br />
^ élabros 24<br />
[ LItrículos pubescentes 25 bis<br />
Segue a chave 24 e 25 como na Flora :<br />
Rizoma rastejante, estolboso; espiguetas femininas oblongo-ovói<strong>de</strong>s,<br />
2-3, a inferior mais ou menos pediculada,<br />
25 as restantes sésseis. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm., com as fôlhas<br />
bis planas. %. Minho: S. Pedro da Torre<br />
* C. caryophyllea, Lat. (l)<br />
Rizoma fibroso, não estolboso 26<br />
Pág. 110.— Carex pilulifera, L. Amplie-se-lhe o habitat —do Minho<br />
à Beira lit<br />
Pág. 111.— Carex extensa, Good. Corrija-se a sua área <strong>de</strong> habitação<br />
— Prados e lugares húmidos próximo do litoral: do Minho ao<br />
Alentejo litoral.<br />
Pág. 112.— Carex intacta, Samp. Suprima-se, bem como a nota corres<br />
pon<strong>de</strong>nte, e reünam-se !<br />
numa só as chaves 38 e 39 do modo seguinte:<br />
(l) Carex praecox, Jacc¡. non Schreb. 9
66 António Xavier Pereira Coutinho<br />
LItrículos glabros, atenuados em rostro um tanto curto<br />
2-<strong>de</strong>ntado; espiguetas masculinas 3-5, glabras. Planta<br />
robusta, <strong>de</strong> 6-12 dm., grossa, áspera, com as fôlhas <strong>de</strong><br />
7-10 mm. <strong>de</strong> largura, e rizoma estolboso. %. Abril-Jul.<br />
Valas, pântanos: Beira lit., Alentejo lit., Algarve.<br />
C. riparia, Curt.<br />
LItrículos pubescentes, atenuados em rostro comprido,<br />
2-íendido; espiguetas masculinas 2-3, pubescentes.<br />
Planta <strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong> 1-4 dm., mais ou menos vilosa, com<br />
as fôlhas <strong>de</strong> 1-3 mm. <strong>de</strong> largura e rizoma rastejante,<br />
estolhoso. %. Maio-Jul. Lameiros, pântanos: Trás-os-<br />
-Montes e Minho C. hirta, L.<br />
Família 19 — Aráceas<br />
Pág. 113.— Arum maculatum, L.<br />
Introduza-se esta espécie:<br />
Apêndice do espadíce violáceo-purpúreo; flôres estéreis colocadas<br />
por baixo das flôres masculinas; espata esver<strong>de</strong>ada;<br />
fôlhas alabardinas, com freqüência maculadas <strong>de</strong> negro.<br />
21, Maio. Trás-os-Montes: arredores do Vimioso.<br />
* A. maculatum, L.<br />
Apêndice do espadice amarelo; flôres estéreis colocadas por<br />
baixo e por cima das flôres masculinas; espata esbranquiçado-amarelada<br />
; fôlhas sagitado-alabardinas, imaculadas<br />
ou maculadas <strong>de</strong> branco ou <strong>de</strong> negro. 21. Março-Jun.<br />
Terras cultivadas, sebes, lugares húmidos: Trás-os-<br />
-Montes, Beira, Kstrem., Alentejo.<br />
Jaro ou Jarro. A. italicum, Mill.<br />
Espata com máculas purpúreas numerosas interiormente.<br />
Com o tipo, mais raro. (5. pictum, P. Cout.<br />
Pág. 113.— Arisarum vulgare, Targ.-Toz. var.<br />
Inscrevam-se sob a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie as seguintes varieda<strong>de</strong>s:<br />
Espadice <strong>de</strong>lgado, cilíndrico e não espesso no cimo (em<br />
Port.?) a. typicum<br />
Espadice robusto, mais ou menos aclavado e bastante espesso<br />
no cimo. Freqüente . . . . (5. Clusii, (Schott.), Engl.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 67<br />
Família 22 — Juncáceas<br />
Pág. 116.— Juncus acutus, L. e J. maritimus, Lam.<br />
Precisem-se melhor na chave 7 as diferenças entre estas duas espécies:<br />
Rizoma oblíquo, com os caules <strong>de</strong>nsamente cespitosos;<br />
baínbas das fôlhas mortas divididas em fibras numerosas<br />
; cápsula ovado-subglobosa, o dobro maior que o<br />
perianto. Planta <strong>de</strong> 6-8 dm., robusta, com as fôlhas<br />
bastante grossas. Maio-Set. Freqüente na região<br />
marítima, raro no interior. Junco agudo. J. acutus, L.<br />
(seguem as varieda<strong>de</strong>s, como na Flora )<br />
Rizoma borizontal; baínbas das fôlhas mortas inteiras;<br />
cápsula elipsói<strong>de</strong>, quási do tamanbo do perianto ; antela<br />
gran<strong>de</strong>, subpaniculada. Planta <strong>de</strong> ordinário maior<br />
(8-10 dm.) e com as fôlhas mais <strong>de</strong>lgadas. 4. Freqüente<br />
na região marítima, raro no interior.<br />
. . . . Junco das esteiras. J. maritimus, Lam.<br />
Pág. 118.- Emen<strong>de</strong>-se o habitat da seguinte espécie na chave 20 :<br />
Juncus Tenajeia, Fbrb. — do Minho ao Algarve.<br />
Jt/ag. 119. — Na chave 3 do Gén. LUZUla substitua-se a L. silvatica pela<br />
Luzuia Henriquesii, Degen.:<br />
Fôlbas lineares, <strong>de</strong> 2-4 mm. <strong>de</strong> largura, mais ou menos<br />
celbeadas; antela com as flôres isoladas ou quási.<br />
Plantas <strong>de</strong> 0,7-5 dm. 4<br />
Fôlbas lanceolado-lineares, <strong>de</strong> 5-7 mm. <strong>de</strong> largura, <strong>de</strong>nsamente<br />
celbeadas; antela com glomérulos 3-5-flôres,<br />
corimboso-paniculada, frouxa; tépalas côr <strong>de</strong> castanba,<br />
com a margem pálida; valvas da cápsula <strong>de</strong> 2,5 mm.,<br />
contraído-acuminadas; sementes subglobosas, não exce<strong>de</strong>ndo<br />
1,5 mm. <strong>de</strong> comprimento. %. Junho-Jul. Lugares<br />
húmidos e arborizados das montanhas do Minho e<br />
Beira L. Henriquesii, Degen.<br />
É talvez uma varieda<strong>de</strong> mícrantha da L. silvatica (Huds.), Gaud.
68 António Xavier Pereira Coutinho<br />
12<br />
Família 26 —Liliáceas<br />
Na chave dos Géneros substitua-se na página 123 a ckave 12:<br />
Anteras basifíxas, erectas, lineares; ovário subgloboso,<br />
com os lóculos pluriovulados; estigma pequeno, não<br />
intumecido; perianto patente.<br />
. Anthericum, L. (pág. 127)<br />
Anteras dorsifixas, versáteis; ovário ovói<strong>de</strong>-alongado,<br />
agudo, com os lóculos multiovulados; estigma intumecido,<br />
3-lobado; perianto erecto, (l)<br />
Paradisea, Mazzuc, pág. 69<br />
Pág. 125.— Veratrum álbum, L. Suprima -se o asterisco, pois vi exem<br />
plares, da serra da Estrela.<br />
Pág. 126.— Substituam-se as chaves 2 e 3 do Género Aspho<strong>de</strong>lttS :<br />
Cápsula globosa ou elipsói<strong>de</strong>, gran<strong>de</strong> ou medíocre; caule<br />
simples ou pouco ramoso 3<br />
Cápsula ovói<strong>de</strong> ou obovói<strong>de</strong>, medíocre ou pequena; caule<br />
ramoso 4<br />
Cápsula medíocre (8-14 mm. <strong>de</strong> comprimento), quási do<br />
tamanbo do pedicelo, elipsói<strong>de</strong> ou globosa; brácteas<br />
fusco-<strong>de</strong>negrídas; filetes insensivelmente atenuados<br />
acima da base e papilosos até ao meio; f ôlkas lineares.<br />
Planta robusta, <strong>de</strong> 1 III. e mais, com freqüência simples,<br />
às vezes pouco ramosa. %. Abril-Jun. Montanhas <strong>de</strong><br />
Trás-Montes, da Beira e do Alto Ãlent. A. albus, Mill.<br />
Cápsula gran<strong>de</strong> (15-22 mm.), maior que o pedicelo, subglobosa,<br />
com freqüência umbilicada; brácteas fusco-<br />
-pálídas; filetes repentinamente atenuados acima da<br />
base, lisa; fôlhas linear-ensiformes. Planta às vezes <strong>de</strong><br />
caule simples, <strong>de</strong> ordinário com ramos compridos e<br />
pouco numerosos. %. Março-Maio. Beira transmontana<br />
: Barca <strong>de</strong> Alva . . . . * A. cerasiferus, Gay<br />
(l) As diferenças entre os dois Géneros Anthericum e Paradisea foram agora<br />
estudadas em Coimbra, pelo distinto naturalista e meu presado amigo A. Mendonça, a<br />
meu pedido, visto que me falta aqui material para o po<strong>de</strong>r fazer <strong>de</strong>vidamente. Cumpre-me<br />
gostosamente agra<strong>de</strong>cer o cuidado e a minudência do trabalho que me enviou e cujos<br />
pontos essenciais ficam acima reproduzidos.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 69<br />
Pág. 127 .— Amplie-se o habitat seguinte:<br />
Aspho<strong>de</strong>lus microcarpus, Viv. (5. aestivus (Brot.), P. Cout.—<br />
De Trás-os-Montes ao Algarve.<br />
Páé. 127.- Substitua-se a parte que diz respeito ao Gen. Paradisea»<br />
152. Paradisea, Mazzuc— Anteras dorsifixas, versáteis ; ovário<br />
ovói<strong>de</strong>-alongado, agudo, com os lóculos multiovulados;<br />
estigma intumecido, 3-lobado; perianto erecto, com as tépalas<br />
3-nérveas (l).<br />
Flores brancas, <strong>de</strong> 2,5-3 cm., dispostas em cacbos multifloros;<br />
estames com as anteras exclusas ou quási; estilete<br />
comprido, saliente; íôlbas largas (7-20 mm. <strong>de</strong> largura).<br />
Planta robusta, <strong>de</strong> 6-12 dm. e mais. %. Junho-Jul. Prados<br />
e bosques das montanhas: Serras do Alto Minho e Alto<br />
Trás-os-Montes: Gerez, Castro-Laboreiro, etc.; serras da<br />
Beira: Alcai<strong>de</strong>, Mata do Fundão.<br />
(z) P. lusitanica (P. Cout.), Samp.<br />
Pág. 127.— AphyllantheS mOnSpeliensiS, L. Suprima-se na Flora o<br />
asterisco, pois vi ultimamente exemplares, coibidos próximo <strong>de</strong> Miranda do Douro.<br />
Pág. 132.— Gagea pratensis, R. et Schultz. b. nova, Samp.—<br />
Inscreva-se numa cbave anteposta à cbave 1:<br />
Bolbos 2 <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> túnica comum; 1 fôlba linear,<br />
curva, basilar, maior q(ue o escapo e 1-3 fôlhas involucraís<br />
<strong>de</strong>siguais. %., . G. pratensis, R. et Scb.<br />
Tépalas <strong>de</strong> 9-16 mm., exteriormente ver<strong>de</strong>s com estreitíssima<br />
orla amarela e internamente esver<strong>de</strong>ado-<br />
-amareladas; flôres 1-2; pedicelos <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong><br />
bractéolas na base; sementes levemente comprimidas.<br />
Março. Vimioso: Pinelo. . * b. nova, Samp.<br />
Bolbos 2 ro<strong>de</strong>ados <strong>de</strong> uma túnica comum 1<br />
Páé. 134 .— Altere-se como abaixo o habitat:<br />
Ornithogalum pyrenaicum, L. — De Trás-os-Montes e Minho<br />
a Monchique.<br />
(l) Veja-se a nota da pág. 68.<br />
(z) Phalangium Liliastrum, Brot.; Paradisea Liliastrum, Henriq.; Paradisea<br />
Liliastrum b. lusitanica, P. Cout. j Anthericum lusitanicum (P. Cout.), Samp.
7o António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 135.— Scilla verna, Huds. e Sc. Ramburei, Bss.:<br />
Substitua-se na Flora a cbave 7:<br />
Bolbo pequeno (10-15 mm. <strong>de</strong> diâm. transv.); flôres<br />
pouco numerosas, abrindo todas à mesma altura, a<br />
formarem corimbo <strong>de</strong>nso; perianto azul-claro; fôlhas<br />
2-5, com 2-5 mm. <strong>de</strong> largura, <strong>de</strong> ordinário menores que<br />
o escapo. Planta medíocre, com o escapo <strong>de</strong> 1-3 dm.<br />
%. Abril-Jun. Alto Minho e Alto Trás-os Montes ?<br />
* Sc. verna, Huds.<br />
Bolbo majúsculo (18-25 mm. <strong>de</strong> diâm. transv.); flôres<br />
dispostas em cacbo; fôlhas <strong>de</strong> ordinário maiores que o<br />
escapo . 7 bis<br />
Flores azuis, inodoras, com as tépalas acutiúsculas; cacbo<br />
multifloro (até 30 flôres), por fim muito alongado e com<br />
pedicelos compridos (15 a 50 mm.); fôlhas com 3-10<br />
mm. <strong>de</strong> largura. Planta freqüentemente elevada, com o<br />
escapo <strong>de</strong> 1-6 dm. %. Março-Jun. Trás-os-Montes,<br />
7 , Minho, Beiras, Estrem., Alent. (t) Sc. Ramburei, Bss.<br />
bis I Flores intensamente azul-violáceas, cbeirosas, com as<br />
tépalas obtusas ; cacbo paucifloro (até 12 flôres), sempre<br />
curto e com pequenos pedicelos (5-10 mm.); fôlhas<br />
com 2-4 mm. <strong>de</strong> largura. Planta pouco elevada, com o<br />
escapo <strong>de</strong> 0,6-1,2 dm. %. Eev.-Março. Algarve.<br />
; . . Sc. odorata, Hoffgg. et Llc.<br />
Pág. 136.— Scilla hispânica, Mill. 3. patula (DC). Corte-se-lhe<br />
o asterisco e inscreva-se-lhe o habitat — Serra da Gardunha, Alto Alentejo.<br />
Pág. 136.— Dipcadi SerOtinum (L.), Medic. — Encontrado próximo<br />
<strong>de</strong> Miranda do Douro, <strong>de</strong>vendo o seu habitat corriéir-se — De Trás-os- Montes<br />
ao Algarve.<br />
Pág. 138.— Asparagus officinalis, L. e A. tenuifolius, Lam.—<br />
Substitua-se a cbave 4 e tire-se o asterisco a esta última espécie:<br />
(l) Scilla beirana, Samp.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 7i<br />
Cladódios 3-8 em cada fascículo; pedicelos compridos,<br />
articulados próximo do meio; anteras oblongas, tão<br />
compridas como os filetes. Planta <strong>de</strong> 3-15 dm., com<br />
turiões carnudos, brancos, comestíveis. 2f. Junho-Jul.<br />
Cultiv. e às vezes subespontâneo. (Orig. da Europa).<br />
. . . Espargo. A. officinalis, L.<br />
Cladódios 8-30 em cada fascículo; pedicelos muito compridos,<br />
articulados sôb a flôr; anteras ovói<strong>de</strong>-globosas,<br />
maiores que os filetes. Planta <strong>de</strong> 4-6 dm., com turiões<br />
<strong>de</strong>lgados, <strong>de</strong> sabor doce. U. Junho-Jul. Alentejo litoral<br />
(O<strong>de</strong>mira). . . . Espargo bravo. A. tenuifoüus, Lam.<br />
Familia 27 — Amarilidáceas<br />
Substitua-se na Chave dos Géneros a chave 1 pelas duas seguintes:<br />
Flores solitárias ou dispostas em umbela. Plantas bulbosas,<br />
com o caule florífero áfilo e simples (escapo),<br />
<strong>de</strong> ordinário não superior a 6 cm .2<br />
Flores muito numerosas, dispostas em panícula ampla,<br />
num eixo ramoso e bracteado muito gran<strong>de</strong>β-8 III.).<br />
Plantas com espique muito curto ou arborescente, terminado<br />
em roseta <strong>de</strong> fôlhas; fôlhas gran<strong>de</strong>s (1-2 III. <strong>de</strong><br />
comprimento), carnudo-fibrosas, espinboso-marginadas<br />
e terminadas em espínbo muito ou pouco vulnerante<br />
1 bis<br />
Flores erectas, com o perianto gamotépalo e os estâmes<br />
e estilete muito salientes. Plantas com o espigue muito<br />
curto e as fôlhas terminadas em espinho muito vulnel<br />
rante Agave, L., pág. 72<br />
bis Flores pen<strong>de</strong>ntes, com as tépalas e estâmes livres; estâmes<br />
inclusos. Planta com o espigue arborescente e as fôlhas<br />
terminadas em espinho não ou pouco vulnerante<br />
Fourcroya, Vent., pág. 73<br />
Pág. 141.— Narcissus Bulbocodium x reflexus, Fernan<strong>de</strong>s —<br />
Inclua-se na chave 6 :
72 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Escapo roliço; tépalas estreitas, subpatentes, um pouco<br />
menores que a coroa; 3 estames maiores e 3 menores.<br />
Planta 1-flora, 2-folia, com as fôlhas estreitas. %. Serra<br />
do Gerez, com os progenitores.<br />
* N. Bulbocodium X reflexus, Fernan<strong>de</strong>s<br />
Fscapo subroliço; tépalas estreitas, sublineares, ascen<strong>de</strong>ntes<br />
; estames subiguais. Planta 1-flora, com as fôlhas<br />
estreitas. 2f. Minho, com os progenitores.<br />
. . . . * N. Bulbocodium x pseudo -Narcissus, Bak.<br />
Fscapo comprimido; tépalas lanceoladas, subpatentes;<br />
3 estames maiores e 3 menores. Planta 1-2-flora, com<br />
as fôlhas largas.<br />
* IM. pseudo-Narcissus x reflexus (fíenriq.)<br />
Pág. 142.— NarCiSSUS CalCÍCOla, A. Mendonça. Inclua-se numa<br />
chave intermédia 15 bis :<br />
Fôlhas erectas, <strong>de</strong> 10-20 cm. por 2-4 mm., quási do tamanho<br />
do escapo, canalículadas superiormente e troncado-<br />
-bicostadas inferiormente, glaucas, lisas; escapo subcom-<br />
15 } primido, 1-4-floro. %. Fevereiro-Março. Nas fendas das<br />
bis rochas do massiço calcáreo <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />
. . N. calcicola, A. Mendonça.<br />
Fôlhas mais ou menos prostradas ou contorcidas; flôres<br />
menores . . . . . . 16<br />
Na chave 16, na 3. a<br />
linha da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> N. scaberulus leia-se— com as tépalas<br />
um pouco menores que a coroa ou quási do mesmo tamanho.<br />
Na páá. 143 substitua-se como seéue tôda a parte correspon<strong>de</strong>nte á í ' ": amíliall<br />
Suhíamília II — A^avói<strong>de</strong>a.s<br />
Plantas <strong>de</strong> origem americana, com espique rudimentar ou<br />
arborescente, terminado por uma coroa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s fôlhas; flôres<br />
paniculadas, num eixo bracteado e ramoso muito gran<strong>de</strong>,<br />
177. Agave, L.— Flores muito numerosas, dispostas em<br />
panícula <strong>de</strong> cimeiras corimbiformes muito ramosa; perianto<br />
regular, tubuloso-afunilado, 6-partido; estames inseridos nas<br />
tépalas, muito salientes, com os filetes filamentosos e as anteras<br />
lineares; estilete muito saliente, subcilíndrico, com estigma
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 73<br />
3-lobado; cápsula trigonal, polispérmica; sementes planas.<br />
Plantas com fôlhas espessas, carnudo-fibrosas, espinhosas na<br />
margem e no cimo.<br />
Flores amarelo-esver<strong>de</strong>adas; eixo florífero e frutífero muito<br />
gran<strong>de</strong> (até 6-8 III.), com os ramos erecto-patentes; espicjue<br />
muito curto, rudimentar; fôlhas gran<strong>de</strong>s (1-2 III..),<br />
glaucescentes, terminadas em espinho castanho-escuro,<br />
muito vulnerante. t . Maio-Agosto. Cult. e subespont. nas<br />
sebes, margens dos campos e caminhos (freqüente).<br />
Piteira. A. americana, L.<br />
Fôlhas ver<strong>de</strong>s estriadas ou marginadas <strong>de</strong> amarelo, ou<br />
amarelas estriadas ou marginadas <strong>de</strong> ver<strong>de</strong>. Cult.<br />
(3. variegata<br />
177 bis. Fourcroya, Vent.— Flores pen<strong>de</strong>ntes; perianto com<br />
as tápalas e os estames livres; estames inclusos, com os filetes<br />
intumecidos na base, bem como o estilete; espique arborescente,<br />
simples, com as fôlhas marcescentes, as vivas direitas e erectas,<br />
levemente canaliculadas, terminadas em espinho fraco, pouco<br />
vulnerante.<br />
Flores esbranquiçadas, fasciculadas, articulado-caducas (infecundas)<br />
; eixo florífero <strong>de</strong> 5-8 III., com os ramos pen<strong>de</strong>nte-<br />
-patentes e numerosos bulbilhos na axila das brácteas<br />
florais; fôlhas ver<strong>de</strong>-amareladas; espique até 1 III. <strong>de</strong><br />
altura. | . Abril-Jul. Cult. e subespont. nas sebes e valados<br />
do litoral algarvio (freqüente) . . * F. gigantea, Vent.<br />
Família 29 — Iridáceas<br />
Pág. 146.— IriS biflOrã, L. Foi encontrado em Moncorvo; emen<strong>de</strong>-se o seu<br />
habitat— Trás-os-Montes (Moncorvo), Beira, Estremadura.<br />
Pág. 148.— GladiOlUS ilIyriCUS, Koch. Var. Acentuem-se melhor as<br />
diferenças entre as suas varieda<strong>de</strong>s pela forma seguinte:<br />
Fspata maior chegando ou exce<strong>de</strong>ndo a 1<br />
/ í do perianto; ramos<br />
do estilete dilatados repentinamente em lâmina<br />
ovada; sementes com ása estreita. Principalmente no<br />
Norte e Centro . a. genuinus<br />
10
74 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Espata maior não chegando a 1/2 do perianto; ramos do estilete<br />
dilatados insensivelmente em lâmina espátula da;<br />
sementes com ása larga. Planta <strong>de</strong> ordinário com menor<br />
porte e com as fôlhas mais estreitas. Principalmente no<br />
Centro e Sul b. Reuteri, Bss.<br />
Família 31 — Orquidáceas<br />
Pág. 152. — OrChiS tri<strong>de</strong>nfata, Scop. — Foi também encontrada no<br />
Algarve; o seu habitat fica pois — Beira, Estrem., Alent. litoral e Algarve.<br />
Pág. 153.— Orchis incarnata, L., c. ambígua (Guim.). Apareceu<br />
mais em Bragança e na Serra <strong>de</strong> Nogueira; alargue-se-lhe o habitat conhecido — TraS-<br />
-os-Montes e Beira litoral.<br />
Pág. 154.— Serapias longipetala (Ten.), Poli. e S. Língua, L.<br />
Precisem-se melhor as distinções <strong>de</strong>stas espécies, substituindo a chave 3 :<br />
Labelo com 2 calosida<strong>de</strong>s na base; tépalas 2 internas<br />
contraídas em ponta assovelada; brácteas muito maiores<br />
que as flôres; espiga 1-8-flora. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm. 4.<br />
Maio-Jun. Prados, arrelvados: Beira, Estrem. e Alentejo<br />
(pouco freqüente) . . S. longipetala (Ten.), Poli.<br />
3 Labelo com 1 só calosida<strong>de</strong> na base; tépalas 2 internas<br />
atenuado-acuminadas; brácteas <strong>de</strong> ordinário do tamanho<br />
das flôres ou pouco maiores; espiga 2-4-flora.<br />
Planta <strong>de</strong> menor porte, 1-3 dm. 4. Abril-Jun. Lugares<br />
incultos, arrelvados, pinhais (vulgar) . . S. Língua, L.<br />
(seguem as formas da S. Língua como na Flora)<br />
Pág. 155.— Platanthera bifolia (L.), C. Rich . — Foi colhida na Serra<br />
da Louzã; o habitat conhecido é— Trás-os-Montes, Minho, Beira litoral.<br />
Pág. 155.— Gennaria diphylla (Lk.), Parl. — Colhida à beira da estrada<br />
que <strong>de</strong> Cascais conduz à Boca do Inferno, ficando o seu habitat — Arredores<br />
<strong>de</strong> Cascais, Serra da Arrábida, Setúbal, Azeitão, Milfontes.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 75<br />
DICOTILEDÓNEAS<br />
Família 32 — Salicáceas<br />
Pág. 160.— Salix cinérea, L. e S. atro-cinerea, Brot.<br />
Substitua-se a cbave 11 da Flora pelas duas seguintes:<br />
Gemas <strong>de</strong> ordinário tomentoso-esbranç[uiçadas; rebentos<br />
mais ou menos tomentosos ou pubescentes. . 11 bis<br />
11 S Gemas glabras; rebentos glabros ou glabrescentes; fôlKas<br />
terminadas com freqüência em pequena ponta dobrada<br />
em goteira . . . . 12<br />
Àmentilhos centrífugos (com as flôres evolucionando<br />
sucessivamente do cimo para a base); filetes glabros,<br />
ou só peludos na base; rebentos esbranquiçado-tomentosos;<br />
f ôlbas acinzentadas nas duas páginas e tomentosas<br />
na inferior, elípticas ou obovado-lanceoladas. | .<br />
Fev.-Março. Margens dos rios, lugares húmidos: Aqui<br />
e ali, principalmente no Norte (pouco freqüente), (l)<br />
Borrazeira, S. cinérea, L.<br />
11 J Âmentilbos centrípetos (com as flôres evolucionando da<br />
bis base para o cimo); filetes peludos, com freqüência até<br />
ao meio; rebentos escuros, mais ou menos pubescentes,<br />
às vezes glabrescentes (forma glabrescens); f ôlbas<br />
intensamente ver<strong>de</strong>s na página superior e na inferior,<br />
glauco-tomentosas, tornando-se rápidamente glabras<br />
ou quási, largamente lanceoladas ou oblongo-lanceoladas.<br />
1?. Fev.-Março. Margens dos rios e ribeiros, lugares<br />
húmidos: quási todo o país (freqüente).<br />
Salgueiro preto, Borrazeira preta. S. atro-cinerea, Brot.<br />
Família 37 — Cupulíferas<br />
Pág. 164.— Quercus lusitanica X toza, P. Cout., formas:<br />
Amplie-se a chave 3, colocando a seguir à <strong>de</strong>scrição sumária dêste híbrido as duas<br />
formas seguintes:<br />
(l) Creio que a S. cinerea é pouco freqüente em Portugal, misturada e confundida<br />
com a espécie broteriana. Tenho no meu Herbário um exemplar muito completo e muito<br />
característico da S. cinerea colhido em Bragança, no ano <strong>de</strong> 1878.
76 António Xaviei Pereira Coutinho<br />
Fôlhas medíocres (5-8 cm.), penatilobadas. Arbustos. t .<br />
Com os progenitores. . Q. lusitanica X toza, P. Cout.<br />
Fôlhas onduladas, bastante reticuladas na página<br />
superior, ténue e <strong>de</strong>nsamente tomentosas na página<br />
inferior, com o tomento esbranquiçado-esver<strong>de</strong>ado;<br />
raminbos glabros, avermelhados; frutos pedunculados,<br />
2-4 em cada pedúnculo; pedúnculo <strong>de</strong>lgado,<br />
tomentoso. Trás-os-Montes: arredores do Vimioso.<br />
Forma alpestris X pyrenaica, P. Cout.<br />
Fôlhas planas, pouco reticuladas na página superior,<br />
espessa e <strong>de</strong>nsamente tomentosas na página inferior,<br />
com o tomento branco ou esbranquiçado; raminhos<br />
tomentosos, acinzentados; frutos <strong>de</strong>sconhecidos.<br />
Beira lit.: arredores <strong>de</strong> Coimbra (rara).<br />
. . . . Forma baetica x roza (vulgaris), P. Cout.<br />
Pág. 166.— (Chave 7). Quercus Salzmanniana (Webb), P.<br />
Cout.; Q. lusitanica var. Salzmanniana, Webb Iter Hisp. (1838);<br />
Q. MirbeckH, Dur. in Duch. ReV. Bot. (1847). Consi<strong>de</strong>rado na Flora<br />
como subespécie, inscreva-se agora como espécie, do seguinte modo :<br />
Fôlhas coriáceas, <strong>de</strong> 9-15 pares <strong>de</strong> nervuras laterais (l) regulares<br />
e <strong>de</strong> limbo plano, tomentoso-flocosas na página<br />
inferior (bem como os raminhos) com o tomento muito<br />
caduco, persistindo apenas alguns flocos <strong>de</strong> pêlos estrelados<br />
junto à nervura principal; fôlhas <strong>de</strong> ordinário gran<strong>de</strong>s<br />
(6-11 cm.), crenado-sublobadas ou obtusamente serradas;<br />
frutos sésseis ou subsésseis. Arvore, menos vezes arbusto.<br />
t . Abril. Baixo Alent. lit. (Vila Nova <strong>de</strong> Milfontes),<br />
Algarve (Serra <strong>de</strong> Monchique, Picota)<br />
Q. Salzmanniana (Webb), P. Cout.<br />
Pág. 166.—Quercus lusitanica x Robur, P. Cout., formas.<br />
Substitua-se como abaixo a primeira parte da chave 8:<br />
(l) Na 1.* linha da <strong>de</strong>scrição da Q. lusitanica, Lam. (pág. 165, Chave 7) on<strong>de</strong> se<br />
lê — 7-l5 pares <strong>de</strong> nervuras — leia-se — 7-12 pares <strong>de</strong> nervuras — e na 4. a<br />
linha, que<br />
começa — ou não — cortem-se estas duas palavras.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 77<br />
Árvore ou arbusto elevado; fôlhas membranosas ou subcoriáceas,<br />
subpenatiíendidas ou sinuado-lobadas ou<br />
fundamente <strong>de</strong>ntadas; frutos pedunculados, com o pedúnculo<br />
<strong>de</strong>lgado. Com os progenitores<br />
Q. lusitanica X Robur, P. Cout.<br />
Fôlbas planas ou onduladas, <strong>de</strong> 7-11x3-5 cm., inciso-serradas<br />
com os segmentos ou <strong>de</strong>ntes agudos<br />
mucronados e ascen<strong>de</strong>ntes, mais ou menos tomentosas<br />
na página inferior; raminbos tomentosos;<br />
pedúnculos frutíferos medíocres (2-5 cm.). Arvore.<br />
Beira lit. (Coimbra, Foja) e Estrem. (Sintra)<br />
forma faginea X Robur, P. Cout.<br />
Fôlbas onduladas, <strong>de</strong> 4-6x2,5-3 cm., subcoriáceas,<br />
bastante reticuladas na página superior, penatifendido-<strong>de</strong>ntadas,<br />
com os segmentos ou <strong>de</strong>ntes agudos<br />
e mucronados mais ou menos patentes, tomentosas<br />
na página inferior; raminbos glabros; frutos <strong>de</strong>sconhecidos.<br />
Trás-os-Montes: Vimioso<br />
forma alpestris X Robur, P. Cout.<br />
Fôlbas subplanas, <strong>de</strong> 6-12 x 3-6 cm., sublobadas ou<br />
subpenatifendído-lobadas, com os lóbulos ou segmentos<br />
obtusos e múticos, mais ou menos pubescentes<br />
na página inferior sobretudo junto às nervuras<br />
; raminbos tomentosos; pedúnculos curtos<br />
(1,5-3,5 cm.). Arvore ou arbusto. Beira lit. (Coimg<br />
bra) e Estrem. (Caldas da Rainha)<br />
forma baeticax Robur, P. Cout.<br />
Pág. 166.— Na chave 10, <strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>scrição do Sobreiro, intercale-se —<br />
Quási todo o ano, sobretudo Abril-Jul. Espontâneo e cultivado,<br />
etC. — e mais abaixo emen<strong>de</strong>-se — Sobreiro, Sobro. Q. Sllber, L.<br />
Pág. 167.— Quercus llex x Suber, P. Cout. (l)<br />
(l) Comunicou-me em carta o meu antigo discípulo e amigo sr. Vieira Nativida<strong>de</strong>,<br />
da Estação <strong>de</strong> Experimentação Florestal do Sobreiro, que o estudo anatómico da casca<br />
dêste híbrido lhe mostrou que, nas sucessivas peri<strong>de</strong>rmes, o tecido suberoso tem muito<br />
maior <strong>de</strong>senvolvimento que na Azinheira; a cortiça é tipicamente a do Sobreiro, e as<br />
peri<strong>de</strong>rmes são mais extensas, constituindo como que um termo <strong>de</strong> transição entre as<br />
peri<strong>de</strong>rmes curtas e dispostas em arcos sobrepostos da Azinheira e a peri<strong>de</strong>rme contínua<br />
do Sobreiro. Tais dados anatómicos, muito interessantes, corroboram pois os dados morfológicos<br />
em que se fundamenta a origem <strong>de</strong>sta árvore.
António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 167.— Quercus llex, L. a. genuína, P. Cout., formas.<br />
Enumerem-se como segue :<br />
Fôltias ovadas ou ovado-oblongas, <strong>de</strong>ntado-espínkosas ou<br />
subinteíras. (freqüente) 1. vulgaris<br />
Fôlhas ovado-lanceoladas (4-6x1,5-2,5 cm.), inteiras ou<br />
sub<strong>de</strong>ntado-mucronadas, <strong>de</strong> côr ver<strong>de</strong>-viva e lustrosa na<br />
página superior, vestidas na página inferior <strong>de</strong> tomento<br />
ténue esbranquiçado-esver<strong>de</strong>ado. Trás-os-Montes: próx.<br />
ao Vimioso. . . Carrasco-loureiro. 2. laurifolia, Laguna<br />
Fôlhas lanceoladas, inteiras. Trás-os-Montes: Bragança<br />
3. lanceolata.<br />
Família 39 — Lorantáceas<br />
Pág. 174.— Viscum aibum, L. e V. cruciatum, Sieb.<br />
Substitua-se a seguir à <strong>de</strong>scrição do Género Viscum :<br />
Fascículos florais sésseis; baga globosa, branca, subtranslúcida.<br />
Arbusto <strong>de</strong> 2-5 dm., com os ramos opostos. | .<br />
Março. Parasita sôbre as pereiras e maceiras: Alto Minho<br />
(Valadares) e Estrem. (arred. <strong>de</strong> Sintra)?<br />
Visco branco. V. álbum, L.<br />
Fascículos florais pedunculados; baga globosa, vermelha.<br />
Arbusto <strong>de</strong> 1,5-4 dm., com os ramos opostos ou vertícilados.<br />
t - Abril-Maio. Parasita sôbre as oliveiras: arredores<br />
<strong>de</strong> Portalegre. . Visco das Oliveiras. V. cruciatum, Sieb.<br />
Família 40 — Santaláceas<br />
Pág. 175.— Thesium humile, Vahl.<br />
Inclua-se, modificando como segue as duas últimas linhas da chave 1:<br />
Limbo persistente do perianto formando sôbre o fruto<br />
um apêndice bastante menor do que ele. Plantas <strong>de</strong><br />
1-4 dm., erectas ou ascen<strong>de</strong>ntes 1 bis
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 79<br />
Plantas vivazes, <strong>de</strong> 2-4 dm., com a raiz grossa e as flôres<br />
dispostas em panícula 2<br />
Planta anual <strong>de</strong> 1-1,6 dm., multícaule, com a raiz <strong>de</strong>lgada<br />
e as flôres dispostas em cacho simples, espiciforme,<br />
folhoso; fruto elipsói<strong>de</strong>, nervoso, muito menor que a<br />
folha floral e com o perianto persistente bastante curto;<br />
fôlhas superiores enrolado-ásperas. ©. Maio. Estrem.:<br />
Praia das Maçãs Th. humile, Vahl.<br />
Familia 40 bis — Cinomoriáceas<br />
Flores poligâmicas ou monóicas ou dióicas, reunidas em<br />
espiga <strong>de</strong>nsa e <strong>de</strong> eixo carnudo; perianto com 1-5 tépalas livres,<br />
ou nulo; estames 1-4 ou mais, livres ou mona<strong>de</strong>lfos, com as<br />
anteras <strong>de</strong>iscentes longitudinal ou transversalmente; ovário<br />
ínfero ou semi-ínfero, 1-locular, com 1 só óvulo (às vezes nulo<br />
e diferenciando-se então o saco embrionário no parênquima do<br />
carpelo) e com 1 estilete e 1 estigma; fruto um aquénio ; embrião<br />
rudimentar e albumen oleaginoso. Hervas <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> clorofila,<br />
com as fôlhas substituídas por escamas, e parasitas das<br />
raízes das plantas ver<strong>de</strong>s.<br />
221 bis. Cynomorium, Mich.— Flores poligâmicas, bracteoladas<br />
na base, misturadas na mesma espiga as masculinas, as<br />
femininas e as hermafroditas; perianto com 1-5 tépalas; 1<br />
estame, com a antera longitudinalmente <strong>de</strong>iscente; ovário 1-ovulado;<br />
aquénio com o pericarpo ténue, subcoríáceo; semente<br />
subglobosa.<br />
Planta vermelho-escura, com rizoma ramoso e caules erectos<br />
<strong>de</strong> 2-3 dm., escamosos, terminados em espiga multiflora<br />
muito <strong>de</strong>nsa, <strong>de</strong> eixo aclavado, crasso e comprido; brácteas<br />
peitadas, primeiro imbricadas <strong>de</strong>pois remotas e por fim<br />
caducas. %. Março-Jun. Nas raízes das plantas das areias<br />
marítimas (Salsola vermiculata, etc). Algarve: Vila Nova<br />
<strong>de</strong> Portimão, praia da Rocha . . . . C. coccineum, L
8o António Xavier Pereira Coutinho<br />
Familia 43 — Timeleáceas<br />
Pág. 177.— Thymelaea VillOSa (L), Endi. Inscreva-se o seu habitat —<br />
Alentejo lit., Algarve: Monchique, Cachopo, S. Braz <strong>de</strong> Alportel.<br />
Familia 44 — Poligonáceas<br />
Pág. 180.— Rumex papillaris, Bss. et Reut.<br />
Substitua-se na Flora a chave 11 :<br />
Fôlhas vestidas nas duas páginas <strong>de</strong> pêlos <strong>de</strong>nsos, curtos,<br />
papiriformes, subviscosos, levemente crespas nas margens,<br />
um tanto carnudas; panícula muito ramosa,<br />
contraída, mais ou menos <strong>de</strong>nsa; fôlhas basilares<br />
oblongo-lanceoladas, com as aurículas agudas e <strong>de</strong><br />
ordinário <strong>de</strong>sigualmente 2-fendídas.4. Abril-Agosto.<br />
Caminhos, prados, arrelvados, terras cultivadas: quási<br />
todo o país (freqüente) . . R. papillaris, Bss. et Reut.<br />
Fôlhas nem papilosas nem subcarnudas, planas; panícula<br />
menos ramosa e mais frouxa; fôlhas basilares<br />
ovado-oblongas 12<br />
Pág. 182. — Polygonum pulchellum, Lois. Inscreva -se o habitat —<br />
Alto Alentejo, Algarve: próximo <strong>de</strong> Faro (Arabia).<br />
Familia 45 — Quenopodiáceas<br />
Pág. 184 e 185.— Nas chaves dos Géneros substitua-se a chave 1, e intercale-se<br />
entre as chaves 6 e 7 uma outra 6 bis.<br />
6<br />
bis<br />
Caule contínuo; fôlhas planas ou subplanas . . . . 2<br />
Caule contínuo; fôlhas muito carnudas ou subroliças<br />
ou semi-roliças 6<br />
Caule articulado 6 bis<br />
Fôlhas alternas, amplexicaules, semi-globosas<br />
Halopeplis, Bunge. pág. 81<br />
Fôlhas opostas, a<strong>de</strong>rentes na base, escamíformes . . 7
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />
Pág. 189.— Atriplex roseum, L. b. íoliosum (Fk.), P. Cout.<br />
Substitua-se a chave 4 :<br />
Planta anual, ascen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> 3-8 dm.; fôlhas mais ou<br />
menos sínuado-<strong>de</strong>ntadas, <strong>de</strong>ltói<strong>de</strong>o-ovadas ou ovado-<br />
-oblongas; flôres axilares, formando espigas folhosas<br />
até ao cimo; bractéolas frutíferas largamente ovado-<br />
-triangulares, <strong>de</strong>ntadas; ramos caulinares divaricados.<br />
0. Junho-Set. Terrenos argilosos ou pedregosos, das<br />
regiões interiores, areias e salgadiços do litoral: Trás-<br />
^ -os-Montes, Minho, Beiras, Alentejo lit. e Algarve<br />
A. roseum, L.<br />
Espigas folhosas nuas ou subnuas na extremida<strong>de</strong>;<br />
bractéolas frutíferas rombói<strong>de</strong>o-subtrilobadas, não<br />
ou pouco <strong>de</strong>ntadas; ramos caulinares erecto-patentes.<br />
Abril-Set. Areias marítimas: Estremadura e<br />
Alentejo lit b. íoliosum (Lk.), P. Cout.<br />
Plantas arbustivas, subarbustivas ou vivazes; fôlhas inteiras<br />
ou subinteiras . . . " 5<br />
Pág. 189. Substitua-se :<br />
Tribu IV.— Salicórneas — Flores hermafroditas, dispostas em<br />
glomérulos 3-floros na axila <strong>de</strong> brácteas ou parecendo incluídos<br />
em escavações do eixo, e reunidos em espigas estrobiliformes.<br />
Plantas com caules aparentando articulados.<br />
E acrescente-se:<br />
236 bis. Halopeplis, Bunge. — Flores 3 <strong>de</strong> cada glomérulo,<br />
mais ou menos a<strong>de</strong>rentes entre si e com as pare<strong>de</strong>s da cavida<strong>de</strong><br />
florífera, inclusas ; perianto tetragonal, 3-<strong>de</strong>nticulado ; estame 1;<br />
pericarpo membranoso; sementes com tegumento papiloso, embrião<br />
arqueado e albumen abundante. Planta com as fôlhas<br />
alternas.<br />
Fôlhas semi-globosas, amplexicaules, obtusas; espigas sésseís,<br />
alternas, <strong>de</strong>nsifloras, racimosas. Planta <strong>de</strong> 5-25 cm.,<br />
glauca, ramosa da base, com os ramos nodosos, parecendo<br />
articulados. 0 Abril-Set. Algarve: entre Faro e Olhão<br />
H. amplexicaule (Vahl), M. Stbg.<br />
ti
82 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 189.—Género Arthrocnemum, M o q.-T. — Acrescente-se.no fím<br />
"da <strong>de</strong>scrição : Planta com fôllias opostas, escamiformes e a<strong>de</strong>rentes<br />
na base.<br />
Pág. 189. — Arthrocnemum macrostachyum (Moric), Morís<br />
et Delp. var.<br />
Acrescentem-se, abaixo da <strong>de</strong>scrição da especie:<br />
.Ramos primários e ramos floríferos erectos. Centro e Sul<br />
r (freqüente)
19<br />
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 83<br />
Planta suberecta, glabra, ver<strong>de</strong>; asas do perianto frutífero<br />
rosadas. Menos {requente que
António Xavier Pereira Coutinho<br />
Maio-Set. Areias marítimas e salgadiços: Centro e Sul.<br />
S. marginata (DC), Kittel<br />
Semente com ása rudimentar ou nula ; cápsula com<br />
freqüência menor (cerca <strong>de</strong> 5 mm.) e subinclusa.<br />
Planta prostrada, <strong>de</strong> ordinário bastante comprida<br />
(até 4 dm.). Baixo Alent. lit. . β. angustata, Clav.<br />
Pétalas rosadas, ou rosado-purpúreas ou rosado-violáceas<br />
3<br />
Sementes aladas, com ása larga e fímbriada; pedicelos<br />
frutíferos 2-3 vezes maiores que a cápsula; cápsula um<br />
pouco menor que o cálice; pétalas sensivelmente maiores<br />
que as sépalas. Planta prostrado-ascen<strong>de</strong>nte. %.<br />
Maio-Jun. Algarve: Faro. . . * S. fimbriata, Bss.<br />
Sementes ápteras, granulosas 4<br />
Fôlkas sublineares, subroliças ou semi-roliças; caules<br />
roliços ; pedicelos frutíferos <strong>de</strong> ordinário maiores que a<br />
cápsula; cápsula <strong>de</strong> 6-7 mm., saliente do cálice; pétalas<br />
sensivelmente maiores que as sépalas. Planta prostrado-<br />
-ascen<strong>de</strong>nte ou ascen<strong>de</strong>nte, mais ou menos papiloso-<br />
-glandulosa ou glabrescente. %. Maio-Set. Rochedos da<br />
beira-mar: quási tôda a costa . . S. rupicola, Lebei.<br />
Sementes menos granulosas, às vezes com um rudimento<br />
<strong>de</strong> ása parcial; cápsula menor (cerca <strong>de</strong><br />
5 mm.), subinclusa. Planta <strong>de</strong> ordinário alongada<br />
(até 4 dm.). Com o tipo.<br />
É. Guimaraesii (Fouc), P. Cout.<br />
Sementes sublisas. Planta kumil<strong>de</strong> (4-11 cm.), com a<br />
raiz bastante grossa, os entre-nós curtos e as fôlhas<br />
aproximadas ; pedicelos subcapilares ; flôres pequenas<br />
; cápsula <strong>de</strong> 4 mm. subinclusa. Alent. litoral.<br />
'/. crassipes (Samp.), P. Cout.<br />
Folkas linear-linguiformes, ackatadas ; caules ackatados,<br />
sub-bigúmeos ; pedicelos frutíferos quási do tamanko da<br />
cápsula; cápsula quási do tamanho do cálice. Planta<br />
mais ou menos papiloso-glandulosa. %. Maio-Jul. Cabo<br />
<strong>de</strong> S. Vicente?. . . . * S. azorica (Kindb.), Lebel.<br />
existência <strong>de</strong>sta última espécie na costa portuguesa é bastante duvidosa.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 85<br />
Pág. 205.— Na última linha da chave 7 leia-se: Caules ereCTOS OU<br />
ascen<strong>de</strong>ntes, ou prostrados e não radicantes . . . . . . . . 8.<br />
Pág. 205. — Na primeira linha da chave 9 leia-se: Pétalas pUrpÚreO-<br />
-violáceas, obovadas, etc.<br />
Pág. 207. (cbave 2)— Amplíe -se o habitat da seguinte especie e suhstitua-se<br />
a <strong>de</strong>scrição da var.:<br />
Sagina marítima, D. Don. — Minho, Estrem. (Estoril).<br />
Pág. 209.<br />
como abaixo :<br />
f<br />
Planta maís <strong>de</strong>lgada, com os entre-nós mais compridos e<br />
os pedicelos subcapilares; pétalas <strong>de</strong> ordinário nulas.<br />
Minho, Alent. lit . β. <strong>de</strong>bilis (Jord.), Bab.<br />
Alsine Juressi, (Willd.). Inclúa-se na chave 4, modificada<br />
Sépalas todas 3-nérveas; fôlhas planas, agudas ou acutiúsculas,<br />
mais ou menos arqueadas, rígidas; cimeira<br />
frouxa, <strong>de</strong> ordinário pauciflora. Planta com os ramos<br />
do rizoma sublenhosos, compridos, <strong>de</strong>lgados, e com os<br />
caules floríferos <strong>de</strong> 5-15 cm. %. Junho-Agosto. Fendas<br />
das rochas, arrelvados: Serra da Estrela<br />
Minuartia verna (L.), Hiern.<br />
Sépalas externas 5-7-nérveas; fôlhas subprismáticas,<br />
obtusas ou obtusiúsculas, <strong>de</strong> ordinário recurvadas no<br />
cimo; cimeira habitualmente <strong>de</strong>pauperada, 1-3 flora.<br />
Planta com os ramos do rizoma lenhosos, grossos e<br />
tortuosos, e com os caules floríferos <strong>de</strong> 3-10 cm. %.<br />
Julho-Set. Terrenos pedregosos, arrelvados: Serras do<br />
Gerez e da Estrela. M. recurva (All.), Sching et Thell.<br />
Fôlhas agudas ou acutiúsculas, mais ou menos recurvadas<br />
no cimo; flôres com pedicelos mais compridos.<br />
Com o tipo . . . . * ß. Juressi (Willd.)<br />
As espécies incluídas no Género Alsine da Flora, estão hoje consi<strong>de</strong>radas geral<br />
mente no Género Minuartia. (l)<br />
(l) As espécies indicadas na Flora no Género Alsine passam pois a <strong>de</strong>nominar-se<br />
— Minuartia dichotoma, Loefl. — M. tenuiíolia (L.), Hiern. — M. geniculata (Poir.),<br />
Thell. — M. verna (L.), Hiern. — M. recurva (Ali.); Sching et Thell. — As varieda<strong>de</strong>s da<br />
M. tenuiíolia são — a.. Vaillaníiana (DC), Aschers, et Graebn. — ß. laxa (Jord.),<br />
Sching et Kell. — y. hybrida (Vill.), Briquet — §. <strong>de</strong>nsiflora (Vis.). Por último a varie<br />
da<strong>de</strong> da M. geniculata é — V. herniarifolia (Desf.), Aschers, et Graebn.
86 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 211.— Sfellaria, L,.— Na segunda linta da <strong>de</strong>scrição dêste Género<br />
acrescente-se — corola com 5 pétalas 2-partida sou 2-fendidas, brancas<br />
(raras vezes nulas); estames, etc.<br />
Pág. 214.— Melandryum glutinosum, Rouy.<br />
Acrescente-se ao seu habitat — Beira meridional: Castelo Novo.<br />
Pág. 214.— Eudyanthe coeli-rosa (L.), Rcbb.<br />
Inclua-se esta espécie a seguir à <strong>de</strong>scrição do Género:<br />
Cálice frutífero alongado-aclavado, <strong>de</strong> 15-25 mm. <strong>de</strong> comprimento,<br />
contraído no cimo, não umbilicado na base,<br />
fundamente sulcado e com rugas transversais nos sulcos;<br />
carpóforo quási do tamanbo da cápsula; corola majúscula<br />
(20-25 mm. <strong>de</strong> diam.), com as pétalas 2-lobadas.<br />
Planta erecta, <strong>de</strong> 3-6 dm., simples ou ramosa, com as<br />
folbas lineares. O E. coeli-rosa (L.), Ricb.<br />
Cálice por fim <strong>de</strong>nticulado-áspero ao longo das nervuras<br />
na parte superior; carpóforo menor que a cápsula;<br />
corola com uma mancba mais escura no centro. Maio.<br />
Alent. Ih.: Alíeite (Vale do Torrão).<br />
var. áspera (Poir.)<br />
Cálice frutífero obovado-subgloboso, <strong>de</strong> 8-10 mm. <strong>de</strong> comprimento,<br />
não contraído no cimo, umbilicado na base,<br />
não enrugado transversalmente entre as nervuras; carpóforo<br />
bastante menor que a cápsula ; corola medíocre (20--5<br />
mm. <strong>de</strong> diam.), com as pétalas cbanfrado-bilobadas. Planta<br />
erecta, <strong>de</strong> 0,7-5 dm., com as fôlhas inferiores oblongo-<br />
-lineares e as superiores lineares. O. Março-Jul. Pântanos,<br />
valas, beiras dos rios, lameiros húmidos: disseminada por<br />
quási todo o país E. laeta (Ait.), Fzl.<br />
Planta 1-flora, <strong>de</strong> ordinário anã . . . form. pumila<br />
Pág. 216.^- Silene transtagana, P. Cout. (l) Inclua-se, substituindo<br />
a cbave 7 pelas duas seguintes :<br />
(1) Silène transtagana, P. Cout. Robusta, glab ra, a basi ramosa, ramis<br />
adscen<strong>de</strong>ntibus, 2-5 dm. alta; foliis inferioribus oblongo-spathulatis, obtusis, mucronu-<br />
latis, superioribus sublanceolato-linearibus, acutiusculis ; cincinnis spiciformibus, floribus<br />
inferioribus breviter pedicellatis, superioribus subsessilibus, bracteis herbaceis elongatis<br />
calyce glabro, nervis virentibus sub vitro asperulis notato, venis transversis anastomosan-
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 87<br />
Antóforo subnulo; pétalas pequenas ou medíocres, crenadas<br />
ou chanfradas; sementes com as faces curvo-<br />
-escavadas; cálice frutífero ovói<strong>de</strong>, contraído no cimo.<br />
7 bis<br />
Antóforo bem visível; pétalas majúsculas, 2-lobadas,<br />
rosadas; sementes com as faces plano-convexas. Plantas<br />
pubesceníe-glandulosas, viscosas 8<br />
Cálice com nervuras longitudinais ver<strong>de</strong>s ou avermelhadas,<br />
longamente peludas, sem nervuras transversais;<br />
filetes peludos na base. Planta <strong>de</strong> 1,5-4 dm., hirsuta ou<br />
pubescente, erecta ou ascen<strong>de</strong>nte, simples ou ramosa,<br />
mais ou menos viscosa na parte superior. ©. Ahril-Set.<br />
Campos cultivados e incultos, matos, beira dos caminhos,<br />
muros: ç[uási todo o país. . .-•„•., S. gallica, L.<br />
(Seguem as varieda<strong>de</strong>s como na Flora)<br />
Cálice com nervuras longitudinais ver<strong>de</strong>s e nervuras<br />
transversais anastomosadas, glabras; filetes glabros.<br />
Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., muito ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, glabra.<br />
0. Maio. Alent. lit.: Alcácer do Sal (Santa Suzana)<br />
S. transtagana, P. Cout.<br />
Pág. 217.— Silene CeraStiOi<strong>de</strong>S, L.— Substituam-se pelas seguintes as<br />
chaves 13, 14 e lS da Flora.<br />
^ í Cálice frutífero contraído no cimo 14<br />
I Cálice frutífero não contraído no cimo 16<br />
tibus munito, florífero tubuloso, fructífero ampliato-ovoi<strong>de</strong>o ápice contracto, <strong>de</strong>ntibus<br />
ïanceolato-acumïnatis ; petalorum limbo rotundato, parvo, subcrenulato, ut vi<strong>de</strong>tur pur-<br />
purascente aut violascente, corona bipartita; filamentis glabris; capsula ovoi<strong>de</strong>o-conica,<br />
ob anthophorum abbreviatum subsessili; serainibus reniformibus, nigris, faciebus curvato-<br />
-excavatis, dorso planis, eximie seriatim tuberculatis. Ad Santa Suzana prope Alcacer do<br />
Sal in Transtagana littorali, Majo 1921, legit L. Fernan<strong>de</strong>s.<br />
S. gallicae, S. Giraldii, Guss. et S. mirabilis, Rony affinis. A S. gallica praecipue<br />
differt indumenti inopia, calyce venis anostomosantibus munito, petalorum limbo rotun<br />
dato et filamentis basi haud villosis; a S. Gerardii, specie itálica, calyce venis anasto-<br />
mosantibus munito, limbo petalorum rotundato et filamentis basi haud villosis; a S.<br />
mirabili, specie argelica, calyce fructífero ápice contracto et filamentis glabris.
88 António Xavier Pereira Coutinho<br />
14<br />
15<br />
15<br />
bis<br />
Antóforo quási do tamanho da cápsula; cálice frutífero<br />
ovói<strong>de</strong>; pétalas gran<strong>de</strong>s, rosadas, 2-lobadas, com as<br />
unhas inclusas no cálice; pseudo-cachos <strong>de</strong>nsos, <strong>de</strong><br />
ordinário geminados e com uma flôr na dicotomia.<br />
Planta <strong>de</strong> 2,5-5 dm., híspido-pubescente. 0. Maio-<br />
- Agosto. Campos cultivados, margens dos caminhos :<br />
Beira, Kstrem. . . . . . . S. vespertina, Retz.<br />
Antóforo subnulo ou bastante menor que a cápsula;<br />
pétalas pequenas 15<br />
Cálice frutífero subgloboso, contraído no cimo em colo<br />
comprido formado pelos segmentos aproximados; cápsula<br />
rostrada; pseudo-cachos mais ou menos longos.<br />
15 bis<br />
Cálice frutífero não contraído no cimo em colo; cápsula<br />
não rostrada; pseudo-cachos <strong>de</strong>nsos e curtos, com uma<br />
flôr na dicotomia. Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., vilosa. 1L. Maio-<br />
-Jul. Outeiros secos, terrenos arenosos: Beira, Kstrem.,<br />
Alent lit S. disticha, Wílld.<br />
[ Cálice híspido, não contraído abaixo da cápsula; antóforo<br />
subnulo; pseudo-cachos frouxos, com as flôres<br />
subsésseis. Planta rígida, <strong>de</strong> 1,5-3 dm., pubescente-<br />
-áspera. O. Campos secos: Minho, Algarve.<br />
S. tri<strong>de</strong>ntata, Desf.<br />
Cálice glabro ou glabrescente, contraído abaixo da cápsula;<br />
antóforo visível; pseudo-cachos <strong>de</strong>nsos, com as<br />
flôres subpediceladas. Planta pubescente, erecta ou<br />
ascen<strong>de</strong>nte. O. Abril. Algarve: prox. <strong>de</strong> Castro Marim,<br />
Praia da Rocha * S. cerastioi<strong>de</strong>s, L.<br />
Pág. 223.— Túnica prolifera, (L.), Scop. o. velutina (Guss.)<br />
form. laevicaulis (Rouy et Fouc.)<br />
Esta forma <strong>de</strong>ve substituir na Flora a form. diminuta (Desf.) ai indicada.<br />
Pág. 224 .— Dianthus attenuatus, Sm. var. sabuletorum, Wk.<br />
Deve juntar-se esta varieda<strong>de</strong> ao tipo da espécie pelo seguinte modo:<br />
Caules ramosos <strong>de</strong> 2-4 dm., multifloros; fôlhas <strong>de</strong> 2-4,5<br />
cm., as caulinares erecto-patentes. Beira montanhosa,<br />
Alto Alentejo, Baixas do Guadiana, «. genuinus, Wk.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 89<br />
Caules simples ou subsimples, <strong>de</strong> 1-2 dm., 1-floros ou paucifloros;<br />
fôlhas <strong>de</strong> 1,5-2,5 cm., as caulinares encostadas ao<br />
caule. (Menos freqüente que &.). Serra da Estrela, Alferrare<strong>de</strong>,<br />
Vila Velha <strong>de</strong> Rodam. . . fi. sabuletorum, Wk.<br />
Pág. 225.— Dianthus brachyanthus, Bss. var. nivalis, Wk.<br />
Dam ponto elevado da Serra da Estrela foi trazido um Dianthus, que julgo incluir-<br />
-se nesta varieda<strong>de</strong>; a forma da Estrela diverge contudo no rizoma muito grosso e<br />
lenhoso, e no cálice mais cilíndrico que no tipo. Adicione-se à chave 13 :<br />
Caules alongados <strong>de</strong> 0,8-3 dm., com freqüência mais ou<br />
menos ramosos; fôlhas dos turiões <strong>de</strong> 2-3,5 cm.; pétalas<br />
salientes do cálice (ou subinclusas). Trás-os-Montes:<br />
Serra <strong>de</strong> Rebordaos a. montanus, Wk.<br />
Caules muito curtos, <strong>de</strong> 2-3 cm., 1-2-floros; fôlhas muito<br />
curtas, <strong>de</strong> 0,5-1 cm.; pétalas majúsculas, salientes do cálice.<br />
Planta anã, com turiões curtos, formando céspe<strong>de</strong> compacto<br />
P. nivalis, Wk.<br />
Cálice subcilíndríco (<strong>de</strong> 12-14 mm.); rizoma crasso,<br />
muito lenkoso, ramoso. Serra da Estrela: gran<strong>de</strong>s<br />
altitu<strong>de</strong>s forma Herminii<br />
Família 54 —Ranunculáceas<br />
Pág. 228.— Thalictrum minus, L.<br />
Marque-se-lhe o seguinte habitat— Trás-OS-MonteS: Vimioso; Minho:<br />
margens do rio Minho.<br />
Ranunculus.<br />
Pág. 230 e 231 .— Alarguem-se as áreas <strong>de</strong> habitação dos seguintes três<br />
Ranunculus Lenormandii, F. Sckultz (ckave 4) — Trás-os-<br />
-Montes, Minho, Beira, Alto Alentejo.<br />
Ranunculus aquatilis, L. b. triphyllus (Wallr.) (ckave 9) —<br />
Trás-os-Montes, Beira, Estr., Alent. litoral e Baixas do<br />
Guadiana.<br />
Ranunculus aquatilis, L. c. Marizii, P. Cout. (ckave 9) —<br />
Alto Minho, Beira, Estrem., Alent. e Algarve.<br />
12
9o António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 232.— Ranunculus abnormis, Out. et Wk.<br />
Esta espécie, nova paia a flora portuguesa, foi encontrada na Serra da Estrela,<br />
pelo Sr. A. Mendonça. Inclua-se modificando as chaves 14 e lS:<br />
Fôlhas basilares pecioladas, as caulinares todas sésseís.<br />
Plantas cercadas na base <strong>de</strong> fibras mais ou menos<br />
numerosas; flôres gran<strong>de</strong>s (20-30 mm. <strong>de</strong> diam.). . 15<br />
Fôlbas basilares e caulinares (pelo menos as inferiores)<br />
pecioladas. Plantas nuas na base 16<br />
Receptáculo peludo; fôlhas basilares ovadas ou ovadolanceoladas,<br />
brevemente agudas, contraídas em pecíolo<br />
muito <strong>de</strong>lgado, as caulinares linear-lanceoladas, <strong>de</strong><br />
ordinário pequenas. Planta glabra, com a base do caule<br />
e os pecíolos lanuginosos. 2f. Março-Junho. Outeiros<br />
áridos: Minho, Beira, Alent. lit. R. bupleuroi<strong>de</strong>s, Brot.<br />
Receptáculo glabro; fôlhas todas lineares ou linear-lanceoladas,<br />
as basilares mais ou menos atenuadas em<br />
pecíolo, as caulinares pequenas. . . . . . 15 bis<br />
Pétalas 5; espiga frutífera subglobosa; fôlhas J planas,<br />
longamente aguçadas; rizoma com raízes fibrosas.<br />
Planta <strong>de</strong> 2,5-5 dm., glabra ou subglabra. %. Abril-Jun.<br />
Charnecas, arrelvados: Alent. lit., Algarve<br />
R. gramineus, L.<br />
Base do caule e página inferior da fôlba com pêlos<br />
brancos, compridos. Com o ripo.<br />
(3. luzuliíolius, Bss.<br />
Pétalas 8-10; espiga frutífera oblonga; fôlhas acapeladas<br />
no cimo; rizoma com raízes tuberosas. Planta <strong>de</strong> 1,5-3<br />
dm. %. Junho-Agosto. Serra da Estrela: Covão da Meta<br />
<strong>de</strong> * R. abnormis, Cut. et Wk.<br />
Pág. 234.— Ranunculus blepharicarpos, Bss. (cbave 21).<br />
Citado no Alto Alentejo, apenas em Montemór-o-Novo, foi posteriormente trazido<br />
<strong>de</strong> outros pontos da mesma região, on<strong>de</strong> parece não ser raro.<br />
Pág. 234..<br />
ve 24).<br />
Ranunculus escurialensis, Bss. et Reut. (cha-<br />
Foi encontrado posteriormennte em Montejunto; o seu habitat conhecido é pois—<br />
Trás-os-Montes, Alto Minho, Beira e Estrem. (Montejunto).
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 9i<br />
Pág. 238,— Aquilegia vulgaris, L. <<br />
fi. hispánica, Wk.<br />
Acrescente-se a seguir à <strong>de</strong>scrição da especie:<br />
Flores menores, com o esporão menos curvo; fôlhas com<br />
segmentos menores, pubescentes nas duas páginas, na<br />
inferior glauco-esbranç[uiçadas. Planta mais <strong>de</strong>lgada,<br />
com o caule pubescente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base e os ramos e pedúnculos<br />
viscoso-glandulosos. Fundão.<br />
* 6. hispánica, Wk.<br />
Pág. 238.— Aquilegia dichroa, Freyn.<br />
O seu limite sul conhecido era nos arredores <strong>de</strong> Coimbra ; foi porém colhida poste<br />
riormente no Alto Alentejo.<br />
Pág. 240.— Género 301. Paeonia, L.<br />
chave das espécies pelas duas chaves seguintes:<br />
Substitua-se na Flora a<br />
Fôlhas glabras nas duas páginas, com os segmentos<br />
ovado-lanceolados ou lanceolados; folículos subarqueados,<br />
patentes na maturação, muito tomentosos; flôres<br />
<strong>de</strong> 8-15 cm. <strong>de</strong> diam. %. Março-Jun. Outeiros, lugares<br />
pedregosos, matos, silvedos: <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao Algarve.<br />
Rosa albar<strong>de</strong>ira, Rosa <strong>de</strong> lobo. (l) P. lusitanica Mill.<br />
Fôlhas com os segmentos mais largos e menos acuminados,<br />
ovados. Tão freqüente como o tipo.<br />
(3. ovatifolia (Bss. et Reut.)<br />
Fôlhas glabras na página superior e pubescentes na inferior;<br />
folículos primeiro levantados, <strong>de</strong>pois arç[ueado-divergentes<br />
na maturação 2<br />
Folículos <strong>de</strong>nsamente tomentosos; segmentos das fôlhas<br />
ovados ou oblongo-lanceolados, acuminados. 2L. Maio-<br />
-Jul. Trás-os-Montes: Vimioso. . . * P. foemina, L.<br />
Folículos glabros (às vezes em novos puberulento-pubescentes),<br />
menores; segmentos das fôlhas mais estreitos,<br />
oblongo-lanceolados, obtusos ou obtusiúsculos. TL. Maio.<br />
Trás-os-Montes: Vimioso; Alto Alent.: margens da<br />
ribeira <strong>de</strong> Niza * P, humilis, Retz.<br />
(l) Paeonia Broteri, Bss., et Reut.
92 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Família 57 — Papaveráceas<br />
Pág. 245. Gén. 312.- Fumaria, L.<br />
Substituam-se pelas seguintes as chaves dêste Géneio na Flora :<br />
Fruto mais largo do que comprido, troncado-côncavo no<br />
cimo, ruguloso; sépalas ovado-lanceoladas, mais estreitas<br />
do que a corola e proximamente 3 vezes menores<br />
do que ela; corola pequena (7-9 mm.), rosada, vermelho-escura<br />
no cimo; segmentos das fôlhas estreitos,<br />
planos. Planta <strong>de</strong> 1,5-4 dm., ramosa, difusa ou subtrepadora<br />
(íorma média [Lois.],), ver<strong>de</strong>-glauca, com cachos<br />
medíocres. ©. Fev.-Jun. Campos, sebes: disseminada em<br />
ç[uási todo o país.<br />
Fumaria, Herva molarinha. F. officinaiis, L.<br />
Cachos mais curtos, com menos flôres; segmentos<br />
das fôlhas mais estreitos. Planta difusa ousuherecta,<br />
mais glauca. Com o tipo, aqui e ali.<br />
6. minor, Koch.<br />
Cachos mais compridos que no tipo, com mais flores;<br />
segmentos das fôlhas estreitos. Planta mais<br />
firme e mais erecta, mais glauca. Mais freqüente<br />
que o tipo, sobretudo no Centro e no Sul.<br />
/. <strong>de</strong>nsiílora (DC), Parl.<br />
Fruto tão ou mais comprido do que largo, globoso ou<br />
globoso-ovói<strong>de</strong>, não troncado. . . . . . . . 2<br />
Segmentos das fôlhas muito estreitos, lineares, caniculados<br />
. . . . .- . .3<br />
Segmentos das fôlhas mais largos, obovados, ou oblongos,<br />
planos 5<br />
Sépalas ovado-orbiculares, mais largas do que a corola e<br />
chegando a */* do seu comprimento; fruto obtuso, ruguloso;<br />
flôres pequenas (6-7 mm.), purpúreas ou rosadas,<br />
mais escuras no cimo, dispostas em cacho <strong>de</strong>nso. Planta<br />
<strong>de</strong> 2-4 dm., erecta, ramosa, glaucescente. ©. Abril. Campos,<br />
caminhos: Trás-os-Montes (Bragança).<br />
F. micrantha, Lag.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 93<br />
3 \ Sépalas ovadas, não mais largas que a corola é bastante<br />
menores do que ela; fruto mais ou menos visivelmente<br />
I apiculado, ruguloso 4<br />
Flores pequenas (5-6 mm.), esbranquiçadas ou esbranquíçado-rosadas,<br />
purpúreas no cimo; sépalas muito<br />
pequenas (5-6 vezes menores do que a corola); fruto<br />
subgloboso; cacbo curto, um tanto <strong>de</strong>nso. Planta <strong>de</strong><br />
2-5 dm., difusa, muito ramosa, glauca. ©. Fev.-Junho.<br />
Searas, vinhas, campos cultivados e incultos: <strong>de</strong> Trás-<br />
^ -os-Montes ao Algarve.<br />
. Fumaria das flôres pequenas. F. parviflora, Lam.<br />
Flores medíocres (9-10 mm.), rosadas, purpúreas no cimo;<br />
sépalas da largura da corola e 3 vezes menores do que<br />
ela; fruto globoso-ovói<strong>de</strong>; cacbo medíocre, um tanto<br />
frouxo. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm., suberecta ou difusa, glaucescente.<br />
©. Maio-Jul. Beira merid. (Malpica); Baixo<br />
Alent. (Serra <strong>de</strong> Serpa). (l) F. Reuteri, Bss.<br />
Pedicelos arqueado-retroflectídos (excepto às vezes os floríferos<br />
superiores) ; sépalas mais largas do que a corola<br />
e <strong>de</strong> 1<br />
/ 2 do comprimento <strong>de</strong>la; frutos lisos ou sublisos;<br />
flôres majúsculas (11-14 mm. ). Pla nta <strong>de</strong> 2-10 dm ,<br />
ver<strong>de</strong>-glauca, trepadora ou prostrada, com as corolas<br />
esbranquiçadas vermelbo-escuras no cimo e os cacbos<br />
^ <strong>de</strong>nsos. ©. Fev.-Nov. Sebes, entulhos, muros, campos<br />
cultivados e incultos: do Minho ao Algarve (freqüente).<br />
Fumaria maior, Catarinas-queimadas. F. capreolata, L.<br />
Flores por fim rosadas, vermelbo-escuras no cimo;<br />
cacbos um tanto frouxos. Menos freqüente.<br />
. . . . . . . . M. speciosa (Jord.), Hamm.<br />
Pedicelos erecto-patentes, raras vezes subpatentes; sépalas<br />
com 1<br />
/a - 1<br />
/4 do comprimento da corola 6<br />
(l) = Fumaria parviflora ß. segetalis, Hamra.; = F. segetalis (Hamm.), P. Cout. in<br />
Flora — segundo o Sr. H. W- Pugsley em carta e mais tar<strong>de</strong> na sua Revision of the Genera<br />
Fumaria and Rupicapnos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter examinado um exemplar <strong>de</strong> procedência<br />
portuguesa cjue me pediu e eu lhe enviei. » .
António Xavier Pereira Coutinho<br />
Sépalas ovadas ; corola com a pétala superior e as 2 laterais<br />
vermelho-escuras no cimo; fruto medíocre, não ou<br />
pouco apiculado 7<br />
Sépalas lanceoladas; corola gran<strong>de</strong> (13-16 mm.), branca<br />
ou rosada, só com as 2 pétalas laterais vermelbo-escuras<br />
no cimo ; fruto gran<strong>de</strong>, fortemente rugoso, aquilhado,<br />
terminado em apículo largo e levemente 2-<strong>de</strong>ntado na<br />
maturação. Planta <strong>de</strong> 1-6 dm., robusta, erecta ou às<br />
vezes subtrepadora, glaucescente. 0. Fev.-Out. Searas,<br />
vinhas, campos, margens dos caminhos : Estrem., Aient.,<br />
Algarve . . Fumaria dos campos. F. agraria, Lag.<br />
Cacbos paucifloros (6-16 flôres), do tamanbo do pedúnculo<br />
ou menores ; pétala inferior com as margens <strong>de</strong><br />
ordinário levantadas. Plantas geralmente trepadoras. 8<br />
Cacbos multífloros (<strong>de</strong> ordinário com 15-25 flôres),<br />
maiores do due o pedúnculo ; pétala inferior com as<br />
margens patentes. Plantas mais ou menos robustas,<br />
suberectas ou difusas, menos vezes trepadoras. . . 9<br />
Flores pequenas (8-10 mm.), rosadas ; sépalas <strong>de</strong>ntadas,<br />
sobretudo na base; fruto pequeno (2 mm. <strong>de</strong> diam.),<br />
liso. Planta débil, com os segmentos das fôlhas medíocres<br />
e os cacbos <strong>de</strong> 6-12 flôres. 0. Janeiro-Agosto. Sebes,<br />
muros, campos cultivados e incultos : do Minho ao Alg.<br />
(freqüente).<br />
Fumaria das pare<strong>de</strong>s, Salta-sebes. F. muralis, Sond.<br />
Flores medíocres (10-12 mm.), rosadas ou rubras;<br />
frutos medíocres (2,5 mm. <strong>de</strong> diam.), levemente rugulosos.<br />
Planta robusta ou menos débil, com cacbos<br />
<strong>de</strong> 6-16 flôres. Quasi todo o país (freqüente).<br />
b. Boraei (Jord.)<br />
Flores majúsculas (12-14 mm.), levemente rosadas; sépalas<br />
subínteiras, só <strong>de</strong>nticuladas na base; fruto pequeno<br />
(2 mm. <strong>de</strong> diam.), liso. Planta robusta, trepadora, com<br />
os segmentos das fôlhas gran<strong>de</strong>s, largos e obtusos ; pedúnculos<br />
e pedicelos ténues. 0. Abril-Maio. Estrem. :<br />
Sintra, arredores <strong>de</strong> Cascais (Capari<strong>de</strong>).<br />
Fumaria das sebes. F. sepium, Bss.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 95<br />
Sépalas serradas em todo o circuito; frutos ruéosos ou ruáulosos.<br />
© F. Bastardii, Bor.<br />
Flores pequenas (9-11 mm.); frutos pequenos (2 mm.<br />
<strong>de</strong> diam.), ruéulosos. Janeiro-Maio. Sebes, mxzros,<br />
campos: do Minho ao Algarve, (freqüente).<br />
. . . . . β. Gussonei (Bss.), Puésl.<br />
g Flores majúsculas (11-14 mm.); frutos medíocres (2,5<br />
mm. <strong>de</strong> diam.), ruáulosos. Dezembro-Maio. Menos<br />
freqüente queβ. . . affinis (Hamm.), Puésl.<br />
Sépalas subinteiras ; frutos quási lisos, medíocres ; flôres<br />
majúsculas (12-14 mm.). O. Abril. Muros, campos:<br />
Trás-os-Montes (Bragança, Vimioso, Moncorvo).<br />
F. Martini, Clav.<br />
Família 58 — Crucíferas<br />
Páé.. 253.— Arabis sadina (Samp.), P. Cout.— Estrem. (Montejunto),<br />
Alent. lit. (Moita, Setúbal, Serra da Arrábida).<br />
Alargue-se o seu habitat como acima.<br />
Páé. 256.— Lobularia marítima (L.), Desv. var. <strong>de</strong>nsiflora, Lée.<br />
Suprima-se a varieda<strong>de</strong>, que, segundo mostrou o sr. Molliard, é uma simples forma<br />
patológica, <strong>de</strong>vida à acção <strong>de</strong> um insecto do Género Aphis.<br />
Pág. 257.— Neslia paniculata (L.), Desv. var. apiculata (Fisch,<br />
et Mey.).<br />
A esta varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser referidas as plantas portuguesas que conheço. Na <strong>de</strong>s<br />
crição do Género on<strong>de</strong> na penúltima linha se lê — estilete pequeno — leia-se —<br />
estilete pequeno OU gran<strong>de</strong> —. Inscreva-se a varieda<strong>de</strong> sob a <strong>de</strong>scrição da<br />
espécie, passando para ela as localida<strong>de</strong>s apontadas na Flora :<br />
Silículas longamente apiculadas pelo estilete comprido.<br />
Maio-Jul. Searas, campos cultivados e incultos: Trás-os-<br />
-Montes, Beira transm. . S. apiculata (Fisch, et Mey.).<br />
Pág.. 259.— Sinapis longirostris Bss. b. transtagana, P. Cout.<br />
forma leiocarpa.<br />
Inclua-se esta forma na <strong>de</strong>scrição da subspécie :<br />
Síliquas levantadas até tar<strong>de</strong> (ou sempre?), com o rostro
96 António Xavier Pereira Coutinho<br />
curvo, 3-5-espérmico peludo-áspero (forma típica) ou<br />
glabro (forma leiocarpa); segmentos das fôlhas estreitos,<br />
sublineares e subinteiros. Planta <strong>de</strong> menor porte. Jun-Jul.<br />
Baixo Alent. .....b. transtagana, P. Cout.<br />
Pág. 261. Va-enero 335.- Diplotaxis, DC. e D. siifolia, Kze.<br />
Na <strong>de</strong>scrição dêste Género on<strong>de</strong> na Flora se lê, na penúltima linha,— 1-nérveaS<br />
e o rostro medíocre ou curto—leia-se — 1-nérveas e o rostro majúsculo,<br />
medíocre OU CUrtO. — Nas chaves das espécies substitua-se a chave 4 pelas<br />
duas seguintes:<br />
Segmentos das f ôlbas mais ou menos largos; base do<br />
caule e peciolos bíspidos. Plantas ver<strong>de</strong>s, ramosas . 5<br />
Segmentos das fôlhas estreitos, sublineares ou oblongo-<br />
-lineares, <strong>de</strong>ntados ou laciniados ; base do caule e pecíolos<br />
glabros ou pouco peludos; fôlhas inferiores penatisectas<br />
ou penatipartidas ; rostro da sílidua medíocre ou majúsculo.<br />
Planta glaucescente, <strong>de</strong> 1,5-5 dm., prostrado-ascen<strong>de</strong>nte<br />
ou ascen<strong>de</strong>nte, muito ramosa. 0. Quási todo o<br />
ano. Campos, vinhas, lugares secos, muros, entulhos :<br />
quási todo o país (freqüente).<br />
Grizandra. D. catholica (L.), DC.<br />
Fôlbas inferiores penatisectas, com os segmentos penatípartidos.<br />
Disseminada com o tipo.<br />
(3; pinnatifida, Kze.<br />
Fôlbas inferiores penatipartidas ou penatifendidas ou<br />
penatilobadas, com os segmentos oblongos ou sublanceolados,<br />
<strong>de</strong>ntados, o terminal <strong>de</strong> ordinário bastante<br />
maior; rostro da silid.ua pedueno ou medíocre. Planta<br />
<strong>de</strong> 3-5 dm., erecta ou suberecta. 0. Fevereiro-Jul. Telhados,<br />
rochedos, muros, entulhos: Beira merid., Estrem.,<br />
Alent D. virgata (Cav.), DC.<br />
Fôlbas inferiores penatisectas, com os segmentos obliduamente<br />
ovados, inciso-<strong>de</strong>ntados ou lobados, às vezes<br />
subpeciolados, o terminal maior; rostro da sílidua mayúsculo;<br />
flôres maiores. Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., suberecta ou<br />
ascen<strong>de</strong>nte. 0. Março-Jul. Alent. lit. (península <strong>de</strong><br />
Tróia); Algarve (Tavira, Faro, Olhão). D. siifolia, Kze.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 97/<br />
Fôlhas um tanto grossas, as basilares,com., os segmen-,<br />
tos mais estreitos; flôres menores. Planta humil<strong>de</strong>.<br />
(1,5-2,5 dm.), ascen<strong>de</strong>nte, muito híspida na base,<br />
com os caules subáfilos. Península <strong>de</strong> Tróia, Cabo<br />
<strong>de</strong> S. Vicente. . . β. vicentina (Welw.), P. Cout.<br />
Pág. 263.— Sisymbrium runcinatum, Lag.= S. Lagascae, Amo,<br />
Substitua-se a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Amo pela <strong>de</strong> Lagasca.<br />
Pág. 264.—Sisymbrium austriacum, Jacq. b. contortum (Cav.),<br />
Substitua-se, como abaixo, esta subespécie na Flora em lugar <strong>de</strong> b. Villarsi (Jord.)<br />
Rouy et Fouc.<br />
Síliquas <strong>de</strong>lgadas, aproximadas do eixo pela gran<strong>de</strong> curvatura<br />
dos pedicelos e <strong>de</strong>pois erectas; estilete grosso,<br />
obcónico. Planta <strong>de</strong> 4-8 dm., peludo-setosa na parte<br />
inferior e glabra superiormente, com os ramos patentes.<br />
Maio-Jun. Lugares pedregosos, sebes, caminhos: Trás-<br />
-os-Montes e Minho. . . . , . b. contortum (Cav.)<br />
Pág. 264.— Sisymbrium Columnae, Jaca;. — Amplie-se o seu habitat<br />
— Bragança, Pedrógam, Figueira da Foz.<br />
Pág. 267-268.— Thlaspi Prolongi, Bss.<br />
Modifiquem-se como segue as chaves das espécies dêste Género .-<br />
Sílícula subacunheado-obcordif orme, com o .estilete muito<br />
curto incluso no chanfro terminal; flôres pequenas;<br />
fôlhas inteiras ou subinteiras. Planta erecta <strong>de</strong> 6-25 cm.,<br />
simples ou ramosa da base. ©. Fevereiro-Jun. (e às^vezes<br />
Outubro-TSfov.). Terras cultivadas, searas, hortas, pomares,<br />
caminhos: Trás-os-Montes, Estrem. Alent.<br />
Th. perfoliatum, L.<br />
Silícula com o estilete saliente do chanfro terminal. . 2<br />
Silícula suborbicular ou obovada, estreitamente alafia e<br />
com leve chanfro terminal; flôres pequenas; fôlhas<br />
<strong>de</strong>ntadas. Planta anual ramosa, erecta ou ascen<strong>de</strong>nte,<br />
<strong>de</strong> 3-20 cm. ©. Abril-Jun. Trás-os-Montes, Estrem.<br />
* Th. Prolongi, Bss.<br />
Silícula ovado-obcordiforme, largamente alada e com<br />
13
98 António Xavier Pereira Coutinho ^<br />
largo chanfro terminal; flôres gran<strong>de</strong>s; fôlhas inteiras<br />
ou obsoletamente <strong>de</strong>nticuladas. Planta vivaz, com rosetas<br />
estéreis <strong>de</strong> fôlhas e caules férteis ascen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong> 10-20<br />
cm. 21. Março-Maio. Alto Trás-os-Mcntes ?<br />
* Th. montanum, L.<br />
y ag. 268. Vjenero 348 .— lberis, L. — Substituam-se pelas seguintes as<br />
chaves das espécies a partir da cbave 3, e suprima-se a última.<br />
Sílículas com o chanfro largo e curto, reunidas em corimbo<br />
frouxo; corimbo florífero pouco radiante, com as<br />
flôres lilacíneas ou purpurascentes. Planta multicaule<br />
com os caules simples ou pouco ramosos, completa e<br />
<strong>de</strong>nsamente pubescente-áspera, ou com os caules puberulentos<br />
e as fôlhas celheadas na base. ¿. Maio-Jun.<br />
Trás-os-Montes: arredores do Vimioso.<br />
* I. Reynevalii, Bss. et Reut.<br />
Silículas com chanfro estreito e comprido, reunidas em<br />
corimbo <strong>de</strong>nso; corimbo florífero bastante radiante,<br />
com as flôres brancas. Planta erecta, com os caules <strong>de</strong><br />
2-4 dm., ramosos e <strong>de</strong> ramos subpatentes, papiloso-<br />
-puberulenta, com as fôlhas mais ou menos celheadas<br />
<strong>de</strong> pequenos pêlos crespos. O. ou í. Abril-Set. Areias<br />
marítimas.- Aletit. e Al¿. I. Welwiíschii, Bss. et Reut.<br />
Flores lilacíneas. Planta <strong>de</strong> ordinário menos ramosa<br />
e com as fôlhas menores, do interior ou da beiramar.<br />
Trás-os-Montes, Alent. e Algarve<br />
f'. lusitanica, (Jord.).<br />
Fôlhas (todas, ou excepto as superiores) regularmente<br />
<strong>de</strong>ntado-penatifendidas; silículas <strong>de</strong>nsamente corimbosas,<br />
subarredondadas; flôres brancas, cheirosas. Planta<br />
<strong>de</strong> 1-2 dm., peluda, ramosa. O. Abril-Maio. Charnecas:<br />
Alent. Ht. (Vila Nova <strong>de</strong> Milfontes). I. pectinata, Bss.<br />
Fôlhas inteiras ou com 1-2 <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cada lado na parte<br />
superior. Plantas puberulento-papilosas ou glabrescentes<br />
ast. oTt/taii? , »v%{ jn
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 99<br />
então anual), <strong>de</strong> 1-5 dm., prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, ramosa.<br />
2f. Abril-Agosto. Rochedos e charnecas, nào muito<br />
longe do mar: Estrem. e Alent. . I. procumbens, Lge.<br />
Silículas dispostas em cacho , . . . . 6<br />
Planta anual, erecta, <strong>de</strong> 1-4 dm., ramosa; íôlhas um<br />
tanto grossas, <strong>de</strong>ntadas superiormente; cacho frutifero<br />
comprido; flôres <strong>de</strong> ordinário brancas, às vezes violáceas.<br />
3. Abril-Jul. Cult., e raras vezes subespontânea.<br />
(Orig. da Europa). . . Assembleias, (l) I. amara, L.<br />
Fôlhas superiores inteiras; flôres violáceas. Cult.<br />
. . . . 3. Violetti, Soyer-Willm.<br />
Planta vivaz, prostrada ou ascen<strong>de</strong>nte, difusa, tortuosa,<br />
<strong>de</strong> 1-2 dm.; fôlhas inteiras; cacho frutífero curto; flôres<br />
brancas. 21. Junho-Jul. Serra da Arrábida?<br />
* I. sempervirens, L.<br />
Pág. 271.— Bíscutella laevigata, L- h- lusitanica, (Jord.).<br />
Substitua-se na Flora esta varieda<strong>de</strong> à var. p; lima.<br />
Pág. 273.— Isatis tincíoria, L.<br />
Registem-se do seguinte modo as duas espécies portuguesas dêste Género:<br />
Silículas oblongas, acunheadas na base, 3-4 vezes mais compridas<br />
do que largas ; fôlhas inferiores oblongo-lanceoladas,<br />
subsinuadas, acutiúsculas, as caulinares sagitadas. Planta<br />
<strong>de</strong> 4-12 dm., erecta, ramosa, glabra, glauca. O ou S. Maio.<br />
Espontânea (var. lusitanica [L., excl. syn. Tourn.} Samp.)<br />
nas margens do Douro, ac[ui e ali <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Barca <strong>de</strong> Alva<br />
até ao Porto; cultivada antigamente, mas já posta <strong>de</strong><br />
parte. . . Pastel dos tintureiros. Isactis tinctoria, L.<br />
Silículas obcordiforme-arredondadas, tíuási tão compridas<br />
como largas ; fôlhas inferiores oblongo-espatuladas, subcrenuladas,<br />
obtusas, as caulinares sagitadas. Planta <strong>de</strong> 3-4 dm.,<br />
erecta, ramosa, glabra. O. Maio-Jun. Entre as pedras, nas<br />
margens do Douro, junto a Miranda. . I. platiloba, Lk.<br />
(l) Veja-se a nota da página 269 da Flora.
100 António Xaviei Pereira Coutinho<br />
Família 60— Resedáceas<br />
Pág. 274.— Astrocarpus sesamoi<strong>de</strong>s (L.), Duby subesp. purpurascenS<br />
(L.) Var. Na <strong>de</strong>scrição da var. spathulatus (Moris.), on<strong>de</strong> se lê —<br />
fôlhas basilares e caulinares inferiores oblongo-espatuladas, ou<br />
orbicular-espatuladas—acrescente-se a esta última forma — (forma cochlearifolius<br />
[Nym.]).<br />
Na var. γ suffruticosus (Texid.) modifique-se o habitat — Minho, Beira<br />
transm. (Guarda), Beira Central (Serra da Estrela), Beira<br />
litoral.<br />
~ Família 62 — Crassuláceas<br />
Ampliem-se os habitats das "seguintes espécies :<br />
Pág. 280.— Sedum pedicellatum, Bss. et Reut. S. lusitanicum,<br />
Wk. — Castelo Novo, Serra da Lapa, Serra da Estrela.<br />
Pág. 280.— Sedum an<strong>de</strong>gavense, DC.— Castelo Novo, Berlengas,<br />
Beja, Moura e Monchique.<br />
Pág. 281. — Cotyledon praealta (Brot.) LMariz]. — Trás-os-<br />
-Montes, Beira transm., Estremadura (arredores <strong>de</strong> Lisboa,<br />
Lumiar, Frielas), Alent. lit. (Alcácer do Sal, Santa Suzana)<br />
Alto Alent.<br />
Família 63 — Saxifragáceas<br />
Pág. 283.— Saxífraga, L.<br />
Substituam-se pelas seguintes as chaves das espécies 5 a 7 :<br />
Rizoma com os ramos alongados e estolhos rastejantes;<br />
fôlhas das rosetas e as inferiores dos caules floríferos<br />
5-3-partidas, com o pecíolo semi-cilíndrico inferiormente<br />
e os segmentos linear-lanceolados agudos ou mucronados,<br />
as restantes dos caules floríferos pequenas lineares<br />
e inteiras; sépalas agudas, mucronadas; pétalas brancas.<br />
Planta mais ou menos peludo-glandulosa, com rosetas<br />
basilares frouxas, providas <strong>de</strong> gemas axilares e caules<br />
floríferos <strong>de</strong> 1-2 dm. 4. Abril-Jun. Alto Trás-os-<br />
Montes: Bragança e entre Bragança e Vimioso<br />
5 I S. hypnoi<strong>de</strong>s, L-
5<br />
bis<br />
6<br />
bis<br />
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 101<br />
Fôlbas dos caules floríferos todas ou quási todas<br />
também partidas. Planta <strong>de</strong> 1-4 dm., mais robusta<br />
e com os caules mais rígidos. Trás-os-Montes,<br />
Alto Minho, Beira transm., Serra da Estrela.<br />
(5. Ittsitanica, Lge.<br />
Rizoma fibroso, bulbilbífero; fôlhas basilares reniforme-<br />
-arredondadas, obtusamente crenadas ou lobadas, pecioladas;<br />
sépalas obtusas 5 bis<br />
Fôlhas basilares fundamente recortadas (inciso-lobadas) 6<br />
Fôlhas basilares <strong>de</strong> ordinário pouco fundamente recortadas<br />
; pétalas brancas 7<br />
Flores pequenas, <strong>de</strong> pétalas brancas ou rosadas, com a<br />
página superior do limbo vestida <strong>de</strong> pêlos glanduloso-<br />
-capitados. Planta <strong>de</strong> 1-1,5 dm., simples, glanduloso-<br />
-viscosa, com as fôlhas glabras na página inferior. 2f.<br />
Abril. Trás-os-Montes: arredores <strong>de</strong> Bragança. (S.<br />
Hervieri, Deb. et Reverch.) . S. albarracinensis, Pau.<br />
Flores gran<strong>de</strong>s ou muito gran<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> pétalas brancas não<br />
vestidas na página superior <strong>de</strong> pêlos glandulosos capitados.<br />
Plantas <strong>de</strong> 1-1,6 dm., <strong>de</strong> ordinário mais ou<br />
menos ramosas 6 bis<br />
Flores gran<strong>de</strong>s, curtamente pediceladas; fôlhas sinuado-<br />
-<strong>de</strong>ntadas, glanduloso-puberulentas, viscosas. Planta<br />
simples ou mais ou menos ramulosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, glanduloso-pubescente,<br />
viscosa. %. Maio. Trás-os-Montes:<br />
arredores do Vimioso. . * S. carpetana, Bss. et Reut.<br />
Flores muito gran<strong>de</strong>s, longamente pediceladas ; fôlhas fundamente<br />
lobadas, pubescente-viscosas. Planta muito<br />
ramosa, tearâneo-vilosa na parte inferior e glanduloso-<br />
-puberulenta na superior. %. Maio. Alentejo litoral:<br />
Serra da Arrábida. . * S. Cossoniana, Bss. et Reut.<br />
Bulbilhos subglobosos, pequenosβ-5 mm.), muito numerosos,<br />
com as escamas papiráceas longamente celheadas<br />
e as internas carnudas <strong>de</strong> contorno arredondado, obtusas,<br />
muito pouco numerosas ; sépalas linear-oblongas ;<br />
panícula frouxa; fôlhas basilares crenadas ou inciso-
102 António Xavier Pereira Coutinho<br />
7 ^ -crenadas. Planta <strong>de</strong> 1-5 dm., simples ou ramosa, glanduloso-viscosa.<br />
%. Março-Jun. Muros, rochedos, sítios<br />
húmidos ou sombrios . . . . * S. granúlala, L-<br />
Planta ver<strong>de</strong>, com o caule mais ou menos robusto e<br />
mais ou menos folboso, simples ou ramoso. Trás-<br />
-os-Montes, Minho, Beiras, Estrem. . genuína<br />
Caules mais finos, geralmente menores e divididos<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base; fôlhas radicais menores, mais fundamente<br />
incisas, com frequência violáceas na página<br />
inferior; flôres mertores que em Alto Trás-os-<br />
-Montes: Bragança e Vimioso. . 3. gracilis, Fngl.<br />
Planta ver<strong>de</strong>-glauca, com o caule subáfilo, <strong>de</strong> ordinário<br />
mais ramoso e com os ramos mais abertos;<br />
fôlhas inferiores maiores, com o pecíolo frequentemente<br />
mais birsuto. Estrem., Alent., Algarve.<br />
/. glaucescens (Bss. et Reut.), Engl.<br />
Bulbilbos ovói<strong>de</strong>s, gran<strong>de</strong>s (cerca <strong>de</strong> 10 mm.), pouco<br />
numerosos, com as escamas externas papiráceas brevemente<br />
celbeadas e as internas carnudas ovado-lanceoladas,<br />
acutiúsculas, numerosas, imbricadas; sépalas<br />
ovadas; panícula <strong>de</strong>nsa; fôlhas basilares levemenre<br />
crenadas. Planta <strong>de</strong> 0,8-2 dm., ver<strong>de</strong>-escura, robusta, <strong>de</strong><br />
ordinário ramosa, muito glandulosa, com os caules<br />
folbosos. 21. Abril-Maio. Serra <strong>de</strong> Montejunto, Serra<br />
<strong>de</strong> Sintra . . . . S. Hochstetieri (Fngl.), P. Cout.<br />
Família 66 — Rosáceas<br />
Pág. 288.— Spiraea hispânica, Hoffgg. et Lk.— Corrija-se como<br />
vai indicado o seu habitat — Alto Trás-os-Montes: Bragança e Vimioso;<br />
Alto Minho: Melgaço, rochedos da margem do rio Minho.<br />
Pág. 289.— Crataegus Oxyacantha, L. p. Maura (L. fil.) =<br />
C. Oxyacantha, L. ¡3. Cossonii, Fie. et P. Cout.— Substitua-se na<br />
Flora a última pela primeira <strong>de</strong>nominação.<br />
Pág. 289. — Crataegus monogyna, Jacq. ¡3. ílabellata Lge. —<br />
Àmplie-se-lhe o habitat. — Minho (Melgaço), Beira transmont. (Vilar<br />
Formoso), Baixo Alent. (Moura).
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />
Pág. 293.— Rosa canina, L. var. an<strong>de</strong>gavensis (Bast.), Crép. e<br />
var. rhyncocarpa (Rip.)<br />
Interponham-se às outras varieda<strong>de</strong>s na chave 5, or<strong>de</strong>nadas do modo seguinte :<br />
+ Folíolos glabros nas duas páginas:<br />
O Folíolos simplesmente ou subsímplesmente serrados:<br />
— Pedicelos lisos :<br />
Úrnula ovói<strong>de</strong> ou elipsoi<strong>de</strong> ou oblonga. Trás-<br />
-os-Montes, Minho. . . «. ¿enuina, Crép.<br />
Úrnula subglobosa. Beira (pouco freqüente)<br />
(3. globosa (Desv.)<br />
— Pedicelos glandulosos; úrnula ovoi<strong>de</strong>. Arredores<br />
<strong>de</strong> Cascais: Capari<strong>de</strong>.<br />
y. an<strong>de</strong>gavensis (Bast.), Crép.<br />
O Folíolos mais ou menos duplamente serrados:<br />
— Pedicelos lisos:<br />
= Úrnula obovói<strong>de</strong>-fusiforme, atenuada no<br />
cimo e aí mais estreita que o disco. Arredores<br />
<strong>de</strong> Sintra. . . . 5. rhyncocarpa (Rip.)<br />
= Úrnula ovoi<strong>de</strong> ou globosa, não atenuada no<br />
cimo:<br />
Dentes dos folíolos com um só <strong>de</strong>ntículo;<br />
úrnula ovoi<strong>de</strong> ou globoso-ovói<strong>de</strong>. Freqüente.<br />
. . £<br />
. dumalis (Becbst.), Crép.<br />
Dentes dos folíolos com <strong>de</strong>ntículos mais<br />
numerosos:<br />
Pecíolo pouco glanduloso, bem como a<br />
nervura principal; nervuras secundárias<br />
não glandulosas; úrnula globosa. Centro<br />
e Sul. globularis (Francbet), Crép,<br />
Pecíolo glanduloso, bem como a nervura<br />
principal; nervuras secundárias mais<br />
ou menos glandulosas ; úrnula globoso-<br />
-ovóí<strong>de</strong> Freqüente. . "I. scabrata, Crép.<br />
— Pedicelos glandulosos; úrnula globoso-ovói<strong>de</strong>.<br />
Freqüente, sobretudo no Sul.<br />
9. verticillacantha (Mérat), Crép.<br />
-r Folíolos pubescentes na página inferior, simplesmente<br />
ou subsímplesmente serrados; pedicelos lisos: (Vejam-se<br />
as duas varieda<strong>de</strong>s restantes na Flora).<br />
103
104 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 293.— Rosa Pouzini, Tratt., */. subintrans, Gren Acreste-se<br />
a sua área — Trás-os-Monres: Bragança; Beira transm.: Vilar<br />
Formoso; Baixo Alent. lit.: O<strong>de</strong>mira.<br />
Pág. 294.— Agrimonia Eupatoria, L. b. odorata (Mill.).<br />
Convém, modificar levemente a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta subespécie, bem como a or<strong>de</strong>m dos<br />
caracteres diferenciais e ampliar-lbe o habitat do modo seguinte:<br />
Úrnula com 2 aduénios, pouco atenuada na base, com os<br />
sulcos menores e as sedas externas por fim retroflectidas;<br />
fôlhas com os segmentos <strong>de</strong> ordinário mais estreitos,<br />
ovado-lanceolados, mais glandulosos e menos pubescentes<br />
na página inferior. Trás-os-Montes, Alto Minho,<br />
Beira transm. e Baixo Alent. b. odorata (Mill.)<br />
Pág. 296. — Sanguisorba minor, Scop. subesp. mauretanica<br />
(Bss.).<br />
Esta subespécie, ao que julgo nova para a flora portuguesa, foi-me indicada no<br />
Algarve pelo distinto botânico espanhol sr. D. Carlos Pau, que fez o favor <strong>de</strong> me enviar<br />
juntamente um pequeno exemplar frutífero. Introduza-se na chave 2, substituindo do<br />
seguinte modo a 11. a<br />
e 12. a<br />
linha da pág. 296:<br />
O Asas <strong>de</strong> úrnula espessas e ouási tão salientes como a<br />
escultura das faces:<br />
= Faces da úrnula cristado-alveolados, com as cristas<br />
agudamente <strong>de</strong>ntadas. Algarve: Lagos, Tavira.<br />
b. bis. mauritanica (Bss.)<br />
= Faces <strong>de</strong> úrnula cobertas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s verrugas obtusas<br />
<strong>de</strong>siguais : (segue como está no resto da chave).<br />
Género 387.— Rubus, L.<br />
Em Portugal êste Género foi principalmento estudado pelo sr. G. Sampaio, e sôbre<br />
os seus estudos basiei as chaves das espécies que apresentei na Flora; mas, tendo poste<br />
riormente o prof. Sudre publicado o seu livro Rubi Europae, on<strong>de</strong> as plantas portugue<br />
sas estão incluídas e marcado o seu lugar em relação às <strong>de</strong>mais espécies e varieda<strong>de</strong>s<br />
europeias, parece-me conveniente substituir, as chaves da Flora por outras, em harmonia<br />
com as vistas do distinto especialista francês. Seguem essas chaves, que constituí basean-<br />
do-me no livro citado e nos exemplares do Herbário da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, (l)<br />
Amora (vermelba, menos vezes amarela ou branca) <strong>de</strong>ixando<br />
ficar com o cálice o receptáculo cónico, ao<br />
) <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r-se; fôlhas dos turiões 3-7-pinnuladas, as dos<br />
(l) Suprima-se no texto a nota da pág. 297.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal íoS<br />
ramos florííeros 3-foliadas, todas glabrescentes na página<br />
superior e branco-tomentosas na inferior; inflorescencias<br />
axilares 1-paucifloras e uma pequena cimeira terminal;<br />
pedicelos por fim nutantes; turiões erecto-arqueados,<br />
subcilíndricos, com acúleos direitos, finos, pouco numerosos<br />
ou subnulos. 5- Maio-Jul. Cult. (Orig. da Europa).<br />
. . . . . . . . . . . . Framboesa. R. Idaeus, L.<br />
Amora (por fim mais ou menos negra) trazendo consigo<br />
ao <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r-se a parte amolecida do receptáculo em<br />
que estava inserida; f ôlbas dos turiões digitadas, com<br />
3-5 folíolos 2<br />
Turião anguloso, com acúleos iguais ou subiguais e regularmente<br />
dispostos ao longo dos ângulos, <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong><br />
acículas e <strong>de</strong> glândulas pediculadas; inflorescencia não<br />
glandulosa 3<br />
Turião anguloso ou roliço, com acúleos mais ou menos<br />
<strong>de</strong>siguais e irregularmente dispostos, provido quási<br />
sempre <strong>de</strong> acículas e glândulas pediculadas, arqueado-<br />
-prostrado ou prostrado; inflorescencia <strong>de</strong> ordinário<br />
mais ou menos glandulosa 14<br />
Sépalas (no botão floral) ver<strong>de</strong>s, marginadas <strong>de</strong> branco ;<br />
turião erecto-arqueado, glabro, com as faces planas e<br />
acúleos direitos; fôlhas 5-3-foliadas, <strong>de</strong>sigualmente<br />
serradas, ver<strong>de</strong>s e pubescentes na página inferior, as<br />
dos ramos floríferos com os folíolos basilares brevemente<br />
peciolulados ; corola branca ou rosado-pálida;<br />
estames do tamanbo dos estiletes ou pouco maiores;<br />
cálice frutífero subpatente. Ô. Maio-Jun.<br />
R. nitidus, Weibe et Nees.<br />
Folíolo médio elíptico ou oblongo, brevemente acuminado<br />
; inflorescencia curta, frouxa, subcorimbosa.<br />
Minho: Ponte <strong>de</strong> Lima.<br />
. . . (l) P. divaricatus (P. J. Muell.), Sudre.<br />
Fstames maiores que os estiletes; cálice frutífero<br />
retroflectido; folíolo médio largamente ovado ou<br />
(l) R. plicatus P. divaricatus, Samp.; R. plicatus P. lusitanicus, Samp. p. p.;<br />
R. nitidus p. lusitanicus, Samp. p. p.<br />
14
io6 António Xavier Pereira Coutinho<br />
obovado ou suborbicular, agudo ou brevemente<br />
acuminado; inflorescencia oblonga, ramosa. Minho:<br />
Famalicão, Trofa. . (l) b. integribasis (P. J. Muell.)<br />
Sépalas cinzento-esver<strong>de</strong>adas; turião arqueado ou arqueado-prostrado;<br />
fôlhas ver<strong>de</strong>s na página inferior ou<br />
acinzentado-tomentosas, 5-3-foliadas 5<br />
Sépalas branco-acinzentadas ; turião arqueado ou arqueado-prostrado;<br />
fôlhas mais ou menos branco-tomentosas<br />
na página inferior (excepto em algumas formas umbrosas)<br />
, 6<br />
Fôlbas glabras ou glabrescentes nas duas páginas, <strong>de</strong>sigualmente<br />
serradas ; pétalas 2-lobadas, rosadas; turião<br />
glabro, com acúleos fortes direitos ou inclinados; inflorescencia<br />
estreita, comprida, tomentoso-vilosa, bastante<br />
folbosa; folíolo médio elíptico ou obovado, subrepentina<br />
e longamente acuminado. Ô. Junho-Jul. Minho<br />
(Serra da Cabreira, Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso, Valongo) e<br />
Beira (Gaia) R. Questieri, Lef. et Muell.<br />
Fôlbas vilosas ou pubescentes ou tomentosas na página<br />
inferior, duplicado-serradas; pétalas inteiras, oblongas;<br />
turião glabrescente ou um tanto peludo 5<br />
Fôlbas (mesmo as superiores) ver<strong>de</strong>s nas duas páginas,<br />
vilosas ou pubescentes na inferior; inflorescencia folbosa<br />
na base, vilosa; turião com os faces planas ou<br />
levemente côncavas e acúleos gran<strong>de</strong>s ou majúsculos,<br />
direitos ou inclinados. £ • Maio-Jul.<br />
R. rhombifolius, Weibe.<br />
Folíolo médio obovado ou obovado-elíptico, repentinamente<br />
acuminado; <strong>de</strong>ntes das fôlhas majúsculos ;<br />
corola branca; inflorescencia frouxamente vilosa;<br />
turião glabrescente. Alto Minho (Montalegre, Serras<br />
<strong>de</strong> Castro Laboreiro, do Gerez e da Cabreira,<br />
Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso) e Beir& transm. (Trancoso).<br />
(2) b. Sampaianus, Sudre.<br />
Folíolo médio largamente ovado ou suborbicular,<br />
repentinamente acuminado; <strong>de</strong>ntes das fôlhas gran-<br />
(1) R. plicatus p. lusitanicus, Sam/p. p. p.; R. nitidus (B. lusitanicus, Samp. p. p.<br />
(2) R. leucandrus, Samp.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 107<br />
<strong>de</strong>s ; corola rosado-pálida; inflorescencia mais vilosa<br />
e com os pedicelos mais abertos; turião um tanto<br />
peludo. Minho: Serras da Cabreira, do Merouço e<br />
do Gerez, Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso, arred. do Porto.<br />
(l) c. opertus, Sudre.<br />
Fôlbas (pelo menos as superiores) acinzentado-tomentosas<br />
na página inferior, glabrescentes ou peludas na superior<br />
; inflorescencia folbosa inferiormente, vilosa; turião<br />
com as faces planas ou um tanto canaliculadas e acúleos<br />
mayúsculos ou medíocres, direitos ou levemente curvos ;<br />
folíolo médio ovado ou obovado ou subarredondado<br />
subrepentina e brevemente acuminado. 5- Maio-Agosto.<br />
R. argenteus, Weibe et Nees.<br />
+ Folíolo médio cordiforme na base:<br />
— Dentes das fôlhas mayúsculos; inflorescencia<br />
medíocre, birsuta; ramo florífero com acúleos<br />
mayúsculos; corola branca ou levemente rosada.<br />
Minho: Serras da Cabreira e do Gerez, Póvoa<br />
<strong>de</strong> Lanhoso b. consobrinus, Sudre.<br />
— Dentes das fôlhas pequenos; inflorescencia pequena,<br />
<strong>de</strong>nsa, com os pedicelos curtos; acúleos<br />
medíocres. Alto Minho: Melgaço, Serra <strong>de</strong><br />
Castro Laboreiro.<br />
. . . . (2) c. castranus (Samp.), P. Cout.<br />
+ Folíolo médio arredondado na base; <strong>de</strong>ntes das<br />
fôlhas medíocres; inflorescencia alongada, pouco<br />
vilosa; sépalas mais esver<strong>de</strong>adas (var. subincertus<br />
[ Samp. ], Sudre.β); corola rosada. Minho: Póvoa<br />
<strong>de</strong> Lanhoso, Famalicão, Santo Tirso, Valongo,<br />
Porto d. incarnatus (P. J. Muell).<br />
— Fôlbas como em d. incarnatus; inflorescencia<br />
mais folbosa, mais frouxa e mais curta. Planta<br />
estéril ou pouco fértil. 5- Com os progenitores:<br />
arred. do Porto. R. ellipticifolius x incarnatus.<br />
(1) R. incurvatus var. miniarías, Samp.; R. villicaulis var. minianus, Samp.;<br />
R. Muenteri, raça minianus, Samp.<br />
(2) R. mercicus var. castranus, Samp.<br />
(3) R. subincertus, Samp.
Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Estames do tamanho dos estiletes ou muito pouco<br />
maiores, com pólen perfeito; tomento dos cálices, do<br />
eixo da inflorescencia e da página inferior da folha<br />
branco, <strong>de</strong>lgado e raso, raras vezes acompanhado <strong>de</strong><br />
vilosida<strong>de</strong>; fôlhas glabras na página superior, 5-3-foliadas;<br />
corola <strong>de</strong> ordinário rosada. t . "Maio-Agosto.<br />
Incultos, matagais, sebes, margens dos ca.mpos: quási<br />
todo o país R. ulmifolius, Schott.<br />
+ Tomento do eixo da inflorescencia, da página inferior<br />
das fôlhas e dos cálices não acompanhado<br />
<strong>de</strong> vilosida<strong>de</strong>:<br />
Folíolo médio troncado-cuspidado no cimo e<br />
arredondado na base, largamente obovado<br />
(1. vulgatus [ Sudre ] ) ou estreitamemte obovado-acunheado<br />
(2. cuneatus [Boul. et Bouvet.]);<br />
fôlhas dos ramos floríferos em gran<strong>de</strong> parte<br />
5-foliadas. Planta mais ou menos aculeada.<br />
Freqüente. . . . z. contractus, P. Cout.<br />
Planta inerme. Cult. . . —Silva sem espinhos,<br />
Silva <strong>de</strong> S. Francisco. íor. inermis.<br />
Folíolo médio mais ou menos atenuado no cimo,<br />
ovado-arredondado ou largamente ovado ou<br />
obovado, miudamente serrado. (1. serrulatus)<br />
ou mediocremente serrado (2. serratus) ; fôlhas<br />
dos ramos floríferos em gran<strong>de</strong> parte 3-foliadas.<br />
Tão ou mais freqüente que<br />
p\ attenuatus, P. Cout.<br />
Folíolo médio estreito, oblongo-lanceolado, longamente<br />
acuminado. Serra <strong>de</strong> Sintra.<br />
"/. contractifolius, Sudre<br />
Fôlhas simples e <strong>de</strong>ntadas, subreniforme-arredondadas,<br />
ou 3-lobadas com os lóbulos obtusos<br />
(todas ou misturadas com algumas fôlhas<br />
3-foliadas <strong>de</strong> folíolos obovados obtusos ou<br />
obtusiúsculos). Planta débil. Estremadura:<br />
arredores <strong>de</strong> Cascais.<br />
. r<br />
X integrifolius (Lge.), P. Cout.<br />
+ Eixo da inflorescencia tomentoso e flocoso-hirsuto;<br />
folíolos branco-tomentosos na página inferior
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 109<br />
e pubescentes-vilosos nas nervuras; cálices tomentosos<br />
e levemente vi'osos; folíolo médio obovado,<br />
repentinamente acuminado. Estremadura.: Odivelas<br />
s. dalmatinus (Tratt.)<br />
stames maiores que os estiletes ou quási do mesmo<br />
tamanbo (mas então o folíolo médio não repentinamente<br />
acuminado e <strong>de</strong> ordinário as fôlhas com pêlos estrelados<br />
na página superior ou o pólen imperfeito) ; eixo da<br />
inflorescencia mais ou menos hirsuto; fôlhas branco-<br />
-tomentosas na página inferior e simultaneamente com<br />
vilosida<strong>de</strong> mais ou menos aparente. . . . . . 7<br />
urião com as faces planas ou levemente côncavas; estames<br />
maiores que os estiletes 8<br />
urião com as faces fortemente caniculadas . . . 11<br />
urião gíaucescente, inferiormente subroliço e superiormente<br />
pouco anguloso, gíabrescente ou um tanto peludo ;<br />
ramo florífero subroliço ou obsoletamente anguloso:<br />
inflorescencia alongada, com os pedicelos patentes,<br />
mediocremente aculeada e frouxamente vilosa; fôlhas<br />
5-3-folíadas; estiletes esver<strong>de</strong>ados Ô- Junho-Julho.<br />
R. Godrcnii, Lec. et Lamotte.<br />
Fôlhas glabras na página superior, com o tomento<br />
da página inferior ténue e a vilosida<strong>de</strong> pouco aparente;<br />
folíolo médio elíptico ou elíptico-obovado,<br />
subinsensivelmente acuminado ; inflorescencia piramidal,<br />
frouxa, peluda, afila ou subafila (com os<br />
ramos inferiores na axila <strong>de</strong> pequenas fôlhas 1-foliadas);<br />
corola rosado-pálida. Minho (Melgaço, Vila<br />
do Con<strong>de</strong>, Porto e arred.), Beira (Gaia, Bussaco).<br />
. . . . . (l) b. ellipticifolius, Sudre.<br />
Fôlhas bastante peludas na página superior e com a<br />
vilosida<strong>de</strong> da página inferior bem aparente sôbre o<br />
tomento; folíolo médio obovado, repentinamente<br />
acuminado; inflorescencia subcilíndrica ou ovoi<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>nsa, hirsuta, folhosa na base; corola branca.<br />
R. portuensis, Samp.
Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Trás-os-Montes (Marão), Minho (Melgaço, Valadares,<br />
Montalegre, Serras do Gerez e da Cabreira,<br />
Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso).<br />
(l) c. caldasianus (Samp.), Sudre.<br />
Fôlhas como em b. ellipticiíolius; inflorescencia mais<br />
ampla; estiletes vermelhos. Planta estéril. 5- Com<br />
os progenitores.<br />
* R. ellipíicifolius x ulmifolius, Sudre.<br />
Turião não glaucescente, anguloso; ramo florífero mais<br />
ou menos anguloso 9<br />
Fôlhas com <strong>de</strong>ntes pequenos ou medíocres; turião pubescente<br />
ou peludo; inflorescencia com os pedicelos<br />
patentes 10<br />
Fôlhas gran<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>sigual e fundamente serradas, 5-3-foliadas,<br />
glabras na página superior; turião glabro ou<br />
glabrescente, robusto; inflorescencia oblonga, com os<br />
pedicelos ascen<strong>de</strong>ntes, interrompida e folhosa na base,<br />
hirsuta, fortemente aculeada; folíolo médio largamente<br />
ovado ou ovado-romboidal, repentina e brevemente<br />
acuminado; corola primeiro rosada e <strong>de</strong>pois quási<br />
branca. 5. Junho-Agosto. Bosques, incultos, margens<br />
dos campos e caminhos: Trás-os-Montes (Vinhais,<br />
Bragança, Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros, Miran<strong>de</strong>la), Minho<br />
(Amarante), Beira transm. (Figueira <strong>de</strong> Castelo Rodrigo)<br />
(2) R. procerus, P. J. Muell.<br />
Fôlhas ver<strong>de</strong>-escuras na página superior; inflorescencia<br />
com maior número <strong>de</strong> flôres; corola <strong>de</strong> côr rosada<br />
mais viva. Planta estéril. 5- Com os progenitores.<br />
. . . β) R. procerus x ulmifolius, Sudre.<br />
Sépalas tomentosas e levemente vílosas; inflorescencia<br />
tomentosa e pouco vilosa, pouco <strong>de</strong>nsa e pouco folhosa;<br />
fôlhas 5-3-foliadas, glabras ou glabrescentes na<br />
página superior, com o folíolo médio obovado ou ovado<br />
ou elíptico, repentina e brevemente acuminado; corola<br />
(1) R. caldasianus, Samp.; R. obtusangulus raça caldasianus, Samp.<br />
(2) R. macrostemon, Focke.<br />
(3) R. biirons, var. duriminius, Samp. p. p.
10<br />
11<br />
12<br />
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 111<br />
rosado-pálida. ¡5. Jun.-Agosto. Trás-os-Montes, Minho,<br />
Beira (Gaia e Buçaco) R. bifrons, Vest.<br />
Fôlhas 3-foliadas; inflorescencia subínerme, com<br />
os ramos <strong>de</strong>lgados e compridos. Mais frequente<br />
que o tipo [í. duriminius, Samp.<br />
Porte do R. bifrons, mas com a inflorescencia mais<br />
frouxa e muito pouco vilosa; corola <strong>de</strong> côr rosada<br />
viva. Planta estéril. Ô- Com os progenitores: arredores<br />
do Porto, etc. R. bifrons ulmifolius Sudre.<br />
Inflorescencia mais vilosa; folíolo médio ovado-<br />
-arredondado ou ovado elíptico. Planta robusta. 5-<br />
Com os progenitores: Serra do Merouço.<br />
* R. bifrons xSampaianus, (Samp.)<br />
Sépalas bastante vilosas; inflorescencia frouxamente hirsuta,<br />
bastante aculeada; fôlhas 5-3-foliadas, subglabras<br />
na página superior; corola rosado-pálida ou quási<br />
branca. ¡5. Jun.-Jul. . . R. cuspidifer, Muell. et Lefv.<br />
Inflorescencia <strong>de</strong>nsa, folhosa na base; corola rosada;<br />
fôlhas glabras na página superior, com o folíolo<br />
médio romboidal ou oblongo, subinsensivelmente<br />
acuminado. Trás-os-Montes (Vila Real), Beira<br />
transm. (Trancoso, Guarda),<br />
(l) b. lepidus (P. J. Muell).<br />
Ramo florífero anguloso com as faces planas; estames<br />
maiores que os estiletes; página superior das fôlhas<br />
glabra ou com pêlos simples compridos. Plantas <strong>de</strong><br />
ordinário robustas ; 12<br />
Ramo florífero anguloso com as faces canaliculadas ; estames<br />
quási do tamanho dos estiletes; página superior<br />
das fôlhas acizentado-tomentosa, com pequenos pêlos<br />
estrelados, menos vezes ver<strong>de</strong> e glabra ou com pêlos<br />
simples compridos. Plantas <strong>de</strong> ordinário débeis. . 13<br />
Fôlhas amplas, as 5-foliadas com os folíolos inferiores<br />
peciolulados; pétalas largas, obovadas, brancas ou<br />
rosado-pálidas; inflorescencia ampla, alongada, folhosa<br />
(l) R. villicaulis h. beirensis, Samp.; R. obtusangulus S. beirensis. Samp.; R.<br />
beirensis, Samp.
112 António Xavier Pereira Coutinho<br />
12 l<br />
13<br />
na base, hirsuta; cálice viloso; turião pubescente ou<br />
mais ou menos viloso. 5- Junho-Jul.<br />
R. pubescens, Weihe.<br />
Folíolo médio obovado, repentinamente acuminado;<br />
fôlhas muito brancas na página inferior, <strong>de</strong>sigual e<br />
agudamente serradas com <strong>de</strong>ntes pequenos ou medíocres<br />
; acúleos dos ramos e pecíolos muito aduncos.<br />
Bouças, margens dos campos e caminhos: Trás-os-<br />
Montes (Serra do Brunheiro, Vale Passos, Vila<br />
Real), Minho (Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso, próximo <strong>de</strong> Cabeceiras<br />
<strong>de</strong> Basto), Beira (VilarFormoso, Trancoso,<br />
Manteigas, Alcai<strong>de</strong>, Coimbra), Alto Alent. (Castelo<br />
<strong>de</strong> Vi<strong>de</strong>, Marvão), (l) b. aduncispinus, Sudre.<br />
Fôlhas <strong>de</strong>sigual e agudamente serradas, as 5-foliadas com<br />
os folíolos inferiores subsésseis; pétalas estreitas,<br />
obovado-oblongas, brancas ou rosado-pálídas ; inflorescencia<br />
estreita, folhosa na base, peluda; cálice tomentoso-viloso<br />
; turião glabro ou pouco peludo; folíolo médio<br />
insensivelmente acuminado, 5. Junho-Agosto.<br />
R. thyrsoi<strong>de</strong>us, Wimm.<br />
Fôlhas não muito discolores, esbranquiçado-tomentosas<br />
na página inferior, as dos ramos floríferos<br />
com o folíolo médio ovado; acúleos muito dilatados<br />
na base, aduncos (var. peculiaris LSamp.] Sudre.<br />
(2)). Alto Minho: Melgaço, Serra do Gerez.<br />
b. phyllostachys, P. J. Muell.<br />
Fôlhas muito discolores, branco-tomentosas na página<br />
inferior, a^ dos ramos floríferos com o folíolo médio<br />
estreitamente ovado ou elíptico ou obovado ; acúleos<br />
falcíformes. Alto Minho (Montalegre, Vieira),<br />
Alto Alent. (Póvoa e Meadas, Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong>,<br />
Marvão) c. candicans (Weihe,).<br />
j Planta fértil, com pólen muito perfeito, <strong>de</strong> ordinário (em<br />
Portugal) não glandulosa, raras vezes com uma ou<br />
I outra, glándula pediculada; inflorescencia estreita,<br />
(1) R. thyrsoi<strong>de</strong>us ¿. phyllostachys, Samp. (non P. J. Muell.); R. pubescens<br />
var. occi<strong>de</strong>ntalis, Samp.<br />
(2) R. peculiaris, Samp.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal lid<br />
hirsuta, alongada, pouco folhosa ou suhafila; fôlhas<br />
3-5-foliadas, <strong>de</strong>sigualmente serradas, com a página superior<br />
acinzentado-tomentosa (vestida <strong>de</strong> pequenos<br />
pêlos estrelados, sós ou acompanhados <strong>de</strong> pêlos simples<br />
compridos) e a inferior hranco-tomentosa ; folíolo médio<br />
obovado-romhoidal ou romboidal, agudo ou subacuminado;<br />
corola esbranquiçado-amarelada. Ô- Junho-<br />
- Agosto. Incultos, margens dos campos e caminhos:<br />
Trás-os-Montes (Bragança, Vinhais, Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros,<br />
Miran<strong>de</strong>la, Moncorvo) e Beira montanhosa<br />
(Lamego, Celorico, Alcai<strong>de</strong>). . R. tomentosus, Borkh.<br />
Página superior das fôlhas não tomentosa, glabra ou<br />
provida <strong>de</strong> alguns pêlos simples. Muito menos<br />
íreq[üente que o tipo. . . . *β. glabratus, Godr.<br />
Plantas <strong>de</strong> ordinário estéreis, com pólen incompleto;<br />
indumento da página superior da folha como no R.<br />
tomentosus ou na sua varieda<strong>de</strong>:<br />
-f- Inflorescencia pouco hirsuta, mais tomentosa;<br />
cálices menos vílosos e mais tomentosos; corola<br />
rosada; folíolo médio insensível ou repentinamente<br />
acuminado. 5- Com os progenitores: Bragança,<br />
Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros, Miran<strong>de</strong>la.<br />
R. tomentosus x ulmifolius.<br />
+ Inflorescencia mais hirsuta e mais <strong>de</strong>nsa que no<br />
R. tomentosus; fôlhas com <strong>de</strong>ntes mais fundos.<br />
Planta mais robusta. 5- Com os progenitores.<br />
* R. procerus x tomentosus.<br />
Inflorescencia mais ou menos alongada, paniculiforme.<br />
amoras com as drupas pequenas e numerosas; fôlhas<br />
com os folíolos laterais mais ou menos peciolulados;<br />
estipulas lineares ou linear-lanceoladas . . . . 15<br />
Inflorescencia mais ou menos curta, corimbiforme;<br />
amoras com as drupas maiúsculas e pouco numerosas;<br />
fôlhas com os folíolos laterais subsésseis; estipulas<br />
lanceoladas ou lanceolado-lineares 23<br />
f Glândulas da inflorescencia todas curtas (não exce<strong>de</strong>ndo<br />
) o diâmetro do eixo) 16<br />
15
114 António Xavier Pereira Coutinho<br />
15 l Glândulas da inflorescencia, pelo menos algumas, compridas<br />
(exce<strong>de</strong>ndo o diâmetro do eixo) . . . . 21<br />
Fôlhas branco-tomentosas na página inferior e glabras<br />
na superior, amplas, subsimplesmente serradas, 5-3-foliadas;<br />
turião glabro, pruinoso, anguloso, com acúleos<br />
pouco <strong>de</strong>siguais e poucas glândulas pediculadas; cálice<br />
frutífero imperfeitamente retroflectído; folíolo médio<br />
ovado ou subovado, repentinamente acuminado ; inflorescencia<br />
alongada e estreita, bastante glandulosa,<br />
viloso-birsuta; corola esbranquiçada. Ô- Junho-Jul.<br />
Alto Minho : Serra do Gerez. * R. incanescens, Bertol.<br />
Fôlhas ver<strong>de</strong>s na página inferior ou acinzentado-tomentosas,<br />
ou branco-tomentosas mas então plantas com o<br />
turião peludo ou estéreis; cálice frutífero retroflectído.<br />
17<br />
Fôlhas espessas, coriáceas, peludas e ver<strong>de</strong>-escuras na<br />
página superior, acinzentado-tomentosas e simultaneamente<br />
vilosas na página inferior, com <strong>de</strong>ntes pouco<br />
fundos e subsimples, 5-3-folíadas; turião <strong>de</strong>nsamente<br />
viloso, com acúleos pouco <strong>de</strong>siguais, pouco ou muito<br />
pouco glanduloso; folíolo médio suborbicular ou largamente<br />
obovado, brevemente acuminado; inflorescencia<br />
piramidal, hirsuta, glandulosa, com os pedicelos robustos<br />
e patentes, 1-3-floros; corola rosada. 5- Maio-Agosto.<br />
Incultos, margens dos campos e caminhos : Montalegre,<br />
Vinhais R. vestitus, Weihe.<br />
Fôlhas <strong>de</strong>lgadas, membranosas 18<br />
Ramo florífero com acúleos fracos e <strong>de</strong> ordinário pouco<br />
numerosos; turião glabrescente ou pouco peludo ; folíolo<br />
médio brevemente e <strong>de</strong> ordinário repentinamente<br />
acuminado 19<br />
Ramo florífero com acúleos mayúsculos ou medíocres e<br />
<strong>de</strong> ordinário numerosos ; turião peludo-viloso . . 20<br />
Turião mais ou menos glanduloso e mais ou menos<br />
peludo, com os acúleos bastante <strong>de</strong>siguais; inflorescencia<br />
bem glandulosa, piramidal, mayúscula ou medíocre,<br />
folhosa na base; fôlhas com <strong>de</strong>ntes subsimples e pe-
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal ll5<br />
dueños, glabras ou pouco peludas na página superior;<br />
corola rosado-pálída. Planta fértil. Ô. Maio-Agosto.<br />
. . . . R. apiculatus, Weibe.<br />
Inflorescencia brevemente birsuta ; fôlhas 5-3-foliadas,<br />
levemente acinzentado-tomentosas na página inferior;<br />
folíolo médio oblongo-obovado; corola rosada;<br />
turião bastante glanduloso. Trás-os-Montes: Serra<br />
do Brunheiro. . . . (l) ;S. abruptorum, Sudre.<br />
Inflorescencia tomentoso-birsuta; fôlhas 3-5-foliadas,<br />
vilosas e ver<strong>de</strong>s ou levemente acinzentado-tomentosas<br />
na página inferior; folíolo médio elíptico ou<br />
obovado-elíptico; corola branca ou quási branca ;<br />
turião glanduloso. Alto Minho: Melgaço, Serra do<br />
Gerez . . . (2) 7. lusitanicus (Murray), Sudre.<br />
Inflorescencia tomentoso-vilosa ;.fôlhas todas 3-fpliadas,<br />
vilosas e ver<strong>de</strong>s ou mais ou menos acinzentar<br />
do-tomentosas na página inferior; folíolo médio<br />
obovado . ou subromboidal, frequentemente sublobado-serrado;<br />
corola rosada; turião pouco glanduloso<br />
e com acúleos menos <strong>de</strong>siguais. Estremadura;<br />
Serra <strong>de</strong> Sintra . . . β) à. cintranus, P. Cout.<br />
Turião com pouquíssimas glândulas pediculadas ou sem<br />
nenbuma e com os acúleos subíguais, frequentemente<br />
glabro ou glabrescente; inflorescencia pouco glandulosa.<br />
Plantas êste'reis ou pouco férteis:<br />
+ Inflorescencia afila ou subafila, com os ramos<br />
inferiores na axila <strong>de</strong> pequeninas fôlhas 1-foliadas,<br />
piramidal* brevemente birsuta, multiflora;<br />
fôlhas com os <strong>de</strong>ntes medíocres, irregularmente<br />
duplicado-serradas, ver<strong>de</strong>s nas duas páginas ou<br />
levemente acinzentado-tomentosas na inferior; folíolo<br />
médio ovado-elíptico ou ovado-romboidal ou<br />
ovado. 5. Beira montanhosa: Buçaco.<br />
. (4) R. apiculatusxellipticifolius, P. Cout.<br />
(l) R. inflexus, Samp. ; R. transmontanus, Samp,<br />
(z) R. lusitanicus, Murray.<br />
(3) R. cunctator, Samp, rum Focke (ex ipso Focke).<br />
(4) R. Coutinhi, Samp. p. p.
ll6 António Xavier Pereira Coutinho<br />
+ Inílorescência folhosa na base:<br />
— Inflorescencia longamente hirsuta, ampla, multiflora,<br />
piramidal; íôlbas pubescentes e ver<strong>de</strong>s<br />
na página inferior, menos vezes acinzentado-<br />
-tomentosas, com <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ordinário pequenos<br />
e subiguais; folíolo médio ovado ou subarredondado,<br />
repentina e brevemente acuminado ;<br />
corola rosada ou branca. 5- Trás-os-Montes,<br />
Minho, Beira transm. (Guarda).<br />
(l) R. apiculatusx rhombifolius.<br />
— Inflorescencia longamente birsuta; fôlhas mais<br />
ou menos peludas na página superior e esbranquiçado-tomentosa<br />
na inferior. Ô- Trás-os-<br />
Montes: Serra do Brunheiro.<br />
* R. abruptorum x procerus.<br />
— Inflorescencia curta, tomentoso-vilosa, com<br />
raras glândulas pediculadas; fôlhas semelhantes<br />
às <strong>de</strong> ci. lusitanicus, mas tomentoso-esbranquiçadas<br />
na página inferior. ¡5. Com os progenitores<br />
: Alto Minho.<br />
R. lusitanicus x ulmifolius (Samp.)<br />
Fochas 5-3-foliadas, glabras na página superior e branco-<br />
-tomentosas na inferior, duplicado-serradas com <strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong>siguais; folíolo médio ovado ou romboidal longamente<br />
acuminado ; inflorescencia comprida e multiflora,<br />
interrompida, folhosa, tomentosa e brevemente hirsuta,<br />
muito glandulosa, aculeada; corola rosada; turião<br />
crespo-pubescente e muito viloso, com acúleos muito<br />
(l) R. Coutinhi, Samp. p. max. p.; R. Lespinassei, Samp. non Clav. (ex Sadre).<br />
Segundo o sr. Sudre (1. c.) o R. Coutinhi é o híbrido R. Sampaíanus Xlusita<br />
nicus e talvez também R. opertusXlusitanicus; foi essa origem que procurei repre<br />
sentar na fórmula geral R. apiculatusXrhombifolius, admitindo mais a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> entrar na hibridação alguma das outras varieda<strong>de</strong>s do R. apiculatus, além do R.<br />
lusitanicus. O sr. Sudre lembra ainda (pág. 133) que os exemplares do R. Coutinhi da<br />
Guarda e do Buçaco talvez sejam o híbrido R. lusitanicusXcaldasianus; as plantas<br />
da Guarda, que examinei, parecem-me iguais às do Minho e <strong>de</strong> Trás-os Montes; quanto<br />
às do Buçaco são sem dúvida diversas, mas afigura-se-me resultarem antes do R. ellipti-<br />
cUolius, que ali existe e <strong>de</strong> que apresentam caracteres importantes.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal ii7<br />
<strong>de</strong>siguais e muitas glândulas pediculadas. 5. Maio-Ãg.<br />
Trás-os-Montes: Serra <strong>de</strong> Montezinho, Bragança.<br />
R. Genevieri, Bor.<br />
— Fôlhas muito discolores, mais ou menos peludas<br />
na página superior e branco-tomentosas na inferior,<br />
com os <strong>de</strong>ntes pequenos; folíolo médio obovado,<br />
longamente acuminado. Beira montanhosa: Manteigas<br />
. . (l) b. herminicus (Samp.), P. Cout.<br />
•— Fôlhas pouco díscolores, mais ou menos peludas<br />
na página superior e mais ou menos acinzentado-<br />
-tomentosas na inferior; folíolo médio brevemente<br />
acuminado:<br />
Dentes das fôlhas pequenros; folíolo médio<br />
obovado-elíptico ou obovado; inflorescencia<br />
menor e menos glandulosa; acúleos menores;<br />
pétalas mais estreitas. Trás-os-Montes (Serra<br />
<strong>de</strong> Montezinho), Beira montanhosa (Trancoso,<br />
Manteigas, Fundão).<br />
(2) c. brigantinus (Samp.), Sudre.<br />
Dentes das fôlhas mayúsculos; folíolo médio<br />
ovado ou romboidal; inflorescencia menos<br />
comprida e mais larga, com os pedicelos mais<br />
patentes, troncada. Serra do Marão.<br />
* d. discerptus (P. J. Muell.).<br />
+ Turião pruinoso, com acúleos subiguais e glândulas<br />
sésseis ; fôlhas como no R. Genevieri, mas mais<br />
brancas na página inferior e com o tomento mais<br />
raso; inflorescencia estreita. Planta estéril. 5. Com<br />
os progenitores: Serra <strong>de</strong> Montezinho.<br />
. . . * R. Genevieri X ulmifolius, Sudre et Bouv.<br />
+ Como o prece<strong>de</strong>nte, mas com as fôlhas <strong>de</strong> d.<br />
discerptus; pouco glanduloso. Ô- Com os progenitores<br />
: Serra do Marão.<br />
* R. discerptus x ulmifolius, Schmid.<br />
Fôlhas <strong>de</strong> ordinário 3-foliadas, pouco peludas na página<br />
superior, com <strong>de</strong>ntes subsimples, pequenos; ínflorescên-<br />
(l) R. Radula var. herminicus, Samp.; R. herminicus, Samp.<br />
(a) R. brigantinus, Samp.
118 António Xaviei Pereira Coutinho<br />
cia medíocre ou pequena, folhosa, muito glandulosa,<br />
aculeada; corola branca; turião viloso, com acúleos<br />
muito <strong>de</strong>siguais e bastantes glândulas pediculadas. 5.<br />
Maio-Agosto. . . . . R. Menkei, Weibe.<br />
Fôlhas todas 3-folíadas, mais ou menos acinzentado-<br />
-tomentosas na página inferior; folíolo médio largamente<br />
obovado e brevemente acuminado; inflorescencia<br />
tomentoso-vilosa; pétalas brancas ou<br />
rosado-pálidas. Trás-os-Montes (Serra <strong>de</strong> Montezinho,<br />
Bragança, Serra do Brunheiro), Alto Minho<br />
(Serras <strong>de</strong> Castro Laboreiro, do Soajo, da Cabreira,<br />
do Merouço, Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso), Beira montanhosa<br />
(Guarda, Gouveia, Serra da Estrela).<br />
. (l) b. Henriquesii (Samp.).<br />
-j- Fôlbas vestidas na página inferior <strong>de</strong> tomento<br />
esbranquiçado raso. Planta com o porte da prece<strong>de</strong>nte,<br />
menos glandulosa. £• Com os progenitores:<br />
Serra <strong>de</strong> Montezinho.<br />
R. Henriquesii x ulmifolius (Samp.).<br />
Fôlbas miudamente serradas . . . 22<br />
Fôlbas <strong>de</strong>sigual e fundamente serradas, ver<strong>de</strong>s e pubescentes<br />
na página inferior, 5-3-foliadas; inflorescencia<br />
obtusa, brevemente vilosa, folhosa (às vezes quási até<br />
ao cimo), com acúleos numerosos robustos e muitas<br />
glândulas <strong>de</strong>siguais; corola branca; estames bastante<br />
maiores que os estiletes. 5. Maio-Jul.<br />
R. Koehleri", Weihe.<br />
Cálice frutífero patente ou erecto ; folíolo médio ovado<br />
ou obovado-romboidal, subinsensivelmente acuminado<br />
; flôres pequenas. Serra do Gerez.<br />
. . b. gerezianus, Samp.<br />
+ Glândulas compridas pouco numerosas; folíolo<br />
médio largamente ovado, subrepentínamente acuminado;<br />
inflorescencia folhosa, muito aculeada ou<br />
subinerme. £ . Serra do Gerez.<br />
. . . . (2) R. gerezianus x lusitanicus, P. Cout.<br />
(1) R. Henriquesii, Samp.<br />
(2) R. lusitanicus var. signiíer, Samp.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 119<br />
Fôlhas todas com a página inferior ver<strong>de</strong> e pouco peluda;<br />
acúleos direitos ou inclinados; estames maiores<br />
(Jue os estiletes; cálice frutífero frouxamente retroflectido;<br />
inflorescencia piramidal, frouxa, folhosa inferiormente,<br />
com vilosida<strong>de</strong> curta, muitas glândulas <strong>de</strong>siguais<br />
e acúleos um tanto fortes; folíolo médio subatenuado<br />
no cimo. õ. Jun.-Jul. R. Lejeunei, Weihe.<br />
Fôlhas <strong>de</strong> ordinário todas 3-foliadas, com os folíolos<br />
plicados; folíolo médio largamente ovado ou ovado-<br />
-arredondado; corola branca ou levemente rosada.<br />
Alto Minho (Montalegre) e Beira transm. (Trancoso)<br />
b. peratticus, Samp.<br />
Fôlhas superiores acinzentado-tomentosas na página<br />
inferior, 5-3-foliadas; acúleos recurvados; estames do<br />
tamanho dos estiletes; inflorescencia interrompida,<br />
folhosa na base, pouco vilosa, aculeada e com muitas<br />
glândulas <strong>de</strong>siguais; folíolo médio subrepentinamente<br />
acuminado. Ô- Maio-Jun. R. hebecarpus, P. J. Muell.<br />
Cálice frutífero patente; folíolo médio obovado-<br />
-orbicular, repentinamente cuspidado; inflorescencia<br />
estreita, com acúleos ténues; estames submaiores<br />
tíue os estiletes; corola branca. Bouças, margens<br />
dos campos e caminhos: Alto Minho (Montalegre,<br />
Salamon<strong>de</strong>, Vieira). . (l) b. vagabundus (Samp.)<br />
Planta fértil, com amoras glauco-pruinosas; pólen perfeito<br />
; estipulas largas, sublanceoladas; turião roliço ou<br />
subroliço, com acúleos <strong>de</strong>lgados frágeis bastante <strong>de</strong>siguais<br />
e algumas glândulas pediculadas; inflorescencia<br />
curta, pauciflora, com os pedicelos compridos e <strong>de</strong>lgados,<br />
mais ou menos glandulosa; sépalas tomentoso-esver<strong>de</strong>adas,<br />
levemente marginadas <strong>de</strong> branco, repentinamente e<br />
longamente acuminadas ou apendiculadas, erectas na<br />
frutificação; fôlhas 3-foliadas, um tanto peludas na<br />
página superior e pubescentes na inferior, funda e<br />
<strong>de</strong>sigualmente duplicado-serradas; folíolo médio largamente<br />
ovado-romboídal, às vezes 3-lobado, agudo ou<br />
) R. vagabundus, Samp.
120 António Xavier Pereira Coutinho<br />
23<br />
24<br />
25<br />
26<br />
acuminado; corola branca. 5. Junho-Jul. Campos frescos,<br />
lameiros, margens dos rios e dos caminhos: Trás-<br />
-os-Montes (Bragança), Alto Minho (Valença, Valadares)<br />
R. caesius, L.<br />
Planta mais robusta, com fôlhas glabrescentes ; folíolo<br />
médio ovado ou ovado-arredondado, cordiforme<br />
na base, freqüentemente lobado-serrado; inflorescencia<br />
pouco glandulosa. Arredores do Porto e <strong>de</strong><br />
Coimbra p\ rivalis (Gen.), N. Boul.<br />
Plantas estéreis ou com frutificação parcial e não ou pouco<br />
pruinosa; pólen imperfeito ; estipulas mais estreitas. 24<br />
Plantas pouco ou muito pouco glandulosas . . . 25<br />
Planta bastante glandulosa, estéril, com acúleos pequenos,<br />
frágeis e irregularmente espalhados; fôlhas finamente<br />
tomentosas na página inferior, com o folíolo<br />
médio ovado ou ovado-elíptíco ; inflorescencia medíocre;<br />
cálice retroflectido. 5. Arred. <strong>de</strong> Chaves.<br />
* R. abruptorumxcaesius.<br />
Inflorescencia branco-tomentosa, não ou pouco vílosa,<br />
com os pedicelos curtos, sem glândulas pediculadas ou<br />
com muito poucas; turião subroliço ou visivelmente<br />
anguloso, com acúleos um tanto fortes pouco <strong>de</strong>siguais<br />
e pouco irregularmente dispostos, e com muito poucas<br />
glândulas pediculadas ou sem nenbuma; fôlhas <strong>de</strong><br />
ordinário todas 3-foliadas, vilosas e ver<strong>de</strong>s na página<br />
inferior, raras vezes levemente cinzento-tomentosas;<br />
folíolos gran<strong>de</strong>s, sobrepostos pelas margens, o médio<br />
ovado-arredondado; corola branca ou levemente rosada.<br />
Plante estéril. ¿5. Maio-Jul. Arred. do Porto, <strong>de</strong> Coimbra<br />
e <strong>de</strong> Cascais (Capari<strong>de</strong>).<br />
Silva galega. R. caesius X ulmifolius.<br />
Inflorescencia mais ou menos vilosa . . . . .26<br />
Foliólos serrados quási até à base, com <strong>de</strong>ntes pequenos<br />
ou medíocres 27<br />
Folíolos subínteiros no 1<br />
/ 3 - i<br />
U inferior, com <strong>de</strong>ntes profundos<br />
e irregulares na parte restante; folíolo médio<br />
obovado-romboídal, subrepentina e brevemente acumi-
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />
nado ; inflorescencia curta, muito vilosa; acúleos mediocres,<br />
numerosos, um tanto curvos; página superior da<br />
folha bastante peluda e a inferior acinzentada, tornen^<br />
toso-vilosa. 5- Beira meridional: Fundão.<br />
121<br />
R. aduncispinus x caesius.<br />
Fôlhas ver<strong>de</strong>-acinzentadas na página superior e esbranquiçado-tomentosas<br />
na inferior, miudamente serradas;<br />
folíolo médio obovado-elíptico, chanfrado na base,<br />
subrepentina e brevemente acuminado; inflorescencia<br />
curta, pauciflora, tomentosa e brevemente peluda,<br />
Planta débil, com acúleos mediocres. 5- Trás-os-Montes:<br />
Vimioso R. bifrons x caesius.<br />
Fôlhas ver<strong>de</strong>s nas duas páginas, bastante vil oso-pubescentes<br />
na inferior, as do cimo dos ramos tomentoso-<br />
-vilosas e esbranquiçadas inferiormente; folíolo médio<br />
largamente ovado-acuminado, mais ou menos cordiforme<br />
na base; inflorescencia curta, <strong>de</strong>nsa; cálice frutífero<br />
erecto ou patente ou frouxamente retroflectido.<br />
Planta com acúleos numerosos, parcialmente fértil. 5-<br />
Beira tansm.: Guarda. . . (l) R. caesius < lepidus.<br />
Familia 67 — Leguminosas<br />
Página 317 e 318.— Genista, L.<br />
Altere-se a or<strong>de</strong>m das especies substituindo as chaves 9 a 11 pelas seguintes:<br />
f Flores dispostas na axila <strong>de</strong> brácteas foliáceas. . . 10<br />
! Flores dispostas na ax^.a <strong>de</strong> brácteas muito pequenas;<br />
j fôlhas todas 1-foliadas; espinhos na maior parte 3-parl<br />
tidos ou ramosos 11<br />
Brácteas foliáceas obtusas; espinhos quási todos simples;<br />
vagem intumecida, <strong>de</strong> 1,5-2 cm. <strong>de</strong> comprimento, acastanhada<br />
na maturação, com 6-10 e mais sementes ;<br />
fôlhas todas 1-foliadas. Fevereiro-Jun. Matos charnecas,<br />
bosques: Trás-os-Montes, Minho, Douro, Beira<br />
I transm., Serra da Estrela G. anglica, L.<br />
(l) R. corylifolius, Samp. (non Sm.).<br />
16
122<br />
António Xavier Pereira Coutinho<br />
10 ' Brácteas foliáceas agudas ; espinhos ramosos mais abundantes<br />
due os simples; vagem um tanto menos intumecida,<br />
maior (2-2,5 cm. <strong>de</strong> comprimento), anegrada na<br />
maturação, com maior número <strong>de</strong> sementes (às vezes<br />
exce<strong>de</strong>ndo 20); fôlhas dos ramos floríferos 1-foliadas e<br />
as dos ramos estéreis 3-folíadas. "£ . Abril-Maio. Charnecas<br />
pantanosas e húmidas : Alent.<br />
G. ancistrocarpa, Spach.<br />
11<br />
Vagem <strong>de</strong> 1-1,8 cm., fusca, celbeada com pêlos brancos<br />
compridos; flôres subsolitárías, 1-2 terminais; fôlhas<br />
glabras. t . Março-Jun. Minho. . G. berberi<strong>de</strong>a, Lge.<br />
Vagem <strong>de</strong> 2-2,5 cm., anegrada na maturação, não celbeada<br />
e mais curva na extremida<strong>de</strong>; flôres dispostas em<br />
cacbos frouxos, paucifloros; fôlhas vílosas na margem<br />
e na nervura dorsal dos folíolos. t - Março-Jun. Maros,<br />
pinhais, silvedos, charnecas húmidas: Trás-os-lAontes,<br />
MínAo, Beiras, Estrem., Alto Alent.<br />
Tojo gadanho. G. falcata, Brto.<br />
Pág. 320.— A<strong>de</strong>nOCarpUS grandiflOrUS, BsS. Inscreva-se o seu habitat<br />
— Alto Alent. : Serra <strong>de</strong> Ossa, Evora-M.onte.<br />
Pág. 320. — A<strong>de</strong>nocarpus anisochilus, Bss. e A. hispan.cus<br />
(Lam.), DC.<br />
Precise-se melhor a chave 3, do seguinte modo:<br />
f Folíolos obovados, glandulosos na página inferior; flôres<br />
pouco numerosas, dispostas em cacbo curto subcapitado;<br />
estandarte subarredondado-apiculado ; lábio inferior<br />
do cálice com os segmentos <strong>de</strong>siguais. | . Maio-Jun.<br />
Matagais: Estrem. (Sintra), Baixo Alent. (Monchique).<br />
A. anisochilus, 1) .<br />
Folíolos lanceolados, canescentes (não g 1<br />
andulosos) na<br />
página inferior; flôres numerosas, dispostas em cacbo<br />
oblongo; estandarte obovado, chanfrado; lábio inferior<br />
do cálice com os segmentos subiguais. t . Junho-Jul.<br />
Sítios assombreados, margens dos rios.- Douro, Beira.<br />
Co<strong>de</strong>co alto. A. hispanicus (Lam.), DC.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />
Pág. 323. — Ulex canescens, Lge. = U. janthocladus var.<br />
subsericeus, P. Cout.<br />
Introduza-se esta espécie substituindo a chave 11 pelas duas seguintes:<br />
Espinhos fortes, mais ou menos (às vezes muito) curvos;<br />
filódios curtos (2-5 mm.); flôres com o cálice <strong>de</strong> 10-12<br />
mm. e o estandarte levemente saliente. Arbustos <strong>de</strong><br />
5-12 dm. , 11 bis.<br />
11 Espinhos <strong>de</strong>lgados, rectos; filódios muito curtos (1-3<br />
mm.); estandarte incluso no cálice ou subincluso.<br />
Arbustos humil<strong>de</strong>s, formando moita muito <strong>de</strong>nsa,<br />
vestidos <strong>de</strong> pêlos assetinados, esbranquiçados ou prateados<br />
. . . . . .12<br />
11<br />
bis<br />
Arbusto coberto <strong>de</strong> indumento muito curto aveludado-<br />
-puberulento, esver<strong>de</strong>ado-acinzentado; cálice primeiro<br />
puberulento <strong>de</strong>pois glabrescente, quási lustroso. Março-<br />
- Julho. Alto Alent. (Póvoa e Meadas, Portalegre,<br />
Évora), Baixo Alent. (Ficalho) e Alg. (Vila Real <strong>de</strong><br />
Santo António) U. janthocladus, Webb.<br />
Arbusto coberto <strong>de</strong> indumento aplicado e assetinado,<br />
cinzento-esbranduiçado; cálice esbranduiçado-assetinado.<br />
Março-Maio. Algarve. , . . U. canescens, Lge.<br />
Pág. 324.—Ulex Webbianus, Coss. e U. lundus (Webb), Wk.<br />
As diferenças entre estas duas espécies po<strong>de</strong>m ser melhor indicadas pela seguinte<br />
have :<br />
Ramos novos assetinados; cálice assetinado com os <strong>de</strong>ntes<br />
do lábio superior curtos e curvo-convergentes;<br />
bractéolas obtusiúsculas. Arbusto erecto ou ascen<strong>de</strong>nte.<br />
1). Março. Pinhais, charnecas: Algarve: entre Faro e<br />
Albufeira . . * U. Webbianus, Coss.<br />
15 *I Ramos novos <strong>de</strong>nsamente fulvo-hirsutos; cálice muito<br />
hirsuto, com os <strong>de</strong>ntes do lábio superior direitos; bractéolas<br />
agudas. Arbusto prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, radicante<br />
na base. | . Março-Abril. Charnecas, pinhais, lugares<br />
arenosos: Baixo Alent. lit., costa oci<strong>de</strong>ntal do Algerve.<br />
U. luridus (Webb), Wk.<br />
123
124 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 324.— Ulex spectabilis (Webh), Wk.<br />
Apareceu em Alcácer do Sal: Santa Suzana ; segundo julgo é êste o ponto conhecido<br />
da sua habitação mais ao norte ; inscreva-se pois no — Alent. lit. e Algarve.<br />
Pág. 324. — UleX aphyllUS, Lk. Aumente-se o seu habitat — BaixO<br />
Alent.: Serra <strong>de</strong> Serpa; Alent. lit. (freqüente) e Algarve.<br />
Pág. 327. — CytíSUS CandlCanS (L.), DC. Inscreva-se em — Buçaco,<br />
Póvoa e Meadas, Serra <strong>de</strong> Ossa.<br />
Pág. 329 (chave 10). Ononis Broteriana, DC. (l) e O. Bourgaei,<br />
Bss. et Reut. (2).<br />
O sr. D. C. Pau e o sr. Sampaio reünem estas duas espécies sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong><br />
O. subspicata, Lag. Não tenho aqui elementos para apreciar <strong>de</strong>vidamente essa reunião ; as<br />
duas plantas sem dúvida são bastante afins, mas afiguram-se-me suficientemente distintas.<br />
Pág. 330. — Ononis reclinata, L. var. tri<strong>de</strong>ntata, Lowe.<br />
As varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta espécie or<strong>de</strong>nem-se como abaixo :<br />
+ Sépalas inteiras e atenuadas no cimo:<br />
— Corola do tamanho do cálice; vagem saliente; pedúnculo<br />
ç[uási do tamanho do cálice ou um tanto maior.<br />
Freqüente «, genuína, Godr.<br />
— Corola menor que o cálice; vagem inclusa ou subínclusa<br />
e pedúnculo duási do tamanho do cálice ou<br />
menor (forma inclusa, BertJ. Com a anterior, muito<br />
menos freqüente (3. minor, Mor.<br />
+ Sépalas mais largas no cimo e tri<strong>de</strong>ntadas ou subtri<strong>de</strong>ntadas;<br />
corola <strong>de</strong> ordinário sensivelmente maior tfue o<br />
cálice; vagem saliente. Próx. do mar: Estr., Alent. lit. e<br />
Alg. (um tanto freqüente) . . . . 7. tri<strong>de</strong>ntata, Lowe<br />
Pág. 33o.— Ononis geminiflora, Lag.<br />
Inclua-se na chave 16:<br />
(1) Ononis Picardi, Bss., in Wk. et Lge. Prodr. Fl. Hisp.<br />
(2) O. BouTéaei, Bss. et Reut., in Wk. et Lge. 1. c.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 125<br />
Pedúnculos 2-floros, múticos; flôres mediocres (10-11<br />
mm.), com o estandarte maior que o cálice, reunidas<br />
em cacho frouxo; fôlhas caulinares (excepto as inferiores)<br />
3-foliadas, com os folíolos elípticos ou elíptico-<br />
-lineares; estípulas menores que o pecíolo. Planta <strong>de</strong><br />
1-2 dm., ramoso-difusa, pubescente. O. Abril-Maio.<br />
Terrenos arenosos e areias marítimas: Alent. lit. (Me-<br />
16 J li<strong>de</strong>s, Sines, Vila Nova <strong>de</strong> Milfontes) e Baixo Alent.<br />
(Beja) O. Hackelii, Lge.<br />
Pedúnculos 1-2-floros, aristados; flôres mayúsculas, com<br />
o estandarte maior que o cálice, nutantes; fôlhas todas<br />
3-foliadas, com os folíolos elípticos ou oblongos, troncados;<br />
estípulas gran<strong>de</strong>s. Planta erecta, simples ou<br />
ramosa, glanduloso-puberulenta. O. Abril-Maio. Alto<br />
Alent.: Elvas * O, geminiflora, Lag.<br />
Pedúnculos 1-floros 17<br />
Pág. 330.— Ononis crotalarioi<strong>de</strong>s, Coss.<br />
Para introduzir esta especie d/,ixem-se nas últimas duas linhas da chave 18 apenas<br />
as duas primeiras palavras — Pedúnculos aristados . . . . 18 bis<br />
Intercale-se urna nova chave 18 bis:<br />
18<br />
Planta pubescente, pouco glandulosa, viscosa, com as<br />
fôlhas todas 1-fohadas; flôres pequenas, com a corola<br />
quási do tamanho do cálice, amarela; vagem oblongo-<br />
-túrgida, muito maior que o cálice. Maio-Junho. Alto<br />
bis Alent. : Elvas O. crotalarioi<strong>de</strong>s, C oss.<br />
Plantas vilosas e glandulosas, com as fôlhas inferiores e<br />
as florais 1-foliadas e as restantes 3-foliadas; estandarte<br />
estriado <strong>de</strong> vermelho 19<br />
Pág. 330.— Ononis viscosa, L e a var. brachycarpa (DC),<br />
Wk.<br />
Alaráue-se o habitat da especie — Margens do Douro (Pinhão) e do<br />
Nabão (Tomar), Baixo Alent. (Serra <strong>de</strong> Serpa). Por baixo da <strong>de</strong>scrição<br />
da espécie inscreva-se aquela varieda<strong>de</strong>.<br />
Vagens não salientes do cálice; folíolos mais largos. Algarve:<br />
Loulé * p\ brachycarpa (DC), Wk.
126 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 334.— Medicago rugosa, Desrousseaux.<br />
Inclua-se na ckave 7, assim modificada :<br />
Espiras da vagem <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> nervuras paralelas à<br />
dorsal; vagem <strong>de</strong> 4-7 mm. <strong>de</strong> diam. transversal, inerme,<br />
discói<strong>de</strong>, com as íaces radialmente nervoso-cristadas;<br />
pedúnculos paucifloros, menores que a folha. 0 Maio-<br />
-Jun. Arredores <strong>de</strong> Lisboa: Monsanto, Oeiras.<br />
. . ........* M. rugosa, Desrous.<br />
Espiras da vagem <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> nervuras paralelas à<br />
dorsal; vagens gran<strong>de</strong>s ^10-20 mm. <strong>de</strong> diam. transversal),<br />
ovói<strong>de</strong>s ou subglobosas, espinhosas; espinhos<br />
metidos uns pelos intervalos dos outros 8<br />
Espiras da vagem providas <strong>de</strong> 2 nervuras paralelas à<br />
dorsal, uma <strong>de</strong> cada lado, mais ou menos visíveis;<br />
vagens pequenas ou medíocres ou majúsculas (2,5-10<br />
mm. <strong>de</strong> diam. transversal) espinhosas ou inermes. . 9<br />
Pág. 335.—Medicago Murex, Willd. macrocarpa (Mor.),<br />
LTrb. — Estoril. Corte-se-lke o *.<br />
17<br />
17<br />
bis<br />
Pág. 336.— Medicago coronata, Des.<br />
Introduza-se na ckave 17, dividida em duas do modo seguinte :<br />
Vagens muito pequenas (2-4 mm.), puberulentas ou<br />
pubescentes; estipulas inteiras ou levemente <strong>de</strong>ntadas.<br />
Plantas mais ou menos pubescentes 17 bis.<br />
Vagens maiores (4-10 mm.), glabras; estipulas <strong>de</strong>ntadas<br />
ou laciniadas. Plantas glabras ou glabrescentes. . 18<br />
Vagens discóí<strong>de</strong>s, com 1-2 espiras e os espinhos dísticos,<br />
paralelos ao eixo, formando 2 coroas invertidas; cachos<br />
com pedúnculos muito <strong>de</strong>lgados, maiores que a folha.<br />
©. Abril-Maio. Lisboa: cerca dos Jerónimos.<br />
M. coronata, Des.<br />
Vagens subglobosas, com 4-5 espiras e os espinhos patentes<br />
(perpendiculares ao eixo); cachos com pedúnculo<br />
<strong>de</strong> ordinário quási do tamanho da folha, às vezes<br />
maior ou menor. O. Abril-Jul. Incultos, lugares secos e<br />
pedregosos, arrelvados: <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao Algarve,<br />
(freqüente) III. minima (L.), Grufb.<br />
(Vejam-se na Flora as varieda<strong>de</strong>s)
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 127<br />
Corrijam-se na Flora os habitats das seguintes espécies:<br />
Pág. 337.— Melilotus alba (L.), Desr.— Margens do Douro,<br />
entre Souzelas e a Pampilhosa, Coimbra.<br />
Pág. 338.— Melilotus elegans, Salzm.— Malpica, Vila Velha<br />
<strong>de</strong> Rodam, Beja, Serra <strong>de</strong> Serpa.<br />
Pág. 339.— Trifolium filiforme, L.—<strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho<br />
ao Algarve.<br />
Pág. 340. — Trifolium Michelianum, Savi. — Beira transm.<br />
(Vilar Formoso), Beira lit. (Coimbra, Coselhas), Estrem. (entre<br />
a Póvoa e Frielas).<br />
Pág. 341.— Trifolium isthmocarpum, Brot.— Trás-os-Montes,<br />
Beira transm. e merid., Estremadura, Algarve.<br />
Pág. 342. —Trifolium scabrum, L. — <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao<br />
Algarve.<br />
Pág. 343.— Trifolium phleoi<strong>de</strong>s, Pourr.— Trás-os-Montes:<br />
Vimioso. Subesp. gemellum (Pourr.).— Trás-os-Montes, Beira<br />
Alta, Alto Alent.<br />
Pág. 345. — Trifolium hirtum, Ali.— Trás-os-Montes, Beira<br />
merid. (Fundão), Estrem.<br />
Pág. 348.— Lotus edulis, L.<br />
Acrescente-se ao seu habitat — arredores <strong>de</strong> Faro. — Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta<br />
espécie (chave 2, linha 3) on<strong>de</strong> se lê — pedúnculo 1-2-florO, bastante menor<br />
due a fôlba— emen<strong>de</strong>-se—pedúnculo 1-2-floro, bastante maior que<br />
a fôlba.<br />
Pág. 348.— Lotus coimbrensis, Brot.<br />
Leia-se L. coimbrensis, Brot, em vez <strong>de</strong> L. coimbrensis, Willd., pois que Will<strong>de</strong>now<br />
refere muito claramente esta espécie a Brot. (Spec. Plant. III, pág. l39o).<br />
Pág. 349.— Lotus arenarius, Brot.<br />
Inscreva-se também no Algarve — Estrem., Alent., Alg. (arred. <strong>de</strong><br />
Faro).<br />
Pág. 350. Psoralea americana, L. ß. polystachya (Poir.).<br />
Subespontânea em Lisboa e nos arredores, foi encontrada <strong>de</strong>pois, nas mesmas condições,<br />
mas com rarida<strong>de</strong> - no Algarve: visinhanças <strong>de</strong> Faro.
128 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 355.— Ornithopus sativus, Brot.<br />
Alar^ue-se o seu habitat — Beira, Estrem., Ãlent. lit. (Alcochete,<br />
Alcácer do Sal) e Algarve; também cult.<br />
Pág. 357.— Hippocrepis multisiliquosa, L.<br />
Inclua-se esta espécie modificando as chaves como abaixo :<br />
Flores solitárias, raras vezes 2-3, subsésseís; vagem com<br />
os recortes abertos no bordo côncavo (interno), provida<br />
<strong>de</strong> algumas papilas curtas e incolores nas saliências<br />
correspon<strong>de</strong>ntes às sementes, menos vezes glabra.<br />
Planta <strong>de</strong> 0,5-3 dm., ascen<strong>de</strong>nte ou prostrada, glabra.<br />
0. Abril-M.aio. Colinas secas e pedregosas, campos,<br />
searas: Estrem., Alent. lit. e Algarve.<br />
. . . Ferradurina, Esíerra-cavalo. H. unisiliquosa, L.<br />
Flores 2-6 inseridas num pedúnculo quási do tamanbo<br />
da íôlba 2<br />
Vagem com os recortes abertos no bordo côncavo, coberta<br />
<strong>de</strong> papilas compridas, avermelhadas, nas saliências correspon<strong>de</strong>ntes<br />
às sementes e às vezes nas margens.<br />
Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., ascen<strong>de</strong>nte ou difusa, glabra ou<br />
pouco pubescente. O. Abril. Estremadura (Póvoa <strong>de</strong><br />
Santa Iria, Boca da Lapa), Alent. lit. (arredores <strong>de</strong><br />
Setúbal) e Algarve (arredores <strong>de</strong> Tavira).<br />
. . . H. ciliata, Willd.<br />
Vagem com os recortes abertos no bordo convexo, glabra<br />
ou com algumas papilas pequenas e incolores. Planta<br />
<strong>de</strong> 2-3 dm., ascen<strong>de</strong>nte, glabra ou glabrescente. 0.<br />
Abril. Alent. lit. (Península <strong>de</strong> Tróia), Algarve<br />
(Tavira) H. multisiliquosa, L.<br />
Pág. 358. — Hedysarum spinosissimum, L. b. capitatum<br />
(Desf.), var. glabrescens, P. Cout.<br />
Emen<strong>de</strong>-se var. capitatum (Desf.) pata subsp. capitatum (Desf.) e por baixo<br />
inscreva-se :<br />
Vagem glabrescente; fôlhas com os focólos um pouco menores,<br />
glabrescentes na página inferior. Sagres.<br />
var. glabrescens, P. Cout.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 129<br />
Ampliem-se como vai indicado os habitats das seguintes espécies:<br />
Pág. 359.— Vicia sativa, L. '/. maculata (Presl.), Burnat.—<br />
<strong>de</strong> Trás-os-Montes (Vinhais) e Minho ao Algarve.<br />
Pág. 360. — Vicia sativa, L. r<br />
X heterophylla (Presl.) — <strong>de</strong><br />
Trás-os-Montes (Vinhais) e Minho ao Algarve.<br />
Pág. 360.—Vicia peregrina, L.— Beira merid., Estrem., Baixas<br />
do Guadiana (Moura), Algarve.<br />
Pág. 361.— Vicia bíthynica, L.— Corte-se-lhe o asterisco, pois vi um<br />
exemplar da Beira litoral.<br />
Pág. 362.— V. CraCCa, L.— Corte-se-lhe o asterisco, bem como à sua var.<br />
incana (Vill.) Burnat, e a esta última generalize-se o seu habitat — RegiaO <strong>de</strong><br />
Entre-Douro e Minho, on<strong>de</strong> parece não ser rara.<br />
Pág. 363.— Na chave 18, na 2." linha, on<strong>de</strong> se lê — flôres medíocres<br />
(7-9 mm.), azuladas — leia-se — flôres medíocres (7-9 mm.), violá-<br />
CeO-claraS; e na mesma chave 18, na última linha, on<strong>de</strong> se lê — 1-3-floro — leia-se<br />
— 1-6-floro.<br />
Pág. 363.— Na chave 19, ná 4. a<br />
linha, antes <strong>de</strong> — Planta <strong>de</strong> 3-4 dm intercale-se<br />
— pedúnculo com 1-2 flôres.<br />
Pág. 364 . — Na mesma chave 19, na l. a<br />
linha, antes <strong>de</strong> — Planta <strong>de</strong> 3-5 dm.—<br />
intercale-se — pedúncu 1<br />
o com 1-6 flôres.<br />
Pág. 365.— Lathyrus Clymenum, L. e L. articulatus, L.<br />
Simplificjue-se e torne-se mais precisa a chave 4, substituindo-a pela seguinte;<br />
Vagem larga (8-10 mm. <strong>de</strong> largura), não torolosa; flôres<br />
com asas azuis ou lilacíneas; folíolos lineares (var.<br />
angustiíolius, Rouy), ou menos vezes oblongo-lineares<br />
ou oblongos (var. purpureus [Desf. ]). O. Março-Jul.<br />
Searas, sebes, margens dos campos: Minho, Douro,<br />
^ Beira, Estrem., Alent L. Clymenum, L.<br />
Vagem mais estreita (6-8 mm- <strong>de</strong> largura), torolosa; flôres<br />
com as asas brancas ou .esbranquiçadas; folíolos lineares<br />
(var. tenuifolius [Desf.]), raras vezes oblongo-lineares<br />
ou oblongos (var. latifolius, Rouy.). 0. Abril-Jun.<br />
Searas, campos cultivados e incultos: Beira lit., Estrem.,<br />
Alent. lit L. articulatus, L.
13o António Xavier Peieira Coutinho<br />
Pág. 366.— Lathyrus Cicera, L. P- subbijugus, P. Cout.<br />
Inscreva-se, sob a respectiva espécie esta varieda<strong>de</strong> da maneira que segue:<br />
Fôlhas ç[uási todas com um par <strong>de</strong> folíolos, mas alguma<br />
superior com 2 pares; gavinhas simples nas fôlhas inferiores<br />
ou às vezes mesmo em ç[uási todas, ramosas nas<br />
superiores; flôres mais pálidas e menores. Planta mais<br />
ou menos (às vezes muito) celheada, com freqüência <strong>de</strong><br />
menor porte. 0. Estrem. (Capari<strong>de</strong>) e Alent. lit. (Alcácer<br />
do Sal) (l) P. subbijugus, P. Cout.<br />
Pág. 366.— Lathyrus hirsutus, L. forma brevipedunculatus,<br />
P. Cout.<br />
Acrescente-se esta nova forma do modo seguinte :<br />
Pedúnculo proximamente do tamanho da folha: Estrem.<br />
(Cacém) forma brevipedunculatus, P. Cout.<br />
Pág. 367.— Lathyrus latifolius, L. '/• heterophyllus (Gou.).<br />
Acrescente-se a seguir à var. P. da mesma espécie:<br />
Folíolos das fôlhas inferiores lanceolados, mucronados, os<br />
das superiores lineares longamente aguçados. Torres<br />
Vedras y. heterophyllus (Gou.)<br />
Alargue-se o habitat da espécie seguinte :<br />
Pág. 368. (chave 21).— Lathyrus montanus, Bernh.— Serra <strong>de</strong><br />
Rebordãos, Alto Minho, Buçaco, Louzã, Serra <strong>de</strong> Serpins.<br />
Pág. 368. Género 436. Pisum, L.<br />
Substituam-se pelas seguintes as chaves das espécies na Flora :<br />
Corola branca ou levemente rosada; sementes brancas ou<br />
branco-azuladas, subglobosas ou quási cúbicas (var.<br />
cjuadratum, L.); pedúnculos curtos ; estipulas imaculadas.<br />
Planta ver<strong>de</strong>-glauca, elevada e trepadora, ou anã<br />
e débil (forma humile [Mill.]). Maio-Jul. Cult. (Orig.<br />
1 { da Ásia Oci<strong>de</strong>ntal). . . Ervilha. Pisum sativum, L.<br />
(l) Lathyrus Cicera, L. p. subbijugus, P. Cout. — Foliolis fere omnibus<br />
1-jugis, sed haud rare foliorum superiorum 2-jugis; cirrbis foliorum infer. vel fere<br />
omnibus simplicibus, foliorum sup. plerumcjue ramosis. Planta plus mínusve (interdum<br />
multo) ciliata, saepe minor.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal<br />
Vagens subcoriáceas, subcilíndricas, com as sementes<br />
mais ou menos aproximadas.<br />
Ervilha ordinária. saccharatum, Ser.<br />
Vagens não coriáceas, muito comprimidas, gran<strong>de</strong>s<br />
e falciíormes, com as sementes distantes. Menos<br />
cultiv. que Ervilha torta. p\ macrocarpum, Ser.<br />
Corola rosado-violácea, com as asas violáceo-purpúreas;<br />
sementes escuras, <strong>de</strong> ordinário com manchas castanho-<br />
-purpúreas 2<br />
Sementes angulosas, um tanto comprimidas, lisas; pedúnculos<br />
curtos, do tamanho das estipulas ou pouco<br />
maiores; base das estípulas e articulação dos folíolos<br />
com uma pequena mancha violácea. Planta mais ou<br />
menos elevada, trepadora, ver<strong>de</strong>-glauca. O. Maio-Jul.<br />
Cvclt.: muito menos que a esp. anterior, e às vezes em<br />
mistura aci<strong>de</strong>ntal com ela. (Orig. da zona mediterrânea).<br />
. . . . . Ervilha miúda. P. arvense, L.<br />
Sementes subglobosas, finamente granulosas ; pedúnculos<br />
compridos, bastante maiores que as estípulas; estípulas e<br />
fôlhas imaculadas. Planta <strong>de</strong> 3-12 dm., trepadora, ver<strong>de</strong>-<br />
-glauca. O. Abril-Jun. Searas, outeiros, margens dos<br />
pinhais: disseminada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Minho ao Algarve.<br />
Ervilha brava. P. elatius, M. Bieb.<br />
Família 68 — Geraniáceas<br />
Pág. 372.— Erodium littoreum, Léman.<br />
Substitua-se a chave 3 do seguinte modo :<br />
Fruto com as cocas providas <strong>de</strong> uma prega concêntrica<br />
sob cada cavida<strong>de</strong> do cimo e o rostro <strong>de</strong> 18-28 mm.;<br />
fôlhas <strong>de</strong> contorno ovado ou ovado-oblongo, crenadas<br />
ou sublobado-crenadas; estaminódios glabros; sépalas<br />
com mucrão curto (cerca <strong>de</strong> 1 mm.); pétalas purpúreo-<br />
-lilacíneas, quásí do tamanho do cálice ou pouco<br />
maiores. Planta <strong>de</strong> 1-5 dm., difusa ou ascen<strong>de</strong>nte,<br />
pubescente-glandulosa. O. Junho-Jul. Campos cultivados<br />
e incultos, caminhos, muros, entulhos: quási todo<br />
¡ o país (freqüente). . . . E. malacoi<strong>de</strong>s (L.), Willd.
132<br />
3<br />
bis<br />
4<br />
bis<br />
Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Fôlbas lobadas ou subpenatifendidas, com os segmentos<br />
crenados. Com o tipo.<br />
(l) (5. ribiíolium (Jacq;.), DC.<br />
Fruto com as cocas <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> pregas sob as cavida<strong>de</strong>s<br />
do cimo; fôlhas mais ou menos profundamente<br />
3-lobadas ou 3-fendidas, com os segmentos crenados.<br />
3 bis<br />
Planta anual ou bienal, <strong>de</strong> 0,8-4 dm., ver<strong>de</strong>, pubescente<br />
ou pubescente-subvílosa, prostrada ou ascen<strong>de</strong>nte; estaminódios<br />
celheados; sépalas com mucrão majusculo<br />
(cerca <strong>de</strong> 2 mm.); pétalas rosado-purpúreas, um pouco<br />
maiores due o cálice; umbelas <strong>de</strong> ordinário multifloras.<br />
© ou $. Abril-Aéosto Solos arenosos, colinas, muros,<br />
telhados, entulhos: Centro e Sul.<br />
E. chium (L.), Willd.<br />
Planta vivaz (com raiz vertical <strong>de</strong>lgada), <strong>de</strong> 1-3 dm.,<br />
ver<strong>de</strong>-acinzentada, pubescente-vilosa, mais ou menos<br />
glandulosa no cimo, difusa; estamínódios glabros;<br />
sépalas com mucrão curto (cerca <strong>de</strong> 1 mm.); pétalas<br />
lilacíneo-purpúreas, do tamanho do cálice ou çfuási;<br />
umbelas <strong>de</strong> ordinário 2-4-floras. %. Maio-Set.: Algarve:<br />
Alvor E. littoreum, Féman.<br />
Pág. 373.— Erodium sublyratum, Samp.<br />
Esta espécie <strong>de</strong>ve ser intercalada a seguir à chave 4, do modo seguinte:<br />
Fôlhas penatisecto-liradas, com os segmentos superiores<br />
profunda e largamente confluentes; fruto com o rostro<br />
<strong>de</strong> 25-30 mm. e com as cocas sem prega concêntrica sob<br />
as cavida<strong>de</strong>s do cimo; umbelas 3-7-floras, com o pedúnculo<br />
do tamanho da folha ou maior. Planta caulescente,<br />
breve e tenuemente vilosa, com pêlos brancos<br />
patentes. 0. Maio. Margens do Douro: Foz-Tua.<br />
E. sublyratum, Samp.<br />
Fôlhas não liradas; cocas <strong>de</strong> fruto com uma prega concêntrica<br />
sob cada cavida<strong>de</strong> do cimo, menos vezes sem<br />
prega e então fôlhas 2-penatisectas 5<br />
(D subtrilobum (Jord.), Lge.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 133<br />
Pág. 373 e 374.— Erodium cicutarium (L ), I/Hérit. a. primulaceum<br />
(Welw.) e b. Chaerophyllum (Cav.), DC. (Ckave 8).<br />
Acentuem-se melnor as diferenças entre as duas subespécies, que talvez <strong>de</strong>vessem<br />
antes ser consi<strong>de</strong>radas como espécies:<br />
Segmentos das fôlhas pouco fundamente recortados, inciso-<br />
-serrados ou penatifendidos; flôres mayúsculas; estípulas<br />
níveas; caules esbranquiçados, peludos. Disseminado em<br />
ç[uási todo o país, freqüente na Estremadura.<br />
.' a. primulaceum (Welw.)<br />
Segmentos das fôlhas fundamente recortados, penatipartidos;<br />
flôres medíocres ou mayúsculas; estípulas coradas<br />
(fuscas ou purpurascentes); caules ver<strong>de</strong>s, mais <strong>de</strong>nsamente<br />
peludos. Quási todo o país.<br />
. . b. Chaerophyllum (Cav.), DC.<br />
Pág. 374.— Erodium bipinnatum (Cav.), Willd. '/. sabulicola<br />
(Lge.), Rouy.<br />
Acrescente-se a <strong>de</strong>scrição :<br />
Planta pubescente-glandulosa, prostrada; pétalas <strong>de</strong> ordinário<br />
brancas ou levemente rosadas, raras vezes purpúreo-<br />
-lilacíneas; rostro do fruto <strong>de</strong> 20-25 mm. Com os anteriores,<br />
nas areias do litoral, mas menos freqüente, raras<br />
vezes nas areias do interior (Beira merid.).<br />
y. sabulicola (Lge.), Rouy.<br />
Família 69 — Oxalidáceas<br />
Pág. 374.— Oxalis Acetosella, L,<br />
Inclua-se esta espécie do modo seguinte:<br />
Plantas com cápsulas férteis, espontâneas . . . 1 bis<br />
Plantas, com as flôres geralmente infrutíferas, subespontâneas,<br />
bulbilbíferas, acaules 2<br />
1<br />
Planta caulescente, <strong>de</strong> 0,8-4 dm., prostrada e radicante,<br />
mais ou menos pubescente; pedúnculos 1-plurífloros,<br />
axilares, solitários, maiores ou menores que a fôlba ;<br />
bis Ï flôres umbeladas 1-5, amarelas, medíocres ; cápsula
134 António Kavier Pereira Coutinho<br />
1 linear-oblonga, pentagonal, aguda, erecta; f olíolos obcor-<br />
I1S<br />
diforme-chanfrados, com 8-18 mm. <strong>de</strong> comprimento.<br />
%. Ãbril-Nov. Campos cultivados, pousios, sebes, muros,<br />
caminhos: do Minho ao Algarve.<br />
O. corniculata, L-<br />
( Seguem as varieda<strong>de</strong>s como na Flora ).<br />
Planta acaule, com rizoma subterrâneo don<strong>de</strong> nascem as<br />
fôlhas e os pedúnculos, vestida <strong>de</strong> pêlos encostados;<br />
pedúnculos 1-floros, proximamente do tamanho da<br />
folha ; flôres brancas, purpúreo-venosas ; cápsula ovói<strong>de</strong>-<br />
-acuminada; fôlhas com o pecíolo comprido e os folíolos<br />
obcordíforme-bílobados. Alto Minho: Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
Coura. . . . * O.Acetosella, L.<br />
Família 70 — Lináceas<br />
Pág. 376.— Linum maritimum, L.<br />
Vi posteriormente exemplares do Aient, lit.: Milfontes; corte-se-lhe<br />
pois o asterisco.<br />
-fag. 376. — Linum narbonense, L.<br />
Maraue-se-lke como lugar <strong>de</strong> kakítação — Trás-OS-MonfeS : VimÍOSO —<br />
on<strong>de</strong> foi ultimamente encontrado.<br />
Família 72 — Rutáceas<br />
Pág. 378.— Rufa montana, L.<br />
Na 3.* linka da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie, on<strong>de</strong> diz — brácteaS pequenas<br />
assoveladas — leia-se — brácteas 3-sectas, com as lacínias assove-<br />
ladas.<br />
Pág. 379. — Citrus medica, L. b. Limon, L. = C. medica, L. b.<br />
Limonum (Risso).<br />
Substitua-se na Flora a primeira <strong>de</strong>signação à segunda.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 135<br />
Família 76 — Euforbiáceas<br />
Pág. 385.— Euphorbia nufans, Lag. (= E. Preslii, Guss.).<br />
Esta planta da América do Norte e do Equador, subespontânea na Cicília, na<br />
Itália, na Espanba (Valença, Granada) e na Ma<strong>de</strong>ira, foi também encontrada no Algarve;<br />
inclua-se, pois, substituindo como segue a cbave 1;<br />
Plantas sem pseudo-umbela; fôlhas opostas, estipuladas;<br />
1 ] sementes sem carúncula .1 bis<br />
Plantas com pseudo-umbela; fôlhas sem estipulas . 4<br />
Cíatos dispostos em pequenas cimeiras corimbiformes<br />
terminais; fôlhas serrilhadas, membranosas, 3-5-nérveas<br />
na base, majúsculas (2-3 cm.); sementes escuras,<br />
transversalmente rugosas. Planta erecta ou ascen<strong>de</strong>nte,<br />
1 elevada (2-7 dm.), bastante ramosa. 0. Serem. Subeskis<br />
pontânea no Algarve: arred. <strong>de</strong> Faro (Arábia).<br />
E. nutans, Lag.<br />
Ciatos solitários; fôlhas inteiras ou subinteiras, pequenas<br />
ou medíocres (14 mm. o máximo). Plantas prostradas,<br />
<strong>de</strong> menor porte 2<br />
Pág. 387 — Euphorbia Clementei, Bss.<br />
Amplie-se o seu habitat — Baixas do Guadiana (Moura) e Algarve.<br />
Pág. 338. — Euphorbia falcata, L. «, genuína, Dav.<br />
Indique-ss também — Estrem. (cerca <strong>de</strong> Capari<strong>de</strong>), Alent. lit.<br />
(Alcácer do Sal) e Baixas do Guadiana (Moura).<br />
Pág. 388.—: Euphorbia exígua, L. p\ retusa (L-), Roth. íorm.<br />
imbricata, P. Cout.<br />
Coloque-se a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta forma, como abaixo, a seguir à <strong>de</strong>scrição da var. retusai<br />
Planta anã, prostrada, vermelha ou ver<strong>de</strong>, com as fôlhas<br />
<strong>de</strong>nsamente imbricadas e a pseudo-umbela muito curta.<br />
Arribas do mar: Estoril. . . íorma imbricata, P. Cout.<br />
Família 81 — Anacardiáceas<br />
Pág. 393. — Pistacia Terebinthus, L.<br />
Alargue-se a área <strong>de</strong>sta planta bastante para o Sul TraS-OS- Montes,<br />
Beira montanhosa, Baixo Alentejo (Serra <strong>de</strong> Serpa).
136 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Família 82 — Aquifoliáceas<br />
Pág. 391— liex Perado, Ait.<br />
Inclua-se esta espécie, como abaixo :'<br />
Fôlhas coriáceas, persistentes, ver<strong>de</strong>-escuras e lustrosas na<br />
página superior, ver<strong>de</strong>-elaras na inferior, pecioladas,<br />
agudas, com a largura subígual a 1<br />
/ 2 do comprimento,<br />
elípticas ou ovadas ou ovado-lanceoladas, onduladas e<br />
<strong>de</strong>ntado-espínhosas, menos vezes planas e inteiras (principalmente<br />
nas plantas mais velhas e então misturadas<br />
com algumas fôlhas espinhosas); flôres numerosas em<br />
cada axila, fascículado-címosas, com pedicelos curtos;<br />
cálice ver<strong>de</strong> e corola branca; frutos globosos <strong>de</strong> côr vermelho-viva<br />
na maturação. Arbusto ou pequena árvore.<br />
t . Maio-Jun. Bosques, sebes: Trás-os-Montes, Minho,<br />
Beira montanhosa, Estrem. (Sintra).<br />
. . . Azevinho, Pica-íôlha, Visqueiro. I. Aquifolium, L.<br />
Fôlhas mais espessas, maiores e relativamente mais largas<br />
(com a largura superior a 1<br />
\ do comprimento), obtusas<br />
ou obtusiúsculas, ovadas ou oblongas ou arredondadas,<br />
subplanas ou pouco onduladas, <strong>de</strong> ordinário espinhoso-<br />
-<strong>de</strong>ntadas com os <strong>de</strong>ntes relativamente menos profundos;<br />
flôres em cada axila solitárias ou fasciculadas em pequeno<br />
número; frutos maiores. Pequena árvore ou arbusto. 1?.<br />
Abril-Maio. Algarve: Serra da Picota.<br />
(l) Perado. I. Perado, Ait.<br />
Família 87 — Malváceas<br />
Pág. 399.-si da rhombifolia, L. Subespontânea junto aos<br />
caminhos: Minho, Beira litoral: arredores <strong>de</strong> Aveiro, Salreu.<br />
(Orig- da América).<br />
(l) Espécie das Ilhas Atlânticas, também indicada na Espanha — em Aláeciras e<br />
Tarifa. (Esta nota substitui a da pág. 394 da Flora).
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 137<br />
Família 92 —Cistáceas<br />
Pág. 408.— Cistus albidusx crispus, Del.<br />
Substitua-se a <strong>de</strong>scrição das duas formas dêste híbrido, como abaixo:<br />
Planta erecta, mais semelhante ao C. albidus; fôlhas vernais<br />
subplanas e as estivais freqüentemente ondulado-crespas;<br />
corola rosada, medíocre ou gran<strong>de</strong>. Beira lit., Estrem.,<br />
Alto Alent. lit 1. Delilei, Burnat.<br />
Planta prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, mais semelhante ao C. crispus;<br />
fôlhas, sobretudo as estivais, fortemente ondulado-crespas<br />
; corola pálido-rosada, gran<strong>de</strong>. Beira lit. e merid.,<br />
Alent. lit 2. pulverulentus (Pourr.)<br />
Ampliem-se os habitats seguintes:<br />
Pág. 409.—Cistus hirsutus, Lam. (5. breviíolius, Wk.—Trás<br />
-os-Montes, Estrem., Alent. lit.<br />
Pág. 412.— Helianthemum ocymoi<strong>de</strong>s (Lam.), Pers. — <strong>de</strong><br />
Trás-os-Montes e Minho ao Algarve.<br />
Pág. 412.— Heliantnemum alyssoi<strong>de</strong>s (Lam.), Vent. '/. incanum<br />
(Wk.) — Trás-os-Montes, Minho, Beira, Estrem.<br />
Pág. 415.— Heliantnemum aegyptiacum (L.), Mili. — Trás-<br />
-os-Montes, Beira merid., Alent. lit., Alto Alent. e Algarve.<br />
Pág. 415.— Helianthemum canum (L.), Gross. S. origanifolium<br />
(Lam.), Gross.<br />
Convém enumerar nesta varieda<strong>de</strong> as duas formas seguintes:<br />
Fôlhas peludas nas duas páginas, subcordiforme-ovadas ou<br />
ovadas, agudas; ramos subtomentoso-pubescentes. Cabo<br />
<strong>de</strong> S. Vicente 1. genuinvm (Wk.)<br />
Fôlhas glabras ou subglabras, ovadas ou ovado-lanceoladas;<br />
ramos glabrescentes ou levemente pubescentes. Sagres.<br />
2. dichotomum (Cav.), Gross.<br />
Pág. 416.— Helianthemum Chamaecistus, Mill. c. barbatum<br />
(Lam).<br />
Inscreva-se esta subespécie abaixo da subesp. b. vu/gare:<br />
18
138 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Fôlhas hirsutas na página superior e tomentosas na inferior,<br />
elíptico-ou ovado-ou linear-lanceoladas ou lanceoladas.<br />
Trás-os-Montes: arredores do Vimioso.<br />
* c. barbatum (Lam.)<br />
Família 93 —Violáceas<br />
Pág. 418.— Viola palustris, L. forma minor (Bourg.), Nym.<br />
e h. Jures si (Lk.).<br />
Substituam-se na chave 3 :<br />
Fstigma obliquamente discoi<strong>de</strong>; cápsula oblongo-trigonal,<br />
glabra ; estípulas ovadas, <strong>de</strong>nticulado-glandulosas; flôres<br />
inodoras, pálido-violáceas. Planta com rizoma rastejante<br />
e as fôlhas reniforme-orbiculares, obtusas, glabras<br />
ou em novas pouco peludas. %. Junho-A gosto.<br />
V. palustris, L.<br />
Planta exígua, anã, subuniflora, com as flôres<br />
relativamente muito pequenas. Lugares <strong>de</strong> gran-<br />
3 <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> na Serra da Estrela.<br />
forma minor (Bourg.), Nym.<br />
Fôlhas externas reniforme-orbiculares e as internas<br />
cordiformes. Planta mais ou menos peludo-vilosa,<br />
raras vezes glabrescente, <strong>de</strong> ordinário com maior<br />
porte. Lugares húmidos, margens dos rios: Minho,<br />
Beira Central (Caramulo, Estrela, etc), principalmente<br />
em altitu<strong>de</strong>s elevadas . . b. Juressi (Lk.)<br />
Fstigma gancheado; cápsula subglobosa, pubescente.<br />
Plantas estolhosas 4<br />
Pág. 418 (Chave 5) . ;<br />
—Viola SilveStriS, Lam. — Substitua-se a V.<br />
silvática, Fr. *<br />
Pág. 419.—Viola elatior, Fr.-Inclua -se na Chave 7, dividida como<br />
abaixo:<br />
Fôlhas cordiformes, na base; pétalas pouco mais compridas<br />
do que largas; cápsula obtusa, repentinamente acuminada<br />
; flôres inodoras, azuladas, pálido-lilacíneas ou<br />
esbranquiçadas. %. Maio-Jul. Incultos, matagais.<br />
1 I V. canina, L.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 139<br />
Fôlhas cordiforme-ovadas; estipulas pequenasβ-5<br />
vezes menores que o pecíolo). Planta <strong>de</strong> 1-3 dm.<br />
Beira central e meridional . genuína<br />
Fôlhas mais estreitas e mais alongadas, subcordiforme-lanceoladas);<br />
estipulas majúsculas, com freqüência<br />
exce<strong>de</strong>ndo 1<br />
/ 2 do pecíolo (mas sempre<br />
menores do que êle); pedúnculos e flôres um pouco<br />
maiores. Planta elevada, <strong>de</strong> 2-4,5 dm. Beira central<br />
e transmontana (3. montana, (L.)<br />
Fôlhas arredondadas na base ou contraídas e um pouco<br />
<strong>de</strong>currentes no pecíolo, ovadas ou ovado-lanceoladas.<br />
7 bis<br />
Estipulas das fôlhas médias medíocres (inferiores a 2 cm.)<br />
e estreitas (1,5-3 mm.), menores que o pecíolo; flôres<br />
inodoras, violáceas ou esbranquiçadas. Planta glabra<br />
ou glabrescente, <strong>de</strong> 0,5-2,5 dm. %. Fevereiro-Maio. Prados,<br />
logares húmidos e sombrios: <strong>de</strong> Trás-os-Montes e<br />
Minho às Baixas do Sorraia. . . . V. láctea, Sm.<br />
Estipulas das fôlhas médias compridas (2-3 cm.) e largasβ-5 mm.), foliáceas, maiores que o pec<br />
inodoras, pálido-violáceas. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm., superiormente<br />
mais ou menos pubescente. %. Abril-Maio. Beira<br />
transmontana: Lapa e Mata da Vi<strong>de</strong>. . V. elatior, Fr.<br />
Pág. 419.— Viola tricolor (L.), Wittr. e V. Kitaibeliana, R.<br />
et Sch.<br />
Substitua-se a chave 9 da Flora pelas duas seguintes:<br />
Flores pequenas (não superiores a 2 cm.), com as pétalas<br />
do tamanho do cálice ou maiores até ao dobro; estipulas<br />
digitado-partidas ou penatipartidas. Plantas<br />
espontâneas 9 bis<br />
Flores gran<strong>de</strong>sβ,5-5,5 cm.), com as pétalas 2-3 vezes<br />
maiores que o cálice, subarredondadas, aveludadas,<br />
variegadas <strong>de</strong> violáceo, <strong>de</strong> branco e <strong>de</strong> amarelo, menos<br />
vezes subunicolores; estipulas penatifendidas com o<br />
9 ) segmento médio oblongo; fôlhas ovadas uo oblongas,
i4o António Xavier Pereira Coutinho<br />
9 { as inferiores subcordiformes. Planta <strong>de</strong> 1-3 dm. O.<br />
Março-Jun. Cultiv.<br />
. (l) Amor perfeito, x V. hortensis (DC), Wettst.<br />
9<br />
bis<br />
Todas ou algumas das pétalas com côr amarela. O.<br />
Março-Jun. Campos cultivados e incultos.<br />
. Amor perfeito bravo. V. tricolor (L.), Wittr.<br />
Corola pálida, do tamanbo do cálice ou muito pouco<br />
maior. . Trás-os-Montes, Minho, Beiras, Alto e<br />
Baixo Alentejo «. arvensis (Murray)<br />
Corola medíocre (10-18 mm., com o esporão), com as<br />
pétalas esbranquiçadas, a inferior maculada <strong>de</strong><br />
amarelo na base e às vezes as superiores violáceas<br />
no cimo; pedúnculos frutíferos divaricados. Arredores<br />
<strong>de</strong> Lisboa . . ft. trimestris (DC), W. Beck.<br />
Corola medíocre (12-18 mm., com o esporão), com as<br />
pétalas intensamente violáceas, a inferior maculada<br />
<strong>de</strong> alaranjado na base; pedúnculos frutíferos erecto-<br />
-patentes. Beira merid.: Ferreira do Zêzere.<br />
y. beirensis, P. Cout.<br />
Todas as pétalas azuladas. ©. Janeiro-Maio. Incultos,<br />
sebes, matos. . . . . . V . Kitaibeliana, R. et Scb.<br />
Corola medíocre, quási 2 vezes maior que o cálice.<br />
Planta um tanto robusta, papiloso-áspera, <strong>de</strong><br />
ordinário ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, com as fôlhas inferiores<br />
elípticas. Beira merid., Alto Ãlent.<br />
Machadiana, P. Cout.<br />
Corola pequena (7-9 mm., com o esporão). Planta<br />
débil subpulverulenta, simples ou pouco ramosa,<br />
com as fôlhas inferiores subarredondadas. Beira<br />
lit. (arred. <strong>de</strong> Coimbra) e Beira merid. (Ferreira<br />
do Zêzere) . . . ¡3. Uenriq\uesii (Wk.), W. Beck.<br />
Família 98 — Onagráceas<br />
Pág. 424.— Epilobium tetragonum, L. Amplie -se o seu habitat —<br />
De Trás-os-Montes ao Algarve (arred. <strong>de</strong> Faro).<br />
(l) Sob esta <strong>de</strong>nominação compreen<strong>de</strong>m-se vários híbridos <strong>de</strong> espécies próximas<br />
(V. tricolor, L., V. lútea, Huds., V. altaica, Ker., etc.)
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal l 4 l<br />
Pág. 425.— Epilobium palustre, L. Vi exemplares provenientes da<br />
Serra da Estrela; cort2-se o asterisco.<br />
2<br />
bis<br />
Família 101 — Umbelíferas<br />
Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta Família subftituam-se pelas seguintes as 4 linhas compreendidas<br />
entre a 7." e 12. a<br />
.<br />
— (pétalas) 2-fendídas ou 2-aristadas e freqüentemente com<br />
um apículo ínflectido; estames 5, inseridos com as pétalas;<br />
ovário ínfero, <strong>de</strong> ordinário com dois lóculos 1-ovulados, terminado<br />
por um disco epigínico nectarífero (estilopódio) com os 2 estiletes<br />
livres, raras vezes com 1 só lóculo e 1 só estilete; óvulos<br />
pen<strong>de</strong>ntes; fruto, raras vezes 1 só açfuenio, geralmente um<br />
2-aquénio, coroado pelo estilopódio, etc.<br />
Pág. 429 . Na Chave dos Géneros substituam-se as Chaves 1-2:<br />
Flores reunidas em verticilos ou capítulos ou agregados<br />
capítuliformes, às vezes dispostos em umbela irregular;<br />
2 estiletes, menos vezes 1 só 2<br />
Flores reunidas em umbela composta, raras vezes simples;<br />
2 estiletes 4<br />
Flores verticiladas sôbre pedúnculos simples, ou na extremida<strong>de</strong><br />
e nos ramos terminais <strong>de</strong> pedúnculos ramosos,<br />
constituindo então umbela irregular; fruto muito comprimido<br />
lateralmente; limbo do cálice subnulo. Plantas<br />
rastejantes com as fôlhas peltado-orbiculares<br />
Hydrocotyle (pág. 433)<br />
Flores dispostas em capítulos ou agregados capítuliformes;<br />
fruto não ou pouco comprimido; limbo do cálice com<br />
5 segmentos majúsculos ou gran<strong>de</strong>s . . . . 2 bis<br />
Estiletes 2 e ovário 2-locular; segmentos do cálice inteiros;<br />
flôres, mais ou menos numerosas, em capítulos ou<br />
agregados capítuliformes . 3<br />
Estilete 1 e ovário 1-locular; segmentos do cálice laciniado-<br />
-celheados; flôres hermafroditas, solitárias em cada umbélula<br />
e reunidas em umbela capituliforme globosa; invólucro<br />
e involucelos laciniado-celheados; fruto glanduloso.<br />
. . . . . . . . . . Laéoecia. pág. 142.
í4z António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 434. — Substitua-se pela seguinte a <strong>de</strong>scrição da Subfamília II :<br />
Subfamília II — Sanículói<strong>de</strong>as<br />
Flores reunidas em capítulos ou agregados capituliformes,<br />
dispostos em cimeira ou umbela irregular, menos vezes solitários;<br />
2 estiletes com o estilopódio escavado ou cupuliforme, ou<br />
1 só estilete; carpóforo a<strong>de</strong>rente aos açfuénios ou nulo. Fôlbas<br />
sem estipulas.<br />
Pá*. 436.- Intercale-se êste novo Género:<br />
497 bis. Lagoecia, L.— Flores hermafroditas dispostas em<br />
umbélulas 1-floras, reunidas em umbela globosa capituliforme,<br />
com invólucro e involucelos <strong>de</strong> brácteas laciniado-celbeadas;<br />
limbo do cálice com 5 segmentos laciniado-celbeados, gran<strong>de</strong>s,<br />
persistentes; pétalas esbranquiçadas, profundamente 2-fendido-<br />
-aristadas.<br />
Planta <strong>de</strong>lgada, erecta <strong>de</strong> 1-8 dm., simples ou ramosa, glabra<br />
; fôlhas rígidas, penatísectas com as divisões primárias<br />
palmatipartidas ou palmatifendidas em segmentos<br />
ovados ou ovado-arredondados, aristados; umbelas <strong>de</strong>nsas,<br />
com aspecto lanoso (pelas celbas das brácteas e dos<br />
segmentos dos cálices), pseudo-laterais; invólucro com<br />
8-10 brácteas e involucelos com 4-5; flôr pedicelada <strong>de</strong>ntro<br />
do involucelo; fruto subovói<strong>de</strong>. 0. Maio. Serra <strong>de</strong> Serpa.<br />
L. cuminoi<strong>de</strong>s, L.<br />
Pág. 438. Conopodium capillifolium, Bss. e C. subcarneum,<br />
Bss.<br />
Convém substituir a Cbave 4:<br />
Pétalas avermelhadas; fruto ovói<strong>de</strong>-cónico; túbera subglobosa,<br />
medíocre; umbela com 6-12 raios. Planta <strong>de</strong><br />
2,5 dm., com o caule nú na base, simples ou pouco<br />
ramoso. % . Jul.-Ag. Pinhais, prados: Estrem. (Torres<br />
Novas) .........C. subcarneum, Bss.<br />
Pétalas <strong>de</strong> ordinário brancas, poucas vezes avermelhadas;<br />
fruto oblongo-linear; túbera angulosa, majúscula; umbela<br />
com 8-20 raios. Planta <strong>de</strong> 2-7 dm., com o caule<br />
vestido na base pelas bainhas das fôlhas mortas, mais<br />
4 I ou menos ramoso, raras vezes simples. %. Abril-Jul.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 143<br />
4 J Pinhais, matos, charnecas: <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho<br />
ao Alent. (freqüente).<br />
. . Castanha subterrânea maior. C. capillifolium, Bss.<br />
Pág. 438,—Conopodium ramosum, Costa — Amplie-se o seu habitat<br />
— Beira meridional (Castelo Novo), Beira Central (Serra da<br />
Estrela), Alto Alent. (Serra <strong>de</strong> S. Mame<strong>de</strong>).<br />
Pág. 439.— TOríliS CCerUleSCenS (Bss.), Dru<strong>de</strong>— Inclua-se na chave<br />
3, dividida como abaixo:<br />
Fôlhas suhconformes, 2-3-penatisectas, com os segmentos<br />
curtos e estreitos, lineares, agudos; fruto oblongo-linear,<br />
com os 2 aquénios aculeados; umbelas com pedúnculo<br />
curto e um tanto grosso, bem como os raios. Planta <strong>de</strong><br />
1-6 dm., com pequenos pêlos encostados, ramosa, às<br />
vezes da base. O. Março-Jun. Campos, searas, caminhos<br />
: Estrem., Alent. e Alg. T. leptophylla (L.), Rchb.<br />
Raios da umbela <strong>de</strong>lgados e compridosβ-6 dm.);<br />
segmentos das fôlhas mais largos, elípticos. De<br />
Trás-os-Montes ao Algarve (rara).<br />
. . . . . ¡3. elongata (Hoffgg. et Lk.), P. Cout.<br />
Fôlhas bíformes, as inferiores 1-3 vezes penatísectas e as<br />
superiores 3-sectas com os segmentos muito compridos<br />
3 bis<br />
Fruto com um aquénio aculeado e outro verrugoso; raios<br />
da umbela medíocres (não exce<strong>de</strong>ndo 15 mm.); segmentos<br />
das fôlhas 3-sectas inteiros ou serrados. Planta <strong>de</strong>lgada,<br />
<strong>de</strong> 3-8 dm., mais ou menos ramosa. 0. Abril-Jul.<br />
Campos e terrenos incultos: <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao<br />
Algarve T. heterophylla, Guss.<br />
Fruto com os 2 aquénios cobertos igualmente <strong>de</strong> acúleos,<br />
em novos azulados ; raios da umbela majúsculos (15-25<br />
mm.); segmentos das fôlhas 3-sectas inteiros ou penatifendidos.<br />
0. Jun.-Jul. Trás-os-Montes: Bragança,<br />
Miranda do Douro; Algarve, entre Faro e S. Brás <strong>de</strong><br />
Alportel. . . . . T. coerulescens (Bss.), Dru<strong>de</strong><br />
Pág. 439.— Torilis infesta, (L.), Spreng. a. divaricata, DC.<br />
var. trifida (Hoffgg. et Lk.).
144 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Inclua-Se na chave 4, sob a suhesp. divaticata, como abaixo:<br />
Umbelas todas 3-radiadas. Algarve: entre Faro e S. Braz<br />
<strong>de</strong> Alportel var. trifida (Hoffgg. et Lk.)<br />
Pág. 442.— Blfora testlcuiata (L.), DC. — Inscreva-se a sua área <strong>de</strong><br />
habitação — Próximo do Douro (Barca <strong>de</strong> Alva), Beira lit., Baixas<br />
do Guadiana (Moura), Algarve.<br />
Pág. 443.— Bupleurum Gerardi, Ali. % australe (Jord.), Rouy<br />
— Modifique-se o seu habitat — Estrem. (Estoril) ; Baixo Alent. (entre<br />
Salsa e Serpa).<br />
Pág. 444.— Bupleurum acutifolium, Bss.<br />
Vi exemplares portugueses <strong>de</strong>sta espécie, corte-se-lhe pois o * convencional;<br />
convém substituir na chave 8 a <strong>de</strong>scrição peia seguinte mais precisa :<br />
Umbela com 3-10 raios; fôlhas pouco rígidas, 6-12 nérveas<br />
e sem nervuras secundárias visíveis. Planta lenhosa na<br />
base, <strong>de</strong> 4-10 dm., com as íôlbas basilares mais ou menos<br />
curtas (não exce<strong>de</strong>ndo 8 cm.) e as caulinares compridas<br />
(9-18 cm.). t ' Julho-Agosio. Alent. lit.: Serra <strong>de</strong> S. Domingos<br />
(S. Luís), O<strong>de</strong>mira. B. acutifolium, Bss.<br />
Pág. 447. — Pimpinella VillOSa, Scbousb. — Alargue-se-lhe o seu<br />
habitat—<strong>de</strong> Trás-os-Montes (Miranda do Douro) ao Algarve.<br />
Pág. 448. — Seseli granatense, Wk.<br />
Substitua-se como abaixo a <strong>de</strong>scrição das espécies dêste Género, suprimindo o<br />
S. Peixotianum, Samp. e substituindo-o pelo S. granatense, Wk.:<br />
Brácteas dos involucelos livres, lanceoladas, membranoso-<br />
-marginadas, pubescentes ; fôlhas inferiores pecioladas, <strong>de</strong><br />
contorno triangular, 3-penatisectas, com os segmentos<br />
partidos em lacínias oblongo-lineares curtas e rígidas;<br />
umbelas majúsculas, com 3-10 raios compridos (2-4 cm.)<br />
e mais ou menos puberulento-pubescentes. Planta <strong>de</strong> 2-5<br />
dm., grossa, glauca e glabra, tortuosa, muito ramosa<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base. 21. Maio-Set. Rochas e areias marítimas,<br />
margens das salinas: Beira, Estrem., Alent.<br />
S. tortuosum, L.<br />
Fôlbas inferiores subsésseis ou com pecíolo muito curto<br />
e com os segmentos menores ; brácteas dos involucelos
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 145<br />
glabrescentes; raios da umbela mais pequenos (1-2,5<br />
cm.). Minho, Estrem. . . . . |3. graecum, DC.<br />
Brácteas dos involucelos a<strong>de</strong>rentes até cerca do meio e com<br />
a parte livre assovelada; fôlhas inferiores brevemente<br />
pecioladas, <strong>de</strong> contorno oblongo, 2-3-penatisectas, com os<br />
últimos segmentos obovado-lineares; umbelas pequenas,<br />
com 3-6 raios muito curtos. Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., glaucescente<br />
e mais ou menos puberulenta, <strong>de</strong>lgada, com os caules<br />
ascen<strong>de</strong>ntes, simples ou ramosos superiormente. %. Agosto-<br />
-Out. Incultos, caminhos: Trás-os-Montes (Bragança,<br />
Vinhais). . . . . • . . . . * S. granatense, Wk.<br />
Ampliem-se os habitats das duas seguintes espécies:<br />
Pág. 453 .—Ferulago sulcata (Desf.), Kocb.— Trás-os-Montes,<br />
Beira montanhosa.<br />
Pág. 456.— Laserpitium prutenicum, L. — Minho: Melgaço,<br />
Peso, Ponte <strong>de</strong> Lima.<br />
Família 104 — Ericáceas<br />
Pág. 461.— VaCCiniUtn MyrtillUS, L. — Emen<strong>de</strong>-se-lhe o habitat —<br />
Montanhas do Alto Minho, Serras do Marão e da Estrela.<br />
Pág. 462.— Rhodo<strong>de</strong>ndron ponticum, L. P. baeticum (Bss. et<br />
Reut.), Wk.<br />
Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie on<strong>de</strong> na 2." linha se diz — (corola) intensamente<br />
rosada — leia-se — HlaCÍneO-rOSada — No habitat da varieda<strong>de</strong> intercale-se o<br />
Baixo Alent. lit. —Beira (Oliveira <strong>de</strong> Azeméis, Caramulo, Águeda),<br />
Baixo Alent. lit. (arredores <strong>de</strong> O<strong>de</strong>mira), Algarve (Monchique,<br />
Foia, Picota).<br />
Família 105 — Primuláceas<br />
Pág. 468.— AnagalliS tenella, L. — Substitua-se pelo seguinte o seu<br />
habitat — De Trás-os-Montes e Minho ao Algarve.<br />
Pág. 468-469— Anagallis linifolia, L. K trojana, P. Cout. (l)<br />
(l) AnagalliS linifOlia, L. 1. trojana, P. Cout. Suffrutescens, robusta, a<br />
basi ramosa, ramis erectis 1,5-3 dm. altis, subsimplicibus, internodiis brevibus; foliis<br />
late ovatis, carnosulis; floribus pro specie maximis (18-25 mm. diam.), breviter pedunculatis,<br />
ápice ramulorum subcorymbosis. Inter omnes var. distinctissima; an ad Anagalli<strong>de</strong>m<br />
Monelli ducenda ?
j46 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Intercale-se esta interessante varieda<strong>de</strong> entre as da Anagallis linifolia, L., na ckave<br />
3, pela seguinte or<strong>de</strong>m:<br />
? 1<br />
Planta vivaz, lenhosa na base, <strong>de</strong> 0,5-5 dm., glabrescente;<br />
corola mayúscula ou gran<strong>de</strong> (10-25 mm. <strong>de</strong> diam.),<br />
maior ou muito maior que o cálice, com os segmentos<br />
crenulados; pedúnculos muito maiores que as íôlhas,<br />
mais ou menos recurvados na frutificação. 2L. Fevereiro-<br />
-Out. Charnecas, pinhais, vinhas, incultos sebes, caminhos<br />
A. iinifolia, L.<br />
Corola azul (raras vezes branca), purpúrea na fauce.<br />
Planta prostrada ou ascen<strong>de</strong>nte, com as fôlhas<br />
estreitas, lanceolado-lineares ou sublineares; flôres<br />
mayúsculas (10-15 mm.). Quási todo o país. (freqüente).<br />
genuína<br />
Fôlhas mais largas, ovado-lanceoladas ou lanceoladas,<br />
subcordíformes na base; flôres gran<strong>de</strong>s<br />
(12-20 mm.). Planta mais robusta. Aqui e ali.<br />
(3. latifolia, Winkler.<br />
Fôlhas grossas, curtas, ovadas, as inferiores muito<br />
pequenas e retroflectidas; flôres gran<strong>de</strong>s (12-20<br />
mm.). Planta prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, com o caule<br />
<strong>de</strong> ordinário vermelho. Areias do litoral: do<br />
Minho ao Algarve. . . "/. marítima, Mariz.<br />
Planta erecta <strong>de</strong> 1,5-3 dm., robusta, ramosa da<br />
base, com os ramos levantados e subsimples, <strong>de</strong><br />
entre-nós curtos; fôlhas largamente ovadas,<br />
subcarnudas; flôres muito gran<strong>de</strong>s (18-25 mm.),<br />
com os pedúnculos mais curtos, subcorimbosas<br />
no cimo dos ramos. Areias marítimas: Península<br />
<strong>de</strong> Tróia ?. trojana, P. Cout.<br />
Corola vermelha ou rosada; fôlhas lanceolado-lineares<br />
ou sublineares. Outeiros e areias não longe do<br />
mar: arred. <strong>de</strong> Lisboa (Sintra).* b. collina, (Schousb.)<br />
Família 106 — Plumbagináceas<br />
Pág. 472.— (Chave 16). Armeria caespitosa (Ort.), Bss. var.<br />
humilis (Lk.), Pau C. Vie. et Beltr.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 147<br />
Esta varieda<strong>de</strong>, apenas distinta do tipo era ter as fôlhas biforraes, é que se encontra<br />
era Portugal (no Gerez) e, como é ela que está <strong>de</strong>scrita na Flora, bastará acrescentar<br />
apenas no texto, adiante do nome da especie o da varieda<strong>de</strong>.<br />
Pág. 472. — (Chave l7). Armeria littoralis, Hoffgg. et Lk.<br />
Corrija-se-lhe o habitat — Aletit. lit. (entre a Serra da Caveira e Lousal),<br />
Baixo Alent., Algarve.<br />
Pág. 473.— (Chave 21). Armeria alliacea (Cav.) Emen<strong>de</strong>-se para<br />
A. allioi<strong>de</strong>s, Bss.<br />
Acrescentem-se os habitats das seguintes três espécies:<br />
Pág. 474.— (Chave 3). Statice echioi<strong>de</strong>s, L. Kstrem. (arred.<br />
<strong>de</strong> Cascais), Baixo Alent. lit., Algarve.<br />
Pág. 476.— (Chave 12). Statice binervosa, Sm. occi<strong>de</strong>ntalis<br />
(Lloyd.), Syme. — Beira lit.: Areias da margem esquerda do estuario<br />
do Mon<strong>de</strong>go (Gala), Nazaré; Alent. lit.: entre a Serra<br />
da Caveira e Lousal.<br />
Pág. 476. — Limoniastrum monopetalum (L.), Bss. — Baixo<br />
Alent. lit.: O<strong>de</strong>mira; Algarve.<br />
Família 109 — Gencianáceas<br />
I<br />
Pág. 481.— Microcala filiformis (L.), Hoffgg. et Lk. — Encon-<br />
trou-se posteriormente nos arredores <strong>de</strong> Faro; o seu habitat escreva-se poís — do<br />
Minho ao Algarve.<br />
Família 111 — Asclepiadáceas<br />
Pág. 487.— Cynanchum nigrum (L.), R. Br.β. atrum (Jord,<br />
et Fourr.) [ Rouy]. — A varieda<strong>de</strong> já foi colhida no Baixo Alentejo litoral, nos<br />
arredores <strong>de</strong> O<strong>de</strong>mira; julgo conveniente escrever o habitat conhecido da espécie — <strong>de</strong><br />
Trás-os-Montes e Minho ao Alentejo.<br />
Família 112 — Convolvuláceas<br />
Pág. 488.— (Chave 3). ConvOlVlllUS SiCUlUS, L. — Vi posteriormente<br />
exemplares portugueses <strong>de</strong>sta espécie; corte-se-lhe o * e emen<strong>de</strong>m-se no texto as<br />
dimensões das bractéolas, que eram <strong>de</strong> 6-13 mm. <strong>de</strong> comprimento, e não <strong>de</strong> 3-6 mm. como<br />
se lê no texto. Inscreva-se o Aá&iíat — JuntO ãO CãStelo <strong>de</strong> Cezimbra,<br />
Arrábida, Mértola.
148 António Xavier Peieira Coutinho<br />
Pág. 489.— (Chave 7). Convolvulus arvensis, L. varieda<strong>de</strong>s ;<br />
A var. |S. obtusifolius, Choisy foi também encontrada em Alvor; alargue-se pois o<br />
habitat <strong>de</strong>sta var. até ao Algarve. Quanto à var. '/. lineariíolius, Cnoisy, precise-se<br />
melbor ã sua <strong>de</strong>scrição do modo seguinte:<br />
Fôlhas estreitamente alabardino-lineares, com as aurículas<br />
agudas, gran<strong>de</strong>s e divaricadas; corola com a margem<br />
crenulada. Com o tipo (pouco freqüente).<br />
y. lineariíolius, Cnoisy<br />
Pág. 490-491.— Cuscuta Epilinum, Weine.<br />
Introduza-se esta espécie, modificando a cbave 2 :<br />
Segmentos da corola agudos: flôres sésseís ou subsésseis<br />
. . . . . . . . . . . . . . 2 bis<br />
Segmentos da corola obtusos 3<br />
Estiletes medíocres, levantados; escamas epistamíneas<br />
gran<strong>de</strong>s; corola campanulada, com o tubo quasi do<br />
tamanbo do limbo; caules freqüentemente vermelhos<br />
ou avermelhados, menos vezes brancos ou esbranquiçados.<br />
0. Ahril-Out. Parasita <strong>de</strong> plantas muito diversas<br />
2 Linho <strong>de</strong> cuco, Cabelos. C. Epithymum (L.), Murr.<br />
bis (Seguem as varieda<strong>de</strong>s como na Flora)<br />
Estiletes muito curtos, dívaricados; escamas epistamíneas<br />
pequenas; corola gomilosa, com o tubo maior que o<br />
limbo; glumérulos majúsculos (10-11 mm. <strong>de</strong> diam.);<br />
caules amarelo-esver<strong>de</strong>ados. 0. Julho-Agosto. Parasita<br />
do Linho cultivado (rara).<br />
Cuscuta do Linho. * C. Epilinum, Weihe.<br />
Familia 114 — Boragináceas<br />
Pág. 495.— Anchusa calcarea, Bss. «. glabrescens, Bss.<br />
Esta varieda<strong>de</strong>, indicada apenas no nosso país <strong>de</strong> uma única localida<strong>de</strong> do Alentejo<br />
litoral, apareceu numa outra localida<strong>de</strong> da mesma região ; inscreva-se pois — Dunas<br />
da Lagoa <strong>de</strong> Santo André, <strong>de</strong> Comporta a O<strong>de</strong>mira.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 149<br />
Pág. 497.— Myosotis Welwitschii, Bss. et Reut.<br />
Observações recentes levam-me a consi<strong>de</strong>rar esta especie como <strong>de</strong> ordinário anual,<br />
talvez às vezes bienal, mas não vivaz como digo na Flora. Emen<strong>de</strong>-se o sinal antes da<br />
época da floração. Na 1. a<br />
linba da <strong>de</strong>scrição corte-se — COm rizoma — ficando, pois —<br />
Planta rastejante e radicante na base, às vezes estolbosa, etc.<br />
Pá*. 498. — Myosotis stricta, Lk.<br />
Inclua-se esta espécie, modificando as chaves 4 e 5:<br />
Cálices frutíferos mais ou menos compridosβ-5 mm.). 5<br />
Cálices frutíferos curtos (2-3 mm.); inflorescencia maior<br />
que o caule 5 bis<br />
Pedicelos frutíferos patentes, os inferiores maiores que o<br />
cálice (até ao dobro); inflorescencia mais ou menos<br />
flexuosa, menor que o caule; fôlhas basilares obovadas<br />
atenuadas em pecíolo e as caulinares oblongas, vilosas.<br />
Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., um tanto robusta, birsuta, com<br />
pêlos patentes. $. Ãbril-Jun. Campos cultivados e incultos,<br />
prados, searas, lugares húmidos, entulhos,<br />
muros ;. Norte e Centro. . . . M. intermedia, Lk.<br />
Pedicelos frutíferos erectos, grossos, muito curtos (muito<br />
menores que o cálice) ; inflorescencia rígida, muito maior<br />
que o caule; fôlhas oblongas, as caulinares com pêlos<br />
gancbeados na base da página inferior. Planta <strong>de</strong><br />
1,5-2,5 dm., erecta, ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, viloso-áspera.<br />
©. Jun. Trás-os-Montes: Bragança . . M. stricta, Lk.<br />
Pedicelos frutíferos patentes, os inferiores maiores que o<br />
cálice (cerca do dobro); aquénios acastanhados; fôlhas<br />
pouco espessas, as basilares oblongo-espatuladas atenuadas<br />
em pecíolo, as caulinares oblongas obtusas.<br />
Planta erecta ou ascen<strong>de</strong>nte, híspida, com pelos patentes,<br />
<strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong> 0,5-4 dm. O. Março-Jun. Campos, arrelvados,<br />
margens dos bosques, lugares arenosos, muros:<br />
quási todo o país M. hispida, Schlecht.<br />
Pedicelos frutíferos erecto-patentes, todos menores que o<br />
cálice; aquéníos negros; fôlhas um tanto grossas e<br />
muito obtusas, as basilares obovadas atenuadas em<br />
pecíolo, as caulinares obovado-arredondadas ou obo-
i5o António Xavier Pereira Coutinho<br />
5 j vado-oblongas. Planta prostrada, <strong>de</strong> 0,8-1,5 dm., vilosobis<br />
-áspera. O. Abril-Maio. Areias marítimas: Minho.<br />
M. globularis, Samp.<br />
Pág. 498 (Cliave 6).— Myosotis chysantha, Welw. (l).<br />
Na 2. a<br />
2,5-4 mm.<br />
linha da <strong>de</strong>scrição da espécie emen<strong>de</strong>m-se as dimensões do cálice para —<br />
Pág. 499.— Echium lUSitaniCUm, L. (non DC). — Substitua-se na<br />
Flora em lugar <strong>de</strong> Echium Broteri, Samp. (2).<br />
Pág. 500.— (Cliave 6). EChium flavum, Desf. Suprima-se da Flora<br />
esta espécie, cuja existência em Portugal não está suficientemente comprovada; citei-a<br />
sob a autorida<strong>de</strong> do sr. G-andoger, mas <strong>de</strong>bal<strong>de</strong> tem sido procurada <strong>de</strong>pois nos sítios<br />
indicados. Modifiquem-se, pois, como abaixo as chaves 4 e 5 e suprima-se a cbave 6:<br />
Cimeiras floríferas curtas e <strong>de</strong>nsas, numerosas, reunidas<br />
em tirso estreito e comprido; caules vestidos <strong>de</strong> indumento<br />
duplo; pubescencia mais ou menos curta e sedas<br />
rígidas verrugosas na base 5<br />
Cimeiras floríferas mais ou menos compridas, larga e<br />
frouxamente paniculadas 8<br />
Corolas rosadas ou côr <strong>de</strong> carne, medíocres (12-15 mm.);<br />
fôlhas basilares lanceoladas, gran<strong>de</strong>s (15-40 cm.), com<br />
as nervuras laterais bem visíveis; cimeiras floríferas<br />
subsésseis; estames pouco salientes; aquénios agudamente<br />
granulosos. Planta <strong>de</strong> (6-18 dm.) $. Agosto-Set.<br />
(1) M. chrysantha, Welw. exsic. II. 1442 (anno 1848 lecta) et Flora Lusit. Exsi 3<br />
.<br />
edit. lond. II. 5lO; M. lutea, Vera. (180S) non Lam. (l779).<br />
A M. chrysantha, Welw, (exsic II. SlO) está citada em Nyman Syll. Fl. Europ.<br />
(1854-55) entre os sinónimos da M. lutea, Pers.<br />
(2) O sr. C. Lacaita encontrou no British Museum, entre exemplares do Herbário<br />
<strong>de</strong> Linneu, um etiquetado <strong>de</strong> Echium lusitanicum pela mão <strong>de</strong> Linneu fil.; comparou-o<br />
com exemplares do E. Broteri, que lbe enviei e achou-os idênticos; esta aproximação é<br />
ainda reforçada pela presença <strong>de</strong> exemplares do Echium amplíssimo folio lusitanicum,<br />
Tournefort (indicado por Linneu como sinónimo do seu E- lusitanicum), proveniente do<br />
Herbário <strong>de</strong> Jussieu, e que igualmente correspon<strong>de</strong>m ao nosso E. Broteri. Há pois motivo<br />
bastante para restituir na Flora <strong>de</strong> Portugal ao E- Broteri a sua antiga <strong>de</strong>nominação<br />
<strong>de</strong> E. lusitanicum, L— C. C. Lacaita — A Revision of some Critical Species of Echium,<br />
as exemplified in the Linnean and other Herbaria — (Extracted from the Linnean<br />
Society's Journal-Botany — Vol. X liv., July, l9l9.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal l 5 l<br />
Campos, bosques: Pinhal do Urso, Vila JNova <strong>de</strong> Ourém.<br />
E. pomponium, Bss.<br />
Corolas azuis, purpúreo-violáceas ou violáceas, raríssimas<br />
vezes brancas; fôlhas basilares oblongo-lanceoladas ou<br />
linear-espatuladas 7<br />
Pág. 502. — (Cbave 11). Echium arenarium, Guss. — Alentejo<br />
litoral: areias do Pinhal Novo, areias marítimas da península<br />
<strong>de</strong> Tróia. Inscreva-se assim o seu habitat.<br />
Pág. 503.— Omphalo<strong>de</strong>s linifolia (L.), Moencb.— Amplie-se a sua<br />
área <strong>de</strong> habitação — Alto Douro (Barca <strong>de</strong> Alva), Beira transm.,<br />
Estrem., Alent. e Algarve.<br />
Pág. 503.— Omphalo<strong>de</strong>s Kuzinskyanae, Wk.<br />
Convém modificar levemente a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie como segue :<br />
Cimeiras bracteadas (ao menos inferiormente), as frutíferas<br />
<strong>de</strong>nsíúsculas; pedicelos frutíferos arqueado-recurvados;<br />
corola azulada ou branca; fôlhas basilares<br />
espatuladas, com pecíolo largo, as médias elípticas, as<br />
superiores e as brácteas ovadas, todas muito obtusas;<br />
segmentos do cálice ovados. Planta <strong>de</strong> 0,3-1 dm., <strong>de</strong><br />
ordinário ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, com os ramos divarícados.<br />
©. Abril-Maio. Arribas e areias marítimas:<br />
Cabo da Roca, S. João do Estoril (junto ao Instituto <strong>de</strong><br />
Cegos Branco Rodrigues, do lado do mar).<br />
Família 115— Verbenáceas<br />
O. Kuzinskyanae, Wk.<br />
Pág. 505.— Verbena supina, L. Indigue-se o seu habitat — <strong>de</strong> Trás-<br />
-os-Montes ao Algarve.<br />
Família 116 — Labiadas<br />
Pág. 509.— (Cbave 6). Mentha longifolia, Huds. var. micro-<br />
phylla (Lej.), Rouy (= Var Collivaga, Briq.) —Acrescente-se logo abaixo<br />
da <strong>de</strong>scrição da espécie a <strong>de</strong>scrição da varieda<strong>de</strong>
António Xavier Pereira Cominho<br />
Fôlhas lanceoladas ou ovado-lanceoladas, pequenas (2,5-4<br />
X 1-2 cm.), agudas ou obtusiúsculas ou brevemente acuminadas,<br />
ver<strong>de</strong>-acinzentadas e pubescentes na página<br />
superior, branco-tomentosas na inferior, serradas com<br />
<strong>de</strong>ntes medíocres, aproximados, assaz regulares. Minho,<br />
próximo <strong>de</strong> Melgaço, margem do rio.<br />
Var. microphylla (Lej.), Rouy. (l)<br />
Pág. 512.— (Cbave 2). Thymus caespititius x Mastichina,<br />
Pau = T. brachychaetus, P. Cout. (z)<br />
Substitua-se na Flora a primeira <strong>de</strong>nominação à segunda e suprima-se a nota do<br />
fim da página.<br />
Pág. 513.— (Cbave 8). Thymus hirtus, Willd.«. legitimus, Bss.<br />
Marque-se nos — arredores <strong>de</strong> Abrantes — e suprima-se o asteriscoβ).<br />
Pág. 513 e 514. — (Cbave 11). Thymus camphoratus x Mastichina<br />
= T. Welwitschi in Flora et Thymus carnosus x<br />
Mastichina, Rouy = T. Welwitschiβ. in Flora.<br />
Faça-se a <strong>de</strong>vida correcção, substituindo a cbave 11 pela seguinte e suprimindo a<br />
nota do fim da página Sl4.<br />
11<br />
[ Lábio superior do cálice quási do tamanbo do inferior e<br />
com os <strong>de</strong>ntes levemente <strong>de</strong>siguais (o médio submaior);<br />
<strong>de</strong>ntes do lábio inferior pouco profundos e pouco<br />
celbeados ; capítulos <strong>de</strong> ordinário solitários, terminais ;<br />
fôlhas glabras na página superior (excepto às vezes na<br />
base), glaucas, carnudas. Planta <strong>de</strong> 2-4 dm., erecta ou<br />
ascen<strong>de</strong>nte, com os ramos levantados. t . Março-Set.<br />
Areias marítimas: Alent. e Alg. . . T. carnosus, Bss.<br />
Lábio superior do cálice menor que o inferior e com os<br />
<strong>de</strong>ntes iguais, os do lábio inferior mais profundos e<br />
mais rígidos bastante celheados; capítulos <strong>de</strong> ordinário<br />
subcorimbosos, os laterais dispostos em ramos curtos<br />
(1) Não posso dizer nesta ocasião se os exemplares colhidos próximo <strong>de</strong> Gaia<br />
pertencem a esta mesma ou outra varieda<strong>de</strong>, pois não os tenho presentes.<br />
(2) Segundo ainda o sr. Pau o Thymus brachychaetus, Wk. é o híbrido<br />
Mastichina X Zygis, não encontrado, que me conste, em Portugal.<br />
(3) Os exemplares que observei <strong>de</strong>sta procedência tinham todos os caracteres<br />
<strong>de</strong>scritos na Flora, excepto as fôlhas não completamente glabras, mas subtomentosas.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal lS5<br />
11 . pouco numerosos. Planta <strong>de</strong> 2-3 dm., com os ramos<br />
levantados e as fôlhas brevemente aveludadas na página<br />
inferior, glabras na superior, ver<strong>de</strong>-pálidas. | . Julho-<br />
- Agosto. Algarve: próximo <strong>de</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Portimão<br />
(muito raro). (T. Welwitschii, Bss.)<br />
* T. camphoratus x Mastichina. (l)<br />
Fôlhas mais espessas e mais fortemente pontuadas,<br />
<strong>de</strong>nsamente aveludadas também na página superior,<br />
subacinzentadas; brácteas mais largas e mais obtusas. t -<br />
Julho-Agosto. Alent. lit: Portinho da Arrábida. (T.<br />
Welwitschii, <strong>de</strong> Noé) T. carnosusx Mastichina, Rouy.<br />
Pág. 516.— (Chave 5). Satureja alpina (L.), Scheele. Na 3. 1<br />
linha<br />
da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie, on<strong>de</strong> se lê — planta lenhosa na base — leia-se —<br />
planta lenhosa e radicante na base.<br />
Acrescentem-ee as áreas das saáuintes espécies:<br />
Pág. 518. — (Chave 3). Salvia viridis, L. — Algarve : arred.<br />
<strong>de</strong> Tavira, arred. <strong>de</strong> Loulé.<br />
Pág. 519.— (Chave 6). Salvia Aethiopis, L. Trás-os-Montes :<br />
arred. <strong>de</strong> Bragança e arred. <strong>de</strong> Miranda.<br />
Pág. 521.— Balota hispânica (L.), Lacaita (z)=Balota cinérea<br />
(Desr.), Briq. Substitua-se na í7ora o primeiro ao segundo.<br />
Pág. 522.— Galeopsis Tetrahit, L. Inscreva-se-lbe o habitat—Serra <strong>de</strong><br />
Castro Laboreiro (Alcobaça), Serra <strong>de</strong> Montalegre (Para<strong>de</strong>la),<br />
Serra do Mor ouço (Mós).<br />
Pág. 527.— MarrUbium VUlgare, L. Na l. a<br />
linha da <strong>de</strong>scrição on<strong>de</strong> se<br />
lê—cálice tomentoso com 5 <strong>de</strong>ntes rígidos e gancheados—leia-se<br />
cálice tomentoso com 10 <strong>de</strong>ntes rígidos e gancheados.<br />
(1) Rouy ao tratar <strong>de</strong>stes híbridos nos seus Matériaux pour servir à la revision<br />
<strong>de</strong> la Flore Portugaise (Labiatae), consi<strong>de</strong>ra êste como T. Mastichina X capitellatus, que<br />
manifestamente não po<strong>de</strong> ser, pois que o T. capitellatus não aparece no ALjarve on<strong>de</strong> é<br />
substituído pelo e<br />
I. camphoratus, Hoffáá- et Lk. (= T. algarbiensis, Lée.); <strong>de</strong> resto pela<br />
forma do cálice e ainda pelo porte êste último convém bem mais ao híbrido que o<br />
T. capitellatus. Por estes motivos fiz a alteração acima.<br />
(2) C. Lacaita— Some critical species of Marrubium and Ballota (Extracted<br />
from the Linnean Society's Journal-Botany— Vol. xlvii-September-l9s5<br />
20
154 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 529.— (Chave 5). Lavandula pedunculata, Cav.y. interrupta,<br />
P. Cout.<br />
Junte-se esta varieda<strong>de</strong> a seguir às duas outras :<br />
Espiga longícoma, com 1-2 pequenos grupos <strong>de</strong> flôres<br />
distanciadas da espiga e entre si 4-7 cm. Beira merid.:<br />
Fundão '/. interrupta, P. Cout.<br />
Pag, 530.— Prasium majus, E- forma hiflorum.<br />
Coloque-se por baixo da <strong>de</strong>scrição da espécie :<br />
Flores quási todas geminadas em cada axila. Algarve.<br />
• H .«ihísrlj?, (;J)-sni forma hiflorum.<br />
Pág. 531. — (Chave 3). Ajuga Chamaepiíys (L.), Schreh. —<br />
Amplie-se-lbe o habitat — Trás-os-Montes, Beira lit. e Estrem. (pouco<br />
freqüente).<br />
Família 117 — Solanáceas<br />
Pág. 538.— Hyoscyamus albus, L. b. major (Mill.). Indique-se-lhe<br />
o habitat — Estrem. e Algarve: arred. <strong>de</strong> Faro.<br />
Família 118 — Escrofulariáceas<br />
Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta Família façam-se as seguintes emendas: na 3." linha, on<strong>de</strong> se lê<br />
— 4-5-segmentos — leia-se — 4-5 raras vezes 6-8 segmentos ; — na 6. a<br />
linha on<strong>de</strong> se lê — 4-5-lobado — leia-se — 4-5-lobado, raras vezes 6-8-<br />
-lohado ; — finalmente, na 7. a<br />
linha on<strong>de</strong> se lê— 5 férteis — leia-se — 5-8 férteis.<br />
Nas Chaves dos Géneros substituam-se as do mesmo número pelas seguintes:<br />
í Estames 5-4, raras vezes 6-8; fôlhas todas alternas ou<br />
2 J todas basilares 3<br />
I Estames 2 (acompanhados ou não <strong>de</strong> 2 estaminódios);<br />
( fôlhas pelo menos as inferiores <strong>de</strong> ordinário opostas 7<br />
j n<br />
Sementes ápteras. Plantas anuais 19 bis<br />
j Sementes com costas dorsais aladas. Planta subarbustiva,<br />
com as flôres dispostas em espiga plurilateral.<br />
Bartschia, L. (pág. 563)
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal lSS<br />
Lábio inferior da corola com 3 lóbulos inteiros; fôlhas<br />
estreitas, lanceoladas ou lineares, inteiras ou remotamente<br />
serradas; espiga 1-lateral.<br />
19 l Odontites, Pers. (pág. 563)<br />
11<br />
Lábio inferior da corola com 3 lóbulos cbanfrados; fôlhas<br />
largas, ovadas, fundamente crenadas ou serradas ; espiga<br />
não oU muito pouco 1-lateral. Euphrasia, L. pág. 161<br />
Pág. 542.— (Cbave 5) Verbascum Henriquesii, Lge.<br />
Na 2 a<br />
linha da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie, on<strong>de</strong> se lê — pêloS dos filetes amarelos<br />
— leia-se — pêlos dos filetes brancos.-— Quando estão cobertos<br />
<strong>de</strong> pólen, é que os pêlos estaminais parecem à primeira vista<br />
amarelos.<br />
Pág. 546.—Linaria Munbyana, Bss. et Reut. (l)<br />
Intercale-se esta espécie, modificando a chave 3:<br />
2 I Asa da Semente grOSSa (Veja-se na fiora anota do fim da página). 3 bis<br />
^ Asa da semente ténue 5<br />
3<br />
bis<br />
Corola medíocre ou mayúscula (15-25 mm.) ; inflorescencia<br />
pluri-multiflora; sementes com ása larga. Plantas<br />
<strong>de</strong> 4-25 cm 4<br />
Corola pequena (10-12 mm., com o esporão), amarela,<br />
com o palato côr <strong>de</strong> laranja; inflorescencia pauciflora<br />
(com freqüência 1-3-flora); sementes com ása estreita.<br />
Planta bumil<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 2-7 cm., multicaule, glauca, com a<br />
inflorescencia puberulento-glandulosa. O. Abril. Algarve:<br />
dunas <strong>de</strong> Alvor. . . L. Munbyana, Bss. et Reut.<br />
Ampliem-se os habitats das seguintes espécies :<br />
Pág. 546. — (Cbave 4). Linaria amethystea (Lam.), Hoffgg.<br />
et Lk. — Trás-os-Montes, Beira, Estrem., Alent. e Algarve.<br />
Pág. 547. — (Chave 7). Linaria Ricardoi, P. Cout. —Baixo<br />
Alentejo, nas searas, ao que parece freqüente: arred. <strong>de</strong> Beja,<br />
próx. <strong>de</strong> Cuba, próx. <strong>de</strong> Serpa.<br />
Pág. 550. — (Chave 24). Linaria viscosa (L.), Dum. — Alto<br />
Alent., Alent. lit., Baixas do Guadiana (Cuba), Algarve.<br />
(l) Linaria pygmaea, Samp.
156 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 550.— (Chave 24). Linaria viscosa (L.) Dum. var. bimaculata<br />
, P. Cout.<br />
Esta varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve colocar-se logo a seguir à <strong>de</strong>scrição da espécie e antes da var.<br />
crassifolia, do modo seguinte :<br />
Corola com duas máculas longitudinais sanguíneo-alaranjadas<br />
abaixo da fauce, e às vezes com o palato levemente<br />
purpúreo-maculado; flôres um pouco menores. Algarve:<br />
Faro β. bimaculata, P. Cout.<br />
Planta prostrado-ascen<strong>de</strong>nte, com as fôlhas carnudas; caules<br />
estéreis numerosos e gran<strong>de</strong>s, com as fôlhas ovado-lanceoladas<br />
ou lanceoladas; fôlhas dos caules férteis mas largamente<br />
lineares; flôres maiores (20-30 mm.). Estrem :<br />
próximo do Cabo da Roca. . . y. crassifolia, P. Cout.<br />
Pág. 556.— Serophularia laevigata, Vahl.<br />
Inclua-se esta espécie substituindo na Flora a chave 6 pelas duas seguintes :<br />
Plantas glabras simples ou ramosas; fôlhas com pecíolo<br />
comprido 6 bis<br />
Planta vilosa ou mais ou menos pubescente, <strong>de</strong> 2-10 dm.;<br />
fôlhas com pecíolo curto, triangular-alongadas, cordiformes<br />
na base, duplicado-crenadas, raras vezes crenado-<strong>de</strong>ntadas,<br />
pubescentes nas 2 páginas; cimeiras <strong>de</strong><br />
ordinário paucifloras, às vezes multífloras (forma multiflora<br />
[Lge.],). 4. Março-Set. Lugares húmidos, sebes,<br />
margens dos caminhos: quási todo o país (freqüente).<br />
S. Scorodonia, L.<br />
Planta glabrescente. Com o tipo (rara)<br />
Forma glabrescens, P. Cout.<br />
Cápsula madura ovoi<strong>de</strong>, longamente atenuada no cimo;<br />
fôlhas caulinares e freqüentemente as florais inferiores<br />
penatisecto-liradas, com os segmentos inciso-serrados<br />
ou duplicado-<strong>de</strong>ntados ou subcrenado-<strong>de</strong>ntados, o terminal<br />
gran<strong>de</strong> ovado ou oblongo; fôlhas superiores<br />
indivisas, acunheadas na base. 4. Maio-Jul. Terrenos<br />
secos, rochedos, areias marítimas.- Alto Minho, Beira<br />
6 montanhosa, Estrem., Alent. lit.<br />
bis S. ebulifolia, Hoffgg. et Lk.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 157<br />
Fôlhas caulinares inferiores penatísecto-liradas com<br />
o segmento terminal gran<strong>de</strong>, ovado-subarredondado,<br />
as caulinares superiores e todas as florais indivisas,<br />
serrado-<strong>de</strong>ntadas. 2L} $ ou 0. Montanhas da Beira,<br />
Alto Alent. . . . o. Schousboei (Lge.), P. Cout.<br />
Cápsula madura subglobosa,, pouco atenuada no cimo;<br />
fôlhas polimorfas, <strong>de</strong> ordinário liradas ou 3-foliadas e<br />
as superiores indivisas.
158 António Xavier Pereira Coutinho<br />
rios, sebes, muros, rochedos húmidos: Minho, Beiras,<br />
Estrem. (Sintra), Ãlent. lit. (O<strong>de</strong>mira), Algarve (Monchique)<br />
. . . S i europaea, L.<br />
Fôlhas gran<strong>de</strong>s (1,5-4 cm. <strong>de</strong> diam. transv.); corola muito<br />
maior que o cálice, majúscula (cerca <strong>de</strong> 1 cm. <strong>de</strong> diam.),<br />
amarela;. flôres 5-8-meras, com os pedúnculos fasciculados<br />
maiores que os pecíolos. Planta <strong>de</strong> 5-8 dm., <strong>de</strong>lgada,<br />
vilosa. 2L. Julho-Agosto. Sintra: espont. ou subespont. ?<br />
(Espont. na Ma<strong>de</strong>ira) . . . . . S. peregrina, L.<br />
Pág. 559.— (Chave 14). Verónica officinalis L. var. Carquejiana<br />
(Samp.) = V. Carquejiana, Samp., como espécie na Flora.<br />
Modific|ue-se como abaixo a chave 13 e suprima-se a chave 14 :<br />
Fôlkas obovadas ou obovado-oblongas, atenuadas na<br />
base em pecíolo curto, miudamente serrilhadas; cacbos<br />
<strong>de</strong> ordinário alternos, longamente pedunculados; corola<br />
medíocre, azulada, raras vezes branca; cápsula com<br />
ckanfro largo e pouco fundo, às vezes obsoleto; pedícelos<br />
curtos, os frutíferos menores que o cálice e a<br />
bráctea. Planta <strong>de</strong> 1-4 dm., vilosa, radicante, com os<br />
ramos floríferos ascen<strong>de</strong>ntes. 2f. Maio-Set. Montanhas,<br />
bosques, charnecas: Trás-os-Montes, Minho, Beiras.<br />
J2 Verónica das boticas, V. <strong>de</strong> Alemanha. V. officinalis, L.<br />
Cápsula com o chanfro mais estreito e mais fundo;<br />
pedicelos ténues, os frutíferos maiores que o cálice<br />
e que a bráctea. Serra da Estrela, próx. da Lagoa<br />
Comprida . . . . . β. Carquejiana (Samp.)<br />
Fôlhas ovado-orbiculares, contraídas no pecíolo ; corola<br />
mais azul. Planta mais débil, mais rastejante,<br />
mais tenuemente vilosa. AZro Minho, Serra da<br />
Estrela. . . . . y. Tourneíortii (Vill.), Rchb.<br />
Fôlhas sésseis ou subsésseis, mais ou menos grossamente<br />
1 serradas; cachos freqüentemente opostos. . . . 15:<br />
Pág. 561.— Género 656. <strong>Digital</strong>is, L.<br />
Substituam-se na Flora as chaves das espécies pelas seguintes:<br />
Cápsula não ou muito pouco saliente do cálice; pedicelos<br />
proximamente do tamanho do cálice; cacho multifloro,<br />
1 ) alongado; corolas gran<strong>de</strong>s β0-45 mm.), purpúreo-
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 159<br />
-rosadas ou brancas, com máculas internas mais escuras.<br />
Planta <strong>de</strong> 2-15 dm. S. Abril-Set. Lugares húmidos,<br />
frescos ou sombríos, sebes: q[uási todo o país (principalmente<br />
no TSorte e Centro).<br />
<strong>Digital</strong>, Dedaleira, Erva <strong>de</strong>dal, Abeloura. D. purpurea, L.<br />
+ Fólhas ovado-lanceoladas, as inferiores mais ou<br />
menos contraídas no pecíolo :<br />
= Caule tomentoso-pubescente ou tomentosopuberulento,<br />
esbranquícado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base até ao<br />
címo; fólbas pubescentes ou tomentosas:<br />
X Fólbas puberulento-pubescentes na página<br />
superior e subtomentosas na inferior:<br />
— Brácteas do tamanbo dos pedicelos ou<br />
pouco maiores; segmentos do cálice ovados.<br />
Frecuente «. genuina<br />
— Brácteas 2-3 vezes maiores que os pedicelos<br />
; segmentos do cálice ovado-lanceolados;<br />
corola <strong>de</strong> ordinario menos ventruda.<br />
Gerez, Serra <strong>de</strong> Teixoso, Bugaco.<br />
p. longibracteata. Henriq.<br />
X Fólbas subtomentosas ou tomentosas na<br />
página superior e branco-tomentosas na<br />
inferior. Planta <strong>de</strong> ordinario com maior<br />
porte e as fólbas mais largas, as vezes completamente<br />
branca. Frecuente.<br />
. . . y. tomentosa (Hoffgg. et Lk.), Brot.<br />
= Caule (excepto o eixo da inflorescencia) glabro;<br />
corola mayúscula (10-20 mm.); fólbas glabras<br />
ñas 2 páginas oü apenas levemente puberulento-<br />
-tomentosas na inferior, Planta robusta, elevada<br />
até 17 dm. Serra <strong>de</strong> Castro Laboreiro.<br />
5. miniana (Samp.)<br />
-j- Fólbas ovado-oblongas (puberulento-pubescentes<br />
na página superior e subtomentosas na inferior),<br />
as inferiores atenuadas no pecíolo; brácteas menores<br />
que os pedicelos (cerca <strong>de</strong> 1<br />
/ 2 ); cacbo um<br />
tanto frouxo; corola purpureo-rosada, menos maculada.<br />
Planta mais <strong>de</strong>lgada e <strong>de</strong> menor porteβ-6 dm.). 2í. Agosto. Serra da Estrila: Cováo das
i6o António Xavier Pereira Coutinho<br />
Vacas, Cântaro Magro, subesp. neva<strong>de</strong>nsis (Kze.)<br />
Cápsula saliente do cálice; pedicelos maiores que o cálice.<br />
Plantas vivazes 2<br />
Planta <strong>de</strong> pequeno porte (2-3,5 dm.), pouco folhosa,<br />
puberulento-subtomentosa, esbranquiçada; fôlhas lanceoladas,<br />
crenadas, as basilares pecioladas e persistentes<br />
na floração, as caulinares semi-amplexicaules; segmentos<br />
do cálice ovados, obtusos; corola (cêrsa <strong>de</strong> 30 mm.)<br />
purpúrea, pontuada internamente; brácteas muito menores<br />
que os pedicelos. %. Junho. Trás-os-Montes:<br />
próximo do Vimioso D. minor, L.<br />
Planta elevada (2,5-7 dm.), bastante folhosa, pubescente-<br />
-tomentosa, amarelada, glutinosa, com o caule tomentoso<br />
ou <strong>de</strong>nsamente pubescente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base até ao<br />
cimo; fôlhas ovado-elípticas, <strong>de</strong>nticuladas ou <strong>de</strong>ntadas,<br />
tomentosas ou pubescentes nas 2 páginas, as basilares<br />
pecioladas e quási secas na floração, as caulinares<br />
<strong>de</strong>currentes; segmentos do cálice ovado-lanceolados,<br />
agudos; corola (<strong>de</strong> 30-40 mm.) purpurascente, com<br />
poucas pontuações internas; brácteas maiores ou menores<br />
que os pedicelos. %. Maio-Agosto. Montanhas, terrenos<br />
secos, caminhos, margens arenosas dos rios: Trás-<br />
-os-Montes, Minho, Beiras, Alto Alent. . D. Thapsi, L.<br />
Caule glabro, quási lustroso; fôlhas caulinares glabras<br />
nas 2 páginas ou peludas na inferior junto às<br />
nervuras. Planta elevada (5-9 dm.), com a corola<br />
um pouco menor. Lugares áridos e pedregosos:<br />
margens do Douro. . . S. Amandiana (Samp.)<br />
Pág. 562 e 563.— Dispermotheca viscosa (L.), Beauverd var.<br />
lusitanica, Beauv.<br />
£ assim que numa revisão do seu género Dispermotheca o sr. G. Beauverd inscreve<br />
a nossa planta portuguesa. Admite apenas duas espécies neste Género: D. viscosa (L.),<br />
muito polimorfa, e D. granatensis (Bss.). Substituam-se como segue as duas últimas<br />
linhas da página 562 da Flora e as 4 primeiras da página 563:<br />
Planta polimorfa, elevada e muito ramosa, com os ramos<br />
divergentes, rígida, glanduloso-viscosa, aromática; corola amarei?,<br />
<strong>de</strong> 6-7 mm.; segmentos do cálice ovados, obtusos; inflores-
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 161<br />
cencías <strong>de</strong>nsas e um tanto curtas; fôlhas subopostas, largamente<br />
lineares. O. D. viscosa (L.), Beauverd.<br />
Planta <strong>de</strong> 4-7 dm., muito puberulento-glandulosa, com as<br />
fôlhas espessas, <strong>de</strong> margem enrolada, muito glandolosas;<br />
ramos superiores com poucos ramúsculos. Julho-Set. Montejunto,<br />
Montes dos arredores <strong>de</strong> Setúbal, Arrábida.<br />
var. lusitanica, Beauv.<br />
Pág. 563. — Euphrasia hirtella, Jord.<br />
Intercalem-se, como abaixo, o novo Género e a respectiva espécie .-<br />
659 bis. Euphrasia, L. Flores dispostas na axila <strong>de</strong> brácteas<br />
foliáceas em espiga um tanto frouxa; cálice tubuloso, 4-fendido;<br />
corola 2-labiada, com os 3 lóbulos do lábio inferior chanfrados;<br />
estames 4-didinâmicos, com as anteras <strong>de</strong>sigualmente mucronadas;<br />
cápsula comprimida, oblonga, troncada, polispérmica;<br />
sementes fusiformes, <strong>de</strong> 1-1,5 mm., estriado-costadas. Plantas<br />
anuais, com fôlhas largas.<br />
Corola branca, violáceo-estriada; cápsula peluda no cimo;<br />
fôlhas inferiores ovado-acunbeadas com <strong>de</strong>ntes obtusos, e<br />
as restantes largamente ovadas com <strong>de</strong>ntes agudos;<br />
brácteas oArado-suborbiculares, agudamente <strong>de</strong>ntadas.<br />
Planta <strong>de</strong> 1-2 dm., ramosa inferiormente com os ramos<br />
ascen<strong>de</strong>ntes, vestida <strong>de</strong> pêlos curtos crespos e com pêlos<br />
glandulosos maiores na parte superior. 0. Junho-Jul.<br />
Trás-os-Montes: nos lameiros (arred. do Vimioso).<br />
E. hirtella, Jord.<br />
Pág. 564.— Género 664. PediCUlariS, L. Na 6. a linha da <strong>de</strong>scrição<br />
dêste Género, on<strong>de</strong> se lê—(na eSp. pOrt.) —leia-se— (nas espécies pOrtUguesas).<br />
Pedicularis palustris, L.<br />
Introduza-se esta espécie substituindo na Flora a chave das espécies pela seguinte:<br />
Multicaule, <strong>de</strong> 0,5-2,5 dm., com os caules <strong>de</strong> ordinário<br />
simples, o central erecto e florífero quási até à base, e os<br />
laterais difusos ou ascen<strong>de</strong>ntes floríferos até cerca <strong>de</strong> meio;<br />
<strong>de</strong>ntes do cálice 4 subiguais crenulados e o 5.° menor<br />
subinteiro; cápsula menor que o cálice; fôlhas ver<strong>de</strong>-pálidas,<br />
com os segmentos estreitos e os lóbulos não ou<br />
pouco calosos na extremida<strong>de</strong>. % ou S. Maio-Jul. Lamei-<br />
21
i6z<br />
António Xavier Pereira Coutinho<br />
rose prados húmidos, paúes, matas e lugares arenosos:<br />
Serra <strong>de</strong> Montezinho, Alto Minho, Serra da Estrela.<br />
P. silvática, F.<br />
Caule central maior (0,5-3,5 dm.), <strong>de</strong> ordinário florífero<br />
só na meta<strong>de</strong> superior, poucas vezes quási até à base<br />
ou nulo ; fôlhas ver<strong>de</strong>-escuras, mais fundamente recortadas,<br />
sub-2-penatipartidas. Planta mais ou menos<br />
vilosa na parte superior, raras vezes tôda glabrescente<br />
(forma glabrescens). Quási todo o país: mais freqüente<br />
no TSlorte e Centro.<br />
b. lusitanica (Hoffgg. et Lk.), Ficalho.<br />
Unicaule, <strong>de</strong> 2-3 dm., com o caule avermelhado, levantado,<br />
ramoso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, florífero na meta<strong>de</strong> superior; <strong>de</strong>ntes<br />
do cálice todos 5 largamente crespo-<strong>de</strong>nticulados; cápsula<br />
um pouco maior que o cálice; fôlhas penatisectas, com os<br />
segmentos mais largos, lobados e crespo-crenulados, terminados<br />
em calo branco muito evi<strong>de</strong>nte, o. Maio. Lameiros<br />
húmidos: Bragança (l) P. palustris, L.<br />
Família 124 — Plantagináceas<br />
Pág. 575 .— Plantago, L.<br />
Substitua-se a chave 5 da Flora pela seguinte, e suprima-se a chave 4:<br />
Fôlbas trigonais, aquílbadas, estreitamente lineares (1<br />
mm. <strong>de</strong> largura ou menos), rígidas, mais ou menos<br />
curvo-falciformes, inteiras, acutiúsculas, glabrescentes<br />
ou peludo-vílosas. Planta vivaz, com ramos curtos<br />
lenhosos epígeos e as fôlhas reunidas na extremida<strong>de</strong><br />
dos ramos; brácteas ver<strong>de</strong>s ou escuras no cimo, proximamente<br />
do tamanbo dos cálices; pedúnculos <strong>de</strong> 0,4-2<br />
dm., <strong>de</strong>lgados, vestidos <strong>de</strong> pêlos curtos e aplicados. 2f.<br />
Maio-Jul. Lugares pedregosos e áridos: Trás-os-Mon-<br />
5 \ tes, Beira transm. . . . . . P. recurvata, L.<br />
(l) Vi um único exemplar português <strong>de</strong>sta espécie; foi colhido por mim em 1878,<br />
quando começava em Bragança as minhas herborizações e está <strong>de</strong>positado no meu Herbário<br />
em óptimo estado <strong>de</strong> conservação; foi inicialmente <strong>de</strong>terminado por um principiante<br />
como var. latifolia da P. silvática e assim passou irreflectidamente à Flora. Exame mais<br />
atento mostrou-me agora o seu verda<strong>de</strong>iro significado.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 163<br />
Planta <strong>de</strong>nsamente cespitosa, <strong>de</strong> muito pequeno<br />
porte; fôlhas <strong>de</strong> 0,5-2 cm., glabras, só viloso-lanuginosas<br />
na base; pedúnculos <strong>de</strong> 1-3 cm.; espiga<br />
muito curta, com as brácteas submaiores que o<br />
cálice. Serras do Soajo, Marão e Estrela.<br />
(B. capitellata (Ram.)<br />
Brácteas, muito maiores que as flôres, longamente<br />
acuminadas ; pedúnculos um tanto robustos, <strong>de</strong> 0,6-2<br />
dm.; espiga um pouco mais grossa. Bragança.<br />
7, longibracteata, Kocb.<br />
Brácteas, muito maiores que as flôres, por fim endurecidas,<br />
<strong>de</strong>negridas e recurvadas ; fôlhas mais rígidas,<br />
subvulnerantes. Areias e rochedos do litoral: Baixo<br />
Alentejo e Algarve. â. bracteosa (Wk.)<br />
Fôlbas planas ou semi-roliças (inteiras ou não) . . 6<br />
Acrescentem-se os habitats seguintes:<br />
Pág. 576. — Plantago Coronopus, L. ?. simplex, Bss. Alhandra,<br />
Beja, Serra <strong>de</strong> Ossa e Faro.<br />
Pág. 577.— Plantago Loeflingii, L. Trás-os-Montes (Vimioso),<br />
Beira transm. (Trancoso).<br />
Família 125 — Rubiáceas<br />
Pág. 582. — Galium fruticescens, Cav. var. caespitosum, Wk,<br />
et Costa.<br />
Para introduzir na Flora esta nova espécie, substitua-se pela seguinte a cbave 6, no<br />
final da cbave 8 em vez do algarismo 9 leia-se 8 bis, e intercale-se a seguir esta nova<br />
cbave 8 bis:<br />
f Caules lisos; fôlhas com a margem mais ou menos<br />
g j antrorso-aculeolada. Plantas vivazes ou poucas vezes<br />
subarbustivas 7<br />
Caules retrorso-aculeolados 11<br />
Plantas não rastejantes, berbáceas 9<br />
Planta rastejante, estolbosa, rígida, com os caules lenbo-<br />
8 sos na base, ascen<strong>de</strong>ntes, mais ou menos peludo-áspebis<br />
~I ros; fôlhas 6-10 em cada verticilo, lineares ou lanceo-
164 António Xavier Peieira Coutinho<br />
lado-lineares, curvas no cimo, mucronadas; pedicelos<br />
erectos, menores que as flôres. t . G. fruticescens, Cav.<br />
Caules muito ramosos da base, cespitosos, com entre-<br />
-nós curtos; fôlfias curtas e um tanto largas ¡panícula<br />
pequena, pauciflora. Julho. Estrem.: Montejunto.<br />
. . . var. caespitosum, Wk. et Costa.<br />
Pág. 583.— Galium uliginosum, L. b. Langei, P. Cout. (l) —<br />
G. uliginosum, L. b. helo<strong>de</strong>s, Lge., non Hoffgg. et Lk.<br />
Substitua-se a cbave 12 pelas 2 seguintes :<br />
Plantas vivazes; fôlhas com a margem mais ou menos<br />
enrolada, retrorso-aculeolada, 4-8 em cada verticilo;<br />
corola branca 12 bis<br />
Plantas anuais; fôlhas com a margem antrorso-aculeolada,<br />
lisas na página superior 13<br />
Panícula pouco larga, com os ramos curtos e um tanto levantados;<br />
pedicelos quási do tamanho das flôres ou menores ;<br />
fôlhas 6-8 em cada verticilo, patentes ou erectas, lanceoladas,<br />
lisas na página superior, mucronadas. Planta<br />
débil, ascen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> 3-5 dm. 21. . G. uliginosum, L.<br />
Fôlhas lineares, estreitamente enroladas, cobertas <strong>de</strong><br />
papilas ásperas na página superior; raminhos da<br />
panícula subcapilares. Planta ascen<strong>de</strong>nte-erecta,<br />
elevada <strong>de</strong> 5-7 dm. Julho. Trás-os-Montes (Bragança)<br />
e Minho (Melgaço) . . b. Langei, P. Cout.<br />
Panícula muito larga, com os ramos compridos e divaricados,<br />
subcapilares; pedicelos maiores que as flôres;<br />
fôlhas mais ou menos papiloso-ásperas na página<br />
{ superior, as dos caules estéreis e as inferiores dos caules<br />
(l) Galium Uliginosum, L. b. Langei, P. Cout. = G. uliginosum, L.<br />
(5. helo<strong>de</strong>s, Lge. non Hoffgg. et Lk Foliis anguste lincaribus, margine revolutis,<br />
patentibus vel erectís; panicula elongata, ramis ascen<strong>de</strong>ntibus, ramulis subcapillaribus.<br />
Planta adscen<strong>de</strong>nti-erecta, 5-7 dm. alta. A G. helo<strong>de</strong>, Hoffgg. et Lk. facile distincta:<br />
panicula angustiore, ramis brevioríbus adscen<strong>de</strong>ntibus (nec ampla, ramis longis divaticatis),<br />
pedicellis flore vix vel parum longioribus, foliis anguste linearibus, patentibus vel erectis<br />
(nec late ovatis vel sublanceolatis, patentibus vel reflexis), caulibus nec flaccidis<br />
firmioribus et suberectis, etc.<br />
Esta curiosa planta foi colhida no Norte pelo meu antigo colega do Instituto Dr.<br />
Silva Rosa, hoje já falecido. Conservo no meu Herbário um bom exemplar.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 165<br />
12 ^ férteis 4-nadas, largamente obovadas, as restantes dos<br />
bis caules férteis 4-7 em cada verticilo sublanceoladas ou<br />
oblongo-líneares, patentes ou retroflectidas, Planta com<br />
caules estéreis curtos, prostrados, e caules férteis <strong>de</strong><br />
2-10 dm., ascen<strong>de</strong>ntes, flácidos, <strong>de</strong>lgados, frágeis. %.<br />
Abril-Julho. Margens dos rios, lugares húmidos, sebes:<br />
ç[uási todo o país (freqüente). G. helo<strong>de</strong>s, Hoffgg. et Lk.<br />
Pág. 584.— Galium Aparine, L. b. tenerum (Schleich.) = G.<br />
Aparine, L. P. minus, P. Cout.<br />
Substitua-se na cbave 17 a primeira <strong>de</strong>nominação, bem como a respectiva <strong>de</strong>scrição,<br />
do modo seguinte:<br />
Aquénios medíocres (cerca <strong>de</strong> 1,5 mm.), com pêlos como no<br />
tipo. Planta <strong>de</strong>lgada, débil, <strong>de</strong> 1-5 dm., com as fôlhas<br />
oblongo-lanceoladas e as cimeiras paucifloras. Trás-os-<br />
-Montes: Miranda do Douro, Bragança.<br />
b. tenerum (Sckleick.)<br />
Amplie-se o habitat das seguintes duas espécies :<br />
Pág. 585.— (Ckave 23). Galium minutulum, Jord. — Estrem.<br />
(Serra <strong>de</strong> Sintra), Alent. lit. (próx. <strong>de</strong> Grândola, Serra da<br />
Caveira).<br />
Pág. 585.— (Cbave 23). Galium múrale, Ali.— Quási todo<br />
o país.<br />
Família 126 — Caprifoliáceas<br />
Pág. 588.— Lonicera etrUSCa, Santi. Inscreva-se o seu habitat — De<br />
Trás-os Montes e Minho ao Algarve.<br />
Família 127 — Valerianáceas<br />
Pág. 588.— Nas Cbaves dos Géneros substitua-se pela seguinte a cbave 3:<br />
Corola subbilabiada, com o tubo comprido, purpúrea;<br />
estames 2, ou 3 dos quais 2 a<strong>de</strong>rentes.<br />
Fedia, Moencb. (pág. 589)<br />
Corola subregular, com o tubo curto, pálido-lilacínea;<br />
estames 3 . . . . Valerianella, Hall. (pág. 589)
166 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 588.— CentratlthUS rUber (F-), DC. Emen<strong>de</strong>-se-lhe o habitat —<br />
De Trás-os-Montes ao Algarve.<br />
Pág. 589.— Fedia caput-bovis, Pomel.<br />
Substitua-se o quadro das espécies do Género Fedia na Flora pelas seguintes chaves :<br />
Frutos ovado-arredondados, íntumecidos, com os lóculos<br />
estéreis mais largos que o fértil e o limbo do cálice<br />
pequeno, cupuliforme; corola com o tubo comprido<br />
(forma típica) ou muito comprido e <strong>de</strong>lgado (forma<br />
graciliflora [Fisch, et Mey.],); fôlhas inteiras ou levemente<br />
<strong>de</strong>ntadas na base, as inferiores obtusas, obovadas,<br />
e as superiores acutíúsculas ovadas ou elípticas. Planta<br />
glabrescente, <strong>de</strong> 1-3 dm. O. Abril-Jun. Lugares secos,<br />
searas, muros: Estrem., Alent. lit., Algarve.<br />
F. Cornucopiae (L.), Gaertn.<br />
Frutos oblongo-lineares, estreitos, com os lóculos estéreis<br />
menores que o fértil 2<br />
Frutos coroados pelo limbo do cálice muito pequeno, obliquamente<br />
cupuliforme; corola <strong>de</strong> ordinário com o tubo<br />
bastante comprido e <strong>de</strong>lgado. 0. Abril-Jun. Searas,<br />
charnecas: Alto e Baixo Alent., Algarve.<br />
(l) F. scorpioi<strong>de</strong>s, Dufresne.<br />
Frutos coroados pelo limbo do cálice com 2 <strong>de</strong>ntes muito<br />
gran<strong>de</strong>s, corniformes; corola com o tubo muito comprido.<br />
©. Abril-Jun. Vinhas, campos, talu<strong>de</strong>s: arredores<br />
<strong>de</strong> Runa (Panasqueira) . . . F. caput-bovis, Pomel.<br />
Pág. 589.- Género 686. Valerianella, Hall. — Flores dispostas<br />
em cimeiras, com os eixos <strong>de</strong>lgados ou menos vezes grossos;<br />
Substitua-se como acima o princípio da <strong>de</strong>scrição dêste Género na Flora.<br />
Pág. 590.—valerianella echinata (L.), DC.<br />
Deve ser colocada esta espécie, antes da chave 1, do seguinte modo :<br />
Cimeira <strong>de</strong>nsamente fastigiado-capítada, com os eixos<br />
por fim muito grossos; cálice frutífero 3-corne, com as<br />
pontas cónicas recurvadas, a média maior; fruto oblongo,<br />
glabro, com os lóculos estéreis estreitos, muito me<br />
ti) Segundo o sr. D. Carlos Pau Fedia scorpioi<strong>de</strong>s, Dufr. = F. <strong>de</strong>cipiens, Pomel.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 167<br />
; ñores que o fértil. Planta <strong>de</strong> 1-3 dm., glabra, dicotómico-ramoga.<br />
©. Maio. Barca <strong>de</strong> Alva.<br />
V. echinata (L.), DC.<br />
Cimeira com os eixos <strong>de</strong>lgados. . . . . . . . 1<br />
Família 128 — Dipsacáceas<br />
Pág. 593.—Género 690. Knautia:<br />
O Prof. Dr. Z. Srahó, <strong>de</strong> Budapeste, em carta ulterior (20 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1932)<br />
rectifica novamente a <strong>de</strong>terminação das duas especies dêste Género ; diz que a K. arvensis<br />
da Flora <strong>de</strong>ve inscrever-se como K. subscaposa, Bss. et Reut.; quanto à K. silvática da<br />
Flora consi<strong>de</strong>ra o exemplar que lhe enviei incompleto e por isso muito duvidoso, mas que<br />
talvez pertença à K. legionensis (Lag.),<br />
Pág. 594.— Pterocephafus papposus (L.), Coult.— Trás-os-<br />
-Montes (Vimioso), Beiras, Estrem., Alentejo.<br />
Inscreva-se-lhe o habitat como acima.<br />
Família 130 — Campanuláceas<br />
Pág. 602.— Specularia hybrida (L.), A. DC. Amplie-se o seu habitat<br />
— De Trás-os-Montes ao Algarve.<br />
Pág. 603.— Jasione corymbosa, Poir. (5. blepharodon (Bss. et<br />
Reut.), Batt. et Trab. Rectifique-se-lhe o habitat — Alto e Baixo Alent.,<br />
Algarve.<br />
Pág. 603. — Jasione amethistina, Lag. et Rodr.<br />
Amplie-se como segue a chave 3 da pág. 6o3, para introduzir esta nova espécie.<br />
Plantas, das altitu<strong>de</strong>s elevadas, geralmente mais ou menos<br />
peludas 3 bis<br />
Planta, das areias marítimas, glabrescente ou curtamente<br />
peludo-vilosa; brácteas do invólucro subinteiras ou<br />
2 crenadas; caules floríferos <strong>de</strong> 4-7 dm., mediocremente<br />
nus no cimo; capítulos <strong>de</strong> 6-15 mm. <strong>de</strong> diam.; fôlhas<br />
obovadas ou obovado-oblongas, um tanto grossas e<br />
lustrosas, com a margem espessa ou enrolada, bem<br />
como as brácteas. %. Julho-Dez. Póvoa <strong>de</strong> Varzim, Leça,<br />
Foz do Douro, Gaia, Espinho. . J. lusitanica, A. DC.
168 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Segmentos do cálice rígidos, subpungentes, lanuginosos;<br />
brácteas do invólucro ver<strong>de</strong>s, mais ou menos crenadas;<br />
caules íloríferos, <strong>de</strong> ordinário brevemente nús no cimo,<br />
<strong>de</strong> 0,5-3 dm.; capítulos <strong>de</strong> 7-22 mm. <strong>de</strong> diam.; fôlhas<br />
oblongo-obovadas ou oblongo-espatuladas, com a margem<br />
espessa ou enrolada, bem como as brácteas. Planta<br />
vílosa ou viloso-lanosa. 21. Maio-Agosto. Sítios áridos,<br />
secos ou pedregosos: Trás-os-Montes, Serras do Gerez<br />
e da Estrela J. humilis (Pers.), Lois.<br />
Segmentos do cálice moles, <strong>de</strong> ordinário glabros; brácteas<br />
do invólucro ametistineas, inteiras; caules floríferos,<br />
folbosos até ao cimo ou quási, <strong>de</strong> 1-2,5 dm.; fôlhas<br />
oblongo-espatuladas ou linear-espatuladas, pouco espessas<br />
na margem, bem como as brácteas. Planta glabra<br />
ou mais ou menos bírsuta. 21. Maio-Agosto. Serra do<br />
Gerez, na parte alta. . * J. amethistina, Lag. et Rodr.<br />
Família 131 — Compostas<br />
Pág. 615.— Erigeron mucronatas, DC. — Cultiv. nos jardins<br />
e subespont. nos arred. do Porto, nos arred. <strong>de</strong> Ferreira do<br />
Zêzere e nos arred. <strong>de</strong> Lisboa. (Orig. do México).<br />
Substitua-se-lhe o habitat como acima.<br />
Pág. 616. — Evax pygmaea (L.), Brot. (1804) =2J. pygmaea<br />
(L.), Pers. (1807).<br />
Substitua-se na Flora pela primeira <strong>de</strong>nominação, mais antiga, a segunda e mais<br />
mo<strong>de</strong>rna.<br />
Pág. 616.— Evax Cavanillesii, Ro Uy.— Emen<strong>de</strong>-se, como abaixo:<br />
Fôlbas múticas ou muito brevemente mucronadas;<br />
as c(ue ro<strong>de</strong>iam o glomérulo dos capítulos pouco<br />
maiores que êle, patente-erectas. Planta <strong>de</strong>lgada, <strong>de</strong><br />
0,5-2 cm., simples ou ramosa da base, lanuginoso-<br />
-tomentosa. ©. Maio-Jun. Minho, Beira, Estrem.,<br />
Alent. lit E. Cavanillesii, Rouy.<br />
Fôlbas que ro<strong>de</strong>iam o glomérulo dos capítulos<br />
mais patentes e relativamente maiores. Planta<br />
<strong>de</strong> 2-4 cm. Trás-os-Montes.<br />
2 ' (3. carpetana (Lge.), Rouy.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 169<br />
Ampliem-se os habitats das seguintes espécies, conforme vai indicado:<br />
Pá*. 617 .— Filago gallica, L. v . longibracteata, Wk.— Trás-<br />
-os-Montes, Algarve.<br />
Pá*. 619.— Gnaphalium uliginosum, L-—Disseminado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
Trás-os-Montes e Minho ao Alentejo.<br />
Pá*. 621.— Inula graveolens (L.), Desf. — Chaves, janto às<br />
muralhas, Adorigo, arred. <strong>de</strong> Sintra, Alcochete.<br />
Pá*. 621.— Pulicaria vulgaris, Gaertn.<br />
Inclua-se esta nova espécie, modificando como abaixo a cbave 1 e a meta<strong>de</strong> superior<br />
da cbave 2 :<br />
1<br />
bis<br />
Plantas anuais, com capítulos pequenos ou medíocres<br />
(7-20 mm. <strong>de</strong> diam.) .1 bis<br />
Plantas vivazes, com capítulos majúsculos ou gran<strong>de</strong>s<br />
(18-40 mm. <strong>de</strong> díam.); íôlbas gran<strong>de</strong>s e largas . . 3<br />
Lígulas erectas, curtas, menores que o invólucro ou pouco<br />
o exce<strong>de</strong>ndo; fôlhas lanceoladas ou oblongas, onduladas,,<br />
as inferiores atenuadas em longo pecíolo, as<br />
superiores <strong>de</strong> base arredondada semi-amplexicaule;<br />
pedúnculos curtos. Planta ramosa, fétida, tearâneo-<br />
-pubescente, subviscosa. 0. Julho-Agosto. Trás-os-Montes:<br />
arred. do Vimioso. . . . * P. vulgaris, Gaertn.<br />
Lígulas mais ou menos patentes e que exce<strong>de</strong>m o invólucro;<br />
fôlhas pequenas ou estreitas 2<br />
Capítulos pequenos, campanulado-cilíndricos, com pedúnculos<br />
curtos; fôlhas pequenas, espatulado-oblongas,<br />
obtusas ou obtusiúsculas, enroladas na margem. Planta<br />
<strong>de</strong> 0,6-2 dm., ramosa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, <strong>de</strong>nsamente folhosa,<br />
hirsuta. ©. Julho-Agosto. Rochedos das Berlengas.<br />
P. microcephala, Lge.<br />
Pág. 623. — Odontospermum maritimum (L.), Schultz-Bip.<br />
"/. littorale (Jord. et Fourr.).<br />
a <strong>de</strong>scrição.<br />
Vi plantas portuguesas <strong>de</strong>sta varieda<strong>de</strong> ; tire-se-lbe pois o * e corrija-se levemente<br />
23
i7o António Xavier Pereira Coutinho<br />
Planta <strong>de</strong>lgada, elevada (até 4 dm.), com os caules simples<br />
ou providos <strong>de</strong> 1-2 ramos próximo do cimo, e com os<br />
capítulos menores. Algarve: arred. <strong>de</strong> Portimão (Praia<br />
da Rocha). . . fi. littorale (Jord. et Fourr.) [Rouy]<br />
Pág. 624.— Xanthium brasilicum, Veloso (l). Substitua-se ao<br />
X. strumarium da Flora.<br />
Inscreva-se como abaixo o habitat das duas seguintes espécies:<br />
Pág. 627. — (Chave 4). Anthemis mixta, L. — <strong>de</strong> Trás-os-<br />
-Montes e Minho ao Algarve (freqüente).<br />
Pág. 628. — Anacycius clavatus (Desf.), Pers. — Trás-os-<br />
-Montes (Miranda do Douro), Minho, Beira transm.<br />
Pág. 630. — (Chave 5). Matricaria maritima, L.<br />
Suprima-se-lbe o *, pois vi exemplares, trazidos dos arredores <strong>de</strong> Aveiro, lugar<br />
único on<strong>de</strong> está indicada.<br />
Pág. 636. — (Chave 8). Artemísia glutinosa, Gay e Artemísia<br />
variabilis, Ten.<br />
O exame <strong>de</strong> novos exemplares permitiu-me precisar melbor as diferenças <strong>de</strong>stas duas<br />
espécies e suprimir o * da segunda. Substitua-se peis a cbave 8 da Flora pela seguinte:<br />
Capítulos pequenos (2-3 mm. <strong>de</strong> comprimento); panícula<br />
fortemente viscosa na parte superior, bastante ramosa,<br />
com os ramos não muito <strong>de</strong>lgados e mais ou menos<br />
patentes; segmentos das fôlhas estreitos. Planta <strong>de</strong> 4-6<br />
dm. t . Agosto-Set. Terrenos arenosos, pedregosos e<br />
áridos: Douro (arred. do Porto), Alent. lit. (Milfontes)<br />
8 A. glutinosa, Gay.<br />
Capítulos muito pequenos (1-2 mm. <strong>de</strong> comprimento);<br />
panícula não ou pouco viscosa no cimo, muito ramosa,<br />
com os ramos muito <strong>de</strong>lgados e muito compridos ascen<strong>de</strong>ntes;<br />
segmentos das fôlhas estreitíssimos. Planta mais<br />
elevada, chegando a cerca <strong>de</strong> 1 III. | . Julho-Out. Terrenos<br />
\ arenosos, estéreis, margens dos campos e caminhos:<br />
X. brasilicum, Veloso (l827); X. antiquorum, Wallr. (1844). — Ex F. Wid<strong>de</strong>r<br />
Die Arten Der Gattung Xanthium (l923).
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal i7i<br />
8 \ Minho (Melgaço), Douro (margens do rio), Beira<br />
central e merid. (Malpica, Vila Velha <strong>de</strong> Rodam,<br />
Abrantes).<br />
Abrotano macho, Erva lombrigueira. A. variabilis, Ten.<br />
Pá*. 639.— (Ckave 6). Senecio vulgaris, L. r<br />
p. radiatus, Wk.<br />
Inscreva-se sob a <strong>de</strong>scrição da espécie:<br />
Flores marginais Iiguladas, com lígulas curtas, estreitamente<br />
lineares. Algarve: arred. <strong>de</strong> Portimão (Praia da Rocha).<br />
p. radiatus, Wk.<br />
Pá*. 640.— (Ckave 9). Senecio Cineraria, DC.— rochedos<br />
marítimos: Minho, Douro e Estrem. (Estoril); também cult.<br />
Alargue-se o habitat da espécie acima, e igualmente da seguinte como é indicado :<br />
Pá*. 640.— (Ckave 10). Senecio praealtus, Bert.— <strong>de</strong> Trás-<br />
-os-Montes ao Algarve.<br />
Pá*. 640.—(Ckave 11). Senecio aquaticus. Huds. p. pratensis,<br />
Richt.<br />
Vi exemplares da var. colhidos no Algarve próx. <strong>de</strong> Silves —; aponte-se<br />
a localida<strong>de</strong> e corte-se o *.<br />
Pág. 641.— (Ckave 14). Senecio Jacquinianus, Rchb.<br />
Substitua-se a <strong>de</strong>scrição pela seguinte e suprima-se o * :<br />
Fôlkas largas ovado-lanceoladas, finamente <strong>de</strong>ntadas,<br />
brevemente celkeadas e mais ou menos puberulentas<br />
na página inferior; brácteas acessórias quási do tamanho<br />
do invólucro; aquénios glabros ; capítulos gran<strong>de</strong>s,<br />
numerosos. Planta <strong>de</strong> 1 III. e mais, glabrescente ou<br />
puberulenta. 21. Alto Minho : Serra <strong>de</strong> Castro Laboreiro<br />
14 { (Alcobaça) S. Jacquinianus, Rchb.<br />
Amplie-se o habitat das duas seguintes espécies, prolongando-o até ao Algarve.<br />
Pág. 642.— (Chave 4). Calendula lusitanica, Bss. ('. transtagana,<br />
Mariz. — Sintra, Almada, Porto-Brandão, Monchique,<br />
Praia da Rocha.
l72 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág, 643. — Arctotis calendulacea, Willd. — Subespont. na<br />
Estrem., Alent. lit., Baixo Alent. e Algarve (arred. <strong>de</strong> Faro).<br />
[Orig. do Cabo da Boa Esperança].<br />
Pág. 644.— Carlina corymbosa, L. ¡3. involucrata (Poir.).<br />
Vi exemplares da varieda<strong>de</strong> provenientes <strong>de</strong> Sintra; corte-se-lhe o *'.<br />
Aumente-se a área <strong>de</strong> habitação das três espécies seguintes :<br />
Pág. 645.— Carlina racemosa, L.—<strong>de</strong> Trás-os-Montes, (Bragança)<br />
ao Algarve.<br />
y kg. 646.— Staehelina dúbia, L.— Trás-os-Montes, Beira lit.,<br />
Estrem., Alent. e Algarve.<br />
Pág. 646. —Carduus Reuterianus, Bss. — Trás-os-Montes,<br />
(arred. do Vimioso), Baixas do Guadiana, (arred. <strong>de</strong> Serpa).<br />
Pag. 647.— Carduus Broteroi, Welw.<br />
Substitua-se a chave 5 pela seguinte:<br />
Capítulos com invólucro muito tearâneo, umbilicado na<br />
base; brácteas do invólucro linear-assoveladas, insensivelmente<br />
acuminadas em espinbo forte, erecto-patentes,<br />
as externas e as médias por fim arqueadas para fora;<br />
asas do caule estreitas, interrompidas; f ôlbas penatifendidas<br />
ou roncinado-penatipartidas, tearâneas nas<br />
duas páginas e por fim glabrescentes ou glabras; espij-<br />
nbos das asas do caule e das fôlhas numerosos, aproximados,<br />
mayúsculos. Planta <strong>de</strong> 2-10 dm., erecta, simples<br />
ou com poucos ramos, levantados. 0' ou S. Março-<br />
Agosto. Terrenos incultos, matos, areias: Trás-os-<br />
-Montes, Beiras, Estrem., Alto Alent. e Alent. lit.<br />
C. Broteroi, Welw.<br />
Capítulos com invólucro glabro ou glabrestente; brácteas.<br />
do invólucro externas e médias arqueadas para fora e<br />
por fim retroflectidas. 6<br />
Pág. 647.— (Cbave 6). Carduus platypus, Lge. var. granatensis<br />
(Wk.)— Trás-os-Montes (próx. <strong>de</strong> Miranda do Douro),<br />
Beiras, Estrem. e Alto Alent.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal i73<br />
Indique-se como acima o hábitat <strong>de</strong>sta varieda<strong>de</strong>.<br />
Pág. 648.— Cirsium syriacum (L.), Gaertn., varieda<strong>de</strong>s:<br />
Substituam-se as chaves 1 e 2 <strong>de</strong>sta maneira:<br />
Capítulos agregados no cimo do caule ou dos ramos e<br />
<strong>de</strong>nsamente envolvidos pelas fôlhas superiores, mais ou<br />
I menos numerosas 2<br />
Capítulos solitários ou agregados e não envolvidos pelas<br />
fôlhas superiores 3<br />
Brácteas do invólucro terminadas em espinho simples,<br />
trigonal; caule anguloso-estriado, não alado; fôlhas<br />
coriáceas, ver<strong>de</strong>-lustrosas na página superior e com as<br />
nervuras brancas, puberulento-tearâneas na inferior,<br />
penatifendidas ou penatipartidas, muito espinhosas, as<br />
superiores auriculado-amplexicaules, não <strong>de</strong>currentes.<br />
Planta <strong>de</strong> 2-12 dm., simples ou ramosa, pubescente. 0.<br />
Abril-Juri. Terrenos cultivados e incultos, sebes, margens<br />
dos campos: Centro e Sul. C. syriacum (L.), Gaertn.<br />
Fôlhas mais largas, menos espinhosas, com espinhos<br />
mais curtos e mais <strong>de</strong>lgados; fôlhas que envolvem<br />
os capítulos pouco maiores que eles ou quási do<br />
mesmo tamanbo. Entre S. João e S. Pedro do<br />
Estoril latiíolium (DC.)<br />
Fôlhas mais estreitas, mais espinhosas, com espinhos<br />
fortes e mais alongados; fôlhas que envolvem<br />
os capítulos muito maiores que eles. Freqüente.<br />
[X bracteatum (Lk.), Rouy.<br />
Brácteas do invólucro terminadas em espinko pinulado,<br />
recurvado; caule alado-espinhoso; fôlhas subcoriáceas,<br />
glabrescentes na página superior e com a nervura média<br />
branca, tearâneo-esbranquiçadas na inferior, sinuado-<br />
-<strong>de</strong>ntadas com espinkos compridos amarelos, as caulinares<br />
<strong>de</strong>currentes. Planta <strong>de</strong> 2-12 dm., ramosa, tearâneo-<br />
-esbranquiçada ou subtomentosa. 0. Junho-Ãgosto.<br />
Terrenos pedregosos, estéreis ou áridos: Trás-os-Montes,<br />
Beiras, Estrem. Alent. e Algarve.<br />
C. Acarna (L.), Moenck.
174 António Xavier Pereira Coutinho<br />
Pág. 649.— (Chave 8). Cirsium palustre (L.), Scop. b. transmontanum,<br />
P. Cout. (l)<br />
Substitua-se a cbave 8 pela seguinte :<br />
Caule completamente alado até ao cimo; capítulos sésseis,<br />
numerosos, <strong>de</strong>nsamente aglomerados no cimo do caule<br />
e dos ramos ; invólucro ovói<strong>de</strong>, com as brácteas providas<br />
próximo do cimo <strong>de</strong> uma calosida<strong>de</strong> oblonga por<br />
fim negra e terminadas em espínula curta ; fôlhas penatifendidas<br />
ou penatipartidas com os segmentos 2-3-fendidos,<br />
tearâneas ou glabrescentes na página superior e<br />
<strong>de</strong> ordinário subtomentoso-tearâneas na inferior; espinhos<br />
das asas do caule e das fôlhas medíocres (não<br />
exce<strong>de</strong>ndo 5 mm.) amarelos. Planta <strong>de</strong> 3-12 dm. $.<br />
Maio-Agosto. Terrenos húmidos, pântanos, margens<br />
dos ribeiros, sebes: Norte e Centro. (Freqüente).<br />
. . C. palustre (L.), Scop.<br />
Fôlhas e asas do caule com espinhos mais compridos<br />
(6-8 mm-), muito numerosos e aproximados. Com<br />
o tipo, aqui e ali. . . 3. spinosissimum, Wh.<br />
Invólucro dos capítulos muito viscoso, com a espínula<br />
das brácteas curtíssima, inerme; asas do caule<br />
mais estreitas; espinhos das asas e fôlhas como no<br />
tipo, mas mais numerosos. Trás-os-Montes: Vimioso<br />
(Argoselo) . . . o. tansmontanum, P. Cout.<br />
Caule parcialmente alado; capítulos mais ou menos<br />
pedunculados 9<br />
Pág. 650 (Chave 11).— Cirsium anglicum (Lam.), DC.— Na<br />
mata das Mercês, entre Belas e Sintra.<br />
Suprima-se pois o asterisco. A gran<strong>de</strong>za dos espinhos nesta espécie e no C. êrumosum<br />
é bastante variável, portanto fraco distintivo ; julgo pois melhor cortar na chave<br />
11a parte que se refere aos espinhos.<br />
Cirsium palustre (L.), Scop. b. transmontanum, P. Cout. - Anthodio<br />
ovoi<strong>de</strong>o, 1 cm. circa longo, val<strong>de</strong> glutinoso, squamis in spinulam abbreviatam inermem<br />
<strong>de</strong>sinentibus, alís caulinis angustioribus, spinis alarum et foliorum, ut in typo 5 mm.<br />
haud exce<strong>de</strong>ntibus, sed numerosioribus. C. T)ucellieri, Maire, planta marrocana, nosrro<br />
affine, sed differt calathiis paulo majoribus, anthodio minus viscoso et squamis in<br />
spinulam paulo majorem <strong>de</strong>sinentibus.
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal i75<br />
Ampliem-se como vão indicados os habitats das seguintes quatro espécies:<br />
Pág. 651.— Cynara Tournefortii, Bss. et Reut. — arredores<br />
<strong>de</strong> Beja (Vale <strong>de</strong> Aguilhâo), próximo <strong>de</strong> Cuba, nos pousios e<br />
terras <strong>de</strong> lavoura.<br />
Pág. 651.— Galactites tomentosa, Mnch.— <strong>de</strong> Trás-os-Montes<br />
(Moncorvo) e Minho ao Algarve.<br />
Pág. 652.— Onopordon nervosum, Bss. — Beira meridional,<br />
Estrem., Ãlent. lit., Alto e Baixo Alent.<br />
Pág. 652.— Crupina acuta (Lam.). — Trás-os-Montes, Beira<br />
transm. e merid., Alent. litoral, Alto e Baixo Alent.<br />
Pág. 654.—^ Centáurea vicentina (Welw.), Mariz. — Corrijam-se<br />
na <strong>de</strong>scrição as dimensões e em vez <strong>de</strong> — (cerca <strong>de</strong> 2 dm.)— leia-se —(<strong>de</strong> 2-4 dm.).<br />
Tem sido às vezes empregado para esta espécie o nome <strong>de</strong> C. íraylensis, Salzm., que é<br />
<strong>de</strong>certo anterior, mas não foi acompanhado <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição, e por isso o não antepuz ao<br />
nome dado por Welwitsch, adoptado pelo falecido dr. Mariz na sua Monografia das<br />
Compostas Portuguesas, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>u uma bela <strong>de</strong>scrição e <strong>de</strong>senho da planta.<br />
Emen<strong>de</strong>-se o habitat das espécies seguintes :<br />
Pág. 654 (Chave 3).— Centáurea saimantica, L. — <strong>de</strong> Trás-<br />
-os-Montes (Moncorvo) ao Algarve.<br />
Pág. 659 (Chave 25).— Centáurea lusitanica, Bss. et Reut.—<br />
Beira merid. (Malpica), Beira lit., Estrem., Alent. lit. e Algarve.<br />
Pág. 661.— Scolymus maculatus, L.— Beira, Estrem., Alent.<br />
e Algarve.<br />
Pág. 661.— Scolymus hispanicus, L.— <strong>de</strong> Trás-os-Montes ao<br />
Algarve (freqüente ).<br />
Na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie cortem-se no final da l. a<br />
linha as palavras — mais OU<br />
menos curtas —.<br />
Pág. 664.— Arnoseris mínima (L-), Schweigger et Koerte<br />
(1811) = Arnoseris mínima (L.), Hoffgg. et Lk. (1820),<br />
segundos.<br />
Substituam-se na Flora os primeiros autores, que têm por si a priorida<strong>de</strong>, aos<br />
Pág. 666 (Ckave 2).— Leontodon hispidus, L for. hyoseroi<strong>de</strong>s<br />
(Koch.).<br />
Corrijam-se, como segue, na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta espécie os caracteres diferenciais das<br />
suas duas formas:
i76 António Xavier Pereira Coutinho<br />
; fôlhas com pêlos 2-3-furcados numerosos (íorm. vulgaris<br />
Kock]) ou glabras ou glabrescentes (íorm. hyoseroi<strong>de</strong>s<br />
[Koch]).<br />
Pág. 667.— Leontodón hirtus, L. (= L. Villarsii, Lois., non<br />
Thrincia hirta, Roth.).<br />
A aproximação acima fundamenta-se nos estudos ulteriores do Sr. C. Lacaita,<br />
feitos sôbre o Herbário <strong>de</strong> Linneu. Suprima-se a nota <strong>de</strong>sta página da Flora.<br />
Pág. 670.— Scorzonera pinifolia, Gou. = Sc. ¿raminiíolia in<br />
Flora.<br />
Substitua-se a primeira <strong>de</strong>nominação à segunda.<br />
Pág. 670 (Chave 5).— Scorzonera humilis, L. var.<br />
A var. a plantaginea, que eu não vira, foi coibida <strong>de</strong>pois próximo às Caldas da<br />
Rainha; as três varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta espécie <strong>de</strong>vem ser melhor <strong>de</strong>finidas do modo seguinte:<br />
Fôlhas inferiores ovado-lanceoladas, 5-nérveas, com pecíolo<br />
curto. Planta simples, Serra do Gerez, Beira lit.,<br />
Estrem «. plantaginea (Schleích.), Schur.<br />
Fôlhas inferiores lanceoladas, 3-7-nérveas, com pecíolo<br />
comprido. Planta <strong>de</strong> ordinário ramosa. Beira lit., Estrem.,<br />
Âletit. lit (3. ramosa, Hoffgg. et Lk.<br />
Fôlhas todas sublíneares, estreitas, 3-nérveas. Planta <strong>de</strong><br />
ordinário simples. Do Minho ao Alent. lit.<br />
y. angustiíolia, Hoffgg. et Lk.<br />
Pág. 673.— Sonchus glaucescens, Jord,<br />
Pu<strong>de</strong> estudar ultimamente no campo êste Sonchus, aqui freqüente; a sua raiz é<br />
manifestamente bienal, e talvez mesmo às vezes perene (como Trabut a indica na Argélia),<br />
o que é bem comprovado pela posição lateral dos caules sôbre a raiz mais grossa do que<br />
ales. No entanto a raiz po<strong>de</strong> produzir caules floríferos logo no primeiro ano, apresentando-se<br />
então na extremida<strong>de</strong> basilar do caule e da mesma grossura <strong>de</strong>le, raiz que no ano<br />
seguinte será.bienal e mais grossa. Assim observei que nos terrenos das vinhas e pomares,<br />
cavados anualmente, em que as ervas espontâneas são arrancadas todos os anos, êste<br />
Sonchus parece anual; mas nos terrenos incultos, on<strong>de</strong> a raiz perdura e po<strong>de</strong> completar<br />
tôda a sua evolução, o mesmo Sonchus é sem dúvida bienal ( ou mesmo perene ?).<br />
Pág. 678. (Ckave 2). — Hieracium Pilosella, L. 3. Peleterianum<br />
(Mérat.).<br />
Intercale-se a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta var. a seguir à <strong>de</strong>scrição do H. Pilosella, pelo modo<br />
seguinte:
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 177<br />
Fstolhos curtos, <strong>de</strong> ordinário muito peludos e esbranquiçados,<br />
assim como os caules e as fôlhas; involucro não<br />
glanduloso, com pêlos alongados. Montalegre.<br />
fi. Peleterianum (Mérat).<br />
Pág. 679. (Chave 6). — Hieracium pallidum, Biv. b. comosulum,<br />
A.-Touvet. (= H. cinerascens, Auct. lusit., non Jord.) e<br />
H. lusitanicum, A.-Touvet. (= H. rupiculum, Wh. p. p. non<br />
Fr.).<br />
Emen<strong>de</strong>-se e amplie-se a Ckave 6 da maneira seguinte :<br />
Fôlhas ver<strong>de</strong>s, com pêlos moles e flexuosos, as basilares<br />
ovadas ou elípticas, mais ou menos cordiformes na base,<br />
<strong>de</strong>ntadas; estiletes lívidos; capítulos dispostos em corimbos,<br />
com os ramos arqueado-levantados. Planta <strong>de</strong><br />
3-6 dm., inferiormente mais ou menos peluda, %. Jun.-<br />
-Set. Arrelvados, matos, terrenos pedregosos: Bragança,<br />
Serra <strong>de</strong> Rebordaos, Serra da Estrela, Covilhã.<br />
H. murorum, L.<br />
Fôlhas glaucescentes, com pêlos rígidos, setiformes; estiletes<br />
amarelos 6 bis<br />
Planta <strong>de</strong> 2-5 dm., inferiormente peluda, superiormente<br />
glandulosa; capítulos dispostos em corimbo curto, com<br />
os ramos bastante abertos; fôlhas basilares arredondadas<br />
na base, subinteiras ou pouco <strong>de</strong>ntadas. %. Maio-<br />
Jul. Serra da Estrela.<br />
. H. pallidum, Biv. b. comosulum, À.-Touvet.<br />
Planta <strong>de</strong> 1-3 dm., inferiormente com pêlos esparsos,<br />
superiormente floculoso-pulverulenta e glandulosa; capítulos<br />
solitários ou pouco numerosos, subcorimbosos;<br />
fôlhas basilares brevemente contraídas ou atenuadas no<br />
pecíolo, subinteiras ou subsinuado-<strong>de</strong>nticuladas. %.<br />
Jun.-Jul. Serra do Gerez . H. lusitanicum, A.-Touvet.<br />
23
Erratas e pequenas correcções da Flora (1)<br />
ONDE SE LÊ : LEIA-SE:<br />
Pág. 49 lín. 4. a<br />
no cimo dos mesmos rebentos no cimo dos rebentos<br />
» 70 » 12.ª Glumas <strong>de</strong> 20-25 mm. . . Glumas <strong>de</strong> 1S-2S mm.<br />
» 77 » 44.ª as 2 aristadas as 2 aristadas (β aristata,<br />
Parl.)<br />
» 83 » 4. a . . . . . escariosa nas margens, 2-fendida<br />
e com escariosa nas margens, e com<br />
» 84 » 29.ª do Minho ao <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho<br />
85 »16. a<br />
ao<br />
E. paeoi<strong>de</strong>s, P. Beauv.. E. poaeoi<strong>de</strong>s, P. Beam.<br />
» 9l » 9'" espiguetas maiores . . . . espiguetasmaiores(9- 11mm.)<br />
» 109 » 1.» [l] [2]<br />
» 117 chave 13, lin. l. a<br />
. provida <strong>de</strong> ordinário <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s.<br />
. . . . . . . provida <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
» 125 lin. 41 a<br />
C. lusitanicum . . . . C. lusitanum<br />
» 126 » l6. a<br />
Flores <strong>de</strong> l4-l8 mm. . . • Flores <strong>de</strong> 14-20 mm.<br />
» l3l » penúltima. . . inclusos e as anteras purpúreas;<br />
fôlhas inclusos; folhas<br />
* 132 » 11. a<br />
ro<strong>de</strong>ados ro<strong>de</strong>ados ou não<br />
* * cbave 1 lin. 7. a<br />
. . Maio Maio-Agosto<br />
" 133 lín. l. a<br />
. . . . . mais largas mais estreitas<br />
» 134 cbave 5, lin. 13. . form. neva<strong>de</strong>nsis form. neva<strong>de</strong>nse<br />
» 135 lin. 3.ª. . . . (L.), Back (L.), Bak.<br />
» 149 » 11. a<br />
candiculo caudículo -<br />
» 171 »13. a<br />
M. Nigra, L M. nigra, L.<br />
» 173 cbave 1 lin. 5. a<br />
. . fôlhas); fôlhas fôlhas); brácteas dos glomé-<br />
rulos livres; fôlhas<br />
» " cbave 1 lin. 8.ª. . compridos; fôlhas. . ' . . compridos; brácteas dos glomérulos<br />
a<strong>de</strong>rentes e <strong>de</strong>correntes;<br />
folhas<br />
» 175 » 39.ª disco bipogínico disco epigínico<br />
» 179 » l3. a<br />
na nervura média... 2 . . . na nervura média... 3<br />
» 181 » 12.ª R. thyrsoi<strong>de</strong>us, Desf. . R. thyrsoi<strong>de</strong>s, Desf.<br />
» 187 » 5.ª Jul Abril<br />
». » » 11.ª 7un Abril<br />
» 19o » 24.ª . . . . Suaeda, L Suaeda, Forsk.<br />
» 191 » 3.ª (β. scaber, Moq.-T (β. spicata (Willd.)<br />
(l) Veja-se também a Errata na última página da Flora.
Pag.191 lin.11 1<br />
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 179<br />
ONDE SE LÊ : LEIA-SE<br />
S. spicata S.Cavanillesiana.Láz.<br />
-Ibiz.<br />
» 205 cbave 8, lin. l. a<br />
. . (2-3 mm.) (2-3 mm. <strong>de</strong> comprimento)<br />
» 206 lin. 1.ª inferiores do tamanho . . . inferiores cínási do tamanho<br />
» 207 chave 3, lin. 4. a<br />
. . do Minho <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Minho<br />
» .213 » 25. a<br />
estames hipogínicos . . . . estames <strong>de</strong> ordinário hipogínicos<br />
» 216 » 3. a<br />
mais estreitas mais estreitas... 6<br />
» 222 » última. . . . T. saxifraga T. Saxifraga<br />
» 224 chave 8, lin. 9. a<br />
. . D. attennatus . . . . D. attenuatus<br />
» 227 » 8, » 2. a<br />
. . pataloi<strong>de</strong>s petalói<strong>de</strong>s<br />
» » » io, » i. a<br />
. . amarelo-doirados amarelo-doiradas<br />
» 232 » 12, » l. a<br />
. ovadas obovado- elípticas<br />
* 251 lin. antepenúltima. Planta <strong>de</strong> 6-20 cm Planta <strong>de</strong> 6-4o cm.<br />
* 253 » 2." menor parte menor porte<br />
» 264 » última. . . . pyrenaica , pyrenaica<br />
» 27l » 37. a<br />
estames 6-4 estames 6-4-2<br />
» 272 lin. 1.". . . . Siliçtxia Silícula<br />
» 276 chave 7, lin. 3. a<br />
. . Planta <strong>de</strong> 3-6 dm Planta <strong>de</strong> 3-l5 dm.<br />
* 282 lin. 24. a<br />
4 pétalas 4 sépalas<br />
» 283 » última. . . . lit., Alg Alg.<br />
» 335 chave 13, lin. 6." . Alto Alent Alto Alent. e Baixas do<br />
» 336 » antepenúltima. Abril<br />
Guadiana<br />
Março<br />
» 342 chave 22, lin. ult.. lados ou sésseis lados ou sésseis.. .23<br />
» 347 » 2, » 5. a<br />
. <strong>de</strong> 2-5 dm <strong>de</strong> 2-30 dm.<br />
» 368 lin. 3o. a<br />
caule subroliço caule subroliço-tetragonal<br />
» 389 chave 25, lin. 5» . B. matritensis, Bss.. . E. matritensis, Bss.<br />
» 401 » i4. a<br />
azuladas lilacíneas<br />
» 4o6 » 24. a<br />
. . . . adunadas na base adunadas em bainha na base<br />
» 4o7 » 2." estames 5 estames 4-5<br />
» » chave 2, lin. 6. a<br />
. disco pentagonal disco pentagonal ou tetragonal<br />
» 437 lin. penúltima . . Algarve , • Barca <strong>de</strong> Alva e Algarve<br />
* 446 lin. 21.* com 10-40 raios com 5-4o raios<br />
» 454 » 3." bastante comprimidos . . . bastante compridos<br />
» 462 » 6. a<br />
intensamente rosada; . . lilacíneo-rosada;<br />
» 467 » l5. a<br />
assalveado-rodada, . . . . rodada,<br />
» 469 » I2. a<br />
. . . . . (1,5-6 dm.) ( 1,5-6 cm.)<br />
» » 36." Armeria, L Armeria, Willd.<br />
» » » 45 a<br />
. . . Armeria, L Armeria, Willd.<br />
» 475 chave 10, lin. 10. a<br />
. 3-4 3<br />
-6<br />
» 478 » 9. a<br />
Olei<strong>de</strong>as Oleói<strong>de</strong>as<br />
» 485 chave 1, lin. 5. a<br />
. Bragança Bragança e Fundão<br />
» 49l » 4, lin. 4. a<br />
. Alto Alent Beira merid. e Alto Alent.
António Xavier Pereira Coutinho<br />
ONDE SE LÊ: LEIA-SE<br />
Pág. 500 Iin. penúltima . . (6-10 mm. <strong>de</strong> largura) . . . (6-l5 mm. <strong>de</strong> largura)<br />
(10-20 raras vezes 20-30 mm.) (10-30 mm. )<br />
So8 chave 26, lin. 4. a<br />
. Teucrium<br />
» subpenatifendidas<br />
5l2 » última. . . . que as caulinares<br />
» 5l4 chave 12, lin. 2. a<br />
. os do labio inferior apenas<br />
íelheados<br />
» » », » 7. a<br />
. os do lábio inferior muito<br />
celheados<br />
» 520 lin. penúltima . , Março<br />
Minho<br />
53l » 3. a<br />
superiores maiores . . . . superiores menores<br />
» » 10. a<br />
os verticilastros<br />
. . . da América Central.... do Brazilj segundo parece<br />
» » 28. a<br />
. . . . . da America do Sul<br />
547 chave 8, lin. 2. a<br />
. . corola (<strong>de</strong> 25-35 mm. com o<br />
corola <strong>de</strong> 25-35 mm. (com o<br />
» 536 » l7-l8. a<br />
» . » 9, » 1.<br />
esporão).<br />
a<br />
. . (l-2 <strong>de</strong> largura) (l-2 mm. <strong>de</strong> largura)<br />
55a » I, » 9. a<br />
. . Corola medíocre (1,5-2 cm.) Corola medíocre ou majúscula<br />
(1,5-3 cm.)<br />
559 lin. 4' a<br />
V. serpyllifolium. . , V. serpyllifolia<br />
569 chave 11, lin. 3. a<br />
. violáceas por fim violáceas, por fim<br />
» » » 12, » 19. a<br />
. 2-3 cm.<br />
» » » , » 20. a<br />
. 12-18 mm.<br />
» 574 » 2, » 2. a<br />
. . subcontraídas subatenuadas<br />
» » » 2, » 9. a<br />
. . (2-8 cm.) (2-14 cm.<br />
» » » 2, » 10. a<br />
.<br />
575 chave 6, » l.<br />
pecíolo curto<br />
a<br />
e4. a<br />
segmentos posteriores<br />
578 » l5, » antep. anterior e posterior . . . . anteriores<br />
» » »» penúlt. posteriores<br />
Planta <strong>de</strong> 5-15 dm.<br />
624 chave 2, Iin. 3. a<br />
. da America do 2Vorte<br />
65o chave 1, lin. 8. a<br />
. . Maio<br />
736 lin. 29 violaria, Lam.
Nomes vulgares <strong>de</strong> tfue tive <strong>de</strong>pois<br />
conhecimento (1)<br />
Alcacbofreiro = Cynara Tourneíortü. — pá*. 651.<br />
Alface <strong>de</strong> porco = Hedypnois eretica. — pá*. 664.<br />
Aljôfar = Lithospermum °ííicinale — pá*. 499.<br />
Amores = Arctium minus — pá*. 645.<br />
Andrage = Ridolíia segetum — pá*. 445.<br />
Aneixa = Rapistrum rugosum — pá*. 272.<br />
Araca = Lathyrus Cicera — pág. 366.<br />
Aranhões — Illecebrum verticillatum — pág. 202.<br />
Arruda da praia = Picnocomon rutiíolium — pág. 595.<br />
Asarina da praia = Linaria Lamarckii. — pág. 547.<br />
Atanásia marítima = Diotis marítima. — pág. 629.<br />
Barrileiro = Physalis aeç[uata. — pág. 536.<br />
Cabresto = Raphanus Rophanistrum. — pág. 258.<br />
Cambroeira bastarda = Lycium europaeum. — pág. 535.<br />
Campana da praia = Inula etithmoi<strong>de</strong>s. — pág. 620.<br />
Carapaça = Érica ciliaris. — pág. 483.<br />
Cardalejas = Centáurea Prolongi. — pág. 657.<br />
Carrasco-loureiro=Quer cus Ilex íorma lauriíolia=Sup\. pág. 78.<br />
Carriço da areia = Carex arenaria. — pág. 107.<br />
Cassoa = Medicago íalcata. — pág. 333.<br />
Cauxilbos = Cotyledon Umbilicus. — pág. 281.<br />
Cegu<strong>de</strong>s = Smyrnium Olusatrum. — pág. 440.<br />
Ceruda = Chelidonium majus. — pág. 244.<br />
Cbamiça = Érica australis. — pág. 463.<br />
(l) Os nomes da longa lista que segue, reunidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a publicação da Flora,<br />
foram-me uns enviados directamente, encontrei outros em diversas publicações e outros<br />
finalmente ouvi-os eu próprio, mas só com todas as reservas os publico. Não me foi<br />
possível sujeitá-los a escolba racional e, se alguns têm feição erudita, muitos serão talvez<br />
<strong>de</strong> uso local mais ou menos restricto, ou mesmo apenas <strong>de</strong> uso pessoal, como tanta vez<br />
acontece, confundidos e com aplicação diversa em localida<strong>de</strong>s também diferentes. Mas,<br />
a-pesar-<strong>de</strong> convencido do seu pouco valor, nem por isso <strong>de</strong>ixarei <strong>de</strong> os publicar.
182 Antonio Xavier Pereira Coutinho<br />
Choupo tremedor = Populus tremula. —pág. 160.<br />
Ckupa<strong>de</strong>ira = Scrophularia Herminii. — pág. 555.<br />
Cominko bastardo = Lagoecia cuminoi<strong>de</strong>s. — Supl. pág. 142.<br />
Cordões <strong>de</strong> freira = Erica ciliaris — pág. 483.<br />
Correjola = Corrigiola littoralis. — pág. 201.<br />
Corrijo = Plantago lanceolata — pág. 577.<br />
Couve da areia = Brassica sabularia. — pág. 260.<br />
Couve da praia = Brassica oxyrrhina. — pág. 260.<br />
Cristas = Polygonum Persicaria. — pág. 83.<br />
Fixa = Brassica Cheirantus. — pág. 261.<br />
Fscambroeiro — Pirus communis Piraster. — pág. 290.<br />
Fscrambulkeiro = Crataegus Oxyacantha. — pág. 289.<br />
Fscudinka = Lobularia maritima. — pág. 256.<br />
Fenacko = Trigonella Foenum-graecum. — pág. 332.<br />
Feno das areias = Agropyrum junceum. —pág. 98.<br />
Fentelka = Polypodium vulgare. — pág. 44.<br />
Fumaria das sebes = Fumaria sepium. — Supl. pág. 94.<br />
Garroba = Vicia monanthos. - pág. 363.<br />
Genciana da praia — Erythraea maritima. — pág. 432;<br />
Gerbão = Verbena oííicinalis. — pág. 505.<br />
Goivinko da praia = Malcolmia maritima. - pág. 252.<br />
Goivo da praia = Malcolomia littorea. — pág. 252.<br />
Granza da praia = Crucianella maritima. — pág. 580.<br />
Herva canuda = Género Eç[uisetum. — pág. 45.<br />
Herva coentrinka = Daucus Carota. — pág. 457.<br />
Herva da inveja = Vinea diííormis. — pág. 485.<br />
Herva da novida<strong>de</strong> = Arum italicum. — pág. 115.<br />
Herva do brejo = Ttiglochin maritima. — pág. 120.<br />
Herva dos velkos = Erigeron acer. — pág. 615.<br />
Herva molar (l) = Holcus lanatus. — pág. 77.<br />
Langarinko = Rhamnus Frangula. — pág. 396.<br />
Leituga = Tolpis barbata. — pág. 663.<br />
Linko <strong>de</strong> raposa = Cuscuta Epythimum. — pág. 490.<br />
Madorneira rasteira = Inula erithmoi<strong>de</strong>s. — pág. 620.<br />
Milkagem = Panicum crus-galli. — pág. 66.<br />
Nabinka = Brassica Sinapistrum. — pág. 260.<br />
(l) O nome vulgar <strong>de</strong> Herva molar é mais aplicado ao Holeus lanatus do que<br />
propriamente ao Holeus mollis.
Suplemento da. Flora <strong>de</strong> Portugal 183<br />
Noselba = Meren<strong>de</strong>ra Bulbocodium. — pá*. 125.<br />
Orvalho do sol = Drosophillum lusitanicum. — pág. 277.<br />
Patas = Heracleum setosum — pág. 452.<br />
Pé <strong>de</strong> perdiz = Onobrychis eriophora — pág. 358.<br />
Queiró = Erica cinerea e E. umbelata — pág. 463-464.<br />
Queiroga — Erica lusitanica e E- arbórea. — pág. 463-464.<br />
Rabaças (l) = Oenanthe crocata. — pág. 450.<br />
Rabo <strong>de</strong> gato = Phleum praiense. — pág. 71.<br />
Ranba-lobo = Genist a triacanthos.—pág. 317.<br />
Rosas da Páscoa = Primula acaulis. — pág. 466.<br />
Ruibarbo dos pobres = Thalietrum ílavum. — pág. 228.<br />
Saião curto = Sempervivum tectorum. — pág. 280.<br />
Salgueiro <strong>de</strong> casca roxa = Salix purpúrea. — pág. 159.<br />
Sapinbo da praia = Honkenya peploi<strong>de</strong>s. — pág. 209.<br />
Sapinbo roxo = Sperguiaria longipes. — pág. 205.<br />
Saramago-rínchão = Brassica sabularia. — pág. 260.<br />
òempre-viva = Sempervivum arboreum. — pág. 280.<br />
Serpil, serpol = Thymus Serpyllum. — pág. 512.<br />
Servum = Nardus stricta. — pág. 96.<br />
Sinceiro = Salix alba. — pág. 158.<br />
Solda = Alchemilla arvensis. — pág. 295.<br />
Suajos = Echium lusitanicum. — pág. 499.<br />
Tagassasto = Cytisus proliíerus. — pág. 326.<br />
Trevilbo = Oxalis cernua. — pág. 375.<br />
Trevo <strong>de</strong> Creta = Lotus creticus. — pág. 350.<br />
Trevo rasteiro da praia = Lotus arenarius. — pág 349.<br />
Tróculos = <strong>Digital</strong>is purpúrea. — pág. 561.<br />
Tróculos brancos = Verbascum Thapsus. — pág. 543.<br />
Troques = <strong>Digital</strong>is purpúrea. — pág. 561.<br />
LTrgeira = Erica australis. — pág. 463.<br />
Valver<strong>de</strong> da praia = Suaeda maritima. — pág. 190.<br />
Valver<strong>de</strong> dos sapais = Suaeda íruticosa. — pág. 190'<br />
(l) Tenho ouvido aplicar o noine Vulgar <strong>de</strong> Rabaçâs, cõnforràe os sítios, órà ao<br />
Apiurn nodiflorum ora à Oenanthe çrocata.
Pág. 53 lin. 8. a<br />
Errata do Suplemento<br />
ONDE SE LÊ : LEIA-SE<br />
littoralis Httorea<br />
» 54 cbave 2, últ. lin. . macrantherum . . . . macrantheru!<br />
» 6o lín. i3. a<br />
. . . , A. caninum (L.).P.Beauv. A. caninum<br />
» 63 ckave 8 bis, lin. l. a<br />
espigas espiguetas<br />
» 7l cbave 1, lin. 2. a<br />
. áfilo afllo<br />
* 82 lín. 9. a<br />
primários e subprostrados. . primários subprosi<br />
» 83 » 4. a<br />
<strong>de</strong> 2-5 cm <strong>de</strong> 2-3 cm.<br />
» 88 chave l5, lin. 2. a<br />
. comprido formado . . . . formado<br />
» 97 lin. 4. a<br />
subáfilos . . . . . . . . subafilos<br />
» 102 » 12. a<br />
. . , . . subáfilo sabafilo<br />
» 103 » 2. a<br />
e lin. l8. a<br />
. rhyncocarpa ,.. . ihynchocarpa<br />
» 167 » 7." Srabó Szabo
ÍNDICE (I)<br />
das Famílias, Géneros, Espécies,<br />
Varieda<strong>de</strong>s e Sinónimos<br />
( Os Sinónimos vão impressos em itálico)<br />
Chaves das Famílias a substituir 45<br />
Fam. 2 — Polipodiáceas .<br />
Aspleníum lanceolatum, Huds. .<br />
P. obovatum (Viv.), Gren..<br />
— marínum, L<br />
— Petrarchae, DG .<br />
Athyrium Filix-femina (L.), Roth.<br />
Blechiiuiii, Roth<br />
— homophyllum, Merino .<br />
— Spicant (L.), Sm<br />
Fam. 4 bis — Saiviniáceas<br />
A zoila, Iam<br />
— caroliniana, Willd<br />
— filiculoi<strong>de</strong>s, Lam<br />
Fam. 7 — Licopodiáceas , .<br />
Lycopodium cenuum, L<br />
— clavatum, L<br />
— inundatum, L. . . . . . .<br />
Fam. 9 — Isoetáceas . . .<br />
Isoetes setaceum, (Bosc.) Del. .<br />
— velatum. A. Br<br />
Fam. 11 — Pináceas . . . .<br />
Juniperus Oxycedrus, (L.).<br />
b. rufescens (Lk.) .<br />
Fam. 13 —Tifáceas . . . .<br />
Typha Iatifolia, L<br />
Fam. 15—Potamogetonáceas<br />
Potamogetón crispus, L<br />
Fam. 17 — Gramíneas . . .<br />
Agropyrum caninum (L.), P. Beauv.<br />
— elongatum (Host.), P. Beauv..<br />
Agrostis vulgaris, With<br />
Ammophila, Host<br />
— arenaria (L.), Lk<br />
X. genuína .<br />
47<br />
47<br />
47<br />
47<br />
47<br />
47<br />
47<br />
48<br />
47<br />
43<br />
48<br />
48<br />
48<br />
48<br />
49<br />
48<br />
49<br />
49<br />
49<br />
49<br />
50<br />
50<br />
50<br />
50<br />
50<br />
50<br />
50<br />
Chaves dos Géneros a substituir 50<br />
60<br />
60<br />
53<br />
53<br />
53<br />
53<br />
PÁG.<br />
ß. arundinacea (Host.), . 54<br />
Avena albinervis, Bss.. . . . 57<br />
— barbara, Pott<br />
. 57<br />
brevis, Roth<br />
. 56<br />
— bromoi<strong>de</strong>s, Gouan<br />
— byzantina, C. Koch.<br />
— clauda, Dur<br />
57<br />
— fatua, L. . . . ¿ . . .<br />
ß. intermedia (Lindgr.).<br />
— Hackeiii, Henrich.<br />
— longiglumis, Dur<br />
— nuda, L<br />
— pubescens, Huds<br />
. . •<br />
— sativa, L.<br />
— sterilis, L.<br />
. . .' . . .<br />
a. macrocarpa (Moench.) Brio;.<br />
b. ludoviciana (Dur.) .<br />
ß. sesciuialtera (Brot.), Hack. .<br />
— sulcata, Gay<br />
Corynephorus canescens (L.), P. Beauv.<br />
— gracilis (Desf.), Rieht<br />
— macrantherus, Bss. et Reut.<br />
Festuca elatior, L.<br />
b. arundinacea (Schreb.) . . .<br />
c. interrupta (Desf.) . . . .<br />
Glyceria fluitans (L.), R. Br.<br />
Ä<br />
. genuina<br />
Hor<strong>de</strong>um distichum, L<br />
var. nudum<br />
b. vulgare (L.)<br />
. . . . .<br />
var. coeleste (P. Beauv.)<br />
c. hexastichum (L.) . . . .<br />
Lolium multiflorum, Lam.<br />
— parabolicum, Senn<br />
. . •<br />
— rigidum, Gaud 59<br />
Mibora minima (L.) Desv.<br />
/. littorea (Samp.) . .<br />
Oryzopsis, Michaux . . . .<br />
— miliacea (L.), Rieht. .<br />
(l) Neste índice as Famílias estão numeradas e dispostas pela mesma or<strong>de</strong>m<br />
como na Flora j <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada Família os seus Géneros e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada Género as<br />
respectivas espécies ficam por or<strong>de</strong>m.alfabética.<br />
56<br />
58<br />
54<br />
54<br />
54<br />
59<br />
59<br />
59<br />
58<br />
61<br />
61<br />
62<br />
62<br />
62<br />
59<br />
59<br />
53<br />
52<br />
52<br />
24
186 António Xavier Pereira Coutinho<br />
PAG.<br />
p. Thomasii (Duby) . . . 52<br />
Oryzopsis, paradoxa (L.) . . . 53<br />
Paspalum, L 51<br />
— dilatatum, Poir 51<br />
— distichum, L. . . . . . . 52<br />
— vaginatum, Sw. . . . . 52<br />
Phalaris minor, Retz 52<br />
Poa annua, L. var. exilis (Tbom.) . 58<br />
var. remotiilora, Hack. 58<br />
— exilis, Thomassini 58<br />
— remotiflora, Murbeck. . . . 58<br />
Triticum aestivum, I-,. . . . . 60<br />
b. vulgare (Villi), Thell. . . . 60<br />
c. turgidum (L.) 61<br />
d. durum (Desf.), Thell. . . . 61<br />
e. polonicum (L.) . . . . • 61<br />
Fam. 18 Cyperäceas. . . 62<br />
Carex ambigua, Lk 65<br />
— caryophyllea, Lat 65<br />
— distachya, Desf. 65<br />
— extensa, Good 65<br />
— hirta, L 66<br />
— Hudsonii, A. Bennett . . . . 65<br />
— Lachenalii, Schkr 65<br />
— longiseta, Brot 65.<br />
— oedipostyla, Duval-Jouve . . .65<br />
— peregrina, Lk. . . . . .64<br />
— pilulifera, L .65<br />
— praecox, /acc/. (non Schreb.) . • ÖO<br />
— Reuteriana, Bss 66<br />
— riparia, Curt 66<br />
— vulpina, L. . . . • . . . .64<br />
Cyperus diffotmis, L 62<br />
— distachyos, All 62<br />
— flavescens, L 62<br />
— Monti, L. til. . . . . . . 62<br />
— serotinus, Rottb. . . . . . 62<br />
Eriophorum angustifolium, Roth. . 63<br />
— polystachyon, L 63<br />
Heleocharis acicularis (L.), R. Br. . 64<br />
Rhynchospora alba (L.), Vahl. . . 64<br />
Scirpus americanus, Pers 64<br />
— erectus, Poir 63<br />
— globifer, Welw 64<br />
— pungens, Vahl 64<br />
— Savii, Seb. et Maur. . . . . 63<br />
— Smithii,Grayv.setulosus,Fernald. 63<br />
— Tabernaemontani, Gmel. . . . 63<br />
Fam. 19 — Aräceas . . . . 66<br />
Arisarum vulgare, Targ.-T. . . . 66<br />
tipicum 66<br />
P. Clusii (Schott.), Engl. . . 66<br />
Arum italicum, Mill 66<br />
ß. pictum, P. Cout 66<br />
— maculatum, L 66<br />
pAg.<br />
Fam. 22 — Juncáceas . . . 67<br />
Juncus acutus, L 67<br />
— maritimus, L. 67<br />
— Tenajeia, Ehrh 67<br />
Luzula Henriefuesii, Degen. . . .67<br />
— silvática Aut. lusit 67<br />
Fam. 26 — Liliáceas. . 68<br />
Anthericum lusitanicum (P. Cout.)<br />
Samp. 69<br />
Aphyllantes monspeliensis, L. .69<br />
Asparagus officinalis, L 71<br />
— tenuifolius, Lam 71<br />
Aspho<strong>de</strong>lus albus, Mill 68<br />
— cerasiferus, Gay. . . . . . . 68<br />
— microcarpus, Viv.<br />
ß. aestivus (Brot.), P. Cout. . 69<br />
Dipcadi serotinum (L.), Medic. . . 70<br />
Gagea pratensis, R. et Schultz . . 69<br />
b. nova, Samp 69<br />
Ornithogalum pyrenaicum, L. 69<br />
Paradisea, Mazzuc 69<br />
— Liliastrum, Henrid. . . 69<br />
— Liliastrum b. lusitanica, P. Cout. 69<br />
— lusitanica (P. Cout.), Samp. . . 69<br />
Phalangium Liliastrum, Brot. . • 69<br />
Scilla beirana, Samp 70<br />
Scilla hispánica, Mill.<br />
ß. patula (DC.) 70<br />
— odorata, Hoffgg. et Lk. . . . 70<br />
— Ramburei, Bss 70<br />
— verna, Huds 70<br />
Veratrum album, L 68<br />
Fam. 27 — Amarilidáceas. 71<br />
Agave, L 72<br />
americana, L,. .73:<br />
Agavói<strong>de</strong>as<br />
Fourcroya, Vent 73<br />
— gigantea, Vent .73<br />
Narcissus Bulbocodium X pseudo-<br />
-Narcissus, Bak 72<br />
— BulbocodiumX reflexus, Fernan<strong>de</strong>s 72<br />
— caldcóla, A. Mendonça. . . . 72<br />
— pseudo-NarcissusXreflexus, (Henrid.)<br />
• • 72<br />
Fam. 29 — Iridáceas . . . 73<br />
Gladiolus illyricus, Koch.<br />
a. genuinus . . . . 73<br />
b. Reuteri, Bss 74<br />
Iris biflora, L 73<br />
Fam. 31 — Orquidáceas . . 74<br />
Gennaria diphylla (Lk.) Parl. . .74<br />
Orchis incarnata, L.<br />
c. ambigua (Guim.) . . . . 74<br />
— tri<strong>de</strong>ntata, Scop 74
Plantanthera bifolia (L.). C. Rieh.<br />
Serapias Lingua, L. . .<br />
—longipetala (Ten.), Poll.<br />
Farn. 32 — Salicáceas .<br />
Salix atro-cinerea, Brot.<br />
— cinerea, L<br />
Farn. 37 — Cupuliferas. .<br />
Quercus Hex, L. *. genuinus, P. Cout.<br />
forma vulgaris . . . .<br />
forma laurifolia, Laguna<br />
forma lanceolata.<br />
— IlexXSuber, P. Cout.<br />
— lusitariica, Lam.<br />
var.' Salzmanniana, Webb.<br />
— lusitanicaX Robur, P. Cout. .<br />
form, faginea X Robur<br />
form, alpestris X Robur<br />
form, baetica X Robur .<br />
— lusitanica X toza, P. Cout.<br />
form, alpestris X pyrenaica.<br />
form, baetica X toza (vulgaris)<br />
— Mirbeckii, Dur<br />
Salzmanniana (Webb.), P. Cout.<br />
Farn. 39 — Lorantáceas<br />
Viscum album, L<br />
— cruciatum, Sieb.<br />
Farn. 40 — Santaláceas<br />
Thesium bumile, Vahl . .<br />
Farn. 40 bis—Cinomoriáceas<br />
Cynamoriam, Mick..<br />
— coccineum, L<br />
Fam. 43 — Timeleáceas<br />
Thymelaea villosa (L.), Endl.<br />
Fam. 44 — Poligonáceas<br />
Polygonum pulchellum, Lois. -<br />
Rumex papillaris, Bss. et Reut.<br />
Fam. 45 — Quenopodiáceas<br />
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 187<br />
PÁG.<br />
74<br />
74<br />
74<br />
75<br />
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80<br />
80<br />
80<br />
80<br />
80<br />
80<br />
Chaves dos Géneros a substituir 80<br />
Arthrocnemum, Moq.-T.<br />
— macrostacbyum (Moric), Moris et<br />
Delp 82<br />
a<br />
. erectum, Láz 82<br />
P. <strong>de</strong>cumbens, Láz 82<br />
Atriplex roseum, L 81<br />
b. foliosum (Lk.), P. Cout. . 81<br />
Halopeplis, Bunge 81<br />
— amplexicaule (Vabl), M. Stbg. • 81<br />
Salicórneas . . . * . • .81<br />
Salsola Kali/ L 81<br />
! «. kirta (Ten.), Moq.-T. . .81<br />
p\ calvescens, Gr 82<br />
PÁG.<br />
Salsola Soda, L., . • . .81<br />
— Tragus, L. . 82<br />
Suaeda Cavaníllesiana (Láz. é Ibiz.). 82<br />
Fam. 51— Cariofiláceas . . 83<br />
Chaves dos Géneros a substituir 83<br />
Alsine Juressi, Willd. . . . . .85<br />
Diantbus atténuatus, Sm.<br />
cf<br />
-, genuinus, Wk 88<br />
ß. sabuletorum, Wk. . . . 89<br />
Dianthus. bracbyanthus, Bss. . . . 89<br />
2. montanus, Wk 89<br />
ß. nivalis, Wk 89<br />
form. Herminii . . . . 89<br />
Eudyanthe coeli-rosa (L.), Rchb. . 86<br />
v. áspera (Poir.) 86<br />
— laeta (Ait.), Fzl .86<br />
form, pumila 86<br />
Hemiaria birsuta, L. . . . . - 83<br />
b. cinerea (DC.) 83<br />
Illecebrum verticillatum, L. . . . 83<br />
Melandryum glutinosum, Rouy. . 86<br />
Minuartia recurva (All.), Sching. et<br />
Tbell. 85<br />
ß. Juressi (Willd.) . . . . 85<br />
— verna (L.), Hiern 85<br />
Polycarpon tetrapbyllum, L. • • • 83<br />
Sagina maritima, D. Don. . . . 85<br />
ß. <strong>de</strong>bilis (Jord.), Bab. . . . 85<br />
Silene cerastioi<strong>de</strong>s, L 88<br />
— disticha, Willd .88<br />
— gallica, L. . • 87<br />
— transtagana, P. Cout. . . . .87<br />
— tri<strong>de</strong>ntata, Desf. . - . • .88<br />
— vespertina, Retz 88<br />
Spergularia azorica (Kindb.), Lebel. 84<br />
— fimbriata, Bss 84<br />
— marginata (DC), Kittel . . . 84<br />
ß. angustata, Clav 84<br />
— rupicola, Lebel 84<br />
ß. Guimaraesii(Fouc.),P. Cout. 84<br />
J. crassipes (Samp.), P. Cout.. 84<br />
Stellaria, L 86<br />
Tunica prolifera (L.), Scop. . . . 88<br />
b. velutina (Guss.) . . . . 88<br />
form, diminuta (Desf.) . . . 88<br />
form, laevicaulis (Rouy et Fouc.) 88<br />
Fam. 54 — Ranunculáceas . 89<br />
Aquilegia dichroa, Freyn. . . . . 91<br />
— vulgaris, L 91<br />
ß. bispanica, Wk 91<br />
Paeonia Broieri., Bss. et Reut. . . 91<br />
— foemina, L. . 91<br />
— bumilis, Retz 91
188 António Xavier Pereira Coutinho<br />
PÁG.<br />
Paeonia lusitanica, Mill 91<br />
ß. ovatifolia (Bss. et Reut.) . 91<br />
Ranunculus abnormis, Cut. et Wk. . 90<br />
— aquatilis, L. . . . . . . . . 89<br />
b. tripbyllus (Wallr. ) . . .89<br />
c. Mnrizii, P. Cout 89<br />
— blepharicarpus, Bss 90<br />
— bupleuroi<strong>de</strong>s, Brot. . . . . 90<br />
— escurialensis, Bss. et Reut.. . . 90<br />
— gramineus, L 90<br />
P. luzulifolius, Bss. . . . 90<br />
— Lenormandii, F. Schultz. . . . 89<br />
Thalictrura minus, L 89<br />
Fam. 57 - Papaveráceas. . 92<br />
Fumaria agraria, Lag 94<br />
— Bastardii, Bor 95<br />
ß. Gussonei (Bss.), Pugsl. . . 95<br />
7. affinis (Hamm.), Pugsl. . 95<br />
— capreolata, L. 93<br />
ß. speciosa (Jord.), Hamm. . 93<br />
— Martini, Clav 95<br />
— micrantha, Lag 92<br />
— muralis, Sond 94<br />
b. Boraei, Jord 94<br />
— officinalis, L 92<br />
ß. minor, Koch. . . . . 92<br />
/. <strong>de</strong>nsiflora (DC), Parl. . . 92<br />
— parviflora, Lam 93<br />
— parviflora pi segetalis, Hamm. . 93<br />
— Reuteri, Bss 93<br />
— segetalis (Hamm.), P. Cout. . . 93<br />
— sepium, Bss. 94<br />
Fam. 58 - Cruciferas . . . 95<br />
Ärabis sadina (Samp.), P. Cout. . . 95<br />
Biscutella laevigata, L.<br />
ß. lima in Flora . . . . 99<br />
ß. lusitanica (Jord.) . . . 99<br />
Diplotaxis catholica (L.), DC. . . 96<br />
ß. pinnatifida, Kzc 96<br />
— siifolia, Kzc 96<br />
ß. vicentina (Welw.), P. Cout. 97<br />
— virgata (Cav.), DC 96<br />
Iberis amara, L 99<br />
ß. Violetti, S.W 99<br />
— pectinata, Bss .98<br />
— procumbens, Lge 99<br />
— Reynevalii, Bss. et Reut. . . . 98<br />
— sempervirens, L 99<br />
— Welwitschii, Bss; et Reut. . . 98<br />
ß. lusitanica (Jord.) . . . 98<br />
Isatis lusitanica, L 99<br />
— platyloba, Lk. 99<br />
— tinctoria, L.. . . . . . . 99<br />
Lobularia maritima fL.), Desv.<br />
PÁG.<br />
f. <strong>de</strong>nsiflora, Lge 95<br />
Neslia paniculata (L.), Desv.... 95<br />
ß. apiculata (Fisch, et Mey.) . 95<br />
Sinapis longirostris, Bss 95<br />
b. transtagana, P. Cout. . . . 96<br />
form, leiocarpa . . . . 96<br />
Sisymbrium austriacum, Jacq. . . 97<br />
b. contortum (Cav.) . . . . 97<br />
6. Villarsi (Jord.), Rouy et Fouc. 97<br />
— Columnae, Jacq 97<br />
— Lagascae, Asso 97<br />
— runcinatum, Lag 97<br />
Thlaspi montanum, L 98<br />
— perfoliatum, L 97<br />
— Prolongi, Bss 97<br />
Fam. 60 — Resedáceas . . 100<br />
Astrocarpus sesamoi<strong>de</strong>s (L.), Duby . 100<br />
b. purpurascens (L.) . . . . 100<br />
ß. spathulatus, Moris. . . .100<br />
form, cochlearifolius, Nym. 100<br />
y. suffruticosus (Texid.) . .100<br />
Fam. 62 — Crassuláceas . . 100<br />
Cotyledon praealta (Brot.) [Mariz] . 100<br />
Sedum an<strong>de</strong>gavense, DC 100<br />
— pedicellatum, Bss. et Reut.<br />
ß. lusitanicum, Wk. . . . 100<br />
Fam. 63 — Saxifragáceas . 100<br />
Saxifraga albarracinensis, Pau . . 101<br />
— carpetana, Bss. et Reut. . . . 101<br />
— Cossoniana, Bss. et Reut. .<br />
— granulata, L.<br />
. . 102<br />
Ä<br />
. genuina 102<br />
ß. gracilis, Engl 102<br />
y. glaucescens (Bss. et Reut.) . 102<br />
— Hervieri, Geh. et Reverch. . .101<br />
— Hochstetten (Engl.), P. Cout. . 102<br />
— hypnoi<strong>de</strong>s, L 100<br />
P. lusitanica, Lge 101<br />
Fam. 66 — Rosáceas . . .102<br />
Agrimonia Eupatoria, L.<br />
b. odorata (Mill.) 104<br />
Crataegus monogyna Jacq;.<br />
ß. flabellata, Lge 102<br />
— Oxyacantha, L.<br />
ß. Cossonii, Fic. et P. Cout. . 102<br />
ß. mauta (L. fil.) . . . .102<br />
Rosa canina, L 103<br />
01<br />
. genuina, Crép. . * . .103<br />
ß. globosa, Desv 103<br />
y. an<strong>de</strong>gavensis (Bast.), Crép.. 103
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 189<br />
PÁG.<br />
C. rhynchocarpa (Rip.). . . 103<br />
£<br />
. dumalis (Bechst.), Crép. . 103<br />
^í. globularis (Franchet), Crép. 103<br />
1. scabrata, Crép 103<br />
9. verticillacantba(Mérat)Crép. 103<br />
— Pouzini, Tratt.<br />
y. subintrans, Gren. . . . 104<br />
Rubus abruptorum X caesius. . . 120<br />
— abruptorum X procerus . . . .116<br />
— aduncispinus X caesius . . .121<br />
— apiculatus, Weihe 115<br />
(3. abruptorum, Sudre. . . 115<br />
y. lusitanicus (Murray), Sudre 115<br />
3. cintranus, P. Cout. . . .115<br />
— apiculatusXellipticifolius, P. Cout. 115<br />
— apiculatus X rbombifolius . . .116<br />
— argenteus, Weihe et Nees . . .107<br />
b. consobrinus, Sudr: . . . 107<br />
c. castranus (Samp.), P. Cout. . 107<br />
d. incarnatus (P. J. Muell.) . 107<br />
— beirensis, Samp. . . . . .111<br />
— bifrons, Vent Ill<br />
P. duriminius, Samp. . . .111<br />
— bifrons X caesius 121<br />
— bifrons X Sampaianus (Samp.) . 111<br />
— bifrons X ulmifolius, Sudre . .111<br />
— bifrons v. duriminius, Samp, p, p, 110<br />
— brigantinus, Samp. . . . .117<br />
— caesius, L. . 120<br />
(3. rivalis (Gen.) N. Boul. . . 120<br />
— caesius X lepidus 121<br />
— caesius X ulmifolius . . . . 120<br />
— caldasianus, Samp. . .110<br />
— corylifolius, Samp 121<br />
— Coutinhi, Samp. p. p. . . .115 116<br />
— cunctator, Samp. (non Focke). . 115<br />
— cuspidifer, Muell. et. Lefv. . .111<br />
b. lepidus (P. J. Muell.) . .111<br />
— discerptus X ulmifolius, Scbmid. . 117<br />
— ellipticif olius X incarnatus . . 107<br />
— ellipticif olius X ulmifolius, Sudre . 110<br />
— ^3-enevieri, Bor .117<br />
b. berminicus (Samp.), P. Cout. 117<br />
c. brigantinus (Samp.), Sudre . 117<br />
d. discerptus (P. J. Muell.). . 117<br />
— Genevieri X ulmifolius, Sudre et<br />
Bouv 117<br />
— gerezianus X lusitanicus, P. Cout. 118<br />
— Godronii, Lee. et Lamotte . . 109<br />
b. ellipticif olius, Sudre . . .109<br />
c. caldasianus (Samp.) Sudre . 110<br />
— bebecarpus, P. J. Muell . . .119<br />
b. vagabundus (Samp.). . .119<br />
— Henriquesii, Samp 118<br />
— HenriquesiiXulmifolius,(Samp.). 118<br />
PÀG.<br />
Rubus herminicus, Samp. . . .117<br />
— Idaeus,.L 105<br />
— íncanescens, Bertol. - . . .114<br />
— incurvatus var. minianus, Samp. . 107<br />
— inilexus, Samp . 115<br />
— Koehleri, Weihe 118<br />
b. gerezianus, Samp. . 118<br />
— Lejeunei, Weihe 119<br />
b. peratticus, Samp. . . 119<br />
— Lespinassei, Samp, (non Clav.)<br />
— leucandrus, Samp 106<br />
— lusitanicus, Murray . . . .115<br />
— lusitanicusX.caldasianus, Sudre . 116<br />
— lusitanicus X ulmifolius, (Samp.). 116<br />
— lusitanicus v. signifer, Samp. . . 118<br />
— macrostemon, Focke . . . . 110<br />
— Menkei, Weihe 118<br />
b. Henriijuesii, (Samp.). . .118<br />
— mercicus V. castranus, Samp. . . 107<br />
— híuenteri raça minianus, Samp. . 107<br />
— nitidus, Weihe et Nees. . . .105<br />
(3. divaricatus (P. J. Muell.),<br />
Sudre! 105<br />
b. integribasis (P. J. Muell.) . . 106<br />
P. lusitanicus, Samp. . . .106<br />
— obtusangulus f3. beirensis, Samp. . Ill<br />
— obtusangulus raça caldasianus,<br />
Samp 110<br />
— opertusXlusitanicus,, Sudre . .116<br />
— peculiaris, Samp 112<br />
— plicatus ft. divaricatus, Samp. . 105<br />
— plicatus ft. lusitanicus, Samp. . 105<br />
— portuensis, Samp. . . . .109<br />
— procerus, V. J. Muell 110<br />
— procerus X tomentosus . . . 113<br />
— procerus X ulmifolius Sudre . .110<br />
pubescens, Weihe 112<br />
b. aduncispinus, Sudre . . .112<br />
— pubescens var. occi<strong>de</strong>ntalis, Samp. 112<br />
— Questieri, Lef. et Muell. . . . 106<br />
— Radula v. herminicus, Samp.. . 117<br />
— rhombifolius, Weihe . . 106<br />
b. Sampaianus, Suire . . 106<br />
c. opertus, oudre . 107<br />
— SampaianusXlusitanicus, Sudre. 116<br />
— subincertus, Samp 107<br />
— thyrsoi<strong>de</strong>us, Wimm . . • . 112<br />
b. phyllostachys (P. J. Muell.). 112<br />
c. candicans (Weihe) . . . 112<br />
— thyrsoi<strong>de</strong>us ft. phyllostachys, Samp. 112<br />
— tomentosus, Borkh 113<br />
(3. glabratus, Godr. . . . 1.13<br />
— tomentosus X ulmifolius . . .113<br />
— transmontanus, Samp. . . .115<br />
— • ulmifolius, Schott 108<br />
a. contractus, P. Cout.. . . 108<br />
25
JQQ António Xavier Pereira Coutinho<br />
PÄG.<br />
ß. attenuatus, P. Cout. . .108<br />
'/. cpntractifolius, Sudre . . 108<br />
0. integrifolius, (Lge.), P. Cout. 108<br />
£. dalmatinus (Tratt.) . . .109<br />
— vagabundus, Samp 119<br />
— vestitus, Weihe 114<br />
— villicaulis b. beirensis, Samp. Ill<br />
— villicaulis v. minianus, Samp. . 107<br />
Sanguisorba minor, Scop.<br />
subsp. mauritanica (Bss.) . . 104<br />
Spiraea hispanica, Hoffgg. et Lk. . 102<br />
Fam. 67 — Leguminosas . . 121<br />
A<strong>de</strong>nocarpus anisochilus, Bss. . . 122<br />
— grandiflorus, Bss 122<br />
— hispanicus (Lam.), DC. . .122<br />
Cytisus candicans (L.), DC. . .124<br />
Genista ancistrocarpa, Spach. . .122<br />
— anglica, L 121<br />
--•berberi<strong>de</strong>a, Lge 122<br />
— falcata, Brot<br />
Hedysarum spinosissimum, L.<br />
122<br />
b. capitatum (Desf.) var. glabrescens,<br />
P. Cout. . . .128<br />
Hippocrepis ciliata, Willd. . . 128<br />
— multisilicfuosa, L. . . . . .. 128<br />
— unisiliduosa, L 128<br />
Lathyrus articulatus, L 129<br />
— Cicera L. \ J<br />
. subbijugus, P. Cout. 130<br />
— Clymenum, L .129<br />
— birsutus, L. form, brevipedunculatus,<br />
P. Cout 130<br />
— Iatifolius, L. /. heterophyllus<br />
(Gou.). 130<br />
— montanus, Bernh 130<br />
Lotus arenarius, Brot 127<br />
— coimbrensis Brot. . . . . .127<br />
— coimbrensis, Willd. . . . .127<br />
— edulis, L. 127<br />
Medicago coronata, Desr 126<br />
— minima (L.). Grufb<br />
— Murex, Willd.<br />
126<br />
a<br />
. macrocarpa (Mor), Urb. . 126<br />
— rugosa, Desrouss 126<br />
Melilotus alba (L.), Desr.. .. . .127<br />
— elegans, Salzm .. 127<br />
Ononis Bourgaei, Bss. et Reut . . 124<br />
— Broteriana, DC 124<br />
— crotalarioi<strong>de</strong>s, Coss 125<br />
— geminiflora, Lag. . . . . . 125<br />
— Hackelii, Lge .125<br />
—' Picardi, Bss<br />
— reclinata, L<br />
124<br />
v. genuina, Godr 124<br />
v. minor, Mor 124<br />
v. tri<strong>de</strong>ntata, Lwe 124<br />
PÂG.<br />
Ononis viscosa, L.<br />
H. brachycarpa (DC), Wk. . 125<br />
Ornithopus sativus, Brot. . . .128<br />
.fisum arvense, L,. . . . . . 131<br />
— elatius, M. Bieb 131<br />
— sativum, L 130<br />
a<br />
. saccharatum, Ser. . . .131β. macrocarpum, Ser. . . . 131<br />
Proralea americana, L.<br />
3. polystachya (Poir.) . . .127<br />
Trifolium filiforme, L 127<br />
— hirtum, All 127<br />
— isthmocarpum, Brot 127<br />
— Michelianum, Savi . . . . 127<br />
— phleoi<strong>de</strong>s, Pourr 127<br />
subesp. gemellum (Pourr.) . .127<br />
— scabrum, L 127<br />
Ullex aphyllus, Lk .124<br />
— canescens, Lge 123<br />
— janthocladus, Webb 123<br />
var. subsericeus, P. Cout. . .123<br />
— luridus (Webb.), Wk 123<br />
— spectabilis (Webb.), Wk. . . . 124<br />
— Webbianus, Coss. . . . .123<br />
Vicia bithynica, L 129<br />
— Cracca, L 129<br />
v. incana (Vill.) 129<br />
— peregrina, L 129<br />
— sativa, L.<br />
v. heterophylla (Presl.) • • . 129<br />
v. maculata ('Près'..) . . . . 129<br />
Fam. 68—Geraniâceas . .131<br />
Erodium bipinnatum (Cav.), Willd.<br />
"/. sabulicola (Lge.) Rouy . . 133<br />
— Chium (L.), WiUd 132<br />
— cicutarium (L.), L'Hérit. . . .133<br />
a. primulaceum, (Welw.) . . 133<br />
b. Chaerophyllum (Cav.), DC.. 133<br />
— littoreum, Léman 132<br />
— malacoi<strong>de</strong>s (L.), Willd. . . .131<br />
(3. ribifolium (Jacq.), DC. . .132β. subtrilobum (Jord.), Lge. . 132<br />
— sublyratum, Samp. . . . .132<br />
Fam. 69 — Oxalidâceas . . 133<br />
Oxalis Acetosella, L 134<br />
— corniculata, L 134<br />
Fam. 70— Linâceas . . .134<br />
Linum maritimum, L 134<br />
— narbonense, L 134<br />
Fam. 72 — Rutâceas . . . 134<br />
Ruta montana, L. . . . . .134<br />
Citrus medica L. b. Limon, L. . .134<br />
b. Limonum, Risso . . . .134
Fam. 76 — Euforbiáceas . . 135<br />
Euphorbia Clementei, Bss. . . .135<br />
— exigua, L. ß. retusa (L.) Roth.<br />
for. imbricata, P. Cout.. . . 135<br />
— falcata, L. *. genuina, Dav. . .135<br />
— nutans Lag 135<br />
— Preslii, Guss 135<br />
Fam. 81 — Anacardiáceas . 135<br />
Pistacia Terebinthus, L- • . . .135<br />
Fam. 82 — Aquifoliáceas . 136<br />
Hex Aquifolium, L. . . . • .136<br />
— Perado, Ait 136<br />
Fam. 87 — Malváceas . . .136<br />
Sida rhombifolia, L. . ' . . . .136<br />
Fam. 92 - Cistáceas . . .137<br />
Cistus albidus X crispus, Del. . . 137<br />
(1). Delilei, Burnat 137<br />
(2). pulverulentus (Pourr.). . 137<br />
— hirsutus, Lam.β. brevifolius, Wk. 137<br />
Helianthemum aegyptiacum (L.), Mill. 137<br />
— alyssoi<strong>de</strong>s (Lam.), Vent.<br />
'/. incanum (Wk.) . . . . 137<br />
— canum (L.), Gross.<br />
P. origanifolium (Lam.), Gross. 137<br />
1. genuinum (Wk.) . . . 137<br />
2.dichotonum(Cav.),Gross. 137<br />
— Chamaecistus, Mili.<br />
c. barbatum (Lam.) . • . « 133<br />
—- ocymoi<strong>de</strong>s (Lam.), Pers. . 137<br />
Fam. 93 - Violáceas . . 1 3 8<br />
Viola canina, L. . . . . 138<br />
a<br />
. genuina 139<br />
W. montana (L.) . . . . 139<br />
— elatior, Fr 139<br />
— X hortensis (DC), Wettst. . . 140<br />
— Kitaibeliana, R. et Sch. . . .140<br />
a. Machadiana, P. Cout. . . 140<br />
ß. HenriduesiiíWk.), W.Beck. 140<br />
— láctea, Sm 139<br />
— palustris, L.<br />
form, minor (Bourg.), Nym.. 138<br />
b. Juressi (Lk.) . . . . .138<br />
— silvática, Fr. . . • • • .138<br />
— silvestris, Lam 138<br />
— tricolor (L-), Wittr 140<br />
" í<br />
. arvensis, Murray . . .140<br />
ß. trimestris (DC), W. Beck . 140<br />
7« beirensis, P. Cout. . . .140<br />
Fam. 98 — Onagráceas • 140<br />
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal l9l<br />
PÁG.<br />
Epilobium palustre, L 141<br />
— tetragonum, L. . . . . . 140<br />
Fam. 101 - Umbelíferas . . 141<br />
Chaves dos Géneros a substituir . 141<br />
Bifora testiculata (L.), DC. . . . 144<br />
Bupleurum acutifolium, Bss. . . . 144<br />
— Gerardi, All.<br />
ß. austräte (Jord.), Rouy . .144<br />
Conopodium capiliifolium, Bss. • .143<br />
— ramosum, Costa . . . . 143<br />
— subcarneum, Bss 142<br />
Ferulago sulcata (Desf.), Koch. . .145<br />
Lagoecia, L. • • 142<br />
— cuminoi<strong>de</strong>s, L. - . . . . 142<br />
Laserpitium prutenccium, L. . . .145<br />
Pimpinella villosa, Shousb. . • • 144<br />
Seseli granatense, Wk 145<br />
— Peixotianum, Samp 144<br />
— tortuosum, L. . . . .144<br />
ß. graecum, DC 145<br />
Subfam. II — Saniculói<strong>de</strong>as . . 142<br />
Toriiis coerulescens (Bss.), Dru<strong>de</strong> . 143<br />
— heterophylla, Guss 143<br />
— infesta (L-), Spreng 143<br />
a. divaricata, DC.<br />
var. trífida (Hoffgg. et Lk.). . 143<br />
— Ieptophylla (L.), Rchb. . . .143<br />
p. elongata (Hoffgg. et Lk.), P.<br />
Cout. 143<br />
Fam. 104 - Ericáceas . . . 145<br />
Rhodo<strong>de</strong>ndron ponticum, L.<br />
ß. baeticum(Bss.etReut.),Wk. 145<br />
Vaccinium MyrtiUus, L 145<br />
Fam. 105 — Primuláceas . . 145<br />
Anagaliis linifolia, L 146<br />
genuína 146<br />
ß. latifolia, Wink'.er . . .146<br />
= 7-.maritima, Mariz . . . 146<br />
Ò. trojana, P. Cout. . . .146<br />
b. collina (Schousb.) . . . . 146<br />
— remella, L. 145<br />
Fam. 106 — Plumbagináceas 146<br />
Armería alliacea, (Cav.) . . • .147<br />
— aílioi<strong>de</strong>s,' Bss 147<br />
— caespitosa (Ort.) Bss.<br />
var. humilis (Lk.), Pau C. Vic.<br />
et Beltr 146<br />
— Iittoralis, Hoffgg. et Lk. . • • 1.47<br />
Limqniastrum monopetalum (L.), Bss. 147<br />
Statice binervosa, Sm.<br />
, ^..occi<strong>de</strong>ntalis (Lloyd.), Syme . 147<br />
— echioi<strong>de</strong>s, L. .. ,. • • • .147
192<br />
Fam. 109 — Gencianáceas . 147<br />
Microcala filiformis (L.), Hoffgg. et Lk. 147<br />
Fam. 111 — Asclepiadáceas . 147<br />
Cynanchum nigrum (L.), R- Br.<br />
p.atrum(Jord.etFourr.) [Rouy]. 147<br />
Fam. 112 — Convolvuláceas. 147<br />
Convolvulus arvensis, L 148<br />
p\ obtusifolius, Ckoisy . .148<br />
0. línearifolías, Ckoisy 147<br />
— siculus, L<br />
147<br />
Cuscuta Epilinum, Weike.<br />
148<br />
— Epithyrnum (L.), Murray. 148<br />
Fam. 114 — Boragináceas<br />
Anckusa calcárea, Bss.<br />
a<br />
. glabrescens, Bss. .<br />
Echium arenaríum, Guss.<br />
— Broteri, Samp. .<br />
— ñavum, Desf.<br />
— lusitanicum, L. (non DC.)<br />
— pomponium, Bss.<br />
Myosotis chrysantha, Welw.<br />
— globularis, Samp.<br />
— kispida, Sckleckt. .<br />
— intermedia, Lk.<br />
— lútea, Pers. . . . .<br />
— stricta, Lk<br />
— Welwitschii, Bss. et Reut.<br />
Ompkaio<strong>de</strong>s Kuzinskyanae. Wk.<br />
— linífolia (L.), Moenck. .<br />
Fam. 115—Verbenáceas. . 151<br />
Verbena supina, L 151<br />
Fam. 116 — Labiadas .<br />
Ajuga Cbamaepitys (L), Schreb<br />
Ballota cinerea (Desr.), Bri
Verbascum Henritjuesii, Lee. .<br />
Veronica Cartfuejiana, Samp.<br />
— officinalis, L<br />
. P. Carduejiana, (Samp.)<br />
/. Tournefortii (Vill.), Rchb.<br />
Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal 193<br />
PÁS.<br />
155<br />
158<br />
158<br />
158<br />
158<br />
Fam. 124 — Plantagináceas . 162<br />
Plantago Coronopus, L.<br />
^.simplex, Bss. et Reut. . . 163<br />
— Loeflinéii, L 163<br />
— recurvara, L. 162<br />
(3. capitellata (Ram.) . . . 163<br />
y. longibracteata, Koch. . . 163<br />
3. bracteosa (Wk.) . . . . 163<br />
Fam. 125 — Rubiáceas. . . 163<br />
Galium Aparine, L 165<br />
P. minus, P. Cout. . . . 165<br />
b. tenarum (Schlñch.) . . . 165<br />
— fruticescens, Cav.<br />
var. caespitosum, Wk. et Costa. 164<br />
— helo<strong>de</strong>s, Hoffgg. et Lk. . . . 165<br />
— minutulum, Jord 165<br />
— múrale, All 165<br />
— uliginosum, L 164<br />
p\ helo<strong>de</strong>s Lee 164<br />
b. Langei, P. Cout 164<br />
Fam. 126 — Caprifoliáceas . 165<br />
Lonicera etrusca, Santi 165<br />
Fam. 127 — Valeríariáceas 165<br />
Chaves dos Géneros a substituir . .165<br />
Centranthus ruber (L.), DC. . . .166<br />
Fedia caput-bovis, Pomel . . . .166<br />
— Cornucopiae (L.), Gaertn. . . . 166<br />
— <strong>de</strong>cipiens, Pomel . . . . . 166<br />
— geaciliflora, Fisch, et Mey. . . 166<br />
— scorpioi<strong>de</strong>s (Dufr.) . . . . 166<br />
Valerianella, Hall 166<br />
— echinata (L.), DC 167<br />
Fam. 12S — Dipsaccáeas<br />
Knautia arvensis (L.) Coult. .<br />
— legionensis (Lag.) ?<br />
— silvática (L.), Duby<br />
— subscaposa, Bss. et Reut. .<br />
Pterocephalus papposus (L.), Coult.<br />
167<br />
167<br />
167<br />
167<br />
167<br />
167<br />
Fam. 130 Campanuláceas 167<br />
Jasione amethistina, Lag. et Rodr. . 168<br />
— corymbosa, Poir.<br />
ß. blepharodon (Bss. et Reut.). 167<br />
— humilis (Pers.), . '. • - • 168<br />
— lusitanica, A. DC 167<br />
Specularia hybrida, (L.) A. DC. . .167<br />
PÁG<br />
Fam. 131. Compostas. . .168<br />
Anacyclus clavatus (Desf.), Pers. . 170<br />
Antbemis mixta, L. . . . . .170<br />
Arctotis calendulacea, Willd. . .172<br />
Ârnoseris minima (L.), Hoffgg. et Lk. 175<br />
— minima (L.), Schw. et Koerte . 175<br />
Artemisia glutinosa, Gay . "". . . 170<br />
— variabilis, Ten 171<br />
Calendula lusitanica, Bss 171<br />
ß. transtagana, Mariz . . . 171<br />
Carduus Broteroi, Welw 172<br />
— platypus, Lge 172<br />
ß. granatensis, Wk. . . .172<br />
— Reuterianus, Bss 172<br />
Carlina corymbosa, L 172<br />
ß. involucrata (Poir.) . . .172<br />
— racemosa, L 172<br />
Centaurea fraylensis, Salzm. . • . 175<br />
— lusitanica, Bss. et Reut. . . .175<br />
— salmantica, L 175<br />
— vicentina (Welw.), Mariz . . .175<br />
Cirsium Acarna (L.), Moench. . . 173<br />
— palustre (L.), Scop 174<br />
ß. spinosissimum, Wk. . .174<br />
b. transmontanum, P. Cout. . .174<br />
— syriacum (L.), Gaertn. . . . 173<br />
a. latifolium (DC.) . . .173<br />
ß. bracteatum (Lk.), Rouy. . 173<br />
Crupina acuta (Lam.) 175<br />
Cynara Tournefortii, Bss. et Reut. . 175<br />
E-rigeron mucronatus, DC. . . .168<br />
Evax Cavanillesii, Rouy . . . .168<br />
ß. carpetana (Lge.), Rouy. . 168<br />
— pygmaea, Brot 168<br />
— pygmaea, Pers. . . . . . 168<br />
Filago gallica, L.<br />
ß. Iongibracteata, Wk. . . .168<br />
Galactites tomentosa, Mnch. . . .175<br />
Gnaphalium uliginosum, L. • • .169<br />
Hieracium cinerascens, Aut. Lusit. . 177<br />
— Iusitanicum. A.-Touvet . . .177<br />
— murorum, L. . . . . . . 177<br />
— pallidum, Biv 177<br />
b. comosulum, A.-Touvet . . 177<br />
— Pilosella, L. 177<br />
ß. Peleterianum (Mérat) . . 177<br />
Inula graveolens (L.), Desf. . . .169<br />
Leontodon hirtus, L. • . . .176<br />
— hispídus, L.<br />
form, hyoseroi<strong>de</strong>s (Koch) . .176<br />
— yUlarsii, Lois 176<br />
Matricaria maritima, L 170<br />
Odontospermum maritimum ( L. ),<br />
Schultz-B.<br />
y. littorale (Jord. et Fourr.) . 170
194 António Xavier Pereira Coutinho<br />
PÁG.<br />
Onopordon nervosum, Bsa. . • .175<br />
Pulicaria micro cephala, Láe. . . .169<br />
— vulgaris, Gaertn 169<br />
Scolymus hispanicus, L 175<br />
— maculatus, L 175<br />
Scorzònera graminjiolia in Fl. . .176<br />
— kumilis, L.<br />
^.p'antaéineaCSchleích.), Schur. 176<br />
ß. ramosa, Hoffgé. et Lk. . • 176<br />
'/. angustifolia, Hofrgé.et Lk. . 176<br />
— pínifolia, Gou 176<br />
ÍNDICE GERAL<br />
PÁG.<br />
Senecio atjuaticus, Huds.<br />
ß. pratensis, Rickt 171<br />
— Cineraria, DC 171<br />
— Jaccjuinianus, Rchb 171<br />
— praealtus, Bert. . . . . . . 171<br />
— vulgaris, L.<br />
ß. radiatus, Wk 171<br />
Sonckus glaucescens, Jord. . . . 176<br />
Staehelina dubia, L 172<br />
Xantbium antiquorum, Wallr. . .170<br />
— brasilícum, Veloso 170<br />
— strumarium in Flora . . . . 170<br />
Introdução 43<br />
Adições, substituições e correcções à Flora 45<br />
Cnaves das Famílias 45<br />
Cryptoéâmicas vasculares 47'<br />
Faneroéâmicas 5o<br />
Gimnospérmicas . 5o<br />
Anéiospérmicas 5o<br />
Monocotiledóneas . 5o<br />
Dicotiledóneas 75<br />
Erratas e pequenas correcções da Flora 178<br />
Nomes vulgares <strong>de</strong> que tive <strong>de</strong>pois conhecimento . . . 181<br />
Errata do suplemento 184<br />
índice das Famílias, Géneros, Espécies, Varieda<strong>de</strong>s e Sinónimos<br />
185
INVESTIGAÇÕES CITOLÓGICAS<br />
EM VARIE<strong>DA</strong>DES CULTURAIS<br />
DE PEREIRAS (P- communis, L.)<br />
POR<br />
J. VIEIRA NATIVI<strong>DA</strong>DE<br />
Engenheiro - Silvicultor<br />
INTRODUÇÃO<br />
EM traballio anterior (NATIVI<strong>DA</strong>DE 1932) estudámos a constituição<br />
cromosómica <strong>de</strong> 19 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maceiras e <strong>de</strong> l5<br />
varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras, todas portuguesas, ou como tal consi<strong>de</strong>radas.<br />
Das varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras submetidas a estudo, 12<br />
eram diplói<strong>de</strong>s—2n = 34—e supusemos, fundadamente, que as<br />
três restantes fossem triplói<strong>de</strong>s, em face das irregularida<strong>de</strong>s apresentadas<br />
no <strong>de</strong>correr das divisões meíóticas.<br />
Anteriormente a êste nosso estudo, FLORÍN (l926) observou<br />
a varieda<strong>de</strong> B. Alexandre Lucas, a que atribuiu uma constituição<br />
cromosómica hiper-triplói<strong>de</strong>—2n=56-—, mas investigações por<br />
nós realizadas ulteriormente <strong>de</strong>monstraram c¿ue se trata <strong>de</strong> uma<br />
casta na realida<strong>de</strong> triplói<strong>de</strong> — 2n = 5l. KOBEL (l927) estudou<br />
l7 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras, 10 das quais com a constituição 2n =34,<br />
e para as restantes indica números <strong>de</strong> cromosomas compreendidos<br />
entre 45 e 55. Observações ulteriores nalgumas das castas<br />
referidas por KOBEL como aneuplói<strong>de</strong>s mostraram que possuem<br />
<strong>de</strong> facto 5l cromosomas, e nas mesmas condições se encontra a<br />
varieda<strong>de</strong> Curé incluida no presente estudo, MOFFETT (l93l)<br />
menciona três varieda<strong>de</strong>s, todas diplói<strong>de</strong>s.<br />
Depois da publicação do nosso estudo, MIEDZYRZECHI (l933)<br />
observou cítològicamente mais 13 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras, duas<br />
<strong>de</strong>las com a constituição 2n = 5l. Em dois recentes trabalbos,<br />
MOFFETT (l934, l934a) indica o número <strong>de</strong> cromosomas em 34<br />
varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pereiras, a sete das quais atribui a constituição<br />
triplói<strong>de</strong>. No primeiro dêsses trabalbos refere as nossas observações<br />
quanto ao emparelhamento secundário dos cromosomas<br />
na metafase I, como um dos argumentos a favor da bipótese <strong>de</strong><br />
que o número básico nas pomói<strong>de</strong>as seja 7, e que as formas
196 /. Vieira Nativida<strong>de</strong><br />
actuais, cujo complexo kaplói<strong>de</strong> é l7, se tenham originado por<br />
poliplòidia secundária (<strong>DA</strong>RXINGTON e MOFFETT l93o).<br />
No presente estudo apreciamos o comportamento dos cromosomas<br />
nas divisões meióticas em 10 varieda<strong>de</strong>s culturais <strong>de</strong><br />
pereiras, uma das quais, a Curé, é referida por KOBEL, sob o<br />
nome <strong>de</strong> Viçar of Winkfield, como possuindo 55 cromosomas.<br />
Revemos também, em novo material, as castas triplói<strong>de</strong>s incluidas<br />
no nosso trabalho anterior.<br />
O conhecimento do número e comportamento dos cromosomas<br />
nas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fruteiras cultivadas tem uma importância<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m prática consi<strong>de</strong>rável. Assim, as castas <strong>de</strong> pomói<strong>de</strong>as<br />
<strong>de</strong> constituição triplói<strong>de</strong>, embora produtivas e vigorosas, apenas<br />
produzem uma baixa percentagem <strong>de</strong> pólen viável — 0 a 25 0<br />
0,<br />
o que lhes confere valor insignificante como castas polinizadoras<br />
e impõe precauções ao estabelecimento <strong>de</strong> qualquer<br />
consociação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s no pomar. Por outro lado, como do<br />
cruzamento 2n X 3n, ou 3n X 2n, ou 3n X 3n se obtêm exclusivamente<br />
indivíduos aneuplói<strong>de</strong>s, inviáveis (CRANE e LAWRENCE<br />
l930, NEBEL 1933), esse conhecimento é indispensável ainda nos<br />
trabalhos <strong>de</strong> hibridação.<br />
Material e métodos<br />
O material para êste estudo, com excepção da varieda<strong>de</strong><br />
Sere Cotovelos, foi colhido no pomar da Escola Agrícola Vieira<br />
Nativida<strong>de</strong>, em Alcobaça, durante a última quinzena <strong>de</strong> Março.<br />
As anteras, fixadas separadamente em NAVASHIN (KARPECHENKO),<br />
íncluiram-se em parafina pslo processo usual e seccionaram-se<br />
na espessura <strong>de</strong> l5 Na coloração das secções microtómicas<br />
empregou-se a violeta <strong>de</strong> genciana, segundo o esquema <strong>de</strong><br />
Newton (LA COUR l93l). As observações foram realizadas com<br />
um binocular Zeiss, objectivas apocr. <strong>de</strong> im. 90 e 120 e oculares<br />
comp. 20 e 30, e o trabalho microfotográfico com uma instalação<br />
Winkel-Zeiss, objectiva 120 e ocular compensadora 20. Os<br />
<strong>de</strong>senhos foram executados com o aparelho <strong>de</strong> Abbé.'<br />
OBSERVAÇÕES<br />
Sob o ponto <strong>de</strong> vista do número <strong>de</strong> cromosomas, da sua<br />
associação na metafase I e comportamento durante as divisões
Investigações Cítológicas em Varied, <strong>de</strong> Pereiras 197<br />
meióticas das células mães do pólen, as varieda<strong>de</strong>s examinadas<br />
po<strong>de</strong>m dividir-se em dois grupos: o primeiro, constituído pelas<br />
castas diplóí<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> as divisões são regulares e os cromosomas,<br />
na primeira metafase, se apresentam emparelhados constituindo<br />
bivalentes; o segundo, pelas castas triplói<strong>de</strong>s, com gran<strong>de</strong>s<br />
irregularida<strong>de</strong>s nas divisões <strong>de</strong>vidas à existência <strong>de</strong> univalentes<br />
e trivalentes.<br />
Os números <strong>de</strong> cromosomas da lista seguinte foram <strong>de</strong>terminados<br />
na metafase da primeira divisão das células mães do<br />
pólen, e, para algumas castas, verificados em divisões somáticas<br />
nos tecidos das pétalas ou do estilete.<br />
Divisões meióticas nas castas âiplói<strong>de</strong>s<br />
O comportamento dos cromosomas na primeira e segunda<br />
divisão é muito regular nas seis primeiras varieda<strong>de</strong>s, e a tal<br />
ponto que entre as centenas <strong>de</strong> células examinadas não se<br />
observou uma só anafase com cromosomas retardatários no<br />
equador. Apenas numa placa equatorial da var. Van Mons<br />
encontrámos um trivalente e um univalente. Na metafase I<br />
observam-s'e com a maior regularida<strong>de</strong> l7 cromosomas bivalentes,<br />
formando ou não associações <strong>de</strong> natureza secundária, fig. 1 a 6<br />
e microfotografias da Est. I. Na metafase II encontram-se,<br />
regularmente também, l7 cromosomas em cada placa. As tetradas<br />
apresentam-se normalmente constituidas.<br />
26
. Vieira Nativida<strong>de</strong>
Investigações Citológicas em Varied, <strong>de</strong> Pereiras 199<br />
Divisões meióticas nas castas triplóiâes<br />
 existência <strong>de</strong> trivalentes e unívalentes na metafase I, fig-<br />
7-10, imprime às divisões meióticas as irregularida<strong>de</strong>s caracterís-<br />
ticas, que conduzem à formação <strong>de</strong> gâmetos aneuplói<strong>de</strong>s e à<br />
produção <strong>de</strong> micrósporos morfologicamente anormais.<br />
E.III três das varieda<strong>de</strong>s estudadas Cxzré, T. Jodoigne, Sete<br />
Cotovelos — o número <strong>de</strong> univalentes retardatários na anafase da<br />
primeira divisão, embora muito variável, não é, no entanto,<br />
elevado: um, dois, raro mais <strong>de</strong> cinco. Nalgumas células a<br />
divisão é até, por vezes, aparentemente regular, porque cada<br />
grupo <strong>de</strong> cromosomas se dirige para o seu polo, sem que os<br />
univalentes se retar<strong>de</strong>m; mas a divisão é, <strong>de</strong> facto, irregular,
200<br />
/. Vieira Nativida<strong>de</strong><br />
visto o número <strong>de</strong> cromosomas em cada grupo não ser igual,<br />
nem constante.<br />
Na varieda<strong>de</strong> Leitão, o número <strong>de</strong> univalentes é consi<strong>de</strong>ravelmente<br />
mais elevado do que nas restantes castas examinadas,<br />
e tão gran<strong>de</strong> que as anaíases da primeira divisão apresentam<br />
um aspecto muito característico — fig. 11. Não são raras as<br />
células com 10 e 12 univalentes retardatários, muitos dos quais<br />
se dispersam.<br />
Na metafase II das três primeiras varieda<strong>de</strong>s contamos em<br />
cada placa um número variável <strong>de</strong> cromosomas, cuja soma se<br />
aproxima ou correspon<strong>de</strong> exactamente ao complexo triplói<strong>de</strong>, o<br />
que indica que os univalentes atingiram os poios a tempo <strong>de</strong><br />
serem incluídos nos dois novos núcleos. A fig. 12-A reproduz<br />
uma metafase da segunda divisão na varieda<strong>de</strong> 5ere Cotovelos,<br />
cujas placas equatoriais apresentam, respectivamente, 25 e 26<br />
cromosomas; mas a divisão dos univalentes na primeira anafase<br />
faz que, por vezes, a soma dos cromosomas contidos nas duas
Investigações Citológicas em Varied, <strong>de</strong> Pereiras 201<br />
placas seja superior a 5l. Ainda na varieda<strong>de</strong> Sete Cotovelos<br />
observámos metafases com 29 + 26, 27-¡-25, etc.<br />
Na varieda<strong>de</strong> Leitão, o número <strong>de</strong> cromosomas na metafase<br />
II é freqüentemente inferior ao número normal, porque<br />
algures dos. univalentes não po<strong>de</strong>m ser incluídos nos núcleos<br />
filkos, e dispersam-se no citoplasma. Constituem-se, p.ssim,<br />
pequenos núcleos suplementares, que dão origem a míciósporos<br />
<strong>de</strong> pequeno tamanko e inviáveis. Nesta varieda<strong>de</strong>, com mais<br />
freqüência do que nas restantes examinadas, as tétradas contêm<br />
um número anormal <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> pólen: 5, 6, por vezes mais.<br />
As irregularida<strong>de</strong>s observadas no <strong>de</strong>correr da primeira<br />
divisão meiótica das castas triplói<strong>de</strong>s subsistem ainda ria segunda<br />
divisão. Durante a anafase II observam-se cromosomas retarda-
202 /. Vieira Nativida<strong>de</strong><br />
tários, alguns dos quais se agregam para constituir núcleos<br />
suplementares.<br />
A diferença <strong>de</strong> comportamento da varieda<strong>de</strong> Leitão, relati<br />
vamente às outras varieda<strong>de</strong>s, triplói<strong>de</strong>s também, não se po<strong>de</strong><br />
atribuir apenas ao maior número dé cromosomas <strong>de</strong>sempare-<br />
Ibados que se encontra nas metafases da primeira divisão, visto<br />
o número <strong>de</strong> retardatários no equador durante a anafase ser,<br />
freqüentes vezes, superior àquele.<br />
As vistas <strong>de</strong> perfil do início da anafase mostram que alguns<br />
dos univalentes provêm da divisão dos trivalentes, e que estes<br />
se comportam <strong>de</strong> forma análoga à observada nos Hyacinthus<br />
(<strong>DA</strong>RLINGTON 1929). O maior número <strong>de</strong> retardatários explica-se<br />
pela freqüência da divisão em que os três cromosomas se sepa<br />
ram, dirigindo-se dois para os respectivos polos, e perma<br />
necendo o terceiro retardatário. A maior freqüência das divisões<br />
dêste tipo po<strong>de</strong>rá atribuir-se, possivelmente, à diversa consti<br />
tuição dos trivalentes nesta varieda<strong>de</strong>.<br />
SUMÁRIO<br />
Como prosseguimento das investigações realizadas pelo<br />
autor, <strong>de</strong>terminou-se o número <strong>de</strong> cromosomas e apreciou-se o<br />
seu comportamento durante as divisões raeióticas em jLCMrarie-<br />
da<strong>de</strong>s culturais <strong>de</strong> pereiras, quatro das quais portuguesas, ou<br />
como tal consi<strong>de</strong>radas, e as restantes exóticas, mas bastante<br />
cultivadas no País.<br />
Seis das varieda<strong>de</strong>s investigadas — Marques Loureiro, Rei,<br />
La Trance, Van Mons, Beurré <strong>de</strong> YAssomption e Le Lectier —<br />
apresentam a constituição cromosómíca diplói<strong>de</strong>, e as divisões<br />
das células-mães do pólen <strong>de</strong>correm com a maior regularida<strong>de</strong>.<br />
As quatro varieda<strong>de</strong>s restantes — Sere cotovelos, Leitão, Curé e<br />
Triomphe <strong>de</strong> Jodoigne — são triplói<strong>de</strong>s. As divisões meióticás<br />
apresentam as irregularida<strong>de</strong>s características. A varieda<strong>de</strong> Curé<br />
(Viçar oí Winkíield), referida por Kobel como possuindo 55<br />
cromosomas, é na realida<strong>de</strong> triplói<strong>de</strong>.<br />
Entre as castas triplói<strong>de</strong>s, a varieda<strong>de</strong> portuguesa Leitão<br />
-. I
Investigações Citológicas em Varied, <strong>de</strong> Pereiras 203<br />
distingue-se das restantes pelo elevado número <strong>de</strong> univalentes<br />
que se retardam no equador durante a primeira anafase, e pela<br />
maior freqüência <strong>de</strong> tétradas anormais.<br />
ENGLISH SUMMARY<br />
Pursuing with the research work previously carried on by<br />
the writer, the number of chromosomes has now been <strong>de</strong>termined<br />
and the chromosome behaviour at meiosis was studied in ten<br />
varieties of cultivated pears, four of which are Portuguese or<br />
consi<strong>de</strong>red as such, and the rest foreign ones, but rather frequent<br />
in this country.<br />
Six of the varieties examined:—Marques Loureiro, Rei,<br />
La France, Van Mons, Beurré <strong>de</strong> l'Assomption and Le Lectier<br />
have been found to be diploids and all showed a high <strong>de</strong>gree of<br />
regularity in the pollen mother-cell divisions. The others: —<br />
Sete Cotovelos, Leitão, Curé and Triomphe <strong>de</strong> Jodoigne are<br />
triploids, and the reduction divisions are very irregular. The<br />
variety Curé ( Vikar of Winkfield ) reported by Kobel as baving<br />
55 cbromosomes, was found to be triploid.<br />
Among the triploids, the Portuguese variety Leitão differs<br />
from the others by the high number of univalents that are found<br />
lagging at the first anaphase and "by a higher proportion of<br />
irregular pollentetrads produced,. .<br />
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St. Tech. Bui. 209. 1-12.
NEUE VOLVOCALEN AUS DER<br />
UMGEBUNG VON COIMBRA<br />
(PORTUGAL)<br />
VON<br />
DR. FRANZ MOEWUS (ERLANGEN)<br />
Mit 6 Textfiguren und 1 Tabelle<br />
Im April 1933 erhielt ich l8 Erdproben aus <strong>de</strong>r Umgebung<br />
von Coimbra. Herrn Prof. Dr. A. Quintanilha danke ich an<br />
dieser Stelle herzlich für das Sammeln und für die Übersendung<br />
<strong>de</strong>r Erdproben.<br />
Die Er<strong>de</strong> wur<strong>de</strong> in vier verschie<strong>de</strong>ne Nährmedien gebracht:<br />
1. in Knop-Lösung ( p „ = 5 ), 2. in Kolkwitz-Lösung ( p H Fr 8 ),<br />
3. in Volvox-Lösung (p H = 7) und 4. in Peptonfaulkulturen.<br />
Für das Herauskultivieren von Volvocalen aus <strong>de</strong>n Erdproben<br />
ist die letzte Metho<strong>de</strong> am besten geeignet. Diese Peptonfaulkulturen<br />
wer<strong>de</strong>n auf folgen<strong>de</strong> Weise angesetzt: In Pulverf laschen<br />
von 200-250 ccm Inhalt wird auf <strong>de</strong>n Bo<strong>de</strong>n ca. 0,5 g Pepton<br />
gegeben. Darüber kommt in 2 cm hoher Schicht sterilisierte<br />
Gartener<strong>de</strong> und dann wird mit sterilem Leitungswasser aufgefüllt.<br />
Diese Metho<strong>de</strong> haben schon JACOBSEN (l9l0), SCHULZE (l927)<br />
und STREHLOW ( 1929 ) angewen<strong>de</strong>t. Nach<strong>de</strong>m in <strong>de</strong>n Nährmedien<br />
die Algen aufgetreten waren, wur<strong>de</strong>n einzelne Zellen isoliert<br />
und zum Teil auf Knop-Agar kultiviert. "Manche Arten konnten<br />
nur in Peptonfaulkulturen gezüchtet wer<strong>de</strong>n. Sämtliche Artbeschreibungen<br />
wur<strong>de</strong>n ohne Ausnahmen nur nach Zellen eines<br />
Klones vorgenommen, nach<strong>de</strong>m die betreffen<strong>de</strong> Art längere Zeit<br />
kultiviert und einige Variabilitäsversuche ausgeführt wor<strong>de</strong>n<br />
sind (vergl. MOEWUS 1933 I). Aus <strong>de</strong>n l8 Erdproben konnten<br />
mehrere interessante Volvoca en erhalten wer<strong>de</strong>n, über die im<br />
folgen<strong>de</strong>n berichtet wer<strong>de</strong>n soll.<br />
I. Tetrablepharis cyamos nov. spec. ( Fig. 1 ).<br />
Die Zeilen sind bohnenförmig gekrümmt. Oben und unten<br />
sind sie abgerun<strong>de</strong>t. Am Vor<strong>de</strong>ren<strong>de</strong> ist die <strong>de</strong>rbe Membran zu
Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal) zoS<br />
einer kalbkugeligen Papille verdickt, an <strong>de</strong>ren Basis die 4<br />
körperlangen Geissein austreten. Unterhalb <strong>de</strong>r Geisseibasis<br />
liegen zwei kontraktile Vakuolen. In <strong>de</strong>r vor<strong>de</strong>ren Zellhälfte<br />
befin<strong>de</strong>t sich ein elliptischer Augenfleck. In <strong>de</strong>r unteren<br />
Zellhä 1<br />
fte liegen zahlreiche elliptische Stär<br />
kekörner. Die ungeschlechtliche Vermehrung<br />
erfolgt duch schiefe Längsteilung. Ks wer<strong>de</strong>n<br />
stets nur zwei Tochterzellen gebil<strong>de</strong>t. Die<br />
Zellen sind halb so breit wie lang. Sie sind<br />
im ausgewachsenen Zustan<strong>de</strong> (vor <strong>de</strong>r<br />
Zellteilung) 12-14 { lang und 6-7,"- breit.<br />
Die geschlechtliche Fortpflanzung wur<strong>de</strong><br />
nicht beobachtet. Fundort: Umgebung von<br />
Coimbra (Portugal).<br />
Diese Art entwickelte sich nur in<br />
Peptonfaulkulturen, niemals in <strong>de</strong>n anorganischen<br />
Nährlösungen, auch nicht in<br />
Volvox-Lösung. Die Klone entwickelten<br />
sich nur sehr langsam. Von <strong>de</strong>r Isolierung<br />
<strong>de</strong>r Zellen bis zur genügen<strong>de</strong>n Anreicherung<br />
vergingen über 4 Monate. Welche beson<strong>de</strong>ren<br />
Ansprüche diese Art an die Ernährung<br />
stellt, wur<strong>de</strong> nicht untersucht.<br />
Für die Gattung Tetrablepharis ist charakteristisch: das<br />
Vorhan<strong>de</strong>nsein einer ZeFmembran, die 4 körperlangen Geissein,<br />
das Fehlen <strong>de</strong>s Chromatophoren und das Vorkommen von<br />
Stärke als Assimilationsprodukt. Demnach gehört die hier<br />
beschriebene Art unzweifelhaft zu dieser Gattung. Fs han<strong>de</strong>lt<br />
sich um eine farblose Parallelform zur Gattung Carteria, die<br />
stets einen Chromatophoren hat. Von <strong>de</strong>r Gattung Tetrablepharis<br />
SENN (1900) sind bisher drei Arten bekannt, T. multiiihs ( KLEBS )<br />
WILLE em. PASCHER l927 ( — Polytoma multifilis FRANCE 1894), T.<br />
obovalis PASCHER 1927 und T. globujosa SENN 1900 ( = Tetramitus<br />
globulosus ZACHARIAS 1897 ). Diese 3 Arten sind kugelig, ellipsoidisch<br />
o<strong>de</strong>r verkehrt eiförmig und unterschei<strong>de</strong>n sich hierdurch<br />
schon <strong>de</strong>utlich von T. cyamos, die bohnenförmig gekrümmt ist.<br />
T. cyamos könnte als farblose Form zu <strong>de</strong>r lei<strong>de</strong>r unvollständig<br />
27
206 Dr. Franz Moewus (Erlangen)<br />
beschriebenen Carteria Phaseolus PRINTZ angesehen wer<strong>de</strong>n, die<br />
bisher nur aus Norwegen bekannt ist. T. mtiltifilis ist bei<br />
Tübingen (Württemberg) und im südlichen Böhmen beobachtet<br />
wor<strong>de</strong>n, T. globulosa in Schleswig-Holstein.<br />
II. Polytoma cylindraceum PASCHER 19Z7 (Fig. 2 a-c).<br />
PASCHER ( 1927 ) macht auf eine lang walzliche Polytoma-Ä.xt<br />
aufmerksam, die er zwar nur selten beobachtet hat. Fr nennt<br />
sie vorläufig P. cylindraceum. In<br />
einer Erdprobe aus Coimbra_trat<br />
eine Polytoma-Ä.tt auf, die sicher<br />
mit dieser i<strong>de</strong>ntisch ist. Die vollständige<br />
Beschreibung <strong>de</strong>r Art ist<br />
folgen<strong>de</strong>:<br />
Zellen lang zylindrisch, vorn<br />
und hinten breit abgerun<strong>de</strong>t. Am<br />
Vor<strong>de</strong>rend2 mit einer <strong>de</strong>utlichen,<br />
fast halbkugeligen Papille versehen,<br />
an <strong>de</strong>ren Basis die bei<strong>de</strong>n<br />
körperlangen Geissein heraustreten.<br />
Unterhalb <strong>de</strong>r Papille fliegen<br />
zwei kontraktile Vakuolen. Ein<br />
Augenfleck fehlt. Der Zellkern<br />
liegt in <strong>de</strong>r Mitte <strong>de</strong>r Zelle o<strong>de</strong>r<br />
etwas höher. In <strong>de</strong>r hinteren<br />
Zellhälfte liegen elliptische bis<br />
kugelige Stärkekörner. Bei <strong>de</strong>r<br />
Teilung wer<strong>de</strong>n stets zwei Tochterzellen gebil<strong>de</strong>t ( Querteilung).<br />
Die Zellen sind 3-4 mal so lang wie breit, d. h. bei ausgewachsenen,<br />
vor <strong>de</strong>r Teilung stehen<strong>de</strong>n Zellen. Sie sind 24-30 plang<br />
und 6-10 [J- breit.<br />
Diese Art trat nur in Peptonfaulkulturen auf und konnte<br />
nur nach dieser Metho<strong>de</strong> kultiviert wer<strong>de</strong>n. Die geschlechtlicbe<br />
Fortpflanzung wur<strong>de</strong> beobachtet. In Klonen konnten lei<strong>de</strong>r<br />
keine Kopulationen ausgelöst wer<strong>de</strong>n. In <strong>de</strong>n Rohkulturen, die<br />
ausser dieser Art nur noch eine Chlamydomonas-Ait enthielt,
Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal) 207<br />
traten reichlich Kopulationen auf. Die Gameten sind sekr klein<br />
und nur kalb so breit wie lang. Sie sind bis zu 6 [' lang und 3<br />
[J- breit. Sie baben aucb die zylindrische Form und eine Papille.<br />
Sie enthalten keine Stärke. Während in <strong>de</strong>n Klonkulturen<br />
immer nur zwei Tochterzellen aus einer Mutterzelle hervorgingen,<br />
entstan<strong>de</strong>n die Gameten zu 8 aus einer Mutterzelle. Die<br />
Gameten berühren sich mit <strong>de</strong>n Vor<strong>de</strong>ren<strong>de</strong>n, verschlingen sich<br />
mit <strong>de</strong>n Geissein und stossen aufeinan<strong>de</strong>r ein. Dabei verschmelzen<br />
schliesslich die Papillen. Die Protoplasten heben sich von<br />
<strong>de</strong>n hinteren Fn<strong>de</strong>n ab. Dann kommt das Gametenpaar zur<br />
Ruhe. Die Gametenmembranen wer<strong>de</strong>n auseinan<strong>de</strong>r gesprengt,<br />
und es entsteht eine kugelige Zygote, die leickt gelblich gefärbt<br />
ist. Die Zygotenmembran ist zweischichtig und aussen mit 6<br />
spitzen, mehr o<strong>de</strong>r weniger kegelförmigen Warzen versehen<br />
(Fig. 2 c). Der Durchmesser <strong>de</strong>r Zygoten beträgt ungefähr 12 f*.<br />
In <strong>de</strong>n Rohkulturen wur<strong>de</strong>n auch keimen<strong>de</strong> Zygoten beobachtet.<br />
Aus einer Zygote gehen 4 Keimlingszellen hervor.<br />
Aus <strong>de</strong>n Rohkulturen wur<strong>de</strong>n 20 in 8 Gameten aufgeteilte<br />
Zellen isoliert und auf hohlgeschliffene Objektträger gebracht.<br />
Fs konnte in l3 von 20 Fällen festgestellt wer<strong>de</strong>n, dass die 8<br />
Gameten einer Mutterzelle miteinan<strong>de</strong>r kopulierten. Darus folgt<br />
1., dass P. cylindraceum monözisch (gemischtgeschlechtlich)<br />
ist. und 2., dass die Geschlechtsbestimmung phänotypisch zustan<strong>de</strong><br />
kommt. Bei allen bisher bekannten Fällen innerhalb <strong>de</strong>r<br />
Volvocales erfolgt die Reduktionsteilung bei <strong>de</strong>r Zygotenkeimung,<br />
auch bei Polytoma-Arten (P. uvella und P. Päscheri<br />
nach MOEWUS 1935). Bei genotypischer Geschlechtsbestimmung<br />
können daher die Gameten, die aus einer Zelle hervorgehen<br />
niemals kopulieren. Da bei P. cylindraceum die aus einer<br />
Mutterzelle hervorgehen<strong>de</strong>n Gameten kopulieren, kann in diesen<br />
Falle bereits aus dieser Beobachtung <strong>de</strong>r sichere Schluss gezogen<br />
wer<strong>de</strong>n, dass diese Art monözisch ist und dass phänotypische<br />
Geschlechtsbestimmung vorliegt. Fs wur<strong>de</strong>n auch 10 dieser<br />
kleinen Gameten isoliert und in Peptonfaulkulturen gebracht.<br />
Fs entwickelten sich daraus gute Kulturen. Die Gameten können<br />
sich also parthenogenetisch entwickeln.<br />
Polytoma-Arten mit Papille sind bisher zwei beschrieben
208 Dr. Franz Moewus (Erlangen)<br />
wor<strong>de</strong>n: P. papillatum PASCHER (1927 ) und P. Pascheri MOEWUS<br />
(l935). Die erste ist breit eiförmig, fast ellipsoidiscb, die zweite<br />
lang eiförmig. Solche Formen kommen bei P. cylindr aceum<br />
niemals vor. Diese Art ist stets zylindrisch. Charakteristisch ist<br />
ferner das Verhältnis von Länge zu Breit, bis 4: 1. PASCHER<br />
(l927) gibt an, dass die Geissein etwas über halbkörperlang<br />
seien. In <strong>de</strong>r Abbildung (Fig. 359 b) sind sie jedoch annähernd<br />
körperlang. Fine basale Abhebung <strong>de</strong>r Protoplasten konnte in<br />
<strong>de</strong>n vorliegen<strong>de</strong>n Klonen nicht beobachtet wer<strong>de</strong>n. Diese<br />
Erscheinung ist meistens auf ungünstige Lebensbedingungen<br />
zurückzuführen. Als Länge wird von PASCHER 16-30 angegeben.<br />
Die untere Grenze ist sicher aus <strong>de</strong>m Grun<strong>de</strong> so niedrig, weil<br />
auch junge Zellen gemessen wor<strong>de</strong>n sind.<br />
III. Polytoma Conimbrigensis nov. spec. (Fig. 3).<br />
Zellen stets ellipsoidisch, mit <strong>de</strong>utlicher Menbran, die vorn<br />
mit einer spitzen, kegelförmigen, scharf abgesetzten Papille<br />
versehen ist. Zwei körperlange Geissein.<br />
Unterhalb <strong>de</strong>r Geisseibasis liegen zwei<br />
kontraktile Vakuolen. Ohne Augenfleck.<br />
Kern zentral. Die ganze Zelle ist mit Stärkekörnern<br />
angefüllt. Bei <strong>de</strong>r Teilung (Längsteilung,<br />
dann Querdrehung) wer<strong>de</strong>n 4<br />
Tochterzellen gebil<strong>de</strong>t. Länge 24-30 [' , Breite<br />
16-20 [J-. Geschlechtliche Fortpflanzung nicht<br />
beobachtet. Aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbri.<br />
Charakteristisch ist die spitze, kegelförmige<br />
Papille. Polytoma- Arten mit einer<br />
solchen Papille sind bisher nicht beschrieben<br />
wor<strong>de</strong>n. Nach<strong>de</strong>n bei <strong>de</strong>r Kreuzung zwischen<br />
P. uvella und P. Pascheri gezeigt<br />
wer<strong>de</strong>n konnte, dass das Vorhan<strong>de</strong>nsein<br />
o<strong>de</strong>r Fehlen <strong>de</strong>r Papille und ihre Form<br />
genetisch bedingt ist ( MOEWUS 1935), ist<br />
nicht daran zu zweifeln, dass P. Conimbrigensis eine sichere<br />
Art darstellt. Die Parallelform zur Gattung Polytoma mit
Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal)<br />
Ckromatophor ist die Gattung Chlamydomovas (vergl. die<br />
letzte Ubersicht über die farblosen und grünen Parallelformen<br />
<strong>de</strong>r Volvocalen bei PASCHER l93l ). Chiamydomonas-Arten mit<br />
spitzer kegelförmiger Papille sind bereits bekannt z. B. Chi.<br />
Goroschankini CHMIELEWSKI o<strong>de</strong>r auch Chi. acutissima PASCHER.<br />
IV. Tussetia elaio&enetes nov. spec. (Fig. 4).<br />
Zellen verkekrt eiförmig. Membran <strong>de</strong>utlick und vorn mit<br />
breiter, jedock flacker Papille verseken. Die bei<strong>de</strong>n Geissein<br />
sind körperlang. linterkalb ikrer Basis liegen<br />
zwei kontraktile Vakuolen. Ckromatopkor und<br />
Pyrenoid feklen. In <strong>de</strong>r Zellmitte liegt ein strichförmiger<br />
Augenfleck, zentral <strong>de</strong>r Kern. Stärke<br />
ist nickt vorkan<strong>de</strong>n. Dagegen liegen in <strong>de</strong>r Zelle<br />
zaklreicke kleine Oltropfen. Bei <strong>de</strong>r Zellteilung<br />
wer<strong>de</strong>n 2 o<strong>de</strong>r 4 Tockterzellen gebil<strong>de</strong>t. Die geschlecktlicke<br />
Fortpflanzung wur<strong>de</strong> nickt beobacktet.<br />
Die Zellen sind zweimal so lang wie breit.<br />
Länge <strong>de</strong>r Zellen 16-20 p, Breite 8-10 «.<br />
Diese Art gekört zweifellos zur Gruppe <strong>de</strong>r<br />
Polytomeen. Die Arten <strong>de</strong>r Gattung Polytoma<br />
kaben stets als Assimilationsprodukt Stärke. Von<br />
PASCHER (l927) ist jedock die Gattung Tussetia<br />
mit <strong>de</strong>r einen Art T. polytomoi<strong>de</strong>s besckrieben<br />
wor<strong>de</strong>n, die stets nur Oltropfen im Zellinnern enthält, niemals<br />
aber Stärke. Daker gekört die kier beschriebene Art zur Gattung<br />
Tussetia. Von <strong>de</strong>r von PASCHER beschriebenen Art ttnterschei<strong>de</strong>t<br />
sie sich durch Form und durch das Vorhan<strong>de</strong>nsein einer<br />
Membranpapille, auch durch <strong>de</strong>n lang strichförmigen Augenfleck.<br />
Ferner sind die Grössen versckie<strong>de</strong>n, T. polytomoi<strong>de</strong>s<br />
IZ-lS: 6-12 [J; T. elaiogenetes 16-20: 8-10 u-l<br />
Diese in <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra vorkommen<strong>de</strong> Art<br />
trat nur in Peptonfaulkulturen auf, in wenigen Exemplaren. Es<br />
wur<strong>de</strong>n Klone isoliert, die aber in Peptonfaulkulturen nickt<br />
angingen. Daraufkin wur<strong>de</strong> statt Pepton <strong>de</strong>n Faulkulturen<br />
Blutfibrin beigegeben und wie<strong>de</strong>rum 5 Klone isoliert, die sick
210 Dr. Franz Moewus (Erlangen)<br />
in diesem Medium gut entwickelten. Die Oltropfen verhalten<br />
sich folgen<strong>de</strong>rmassen: Sie sind unlöslich in Eisessig, in absolutem<br />
Alkohol, in Kalilauge und in Chloralhydrat. Löslich sind sie<br />
in Äther, Chloroform und Azeton. Mit Osmiumsäure wer<strong>de</strong>n<br />
die Oltropfen tief schwarz. Sie sind färbbar mit Alkannin, Sudan<br />
III und Scharlach R. Diese Eigenschaften <strong>de</strong>uten darauf hin,<br />
dass es sich um ein fettes Ol han<strong>de</strong>lt. Stärke konnte in <strong>de</strong>n<br />
Zellen niemals nachgewiesen wer<strong>de</strong>n. Die gelb gefärbten. 1, 5-2 [ J<br />
-<br />
grossen, kugeligen Körper stellen das Assimilationsprodukt <strong>de</strong>r<br />
Tussetia-Arten dar.<br />
V. Chlamydomonas pseudoparadoxa MOEWUS l93l (Fig. 5 a, b).<br />
Diese Art ist in einer Frdprobe aus<br />
<strong>de</strong>r Umgebung von Giessen (Hessen) zum<br />
ersten Male aufgetreten und bescbrieben<br />
wor<strong>de</strong>n ( MOEWUS l93l ), ( Fig. 5 a). Trotz<strong>de</strong>m<br />
in <strong>de</strong>n Giessener Klonen die charakteristischen<br />
kleinen Gameten auftraten, konnten<br />
auck durck Kombinationen (von7o Klonen)<br />
keine Kopulationen erkalten wer<strong>de</strong>n. In<br />
einer Frdprobe aus Coimbra traten die<br />
ckarakteristiscken Zellen von Chi. pseudoparadoxa<br />
wie<strong>de</strong>r auf. (Fig. 5a). In Peptonfaulkulturen<br />
entwickelten sick die isolierten<br />
Klone sekr gut. Nack <strong>de</strong>m Übertragen <strong>de</strong>r<br />
Kulturen traten regelmässig die kleinen<br />
Gameten auf. In keinem <strong>de</strong>r 20 Klone<br />
wur<strong>de</strong>n Kopulationen beobacktet. Bei bestimmten<br />
Kombinationen <strong>de</strong>r Klone fan<strong>de</strong>n<br />
Kopulationen statt (vergl. die nebensteken<strong>de</strong><br />
Tabelle ). Fs stellte sick keraus,<br />
dass die Kkone 1, 2, 4, 5, 9, 10, 12, 13, l4,<br />
l5, 17, 18, 19 <strong>de</strong>m einen Gesckleckt ( als<br />
+ bezeicknet ), die Klone 3, 6, 7, 8, 11, l6,<br />
20 <strong>de</strong>m an<strong>de</strong>ren Gesckleckt ( — ) angekörten.<br />
Nur zwiscken Gameten gescklecktsversckie<strong>de</strong>ner<br />
Klone waren Kopulationen möglick. Chi. pseudoparadoxa<br />
aus Coimbra ist also diözisck. Um nackzu-
Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal) 211<br />
weisen, ob auch genotypische Geschlechtsbestimmung vorliegt,<br />
mussten Zygotenkeimlinge isoliert wer<strong>de</strong>n. Die Kopulation<br />
<strong>de</strong>r Gameten erfolgt seitlich von vorn nach hinten ( Fig. 5 b).<br />
Fs entsteht eine hügelige 4 - geisslige Planozygote (Fig. 5 c),<br />
die heranwächst, sich festsetzt und sich mit einer <strong>de</strong>rben<br />
Membran umgibt. Die Zygote färbt sich schliesslich rot. Eine<br />
Woche später sind die Zygoten zu 100 °/ Q keimfähig, wenn sie<br />
in einer Lösung, -die aus 0,1 0<br />
0 Kolkwitz-Lösung und 0,1 °/ 0<br />
Pepton besteht, zur Keimung angesetzt wer<strong>de</strong>n. Aus je<strong>de</strong>r<br />
Zygote gehen 4 Keimzellen hervor. Von 9 Zygoten wur<strong>de</strong>n die
212<br />
Dr. Franz hioewus (Erlangen)<br />
je 4 Keimlinge isoliert. Die spätere Prüfung <strong>de</strong>r 36 Keimlingskulturen<br />
ergab, dass 2 Keimlingskulturen einer Zygote stets J<br />
r<br />
gescblecbtlicb, 2 — gescblecbtlicb waren. Bei <strong>de</strong>r Keimung <strong>de</strong>r<br />
Zygote fin<strong>de</strong>t die Reduktionsteilung statt und damit die<br />
Aufspaltung in die bei<strong>de</strong>n Geschlechter r und — im Verhältnis<br />
von 1: 1. Chi. pseudoparadoxa aus Coimbra ist also diözisch<br />
und hat genotypische Gescblechtsbestimmung, wie es bereits<br />
für eine an<strong>de</strong>re Chlamydomonas-I\rt, Chi. eugametos, nachgewieseu<br />
wor<strong>de</strong>n ist (MOEVUS l933 II). Das Verhalten <strong>de</strong>s oben<br />
erwähnten pseudoparadoxa-Sta.rn.mes aus Giessen vergleiche<br />
man in <strong>de</strong>r Mitteilung von HÄRTMANN (1934 ).<br />
VI. Chlamydomonas tetrachloris nov. spec. (Fig. 6 a, b ).<br />
Die sehr kleinen Zellen sind kugelförmig. Die Membran<br />
ist sekr zart und vorn okne Papille. Die bei<strong>de</strong>n<br />
Geissein sind 1 1/2 mal körperlang. Am Vor<strong>de</strong>ren<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>r Zelle liegen zwei kontraktile<br />
Vakuolen. Im Zellinnern liegen 4 Ckloroplasten.<br />
Ikre Lage ist äquatorial und wandständig.<br />
In <strong>de</strong>r Seitenansickt sind drei Ckloroplasten<br />
zu beobackten, da <strong>de</strong>r vierte von <strong>de</strong>m obersten<br />
ver<strong>de</strong>ckt ist. Sie sind nur durck<br />
geringe Zwisckenräume voneinan<strong>de</strong>r<br />
getrennt ( Fig. 6 a). Die<br />
Ckloroplasten ersckeinen in <strong>de</strong>r<br />
Aufsickt fast tfuadratisck (Fig. 6 a,<br />
<strong>de</strong>r mittlere Ckloroplast). Seitlich<br />
geseken sind sie mekr reckteckig<br />
( Fig. 6 a, die bei<strong>de</strong>n seitlick liegen<strong>de</strong>n).<br />
Wür<strong>de</strong> man einen Scknitt<br />
durck <strong>de</strong>n Äquator <strong>de</strong>r Zelle legen<br />
o<strong>de</strong>r betracktet man die Zellen von<br />
oben o<strong>de</strong>r unten, so siekt man (Fig. 6 b), dass die 4 Ckloroplasten<br />
wandständig liegen und <strong>de</strong>r Kugelform <strong>de</strong>r Zelle<br />
entspreckend gekrümmt sinCd. Die 4 kloroplasten zusammen<br />
bil<strong>de</strong>n also ein weit ausgekökltes Kugelsegment, das gleick weit<br />
vom Äquator <strong>de</strong>r Zelle nack oben und nack unten reickt. Die<br />
Ckloroplasten kaben eine Länge von 1/3 <strong>de</strong>s Durckmessers <strong>de</strong>r
Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal)<br />
Zelle. Einer <strong>de</strong>r 4 Ckloroplasten besitzt einen kleinen, punktförmigen<br />
Augenfleck. Pyrenoi<strong>de</strong> sind nickt vorban<strong>de</strong>n. Bei <strong>de</strong>r<br />
Teilung wer<strong>de</strong>n zwei Tockterzellen gebil<strong>de</strong>t. Vom Äquator aus<br />
beginnt sieb <strong>de</strong>r Protoplast quer durebzusebnüren. Dabei teilen<br />
sieb aueb die Chloroplasten. Je<strong>de</strong> Tockterzelle besitzt also<br />
wie<strong>de</strong>r 4 Ckloroplasten. Der Durckmesser <strong>de</strong>r Zellen beträgt 6<br />
Die geschlechtliche Fortpflanzung wur<strong>de</strong> nicht beobachtet.<br />
Chlamydomonas-Ä.Tten mit mehreren Chloroplasten sind<br />
schon beschrieben wor<strong>de</strong>n, z. B. Chi. alpina ( WILLE ) PASCHER,<br />
Chi. Äalesun<strong>de</strong>nsis ( WILXE ) PASCHER, Chi. Serbinowi ( WIIXE )<br />
PASCHER, Chi. Korschikoffi (KORSCHIKOFF) PASCHER, Chi. languida<br />
PASCHER, Chi. diseifera PASCHER, Chi. polychloris PASCHER-JAHO<strong>DA</strong>,<br />
Chi. iallax PASCHER. Fast alle diese Arten besitzen meist eine<br />
grössere Anzahl von Chloroplasten, <strong>de</strong>ren Lage noch erkennen<br />
lässt, dass sie durch Zerfall <strong>de</strong>s typischen topfförmigen Chlamyczomonas-Chromatophoren<br />
entstan<strong>de</strong>n zu <strong>de</strong>nken sind. Sie<br />
untersekei<strong>de</strong>n sick durck Form und Grösse von Chi. tetrachloris<br />
<strong>de</strong>utlick. Die Fntstekung <strong>de</strong>r einzelnen Ckloroplasten dieser<br />
Art könnte man sick so vorstellen, dass ein ursprünglick<br />
äquatoriales Chromatophorenband in 4 einzelne Stücke zerfallen<br />
ist. Solcke ringförmige Ckromatopkoren sind bereits bekannt,<br />
z. B. bei Chi. venusta PASCHER. Linen nicht geschlossenen Ring<br />
hat z. B. Chi. Rudolphiana PASCHER.<br />
Ausser<strong>de</strong>m traten in <strong>de</strong>n Frdproben noch einige Volvocales<br />
auf, die bereits beschrieben sind und weiter nichts beson<strong>de</strong>res<br />
bieten. Sie seien im folgen<strong>de</strong>n angeführt. Aus mehreren Frdproben<br />
konnte Chlamydomonas paradoxa (KORSCHIKOFF) PASCHER herauskultiviert<br />
wer<strong>de</strong>n. Diese Art ist ausseror<strong>de</strong>ntlick verbreitet.<br />
Bisher sind folgen<strong>de</strong> Fundorte bekannt: Europa: vCoimbra<br />
(Portugal), Clermont (Frankreick), Naumburg, Bnftereld'<br />
Halberstadt, Quedlinburg, Halle, Braunsckweig, Mag<strong>de</strong>burg,<br />
Berlin, Königsberg, Breslau, Dres<strong>de</strong>n, Lübeck, Helgoland<br />
(Deutsckland), Aas (Norwegen), Petsamo (Finnland), Charkow,<br />
Kiew ( Russland ), Posen ( Polen ), Prag ( Tesckeckoslowakei ),<br />
Isckl (Deutsch-Österreich), Zagreb (Jugoslawien). Amerika:<br />
Santiago (Ckile), Vancouver (Kanada), Minneapolis (LT. S.A.).<br />
Asien: Wladiwostok (Russland), Calcutta (Indien), Australien:<br />
28
214 Dr. Franz Moewus (Erlangen)<br />
Lismore. Ausser in Afrika ist sie in allen Erdteilen gefun<strong>de</strong>n<br />
wor<strong>de</strong>n und sicker viel verbreiteter. Die Standorte, an <strong>de</strong>nen sie<br />
vorkommt, sind reick an organiscken Substanzen, Fäulnisprodukten<br />
( sapropel). Die Kultur in reiner Näkrsalzlösung ist nickt<br />
möglick. Sie brauckt ausser <strong>de</strong>n Näkrsalzen unbedingt organiscke<br />
Verbindungen, die ikr in <strong>de</strong>n Faulkulturen durck das<br />
Pepton und seinen Abbauprodukten geboten wer<strong>de</strong>n. Von<br />
STREHLOW (l929 ) ist bei dieser Art Diözie nackgewiesen wor<strong>de</strong>n.<br />
Zwiscken Chi. paradoxa und Chi. psendoparadoxa (bei<strong>de</strong><br />
diözisck und genotypiscke Gescklecktsbestimmung ) sind Kreuzungen<br />
möglick. Darüber ist bereits kurz in einer Mitteilung<br />
von HARTMANN (1934 ) bericktet wor<strong>de</strong>n.<br />
Auck Chlamydomonas Debargana GOROSCHANKINT ist in <strong>de</strong>n<br />
Erdproben aus Coimbra aufgetreten. Wie Chi. paradoxa ist<br />
diese Art sekr verbreitet. Sie ist bisker gefun<strong>de</strong>n wor<strong>de</strong>n an 5o<br />
versckie<strong>de</strong>nen Orten in Europa, auck in Amerika ist sie<br />
beobacktet wor<strong>de</strong>n. Im Gegensatz zu Chi. paradoxa lässt sick<br />
diese Art in rein anorganiscken Näkrlösungen leickt kultivieren.<br />
Bei dieser Art konnten auck Dauermodifikationen erkalten<br />
wer<strong>de</strong>n ( MOEWUS 1934 I). Ferner wur<strong>de</strong>n nock in <strong>de</strong>n Erdproben<br />
folgen<strong>de</strong> Arten gefun<strong>de</strong>n: Polytomella agilis ARAGAO, Carteria<br />
caudata PASCHER, Polytoma uvella EHRENBERG, Chlor ogonium<br />
euchlorum EHRENBERG, Chlamydobotrys gracilis KORSCHIKOFF,<br />
Gonium pectorale MÜLLER, Pandorina morum ( MÜLLER ) BORY und<br />
Eudorina elegans EHRENBERG.<br />
(5)<br />
LITERATUR.<br />
HARTMANN, III.<br />
1934 Beiträge zur Sexualitätstheorie. Mit beson<strong>de</strong>rer Berücksichtigung neuer<br />
Ergebnisse von Fr. Moewus. Sitzungsber. d. Preuss. Akad. d. Wiss. Phy.-<br />
-Uath. Klasse. XX.<br />
JACOBSEN, H. C.<br />
1910 Kulturversuche mit einigen nie<strong>de</strong>ren Volvocaceen. Zeitschr. t. Botanik. Z.<br />
MOEWUS, F.<br />
1931 Neue Chlamydomona<strong>de</strong>n. Arch. f. Protistenk<strong>de</strong>. 75.<br />
1933 I Untersuchungen über die Variabilität von Chlamydomona<strong>de</strong>n. ArcA. /.<br />
Protistenk<strong>de</strong>. 80.<br />
1933 II Untersuchungen über die Sexualität und Entwicklung von Chlorophyceen.<br />
Arch. {. Protistenk<strong>de</strong>. 8o.
Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal)<br />
MOEWUS, F.<br />
1934 Über Dauermodifikationen bei Chlamydomona<strong>de</strong>n. Arch. f. Protistenk<strong>de</strong>. 83.<br />
1935 Über die Vererbung <strong>de</strong>s Geschlechts bei Polytoma Pascheri und bei P.<br />
uvel'.a. Zeitschr. f. indukt. Abstammungs-u. Vererb. 69.<br />
PASCHER, A.<br />
1927 Süss Wasserflora Heft 4: Volvocales. Fischer-Jena.<br />
1930 Neue Volvocalen ( Polyblepharidinen-Chlamydomonadinen). Arch. f. Pro-<br />
Protistenk<strong>de</strong>. 69.<br />
1931 Über eine farblose einzellige Volvocale und die farblosen und grünen<br />
Parallelformen <strong>de</strong>r Volvocalen. Beiheft z. Botan. Centralbl. 48 I.<br />
1932 Zur Kenntnis <strong>de</strong>r einzelligen Volvocalen. Arch. /. Protistenk<strong>de</strong>. 76.<br />
PASCHER, A. und JAHO<strong>DA</strong>, R.<br />
1928 Neue Polyblepharidinen und Chlamydomonadinen aus <strong>de</strong>n Almtümpeln um<br />
Lunz. Arch. f. Protistenk<strong>de</strong>. 6l.<br />
SCHULZE, B.<br />
1927 Zur Kenntnis einiger Volvocales. Arch. f. Protistenk<strong>de</strong>. 58.<br />
STREHLOW. K.<br />
1929 Über die Sexualität einiger Volvocales. Zeitschr. f. Botanik. 21.
NOVAS ADIÇÕES E CORRECÇÕES<br />
Á<br />
FLORA PORTUGUESA<br />
POR<br />
GONÇALO SAMPAIO<br />
1. Carex disticha Huds. (l762) ; C. intermédia Good. (l794)<br />
— Espécie a suprimir no inventário da flora do nosso país.<br />
Eu nunca vi qualquer exemplar português da C. disticha, e<br />
a planta do Algarve que lhe era atribuída, e que se encontra<br />
arquivada no herbário do Instituto Botânico da Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Coimbra, pertence à C. divisa Huds. (l762), segundo afirma<br />
o meu presado amigo e distinto naturalista Dr. Francisco<br />
m a<br />
Mendonça, com a Ex. Senhora D. Ester <strong>de</strong> Sousa, no «Boletim<br />
da Socieda<strong>de</strong> Broteriana» vol. VIII (2. a<br />
série) pag. l54, publicado<br />
em 1933.<br />
2. Carex caryophyllea Lat. — Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura, em Insal<strong>de</strong>.<br />
Leg. P. e<br />
Clemente Pereira, em 1923.<br />
Em trabalho anterior disse eu que esta Carex foi <strong>de</strong>scoberta<br />
como nova para a flora portuguesa pelo sr. P. e<br />
Clemente Lourenço<br />
Pereira, que a encontrara e colhera em S. Pedro da Torre, perto<br />
<strong>de</strong> Valença.<br />
Observa-me, porém, êste ilustre eclesiástico que foi em<br />
Insal<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura, e não em S. Pedro da Torre, que<br />
êle achou a referida planta.<br />
Fica assim reparado e equívoco.<br />
3. Carex Broteriana nob. (sp. II.); C. caspitosa Brot. (l8o4);<br />
Samp. (1909) in «Man. Fl. Port.» pag. 3l, non Lin. (l753) — A<br />
C. Goo<strong>de</strong>novii Gay, cui habitu próxima, praecipue differt<br />
rhizomate sine stolonibus, foliis ligulatis, et bractea ínfima in<br />
base vaginante.<br />
Esta espécie aparta-se muito bem da C. Goo<strong>de</strong>novii porque
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 217<br />
po<strong>de</strong> íormar moitas <strong>de</strong>nsas e gran<strong>de</strong>s, porque não produz estolhos<br />
hipogeus, porque tem as fôlhas caulinares com lígula <strong>de</strong>senvolvida<br />
e porque apresenta a bráctea inferior da antela mais ou menos<br />
envaginante na base. Abunda no norte do país, pelas margens<br />
dos rios e entre as pedras dos açu<strong>de</strong>s, formando moitas <strong>de</strong>nsas e<br />
por fim bastante gran<strong>de</strong>s, difíceis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarreigar e <strong>de</strong>compor (l).<br />
Num trabalho sôbre as Ciperáceas portuguesas, publicado<br />
em l89l no volume IX do «Bol. Soc. Brot.» o falecido jardineiro<br />
e botânico francês J. Daveau cometeu a respeito <strong>de</strong>sta Carex<br />
alguns erros graves, que se têm mantido, infelizmente: os<br />
exemplares <strong>de</strong> herbário <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> qualquer fragmento <strong>de</strong><br />
rizoma referiu-os êle à C. stricta Good. (=C. Hudssoni A.<br />
Bennett); os que tinham a bráctea inferior mais longa do que a<br />
antela consi<strong>de</strong>rou-os como pertencentes à C. acuta Good. ( = C.<br />
acuta K. ruía Lin. = C. grácilis Curt.) e, finalmente, todos os<br />
outros exemplares atribuíu-os à C. Reuteríana Bois.<br />
Pertencem à C. Broteriana, que se encontra também na<br />
Galiza, os especimes distribuídos pela Soc. Brot. com os II. os<br />
128l e 1281-A, sob a etiqueta <strong>de</strong> C. stricta Good.<br />
4. Carex Goo<strong>de</strong>novü Gay (l839); C. acuta nigra Lin.<br />
l753 (2); iC. ambígua Moencb? (l794); C. Reuteríana Bois.<br />
(18S2); C. esespitosa raç. Goo<strong>de</strong>novü Samp. (l9o9) in Man. Fl.<br />
(1) A cepa da C Broteriana Samp. é constituída por um primitivo rizoma muito<br />
curto, que produz fôlhas e caules aéreos, ao mesmo tempo que se vai ramificando em<br />
traços também muito curtos, um tantinho espessos, mas frágeis, sucessivamente divididos<br />
da mesma maneira e dando igualmente, como as suas divisões, caules aéreos e fôlhas.<br />
Desta maneira se vai formando uma moita <strong>de</strong>nsa, que alastra pouco e pouco, chegando às<br />
vezes a tomar proporções consi<strong>de</strong>ráveis. O rizoma ramificado gera também numerosas<br />
raízes longas e tenazes, que o encobrem, don<strong>de</strong> saiem lateralmente pequenas fibrilhas<br />
ramificadas. Aqui e ali aparecem outros rizomas verticais, com entrenós alongados, cujo<br />
fim é, talvez, contribuir para a maior segurança e fixi<strong>de</strong>z da touca.<br />
Na C. Goo<strong>de</strong>novü, que é espécie próxima, o rizoma primitivo em vez <strong>de</strong> se ramificar<br />
em braços curtos produz, pelo contrário, estolhos subterrâneos longos e <strong>de</strong>lgados, que<br />
vão gerar a distância novos caules aéreos e fôlhas — o que faz com que se forme não uma<br />
moita gran<strong>de</strong> e compacta, como na C. Broteriana. mas sim uma colónia <strong>de</strong> plantas<br />
separadas umas das outras.<br />
(2) Á C. Goo<strong>de</strong>novü Gay, que é precisamente a forma alfa, ou típica, da C. acuta<br />
Lin., não <strong>de</strong>veria ser-lhe retirado êste binome linneano pelo simples facto <strong>de</strong> Goo<strong>de</strong>nough<br />
o ter in<strong>de</strong>vidamente atribuído, em 1794, à C. acuta fi. ruía Lin., que é espécie diferente.
218 Gonçalo Sampaio<br />
Port.» pág. 3l; C. caespitosa raç. ambígua Samp. (l9l4) in «Herb.<br />
Port.» apend. I, pág. 6.<br />
À C. Reuteriana Bois. é a própria C. Goo<strong>de</strong>novii Gay, e<br />
não espécie autónoma ou varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta, como se tem julgado.<br />
Boissier adscreveu-lhe caracteres que são, exactamente, os da<br />
Carex <strong>de</strong> J. Gay (= C. vulgaris Fries.), da qual fazia uma<br />
i<strong>de</strong>ia falsa, visto que lhe atribuía um caule escabroso, com que<br />
a distinguia, juntamente com outros caracteres mínimos e<br />
variáveis, da sua pretendida espécie nova.<br />
No gran<strong>de</strong> «Pflanzenreích» <strong>de</strong> Â. Engler, o autor do volume<br />
relativo às Carex, G. Kükentkal, coloca a C. Goo<strong>de</strong>novii na<br />
secção das «Vulgares» cujos colmos são cobertos na base por<br />
bainhas inteiras, ao passo que põe a C. Reuteriana na secção<br />
das «Forsiculae» em que os caules são providos inferiormente <strong>de</strong><br />
baínkas raticulado-fibrilbosas; mas isto é absolutamente mal<br />
feito, porque Boissier ao <strong>de</strong>screver a sua C. Reuteriana diz<br />
textualmente («Pug. plant. nov.» pág ll6): «C. radice stolonifera,<br />
vaginis inferioríbus non reticulato-fissis».<br />
Fm Portugal têm sido referidos a esta planta <strong>de</strong> Boissier<br />
diversos exemplares da C. Broteriana (l); no entanto é certo que<br />
ela também se encontra no nosso país, tendo-a eu coibido na<br />
Serra da Estrela, a 18 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> l9o8, junto das margens da<br />
Lagoa H,scura.<br />
5. Carex elata Ali. (l78S); C. stricta Good (l794), non<br />
Lamk. (l791); C. Hudssoni A. Bennett (l895); C. caespitosa raç.<br />
e7ara Samp. (l9l3) in «Herb. Port.» pág. 16 — Espécie a suprimir<br />
do inventário da flora portuguesa.<br />
Como atrás disse, foi J. Daveau quem inicialmente citou<br />
esta planta na flora do nosso país, tomando por ela exemplares<br />
da C. Broteriana <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> rizoma, embora esses exemplares<br />
se po<strong>de</strong>ssem distinguir facilmente dos da C. eiara Ali. (=C.<br />
Hudssoni Benn.) pelos caules totalmente lisos ou ásperos só no<br />
cimo, pelas fôlhas mais flácidas, etc.<br />
(t) Na diagnose original da C. Reuteriana («Pug. plant. nov.» pág. 116) Boissier<br />
diz expressamente que a sua planta é estolhífera e que tem as brácteas da antela não<br />
envaginantes na base — caracteres valiosos que a separam redondamente da C. Broteriana<br />
nob. - -- I
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 219<br />
6. Carex grácilis Curt. (1777-87); C. acuta Good. (l794);<br />
C. acuta y. ruía Lin. (l753) — Margens do rio Douro, não longe<br />
<strong>de</strong> Atães (proximida<strong>de</strong>s do Porto), on<strong>de</strong> colhi exemplares, em<br />
Abril <strong>de</strong> l902.<br />
A verda<strong>de</strong>ira C. grácilis Curt. é uma espécie nova para a<br />
lista da flora <strong>de</strong> Portugal, porque o II.° 1734 da Fl. Lusit. Exsíc,<br />
etiquetado- como C. acuta Fr., e o exemplar herborizado no<br />
Gerez pelo falecido professor J. Henriques, referido também à<br />
C. acuta Fr., por J. Daveau, pertencem ambos a uma forma da<br />
C. Broteriana, como pu<strong>de</strong> seguramente verificar.<br />
7. Sienotaphrum dimidiatum Biong. — Cultivado e adventício.<br />
Esta gramínea foi introduzida na jardinagem do norte do<br />
país há cerca <strong>de</strong> vinte anos, para arrelvar canteiros. E multiplicada<br />
por estaca.<br />
Mas na província do Minho tem saído, aqui e ali, para fora<br />
das culturas, aparecendo nalgumas localida<strong>de</strong>s como subespontânea.<br />
8. Stipa arenaria Brot. (l800) in «Phyt. Lusit.» fase. I,<br />
edic. 1. a<br />
; Stipa gigantea Link (l800?) in «Tour. Bot.» <strong>de</strong> Schra<strong>de</strong>r,<br />
vol. II, fase. 2.°; Macróchloa arenaria Kunth (l829) ; Maci óchloa<br />
gigantea Hack. (l88o) — Vulg. Baracejo.<br />
Brotero publicou o primeito fascículo da sua «Phytographia,»<br />
em l8u0; <strong>de</strong>pois, em l801, fez dêste fascículo uma nova edição<br />
acrescentada, edição que saiu com numerosos <strong>de</strong>scuidos tipográficos<br />
e que, porisso, foi por êle retirada do mercado. Mais tar<strong>de</strong><br />
começou <strong>de</strong> novo a impressão do volume I da Phytograpbia, que<br />
se concluiu em l8l6.<br />
E certo, por outro lado, que o 2.° fascículo do II volume do<br />
«Jour. für die Botanik» tem no rosto, como o 1.°, a data <strong>de</strong> l799;<br />
no entanto êste 2.° fascículo só foi impresso e publicado <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong>sse ano, visto que traz artigos e cartas com datas <strong>de</strong> l800. Conseguintemente<br />
êste 2.° fascículo, on<strong>de</strong> vem a diagnose original da<br />
Stipa gigantea Link, é do mesmo ano do fascículo 1.° da 1. a<br />
edição da «Phytografia Lusitanica», on<strong>de</strong> se encontra <strong>de</strong>scrita a<br />
Stipa arenaria Brot., ou é <strong>de</strong> ano posterior.<br />
Nestas condições não se po<strong>de</strong> estabelecer a pretensa priorida<strong>de</strong><br />
do binóme <strong>de</strong> Link sôbre o <strong>de</strong> Brotero, sendo preferível êste
220<br />
Gonçalo Sampaio<br />
último, por vir acompanhado <strong>de</strong> uma diagnose muito mais<br />
completa que a dada pelo botânico alemão e que, além disso, foi<br />
ilustrada pouco <strong>de</strong>pois por uma boa gravura, impressa no mesmo<br />
vol. I da «Pbytograpkia Lusitanica».<br />
9. Nardurus maritimus Janck. (l9o7); Festuca marítima Lin.<br />
(l753); Tríticum xznilaterale DC. (l8l3), non Lin. (l767); Nardurus<br />
unilateralís Bois. (l845) — Vimioso: em Argosêlo.<br />
Lm Portugal esta espécie tinha sido encontrada apenas nos<br />
arredores <strong>de</strong> Lisboa, mas ká três anos recebi do meu presado amigo<br />
P. e<br />
Miranda Lopes um pequeno exemplar da planta, colkido<br />
por êle no concelko <strong>de</strong> Vimioso, província <strong>de</strong> Trás-dos-Montes.<br />
10. Orchis sesquipedalis Willd. (l806); Or. lusitanica Steud.<br />
(l84l); Or. incarnata var. sesquipedalis Rch. (l84l); Or. incarnata<br />
auct. lusit., non Lin. (l755) — Difere da Or. incarnata <strong>de</strong> Linneu<br />
pelo caule mossiço ou só muito estreitamente fistuloso, em geral<br />
bastante mais alto e sempre bracteado no cimo, pelas fôlhas<br />
superiores, que não alcançam a base da espiga, e pelas bractéolas<br />
<strong>de</strong>sta, que às vezes não exce<strong>de</strong>m o comprimento das flôres, as<br />
quais são um pouco maiores e mais intensamente vermelkas do<br />
que na espécie linneana.<br />
Pu<strong>de</strong> ultimamente examinar, em vivo, exemplares estrangeiros<br />
da Or. incarnata Lin. constatando a gran<strong>de</strong> diferença dos<br />
seus caracteres com os da Or. sesquipedalis Willd., própria do<br />
nosso país. Até pelo simples aspecto se distinguem imediatamente<br />
as duas plantas.<br />
11. Salix atrocinérea Brot. (l8o4); S. acuminata Tkuill.<br />
(1799), non Mill. (1768); S. cinerascens Link (l8o5) in Willd.;<br />
S. cinérea Sm. (l8o4), P. Cout. (l899), non Lin. (l753); S. cinérea<br />
raç, atrocinérea Samp. (l9o9) in «Bol. Soc. Brot.» vol. XXIV<br />
pág. 103 — Todo o país. Vulg. Salgueiro.<br />
var. nigra nob.; I S. nigra Link? (l799) non Marsk<br />
(l785); S. aurita P. Cout. non Lin.— Ramos <strong>de</strong> côr mais<br />
escura ; lenko menos resistente, por fim um tanto subvinoso;<br />
varas muito quebradiças pela torção.<br />
R. Gõrz, num excelente trabalko «Les saules <strong>de</strong> Catalogne»
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa<br />
publicado em 1929 no vol. II da CAVANIIXESIA, <strong>de</strong> Barcelona,<br />
consi<strong>de</strong>ra a Salix atrocinerea Brot. como especie autónoma,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da S. cinérea e da S. aurita, entre as quais parece<br />
colocada.<br />
Devo dizer, a propósito, que também eu nunca pu<strong>de</strong> aceitar<br />
a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, admitida por alguns botânicos, do salgueiro broteriano<br />
com uma ou outra daquelas duas congéneres, e que se em<br />
l9o9 e l9t0 o consi<strong>de</strong>rei como raça da S. cinérea, já em l9l3, no<br />
«Herb. Port.» pág. 37, o mencionei como espécie própria, seguramente<br />
<strong>de</strong>finida.<br />
Tratando com notável mestria da S. atrocinérea, liga-lbe<br />
Gõrze a S. catalaunica Sen., como subespécie bem saliente, que<br />
no meu enten<strong>de</strong>r os fitógrafos portugueses <strong>de</strong>vem procurar no<br />
nosso país, on<strong>de</strong> suspeito que também se encontra, pois talvez<br />
seja representada por um exemplar incompleto do meu herbário.<br />
E um caso que tenciono estudar no próximo ano.<br />
Por agora limito-me a mencionar a interessante varieda<strong>de</strong><br />
nigra <strong>de</strong>sta espécie, bem conhecida pelo nosso povo do norte e<br />
que tem escapado à observação <strong>de</strong> quasi todos os naturalistas.<br />
E aquela varieda<strong>de</strong> que, no Minho, tanto os lavradores como os<br />
fabricantes <strong>de</strong> paus <strong>de</strong> tamancos <strong>de</strong>nominam «salgueiro preto»<br />
e a que talvez corresponda a Salix nigra <strong>de</strong> Link (nomen nudum).<br />
Distinguem aqueles al<strong>de</strong>ões duas varieda<strong>de</strong>s na Salix atrocinérea<br />
Brot.: tima, o «salgueiro branco», <strong>de</strong> côr menos escura,<br />
<strong>de</strong> lenko claro e mais duro, dá varas que se torcem bem (utilizadas,<br />
porisso, para vergas com que os podadores atam as<br />
vi<strong>de</strong>s nas árvores) e fornece ma<strong>de</strong>ira preferida pelos tamanqueiros,<br />
em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser mais resistente ao <strong>de</strong>sgaste. Outra, o<br />
«salgueiro preto», <strong>de</strong> côr mais escura, <strong>de</strong> lenko frágil e por fim<br />
mais ou menos avermelkado-vinoso, produz varas que não servem<br />
para vergas, por serem muito quebradiças pela torção. Esclareça-se<br />
que entre estas duas varieda<strong>de</strong>s não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> aparecer formas<br />
mal <strong>de</strong>finidas, como que intermédias, que po<strong>de</strong>m ser geradas por<br />
actos <strong>de</strong> cruzamento.<br />
Gõrz põe o binóme S. nigra Link entre os sinónimos <strong>de</strong> S.<br />
atrocinérea Brot. e consi<strong>de</strong>ra, visto isso, as respectivas plantas<br />
como idênticas; todavia Link tinka-as no conceito <strong>de</strong> espécies<br />
diferentes, como expressamente o diz no «Neues Journal für die<br />
Botanik» <strong>de</strong> Sckra<strong>de</strong>r, vol. I. fase. 3.°, pág. l33 (ano <strong>de</strong> l8o6).<br />
221<br />
29
222 Gonçalo Sampaio<br />
12. Salix neótricha Gõrz (l929) in «Cavanillesía» vol. II,<br />
pág. 112; S. viíellina Brot. (l8o4), non Lin. (l753); S. írágilis P.<br />
Cout. (1899) in «Bol. Soc. Brot.» vol. XVI, pág. 10, non Lin.<br />
(l753)—Vulg. Vime, Vimeiro.<br />
Diz Gõrz, no lugar citado, que pertencem à S. neótricha<br />
todos os vimes mencionados na Espanha como S. írágilis, e eu<br />
posso acrescentar que o mesmo suce<strong>de</strong> em Portugal. Julgo, além<br />
disso, que a nova espécie <strong>de</strong> Gõrz é suficientemente distinta da<br />
verda<strong>de</strong>ira S. írágilis Lin., cujas varas são realmente muito<br />
frágeis pela curvatura e torção ao contrário das da S. neótricha,<br />
que são muito flexíveis e que dão muito bons liames, empregados<br />
sobretudo para atar os arcos <strong>de</strong> pau nas cubas do vinho.<br />
13. Persicária orientalis Vilm.; Polygonttm orientale Lin. —<br />
Cultivada nos jardins e subespontânea. Vulg. Mônco <strong>de</strong> perú.<br />
Foi espécie ornamental bastante freqüente em cultura, aparecendo<br />
agora como subespontânea nalgumas localida<strong>de</strong>s. Na<br />
veiga <strong>de</strong> Sá e Moreira (Ponte <strong>de</strong> Lima) tenlio encontrado, em<br />
diferentes anos, a planta florida por entre os milbeirais.<br />
14. Corydalis claviculata DC.<br />
var. picta nob. — Pétala externa roseo-subviolácea, interna<br />
fusco-maculata in ápice; siliculae non glabrae sed tenuiter<br />
pilosae.<br />
Encontrei esta interessantíssima varieda<strong>de</strong> em Junho <strong>de</strong> l93l,<br />
nos arredores <strong>de</strong> Vila-Nova-<strong>de</strong>-Paiva (antiga Barradas), on<strong>de</strong><br />
abundava entre a povoação e o rio, e on<strong>de</strong> não consegui ver um<br />
único pé da forma típica da espécie, que é aquela que aparece no<br />
Minho, no Douro inferior e noutras terras da Beira-Alta. Distingue-se<br />
imediatamente esta varieda<strong>de</strong> por ter as pétalas exteriores<br />
laivadas <strong>de</strong> róseo-subvioláceo e as interiores fuscas na ponta, assim<br />
como por ter os frutos pilósulos. E planta ver<strong>de</strong>, não glauca.<br />
15. Bivonaea abulensis nob.; Thlaspiabulense Pau (l900?);<br />
Bivònaea Prolongi Samp. (l93l) in «Bol. Soc. Brot.» vol. VII<br />
(2. a<br />
série) pág. 140, non Prant. (l89l) — Da Bivonaea Prolongi<br />
Prant., <strong>de</strong> que é muito afim, distingue-se sobretudo pelas silícutas<br />
um pouco menores, não subovais mas sim estreitamente elítiças,
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 223<br />
bem como pelos pedículos frutíferos muito mais finos, exce<strong>de</strong>ndo<br />
bastante o comprimento das silículas maduras.<br />
Depois <strong>de</strong> ter recebido alguns exemplares que IKe ofereci, o<br />
sábio botânico Dr. Carlos Pau teve a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> me comunicar<br />
que esta planta portuguesa correspon<strong>de</strong> não ao verda<strong>de</strong>iro tipo<br />
andaluz do Thlaspi Prolongi Bois., em que eu a filiara, mas<br />
antes à forma um pouco diferente que se encontra nas duas<br />
Castelãs e que êle kavia <strong>de</strong>nominado Thlaspi abulense. F as<br />
asserções <strong>de</strong> Pau eram inteiramente confirmadas pelas amostras<br />
das duas formas espanholas, que êste velbo e estimadíssimo<br />
amigo me enviou também.<br />
E certo que^ tanto pela estampa <strong>de</strong> Boissier como pelos espécimes<br />
do Th. Prolongique se encontram no kerbário <strong>de</strong> Willkomm,<br />
eu não tinka <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> notar as pequenas divergências que<br />
ficam apontadas entre a planta andaluza e a nossa; mas como<br />
eu não sabia da existência <strong>de</strong> um Th. abulense e como no «Prod.<br />
FI. Hísp.» <strong>de</strong>screve Willkomm a espécie boissieriana <strong>de</strong> maneira<br />
a compreen<strong>de</strong>r as duas formas, tanto pelo lado morfológico como<br />
pelo lado corográfico, consi<strong>de</strong>rei tais divergências <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> caracteres variáveis, a que se não <strong>de</strong>via atribuir qualquer<br />
valor taxinómico.<br />
Muito agra<strong>de</strong>ço ao Dr. Carlos Pau os seus valiosos esclarecimentos,<br />
que me permitem ser mais exacto, agora, sôbre uma<br />
espécie da flora peninsular.<br />
16. Erysimum helvéficum DC. (l8l5); Cheiranthus helvéticus<br />
Jacq. (l776); Cheiranthus Boccone Ali. (l785); Erysimüm<br />
Bocconi Pers. (l8o7) — Sépalas com 6-12 mm. <strong>de</strong> longo. Estrela<br />
e Celorico da Beira.<br />
var. canescens (Rotk); Erysimum canescens Roth (l797);<br />
E. aUstrale Gay (l842); — Flores menores, com sépalas <strong>de</strong><br />
4-6 mm. <strong>de</strong> comprimento. Serra da Fstrêla (raro).<br />
Na sua «Flore <strong>de</strong> France» estabeleceu Rouy, contra o que<br />
De Candolle expressamente estabelecera, que o Erysimum helvéticum<br />
dêste botânico não correspon<strong>de</strong> ao Cheiranthus helvéticus<br />
<strong>de</strong> Jacquín. Fu, no entanto, <strong>de</strong>ixo pru<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong><br />
reserva tão gratuita afirmação, porque é para mim quási incompreensível<br />
que De Condolle, o gran<strong>de</strong> botânico kelvético,
224 Gonçalo Sampaio<br />
não conhecesse bera as plantas fenerogâmicas da sua própria<br />
terra.<br />
Se qualquer diferença <strong>de</strong> critério sôbre a <strong>de</strong>limitação dos<br />
caracteres <strong>de</strong> uma espécie, ou se qualquer <strong>de</strong>scuido <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação<br />
encontrado nos gran<strong>de</strong>s mestres justificassem o abandono<br />
dos nomes por eles estabelecidos e publicados, teríamos <strong>de</strong><br />
reformar muito profundamente, sem proveito algum e com graves<br />
inconvenientes <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m prática, a nomenclatura binária corrente.<br />
17. Rapistrum hispánicum Crtz. (l769), non Med. (l789);<br />
Myagrum hispánicum Lin. (l753); Rapistrum Linneanum Bois.<br />
Sõ Reut. (l842); Rap. rugosum raç. hispánicum Samp. (l9lo) in<br />
«Man. Fl. Port.» pág. 208.<br />
Consi<strong>de</strong>rando-se esta planta como espécie in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, é<br />
claro que se tem <strong>de</strong> lhe dar o binome <strong>de</strong> Crantz, cuja valida<strong>de</strong><br />
não po<strong>de</strong> ser contestada.<br />
18. Sarothamnus baeticus Webb (l838); Spártium patens<br />
Murr. (l774), non Samp. (l9ll) in «Man. Fl. Port.» pág. 224;<br />
Cytisus patens Murr. (l774), sed non Sarothamnus patens Webb<br />
(l838); Cytisus baeticus Steud. (l84l); Separtium bseticum Samp.<br />
(l9ll) in loc. cit. (l).<br />
F sabido que os binomes Spartium patens Murr. e Cytisus<br />
patens Murr. se referem à mesma planta, visto que as respectivas<br />
diagnoses se equivalem e que, além disto, ambos eles foram<br />
estabelecidos como simples sinónimos do Cytisus Lusitanicus,<br />
Medicae íolio, <strong>de</strong> Tournefort. Mas o que se tem ignorado é que<br />
essa planta constitui não a espécie que Webb <strong>de</strong>screveu com o<br />
nome <strong>de</strong> Sarothamnus patens, mas sim aquela que o mesmo<br />
(l) Admito actualmente o género Sarothamnus, que separo dos géneros afins pela<br />
seguinte forma:<br />
1. Cálix escarioso, pelo menos nos bordos 2<br />
— Cálix não escarioso, berbáceo nos bordos 4<br />
2. Ramos com os caules roliços e lisos; cálix unilabiado; sementes<br />
sem arilbo Spártium<br />
— Ramos com os caules facetados o u estriados; cálix bilabiado. 3<br />
3. Bágens ovói<strong>de</strong>s e in<strong>de</strong>iscentes; sementes sem arilbo . . Retama<br />
— Bágens lineares e <strong>de</strong>íscentes; sementes com arilho . . . Sarothamnus<br />
4. Estandarte glabro; sementes com arilbo CytiSUS<br />
— Estandarte assetinado por fora; sementes sem arilho . . ArgyrOlÓbium
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 225<br />
Webb <strong>de</strong>nominou Sarothamnus baeticus, como se vê pelas consi<strong>de</strong>rações<br />
que se seguem:<br />
a ). Se é certo que pelos termos «ramis virgatis, striatis» as<br />
referidas diagnoses <strong>de</strong> Murray se ajustam exclusivamente aos<br />
Sarothamnus patens Webb e S. baeticus Webb, na flora portuguesa,<br />
não é menos exacto que pelas expressões «folia ternata<br />
foliolis obovatis» se adaptam muito melbor à última <strong>de</strong>stas<br />
espécies.<br />
b ). O género Cytisus <strong>de</strong> Tournefort e o género Cytiso-Genista<br />
do mesmo botânico só diferiam fundamentalmente um do<br />
outro, como se po<strong>de</strong> verificar nas INSTITUTIONES REI HERBARIAE, por<br />
no primeiro serem as fôlhas todas trifoliadas e no segundo serem<br />
umas trifoliadas e outras simples. Segue-se, nestas condições,<br />
que os binomes Spartium patens e Cytisus patens, estabelecidos<br />
por Murray para um «Cytisus» tournefortiano, se referem a uma<br />
planta <strong>de</strong> fôlhas todas trifoliadas, convindo portanto ao Saroth.<br />
baeticus Webb, mas não convindo aos Saroth. patens Webb, que<br />
têm fôlhas trifoliadas e fôlhas simples.<br />
c) Conforme se tem admitido e se não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />
admitir, o referido Cytisus Lusitanicus, hfedicae folio, das<br />
«Institutiones» <strong>de</strong> Tournefort, é a espécie que sob a <strong>de</strong>nominação<br />
<strong>de</strong> Cytisus Cuidam medicae folio cu pedículo longiore êste mesmo<br />
autor bavia mencionado anteriormente, no seu manuscrito «Denombrement<br />
<strong>de</strong>s Plants que iay trouvé en Portugal en 1689»<br />
(l); portanto o verda<strong>de</strong>iro Spartium patens ou Cytisus patens,<br />
<strong>de</strong> Murray, correspon<strong>de</strong> também, como já foi indicado pelo<br />
falecido professor Dr. Júlio Henriques (2), a êste Cytisus Cuidam<br />
medicae folio, que o citado manuscrito menciona apenas «Inter<br />
vendas novas et Montemor o novo» e mais adiante «Inter Xirunema,<br />
Terena, Montsarraz et Portel».<br />
Ora o Cytisus tournefortiano da região <strong>de</strong> Montemor-o-<br />
-Novo é nem mais nem menos que o Sarothamnus baeticus<br />
Webb, como se verifica por exemplares ali coibidos bá bastantes<br />
anos, e que existem arquivados no berbário português do<br />
Instituto Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />
(1) Este preciosíssimo documento encontra-se no Instituto Botânico da Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Coimbra e foi publicado no vol. VIII do «Boletim da Socieda<strong>de</strong> Broteriana»<br />
em 189o.<br />
(2) «Bol. Soc. Brot.» vol VIII, páá- 208 e 253.
226 Gonçalo Sampaio<br />
l9. Sarothamnus striatus nob.; Genista striata Hill (l768);<br />
Cytisus pendulinus Lin. fil. (l78l); Sarothamnus patens Webb<br />
(l838) sed non Spartium patens Murr. (l774); Spartium striatum<br />
Samp. (l9l3) in «Herb. Port.» pág. 145; Cytisus patens auct.<br />
mult. non Murr. (l774).<br />
raç. procerus nob. (l934) in «Àn. Fac. Cíen. Porto» vol.<br />
XIX, pág. 87; Cytisus procerus Link (l80l); Spartium<br />
procerum WiHd (1808); Genista procera Poir. (l8l7); Sarothamnus<br />
eriocarpus Bois. & Reut. (l842) + Sarothamnus<br />
Welwitschi Bois. & Reut. (l852) — Vulg. Giesta alvarinha,<br />
Giesta molar.<br />
Foi o próprio Línneu filko quem nos indicou a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
do seu Cytisus pendulinus com a Genista striata, planta<br />
portuguesa que o inglês Hill kavia <strong>de</strong>scrito, <strong>de</strong>nominado e<br />
iconografado em l768.<br />
Webb, tendo colkido êste Sarotkamnus na Serra <strong>de</strong> Cintra,<br />
referiu-o erroneamente ao Cytisus patens Murr. — o que <strong>de</strong>u<br />
origem a que se passasse a consi<strong>de</strong>rar como sinónimos os<br />
binomes Cyr. pendulinus e Cyt. patens. Todavia esta sinonímia<br />
é fa^sa, porque a planta <strong>de</strong> Murray correspon<strong>de</strong>, como se viu no<br />
número anterior, ao Sarothamnus baeticus Webb, nada tendo<br />
com o Cytisus <strong>de</strong> Linneu filko (l).<br />
Relativamente à raça procerus, <strong>de</strong>vo lembrar que Link<br />
informou que o seu Cytisus procerus (nomen nudum) era da<br />
Serra do Gerez; e a diagnose que <strong>de</strong>sta planta foi dada por<br />
Wíll<strong>de</strong>now não convém a outra espécie <strong>de</strong>ssa localida<strong>de</strong> que não<br />
seja o Sarothamnus eriocarpus Bois. & Reut., do qual é forma<br />
mal distinta o Sar. Welwitschi dos mesmos autores.<br />
Esta raça difere bastante do tipo do Sarothamnus striatus<br />
por ter os ramos novos com fôlhas simples mais numerosas e<br />
(l) Ultimamente pu<strong>de</strong> obter do Museu <strong>de</strong> Londres, por intermédio do meu querido<br />
amigo Dr. Luís Carrisso, ilustre director do Instituto Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Coimbra,, a cópia exacta <strong>de</strong> uma ampla estampa da Genista striata, publicada por Hill<br />
em 1768.<br />
Hill, infelizmente, não figurou a naveta da corola em qualquer das flôres representadas,<br />
nas quais apenas se vêm o estandarte e as azas; mas, pelo heteromorfismo das<br />
suas fôlhas, a figura não po<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r ao Sarothamnus bmticus Webb, que é a<br />
única congénere portuguesa, <strong>de</strong> flôr amarela, que possui os caules roliços e acentuadamente<br />
estriados, como os do S. striatus nob.
Novas adições e" correcções à Flora Portuguesa 227<br />
por apresentar os folíolos das fôlhas trifoliadas muito mais estreitos,<br />
lanceolados e agudos. Além disso as bagens têm sempre<br />
um bico mais ou menos adunco, situado no prolongamento da<br />
linha dorsal, são sublineares ou subovói<strong>de</strong>s, com freqüência um<br />
pouco ventrudas, e não exce<strong>de</strong>m nunca em comprimento o triplo<br />
da largura. Na forma típica, pelo contrário, as fôlhas simples<br />
são por vezes bastante raras, e as trifoliadas têm os folíolos<br />
maiores, proporcionalmente mais largos, ovais ou sublanceolados,<br />
ao mesmo tempo que as bagens são lineares, exce<strong>de</strong>ndo<br />
em comprimento o triplo da largura (em casos 5 ou 6 vezes<br />
mais, longas do que largas) e com freqüência <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong><br />
bico.<br />
Em quanto que o tipo do Sarothatnnus striatus apenas tem<br />
sido herborizado na Serra <strong>de</strong> Cintra e em regiões próximas, a<br />
raça proceras aparece largamente espalhada no país, sendo<br />
freqüente e abundante ao norte, on<strong>de</strong> chega a alcançar uma certa<br />
importância agrícola. No Alto-Douro e na Beira trasmontana,<br />
por exemplo, é semeada nalguns solos juntamente com o centeio,<br />
e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estar um ano na terra, mélhorando-a pela acção dos<br />
bacteroi<strong>de</strong>s radicícolas, é retirada <strong>de</strong>la, para ser utilizada principalmente<br />
como combustível, nos fornos e nas lareiras.<br />
20. Sarothamnus purgans Godr. (l848) in Gren. & Godr.;<br />
Genista purgans Lin. (l763); Spartium purgans Lin. (l767);<br />
Cytisus purgans Willk. (l877).<br />
Numa pequena nota ao II.° 18 dêste trabalho já <strong>de</strong>ixei consignados<br />
os caracteres com que separo o género Sarothamnus dos<br />
géneros Spartium e Cytisus, <strong>de</strong> modo a constituir grupos genéricos<br />
homogéneos e naturais.<br />
21. Sarothamnus multiflorus nob.; Spartium multiílorum<br />
Herit. (l785); Genista alba Link. (l788); Spartium álbum Desf.<br />
(l800); Cytisus albus Link (l822), non Haeq. (l79o); Cytisus<br />
multiflorus Sweet (l827); Genista multiflora Spack (l845);<br />
Cytisus lusitanicus Willk. (l893).— Vulg. Giesta branca.<br />
O binóme Cytisus lusitanicus não se <strong>de</strong>ve atribuir a Quer,<br />
como já se tem feito, porque êste botânico espankol nem creou<br />
nem sequer usou tal <strong>de</strong>signação.
228 Gonçalo Sampaio<br />
23. Cytisus triflorus Herit. (l784) — Não existe na flora<br />
portuguesa.<br />
Foi o falecido jardineiro francês J. Daveau quem primeiramente<br />
citou esta planta na flora do nosso país, como encontrada<br />
e coibida por êle na Serra <strong>de</strong> Ossa. Mas tal citação não está<br />
bem, porque os exemplares <strong>de</strong>sta localida<strong>de</strong> alentejana por êle<br />
etiquetados e enviados ao Jardim Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Coimbra, on<strong>de</strong> existem, pertencem não ao Cytisus triflorus<br />
Herit., <strong>de</strong> que trazem o rótulo, mas sim ao Saroth.am.nus bceticus<br />
Webb (!).<br />
Risque-se êste Cytisus, portanto, na lista da nossa flora.<br />
24. Onomis hispânica Lin. fil. (l78l); Brot. in «Phyt. Lusit.»<br />
tab. Il7 (bona!). — Planta pubérulo-glandulosa, geralmente muito<br />
ramificada, formando mouta; folíolos pequenos, obtusos, ovais<br />
ou arredondados.<br />
raç. ramosíssima Samp. (l9o8-9) in «Bol. Soc. Brot.» vol.<br />
XXIV, pág. 36; Ononis ramosíssima Desf. (l800) — Folíolos<br />
agudos, estreitos e lanceolados.<br />
Descrevendo a sua Ononis hispânica, em l78l, Linneu filbo<br />
referiu-lbe a estampa 775 <strong>de</strong> Barrelier, que apresenta os folíolos<br />
como ovais e muito pequenos; pelo contrário a estampa que<br />
Desfontaines fornece da sua Ononis ramosíssima tem os folíolos<br />
agudos, estreitos e lanceolados.<br />
Convém não esquecer estas diferenças basilares, que muitos<br />
botânicos têm esquecido, sendo em atenção a elas que se <strong>de</strong>vem<br />
repartir pela O. hispânica e pela sua raç. ramosíssima as diversas<br />
varieda<strong>de</strong>s que a espécie em seu conjunto nos apresenta.<br />
Também notarei que consi<strong>de</strong>ro actualmente a O. hispânica<br />
como espécie distinta da O. natrix Lin. (l753), que é planta em<br />
regra menos ramosa, com flôres maiores e com pubescência vilosa,<br />
pelo menos nos cálices.<br />
25. Ononis viscosa Lin. (l753).<br />
Esta Ononis não existe na província <strong>de</strong> Traz-dos-Montes<br />
nem na região do Douro; os especimes do Pinbão que lbe foram<br />
atribuídos e que estão <strong>de</strong>positados no Instituto Botânico da<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, on<strong>de</strong> os examinei, pertencem à Ononis
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 229<br />
natrix Lin., que é freqüente nas margens do rio Douro, pelo<br />
menos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Barca-Dalva para baixo.<br />
26. Caronilla mínima Lin. — Miranda do Douro, nas margens<br />
do rio.<br />
Em trabalho anterior mencionei esta espécie como nova para<br />
a flora portuguesa, segundo um exemplar colkido em Maio <strong>de</strong><br />
1882 no Arainko <strong>de</strong> Valbom (margens do rio Douro, perto do<br />
Porto) pelo inteligente e incansável Joaquim Tavares da Silva,<br />
hortelão que foi do extinto Jardim Botânico da antiga Aca<strong>de</strong>mia<br />
Polytechnica, hoje Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Universida<strong>de</strong> do<br />
Porto. Depois disto, Mário <strong>de</strong> Castro, empregado do Instituto<br />
Botânico da mesma Faculda<strong>de</strong>, encontrou novos exemplares<br />
cerca do Cabe<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gaia, também na margem do rio Douro.<br />
Ultimamente remeteu-me a planta o sr. prior Miranda<br />
Lopes, <strong>de</strong> Argosêlo, que a colhera nos princípios <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />
1932 em Miranda do Douro, on<strong>de</strong> abunda.<br />
Vê-se, por isto, que a Caronilla mínima se encontra ao longo<br />
das margens do rio Douro, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Miranda até ao mar, não sendo<br />
conhecida em qualquer outra localida<strong>de</strong> do nosso piís.<br />
27. Lotus conimbricensis Brot. (1800): Lotus coimbrensis<br />
Willd. (1803).<br />
Alguns botânicos adoptam menos <strong>de</strong>vidamente o binome <strong>de</strong><br />
Willdnow, julgando-o com direitos <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> sôbre o <strong>de</strong><br />
Brotero.<br />
Ora a parte II do tomo IV do «Species plantarum» <strong>de</strong><br />
Willdnow, on<strong>de</strong> vem <strong>de</strong>scrito o Lotus coimbrensis, publicou-se<br />
em l8o3 (e não em l800, como falsamente indica o respectivo rosto),<br />
isto é, quando Brotero já tinha dado a conhecer a mesma planta,<br />
com o nome <strong>de</strong> Lotus conimbricensis, na l. a<br />
edição do 1.° fascículo<br />
da «Plytographia Lusitanica» que apareceu em l800, e não em 180I<br />
como indicam geralmente os autores estrangeiros. A. 2. a<br />
edição<br />
dêste fascículo é que foi impressa em l801.<br />
28. Lotus pedunculatus Cav. (l793); Lotus uliginosus Schk.<br />
(l8o4).<br />
Pertence ao Dr. Carlos Pau, <strong>de</strong> Segorbe, a i<strong>de</strong>ntificação do<br />
Lotus pedunculatus Cav. com o vulgaríssimo e bem conkecido<br />
3o
23o Gonçalo Sampaio<br />
Lotus uliginosus Schk., i<strong>de</strong>ntificação que já foi adoptada pelo<br />
Dr. René Maire e que se tem <strong>de</strong> admitir como rigorosamente<br />
exacta, visto que na espécie <strong>de</strong> Cavanillas os caules são fistulosos<br />
e os cálices têm os <strong>de</strong>ntes divergentes.<br />
29. Viola canina Lin. (l753), non auct. mult.; V. syhestris<br />
Lamk. (l778); V. silvática Fries (l8l7). — Vulg. Benesse, Violeta<br />
brava.<br />
var. Riviniana Samp.; Viola Riviniana Reich. (l823); V.<br />
Juressi Link? (1806), non Beck (l9l0).<br />
Linneu, na l. a<br />
edição do «Species plantarum», dá o nome<br />
<strong>de</strong> Viola canina a uma violeta que é, segundo êle próprio ali<br />
indica, a mesma espécie que anteriormente catalogara no «Hortus<br />
Clíffortianus» pág. 427, sob a <strong>de</strong>signação polinómica <strong>de</strong> Viola<br />
caulibus adscen<strong>de</strong>ntibus floriíeris, íoliis cordatis, à qual adscreve<br />
o sinónimo <strong>de</strong> «Viola martia inodora sylvestris, Moríson bist. 2.<br />
pág. 474, sec. 5, tab. 7. fig. 2.»<br />
Ora a planta representada por esta citada figura <strong>de</strong> Morison<br />
é, sem contestação possível, aquela a que Fries <strong>de</strong>u muito mais<br />
tar<strong>de</strong> a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> Viola silvática, <strong>de</strong>signação que não passa<br />
<strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro «mort-né» inconscientemente adoptado pelos<br />
botânicos mo<strong>de</strong>rnos.<br />
Julgo possíve 1<br />
, e até mesmo provável, que na sua Viola<br />
canina, tipicamente figurada pela referida gravura <strong>de</strong> Morison,<br />
incluísse Linneu uma outra Viola, semelbante a esta pelas fôlhas<br />
também cordadas na base, <strong>de</strong>scrita e estampada <strong>de</strong>pois por<br />
Allioni, em 1785, com o nome <strong>de</strong> Viola Ruppi (l). Mas isso, a<br />
ser assim, em nada altera a nomenclatura linniana, porque,<br />
separada a V. Ruppi da espécie em que andava incluída, <strong>de</strong>verá<br />
o binome V. canina Lin. ser conservado para a parte restante,<br />
isto é, para a parte que correspon<strong>de</strong> à V. silvática Fries, segundo<br />
as regras internacionais <strong>de</strong> nomenclatura botânica.<br />
O nome V. canina Lin. manteve por muitos anos, na tradição<br />
e no uso dos naturalistas, o significado que na realida<strong>de</strong> Ibe<br />
compete; mas <strong>de</strong>pois passou a ser empregado para <strong>de</strong>signar<br />
(l) Acentue-se bem que a figura <strong>de</strong> Morison, citada por Linneu, representa a V.<br />
silvática Fries, rigorosameute, e nao a V. Ruppi AJÍ.
Novas adições c correcções à Flora Portuguesa<br />
in<strong>de</strong>vidamente a V. Ruppi— o que constitui um erro crasso, que<br />
não <strong>de</strong>ve persistir.<br />
30. Viola montaria Lin (l753); V. eláctior Fries (1828); Viola<br />
erecta, flore coeruleo & alho Morison hist. I, pág. 475, sec. 5,<br />
tab. 7, fig. 7.<br />
Na primeira edição do «Species plantarum» vol. II, pág. 35,<br />
Linneu põe a planta que ali <strong>de</strong>nominou Viola montaria como<br />
sendo a Viola erecta, flore coeruleo &) alho <strong>de</strong> Morison cuja<br />
estampa cita.<br />
Mas essa estampa, que representa uma gran<strong>de</strong> violeta <strong>de</strong><br />
estipulas folíáceas mais longas que os pecíolos, não convém <strong>de</strong><br />
modo algum à V. Ruppi Ali., cujas estipulas são muito diferentes.<br />
Pelo contrário, convém exclusivamente à V. elactior Fries,<br />
que é realmente, como se sabe, a planta que no kerbário <strong>de</strong><br />
Linneu se encontra com a etiqueta <strong>de</strong> V. montana.<br />
Note-se que eu não creio na existência <strong>de</strong>sta violeta em<br />
Portugal; se me ocupo <strong>de</strong>la é simplesmente para mostrar que a<br />
V. Ruppi, já citada por Brotero na nossa flora, nada tem com<br />
a verda<strong>de</strong>ira V. montana Lin. e que a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>stas duas<br />
plantas não passa <strong>de</strong> uma incorrecção grosseira, sancionada<br />
incompreensivelmente por quási todos os botânicos actuais.<br />
31. Viola Ruppi AH. (1785); V. canina P. Cout. (l892) in<br />
«Bol. Soc. Brot.» vol. X, pág. 32, et auct. mult., non Lin. (l753) —<br />
Aqui e ali, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Serra do Gerez até O<strong>de</strong>mira.<br />
Há mais <strong>de</strong> cem anos que se começou a dar à V. Ruppi Ali.<br />
o nerne <strong>de</strong> V. canina Lin., consi<strong>de</strong>rando-se a V. montana Lin.<br />
como mera forma <strong>de</strong>sta última. Ora tudo isto é simplesmente<br />
erróneo; como se acabou <strong>de</strong> ver, nos dois últimos números,<br />
a autêntica V. canina Lin. correspon<strong>de</strong> rigorosamente à V.<br />
silvática Fries e a verda<strong>de</strong>ira V. montana Lin. correspon<strong>de</strong>,<br />
irrefutavelmente, à V. elactior Fries.<br />
Sobre o que seja a V. Ruppi, nem a estampa nem a respectiva<br />
diagnose <strong>de</strong> Allioni consentem a menor besitação.<br />
32. Viola láctea Sm. (l798); V. lusitánica Brot. (1800) in<br />
«Plyt. Lusit.» (l. a<br />
ediç.) pág. 22-23; V. lancifólia Tbore (l8o3);<br />
V. Ruppi raç. láctea Samp. (l9l3) in «Herb. Port.» pág. 72.<br />
231
232 Gonçalo Sampaio<br />
var. pumiliformis nob.; V. canina subesp. Lusitanica -/<br />
pumiliíormis, Rouy Sõ Fouc. (l896).<br />
Esta espécie, bastante próxima da V. Ruppi, não é rara em<br />
diversas localida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Âlto-Minho e Trás-dos-Montes até<br />
ao Alentejo, sobretudo nos terrenos píçarrosos. A .sua varieda<strong>de</strong><br />
pumiliíormis é muito distinta e aparece ao norte, nas chis e<br />
colinas da beira-mar.<br />
33. Viola palustris Lin. (l753).<br />
raç. Hermínii Wein (l9o6); Viola hirta Brot. (l8u4), non<br />
Lin. (l753); V. uliginosa Welw., ex Macb. (1862), non Bess.<br />
(l809); V. palustris var. epipsila P. Cout. (l892) non Maxin;<br />
V. Juressi Beck. (l9lo), non Link (l8u6).<br />
Fsclareça-se que a raça Hermínii, <strong>de</strong>sta espécie, foi estabelecida<br />
sôbre uma forma reduzida <strong>de</strong> Viola a que Becker aplicou<br />
in<strong>de</strong>vidamente o binome V. Juressi. F digo in<strong>de</strong>vidamente,<br />
porque a i<strong>de</strong>ntificação da planta com a V. Juressi <strong>de</strong> Link,<br />
i<strong>de</strong>ntificação originalmente publicada pelo sr. P. Coutinbo, em<br />
1892, baseia-se apenas em apontamentos manuscritos <strong>de</strong> um<br />
professor Neves (l) e não po<strong>de</strong> ser admitida por estar em<br />
contradição com os únicos informes que Link <strong>de</strong>ixou sôbre a<br />
sua misteriosa violeta.<br />
Realmente, no «Neus Journal für díe Botanik» <strong>de</strong> Scbra<strong>de</strong>r,<br />
vol. I, fase. 3.°, pág. l4o, diz Link, criticando a «Flora lusitanica»<br />
do Dr. Brotero: «O autor, sem dúvida, ainda não visitou <strong>de</strong>pois<br />
da nossa partida a mais rica e a mais notável montanba da<br />
Terra — a Serra do Gerez — <strong>de</strong> contrário teria lá notado, revestindo<br />
todos os rocbedos, a V. Juressi nob.»<br />
Ora <strong>de</strong>ve-se reconbecer que é totalmente impossível acomodar<br />
estas palavras <strong>de</strong> Link a qualquer forma da raça Herminii, que<br />
no Gerez apenas se encontrarias margens paludosas ou encharcadas<br />
dos rios e regatos. A única violeta que abunda pelos<br />
rocbedos da serra é a V. Riviniana, então ainda não <strong>de</strong>scrita,<br />
(l) Deste professor Neves, discípulo e sucessor <strong>de</strong> Brotero na ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Botânica<br />
da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, não ficou a menor prova <strong>de</strong> competência científica. Era um<br />
ôco, invejoso e ingrato, <strong>de</strong> quem o seu bondoso e sábio mestre teve, por fim, <strong>de</strong> queixar-se<br />
amarguradamente. .
Novas adições ê correcções à Flora Portuguesa 233<br />
sendo ela a que tem maiores probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r à<br />
verda<strong>de</strong>ira V. Juressi, segundo as positivas indicações <strong>de</strong> Link.<br />
Há que notar, ainda, que Brotero citou esta raça Herminii,<br />
atribuindo-a à V. hhta Lin. e que Link lke não observou, na<br />
sua crítica, que tal planta era, antes, uma forma inédita, que<br />
<strong>de</strong>nominava V. Juressi — como <strong>de</strong> certo lke observaria se a sua<br />
V. Juressi fosse realmente a V. hirta do nosso botânico.<br />
Também se não po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar esta raça Herminii com a<br />
V. epipsila Ledb. que é uma violeta com flôres gran<strong>de</strong>s e sempre<br />
muito mais robusta.<br />
34. Malva rotundifólia Lin. (l753); Malva negleta Wallr.<br />
(1824).<br />
Da primitiva M. rotundifólia <strong>de</strong> Linneu <strong>de</strong>stacou Smitk<br />
(l790-96) a sua M. pusilla. Claro está, neste caso, que o binome<br />
iinneano se <strong>de</strong>ve manter, segundo as regras internacionais <strong>de</strong><br />
nomenclatura botânica, para a parte restante — que é precisamente<br />
a espécie que se encontra em Portugal.<br />
E o binome Malva neglecta Wallr. não po<strong>de</strong>, portanto, ser<br />
adoptado.<br />
35. Cerástium pentandrum Loefl. (l75J), in Lin.; C. semi<strong>de</strong>candrum,<br />
auct. lusit. non Lin. (l753); exsic. II.° 1696 (sub C.<br />
semi<strong>de</strong>candrum) in Flora Lusit. distr. Hort. Bot. Coimb. — Bragança<br />
: Cabeça-Boa ; Foz-Tua, nas margens do rio Douro; Porto: na<br />
margem do rio Douro.<br />
Planta anual, ver<strong>de</strong> ou ver<strong>de</strong>-amarelada, pilosa e por vezes<br />
mais ou menos glandulosa, uni ou pluricaule, com o caule<br />
simples ou ramoso; cimeiras com as flôres pequenas, com as<br />
brácteas escariosas no cimo e nos bordos, como as sépalas, e com<br />
os pedículos frutíferos em geral mais longos do que os cálices;<br />
pétalas estreitas e muito cartas, não exce<strong>de</strong>ndo meta<strong>de</strong> do comprimento<br />
do cálix, quer inteiras e agudas, quer <strong>de</strong>nticuladas, ou<br />
bífidas, ou trífidas, não <strong>de</strong> um branco puro, mas sim <strong>de</strong> um<br />
branco-marhm, isto é, <strong>de</strong> um branco-amarelado, às vezes abrancado-esver<strong>de</strong>adas;<br />
estames 5-S; cápsulas exclusas, direitas ou<br />
quási. ' . -<br />
As plantas <strong>de</strong>sta espécie têm sido bastantes vezes atribuídas<br />
ao Cerástium semi<strong>de</strong>candrum, que não existe em Portugal e que
234 Gonçalo Sampaio<br />
se distingue muito tem do C. pentandrum pelas pétalas brancas,<br />
<strong>de</strong> um branco-puro, mais longas, emarginadas e pouco mais<br />
curtas do çfue o cálix. As principais diferenças entre estas duas<br />
espécies afins, mas distintas, encontram-se bem marcadas por<br />
Linneu, q(ue para o C. semí<strong>de</strong>candrum indica pétalas brancas<br />
(«pétala alba»), chanfradas («pétala emargínata») e apenas<br />
mais curtas do que as sépalas («corolla calyce breviore»), ao<br />
passo que para o C. pentandrum indica pétalas não brancas<br />
mas sim tirantes a branco («petalorum vero subalbidus»),<br />
inteiras («petalis integris») e consi<strong>de</strong>ravelmente mais curtas do<br />
que as sépalas («cálice longe brevioribus»).<br />
Devo observar que nos exemplares portugueses do C. pentandrum<br />
as pétalas nem sempre são inteiras, apresentando-se<br />
não raras vezes, no mesmo indivíduo, inteiras, <strong>de</strong>nticuladas,<br />
bífidas ou trífidas, mas sempre muito estreitas e mais curtas que<br />
meta<strong>de</strong> das sépalas. A sua côr é quasi sempre abrancado-amarelada,<br />
mas nalguns exemplares cbega a ser amarelado-esver<strong>de</strong>ada.<br />
Tenbo observado cuidadosamente êste interessantíssimo<br />
Cerástium, que não é raro em Bragança e nas margens do rio<br />
Douro, constatando que êle conserva sempre os caracteres que o<br />
separam das espécies afins. No berbário <strong>de</strong> Willbomm não existe<br />
nenhuma planta atribuída a esta espécie <strong>de</strong> Loefling, mas pertence-<br />
lhe, sem dúvida alguma, o único exemplar que ali se<br />
encontra com a etiqueta <strong>de</strong> C. semí<strong>de</strong>candrum, exemplar colhido<br />
perto <strong>de</strong> Madrid (no Fscurial), que é pátria clássica do verda<strong>de</strong>iro<br />
C. pentandrum Loefl.<br />
Na revista CAVANILIXSIA, O ilustre botânico espanhol Dr. C.<br />
Pau referiu ao C. pentandrum o II.° 1585 da «Fl. lusit.» exsic.<br />
Deve ter havido uma troca <strong>de</strong> etiquetas com o II.° 1696 da mesma<br />
colecção, porque êste último número pertence realmente ao C.<br />
pentandrum, e o II.° l585, pelo contrário, pertence à forma<br />
«glutínosum» do C. pumilum Curt.<br />
Fm <strong>de</strong>finitiva: Suprima-se do catálogo da flora portuguesa<br />
o C. semí<strong>de</strong>candrum Lin. e inscreva-se, em seu lugar, o C.<br />
pentandrum Loefl.<br />
36. Cerástium sículum Guss. (l827-28) — Alentejo: Vila-Viçosa,<br />
nas muralhas do castelo e em outros sítios; Algarve:<br />
Portimão, nos areais.
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 235<br />
Planta nova para a flora <strong>de</strong> Portugal, colhida por mim nas<br />
localida<strong>de</strong>s acima indicadas. E pequena, <strong>de</strong> um ver<strong>de</strong> claro ou<br />
amarelado, simples ou ramosa, distinguíndo-se bem do C. púmilum<br />
Curt. pelos pedículos floríferos menos <strong>de</strong>senvolvidos e,<br />
principalmente, pelas pétalas lineares, estreitas e muito mais<br />
curtas do que as sépalas.<br />
Quando ainda em flôr e no começo da frutificação, o C.<br />
sículum tem os pedículos das ciméirulas, excepto às vezes os das<br />
dicotomias, muito mais curtos que os cálices; mas no completo<br />
<strong>de</strong>senvolvimento das cápsulas, os pedículos apresentam-se muito<br />
mais alongados, cbegando alguns, como diz Parlatore, a igualar<br />
ou a exce<strong>de</strong>r um pouco o comprimento das sépalas. Registarei,<br />
também, que as pétalas nem sempre são bífidas, aparecendo freqüentemente<br />
quer inteiras e ponteagudas, quer tri<strong>de</strong>ntadas ou<br />
trífidas, como no C. pentandrum.<br />
Parece que o C. púmílum Curt., muito freqüente no Minho,<br />
assim como em parte <strong>de</strong> Trás-dos-Montes e da Beira-Alta, é<br />
substituído no sul pelo C. sículum, que muitos botânicos lbe ligam<br />
como simples varieda<strong>de</strong>, mas que eu julgo ser uma espécie suficientemente<br />
distinta (l).<br />
(l) Os Ceristium pentandrum, C. semi<strong>de</strong>candrum, C. siculum e C. púmilum,<br />
plantas afins e <strong>de</strong> aspecto um pouco semelhante, distinguem-se muito facilmente uns dos<br />
outros por meio da chave dicotômica seguinte:<br />
1. Brácteas totalmente etváceas, ou só as superiores<br />
'.evemente escariosas no cimo . . . . 2<br />
— Brácteas todas bem acentuadamente escariosas<br />
no cimo e nas margens . . . . . . 3<br />
3. Pétalas não ou pouco mais curtas do cjue o cálix:<br />
subovais, bilobadas e alvíssimas . . . . . » C. púmilum Cun.<br />
raç. tetrandmm (Curt.): Flores tetrámeras:<br />
4 sépalas, 4 pétalas e 4<br />
estames.<br />
— Pétalas muito mais curtas do cjue o cálix: lineares,<br />
quer inteiras, quer <strong>de</strong>nticuladas ou bífidas.<br />
3. Pétalas branco-amareladas ou subesver<strong>de</strong>adas;<br />
muito estreitas e muito mais curtas do<br />
C. SiClllUITI, Gus8.<br />
que o cálix . . . . . . . . . . . . C. pentandrum Loefl.<br />
— Pétalas alvíssimas: bilobadas, não ou pouco<br />
mais curtas do que o cálix . . . . . C. semi<strong>de</strong>candrum Lin.
236 Gonçalo Sampaio<br />
37. Lythrum íribracfeafum Saiz. (1826), in Benth.; L. Salzmanni<br />
Jord. (l847). — Bractéolas da base do cálix 2-3, mínimas e<br />
escariosas.<br />
var. major nob.; Lythrum thymiíólía 3. major DC.<br />
(1828); L. bíbracteatum Saiz. in lit. ex DC. (1828); L.<br />
Salzmanni var. major Samp. (l9ll) in «Man. Fl. Port.» pág.<br />
304 — Bractéolas da base do cálix gran<strong>de</strong>s e erváceas.<br />
A forma típica <strong>de</strong>sta espécie encontra-se no norte do país,<br />
tendo sido colhida por mim nas margens do rio Douro. A var.<br />
major, que é bastante diferente, aparece no norte, no centro e no<br />
sul <strong>de</strong> Portugal.<br />
38. Peplfs australis J. Gay (l8l7); P. erecta Req. (1826);<br />
Lythrum nummulariaefóliizm Lois. (l8o9), non Pers. (l8o7);<br />
Peplis nummulariaefolia Jord. (l846).<br />
Por ter as cápsulas <strong>de</strong>iscentes, esta espécie é colocada por<br />
alguns botânicos no género Lythrum — o que constitui uma<br />
classificação artificial, pois que, tanto pelo aspecto como pelo<br />
conjunto da sua organização, a planta aproxima-se muito mais<br />
das espécies do género Peplis.<br />
A Peplis australis apresenta entre nós diferentes varieda<strong>de</strong>s,<br />
mais ou menos permanentes.<br />
39. Cáucalis daucoi<strong>de</strong>s Lin. (l767 non 1753); Caucalis<br />
platycarpos Lin. (l753 non l767); Daucus platycarpus Scop. (l772).<br />
A l. a<br />
edição do «Species plantarum» <strong>de</strong> Linneu, referindo-se<br />
a esta planta, anteriormente representada pela fig. 6 da tab. 4 <strong>de</strong><br />
Morison, consigna-lhe o nome <strong>de</strong> Caucalis platycarpos, que <strong>de</strong><br />
modo algum lhe convém e que, pelo contrário, se adapta muito<br />
expressivamente à espécie eritãò <strong>de</strong>signada pelo mesmo autor<br />
com o binome Caucalis daucoi<strong>de</strong>s.<br />
iTer-se-ia dado, nesta primeira edição do «Species plantarum»<br />
uma troca <strong>de</strong> nomes entre as duas plantas, <strong>de</strong>vida a um<br />
simples <strong>de</strong>scuido, talvez meramente tipográfico?<br />
F o que vamos examina: seguidamente.<br />
40. Cáucalis platycarpos L^II. (l767 non 1753); Caucalis<br />
daucoi<strong>de</strong>s Lin. (l7S3 non 1767); Orlaya platycarpa Koch (l824).
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 237<br />
Como se acabou <strong>de</strong> verj o binome d platycarpos apareceu<br />
em l755 aplicado por Linneu não à planta <strong>de</strong> que me ocupo<br />
agora, mas sim à que êle chamou mais tar<strong>de</strong>, em 1767, Caucalis<br />
daucoi<strong>de</strong>s. Nesta última data, realmente, publicou-se a 2. a<br />
edição<br />
do «Species plantarum» on<strong>de</strong> o notável botânico sueco cambiou<br />
entre si as <strong>de</strong>signações das duas Caucalis, dando o nome <strong>de</strong><br />
Caucalis platycarpos àquela que em l753 tinha <strong>de</strong>nominado C.<br />
daucoi<strong>de</strong>s, e dando o nome <strong>de</strong> C. daucoi<strong>de</strong>s à que em l753 havia<br />
chamado C. platycarpos. E esta mudança, à primeira vista arbitrária,<br />
tem sido e continua a ser admitida por todos, creio eu,<br />
não obstante parecer contrária às regras internacionais <strong>de</strong><br />
nomenclatura.<br />
Estamos em presença <strong>de</strong> um caso muito interessante, que<br />
<strong>de</strong>monstra claramente, como alguns outros, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
atenuar a rigi<strong>de</strong>z das regras do congresso <strong>de</strong> Viena, no sentido<br />
<strong>de</strong> se admitir que os autores possam mudar os binomes por eles<br />
estabelecidos e já publicados, quando as respectivas mudanças<br />
constituam correcções <strong>de</strong> erros pelo menos dos erros tipográficos.<br />
Ora que na l. a<br />
edição do «Species plantarum» se <strong>de</strong>u uma<br />
troca involuntária entre os nomes que <strong>de</strong>veriam ter sido escolhidos<br />
por Linneu para as duas Caucalis, não é isso coisa difícil<br />
<strong>de</strong> reconhecer, comparando-se cuidadosamente as diagnoses e os<br />
sinónimos indicados ali por Linneu com a sinonímia estabelecida<br />
anteriormente por êle, em outras obras, e também aten<strong>de</strong>ndo a<br />
que êste sábio naturalista nunca po<strong>de</strong>ria aplicar o sobrenome<br />
«platycarpos» a uma planta cujos frutos não merecem <strong>de</strong> forma<br />
alguma semelhante <strong>de</strong>nominação, a qual, contrariamente, se<br />
ajusta muito bem aos frutos da outra espécie.<br />
E preciso aten<strong>de</strong>r a que na l. a<br />
edição do «Species» os restritivos<br />
específicos estão impressos à margem e em tipo itálico,<br />
diferente do tipo redondo das diagnoses, <strong>de</strong>vendo por isso ter<br />
sido compostos separadamente, em série, e distribuídos <strong>de</strong>pois<br />
pelos lugares respectivos, como em casos semelhantes se pratica<br />
ainda h«je em várias tipografias. E, nestas condições, nada mais<br />
natural do que haver um <strong>de</strong>scuido do tipógrafo, trocando entre<br />
si os lugares dos sobrenomes platycarpos e daucoi<strong>de</strong>s. Deve ter<br />
sido assim, e na 2. a<br />
edição do «Species plantarum» Linneu nada<br />
mais fez do que pôr as coisas no seu lugar.<br />
3l
238 Gonçalo Sampaio<br />
41. Dáucus breviaculeatus Calestani.<br />
var. rubescens nob. Fructus ovatus, <strong>de</strong>mum atroviolaceus.<br />
— Bordas do mar, ao fundo da Costa da Gandra, em<br />
Montedor (Viana do Castelo).<br />
Fm 11 dè agosto <strong>de</strong> l93l colhi no lugar citado, on<strong>de</strong> era<br />
muito abundante, esta varieda<strong>de</strong> do Dáucus breviaculetus, que<br />
no meu enten<strong>de</strong>r é espécie muito distinta, muito bem <strong>de</strong>finida,<br />
com caracteres permanentes e sem formas <strong>de</strong> tranzição para outras.<br />
Dou a <strong>de</strong>scrição, a seguir, do interessante Dáucus da Gandra :<br />
Planta baixa, com 9-22 cent, <strong>de</strong> altura, geralmente ramosa<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base, mais ou menos pubescente, ou quasi glabra; fôlhas<br />
não carnosas nem luzidias, estreitas, compostas, recompostas, ou<br />
tricompostas, com os últimos segmentos pequenos e lanceolados,<br />
às vezes lineares, principalmente nas fôlhas superiores; umbelas<br />
floríferas pequenas, com 1-2 cent, <strong>de</strong> diâmetro, com involucro <strong>de</strong><br />
brácteas lineares e trifído-cuspidadas, não mais longas que os<br />
raios, com involucros <strong>de</strong> bractéolas inteiras e muito agudas, e<br />
com flôres branco-rosadas ou acentuadamente róseas, não acompanhadas<br />
<strong>de</strong> uma flôr central estéril e atropurpúrea, tendo as da<br />
periferia as pétalas exteriores muito maiores; umbelas frutíferas<br />
em pedúnculos um tanto engrossados, áspero-escabrosos e geralmente<br />
mais longos que os caules, todas pór fim com os raios<br />
acrescidos e mais ou menos convergentes, bastante <strong>de</strong>nsas, mas<br />
com a superfície superior convexa, plana, ou ligeiramente côncava,<br />
nunca em forma <strong>de</strong> ninbo <strong>de</strong> ave; frutos ovói<strong>de</strong>s, com<br />
2-2,5, mm. <strong>de</strong> longo, tornando-se intensamente atrovioláceos,<br />
sempre inermes ou com acúleos reduzidos a pequenos <strong>de</strong>ntes.<br />
O Dáucus breviaculeatus Calest. é uma espécie nova para a<br />
flora portuguesa.<br />
42. Dáucus Gingídium Lin. (l753); Gingídium, Matbiolo<br />
tab. 378; Boccone mus. tab. 20; Dáucus gúmmifer Lamk. (l785).<br />
var. <strong>de</strong>cípiens, nob.; Brácteas involucráis lineares, <strong>de</strong><br />
pontas cuspidas; umbelas com uma flôr central estéril e<br />
atropurpúrea. Litoral, para norte da foz do Leça.<br />
Tem sido compreendido <strong>de</strong> modos diferentes o Dáucus Gingídium<br />
Lin., mas não se po<strong>de</strong> duvidar <strong>de</strong> que esta espécie foi
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 239<br />
constituída fundamentalmente com o Gingídium <strong>de</strong> Mathiolo,<br />
planta cujo nome Linneu adoptou como sobrenome da sua es-r<br />
pécie e cuja estampa não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> citar <strong>de</strong>vidamente. F certo<br />
que entre os sinónimos que Linneu adscreve à sua planta Lá o<br />
<strong>de</strong> «Pastinaca ténuif. marina foi. obscure virentibus et quasi<br />
lúcida» <strong>de</strong> Magnol, que realmente lbe não pertence, porque se<br />
refere a uma espécie diferente; mas isso pouco importa, porque<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser estabelecido em l773 o Dáucus hispânicus Gou., a<br />
que pertence a umbelífera <strong>de</strong> Magnol, ficou o binome Dáucus<br />
Ginéídium a <strong>de</strong>signar apenas, e conformente às regras, a planta<br />
<strong>de</strong> Mathiolo e suas varieda<strong>de</strong>s.<br />
Sem dúvida alguma, é também esta mesma planta aquela<br />
que Lamarck <strong>de</strong>screveu em l785 com a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> D. gúmmifer.<br />
Vê-se isto pelas próprias palavras dêste botânico, o qual<br />
diz que a sua espécie não é o D. hispânicus <strong>de</strong> Gouan, e lhe<br />
adscreve alguns caracteres que realmente se não adaptam a êste,<br />
e lhe dá como sinónimo a «Pastinaca tenuifolía lúcida gummi<br />
manans» Bocc. musc. tab. 29 (l).<br />
43. Dáucus hispânicus Gou. (l773); «Pastinaca tenuifolía<br />
umbella radiis longioribus, Moris. sec. 9, tab. 13, fig. 4»; Dáucus<br />
lúcidus Lin. fil. (l78l).<br />
var. halóphilus nob.; Dáucus halóphilus Brot. (l827)— Folhas<br />
não ou pouco lustrosas por cima; flôres marginais das umbelas<br />
com as pétalas externas muito maiores do que as outras.<br />
Não po<strong>de</strong> haver a menor dúvida sôbre o que seja o verda<strong>de</strong>iro<br />
Dáucus hispânicus, porque a figura dada por Morison, e<br />
citada por Gouan, nos permite reconhecer com a maior segurança<br />
a planta a que êste botânico se refere. Não obstante, alguns<br />
autores têm i<strong>de</strong>ntificado o D. hispânicus com o D. Gingídium,<br />
mas esta i<strong>de</strong>ntificação é inadmissível, porque nem a figura <strong>de</strong><br />
Morison é citada por Linneu para a sua espécie nem ela lhe<br />
convém, <strong>de</strong> passo que a estampa <strong>de</strong> Mathiolo, com fôlhas alongadas,<br />
não triangulares, também não po<strong>de</strong> representar, <strong>de</strong> modo<br />
algum, o D. hispânicus Gou.<br />
(l) Note-se que Gouan, enganadamente, também mencionou esta planta <strong>de</strong> Bocconé<br />
entre os sinónimos do seu D. hispânicus, mas não o fez sem observar: «Sed icon ad<br />
Daucum gingidium se melius accomodat».
24o Gonçalo Sampaio<br />
As principais diferenças entre estas duas espécies, ambas<br />
litorais e com fôlhas mais ou menos carnosas, são as seguintes:<br />
— Umbelas muito contraídas na frutificação, tornando-se<br />
então muito côncavas, em forma <strong>de</strong> ninbo<br />
<strong>de</strong> ave; fôlhas carnosas, <strong>de</strong> contorno triangular. D. hiSpâtlíCUS Gou.<br />
— Umbelas menos contraídas na frutificação, planas ou<br />
levemente côncavas por cima, mas nunca em ninbo<br />
<strong>de</strong> ave; fôlhas carnósulas, não triangulares . . D. Gingídíum Lin.<br />
44. Dánaa cornubiensis Samp. (l9l2) in «Man. Fl. Port.»<br />
pág. 350 ; Liêústicum cornubiense Lin. (l756); Dánaa aç[uile£ifólia<br />
AU. (l785); Physospermum a^uilegifólium Koch. (l824).<br />
O género que Cusson <strong>de</strong>nominou «Physospermum» foi estabelecido<br />
por êle só em l787, isto é, quando esse mesmo género<br />
já estava fundado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> l785 por Allioni, com a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong><br />
«Dánaa», que é válida.<br />
O nome «Pkysospermum» não passa, portanto, <strong>de</strong> um<br />
mort-né regeitável, que alguns botânicos ainda empregam, sem<br />
razão alguma.<br />
Não se esqueça que sôbre êste caso particular as próprias<br />
regras internacionais <strong>de</strong> nomenclatura, formuladas no Congresso<br />
<strong>de</strong> Viena, esclarecem no art. 35.°: «Cusson a annoncé la création<br />
du genre Physospermum dans un mémoire lu à la Société <strong>de</strong>s<br />
sciences <strong>de</strong> Montepellier, en l773, puis en l782 ou 1783 à la<br />
Société <strong>de</strong> medicine <strong>de</strong> Paris, mais il II'a été valablement publié<br />
qu'en 1787 dans les Mémoires <strong>de</strong> la Soc. roy. <strong>de</strong> medicine <strong>de</strong><br />
Paris, vol. V, I. re<br />
partie. La publication valable du genre Physospermum<br />
se rapporte donc à l'année l787».<br />
O nome «Dánaa» também possui priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emprego em<br />
nomenclatura binária.<br />
45. Heracleum sphondylium Lin.<br />
var. marftimum nob.; Planta marítima, parece viscida,<br />
caule sólido, non fistuloso. — Montedor: Costa da Gandra,<br />
nos rocbedos marítimos.<br />
Esta varieda<strong>de</strong> do extremo litoral é geralmente <strong>de</strong> pequena<br />
altura, não tomando nunca o <strong>de</strong>senvolvimento normal das formas<br />
do interior. Tem o caule maciço, um pouco glanduloso-viscoso,<br />
e as fôlhas são um tantinko espessas, mais claras por baixo, com
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 24l<br />
os <strong>de</strong>ntes subcaloso-esbranquiçados. As fôlhas primordiais, por<br />
vezes já <strong>de</strong>struídas no tempo da floração, po<strong>de</strong>m ser muito pequenas<br />
e palmatilobadas, como aparecem também em alguns<br />
exemplares do tipo específico.<br />
46. Selinum Broteri Hoff. & Link (l820 — ? ); Selinum carviíólia<br />
Brot. (l8o4) non Lin. (l762).<br />
F uma espécie que tem sido indicada apenas em Trás-dos-<br />
-Montes, Beiras e Estremadura, mas que se encontra também<br />
na província do Minko, on<strong>de</strong> a colhi pela primeira vez, há<br />
já muitos anos, entre o Porto e Vila-<strong>de</strong>-Con<strong>de</strong> (nos pinheirais<br />
<strong>de</strong> Pedras-Rubras). Ultimamente foi encontrada em abundância<br />
na freguesia <strong>de</strong> Roças, concelho <strong>de</strong> Vieira, pelo sr. Carlos<br />
Teixeira, estudante distinto da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências do<br />
Porto.<br />
Como já o <strong>de</strong>monstrou o falecido e gran<strong>de</strong> naturalista Dr.<br />
Joaquim Mariz, é espécie autónoma, bastante diferente do Selinum<br />
carvifólia Lin, pelo caule pouco folhoso (só com 1-3<br />
fôlhas) e, principalmente, pelas fôlhas biformes: as inferiores<br />
com pínulas pinatífidas, as outras com lacineas lineares, estreitas<br />
e longas. Difere ainda da planta linneana pelas umbelas com<br />
6-l4 raios acentuadamente <strong>de</strong>siguais em comprimento, e pelos<br />
estiletes muito mais curtos.<br />
47. Plumbago europaea Lin.<br />
var. èlandulosa Cout. (l9l3) — Miranda do Douro, junto<br />
dos muros da cida<strong>de</strong>.<br />
Sobre especimes <strong>de</strong> Miranda-do-Douro, colhidos por mim,<br />
estabeleceu o sr. P. Coutinho esta varieda<strong>de</strong> èlandulosa.<br />
Tenho visto numerosos exemplares da Plumbago europaea,<br />
provenientes <strong>de</strong> vários países, e todos eles são mais ou menos<br />
glandulosos. Nuns a glandulosida<strong>de</strong> limita-se aos cálices, noutros<br />
esten<strong>de</strong>-se também às brácteas e noutros, ainda, <strong>de</strong>sce até às<br />
próprias fôlhas inferiores; mas plantas como as <strong>de</strong> Miranda-do-<br />
-Douro, com glândulas também nos caules, é que não vi<br />
nenhumas.<br />
Parece-me, em tais circunstâncias, que a esta varieda<strong>de</strong><br />
miran<strong>de</strong>sa melhor caberia a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> «glandulosíssima»,
242 Gonçalo Sampaio<br />
que se não lhe po<strong>de</strong> agora dar, visto ser isso contrário às regras<br />
<strong>de</strong> nomenclatura vigentes.<br />
48. Cúscufa triumvirati Lge. (l88l) — Miranda-do-Douro,<br />
próximo da azenha <strong>de</strong> St. a<br />
Catarina, sôbre a Caronilla mínima,<br />
sôbre o Aphyllantes monspeliensis e sôbre outras plantas.<br />
No volume XVI do «Boletim da Socieda<strong>de</strong> Broteriana»<br />
relativo a 1899 foi publicada uma lista <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong>terminadas<br />
por J. Freyn e colhidas nos arredores do Porto pelo dr. O.<br />
Buchtien, que tinha exercido durante os anos <strong>de</strong> 1890 e l89l o<br />
ensino livre num colégio <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>. Muito incompleta relativamente<br />
ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> plantas que Buchtien herborizou<br />
aqui, e contendo alguns equívocos <strong>de</strong> classificação, a referida lista<br />
menciona, no entanto, algumas espécies interessantes, como seja a<br />
Cúscuta triumvirati <strong>de</strong> Lange, que não era conhecida em Portugal.<br />
Foi <strong>de</strong>bal<strong>de</strong>, porém, que <strong>de</strong>pois e durante anos sucessivos eu<br />
e o falecido F. Johnston procurámos nos arredores do Porto<br />
esta curiosa Cúscuta (l) da Serra Nevada, chegando por fim ao<br />
convencimento <strong>de</strong> que a sua menção na mesma lista era <strong>de</strong>vida,<br />
unicamente, a um simples engano <strong>de</strong> Freyn.<br />
Mas ultimamente, examinando algumas plantas que o sr.<br />
P. e<br />
Miranda Lopes me enviou, colhidas por êle em 2 <strong>de</strong> Julho<br />
do ano corrente (l932) em Miranda-do-Douro, tive o prazer <strong>de</strong><br />
encontrar a Cúscuta triumvirati parasita sôbre diferentes vegetais<br />
da margem do rio. A ausência completa <strong>de</strong> escamas hipostamíneas,<br />
caracter seu muito notável, e a finura especial dos caules<br />
distinguem-na imediatamente da vulgaríssima C. epithymum e<br />
das suas numerosas varieda<strong>de</strong>s.<br />
No herbário do Instituto Botânico <strong>de</strong> investigação científica,<br />
da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências do Porto, ficam arquivados os exemplares<br />
da planta enviados pelo sr. P. e<br />
Miranda Lopes.<br />
49. Cúscuta barbúvea Samp. (l9l3) in «Man. Fl. Port.» pág.<br />
384; C. europaea barbúvea Brot. (1827) in «Plyt. Lusit.» II, pág.<br />
192, tab. 165 — Nos cachos <strong>de</strong> uvas.<br />
(l) Os dicionários prosódicos portugueses indicam inadvertidamente a pronúncia<br />
Cúscuta, em vez <strong>de</strong> Cúscuta, que é termo <strong>de</strong> pura origem popular na Espanha e na Itália,<br />
como já informou o botânico prelinneano Lobélius, tendo sido adoptado e introduzido na<br />
ciência por Tragus, como nome <strong>de</strong> género.
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 243<br />
Não se conhece actualmente esta planta, <strong>de</strong> que Brotero <strong>de</strong>u<br />
uma estampa e uma larga <strong>de</strong>scrição, indicando-a sôbre os cachos<br />
das uvas, nos arredores da capital. Segundo a diagnose do nosso<br />
eminente botânico, a £ barbúvea distingue-se pelos caules esver<strong>de</strong>ados,<br />
capilares, pen<strong>de</strong>ntes e providos nas bifurcações <strong>de</strong><br />
escamas ovais e membranáceas, assim como pelos glomérulos<br />
florais raros e paucifloros, pelas corolas brancas, com escamas<br />
hipostamíneas lineares e bífidas, e pelos estames inclusos. As<br />
flôres são rentes, com os lóbulos da corola não mais longos que<br />
o tubo e com os dois estigmas lineares.<br />
Como Brotero não inventou esta curiosa planta, eu chamo<br />
para ela a atenção dos botânicos que na época própria estejam<br />
em condições <strong>de</strong> a procurar nos arredores <strong>de</strong> Lisboa, sôbre os<br />
cachos da vi<strong>de</strong>, -<br />
50. Cúscuta epliinum Weihe (l824) — Vimioso: Argozelo,<br />
sôbre o Linum usitatíssimum frutificado.<br />
Em Julho do ano corrente (l932) recebi bons exemplares<br />
frescos <strong>de</strong>sta espécie <strong>de</strong> Cúscuta, colhidos pelo sr. prior <strong>de</strong> Argoselo,<br />
P. e<br />
José Manuel Miranda Lopes, meu estimado amigo.<br />
A Cúscuta epilinum Weihe é mais uma planta nova pára o<br />
catálogo da flora portuguesa.<br />
51. Linária pygmaea Samp. (l9l5) in «An. Acad. Polyt.<br />
Porto» vol. X, pág. 124; Linária Munbyana var. pygmaea Samp.<br />
(l922) in «Bol. Soc. Brot.» vol, I (2. a<br />
série); L. Munbyana Cout.<br />
(l926) non Bois. & Reut. (l852) — Difere da verda<strong>de</strong>ira L.<br />
Munbyana Bois. & Reut. principalmente pelas fôlhas carnosas,<br />
pelo cacho paucifloro e acentuadamente piloso-glanduloso, bem<br />
como pelas sementes <strong>de</strong> aza fina e escariosa, lisas no disco.<br />
Em 1922 consi<strong>de</strong>rei esta Linária dos areais marítimos do<br />
Algarve como simples varieda<strong>de</strong> da Linária Munbyana Bois. &<br />
Reut., cUjo aspecto é semelhante; mas não reparei então num<br />
caracter fundamental, que separa <strong>de</strong>cisivamente as duas plantas<br />
como espécies distintas, isto é, não reparei em que uma tem as<br />
sementes com aza grossa, como na L. amethytea Hoff. &£ Link<br />
e na L. multipunctata Hoff & Link, ao passo que a outra as<br />
tem com aza membranácea, muita fina, como na L. caesia DC.<br />
e na L. supina Chaz. Sabe-se que estes caracteres são consi<strong>de</strong>-
244 Gonçalo Sampaio<br />
rados, no género Linária, como caracteres específicos dos mais<br />
valiosos.<br />
Portanto reponho a Linária pygmaea nob. na sua primitiva<br />
categoria <strong>de</strong> espécie própria, bem distinta da L. Munbyana Bois.<br />
& Reut. pelas diferenças acima apontadas.<br />
52. Ballota cinérea Briq. (l897) in Engl. & Prant; Marrúbium<br />
hispânicum Lin. (l753); Marrúbium cinéreum Desr.<br />
(l789) in Lamk.; Beringéria hispânica Neck. (l79o); Ballota<br />
hirsuta Bentn. (l834); Ballota hispânica Lacaita (l925) noti Béntk.<br />
(1834).<br />
O binome Ballota hispânica, proposto por Lacaita em 1925<br />
para ó Marrúbium hispânicum <strong>de</strong> Linneu, nãó se po<strong>de</strong> adoptar,<br />
por ter sido anteriormente creado e empregado por Bentham, em<br />
1934, para uma espécie diferente.<br />
53. Téucrium Pólium Lin. (l753); «Pólium montanum luteum»<br />
Bauk.; Pólium lúteum Mill. (l768); Téucrium áureum<br />
Sckreb. (1774).<br />
raç. álbum nob.; Téucrium Pólium (5, Lin. (l753); «Pólium<br />
montanum álbum» Baub.; Pólium álbum Mill. (l768);<br />
Téucrium álbum Poir. (l8ll); T. gnaphalo<strong>de</strong>s Fie. (l875)<br />
non Vabl. (l79o); T. vincentinum Rouy (1882).<br />
raç. lusitânicum nob.; Téucrium lusitânicum Schreb.<br />
(l774); Téucrium Pólium Lusitânicum Brot. (l827).<br />
raç. capitatum nob.; Téucrium capitatum Lin. (l753); T.<br />
lusitânicum Hoff. & Link (l8o9) non Schreb. (l774); T.<br />
capitatum Lusitânicum Brot. (l827).<br />
Como tipo do seu Téucrium Polium indicou Linneu, em<br />
1753, o «Pólium montanum luteum» <strong>de</strong> G. Bauhíno, planta que<br />
não existe na flora portuguesa. Com o «Pólium montanum<br />
álbum», também <strong>de</strong> Baubino, criou êle a varieda<strong>de</strong> S. da<br />
mesma espécie. •<br />
Sabido isto, não se <strong>de</strong>ve fazer o que têm feito alguns botânicos,<br />
cjue arbitrariamente invertem as coisas, pondo como tipo<br />
do T. Pólium o que Linneu poz como varieda<strong>de</strong>, e pondo como<br />
varieda<strong>de</strong> o que Linneu poz como forma típica da espécie.
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 245<br />
54. Échium gaditanum Bois. (1839-45); É. rosulatum Lge.<br />
(l845); ¿E. astúricam Lacaita? (l928) — Todo o país.<br />
var. Davaei nob.; Echium Davaei Rouy (1882) — Ilhas<br />
Berlengas.<br />
No herbário <strong>de</strong> Willkomm, existente no Instituto Botânico<br />
da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, encontram-se dois exemplares<br />
etiquetados como Echium gaditanum: um colhido por E.<br />
Bourgeau nos areais do Pôrto-<strong>de</strong>-Santa-Maria (Andaluzia),<br />
outro colhido também pelo mesmo Bourgeau perto <strong>de</strong> Cangas-<strong>de</strong>-Tineo<br />
( Astúrias), on<strong>de</strong> a planta aparece pelas bordas dos<br />
caminhos. O primeiro tem o caule florífero inserto no rizoma,<br />
por baixo <strong>de</strong> uma roseta <strong>de</strong> fôlhas basilares, e apresenta todos<br />
os outros caracteres específicos do Echium rosulatum; o segundo<br />
pertence, sem a menor dúvida, à forma «campestre» <strong>de</strong>sta mesma<br />
espécie, forma que é muito abundante no Minho e na Galiza.<br />
Esclareço que o exemplar asturiano tem uma etiqueta com o<br />
nome <strong>de</strong> «Echium angustif olium Lamk. ?» substituído com letra<br />
<strong>de</strong> Willkomm por Ech. gaditanum Bois.<br />
A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre o Eckium <strong>de</strong> Lange e o Eckium <strong>de</strong><br />
Boissíer, verificada no herbário <strong>de</strong> Willkomm, era muito <strong>de</strong><br />
presumir, aten<strong>de</strong>ndo a que na extensa diagnose original do Ech.<br />
gaditanum não se menciona qualquer caracter que seja estranko<br />
ao Ech. rosulatum e, além disso, aten<strong>de</strong>ndo também a que a<br />
área conhecida dêste último (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Galiza ao Algarve) está<br />
inteiramente compreendida entre as regiões ocupadas por aqueTe<br />
(Astúrias e sul da Andaluzia), separando-as inexplicavelmente.<br />
O facto <strong>de</strong> ser o Ech. gaditanum indicado como bisanual não<br />
inutiliza a sua i<strong>de</strong>ntificação como o Ech. rosulatum, que se diz<br />
vivaz mas que, segundo as minhas observações, também se<br />
comporta muitas vezes como bisanual.<br />
Perez Lara, referindo-se ao Ech. gaditanum, diz a pág. 294<br />
da sua FLORULA GADITANA: «Planta quod staturam, indumentum<br />
foliorum figurum corollarum magnitudine, glabritatem v. villi<br />
copiam filamentorum val<strong>de</strong> variabílis.» Ora estas palavras aplicam-se<br />
igualmente e com a maior exactidão ao Ech. rosulatum,<br />
cujo extremo polimorfismo é bem conhecido dos botânicos<br />
portugueses.<br />
Eu nunca vi especimes do Echium astúricum, <strong>de</strong>scrito em<br />
32
246 Gonçalo Sampaio<br />
1928 no vol. I da CAVANIIXESIA, pág. 8; mas, pelos termos da sua<br />
diagnose, parece-me que também não é planta estranha à forma<br />
«campestre» do Ech. tosulatum Lge.<br />
55. Aspérula hirsuta Desf. (l798).<br />
var. repens nob.; Asperula repens Brot. (l800). — Planta<br />
<strong>de</strong> caules remontantes ou prostrados, mais finos, acinzentada<br />
ou <strong>de</strong>nsamente birsuta na parte inferior. Algarve.<br />
A nossa planta tem sido i<strong>de</strong>ntificada com a Ãsp. hirsuta<br />
Desf. e com a Ãsp. rupestris Tin. (l827), mas a verda<strong>de</strong> é que<br />
se distingue <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>stas por um aspecto particular, <strong>de</strong>vido<br />
aos seus caules prostrados ou remontantes, mais finos, mais<br />
elançados, e à pubescência abundante, que a torna acentuadamente<br />
cinzenta na parte inferior.<br />
56. Valeriana dioica Lin. — Gondarém, nos salgueirais (rara).<br />
Foi <strong>de</strong>scoberta esta espécie, como nova para a nossa flora,<br />
pelo sr. P. e<br />
Clemente Lourenço Pereira, <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura,<br />
que a menciona no seu último trabalbo «Flora vascular da bacia<br />
do Minho<br />
Os exemplares que êste meu apreciado amigo me enviou<br />
não tinbam flôres, mas, pelo aspecto geral da planta e pelos<br />
caracteres das suas fôlhas, não me fica dúvida <strong>de</strong> que ela pertence,<br />
realmente, como na etiqueta se indicava, à Valeriana dioica <strong>de</strong><br />
Línneu.<br />
57. Centáurea fraylensis Scbultz-Bíp. (in berb. ex Nym.<br />
an. 1878-82); Cenr. vincentina Welw. in berb. (ex Mariz in «Bol.<br />
Soc. Brot. vol. X, pág. 223, tab. II an. 1892).<br />
O binome Cenr. fraylensis Scbultz-Bip. foi publicado por<br />
Nyman sem <strong>de</strong>scrição alguma da espécie correspon<strong>de</strong>nte, ao<br />
passo que o binome Cenr. vincentina, Welw. foi publicado mais<br />
tar<strong>de</strong>, por Mariz, com uma estampa e uma boa diagnose da<br />
respectiva planta.<br />
Nestas condições, o binome <strong>de</strong> Scbultz-Bipontinus, embora<br />
mais antigo em publicida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve ser regeítado pelos botânicos<br />
que não adoptam os nomes nús, isto é, os nomes publicados<br />
sem qualquer menção <strong>de</strong> caracteres da planta ou sem referências
Novas adições e correcções à Flora Portuguesa 247<br />
a uma forma já validamente <strong>de</strong>scrita e validamente publicada.<br />
58. Ánthemis fuscata Brot. (l8oo) in «Pbyt. Lusit.» fase. I<br />
pág. 3l ediç. 1. a<br />
); Ánthemis praecox Link (l800?) in «Jour. für<br />
die Botanik» <strong>de</strong> Scha<strong>de</strong>r, vol. II, fase. 2-° pág. 3o4.<br />
Como já disse no II.° 8 dêste trabalbo, a 1. a<br />
edição do fase.<br />
I da «Phytographia» <strong>de</strong> Brotero foi publicada em l800, e o 2.°<br />
fascículo do jornal botânico <strong>de</strong> Sckra<strong>de</strong>r, apezar <strong>de</strong> ter no rosto<br />
a data <strong>de</strong> 1799, também se não publicou antes <strong>de</strong> l800, visto que<br />
insere artigos e cartas com a data <strong>de</strong> l800. A priorida<strong>de</strong> do binóme<br />
<strong>de</strong> Link sôbre o <strong>de</strong> Brotero não se po<strong>de</strong> estabelecer,<br />
portanto, tendo êste último preferência por ser mais conbecido,<br />
por ter aparecido com uma diagnose mais completa e
248 Gonçalo Sampaio<br />
Consi<strong>de</strong>ro a Reichárdia intermédia como espécie muito<br />
distinta e não como forma subordinada à Reich, picroi<strong>de</strong>s Roth,<br />
da qual difere profundamente não só por caracteres invariáveis<br />
mas também, na maior parte dos casos, por um aspecto particular.<br />
A var. grácilis nob., encontrada por mim no Alto-Douro,<br />
é nova para Portugal.<br />
Porto, 1932.
Les satellites<br />
chez Narcisstzs reflexus Brot.<br />
et N. triandrus L.<br />
I. Les satellites <strong>de</strong>s métaphases somatiques<br />
par<br />
25o Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
remarquable au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> la taille <strong>de</strong>s satellites <strong>de</strong> la paire<br />
Pp'. En effet, alors que l'un <strong>de</strong>s satellites II'était qu'une petite<br />
granulation, à peine perceptible, l'autre était un corpuscule assez<br />
gros, d'un diamètre à peu près égal à la moitié <strong>de</strong> celui du<br />
cbromosome porteur. Cette plante appartenait donc à une race<br />
asymétrique. Cette découverte nous a conduit à recbercber s'il<br />
existe, cbez 2V. reflexus et IV. triandrus, à l'état adulte, les trois<br />
races théoriquement attendues ou <strong>de</strong>ux seulement comme cbez<br />
Galtonia candicans.<br />
II — IV. reflexus et TV. triandrus présentent une bétérostylie<br />
trimorpbe. Chez IV. reflexus, les trois formes bétérostylées se<br />
trouvent, à l'état spontané, dans la proportion numérique<br />
suivante : 1 brévistylée : 2 longistylées : 1 médiostylée. L'examen<br />
<strong>de</strong> l75 plantes <strong>de</strong> Crépis Dioscoridis a permis à III. NAWACHINF,<br />
<strong>de</strong> vérifier que 43 <strong>de</strong> ces plantes possédaient la constitution 4—K<br />
90 la constitution + — et 42 la constitution , ce qui s'accor<strong>de</strong><br />
très bien avec la proportion 1:2:1.<br />
Comme la plante que nous avons étudiée était longistylée<br />
et <strong>de</strong> la constitution + —, nous étions enclin à penser qu'il existe<br />
peut-être une relation entre l'bétérostylie et la constitution<br />
nucléaire, c'est-à-dire que les formes longistylées possé<strong>de</strong>raient<br />
la constitution H et les autres les <strong>de</strong>ux autres constitutions.<br />
S'il en était ainsi, l'bétérostylie aurait, cbez IV. reflexus et IV.<br />
triandrus, une base morphologique et les chromosomes satellitifères<br />
<strong>de</strong> ces plantes seraient comparables aux chromosomes<br />
sexuels <strong>de</strong>s plantes à sexes séparés.<br />
En est-il ainsi dans la réalité? C'est le <strong>de</strong>uxième point que<br />
nous nous proposons d'éluci<strong>de</strong>r.<br />
III — Les satellites sont très fréquents chez les plantes,<br />
plus fréquents même qu'on ne le croyait autrefois. Malgré cela,<br />
leur rôle dans la physiologie nucléaire est encore peu connu. Ne<br />
pourrions-nous pas, d'après nos observations, obtenir quelques<br />
données permettrant <strong>de</strong> résoudre cette question?.<br />
MATERIEL ET TECHNIQUE<br />
Tout le matériel étudié est d'origine spontanée. Narcissus<br />
reflexus a été récolté dans plusieures localités : Serra do Gérez,<br />
Póvoa <strong>de</strong> Lanhoso, Serra da Estrela, Oliveira do Con<strong>de</strong>, Oliveira<br />
do Hospital et Quinta do Prado. Nous avons fait une
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 251<br />
étu<strong>de</strong> plus approfondie du matériel provenant <strong>de</strong> cette, <strong>de</strong>rnière<br />
localité. N. triandrus a été récolté à la Serra_da_Lxmzâ»<br />
Après triage <strong>de</strong>s plantes longistylées, brévistylées et médiostylées,<br />
les bulbes ont été mis en pots au Jardin Botanique.<br />
L'année suivante, ils nous ont fourni <strong>de</strong>s pointes végétatives <strong>de</strong><br />
racines et <strong>de</strong>s grains <strong>de</strong> pollen, sur lesquels nous avons effectué<br />
nos observations.<br />
Pour obtenir <strong>de</strong>s préparations <strong>de</strong> pointes végétatives <strong>de</strong><br />
racines, nous avons employé, comme fixateurs, les liqui<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
NAWA CHINE (modification <strong>de</strong> BRUUN), BEN<strong>DA</strong> (formule donnée par<br />
LA COUR l93l) et LA COUR 2 BE. Tous ces fixateurs nous ont donné<br />
<strong>de</strong> bons résultats. Cependant, nous avons employé plus fréquemment<br />
le liqui<strong>de</strong> <strong>de</strong> NAWACHINE, bien moins coûteux que les<br />
autres.<br />
Les coupes transversales ou longitudinales, d'une épaisseur<br />
<strong>de</strong> 12-l5f, ont été colorées à l'bématoxyline ferrique <strong>de</strong> HEI-<br />
DENHAIN et au violet <strong>de</strong> gentiane <strong>de</strong> NEWTON. Cette <strong>de</strong>rnière<br />
coloration a été faite suivant la technique décrite par LA COUR (l93l).<br />
La coloration au violet <strong>de</strong> gentiane présente qualques avantages<br />
sur celle à l'bématoxyline. D'abord, cette coloration est<br />
plus rapi<strong>de</strong>, puisqu'elle peut être faite en quelques heures.<br />
D'autre part, avec une différenciation bien réussie, on peut<br />
obtenir une décoloration complète du cytoplasme; les chromosomes<br />
apparaissent alors colorés en violet sur un fond clair, ce<br />
qui rend les figures plus nettes. Grâce à la transparence du<br />
colorant, l'interprétation <strong>de</strong>s figures est plus aisée ; on peut ainsi<br />
distinguer les satellites dans <strong>de</strong>s figures qui, colorées à l'hématoxyline,<br />
ne les révéleraient plus. Le violet <strong>de</strong> gentiane donne<br />
aussi une bonne définition <strong>de</strong>s constrictions.<br />
Pour l'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong>s métaphases <strong>de</strong> la première division du<br />
noyau <strong>de</strong>s grains <strong>de</strong> pollen, nous avons employé les trois<br />
techniques suivantes:<br />
1 — Fixation et coloration au carmin-acétique:—Cette métho<strong>de</strong><br />
est très simple: on place, sur une lame, une ou <strong>de</strong>ux anthères<br />
dans une goutte <strong>de</strong> carmin-acétique. Avec <strong>de</strong>ux aiguilles, on<br />
dissocie les anthères dans le carmin-acétique; les grains <strong>de</strong> pollen<br />
se dispersent dans le liqui<strong>de</strong> où ils sont vite fixés et colorés.<br />
Quelques minutes après on applique une lamelle sur la goutte<br />
<strong>de</strong> carmin-acétique. Pour rendre les grains <strong>de</strong> pollen immobiles
252 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
et pour éviter l'évaporation rapi<strong>de</strong> du carmin-acétique, nous<br />
avons luté les préparations, après <strong>de</strong>ssication <strong>de</strong>s bords <strong>de</strong> la<br />
lamelle, avec <strong>de</strong> la paraffine. De cette façon, les préparations se<br />
conservent en bon état <strong>de</strong>ux ou trois jours. .Pour obtenir une<br />
coloration plus intense <strong>de</strong>s cbromosomes, nous avons cbauffé<br />
doucement la préparation, après application <strong>de</strong> la lamelle, en la<br />
faisant passer <strong>de</strong>ux ou trois fois au-<strong>de</strong>ssus <strong>de</strong> la flamme d'une<br />
allumette.<br />
2 — Frottis <strong>de</strong> grains <strong>de</strong> pollen: — A l'ai<strong>de</strong> du carmin-acétique,<br />
on recbercbe les fleurs qui ont <strong>de</strong>s antbères à l'état désiré.<br />
Avec un scalpel et une aiguille, on ouvre les sacs polliniques sur<br />
une lame en faisant sortir doucement les grains <strong>de</strong> pollen.<br />
Ceux-ci sont étalés, avec le scalpel, sur la lame que l'on plonge<br />
immédiatement dans le fixateur. Comme milieu <strong>de</strong> fixation nous<br />
avons employé les liqui<strong>de</strong>s <strong>de</strong> NAWACHINE (modification <strong>de</strong><br />
BRUUN) et LA COUR 2BE sans aucune modification et ces mêmes<br />
liqui<strong>de</strong>s dilués aux 2 '3 avec <strong>de</strong> l'eau distillée. Les meilleurs résultats<br />
ont été obtenus avec les fixateurs dilués.<br />
Les frottis ont été colorés au violet <strong>de</strong> gentiane, mais la coloration<br />
II'a bien réussi qu'après un séjour très prolongé dans<br />
les alcools à 95° et absolu.<br />
3 — Métho<strong>de</strong> par inclusion à la paraffine:—Nous avons<br />
également employé la métbo<strong>de</strong> d'inclusion pour obtenir <strong>de</strong>s<br />
mitoses dans les grains <strong>de</strong> pollen. Les meilleurs résultats ont<br />
été obtenus après emploi du fixateur 2BE <strong>de</strong> LA COUR. Comme<br />
colorants nous avons employé le violet <strong>de</strong> gentiane ou l'bématoxyline<br />
ferrique.<br />
I—Les chromosomes soraatiques <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />
et <strong>de</strong> N. triandrus L.<br />
Au cours <strong>de</strong> nos recbercbes antérieures ( FERNANDES l93l,<br />
1934), nous avons établi que le nombre cbromosomique diploï<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> N. reflexus était l4. Nos observations actuelles, tout en<br />
confirmant ce nombre, nous ont permis <strong>de</strong> pousser un peu plus<br />
avant l'analyse <strong>de</strong> la garniture cbromosomique, ainsi que le<br />
montre la <strong>de</strong> scription suivante:<br />
1 — Line paire du tipe Lp, ayant la brancbe courte plus<br />
longue que celle <strong>de</strong>s autres cbromosomes du même type. La<br />
brancbe L a une constriction acinétique, peu prononcée, sub-
254 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
-médiane. Un <strong>de</strong>s éléments <strong>de</strong> cette paire porte, cKez quelques<br />
plantes, un satellite à l'extrémité distale (Lpi, fiés. 1-6).<br />
2 — Une paire du type Lp, dépourvue <strong>de</strong> satellites. La brandie<br />
L a une longueur à peu près égale à celle <strong>de</strong> la même brandie <strong>de</strong><br />
la paire Lpi, mais possè<strong>de</strong> une constriction acinétique, très prononcée,<br />
localisée plus près <strong>de</strong> la constriction cinétique (Lp2<br />
fiés. 1-6).<br />
3 — Une paire du type Lp, pourvue, chez quelques plantes,<br />
<strong>de</strong> satellites à l'extrémité proximale. La brandie L a une lonéueur<br />
moindre que celle <strong>de</strong> la même brandie <strong>de</strong>s paires Lp I et
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L.<br />
Lp 2. Cette branche possè<strong>de</strong> aussi une constriction acinétique<br />
très prononcée, localisée un peu plus près <strong>de</strong> la constriction cinétique<br />
que celle <strong>de</strong> la paire Lp 2 (Lp3, fiés. 1-6). Lorsque la paire<br />
Lp3ne porte pas <strong>de</strong> satellites, il est très difficile <strong>de</strong> faire la distinction<br />
entre les paires Lp* et Lp3. C'est pourquoi, nous n'avons<br />
pu réussir à faire cette distinction dans la plupart <strong>de</strong>s figures.<br />
4 — Une paire du type 1m ; la tranche 1 possè<strong>de</strong> une constriction<br />
secondaire médiane qui nous avait échappé dans nos<br />
recherches ante'rieures (lm, fiés. 1-6).<br />
5-Une paire PP (PP, fiés. 1-6).
256<br />
Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
6 —Une paire Pp (Pp. figs. 1-6.)<br />
7 — Une paire Pp, ayant un satellite à l'extrémité <strong>de</strong> la<br />
branche p; la branche P est plus petite que la même branche <strong>de</strong>s<br />
chromosomes PP et Pp (Pp', figs. 1-6).<br />
Dans les métaphases <strong>de</strong> la première division <strong>de</strong>s grains <strong>de</strong><br />
pollen, nous avons trouvé'7 chromosomes haploï<strong>de</strong>s, correspondants<br />
aux éléments <strong>de</strong>s paires décrites ci-<strong>de</strong>ssus (figs. 7, 8 et 9).<br />
Cependant, dans ce cas, tous les chromosomes sont plus courts<br />
et plus épais que ceux <strong>de</strong>s métaphases du méristème radiculaire.<br />
Les chromosomes <strong>de</strong>s grains <strong>de</strong> pollen sont donc plus raccourcis<br />
que ceux <strong>de</strong> la racine, fait déjà signalé par quelques auteurs chez<br />
plusieures plantes.<br />
Nous avons étudié un nombre très élevé <strong>de</strong> métaphases dans<br />
les grains <strong>de</strong> pollen <strong>de</strong> plusieures plantes ; nous avons toujours<br />
compté, dans ces figures, 7 chromosomes, et nous II'avons trouvé<br />
aucunne anomalie. Ce fait montre que les divisions <strong>de</strong> réduction<br />
ont lieu, dans ces plantes, avec une gran<strong>de</strong> régularité. Ce fait<br />
explique la rareté <strong>de</strong>s formes polyploï<strong>de</strong>s dans cette espèce.<br />
N. triandrtts possè<strong>de</strong> aussi l4 chromosomes somatiques. Sa<br />
garniture chromosomique est, comme nous l'avons établi dès<br />
l93l, semblable à celle <strong>de</strong> N. reilexus (figs. 10-13).<br />
II — Les satellites dans les métaphases somatiques <strong>de</strong>s<br />
formes brévistylées, médiostylées et longistylées <strong>de</strong><br />
N. reflexns et <strong>de</strong> N. triandrus<br />
1) NARCISSUS REFLEXUS BROT.<br />
Les observations exposées ci-<strong>de</strong>ssous concernent principalement<br />
le comportement <strong>de</strong>s satellites <strong>de</strong> la paire Pp' dans les<br />
métaphases du méristème radiculaire <strong>de</strong>s formes brévistylées,<br />
médiostylées et longistylées.<br />
Voici, en résumé, les résultats <strong>de</strong> nos recherches:<br />
a) Formes brévistylées (î)<br />
Racine II.° 1. — Dans les métaphases et anaphases nous<br />
II'avons pas trouvé <strong>de</strong> satellites à l'extrémité distale <strong>de</strong>s éléments<br />
(l) La plupart <strong>de</strong>s racines étudiées ont été fournies par les plantes <strong>de</strong> la Quinta<br />
do Prado. Lorsque le matériel a une autre origine, nous le signalons, en indiquant sa<br />
provenance.
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 257<br />
<strong>de</strong> la paire Lpt. Les <strong>de</strong>ux chromosomes <strong>de</strong> la paire Lp3 portent,<br />
dans quelques figures, <strong>de</strong>s satellites très petits, égaux à l'extrémité<br />
proximale (fig. l4 a).<br />
Lès chromosomes Pp' ont une constitution vraiment remarquable:—<br />
Un <strong>de</strong>s éléments est un chromosome en V; vers le<br />
milieu d'une <strong>de</strong> ses branches, il présente une constriction qui<br />
sépare un gros segment, ayant un diamètre égal à celui du<br />
chromosome. L'autre élément est un chromosome satellitifère<br />
normal dans lequel la constriction, observée dans le premier, a<br />
été remplacée par un mince filament, qui relie le segment au<br />
corps chromosomique (fig. l4b, c, d et e). Le satellite est ainsi<br />
très gros, correspondant, à peu près, à la moitié d'une <strong>de</strong>s<br />
branches du chromosome.<br />
Malgré la variabilité <strong>de</strong> longueur du filament dans les différentes<br />
métaphases, l'aspect <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux chromosomes <strong>de</strong> la paire<br />
Pp' est, dans la plupart <strong>de</strong>s figures, celui que nous venons <strong>de</strong><br />
décrire. La différence existant entre eux ne peut pas être attribuée<br />
à l'action du fixateur, parce que nous avons constaté cette différence<br />
dans plusieures plaques équatoriales, où les <strong>de</strong>ux chromosomes<br />
étaient placés l'un à côté <strong>de</strong> l'autre. En outre, nous<br />
n'avons rencontré aucune figure dans laquelle les <strong>de</strong>ux satellites<br />
fussent dépourvus <strong>de</strong> filaments, ainsi que cela aurait dû être si<br />
la différence mentionnée était provoquée par la fixation. Cette<br />
différence pourra, peut-être, s'expliquer par l'amphiplastie, phénomène<br />
découvert par NAWACHINE chez quelques hybri<strong>de</strong>s d'espèces
258 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
du genre Crépis. Pour expliquer ce phénomène, MCCUNTOCK (l934)<br />
a émis l'hypothèse suivante : Les «nucleolar-organizing boches»<br />
<strong>de</strong>s chromosomes satellitifères <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux espèces qui ont engendré<br />
l'hybri<strong>de</strong> ne possè<strong>de</strong>nt pas une activité analogue. Un <strong>de</strong> ces<br />
corpuscules pourra être plus actif que l'autre dans l'organisation<br />
du nucléole. De cette façon, le «nucleolar-organizing body» le<br />
plus actif emploiera rapi<strong>de</strong>ment la substance nucléolaire en<br />
formant un nucléole, alors que I2 moins actif aura peu <strong>de</strong> chance<br />
<strong>de</strong> fontionner sinon même aucune. Ainsi, le <strong>de</strong>rnier «nucleolar-<br />
-organizing body» ne formera pas <strong>de</strong> nucléole ou II'en formera<br />
qu'un très petit. Dans le <strong>de</strong>rnier chromosome, le satellite restera<br />
adjacent au corpuscule qu'organise le nucléole et aucun filament<br />
II'existera. L'autre chromosome, qui a produit un gros nucléole,<br />
présentera un filament satéllitifère normalement développé.<br />
Comme l'on voit, cette hypothèse pourrait expliquer aussi<br />
le comportement <strong>de</strong> la paire Pp' <strong>de</strong> cette racine.<br />
Nous avons trouvé une métaphase (fig. l4 f) dans laquelle<br />
les <strong>de</strong>ux chromosomes <strong>de</strong> la paire Pp' étaient pourvus <strong>de</strong> filaments;<br />
un <strong>de</strong> ces filaments était, cependant, plus court que l'autre.<br />
Ce fait s'explique aussi au moyen <strong>de</strong> cette hypothèse, en supposant<br />
que, dans cette cellule, le «nucleolar-organizing body»<br />
moins actif a élaboré aussi un nucléole, plus petit que celui<br />
qui a été produit par l'autre chromosome.<br />
Le seul fait qui milite contre cette manière <strong>de</strong> concevoir les<br />
choses est celui <strong>de</strong> l'origine du matériel, parce que la plante qui<br />
a fourni cette racine ne provient pas <strong>de</strong> l'hybridation <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux<br />
espèces différentes, comme les plantes étudiées par NAWACHINE.<br />
Il II'est cependant pas improbable qu'il existe, chez l'espèce N.<br />
reflexus Brot., <strong>de</strong>s races différentes au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> l'activité<br />
<strong>de</strong>s «nucleolar-organizing bodies».<br />
Dans les figures les plus favorables à l'observation, nous<br />
avons toujours i<strong>de</strong>ntifié les satellites; nous II'avons jamais<br />
observé ces corpuscules détachés <strong>de</strong>s chromosomes respectifs en'<br />
formant <strong>de</strong>s fragments.<br />
Le comportement <strong>de</strong> la paire <strong>de</strong> chromosomes Pp' <strong>de</strong> cette<br />
racine rappelle beaucoup le comportement d'un autre chromosome<br />
observé par FRANCINI (l934) chez Paphiopedilum villosum Pfitzer<br />
et le Paphiopedilum barbatum Pfitzer avec la seule différence
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot, et N. triandrus L.<br />
que, chez Narcissus reflexus, les segments ne sont pas détachés<br />
<strong>de</strong>s chromosomes et ne constituent pas <strong>de</strong>s fragments.<br />
Racine II.° 2. — LTn petit satellite a été observé à l'extrémité<br />
distale d'un <strong>de</strong>s éléments <strong>de</strong> la paire Lpi (fig. l5a et h). La<br />
paire Lp3 nous semble en être dépourvue. Quant à la paire Pp',<br />
nous avons vérifié qu'un <strong>de</strong>s chromosomes est toujours dépourvu<br />
<strong>de</strong> satellite; l'autre en possè<strong>de</strong> un qui a, dans quelques figures,<br />
la forme d'une toute petite boule reliée au corps chromosomique<br />
par un filament très mince (fig. l5c).<br />
Quelquefois le satellite est soudé au corps du chromosome<br />
en formant un petit mamelon (fig. l5d) à l'extrémité <strong>de</strong> la<br />
branche; en d'autres cas, il a l'aspect d'un filament court, plus<br />
épais que les filaments qui normalement relient le satellite au<br />
chromosome (fig. l5e). Lnfin, dans certaines figures, nous II'avons<br />
observé aucun <strong>de</strong> ces éléments (fig. l5f).<br />
Racine II.° 3.— Cette racine offre une constitution remarquable<br />
au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong>s dimensions <strong>de</strong>s chromosomes, E,II<br />
effet, quoique nous II'ayons pas effectué <strong>de</strong> mensurations, toutes<br />
les figures, situées à II'importe quelle région <strong>de</strong> la racine, présentent<br />
<strong>de</strong>s chromosomes visiblement plus courts et plus épais<br />
que ceux <strong>de</strong>s autres racines étudiées (fig. 5). Les constrictions<br />
sont très bien marquées et les chromosomes rappellent, par leur<br />
aspect, ceux <strong>de</strong>s. métaphases <strong>de</strong> la première divison <strong>de</strong>s grains<br />
<strong>de</strong> pollen. Cette différence <strong>de</strong> dimensions <strong>de</strong>s chromosomes ne<br />
peut pas être attribuée à l'action <strong>de</strong> la température ni du fixa-
26o Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
teur, parce que les autres racines (racines n. os<br />
4 et 5), fixées avec<br />
le contenu du même flacon et ayant subi un traitement analogue,<br />
ont <strong>de</strong>s chromosomes normaux, semblables à ceux <strong>de</strong><br />
toutes les autres. D'après les résultats obtenus par quelques<br />
auteurs, le <strong>de</strong>gré <strong>de</strong> contraction linéaire <strong>de</strong>s chromosomes somatiques<br />
et méiotiques est contrôlé génétiquement. D'après cette<br />
opinion, la plante étudiée pourrait avoir pris naissance par mutation<br />
du gène qui contrôle le <strong>de</strong>gré <strong>de</strong> contraction <strong>de</strong>s chromosomes<br />
somatiques. Il serait très important <strong>de</strong> chercher à vérifier<br />
cette hypothèse en hybridant <strong>de</strong>s plantes à chromosomes raccourcis<br />
et <strong>de</strong>s plantes à chromosomes normaux. Il serait important<br />
aussi d'analyser les chromosomes méiotiques chez la plante que<br />
nous avons observée.<br />
En ce qui concerne les satellites, cette racine présente le<br />
comportement suivant:<br />
Paire I/pi dépourvue <strong>de</strong> satellites;<br />
Paire Lp3 pourvue <strong>de</strong> satellites petits, égaux; les .filaments<br />
ont été, probablement, raccourcis au minimum, et les satellites<br />
sont soudés au corps chromosomique (fig. 5);<br />
Paire Pp' pourvue <strong>de</strong> satellites petits et égaux; dans la<br />
plupart <strong>de</strong>s figures, les filaments se présentent raccourcis comme<br />
ceux <strong>de</strong> la paire Lpa (fig. 5 et l6a); sur quelques figures nous<br />
n'avons observé qu'un <strong>de</strong> ces éléments (fig. l6f); nous avons<br />
rarement trouvé <strong>de</strong>s figures dans lesquelles un <strong>de</strong>s satellites<br />
présente un filament (fig. l6b, c, d) et plus rarement encore <strong>de</strong>s<br />
figures où tous <strong>de</strong>ux montrent un filament (fig. l6 e ).<br />
Racine II.° 4. — La paire Lpi est, peut-être, dépourvue <strong>de</strong>
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 261<br />
satellites. La paire Lp3 en possè<strong>de</strong> qui sont <strong>de</strong> la même taille<br />
que ceux <strong>de</strong> la racine II.° 1 (fig. 6). Le comportement <strong>de</strong> la paire<br />
Pp' est représenté par la figure l7. Dans quelques figures, nous<br />
avons vu les <strong>de</strong>ux satellites (fig. l7 b); en d'autres, un chromosome<br />
porte un satellite et l'autre seulement le filament (fig. l7<br />
c, d); souvent, un chromosome est dépourvu <strong>de</strong> toute formation<br />
satellitifère (fig. l7 a).<br />
Racine n.° S.— Nous n'avons pas observé <strong>de</strong> satellites dans<br />
les paires Lpi et Lp3. La figure 18 montre le comportement <strong>de</strong><br />
la paire Pp'.<br />
Racine n.° 6.— Les chromosomes<br />
Lpi et Lp3 n'ont pas<br />
été étudiés. Là paire Pp' possè<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>s satellites très inégaux<br />
et présente un comportement<br />
remarquable, car elle nous montre,<br />
d'une façon frappante, que la taille <strong>de</strong>s satellites n'est pas<br />
constante dans toutes les cellules <strong>de</strong> la même racine. Dans<br />
quelques figures, un <strong>de</strong>s satellites est très gros ayant la taille<br />
<strong>de</strong> ceux <strong>de</strong> la racine n.° 1. Par contre, dans d'autres figures, ce<br />
même satellite est bien plus petit (fig. 19).<br />
34
262 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
Racine II.° 7.— Les chromosomes Lpi et Lp3 II'ont montré<br />
aucun satellite. Le comportement <strong>de</strong> la paire Pp' est représenté<br />
par la figure 20.<br />
étudiés. La paire Pp' est pourvue <strong>de</strong> satellites très petits,<br />
égaux (fig. 21 ).<br />
b) Formes médiostylées<br />
Racine n.° 1.— Les ckromosom.es Lpi et Lp3 ne nous ont<br />
pas montré <strong>de</strong> satellites. La paire Pp' présente le comportement<br />
suivant: - .- -,' • " w<br />
Dans la plupart <strong>de</strong>s plaques équatoriales un ckromosome<br />
est dépourvu <strong>de</strong> satellite; l'autre en possè<strong>de</strong> un très petit (fig.<br />
22 a, k, c). Dans quelques figures les <strong>de</strong>ux ckromosomes ne portent<br />
pas <strong>de</strong> satellites (fig. 22e). Une métapkase nous a montré
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 263<br />
<strong>de</strong>ux satellites égaux, plus petits que celui qui a été observé très<br />
fréquemment (fig. 22 d).<br />
Racine n.° 2.— Un <strong>de</strong>s éléments <strong>de</strong> la paire Lpi possè<strong>de</strong> un<br />
satellite très petit, plus petit même que celui qui a été observé<br />
dans la racine n.° 2 <strong>de</strong>s formes brévistylées (fié. 23a,b). La<br />
paire Lp3 n'a pas été soigneusement étudiée. La paire Pp' a <strong>de</strong>s
264 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
satellites inégaux. Parfois, le plus petit satellite est réduit au<br />
filament (fig. 23 e). Dans d'autres figures, le filament II'est pas<br />
visible (fig. 23 f). Nous II'avons pas vérifié l'existence d'une<br />
variation sensible <strong>de</strong> la taille du plus grand satellite.<br />
Racine n.° 3.— Un <strong>de</strong>s chromosomes <strong>de</strong> la paire Lpi porte,<br />
comme la racine n.° 2, un satellite à l'extrémité distale. Dans<br />
cette racine nous avons remarqué une variation très nette <strong>de</strong> la<br />
taille <strong>de</strong> cet élément (fig. 24 a, h, c). La paire Lp3 est seulement<br />
pourvue <strong>de</strong> filaments (fig. 4). La paire Pp' a <strong>de</strong>s satellites fort<br />
inégaux, ainsi que la figure 24, d-g le représente. Nous avons<br />
observé une variation sensible <strong>de</strong> la taille du grand et du petit<br />
satellite. La variation <strong>de</strong> la taille du petit<br />
• f ^ satellite est assez nette, comme le montre<br />
^ 1 la figure 24.<br />
Racine n.° 4.— Les chromosomes Lpi et<br />
été étudiés. La fig. 25 repré-<br />
sente le comportement <strong>de</strong> la paire Pp'.<br />
Racine n.º 5.— Les chromosomes Lp 1<br />
ont pas été examines. La paire Lp 3 présente<br />
<strong>de</strong>s satellites égaux, plus gros que ceux<br />
observés dans les autres racines (fig. 26). La paire Pp' n'a pas<br />
été étudiée.<br />
c) Formes longystilées<br />
Racine n." 1.— Nous n'avons observé aucun satellite dans<br />
la paire Lpi. Dans quelques figures, les chromosomes Lp3 étaient<br />
pourvus <strong>de</strong> ces éléments (fig. 27a). Pour analyser le comporte-
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 265<br />
ment <strong>de</strong> la paire Pp', nous avons étudié soigneusement 5o plaques<br />
équatoriales très nettes. Nous avons vérifié qu'un <strong>de</strong>s chromosomes<br />
est toujours dépourvu <strong>de</strong> satellite; l'autre en possè<strong>de</strong> un<br />
qui se présente comme une toute petite boule, plus ou moins<br />
gran<strong>de</strong>, ou comme un simple filament (fig. 27b-k).<br />
Racine II.° 2. — La paire Pp' a été seule étudiée: les satellites
266 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
sont inégaux et se comportent <strong>de</strong> le façou représentée dans la<br />
figure 28.<br />
Racine n." 3.— Comme dans la racine antérieure, la paire<br />
Pp' a été la seule étudiée. Les satellites sont inégaux et présen-<br />
tent, tous les <strong>de</strong>ux, une variation sensible <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>ur dans les<br />
diverses plaques étudiées (fig. 29).<br />
Racine n." 4.— Nous n'avons observé <strong>de</strong>s satellites cjue sur<br />
la paire Pp'. Ces éléments sont fort inégaux (fig. 2).<br />
Racine n." 5.— Le comportement dans cette racine est représenté<br />
par la figure 3.
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 267<br />
Racine n." 6.— Satellites <strong>de</strong> la paire Pp' <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>ur moyenne,<br />
inégaux (fig. 3o).<br />
Racine n.° 7.— Satellites <strong>de</strong> la paire Pp' petits, inégaux<br />
(fié- 31). • • ,<br />
Racine n." 8.— En tout comparable à la racine précé<strong>de</strong>nte.<br />
Racine n.° 9 (Serra da Estrêla).— Satellites <strong>de</strong> la paire<br />
Pp' petits, égaux ou presque (fig. 32).<br />
Racine n." 10 (Serra da Estrêla). — Le comportement <strong>de</strong> la<br />
paire Pp' est représenté dans la figure 33.<br />
Racine n." 11 (Serra do Gérez). —Nous n'avons pas<br />
observé <strong>de</strong> satellites dans les paires Lpi et Lp3- Les chromosomes<br />
Pp' en possè<strong>de</strong>nt fort inégaux (fig. l).<br />
2) NARCISSUS TRIANDRUS L.<br />
Nous n'avons étudié que cinq individus. Les observations<br />
concernent, principalement, la paire Pp'.
268 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
a) Formes brévistylées<br />
Racine n." 1.— Satellites <strong>de</strong> la paire Pp' très inégaux; leur<br />
comportement est représenté dans la figure 34.<br />
Racine n." 2.— Un <strong>de</strong>s éléments <strong>de</strong> la paire Lpi porte un<br />
petit satellite (fig. 35 a). La paire Pp' est pourvue <strong>de</strong> satellites<br />
inégaux (fig. 35b-d).
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 269<br />
b) Formes médiostylées<br />
Racine II.° 1.— Satellites petits, inégaux (fig. 36).<br />
Racine n." 2.— Satellites très inégaux. Le grand satellite<br />
présente une variation <strong>de</strong> taille très nette (fig. 37).<br />
c) Formes longistylées<br />
Racine n." 1.— Satellites très grands, égaux (fig. 38).<br />
DISCUSSION<br />
Plusieurs caryologistes ont pensé due les garnitures chromosomiç(ues<br />
diploï<strong>de</strong>s comportaient une seule paire <strong>de</strong> chromosomes<br />
satellitifères. Nos observations sur N. reiîexus Brot. et<br />
ISf. triandrus L. ne s'accor<strong>de</strong>nt pas avec cette supposition, car<br />
Quelques plantes <strong>de</strong> ces espèces, tout en étant <strong>de</strong>s diploï<strong>de</strong>s, possè<strong>de</strong>nt,<br />
dans leurs garnitures chromosomiques, trois paires <strong>de</strong><br />
ce type.<br />
Les observations <strong>de</strong> MCCXINTOCK (l934) sur le Zea ma ys ont<br />
montré que les nucléoles sont formés par <strong>de</strong>s corpuscules<br />
spéciaux, intensément colorables, morphologiquement distincts,<br />
existant dans certains chromosomes. L'auteur dénomme ces corpuscules<br />
«nucleolar-organizing bodies». D'après ces observations,<br />
on comprend facilement l'origine <strong>de</strong>s satellites et <strong>de</strong>s constrictions<br />
secondaires. Ainsi, lorsque le «nucleolar-organizing body»<br />
est situé près <strong>de</strong> l'extrémité d'une branche chromosomique, un<br />
satellite sera formé par suite <strong>de</strong> la croissance du nucléole entre<br />
le «nucleolar-organizing body» et l'extrémité <strong>de</strong> la branche.<br />
L)ans le cas où le «nucleolar-organizing body» occupe une position<br />
médiane, une constriction secondaire se formera <strong>de</strong> la même<br />
35
27o Abilio Fernan<strong>de</strong>s<br />
manière. De cette façon, les filaments <strong>de</strong>s satellites et les constrictions<br />
secondaires seront homologues, etj par suite; la distinction<br />
entre chromosomes proprement satellitifères (petit<br />
satellite) et chromosomes pourvus <strong>de</strong> constrictions secondaires<br />
(satellite « chromosomenastformig ») sera impossible et artificielle,<br />
comme HEITZ (l93la) l'a fait remarquer. Outre l'analogie<br />
provenant <strong>de</strong> la communauté d'origine du filament achromatique,<br />
nos observations montrent que les <strong>de</strong>ux types <strong>de</strong>formations<br />
ci-<strong>de</strong>ssus décrites ne sont pas distinctes (l), parce que nous<br />
avons rencontré, chez N. reflexus, tous les <strong>de</strong>grés <strong>de</strong> transition<br />
entre satellites dont la gran<strong>de</strong>ur atteint la moitié d'une branche<br />
chromosomique et satellites très petits, sphériques (fig. 39).<br />
L'analyse <strong>de</strong>s racines étudiées montre qu'il existe, au point<br />
<strong>de</strong> vue du comportement <strong>de</strong>s satellites <strong>de</strong> la paire Pp', <strong>de</strong>s formations<br />
diverses, dont les plus importantes sont les suivantes: l)<br />
satellites très grands, égaux; z) satellites très inégaux; quelquefois<br />
le petit satellite manque et le chromosome ne possè<strong>de</strong> que le filament,<br />
qui manque même parfois; 3) satellites petits, égaux; 4)<br />
satellites petits, inégaux; le plus petit satellite manque parfois<br />
et quelquefois aussi le filament même est absent; 5) petit satellite<br />
et filament; quelquefois le filament II'existe pas; ê) un<br />
chromosome toujours dépourvu dé satellite et <strong>de</strong> filament, l'autre<br />
possédant parfois un satellite, parfois un filament.<br />
Toutes ces formations ont été trouvées, tantôt dans les<br />
formes brévistylées, tantôt dans les formes médiostylées et longistyléès.<br />
Il est vrai que nous II'avons pas décelé le cas 1 dans<br />
les formes médiostylées, mais, étant donné que nous y savons<br />
trouvé toutes les autres conformations, il est à prévoir qu'il y<br />
existe aussi. Ces* faits 'nous amènent donc à conclure qu'il<br />
II'existe, chez N. reflëxUs et TST. triandrus, aucune relation<br />
entre la constitution satellitiière <strong>de</strong> la paire Pp et l'hâter<br />
rostyliè.<br />
Les chromosomes satellitifères ne jouent donc aucun rôle<br />
semblable à celui <strong>de</strong>s chromosomes sexuels <strong>de</strong>s plantes à sexes<br />
(l) Ces formations pourront, cependant, être différentes au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> leur<br />
comportement pendant la mitose.
Les satellites chez Narcis/sus reflexûs Brot. et N. triandrus L. 271<br />
séparés, et "les satellites ne seront pas les porteurs<br />
<strong>de</strong>s gènes <strong>de</strong> l'hétérostylie.<br />
Dans ce .qui concerne à d'autres caractères<br />
caryologiquesv hors les satellites^ nous n'avons<br />
rencontré aussi ; aucune différence entre les trois<br />
formes hétérostylées. Nous pouvons donc conclure<br />
du 'il n'existe pas, chez N.. reilexus. et 2V. triandrus,<br />
une hase morphologique <strong>de</strong> lfhétérostylie.<br />
Des observations due nous venons d'exposer<br />
montrent, d'une .façon assez nette, due les. satelli^tes,<br />
chez -N. reilexus et N. triandrus, ne sont pas<br />
<strong>de</strong>s formations à gran<strong>de</strong>ur constante. Nos observations<br />
-montrent d'existence, parmi les individus<br />
d'une même espèce, d'une gran<strong>de</strong>, variabilité dans<br />
la taille <strong>de</strong>s satellites. Cette variation.a été constatée<br />
dans les trois paires satellitifèresi; en ce qui<br />
concerne la paire Pp', due nous avons étudié plus<br />
en détail, nous avons 1<br />
- vérifié qu'il y existe tous<br />
les <strong>de</strong>grés dé transition, 1<br />
<strong>de</strong>puis les formations dont<br />
la gran<strong>de</strong>ur est à peu près égale à la moitié d'une<br />
branche chromosomique jusqu'aux simples filaments<br />
^ et, même jusqu'à l'absence complète <strong>de</strong> ces<br />
<strong>de</strong>rniers (fig. 39). .<br />
Un comportement semblable à celui que nous<br />
venons <strong>de</strong> signaler a été remarqué par GEITLER (l929) -,<br />
chez Crépis blattarioi<strong>de</strong>s, bien que, dans ce matériel,<br />
la série <strong>de</strong>s formes <strong>de</strong> transition ne soit pas<br />
aussi complète que la nôtre.<br />
Outre cette variabilité constatée dans les racines<br />
d'individus-différents, nous avons vérifié aussi,<br />
avec certitu<strong>de</strong>, que la taille <strong>de</strong>s satellites n'est pas.<br />
constante dans les différentes cellules d'un, même<br />
individu. Ce fait, est bien mis en évi<strong>de</strong>nce par le<br />
comportement <strong>de</strong> plusieures racines (voir la partie,<br />
<strong>de</strong>scriptive). .<br />
SMITH- (l933) a aussi observé, chez Galtonia<br />
càndicans, que la taille <strong>de</strong>s satellites n'est pas la<br />
même dans les différentes cellules d'un même<br />
individu.. Cependant, cet auteur croît que les diffé-r
272 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
rences observées peuvent être attribuées à une variation <strong>de</strong> l'intensité<br />
<strong>de</strong> la coloration. Ce II'est point le cas dans notre matériel,<br />
car, les différences dans la taille sont parfois si considérables<br />
qu'elles ne sauraient être attribuées à <strong>de</strong>s différences <strong>de</strong> coloration<br />
(voir particulièrement la racine II.° 6, fig. l9).<br />
Ces observations, tout en montrant que la gran<strong>de</strong>ur <strong>de</strong>s<br />
satellites peut varier dans les différentes cellules d'un même<br />
individu, confirment la supposition <strong>de</strong> GEITLER (l929).<br />
Les faits que nous venons <strong>de</strong> mentionner montrent, en<br />
accord avec GEITLER et en opposition avec III. NAWACHINE, que les<br />
satellites ne sont pas <strong>de</strong>s formations constantes, ontogénétiç[uement<br />
et phyloéénétiç[uement invariables.<br />
Étant donné la variabilité mentionnée ci-<strong>de</strong>ssus, nous pouvons<br />
dire qu'il II'y a pas, cbez N. reflexus et N. triandrus, trois<br />
races différentes au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> la constitution <strong>de</strong>s chromosomes<br />
satellitifères. Au contraire, nous pourrions dire qu'il<br />
existe une infinité <strong>de</strong> races symétriques et asymétriques. A vrai<br />
dire, nous ne pouvons même pas parler <strong>de</strong> races symétriques et<br />
asymétriques, car, étant donné la variabilité <strong>de</strong>s satellites dans<br />
les cellules d'un même individu, une plante quelconque pourvue,<br />
par exemple, <strong>de</strong> satellites égaux au début <strong>de</strong> son développement,<br />
pourra ultérieurement <strong>de</strong>venir asymétrique ou, même, se constituer<br />
d'une mosaïque, plus ou moins complexe, <strong>de</strong> cellules<br />
symétriques et asymétriques. L'apparition <strong>de</strong> plantes asymétriques<br />
II'est donc pas seulement provoquée, comme s. NAWACHINE et III.<br />
NAWACHINE le croient, par l'hybridation d'individus symétriques<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ux races différentes.<br />
En étudiant quelques races <strong>de</strong> Zea mays, MCCLINTOK (l934)<br />
a vérifié que le point <strong>de</strong> la plus gran<strong>de</strong> activité du «nucleolar-<br />
-organizing body» II'est pas toujours le même. Ainsi, dans quelques<br />
races, ce point est localisé à l'extrémité adjacente au<br />
filament du satellite. Dans d'autres, il est situé vers le milieu du<br />
«nucleolar-organizing body» et dans d'autres, enfin, il est situé<br />
à son extrémité proximale (extrémité opposée à celle où s'insère<br />
le satellite ). Dans le premier cas, le nucléole sera organisé entre<br />
le «nucleolar-organizing body» et le satellite, et ce corpuscule<br />
aura un aspect normal dans les sta<strong>de</strong>s plus avancés <strong>de</strong> la<br />
prophase et dans la métaphase. Dans le <strong>de</strong>uxième cas, le nucléole<br />
sera formé vers le milieu du «nucleolar-organizing body», et,
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 273<br />
dans, les <strong>de</strong>rniers sta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> la prophase et dans la métaphase,<br />
apparaîtra un satellite plus gros, formé par la moitié du «nucleolar-organizing<br />
body» attachée au satellite. Dans le troisième<br />
cas, il résultera un satellite encore plus volumineux, formé par<br />
le «nucleolar-organizing body» et par le satellite lui même. En<br />
supposant que le «nucleolar-organizing body» soit très volumineux<br />
et que la localisation du point <strong>de</strong> la plus gran<strong>de</strong> activité<br />
varie chez les diverses races et se trouve à toutes les positions<br />
possibles, nous pourrions expliquer facilement la variation <strong>de</strong><br />
la taille <strong>de</strong>s satellites. Cependant, une telle explication ne peut<br />
s'appliquer à nos observations, particulièrement en ce qui concerne<br />
la paire chromosomique Pp', pour les <strong>de</strong>ux raisons suivantes :<br />
1) La branche p a une longueur à peu près constante dans<br />
tous les chromosomes. Cela ne <strong>de</strong>vrait pas se produire dans le<br />
cas où la taille <strong>de</strong>s satellites varierait pour la raison indiquée<br />
ci-<strong>de</strong>ssus. Pour que cette hypothèse fût correcte, il faudrait que<br />
nous ayons constaté que la branche p est plus courte chez les<br />
chromosomes à grands satellites que chez ceux à petits satellites.<br />
Dans le cas <strong>de</strong> satellites très petits, le chromosome <strong>de</strong>vrait être<br />
isobrachial et son satellite situé à l'extrémité <strong>de</strong> la branche. Ce<br />
II'est pas le cas, car, ainsi que nous l'avons dit, la longueur <strong>de</strong><br />
la branche est la même dans tous les types satellitifères, sans<br />
aucune relation avec la gran<strong>de</strong>ur <strong>de</strong>s satellites.<br />
2) Si nous admettons cette hypothèse, nous ne pourrions<br />
pas expliquer la variabilité <strong>de</strong> la gran<strong>de</strong>ur <strong>de</strong>s satellites dans les<br />
cellules d'un même individu, sauf si nous admettons que la position<br />
du point <strong>de</strong> plus gran<strong>de</strong> activité du «nucleolar-organizing<br />
body» est aussi variable dans les diverses cellules d'un même<br />
individu. Cette supposition, cependant, II'est pas en accord avec<br />
les observations <strong>de</strong> MCCXINTOCK.<br />
Dans un travail précé<strong>de</strong>nt (FËRNANDES 1934), nous avons<br />
émis Fhypotèse suivante pour expliquer l'apparition <strong>de</strong>s grands<br />
satellites: ils ont été engendrés soit par la translocation <strong>de</strong> toute<br />
ou presque toute la chromatine d'un <strong>de</strong>s satellites dans le satellite<br />
homologue, soit par la translocation, dans un <strong>de</strong>s satellites, <strong>de</strong><br />
la chromatine provenant d'une partie quelconque <strong>de</strong>s autres<br />
chromosomes.<br />
Cependant, cette <strong>de</strong>rnière interprétation ne s'accor<strong>de</strong> guère<br />
avec l'existence <strong>de</strong> tous les <strong>de</strong>grés <strong>de</strong> transition entre les plus
Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
grands: et les plus petits satellites. L'apparition; d'une telle série;<br />
justifie plutôt l'idée que la variabilité <strong>de</strong> la gran<strong>de</strong>ur doit être<br />
causée par la perte lente et graduelle <strong>de</strong> la substance <strong>de</strong>s satellites<br />
ainsi que l'a supposé III. NAWÂCHINE (l926). Ce processus<br />
pourra expliquer la variabilité que nous avons constatée. IL est<br />
possible que la: substance <strong>de</strong>s satellites soit déversée-dans le<br />
nucléole et éliminée, ultérieurement, au cours <strong>de</strong>s <strong>de</strong>rniers sta<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> la prophase, lorsque le nucléole se dissout.<br />
.Ainsi, le comportement <strong>de</strong>s satellites dans les méristèmes<br />
radiculaires <strong>de</strong> N. reflexus et <strong>de</strong> N. triandrus justifie la conclusionsuivante<br />
: Les satellites, dans ces <strong>de</strong>ux espèces, ne sont Que<br />
<strong>de</strong>s seéments chromosomiques en voie d'élimination.<br />
GEITLER (l929) a trouvé, chez Crépis rubra, <strong>de</strong>s plantes<br />
possédant-<strong>de</strong>s satellites très grands et égaux. Au point <strong>de</strong> vue<br />
<strong>de</strong>s caractères <strong>de</strong> la morphologie externe, ces plantes ne différaient<br />
pas du type normal <strong>de</strong>l'esp ce, pourvu <strong>de</strong> satellites plus<br />
petits. Cette observation permet <strong>de</strong> croire que les satellites sont<br />
peut-être dépourvus <strong>de</strong> gènes, ou en possè<strong>de</strong>nt d'une forme<br />
inactive. De nouvelles recherches s'imposent pour éclaircir ce point.<br />
La perte <strong>de</strong> la substance <strong>de</strong>s satellites a lieu, dans les tissus<br />
somatiques,. d'une façon lente et graduelle, comme le montrele<br />
comportement <strong>de</strong> quelques racines. Par ce processus, un chromosome<br />
primitivement isobrachial PP a été converti en chromosome<br />
hétérobrachial Pp. Nous pouvons supposer que les chromosomes<br />
hétérobxachiaux peuvent, par ce même processus, être transformés<br />
en-îchromosomes céphalobrachiaux. La théorie <strong>de</strong> la transformation<br />
<strong>de</strong> III. NAWÂCHINE se trouve ici amplement confirmée.<br />
Cette perte <strong>de</strong> chromatine pourrait, peut-être, comme le croit<br />
III. NAWÂCHINE, provoquer l'apparition d'espèces nouvelles.<br />
Si les satellites prennent naissance en même temps sur les<br />
<strong>de</strong>ux chromosomes homologues et si la perte <strong>de</strong> la substance<br />
<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux satellites se produit avec la même intensité, le nombre<br />
<strong>de</strong> plantes à satellites inégaux <strong>de</strong>vra être égal à celui <strong>de</strong>s plantes<br />
à satellites égaux (grands et petits). Cependant, nos observations<br />
montrent que les plantes à satellites inégaux sont très<br />
fréquentes; leur nombre est plus <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux fois supérieur à celui<br />
<strong>de</strong>s plantes à satellites égaux. Ce fait montre donc que la perte<br />
<strong>de</strong> la matière <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux satellites II'a pas lieu simultanément avec<br />
la même intensité.
Les satellites chez Narcissus reflexus Brot. et N. triandrus L. 275<br />
RÉSUMÉ ET CONCLUSIONS<br />
Nos observations sur.les satellites <strong>de</strong>s métaphases somatiques<br />
<strong>de</strong> plusieurs individus <strong>de</strong> Nârcissus reflexus Brot. et N.<br />
triandrus L. peuvent être ainsi résumées :<br />
I.—Nos observations ne concor<strong>de</strong>nt pas avec l'hypothèse<br />
<strong>de</strong> l'existence d'une seule paire <strong>de</strong> chromosomes satellitifères<br />
dans, les garnitures diploï<strong>de</strong>s. En effet, nous avons rencontré<br />
quelques plantes, donît les garnitures diploï<strong>de</strong>s étaient pourvues<br />
<strong>de</strong> trois paires <strong>de</strong> ce type.<br />
IL — Les <strong>de</strong>ux espèces étudiées sont très polymorphes au<br />
point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> la taille <strong>de</strong>s satellites, leur présence ou leur<br />
absence. Particulièrement "net est le polymorphisme <strong>de</strong> la paire<br />
Pp', où nous avons constaté l'existence <strong>de</strong> tous les <strong>de</strong>grés <strong>de</strong><br />
transition <strong>de</strong>puis les formations dont la gran<strong>de</strong>ur est à peu près<br />
égale à la moitié d'une branche chromosomique jusqu'à <strong>de</strong><br />
simples filaments et même jusqu'à l'absence <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>rniers.<br />
III.—Etant donné la gran<strong>de</strong> variabilité <strong>de</strong> la taille <strong>de</strong>s<br />
satellites, nous ne pouvons pas admettre, chez 2V. reflexus et N.<br />
triandrus, l'existence <strong>de</strong> races symétriques et asymétriques au<br />
point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong>_ la gran<strong>de</strong>ur <strong>de</strong>s satellites. . .<br />
IV.— Il II'existe, chez N. relexus et 2V. triandrus, aucune<br />
relation entre la constitution satellitifère <strong>de</strong> la paire Pp' et l'hétérostylie.<br />
Comme les trois formes hétérostylées ne diff rent<br />
pas aussi dans d'autres'caractères caryologîques, noUs pouvons<br />
dire qu'il II'existe pas, chez ces <strong>de</strong>ux espèces, une base morphologique<br />
<strong>de</strong> l'hétérostylie.<br />
V. — La taille <strong>de</strong>s satellites II'est pas constante chez les différents<br />
individus. Elle varie également dans les cellules d'un<br />
même individu. Ainsi, les satellites ne sont pas <strong>de</strong>s formations<br />
ontogénétiqueméht et phylogénétiquement invariables, comme<br />
le croit III. NÀWACHINE.<br />
VI. — La variabilité <strong>de</strong> la taille <strong>de</strong>s satellites ne peut s'expliquer<br />
par l'hypothèse <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong> races différentes quant à<br />
•la localisation du point <strong>de</strong> plus gran<strong>de</strong> activité du «nucleolar-<br />
-orgahizing body». Les faits parlent plutôt dans le sens d'une<br />
perte lente et graduelle subie par la substance <strong>de</strong>s satellites.<br />
Ceux-ci ne seraient donc, chez N. reflexus et IV. triandrus, que<br />
<strong>de</strong>s segments chromosomiques en voie d'élimination.
276 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
VIL—La perte <strong>de</strong> la substance <strong>de</strong>s satellites a lieu, d'une<br />
façon lente, dans les mitoses somatiques.<br />
VIII. — Par perte <strong>de</strong> cbromatine, un chromosome isobrachial<br />
PP a été converti en chromosome hétérobrachial Pp, fait<br />
en accord parfait avec les idées <strong>de</strong> III. NAWACHINE.<br />
IX.—La perte <strong>de</strong> substance <strong>de</strong>s satellites homologues II'a<br />
pas lieu simultanément avec la même intensité.<br />
X. — Un cas probable d'amphiplastie a été observé dans une<br />
racine <strong>de</strong> N. reflexus. S'il en est bien ainsi, cette observation<br />
montre l'existence, parmi les individus d'une même espèce, <strong>de</strong><br />
races différentes quant à l'activité <strong>de</strong>s «nucleolar-organizing<br />
b odies».<br />
XL — Chez N. reflexus, nous avons trouvé une plante à<br />
chromosomes raccourcis. Cette plante offre donc un nouvel<br />
exemple <strong>de</strong> l'apparition, parmi les individus d'une même espèce,<br />
<strong>de</strong> races caractérisées par une plus gran<strong>de</strong> contraction linéaire<br />
<strong>de</strong>s chromosomes.<br />
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36
REMARQUE SUR I/HÉTÉROSTYLIE<br />
DE NARCISSUS TRIANDRUS L.<br />
ET DE N. REFLEXUS BROT.<br />
par<br />
ABÍLIO FERNANDES<br />
INTRODUCTION<br />
L'EXISTENCE, d'une hétérostylie trimorphe chez quelques<br />
espèces du genre Narcissus ( N. triandrus L., N. calathinus<br />
L. = N. reflexus Brot. et N. scaberulus Henriq. ) a été<br />
signalée par JULIO HENRIQUES en 1887 et 1888. Les observations <strong>de</strong><br />
l'auteur portugais sont passées inaperçues aux yeux <strong>de</strong> ses<br />
successeurs, puisqu'ils se bornent à indiquer les familles <strong>de</strong>s<br />
Oxalidaceae, Geraniaceae, Lythraceae et Ponte<strong>de</strong>riaceae comme<br />
étant les seules où a été observé un tel trimorphisme. A ces familles,<br />
nous <strong>de</strong>vons donc ajouter celle <strong>de</strong>s Amaryllidaceae où,<br />
tout au moins dans le genre Narcissus, se rencontre aussi une<br />
bétérostylie trimorpbe.<br />
Nous avons pu confirmer les observations <strong>de</strong> JÚLIO HENRIQUES<br />
relatives aux espèces ci-<strong>de</strong>ssus mentionnées. Nous II'avons pas<br />
encore étudié, <strong>de</strong> ce même point <strong>de</strong> vue, les autres espèces du<br />
genre; cependant, nous croyons que d'autres encore se comportent<br />
<strong>de</strong> la même façon. Nous espérons pouvoir faire cette étu<strong>de</strong><br />
l'an procbain.<br />
L'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong> la génétique <strong>de</strong> l'kétérostylie trimorpbe a été<br />
poursuivie seulement cbez le Lythrum salicaria et chez quelques<br />
espaces d'Oxalis, les autres groupes II'ayant pas encore retenu<br />
l'attention <strong>de</strong>s chercheurs*. L'état actuel <strong>de</strong> nos connaissances,<br />
dans ce domaine, a été exposé par v. UBISCH (l925) et par LEHMANN<br />
(l928). Le résumé qui suit a été rédigé d'après la publication <strong>de</strong><br />
LEHMANN (l928).<br />
Les premières observations datent <strong>de</strong> <strong>DA</strong>RWIN; cet auteur a<br />
vérifié que, par autofécondation, chez Lythrum salicaria et chez<br />
quelques espèces d'Oxalis, les formes longistylées donnent exclusivement<br />
<strong>de</strong>s formes <strong>de</strong> même type ; que les formes médiostylées,<br />
par autopollinisation également, donnent <strong>de</strong>s formes longistylées<br />
et médiostylées; et que les formes brévistylées, toujours par
Remarque sur ïhétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />
autofécondation, donnent <strong>de</strong>s formes longistylées et brévistylées.<br />
Plus tard, nous trouvons les travaux <strong>de</strong> BARLOW. Les résultats<br />
obtenus par cet aiteur, avec Lythrum salicaria, ont été résumés<br />
par LEHMANN ( 1928 ) <strong>de</strong> la façon suivante :<br />
Les plantes longistylées donnent exclusivement, par autopollinisation,<br />
<strong>de</strong>s plantes longistylées. Le caractère style long<br />
est donc pur récessif, comme chez les Primulas à bétérostylie<br />
dimorpbe.<br />
Les plantes longistylées croisées avec les formes médiostylées<br />
donnent seulement les <strong>de</strong>ux formes parentes.<br />
Le croisement longistylée X brévistylée a donné aussi, sauf<br />
une exception, les <strong>de</strong>ux formes parentes.<br />
Le croisement médiostylée X brévistylée donne les trois formes<br />
en rapport non défini.<br />
Pour expliquer les résultats <strong>de</strong> BARLOW, V. UBISCH (l925) a<br />
émis T interprétation factorielle suivante:<br />
Les formes longistylées sont pures récessives en ce qui concerne<br />
<strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs, et ont ainsi la formule aabb.<br />
Le caractère style moyen est produit par le facteur B. Les formes<br />
médiostylées possè<strong>de</strong>nt ainsi la constitution aaBb et aaBB;<br />
cependant, les plantes du premier type sont les plus fréquentes.<br />
Le caractère style court est produit par un facteur A, plus<br />
actif que B; toutes les formes qui ont les facteurs A et B sont<br />
donc brévistylées. Ces formes pourront avoir les constitutions<br />
suivantes: Aabb, AaBb, AaBB, AABB et AAbb.<br />
Cependant, les résultats obtenus par BARLOW ne concor<strong>de</strong>nt<br />
pas tous avec l'interprétation <strong>de</strong> v. UBISCH.<br />
Plus récemment, EAST (cité par LEHMANN), voulant interpréter<br />
les résultats qu'il avait obtenus avec Lythrum salicaria, a émis<br />
une bypotbèse encore plus complexe que celle <strong>de</strong> v. UBISCH. Voici<br />
cette bypotbèse, transcrite par LEHMANNT (1928). «Long-styled<br />
flowers are tbe ultimate recessive. Short-styled flowers are <strong>de</strong>termined<br />
by a factor A and may or may not carry Mid. Mid-styled<br />
flowers are conditioned by duplicate factors Ma and Mb in the<br />
same linkage group. There is about 10 per cent crossing-over<br />
in both the male and the female gametes, though there appears<br />
to be slightly less crossing-over in the females than there is in<br />
t he males. The presence of either or both of the factors condi-
28o Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
tioning Miel in trie homozigous condition produces lethal effect.»<br />
Comme l'on voit par le résumé ci-<strong>de</strong>ssus, le problème <strong>de</strong><br />
l'hérédité <strong>de</strong> l'hétérostylie <strong>de</strong> Lythrum salicaria est très complexe<br />
et, nous semble -t-il, pas encore complètement éclairé. Ii en est<br />
<strong>de</strong> même pour les espèces d'Oxalis.<br />
Le présent travail II'est qu'une contribution préliminaire à<br />
l'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ce problème chez N. triandrus et N. reflexus. D'après<br />
les rapports numériques <strong>de</strong>s formes longistylées, brévistylées et<br />
médiostylées que nous avons trouvées dans la nature, nous espérons<br />
pouvoir montrer, dans la suite <strong>de</strong> ce travail, que l'hérédité<br />
<strong>de</strong> 1' hétérostylie trimorphe, chez ces <strong>de</strong>ux espèces, a lieu différemment<br />
que chez les autres espèces déjà étudiées. Cependant,<br />
l'interprétation que nous donnons <strong>de</strong>s faits observés II'est que<br />
provisoire, car elle est uniquement basée sur la proportion numérique<br />
<strong>de</strong>s trois formes que nous avons rencontrées à l'état<br />
spontané. Nous essaierons plus tard <strong>de</strong> formuler une interprétation<br />
définitive par l'analyse <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> croisements<br />
convenables. Comme le développement <strong>de</strong>s narcisses est très lent<br />
et que nos observations sur les populations sauvages nous<br />
semblent présenter dès maintenant quelque intérêt, nous nous<br />
sommes décidé à en publier les résultats avant même <strong>de</strong> connaître<br />
les résultats <strong>de</strong>s croisements.<br />
OBSERVATIONS<br />
l) Narcissus triandrus L. — Au mois <strong>de</strong> Mars <strong>de</strong> 1935,<br />
nous avons récolté, dans une station au voisinage <strong>de</strong> Penacova,<br />
620 exemplaires <strong>de</strong> N. triandrus. La récolte a été faite, au<br />
hasard, par trois personnes. Les plantes ont été transportées au<br />
Laboratoire, où nous avons effectué la numération et la séparation<br />
<strong>de</strong>s formes brévistylées, longistylées et médiostylées. Les<br />
résultats obtenus sont résumés dans le tableau I.<br />
La proportion trouvée ( 1,17:3,93:0,9 ) a été calculée <strong>de</strong> la<br />
façon suivante : on divise par 6 le nombre total d'individus observés<br />
(620); on divise ensuite par le quotient obtenu (103,33) le<br />
nombre <strong>de</strong> plantes <strong>de</strong> chacune <strong>de</strong>s classes. L'erreur probable a<br />
été calculée en employant la formule:
Remarque sur l'hétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />
où N représente un <strong>de</strong>s termes <strong>de</strong> la proportion mendélienne,<br />
K la somme <strong>de</strong> ces termes et II le nombre total d'observations.<br />
Comme l'on voit, la proportion trouvée s'accor<strong>de</strong> très bien<br />
avec la proportion théorique lB : 4L : lM.<br />
2) Narcissus reflexus Brot. — Pour cette espèce, nous avons<br />
étudié, au mois d'Avril <strong>de</strong> 1933, une population sauvage à Lomba,<br />
Quinta do Prado. Nous avons effectué <strong>de</strong>ux séries d'observations,<br />
dont les résultats se trouvent dans le tableau IL Ce<br />
tableau résume aussi les résultats <strong>de</strong> l'ensemble <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux<br />
examens.<br />
Dans ce tableau, les proportions trouvées et les erreurs probables<br />
ont été calculées en suivant la métho<strong>de</strong> indiquée pour le<br />
tableau I. On voit que les nombres que nous avons trouvés<br />
( 1,03B : 1,97L : 0,99M ) révèlent une correspondance presque parfaite<br />
avec la proportion théorique lM : 2L : lB. D'après les tableaux<br />
I et II, nous voyons que les proportions trouvées sont différentes<br />
pour les <strong>de</strong>ux espèces: 1:4:1 pour N. triandrus et 1:2:1 pour<br />
N. reflexus.<br />
Ces nombres sont très différents <strong>de</strong> ceux qui ont été obtenus<br />
pour le Lythrum salicaria, comme il ressort <strong>de</strong> l'analyse du<br />
tableau III, reproduit d'après v. UBISCH (l92S).
282 Abílio Fernan<strong>de</strong>s
Remarque sur Y hétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />
DISCUSSION<br />
Les résultats que nous avons obtenus pour triandrus<br />
s'expliquent facilement : — On sait, <strong>de</strong>puis <strong>DA</strong>RWIN, que, dans les<br />
formes bétérostylées, les fécondations légitimes, c'est à dire celles<br />
qui ont lieu entre les pistils et les étamines du même étage, sont<br />
les seules fertiles ou à peu près. Les fécondations illégitimes<br />
restent stériles, ou ne produisent qu'un très petit nombre <strong>de</strong><br />
graines. Par ailleurs, on sait que, dans la nature, les pollinisations<br />
légitimes ont principalement lieu parce que les insectes<br />
toucbent, avec la même partie <strong>de</strong> leur corps, les organes situés à<br />
la même bauteur. Ainsi, nous aurons, dans les formes à hétérostylie<br />
trimorphe six combinaisons légitimes, comme le montre<br />
le schéma <strong>de</strong> la fig. 1.<br />
De ce qui précè<strong>de</strong>, on peut expliquer l'hérédité <strong>de</strong> l'hétérostylie<br />
<strong>de</strong> N. triandrus par Fhypotèse suivante: Le caractère médiostylé<br />
est produit par un facteur M et les formes médiostylées<br />
sont homozygotiques <strong>de</strong> la constitution MM. Le caractère brévistylé<br />
est produit par un facteur B et les formes brévistylées<br />
sont aussi homozygotiques <strong>de</strong> la constitution BB. La combinaison<br />
<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux facteurs MB engendre les formes longistylées,<br />
qui sont ainsi hétérozygotiques (cette supposition est rendue<br />
très probable grâce au nombre très élevé <strong>de</strong> plantes longistylées
284 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
existantes). Ainsi, en considérant les trois croisements différents<br />
(l, 2 et 3, fig. 1; les autres l', 2' et 3' sont les réciproques et<br />
donnent le même résultat que 1, 2 et 3), nous aurons:<br />
Le résultat total sera:<br />
2MM : 8MB : 2BB, c'est à dire lMM : 4MB : lBB,<br />
ou encore lM:4L:lB.<br />
L'fiypottièse que nous venons <strong>de</strong> formuler explique donc<br />
parfaitement les nombres que nous avons obtenus. Leâ formes
Remarque sur l'hétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Bror.<br />
longistylées, contrairement à ce qui a lieu chez Lythrum salicaria<br />
et chez les espèces d'Oxalis, seront hétérozygotiques, tandis que<br />
les formes brévistylées et médiostylées seront homozygotiques.<br />
Il ne sera pas sans intérêt <strong>de</strong> rappeler que les formes longistylées<br />
seront engendrées par la combinaison <strong>de</strong>s caractères médiostylé<br />
et brévistylé.<br />
Le cas <strong>de</strong> N. reflexus est d'une interprétation plus difficile.<br />
Cette espèce est tout-à-fait voisine du N. triandrus L. ; quelques<br />
auteurs (BAKER, SAMPAIO, etc.) la considèrent même comme une<br />
simple variété <strong>de</strong> N. triandrus. Cette analogie parle, par consé-<br />
quent, en faveur <strong>de</strong> l'existence d'un mécanisme analogue quant<br />
à l'hérédité <strong>de</strong> l'hétérostylie. Alors, en supposant, comme pour<br />
2V. triandrus, que les formes longistylées, médiostylées et brévistylées<br />
ont respectivement les constitutions MB, MM et BB,<br />
nous pourrons expliquer la proportion lM:2L:lB, en supposant<br />
que toutes les fécondations légitimes et illégitimes sont également<br />
fertiles (fig. 2).<br />
37
286 Abílio Fernan<strong>de</strong>s<br />
Ainsi, nous aurons:<br />
Fécondations légitimes<br />
(1, 2, 3, 4, 5 et 6) 4MM : 16MB : 4BB<br />
Fécondations illégitimes<br />
(7, 8 et 9) 5MM: 2MB:5BB<br />
Total 9MM : 18MB : 9BB<br />
ou<br />
lMM: 2MB : lBB,<br />
ou encore<br />
lM:2L:lB.<br />
Cette Lypothèse pourrait être confirmée en comparant la<br />
fertilité <strong>de</strong>s pollinisations légitimes avec celles <strong>de</strong>s fécondations<br />
illégitimes. Malheureusement, nous n'avons pas eu à noutre<br />
disposition, cette année, un nombre <strong>de</strong> plantes suffisament<br />
élevé, ce qui nous a empêché <strong>de</strong> résoudre ce problème. En tout<br />
cas, <strong>de</strong>ux plantes longistylées ont donné, par autofécondation,<br />
respectivement 4 (l capsule) et 14 (5 capsules) graines. Ce résul-
Remarque sur l'hétérostylie <strong>de</strong> N. triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot.<br />
tat montre déjà que la fertilité <strong>de</strong>s atttofécondations ne doit pas<br />
être aussi élevée que celle <strong>de</strong>s pollinisations légitimes, ce qui<br />
rend cette hypothèse très improbable. Cependant, il est nécessaire<br />
<strong>de</strong> poursuivre encore ces recherches.<br />
Une autre hypothèse, au moyen <strong>de</strong> laquelle nous pourrons<br />
expliquer aussi la proportion lM:2L:lB, consiste à supposer<br />
que chez 2V. reflexus, faute d'insectes convenables ou pour une<br />
autre cause encore inconnue, les fécondations légitimes entre<br />
les formes médiostylées et brévistylées II'ont pas lieu. De cette<br />
façon, nous II'aurions que les quatre combinaisons suivantes (fig. 3)<br />
avec le résultat: 4M:8L:4B, c'est à dire lM:2L:lB. D'autres<br />
hypothèses plus complexes que celles que nous venons d'exposer<br />
sont encore possib 1<br />
es. Cependant, comme ces hypothèses seraient<br />
dépourvues <strong>de</strong> fon<strong>de</strong>ments, nous nous arrêtons ici, en attendant<br />
que l'analyse <strong>de</strong>s croisements nous éclaire sur la constitution<br />
génétique <strong>de</strong>s trois formes hétérostylées. Alors, nous trouverons<br />
sans doute l'explication exacte du mécanisme <strong>de</strong> l'hérédité<br />
<strong>de</strong> l'hétérostylie chez ces <strong>de</strong>ux espèces <strong>de</strong> Narcisses.<br />
RÉSUMÉ ET CONCLUSIONS<br />
Dans le but d'éluci<strong>de</strong>r le mécanisme <strong>de</strong> l'hérédité <strong>de</strong> l'hétérostylie<br />
chez N. triandrus et 2V. reflexus, nous avons examiné,<br />
au point <strong>de</strong> vue du rapport numérique <strong>de</strong>s trois formes hétérostylées,<br />
<strong>de</strong>ux populations sauvages <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux espèces. Les<br />
résultats obtenus sont les suivants:<br />
1 Chez triandrus, les trois formes hétérostylées se<br />
trouvent dans la proportion lM : 4L : lM. Cette proportion ne
288 Abílio Fernanàes<br />
peut pas s'expliç[uer au moyen <strong>de</strong> l'interprétation factorielle que<br />
v. UBISCH a donné pour Lythrum salicaria et les espèces d'Oxaîis.<br />
Par contre, elle s'explique très bien en supposant que les formes<br />
médiostylées et brévistylées sont bomozygotiques, ayant respectivement<br />
les constitutions MM et BB et que les formes<br />
longistylées sont kétérozygo'iques <strong>de</strong> constitution MB.<br />
2. — Cnez N. reflexvis, les trois formes kétérostylées se trouvent<br />
dans la proportion lM : 2L : lB. Etant données les analogies<br />
<strong>de</strong> cette espèce avec le N. triandrus, nous avons suggéré que les<br />
<strong>de</strong>ux espèces doivent avoir un comportement semblable en ce<br />
qui concerne l'kérédité <strong>de</strong> l'kétérostylie. .Pour expliquer l'apparition<br />
d'une proportion différente nous avons émis <strong>de</strong>ux kypotkèses<br />
: l. er<br />
Ckez 2V. reflexvis toutes les fécondations légitimes et<br />
illégitimes sont également fertiles; 2. ême<br />
Chez N. reflexus, sur six<br />
fécondations légitimes possibles, les <strong>de</strong>ux fécondations entre<br />
forme médiostylée et forme brévistylée II'ont pas lieu, soit à<br />
défaut d'insectes convenables, soit pour tout autre raison encore<br />
inconnue. La première kypotkèse est rendue peu probable parce<br />
que <strong>de</strong>ux autopollinisations que nous avons faites se sont<br />
montré peu fertiles. La <strong>de</strong>uxième reste encore sans aucune base<br />
expérimentale.<br />
BIBLIOGRAPHIE<br />
BAKER, J. G., 1888.— Handbook of the Amarylli<strong>de</strong>ae. London.<br />
BARLOW, II., 1923. — Inheritance of the three forras in trimorphic species. /. Gêner.,<br />
13, 133-146.<br />
HENRIQUES, J. A., 1887. — Amarylli<strong>de</strong>as <strong>de</strong> Portugal. Bol. Soc. Brot., S (I série), Í59-174.<br />
1888. — Àdditamento ao catálogo das Amarylli<strong>de</strong>as <strong>de</strong> Portugal. Bol. Soc. Brot. 6<br />
(I série), 45-4T<br />
LEHMANN, E., 1928. — Selbststerilitât, Heterostylie. Handbuch <strong>de</strong>r Vererbunêswissenschait,<br />
2, 1-43.<br />
SAMPAIO, G., — Manual da Flora Portuguesa. Porto.<br />
VUBISCH, G., 1925. — Genetisch-pbysiologische Analyse <strong>de</strong>r Heterostylie. Biblioêraphia<br />
Genética, 2, 287-342.<br />
1934. — Das Fertilitâtsproblem im Pflanzenreiche. Zeit. I. Ind. Abst. Vererb.<br />
67, 225-241.
CYTOLOGIE ET GÉNÉTIQUE<br />
DE LA SEXUALITÉ<br />
CHEZ LES HYMÉNOMYCÈTES<br />
par-<br />
A. QUINTANILHA<br />
INTRODUCTION<br />
LES botanistes qui s'intéressent aux problèmes <strong>de</strong> biologie<br />
expérimentale ont toujours eu une préférence toute particulière<br />
pour les Coprins. Grâce à <strong>de</strong>s facilités <strong>de</strong> culture, <strong>de</strong><br />
germination <strong>de</strong>s spores, d'analyse <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s, etc., le genre<br />
Coprinus, et particulièrement Coprinus fimetatius, est <strong>de</strong>venu<br />
pour les botanistes une sorte <strong>de</strong> Drosophila. On le considère<br />
aujourd'hui comme un sujet classique, non seulement pour<br />
l'investigation, mais aussi pour les démonstrations <strong>de</strong> laboratoire.<br />
Malheureusement la petitesse <strong>de</strong> ses noyaux a découragé<br />
les investigateurs et empêché jusqu'à présent <strong>de</strong> poursuivre parallèlement<br />
les côtés génétique et cytologique <strong>de</strong>s problèmes qui<br />
se posent.<br />
Malgré cette gran<strong>de</strong> difficulté nous avons cru cependant<br />
utile d'attaquer le problème <strong>de</strong> la détermination et <strong>de</strong> l'hérédité<br />
du sexe, chez ce groupe <strong>de</strong> champignons, simultanément par <strong>de</strong>s<br />
métho<strong>de</strong>s génétiques et cytologiques.<br />
Dans un mémoire précé<strong>de</strong>nt (l) nous avons fait une mise<br />
au point et une étu<strong>de</strong> critique <strong>de</strong> ce qu'il y avait paru à ce moment-là<br />
<strong>de</strong> plus important sur la question. Nous avons continué<br />
entretemps nos investigations et croyons pouvoir affirmer<br />
que nous avons réussi dans la résolution <strong>de</strong> quelques questions<br />
bien précises et qui contribueront puissament à une plus claire<br />
compréhension <strong>de</strong> ces phénomènes si embrouillés <strong>de</strong> la sexualité<br />
chez les Basidiomycètes.<br />
Le but <strong>de</strong> ce travail a été surtout l'étu<strong>de</strong> <strong>de</strong>s copulations<br />
illégitimes et <strong>de</strong> leur <strong>de</strong>scendance; le problème <strong>de</strong>s anses dans ses<br />
(l) Quintanilha, 1933 b, «Le problème <strong>de</strong> la Sexualité chez les Champignons», Bol.<br />
Soc. Broteriana, vol. VIII (II série).
290 A. Quintanilh,<br />
relations avec les divisions nucléaires ; la génétique et la cytologie<br />
<strong>de</strong>s fructifications haploï<strong>de</strong>s.<br />
Ces investigations ont été encore réalisées à l'Institut<br />
Botanique <strong>de</strong> l'Université <strong>de</strong> Coimbra, dont le Directeur,<br />
Mons. le Prof. Carrisso, s'est toujours efforcé <strong>de</strong> nous procurer<br />
toute sorte <strong>de</strong> facilités. Un subsi<strong>de</strong> <strong>de</strong> la « Junta <strong>de</strong> Fducaçlo<br />
Nacional», accordé pendant six mois, et un autre du<br />
Fonds «Sa Pinto», <strong>de</strong>stiné à l'acquisition <strong>de</strong> matériel scientifique,<br />
ont facilité considérablement l'exécution du travail.<br />
Notre confrère Mons. Vieira Nativida<strong>de</strong> a bien voulu nous<br />
prêter son précieux concours pour le travail <strong>de</strong> microphotographie.<br />
Mons. Cabrai, notre ancien préparateur, nous a donné une<br />
col aboration sans laquelle il aurait été impossible la réalisation<br />
<strong>de</strong> telle besogne dans un si court dé'ai.<br />
Nous nous faisons un agréable <strong>de</strong>voir <strong>de</strong> témoigner ici notre<br />
reconnaissance à tous ceux qui ont bien voulu contribuer à la<br />
réussite <strong>de</strong> nos investigations.<br />
CHAPITRE I<br />
Cycle évolutif normal <strong>de</strong> Coprinus fimetarius<br />
Les spores <strong>de</strong> C. fimetarias germent très régulièrement dans<br />
une décoction <strong>de</strong> crottin <strong>de</strong> cheval. (Fig. 1, Planche I) A une<br />
température <strong>de</strong> 22° ils germent tous, sept heures après l'ensemencement.<br />
Chaque spore donne orijine à un mycélium primaire,<br />
qui ne passe jamais spontanément à l'état <strong>de</strong> mycélium secondaire.<br />
Malgré les affirmations contraires <strong>de</strong> plusieurs auteurs<br />
nous II'avons jamais va, <strong>de</strong>puis les sept années que nous nous<br />
occupons <strong>de</strong> ces étu<strong>de</strong>s, une production normale <strong>de</strong> fructifications<br />
haploï<strong>de</strong>s. Les mycéliums primaires ne produisent que <strong>de</strong><br />
toutes petites ébauches <strong>de</strong> carpophores qui avortent toujours <strong>de</strong><br />
bonne heure. Si ces fructifications arrivent à la maturation alors<br />
c'est qu'il y a eu une mutation. Nous aurons plus loin l'occasion<br />
<strong>de</strong> reparler <strong>de</strong> ces fructifications haploï<strong>de</strong>s.<br />
Pour obtenir <strong>de</strong>s mycéliums secondaires il faut croiser <strong>de</strong>s<br />
mycéliums primaires complémentaires. Des anastomoses se forment<br />
et, quelques jours plus tard, un mycélium à anses régulières<br />
et à divisions conjuguées commence à se développer (Fig. l).<br />
Dans un délai <strong>de</strong> dix à quinze jours ces mycéliums fructifient
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 291<br />
(Fig. 2 à S, Pl.. I). Les cellules hyméniales sont toutes binucléées.<br />
Dans celles qui vont donner origine aux basi<strong>de</strong>s, et rien que dans<br />
celles-ci, il y a une caryogamie (Fig. 6, Pl I). Le noyau diploï<strong>de</strong><br />
ainsi formé augmente considérablement <strong>de</strong> volume et puis se<br />
divise <strong>de</strong>ux fois <strong>de</strong> suite et donne origine aux quatre noyaux<br />
haploï<strong>de</strong>s <strong>de</strong>s futures spores. Ces <strong>de</strong>ux divisions se passent au<br />
sommet <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong>; mais les quatre noyaux haploï<strong>de</strong>s, avant<br />
<strong>de</strong> se porter vers les stérigmates, se déplacent vers la base <strong>de</strong> la<br />
basi<strong>de</strong> où ils séjournent un ou <strong>de</strong>ux jours. Il est donc très<br />
improbable que dans cette migration vers la base et puis vers le<br />
sommet ils conservent leurs positions relatives, comme le prétend<br />
Miss Newton (l). Puis les quatre noyaux traversent les stérigmates<br />
et vont se loger chacun dans une spore. Là une troisième<br />
division a lieu <strong>de</strong> sorte que chaque spore mûre a <strong>de</strong>ux noyaux<br />
(l) Cf. Quintanilhaβ3 b), pag. 34.
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 293<br />
<strong>de</strong> la même constitution génétique, puisque la réduction se passe<br />
pendant les <strong>de</strong>ux premières divisions. Les <strong>de</strong>ux noyaux <strong>de</strong> la<br />
spore sont très difficiles <strong>de</strong> mettre en évi<strong>de</strong>nce parce qu'ils se<br />
forment à un état <strong>de</strong> développement <strong>de</strong> la spore où le paroi est<br />
déjà trop épais et complètement noir.<br />
Coprinus fimetarius est en outre hétérothallique tétrapolaire.<br />
Deux paires <strong>de</strong> facteurs mendéliens, Aa, Bb, localisés sur<br />
<strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> chromosomes, son responsables <strong>de</strong> l'existence,<br />
dans ckaque génération, <strong>de</strong> quatre groupes d'haplontes ( AB, ab,<br />
Ab, aB) compatibles <strong>de</strong>ux à <strong>de</strong>ux ( AB + ab, Ab + aB) (Tab. I ).<br />
Le pourcentage <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s tétracrates (z, Tab. III) vis-à-vis <strong>de</strong>s<br />
tétra<strong>de</strong>s dicrates (x + y, Tab. II) nous a permis d'affirmes l'existence<br />
<strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s où la première division doit être réductionelle pour<br />
une paire <strong>de</strong> cbromosomes et équationelle pour une autre (l).<br />
CHAPITRE II<br />
Les copulations illégitimes<br />
Les mycéliums secondaires ne se forment donc que par croisement<br />
<strong>de</strong> mycéliums primaires compatibles, c'est à dire, <strong>de</strong>s<br />
mycéliums qui ne possè<strong>de</strong>nt aucun facteur commun. Cette règle<br />
a cependant <strong>de</strong>s exceptions. On les appelle copulations illégitimes.<br />
Plusieurs auteurs ont remarqué ces exceptions (Kniep,<br />
Brunswik, Buller, Van<strong>de</strong>ndries, Oorfc, etc.). Nous même, nous<br />
nous sommes occupé largement d'elles dans <strong>de</strong>s travaux précédants<br />
(2). Mais personne ne les avait étudiées, d'une façon<br />
rigoureuse, en employant simultanément les techniques cytologiques<br />
et génétiques.<br />
Dès le commencement <strong>de</strong> nos étu<strong>de</strong>s sur ce sujet nous<br />
avions donné une gran<strong>de</strong> importance à ce problème <strong>de</strong>s copulations<br />
illégitimes. Nous avions prévu qu'elles <strong>de</strong>vaient jouer, pour<br />
le problème <strong>de</strong> la sexualité cbez les Basidiomycètes, un rôle<br />
pareil à celui <strong>de</strong>s croisements <strong>de</strong> races géographiques différentes<br />
<strong>de</strong> Lymantria dans les célèbres travaux <strong>de</strong> Goldscbmidt.<br />
Quand on parcourt les travaux <strong>de</strong> ceux qui se sont occupés<br />
(1) Cf. Quintanilha, 1933 b, pag. 30, et Quintanilha, 1933 a.<br />
(2) Quintanilhaβ3 b).<br />
38
294 A. Quintanilha<br />
<strong>de</strong> ce problème. <strong>de</strong>s copulations illégitimes on a l'impression<br />
qu'elles se produisent par hasard, sans aucune régularité et<br />
qu'en outre, elles sont normalement stériles. Brunswik remarque<br />
déjà que la tendance à la production <strong>de</strong> copulations illégitimes<br />
est d'autant plus gran<strong>de</strong> que les mycéliums sont plus jeunes; et<br />
que, d'un autre côté, il II'est pas indifférent que le facteur mendélien<br />
que les <strong>de</strong>ux mycéliums primaires possè<strong>de</strong>nt en commun<br />
appartienne à la paire Aa ou Bb.<br />
Nous avons confirmé et précisé les conclusions <strong>de</strong> Brunswik.<br />
Des copulations illégitimes ne sont possibles que par communauté<br />
d'un facteur <strong>de</strong> la paire Bb, jamais par communauté<br />
<strong>de</strong> A ou a. (Tab. IV). Et, d'autre part, l'âge <strong>de</strong>s mycéliums joue<br />
un rôle tellement important, qu'on peut obtenir régulièrement<br />
<strong>de</strong>s copulations illégitimes, entre toute paire <strong>de</strong> mycéliums possédant<br />
un facteur commun (B ou b), pourvu qu'on les croise<br />
suffisamment jeunes. Si, au lieu <strong>de</strong> croiser les mycéliums, on part<br />
<strong>de</strong> cultures bispèrmes, on peut être sûr qu'on obtiendra <strong>de</strong>s copulations<br />
illégitimes chaque fois que les <strong>de</strong>ux spores aient en<br />
commun le facteur B ou b, et rien que ceux-ci. La communauté<br />
d'un facteur <strong>de</strong> la paire Aa empêche toujours les copulations<br />
illégitimes.<br />
Les mycéliums qui résultent <strong>de</strong> ces copulations illégitimes<br />
II ont jamais été l'object d'une étu<strong>de</strong> sérieuse. On savait à peine<br />
que ces mycéliums produisaient <strong>de</strong>s anses imparfaites, c'est à<br />
dire, qui ne se fusionnaient pas avec l'hyphe et restaient ainsi
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 295<br />
fermées à leur extrémité distale ; et, qu'en outre, ils continuaient<br />
souvent à produire <strong>de</strong>s oïdies à la manière <strong>de</strong>s mycéliums<br />
primaires.<br />
D'après nos observations ces mycéliums illégitimes sont<br />
essentiellement caractérisés par le fait qu'ils sont simultanément<br />
primaires et secondaires, mono- et dicaryotiques. En effet, si<br />
l'on observe le développement d'un tel mycélium sur gélose, on<br />
s'aperçoit bientôt due les cellules terminales <strong>de</strong>s hypbes possè<strong>de</strong>nt<br />
<strong>de</strong>s dicaryons (Fig. 2), qui se multiplient par <strong>de</strong>s<br />
divisions conjuguées, tout à fait pareilles à celles <strong>de</strong>s mycéliums<br />
secondaires. Seulement dans ceux-ci un <strong>de</strong>s quatre noyaux qui se<br />
forment à cbaque division conjuguée, traverse l'anse latérale et<br />
est déversé dans la cellule subterminale (Fig. 1, III, pag. 287),<br />
où un nouveau dicaryon se reforme ; tandis que dans les mycéliums<br />
«illégitimes», puisque l'anse ne se fusionne pas avec la cellule<br />
subterminale, celle-ci ne contiendra qu'un seul <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux noyaux<br />
du dicaryon, l'autre restant emprisonné dans l'anse (Fig. 2, II)«<br />
Ainsi à cbaque division conjuguée il y aura toujours un dica-
296 A. Quintanilha<br />
ryon qui se conserve et un autre dont les éléments se dissocient.<br />
La cellule subterminale uninucléée <strong>de</strong> ces mycéliums illégitimes<br />
va maintenant se ramifier (Fig. 2, II et III). Son seul<br />
noyau passe dans cette ramification latérale et on assiste<br />
maintenant à quelque cbose d'inouï. Dans le voisinage du noyau<br />
unique <strong>de</strong> cette brancbe une anse commence à se développer<br />
(Fig. 2, III); une division nucléaire accompagne la formation<br />
<strong>de</strong> l'anse, <strong>de</strong> telle sorte qu'un <strong>de</strong>s noyaux fils passera dans l'anse<br />
tandis que l'autre restera dans la brancbe en se dirigeant vers<br />
son extrémité (Fig. 2, IV).<br />
Les <strong>de</strong>ux cloisons habituelles vont se former maintenant<br />
(Fig. 2, IV), en séparant les unes <strong>de</strong>s autres trois cellules: celle<br />
du sommet <strong>de</strong> la branche, avec un seul noyau; la subterminale,<br />
dépourvue <strong>de</strong> noyau; et l'anse latérale qui, comme d'habitu<strong>de</strong><br />
ici, restera fermée et conservera son noyau emprisonné (Fig. 2,<br />
IV). On se rend ainsi facilement compte que la formation <strong>de</strong>s<br />
anses II'est pas forcément sous la dépendance <strong>de</strong>s divisions conjuguées.<br />
Ce mo<strong>de</strong> <strong>de</strong> développement <strong>de</strong> la cellule subterminale <strong>de</strong><br />
l'hyphe peut avoir <strong>de</strong>s variantes. Ainsi il arrive souvent que le<br />
noyau unique <strong>de</strong> cette cellule se divise au moment où la branche<br />
latérale comence à se développer. D'ailleurs, tout se passe comme<br />
auparavant; un seul noyau prend part à la formation <strong>de</strong> l'anse<br />
tandis que l'autre reste éloigné et à l'état <strong>de</strong> repos. La seule différence<br />
c'est que les trois cellules qui en résultent — celle du<br />
sommet <strong>de</strong> la branche, la subterminale et l'anse — possè<strong>de</strong>nt chacune<br />
un noyau.<br />
Il se peut aussi que l'anse soit omise, dans la formation <strong>de</strong><br />
la branche latérale, et que celle-ci commence son développement<br />
tout <strong>de</strong> suite à la manière <strong>de</strong>s mycéliums primaires. D'une façon<br />
ou d'une autre ces mycéliums «illégitimes» se distinguent <strong>de</strong>s<br />
mycéliums secondaires normaux par leur constitution mixte. Ils<br />
sont partiellement secondaires, puisqu'ils possè<strong>de</strong>nt <strong>de</strong>s cellules<br />
à dycarions et à divisions conjuguées; ils sont partiellement<br />
primaires, puisqu'ils possè<strong>de</strong>nt aussi <strong>de</strong>s cellules uninucléées<br />
qui peuvent, malgré cela, produire <strong>de</strong>s anses, ou se développer à<br />
la manière <strong>de</strong>s mycéliums primaires, par formatian <strong>de</strong> cloisons<br />
simples.<br />
La distinction sur le frais entre un mycélium légitime et
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 297<br />
illégitime II'offre d'ordinaire pas <strong>de</strong> difficultés. Dans les illégitimes<br />
les anses sont plus rares, toujours fermées et il y a<br />
généralement <strong>de</strong>s oïdies. Celles-ci sont très rares dans les mycéliums<br />
légitimes; les anses se forment régulièrement à chaque<br />
cloison et sont ouvertes à leur extrémité distale. Il y a lieu<br />
rarement à <strong>de</strong>s confusions. Le croisement avec les tests permet<br />
toujours <strong>de</strong> les éliminer.<br />
Voyons maintenant la constitution génétique <strong>de</strong> ces mycéliums<br />
illégitimes. Supposons que les <strong>de</strong>ux spores, dont nous<br />
sommes parti dans notre culture bispèrme, appartenaient respectivement<br />
aux groupes Ab et ab. Alors les <strong>de</strong>ux noyaux <strong>de</strong><br />
chaque dicaryon auront cette même constitution et l'on pourra<br />
représenter celui-ci par la formule Ab + ab. Mais, comme à<br />
chaque division conjuguée, <strong>de</strong>ux <strong>de</strong>s éléments du dicaryon se<br />
dissocient <strong>de</strong> nouveau, la cellule terminale conservera son dicaryon<br />
(Ab + ab) tandis que l'anse et la cellule subterminale<br />
recevront chacune un <strong>de</strong>s éléments dissociés du dicaryon. S'il<br />
ny a pas une préférence spéciale d'un <strong>de</strong> ces noyaux à donner<br />
dans le piège qui lui est offert par l'anse, alors la cellule subterminale<br />
et les branches qu'elle va produire auront, tour à tour,<br />
<strong>de</strong>s noyaux Ab et ab (Fig. 2). Si en realité les choses se passent<br />
ainsi nous aurons dans un <strong>de</strong> ces mycéliums illégitimes un<br />
mélange <strong>de</strong> trois éléments différents, savoir: un mycélium secondaire<br />
à dicaryons, mais à anses fermées (Ab+ab); un<br />
mycélium primaire (Ab); et un <strong>de</strong>uxième mycélium primaire<br />
(ab). Le croisement avec les tests nous permet <strong>de</strong> vérifier cette<br />
hypothèse; notre mycélium illégitime donne en effet une reaction<br />
positive forte avec aB et AB, négative avec Ab et ab.<br />
Ce mycélium illégitime continue à se développer d'après le<br />
schème déjà décrit. Les branches <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux mycéliums primaires<br />
dont il est constitué s'anastomosent bientôt et <strong>de</strong>s noyaux Ab<br />
et ab vont <strong>de</strong> nouveau se rencontrer face à face dans la même<br />
cellule. D'autres dicaryons peuvent ainsi prendre origine; mais<br />
le point où l'anastomose a eu lieu est d'ordinaire tellement<br />
éloigné <strong>de</strong> celui où la première anse va se former, qu'il est<br />
souvent impossible, dans cet enchevêtrement d'hyphes, d'affirmer<br />
que telle anastomose a été le point <strong>de</strong> départ <strong>de</strong> tel nouveau<br />
dicaryon.<br />
Les mycéliums illégitimes ainsi obtenus (communauté <strong>de</strong>
298 A. Quintanilha<br />
B ou b, cultures bïspèrmes) fructifient toujours; seulement les<br />
carpophores se développent plus tard et ont un aspect très particulier<br />
(Fig. 8, 9 et 10, Pl. II). Tandis que les cultures bispèrmes<br />
légitimes (AB + ab, p. ex.), repiquées sur du crottin <strong>de</strong> cheval,<br />
donnent, à la température <strong>de</strong> 18°, <strong>de</strong>s carpopfiores normaux<br />
dans un délai <strong>de</strong> 14 à l6 jours, les cultures bispèrmes illégitimes,<br />
dans les mêmes conditions, ne commencent à fructifier que vers<br />
la fin <strong>de</strong> la troisième semaine, parfois même seulement quand<br />
elles sont âgées d'un à <strong>de</strong>ux mois.<br />
De ces fructifications il y en a beaucoup qui avortent à<br />
différents états <strong>de</strong> développement; quelques unes cependant<br />
arrivent à maturation et produisent <strong>de</strong>s spores d'un pouvoir<br />
germinatif normal. Files restent souvent pendant <strong>de</strong>s jours dans<br />
le même état; puis, tout d'un coup, quand on croit qu'elles ont<br />
avorté, elles reprennent leur accroissement. Files ont une couleur<br />
plus pâle, <strong>de</strong>s pédoncules plus courts, <strong>de</strong>s chapeaux qui souvent<br />
ne s'épanouissent pas, et produisent moins <strong>de</strong> spores que les<br />
fructifications normales; parfois elles ne laissent pas tomber les<br />
spores. Quand on observe à la loupe la surface <strong>de</strong>s lamelles on<br />
s'aperçoit qu'une gran<strong>de</strong> quantité <strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s ont avorté et II'ont<br />
pas produit <strong>de</strong>s spores (Fig. 11, Pl. II). Les tétra<strong>de</strong>s sont ainsi<br />
très éloignées les unes <strong>de</strong>s autres et leur isolement se fait avec<br />
une extrême facilité.<br />
A côté <strong>de</strong> ces frutifications très anormales nous avons parfois<br />
observé d'autres dont le rythme <strong>de</strong> développement et les<br />
caractères morphologiques se confondaient presque avec ceux<br />
<strong>de</strong>s fructifications légitimes.<br />
L'étu<strong>de</strong> cytologique <strong>de</strong> ces fructifications illégitimes nous a<br />
montré que l'hyménium est constitué par <strong>de</strong>ux types différents<br />
<strong>de</strong> cellules, les unes ayant <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s, les autres,<br />
un seul noyau également haploïd ( Fig. 12, Pl. II). Les cellules<br />
binucléées ont un développement tout à fait normal. Les <strong>de</strong>ux<br />
noyaux haploï<strong>de</strong>s se fusionnent pour donner origine à unseul<br />
noyau diploï<strong>de</strong> (Fig. l4, Pl. II); celui-ci augmente considérablement<br />
<strong>de</strong> volume et, moyennant <strong>de</strong>ux divisions réductionelles<br />
successives donne origine aux quatre noyaux haploï<strong>de</strong>s, qui traversent<br />
les stérigmates et passent dans les quatre spores <strong>de</strong> la<br />
tétra<strong>de</strong>; là ils éprouvent encore une troisième division et les<br />
spores <strong>de</strong>viennent binucléées.
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
Quant aux basi<strong>de</strong>s à un seul noyau haploï<strong>de</strong> il y en a<br />
quelques unes qui avortent avant que le noyau ne se divise;<br />
dans d'autres la première division seule aura lieu. La prophase<br />
<strong>de</strong> ces divisions est d'une interprétation difficile; nous II'avons<br />
pas réussi à vérifier s'il y a ou non <strong>de</strong>s accouplements <strong>de</strong> chromosomes.<br />
Nous pouvons seulement affirmer qu'on observe à la<br />
métaphase une plaque équatorielle plus ou moins régulière; à<br />
l'anaphase les chromosomes ne marchent pas ensemble vers les<br />
<strong>de</strong>ux pôles; tandis que les uns sont déjà arrivés auprès <strong>de</strong>s centrioles<br />
on peut voir d'autres encore à Féquateur <strong>de</strong> la cellule<br />
(Fig. 20, Pl. III). Il est bien probable que ces chromosomes en<br />
retard ne prennent plus part à la formation <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux noyaux<br />
fils et restent dans le plasma où ils seront reabsorbés.<br />
Ces chromosomes sont d'une petitesse énervante (0,25 à<br />
0,4 (J-). Pour les distinguer il faut avoir <strong>de</strong>s préparations très<br />
bien fixées (La Cour 2 B), très soigneusement différenciées,<br />
(Violet <strong>de</strong> gentiane), et <strong>de</strong> très bons objectifs (Zeiss, apochr.<br />
90-1,4). Dans un nombre assez élevé <strong>de</strong> figures d'anaphase<br />
observées nous avons pu compter 8 chromosomes et <strong>de</strong>ux centrions,<br />
tous à peu près <strong>de</strong>s mêmes dimensions. Il faut donc<br />
croire que le nombre <strong>de</strong> chromosomes à la haplophase ne doit<br />
être inférieur à quatre.<br />
Les <strong>de</strong>ux noyaux ainsi formés passent souvent à l'état <strong>de</strong><br />
repos et s'éloignent du sommet <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong> (Fig. l5 et 16, Pl. II)-<br />
Plus tard ils dégénèrent et sont réabsorbés. Mais nous ne<br />
pouvons pas affirmer que ce soit leur seule <strong>de</strong>stinée; tout au<br />
contraire nous sommes convaincu que quelques unes <strong>de</strong> ces<br />
basi<strong>de</strong>s peuvent former <strong>de</strong>ux spores dont chacune recevraient<br />
un <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux noyaux. Nous avons parfois observé dans <strong>de</strong>s<br />
coupes, <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s à <strong>de</strong>ux noyaux, <strong>de</strong>ux stérigmates et <strong>de</strong>ux<br />
spores, qui, cela va sans dire, II'étaient certainement pas <strong>de</strong>s<br />
moitiés <strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s coupées en <strong>de</strong>ux par le rasoir. Mais dans les<br />
lamelles observées sur le frais, nous II'avons jamais remarqué,<br />
<strong>de</strong> dya<strong>de</strong>s à côté <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s.<br />
Dans d'autres cas encore, la première division du noyau<br />
haploï<strong>de</strong> est suivie d'une autre; alors quatre noyaux se forment<br />
comme dans le cas normal. Il est très rare que ces basi<strong>de</strong>s dégénèrent<br />
à cet état; on voit presque toujours se développer les<br />
quatre stérigmates, chacun terminé par une spore. Les noyaux
3oo A. Quintaniîka<br />
haploï<strong>de</strong>s passent dans les spores où une troisième division<br />
aura lieu et les spores <strong>de</strong>viennent binucléées.<br />
A côté <strong>de</strong> l'étu<strong>de</strong> cytologique nous avons poursuivi aussi<br />
l'étu<strong>de</strong> génétique <strong>de</strong> ces fructifications illégitimes en analysant<br />
grand nombre <strong>de</strong> spores et <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s. Chaque carpophore<br />
produit toujours <strong>de</strong>ux groupes <strong>de</strong> spores, les mêmes groupes<br />
auxquels appartenaient les progéniteûrs (Ab + ab ne donnent<br />
dans la <strong>de</strong>scendance que Ab et ab). Mais pour ce qui est <strong>de</strong>s<br />
tétra<strong>de</strong>s il y en a <strong>de</strong>ux types différents: dicrates et monocrates.<br />
Ainsi, par exemple, si l'on était parti d'une culture bispèrme où<br />
les <strong>de</strong>ux spores étaient respectivement Ab et ab, on obtiendrait:<br />
<strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s dicrates (2 Ab + 2 ab ) et <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates<br />
(ou bien 4 Ab, ou bien 4 ab) (Cf. Tableau V et VI).
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
Le pourcentage <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s dicrates vis-à-vis <strong>de</strong>s monocrates<br />
peut varier dans <strong>de</strong> larges limites. Les monocrates sont toujours<br />
plus rares; ainsi quand on II'observe qu'une petite quantité <strong>de</strong><br />
tétra<strong>de</strong>s il se peut qu'on ne trouve que <strong>de</strong>s dicrates. C'est ce qui<br />
nous est arrivé au commencement (l). Mais quand on analyse<br />
un grand nombre <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s on trouve toujours quelques-unes<br />
monocrates. Ainsi dans une <strong>de</strong>s fructifications étudiées, <strong>de</strong> 24 tétra<strong>de</strong>s<br />
analysées, une seule était monocrate, tandis que dans une<br />
autre fructification, d'une autre culture bispèrme, <strong>de</strong> 24 tétra<strong>de</strong>s,<br />
9 étaient monocrates. Dans 78 tétra<strong>de</strong>s analysées, appartenant à<br />
9 carpopbores illégitimes, 65 étaient dicrates et l3 monocrates,<br />
soit une proportion <strong>de</strong> l6,6°/ 0 <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s monocrates.<br />
Si l'on confronte maintenant les résultats obtenus par les<br />
métbo<strong>de</strong>s génétiques avec ceux acquis par <strong>de</strong>s métbo<strong>de</strong>s cytologiques<br />
on est tout <strong>de</strong> suite frappé <strong>de</strong> leur parfaite concordance.<br />
En effet, le mycélium illégitime était un tout composé <strong>de</strong><br />
trois parties différentes: un mycélium à dicaryons ( Ab ~ ab),<br />
et <strong>de</strong>ux mycéliums primaires, à cellules uninucléées, respectivement<br />
Ab et ab. Quand ce mycélium illégitime fructifie on<br />
trouve dans l'byménium, à côté les unes <strong>de</strong>s autres, <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s<br />
à <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s, certainement Ab "h ab, et d'autres à<br />
un seul noyau, ou bien Ab, ou bien ab. Les basi<strong>de</strong>s binucléées,<br />
moyennant une caryogamie suivie <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux divisions <strong>de</strong> réduction,<br />
produiront <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s exclusivement dicrates (z Ab - 2 ab);<br />
pour ce qui est <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s uninucléées, une partie considérable<br />
dégénèrent à différents états <strong>de</strong> développement, grâce certainement<br />
à <strong>de</strong>s irrégularités dans la distribution <strong>de</strong>s chromosomes;<br />
mais ceux qui arrivent à former <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s ne donneront que<br />
<strong>de</strong>s monocrates, ou bien 4 Ab, ou bien 4 ab. Et, puisque les<br />
mycéliums obtenus à partir <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates sont tout à<br />
fait normaux, il faut croire que les <strong>de</strong>ux divisions successives du<br />
noyau haploï<strong>de</strong> <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong>, qui ont produit les noyaux <strong>de</strong>s<br />
quatre spores, ont eu lieu, cette fois ci, sans irrégularités. C'est<br />
à dire qu'il y a la possibilité, pour les basi<strong>de</strong>s haploï<strong>de</strong>s, que chaque<br />
chromosome subisse <strong>de</strong>ux divisions équationelles <strong>de</strong> suite et se<br />
partage ainsi régulièrement entre les quatre noyaux <strong>de</strong>s spores.<br />
Les choses ne se passent pas évi<strong>de</strong>mment toujours comme<br />
(l) Cf. Quintanilhaβ4 h).
302 A. Quintanilha<br />
cela. S'il y a <strong>de</strong>s irrégularités pendant les divisions, la basi<strong>de</strong><br />
avorte; si les divisions se passent normalement et sont toutes<br />
<strong>de</strong>ux équationelles, la basi<strong>de</strong> donnera origine à une tétra<strong>de</strong> monocrate<br />
dont les quatre spores auront toutes la même constitution<br />
génétique. Plus il y a d'irrégularités, plus il y aura <strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s<br />
avortées et moins grand sera le pourcentage <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s monocrates<br />
trouvées. La limite maximum que nous avons observé pour<br />
<strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates vis-à-vis <strong>de</strong>s dicrates a été <strong>de</strong> 37 % ( culture<br />
bispèrme E = AB + aB ; l5 tétra<strong>de</strong>s dicrates 2 AB + 2 aB et 9<br />
monocrates, 6 AB, et 3 aB (l).<br />
A la lumière <strong>de</strong> ces connaissances il est très difficile d'interpréter<br />
avec précision les résultats obtenus par Oort, Brunswik<br />
et Van<strong>de</strong>ndries (Cf. Quintanilka 33 b, pag. 49), puisqu'ils II'ont<br />
fait ni <strong>de</strong>s analyses <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s (2), ni l'étu<strong>de</strong> cytologique <strong>de</strong>s<br />
carpopkores. Ce qu'on peut affirmer dès maintenant c'est que<br />
ckacun peut produire, expérimentalement et à son gré, <strong>de</strong>s<br />
copulations illégitimes et les faire fructifier. La présence d'un<br />
facteur commun <strong>de</strong> la paire Bb ne peut pas être un obstacle ni<br />
à la réalisation <strong>de</strong> l'acte sexuel (somatogamie), ni à la caryogamie,<br />
pourvu que les <strong>de</strong>ux mycéliums soit croisés suffisamment<br />
jeunes. Le mycélium Ab, faute <strong>de</strong> son complémentaire aB,<br />
se résignera à prendre pour partenaire ab, au moins en attendant<br />
que quelque ckose <strong>de</strong> mieux ne survienne. C'est la vieille sagesse<br />
populaire — «faute <strong>de</strong> grives on mange <strong>de</strong>s merles».<br />
(1) En outre <strong>de</strong> ces 24 tétra<strong>de</strong>s nous avons obtenu, <strong>de</strong> cette même fructification,<br />
une autre avec la constitution: AB — AB —aB — AB. C'a été la seule, parmi près <strong>de</strong> 400<br />
tétra<strong>de</strong>s étudiées par nous jusqu'à présent, où nous avons remarqué un <strong>de</strong>saccord avec les<br />
lois <strong>de</strong> Men<strong>de</strong>l. Les mycéliums obtenus étaient tout à fait normaux, les réactions avec les<br />
tests, répétées trois fois <strong>de</strong> suite, ont été toujours d'une gran<strong>de</strong> netteté. Nous ne croyons<br />
pas qu'ils s'agisse d'une erreur <strong>de</strong> technique, très improbable avec la rigueur <strong>de</strong> nos métho<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> travail (Cf. Quintanilha, 1933 b). Nous nous inclinons <strong>de</strong> préférence vers l'hypothèse<br />
d'une mutation. Ou bien la basi<strong>de</strong> était haploï<strong>de</strong> (AB) et dans un <strong>de</strong>s quatre<br />
noyaux le gène A aurait muté en a; ou bien la basi<strong>de</strong> était diploï<strong>de</strong> et, pendant la division<br />
<strong>de</strong> réduction, dans un seul chromati<strong>de</strong>, a aurait muté en A, ou si l'on préfère, une<br />
conversion monogénique se serait passé.<br />
(2) Oort a analysé une seule tétra<strong>de</strong>, qu'il a trouvé être monocrate, résultat<br />
également compatible avec l'hypothèse d'une chimère haploï<strong>de</strong> qu'avec celle d'une fructification<br />
illégitime.
Cytologie- et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 303<br />
CHAPITRE III<br />
Fructifications haploï<strong>de</strong>s<br />
On sait <strong>de</strong>puis longtemps que chez les Hyménomycètes il y<br />
a <strong>de</strong>ux types <strong>de</strong> cycle évolutif. Chez la plupart <strong>de</strong>s espèces le<br />
mycélium primaire passe à l'état <strong>de</strong> mycélium secondaire, ou<br />
bien spontanément, cbez les formes homothalliques, ou bien<br />
après croisement avec un autre mycélium primaire complémentaire.<br />
Dans les basi<strong>de</strong>s binucléées il y a toujours une caryogamie<br />
suivie <strong>de</strong> réduction chromatique. Cbez d'autres espèces tout le<br />
cycle évolutif se passe dans la pbase haploï<strong>de</strong>; les basi<strong>de</strong>s sont<br />
donc uninucléées et il II'y a pas <strong>de</strong> réduction chromatique.<br />
BAUCH (26) et SMITHΒ4) ont pu constater que, dans la même<br />
espèce, il y a parfois <strong>de</strong>s formes dont le cycle évolutif se passe<br />
dans la haplophase à côté d'autres où il y a une caryogamie.<br />
CHOWΒ4), élève <strong>de</strong> Dangeard, prétend avoir obtenu, à partir<br />
<strong>de</strong> cultures monospèrmes, <strong>de</strong> son Coprinus îaéopus ( syn. <strong>de</strong><br />
notre Coprinus iimetarius ), <strong>de</strong>s carpophores partiellement ou<br />
complètement stériles, mais à basi<strong>de</strong>s binucléées et avec une caryogamie.<br />
C'est pourquoi nous avons profité <strong>de</strong> l'occasion pour étudier<br />
soigneusement ces carpophores <strong>de</strong> cultures monospèrmes avec<br />
<strong>de</strong>s mycéliums bien connus au point <strong>de</strong> vue génétique.<br />
Normalement les cultures monospèrmes <strong>de</strong> C. iimetarius<br />
restent indéfiniment à l'état <strong>de</strong> mycélium primaire et ne fructifient<br />
pas, à moins qu'une mutation II'intervienne. Elles peuvent<br />
tout au plus donner <strong>de</strong> petites ébauches <strong>de</strong> carpophores qui ne se<br />
développent jamais. Une fois il nous est arrivé d'obtenir une<br />
souche dont toutes les cultures monospèrmes fructifiaient. Les<br />
carpophores étaient presque normaux; seulement ils ne laissaient<br />
pas tomber les spores et il y avait beaucoup <strong>de</strong> basi<strong>de</strong>s avortées.<br />
Cette souche, que nous désignerons par B4, est apparue par<br />
mutation parmi la <strong>de</strong>scendance d'un carpophore <strong>de</strong> constitution<br />
génétique connue ( A'b + aB ). De trois tétra<strong>de</strong>s étudiées dans la<br />
<strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> ce carpophore, <strong>de</strong>ux (A et C) avaient une constitution<br />
normale ( A'B, A'b, aB, ab ), tandis que la' troisième<br />
nous présentait une mutation. En effet le mycélium B< ( cf•<br />
Tableau VII) qui <strong>de</strong>vait avoir la constitution ab nous a donné<br />
réaction positive non seulement avec AB mais aussi avec aB;
3o4 A. Quintanilha<br />
et, quoique en étant un mycélium primaire typique, il fructifiait<br />
régulièrement dans les tubes <strong>de</strong> culture. Croisé avec un<br />
groupe d'autres tests, obtenus eux aussi par mutation, le mycé-<br />
lium B4 a donné ( cf. Tableau VII ) : réaction positive avec tous<br />
ceux qui possè<strong>de</strong>nt le facteur B associé à un autre différent <strong>de</strong><br />
a; réaction illégitime avec ceux qui ont b associé à un facteur<br />
différent <strong>de</strong> a; réaction négative avec ab; réaction illégitime avec<br />
aB. Cette capacité <strong>de</strong> donner <strong>de</strong>s réactions illégitimes avec aB<br />
s'évanouit petit à petit au fur et à mesure que le mycélium<br />
(B4) <strong>de</strong>vient plus âgé, pour disparaître complètement au bout<br />
<strong>de</strong> quelques semainesβ à 5). Il doit donc possé<strong>de</strong>r le facteur b<br />
associé à un allélomorpbe <strong>de</strong> Aa différent <strong>de</strong> A, A' et A" et<br />
d'une valence suffisament différente <strong>de</strong> celle <strong>de</strong> a pour pouvoir<br />
donner avec celui ci, dans la jeunesse, <strong>de</strong>s réactions illégitimes.<br />
Nous désignerons ce nouveau mutant par a t. Le mycélium B4 sera<br />
donc ai b.<br />
D'un carpopbore ( Fig. 17 et 18, Pl. III ), né sur le mycélium<br />
monospèrme B 4 nous avons isolé quatre tétra<strong>de</strong>s. Files étaient<br />
toutes monocrates (cf. Tableau VIII), chaque mycélium ayant<br />
la même constitution que B4 (a tb). Croisés les uns avec les autres<br />
on II'a obtenu que <strong>de</strong>s réactions négatives (cf. Tableau VIII).<br />
Les réactions avec aB étaient maintenant plus faibles, quelquefois<br />
même négatives, certainement parce que les croisements avec les<br />
tests II'ont été faits que quand les mycéliums étaient âgés <strong>de</strong> 22
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
jours. Les mycéliums monospèrmes <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> B4 sont<br />
tous typiquement primaires; ils ne passent jamais à l'état <strong>de</strong><br />
mycélium secondaire; mais ils fructifient tout <strong>de</strong> même et très<br />
régulièrement, plus vite encore que les mycéliums secondaires<br />
qu'on obtient par croisement avec AB.<br />
Le développement <strong>de</strong> ces carpophores a été étudié tr s<br />
soigneusement. On ne rencontre jamais <strong>de</strong> dicaryons. Toutes les<br />
cellules <strong>de</strong> l'hyménium ont, dès le commencement, un seul<br />
noyau avec les dimensions <strong>de</strong>s noyaxix haploï<strong>de</strong>s (Fig. 19, Pl.<br />
III); celui-ci augmente <strong>de</strong> volume, avant la division, mais<br />
II'atteint jamais la moitié du volume normal <strong>de</strong>s noyaux diploï<strong>de</strong>s<br />
qui vont subir la division <strong>de</strong> réduction.<br />
Le noyau haploï<strong>de</strong> <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong> prend maintenant place à<br />
la partie supérieure <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong> et le fuseau va se former, comme<br />
d'habitu<strong>de</strong>, dans une position transversale.<br />
Tout se passe maintenant comme chez les basi<strong>de</strong>s haploï<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>s carpophores illégitimes. Quelques basi<strong>de</strong>s avortent avant la<br />
-première division,.d'autres plus nombreux, après cette division,<br />
d'autres finalement, plus rares, après la <strong>de</strong>uxième division. On<br />
pourrait répéter ici ipsis verbis ce que nous avons décrit plus<br />
haut à propos <strong>de</strong>s fructifications illégitimes. Plusieurs <strong>de</strong> ces<br />
fructifications portent une gran<strong>de</strong> quantité <strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s; elles<br />
«ont toutes monocrates (a tb) et les spores germent normalement.<br />
La capacité <strong>de</strong> produire <strong>de</strong>s fructifications haploï<strong>de</strong>s II'est
306 A. Quintanilha<br />
pas ainsi, d'après notre expérience, une faculté plus au moins<br />
généralisée chez les mycéliums primaires <strong>de</strong> Coprinus iimetarius.<br />
Cette capacité est survenue brusquement cbez une soucbe où<br />
ePe II'existait pas et s'est maintenue après pendant <strong>de</strong>s générations<br />
sucessives, avec la plus gran<strong>de</strong> régularité.<br />
Nous croyons donc être en présence d'une mutation accompagnée<br />
en outre d'une légère modification génotypique <strong>de</strong> a en a t.<br />
Au contraire <strong>de</strong> ce qu'affirme CHOW (loc. cit.) ces fructifications<br />
baploï<strong>de</strong>s ne contiennent que <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s uninucléées.<br />
CHAPITRE IV<br />
Mutation A'. Phénomènes <strong>de</strong> nanisme<br />
Parmi les mutations obtenues, celle que nous désignons par<br />
A' a surgi dans la <strong>de</strong>scendance d'une fructification illégitime.<br />
Cette fois-ci nous ne sommes pas parti d'une culture bispèrme,<br />
comme d'habitu<strong>de</strong>, mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux mycéliums dont la constitution<br />
avait été constaté par <strong>de</strong>s croisements. Ces <strong>de</strong>ux mycéliums<br />
(Ab) et (ab), croisés pour la première fois, ont donné une<br />
réaction illégitime très nette.<br />
Le mycélium illégitime ainsi obtenu s'est conduit comme<br />
ceux <strong>de</strong>s autres copulations illégitimes dont nous avons déjà<br />
parlé. Seulement l'analyse <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s était très difficile ici<br />
puisque bon nombre <strong>de</strong> spores ne germaient pas, tandis que<br />
d'autres, tout en germant, ne donnaient que <strong>de</strong>s mycéliums<br />
nains, d'un aspect pitoyable dont les hyphes se résolvaient<br />
presque complètement en oï<strong>de</strong>s et mourraient presque toujours<br />
après le repiquage.<br />
Ainsi, d'une <strong>de</strong> ces fructifications illégitimes (Ab + ab),<br />
nous avons isolé une fois six tétra<strong>de</strong>s. Des 24 mycéliums<br />
obtenus pas plus que trois ont résisté au repiquage; ils appartenaient<br />
tous à la même tétra<strong>de</strong>. Confrontés avec les tests ils ont<br />
donné les réactions que nous rep:oduisons dans notre Tableau<br />
IX. La réaction <strong>de</strong> 1A avec ab étant une copulation illégitime<br />
la tétra<strong>de</strong> <strong>de</strong>vait être du type dicrate et avoir <strong>de</strong>ux spores Ab et<br />
<strong>de</strong>ux ab. La spore 2À et sa soeur 4A, dont le mycélium est<br />
mort après le repiquage, <strong>de</strong>vait avoir la constitution ab. Contrairement<br />
à tout ce que nous avions observé auparavant ce mycé-
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
lium 2A ( ab) a non seulement donné une réaction positive avec<br />
le test AB mais aussi, et également forte, avec aB. Et, ce oui<br />
était le plus grave encore, ce <strong>de</strong>uxième croisement ( ab X aB )<br />
fructifiait dans le tube <strong>de</strong> gélose au même temps que le croisement<br />
légitime ( ab X AB ) !<br />
Dans la supposition qu'il s'agissait d'une copulation illégitime,<br />
cette fois-ci par communauté <strong>de</strong> a, nous avons répété les<br />
croisements, recueilli <strong>de</strong>s spores <strong>de</strong> la fructification formée dans<br />
le tube <strong>de</strong> gélose et repiqué le mycélium secondaire, qui l'avait<br />
produit, sur du crottin <strong>de</strong> cbeval.<br />
Le mycélium 2A, confronté avec les tests se conduisait tour<br />
à tour comme ab et comme A'b (Tableau X).<br />
Après la division <strong>de</strong> réduction dans la basi<strong>de</strong>, dans les<br />
noyaux du mycélium qui proviennent <strong>de</strong> celui <strong>de</strong> la spore 2À,<br />
une mutation doit être survenue quelque part; le facteur a<br />
aurait muté en A' et le mycélium 2A serait une mélange <strong>de</strong><br />
bypbes A'b et ab. Ce mycélium mixte est typiquement primaire,
3u8 A. Quintanilha<br />
sans anses ni dicaryons, et ne fructifie pas dans l'haplophase.<br />
L'analyse <strong>de</strong>s spores <strong>de</strong> la première génération, produites<br />
par la fructification formée dans le tube <strong>de</strong> culture, a facilement<br />
confirmé l'hypothèse. Dans 27 spores, confrontés avec les tests,<br />
il en avaient: 6 ab, 12 A'b, 3 aB et 6 A'B. Comme un <strong>de</strong>s progéniteurs<br />
avait été le test aB, l'autre, le mycélium 2A, ne pouvait<br />
être que A'b. Une analyse <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s a été impossible dans les<br />
fructifications <strong>de</strong> cette première génération, parce que le nombre<br />
<strong>de</strong> mycéliums nains qui périssaient au repiquage était toujours<br />
trop élevé. De 5 tétra<strong>de</strong>s isolées 11 mycéliums II'ont pas survécu<br />
au repiquage; <strong>de</strong>s 8 restant 3 se développaient normalement,<br />
tandis que les S autres étaient nains. Ces mycéliums ne produisaient<br />
jamais <strong>de</strong>s hyphes aériennes et ne donnaient que <strong>de</strong> toutes<br />
petites taches ternes sur la gélose.<br />
Confrontés avec les tests ces mycéliums nains ont néanmoins<br />
donné toujours <strong>de</strong>s réactions normales, ce qui nous a<br />
permis <strong>de</strong> constater que ce caractère <strong>de</strong> nanisme II'était pas lié<br />
ni à un groupe sexuel spécial, ni à aucun <strong>de</strong>s quatre facteurs<br />
responsables <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong> ces quatre groupes ( A', a, B, b,).<br />
Dans chaque groupe on trouve indifférement <strong>de</strong>s mycéliums<br />
nains à côté d'autres normaux.<br />
Les mycéliums secondaires obtenus par croisement <strong>de</strong> ces<br />
nains, soit avec les tests, soit avec <strong>de</strong>s mycéliums compatibles<br />
normaux <strong>de</strong>là même fructification, ne laissent remarquer aucunne<br />
anomalie. Ils fructifient normalement et, dans la <strong>de</strong>scendance
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
<strong>de</strong> ces carpophores, les quatre facteurs ( A', a, B, b) mendélisent<br />
comme d'habitu<strong>de</strong>; les quatre spores <strong>de</strong> chaque tétra<strong>de</strong> germent<br />
bien et donnent origine à <strong>de</strong>s mycéliums vigoureux (Tab. XI).<br />
Tous les efforts dans le but d'obtenir <strong>de</strong>s mycéliums secondaires<br />
par confrontation <strong>de</strong> mycéliums nains compatibles, ont été vains.<br />
Ces mycéliums, confrontés les uns avec les autres, ne donnent<br />
jarrîais <strong>de</strong>s réactions positives. Néanmoins nous croyons pouvoir<br />
affirmer que ce nanisme II'est pas un caractère génotypique,<br />
autrement il se serait manifesté chez les haplontes <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance<br />
d'une fructification hybri<strong>de</strong> (Nain X Normal). Ce nanisme<br />
doit être donc <strong>de</strong> nature phénotypique. Mais, une fois<br />
manifesté, il nous a été impossible <strong>de</strong> le «guérir» par une alimentation<br />
riche en vitamines et variée —moût d'orge, décoction<br />
<strong>de</strong> crottin <strong>de</strong> cheval non stérilisée, etc. La seule possibilité <strong>de</strong><br />
guérison, c'est le mariage avec un partenaire vigoureux; les<br />
pauvres nains reprennent alors courage et une vie nouvelle<br />
recommence pour eux.<br />
Ces phénomènes <strong>de</strong> nanisme sont en outre en relation avec<br />
<strong>de</strong>s anomalies <strong>de</strong> développement <strong>de</strong>s carpophores. Dans le croisement<br />
primitif ( 2A x<br />
aB — A'b X aB ) les premiers carpophores<br />
développés avaient l'air <strong>de</strong> fructifications illégitimes — croissance<br />
lente, pieds courts, petite quantité <strong>de</strong> spores, <strong>de</strong>s chapeaux<br />
qui souvent ne s'épanouissent pas, couleur pâle, etc. Les autres<br />
séries <strong>de</strong> fructifications qui surviennent sur la même culture ont<br />
un aspect chaque fois plus normal. Et, dans <strong>de</strong>s cultures, polyspèrmes<br />
sucessives, ces anomalies s'évanouissent petit à petit et<br />
l'on arrive à obtenir <strong>de</strong>s fructifications que rien ne permet <strong>de</strong><br />
distinguer <strong>de</strong>s normales.<br />
La mutation A' ne peut pas être rendue directement responsable<br />
<strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> nanisme, ou <strong>de</strong>s anomalies <strong>de</strong><br />
développement observées dans les fructifications. Mais un<br />
trouble quelconque, et qui II'intéresse pas le génotype, s'est<br />
produit simultanément avec la mutation. Les noyaux sont sains<br />
et ne transmettent pas la maladie; c'est, peut être, le plasma qui<br />
est mala<strong>de</strong>, plus ou moins incapable <strong>de</strong> se nourrir. Déversés<br />
dans un plasma bien portant, les noyaux se conduisent d'une<br />
façon normale et les anomalies disparaissent.<br />
40
310 A. Quintanilh,<br />
CHAPITRE V<br />
Mutation A"<br />
Plus intéressant que le mutant A' est celui que nous désignons<br />
par A".<br />
D'une sporée, conservée sur lamelle, et où il ne <strong>de</strong>vait y<br />
avoir que quatre groupes <strong>de</strong> spores, AB, ab, Ab, aB, nous avons<br />
fait <strong>de</strong> nombreuses cultures bispèrmes. La confrontation <strong>de</strong> ces<br />
cultures avec les tests nous a toujours permis <strong>de</strong> constater le<br />
sexe <strong>de</strong> cbacune <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux spores. Si elles étaient complémentaires<br />
la culture était écartée; si elles avaient, au moins, un facteur<br />
commun la culture était repiquée sur du crottin <strong>de</strong> cbeval, pour<br />
en étudier le développement et la <strong>de</strong>scendance.<br />
Ces cultures bispèrmes se sont toujours conduites d'après<br />
les règles déjà énoncées dans le cbapitre sur les copulations<br />
illégitimes: la communauté <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux facteurs, ou d'un seul <strong>de</strong> la<br />
paire Aa, empêche tout à fait le développement <strong>de</strong> mycéliums<br />
secondaires et <strong>de</strong> carpophores ; la communauté <strong>de</strong> B ou b conduit<br />
toujours à <strong>de</strong>s mycéliums illégitimes qui donnent <strong>de</strong>s fructifications<br />
haplodiploï<strong>de</strong>s.<br />
Une seule exception, dans une première série <strong>de</strong> l7 cultures<br />
bispèrmes, s'est présentée à nous. La culture II.° 2, dont la confrontation<br />
avec les tests avait dénoncé la présence <strong>de</strong>s mycéliums<br />
Ab et AB, se présentait avec les caractères d'un mycélium primaire.<br />
Mais, repiquée sur du crottin <strong>de</strong> cheval, un mois passé,<br />
une première génération <strong>de</strong> carpophores commence à se développer<br />
et avorte. Quelques jours plus tard une <strong>de</strong>uxième série<br />
fait son apparition; les carpophores, cette fois ci, ont un aspect<br />
normal, quoique les pieds soient un' peu plus courts; ils<br />
s'épanouissent quand la culture est âgée <strong>de</strong> 38 jours et laissent<br />
tomber les spores. A partir <strong>de</strong> ce moment la culture, successivement<br />
repiquée, fructifie régulièrement en donnant <strong>de</strong>s carpophores<br />
tout à fait semblables à ceux <strong>de</strong>s copulations légitimes.<br />
De nombreuses spores ont été isolées, produites par différentes<br />
fructifications. Celles qui procédaient <strong>de</strong> la première<br />
série <strong>de</strong> carpophores germaient malβ6°/' 0 ), mais ne donnaient<br />
que <strong>de</strong>s mycéliums vigoureux. Celles <strong>de</strong>s fructifications ultérieures<br />
germaient dans la proportion normale (l00°/ 0). Dès les premières<br />
confrontations avec les tests il nous a été facile <strong>de</strong>
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
constater la présence d'un facteur nouveau, que nous désignons<br />
par A", associé, tour à tour, avec B et b. Puis l'analyse <strong>de</strong> douze<br />
tétra<strong>de</strong>s d'une <strong>de</strong> ces fructifications, dont les spores germaient<br />
normalement, a pleinement, confirmé la mutation ( Tableau XII).<br />
De ces douze tétra<strong>de</strong>s, sept étaient tétracrates et avaient la constitution<br />
AB, Ab, A"B, A"b; les cinq autres étaient dicrates,<br />
<strong>de</strong>ux <strong>de</strong> la constitution 2 AB + 2 A"b et trois 2 Ab + 2 A"B.<br />
Il ne s'agissait donc pas d'une copulation illégitime par communauté<br />
<strong>de</strong> A, mais d'une mutation. Dans un noyau <strong>de</strong> l'un<br />
<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux mycéliums mis em présence (Ab et AB) le facteur A<br />
a muté en A". Ce nouveau noyau (soit A"b) a pu maintenant<br />
donner une réaction positive avec son complémentaire (soit ÀB).<br />
Des carpopbores se sont développés avec <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s certainement<br />
binucléées et une réduction normale.<br />
Ici encore la mutation'a été accompagnée <strong>de</strong> petits troubles<br />
physiologiques: diminution du pouvoir germinatif, anomalies <strong>de</strong><br />
développement <strong>de</strong>s premières fructifications. Mais ces troubles,<br />
moins importants que dans le mutant A', disparaissent rapi<strong>de</strong>ment.<br />
Le nouveau mutant A" est non seulement différent <strong>de</strong> A<br />
mais aussi <strong>de</strong> a, <strong>de</strong> A' et <strong>de</strong> a t.<br />
Ainsi les mycéliums qui possè<strong>de</strong>nt le facteur A" donnent
312<br />
A. Quintartilh,<br />
<strong>de</strong>s réactions positives très nettes avec ceux qui contiennent a,<br />
A' ou âj, pourvu qu'ils soient différents pour ce qui est du<br />
facteur <strong>de</strong> la paire Bb. Dans la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> ces croisements<br />
il y a un jeu mendélien régulier, (l). Les cinq facteurs (A, a,<br />
À', A" et ai), <strong>de</strong>ux trouvés dans la nature et trois obtenus par<br />
mutation, sont donc <strong>de</strong>s allélomorpbes.<br />
Dans le cas précédant la mutation A' ne se manifestait que<br />
par une modification génotypique <strong>de</strong> la valence du facteur<br />
sexuel. Ici le cas est tout différent. A côté <strong>de</strong> cette modification<br />
<strong>de</strong> la valence d'un facteur la mutation se manifeste par d'autres<br />
caractères et très importants.<br />
Ainsi tout mycélium qui possè<strong>de</strong> le facteur A", qu'il soit<br />
associé à B ou à b, a l'aspect d'un mycélium illégitime; il produit<br />
<strong>de</strong> nombreuses anses, pour la plupart fermées à l'extrémité<br />
(l) Ainsi, pat exemple, A"BXAb^A"B, A"b, AB, Ab; trois tétra<strong>de</strong>s analysées.<br />
A"b X aB = A"B, A"b, aB, ab; quatre tétra<strong>de</strong>s analysées.<br />
A"b X A'B = A"b, A"B, A'b, A'B ; quatre tétra<strong>de</strong>s analysées.<br />
A"B X A'b = A"B, A"b, A'B. A'b; Quatre tétra<strong>de</strong>s analysées; etc.<br />
II
Cytologie et génétigue <strong>de</strong>' la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
distale et retenant un noyau emprisonné (l);Tes cellules terminales<br />
<strong>de</strong>s hyphes sont normalement binucléées, les sub-terminales<br />
et les branches latérales uninucléées, exactement comme<br />
pour les mycéliums illégitimes. (Fig. 3.) Seulement ici les divisions<br />
conjuguées sont bien plus rares; même dans les cellules<br />
terminales où il y a <strong>de</strong>ux noyaux la règle c'est qu'un seul <strong>de</strong><br />
ces <strong>de</strong>ux noyaux prenne part à la formation <strong>de</strong> l'anse, l'autre<br />
restant éloigné et en repos. ( Fig. 3, I à IV) A côté <strong>de</strong> ces anses<br />
il y en a d'autres dont la formation est accompagnée <strong>de</strong> divisions<br />
conjuguées incontestables (fig. 3, V a VII).<br />
D'autre part tous ces mycéliums à A" fructifient dans <strong>de</strong>s<br />
cultures monospèrmes. Les carpopbores se développent assez<br />
normalement et ressemblent à ceux du mutant B4 (ai) (Fig.<br />
21 à 24, Pl. III). La production <strong>de</strong> spores est aussi moins gran<strong>de</strong><br />
que chez les fructifications légitimes. Mais elles germent toutes<br />
et donnent origine à <strong>de</strong>s mycéliums vigoureux. Les quatre spores<br />
<strong>de</strong> chaque tétra<strong>de</strong> et toutes les spores d'une fructification,<br />
appartiennent au même groupe sexuel que le mycélium où le<br />
carpophore a été produit (Tab. XIII). On aurait cru donc<br />
qu il s'agissait <strong>de</strong> fructifications haploï<strong>de</strong>s comme celles du<br />
mutant B 4 (a t ).<br />
(l) Dans <strong>de</strong>s mycéliums observés sur le frais nous avons souvent vu <strong>de</strong>s anses<br />
normales, comme celles <strong>de</strong>s mycéliums légitimes; dans <strong>de</strong>s préparations définitives <strong>de</strong>s<br />
mêmes mycéliums, fixées et colorées sur <strong>de</strong>s lamelles à gélose, nous les avons vainement<br />
cherché.
3l 4<br />
.A. Qjiintaniîh,<br />
Une étu<strong>de</strong> cytologique soigneuse <strong>de</strong> ces carpophores nous a<br />
permis <strong>de</strong> mettre en évi<strong>de</strong>nce, à côté <strong>de</strong>s cellules hyméniales<br />
unicléées, d'autres à <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s (Fig. 25, Pl. IV).<br />
Celles-ci sont bien plus rares que cbez les fructifications illégitimes<br />
mais elles existent et ses <strong>de</strong>ux noyaux vont se conjuguer<br />
pour donner origine à un noyau diploï<strong>de</strong>.<br />
D'après ce que nous avons vu nous croyons que les choses<br />
se passent dorénavant comme chez les fructifications illégitimes.<br />
La seule différence est que là, les <strong>de</strong>ux noyaux <strong>de</strong> chaque<br />
dicaryon étant génotypiquement différents, on obtenait <strong>de</strong>s<br />
tétra<strong>de</strong>s dicrates, sur <strong>de</strong>s basi<strong>de</strong>s diploï<strong>de</strong>s; tandis qu'ici les<br />
noyaux ayant tous le même génotype il ne peut plus être question<br />
<strong>de</strong> tétra<strong>de</strong>s dicrates, ce que l'expérience confirme.<br />
Mais alors si les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont former le dicaryon<br />
et puis se conjuguer dans la basi<strong>de</strong> ont le même génotype, c'est<br />
à dire s'ils possè<strong>de</strong>nt en commun <strong>de</strong>ux facteurs <strong>de</strong> sexualité ( ou<br />
<strong>de</strong> stérilité) {A" et B, p. ex.), qu'est ce qui peut les pousser<br />
l'un vers l'autre et lever l'incompatibilité qui se manifeste<br />
toujours dans ces conditions? Evi<strong>de</strong>mment il ne s'agit pas d'une<br />
suppression <strong>de</strong> l'hétérothalisme et d'un retour à l'état homothallique,<br />
puisque ces mycéliums continnuent à réagir avec les autres<br />
d'après la loi <strong>de</strong> Kniep. D'autre part s'il y a accouplement <strong>de</strong><br />
noyaux et fusion dans la basi<strong>de</strong>, s'il y a un acte sexuel, c'est<br />
que les <strong>de</strong>ux noyaux qu'y prennent part étaient sexuellement<br />
différents. Comme ils ont tous <strong>de</strong>ux le même génotype, la seule<br />
explication c'est qu'il s'agit là d'une différenciation phénotypique.<br />
Chez les espèces homothalliques ( Coprinus sterç[uiîinus, p.<br />
ex.) nous avons quelque chose <strong>de</strong> semblable. Les <strong>de</strong>ux noyaux<br />
qui vont se conjuguer dans la basi<strong>de</strong> ont, eux aussi, le même génotype<br />
; la différenciation sexuelle que les poussent l'un vers<br />
1 autre est <strong>de</strong> nature phénotypique, comme Har<strong>de</strong>r l'a si élégamment<br />
démontré. Il est vrai qu'il II'y a aucune incompatibilité à<br />
lever, puisque les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont se conjuguer II'ont pas<br />
un facteur commun <strong>de</strong> sexualité ( ou <strong>de</strong> stérilité, si vous préférez).<br />
Tout autre parait être le cas <strong>de</strong>s Ascomycètes parthénogamiques<br />
et autogamiques ( Ascobolus citrinus, Humaria granulata,<br />
etc. ). Ici les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont se conjuguer sont du<br />
même sexe, sont tous <strong>de</strong>ux féminins. Si ces espèces apandriques
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
proviennent <strong>de</strong> formes primitives hétérothalliques, par dégénérescence<br />
<strong>de</strong>s mycéliums masculins <strong>de</strong>venus inutiles, comme tout<br />
parait l'indiquer, alors les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont se conjuguer<br />
doivent avoir un facteur commun <strong>de</strong> sexualité; une différenciation<br />
phénotypique du sexe peut empêcher cette incompatibilité<br />
<strong>de</strong> se manifester.<br />
L'hypothèse que <strong>de</strong>ux noyaux avec le même génotype peuvent<br />
se conduire comme s'ils étaient <strong>de</strong> sexe différent, moyennant<br />
une différenciation phénotypique si forte qui se superpose au<br />
génotype, cette hypothèse, disions nous, est aussi vraisemblable<br />
et logique que celle qui admet que <strong>de</strong>ux plantes <strong>de</strong> Primula, <strong>de</strong><br />
même génotype, cultivées à <strong>de</strong>s températures différentes, produisent,<br />
l'une <strong>de</strong>s fleurs rouges, l'autre <strong>de</strong>s fleurs blanches.<br />
CHAPITRE VI<br />
Mutation K<br />
Le mutant que nous désignons par K a eu, lui aussi, son<br />
origine dans une culture bispèrme ( Bisp. K ). Cette culture confrontée<br />
avec les tests a donné une réaction positive avec aB et<br />
AB. Elle était donc constituée par les <strong>de</strong>ux mycéliums Ab et<br />
ab. Il y avait communauté <strong>de</strong> b et la culture montrait les anses<br />
incomplètes caractéristiques <strong>de</strong>s copulations illégitimes. Nous<br />
nous attendions donc à trouver dans la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s<br />
dicrates et monocrates, d'après la loi expérimentalement établie<br />
pour ce type <strong>de</strong> fructifications. L'analyse <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s <strong>de</strong> la<br />
première génération nous a néanmoins conduit à <strong>de</strong>s résultats<br />
tout à fait différents.<br />
Il est cependant extrêmement difficile <strong>de</strong> faire fructifier cette<br />
culture bispèrme K. Tandis que toutes les autres copulations<br />
illégitimes <strong>de</strong> la même série avaient produit ses carpophores<br />
dans les termes réglementaires, celle-ci s'est maintenu longtemps<br />
stérile. Malgré tous nos efforts nous II'avons réussi à obtenir,<br />
jusqu'à la fin du cinquième mois, que <strong>de</strong> toutes petites ébauches<br />
<strong>de</strong> carpophores qui avortaient régulièrement avant la maturation.<br />
Pendant le sixième mois une fructification s'est développée<br />
jusqu'à maturation et il nous a été possible d'analyser sept<br />
tétra<strong>de</strong>s complètes. Toutes les spores appartenaient au même<br />
groupe; elles avaient toutes la constitution <strong>de</strong> l'un <strong>de</strong>s progé-
316 A. Quintanilha<br />
niteurs, Ab. L'autre mycélium, ab, II'avait pas participé à la<br />
formation du carpophore (Tableau XIV).<br />
Les quatre mycéliums obtenus par culture monospèrme à<br />
partir <strong>de</strong>s spores d'une même tétra<strong>de</strong> fructifiaient régulièrement,<br />
déjà sur la gélose <strong>de</strong>s tubes <strong>de</strong> culture, tout à fait comme ceux<br />
<strong>de</strong> notre mutant B4. Dans la <strong>de</strong>uxième génération <strong>de</strong> ces cultures<br />
monospèrmes, les tétra<strong>de</strong>s étaient également monocrates et cons-<br />
tituées, comme dans la première génération, exclusivement par<br />
<strong>de</strong>s spores Ab. Ces mycéliums <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> la culture<br />
bispèrme K. confrontés avec aB donnaient toujours une réaction<br />
positive énergique; dans les confrontations avec les trois autres<br />
tests on voyait souvent <strong>de</strong>s pseudo-anses semblables à celles<br />
<strong>de</strong>s copulations illégitimes. Un <strong>de</strong> ces croisements AbxAB a<br />
été repiqué pour en étudier la <strong>de</strong>scendance. Dans la génération<br />
suivante (Tableau XV) toutes les quatre spores <strong>de</strong> chaque<br />
tétra<strong>de</strong> appartenaient <strong>de</strong> nouveau au groupe Ab et chaque<br />
mycélium fructifiait comme le progéniteur Ab en culture monospèrme.<br />
Le mycélium AB II'avait, lui aussi, non plus pris part au<br />
développement du carpophore. Ici encore, comme dans la culture<br />
originelle <strong>de</strong> la bispèrme K, il II'était question qu'apparément<br />
d'une copulation illégitime. En réalité les fructifications qui se<br />
développaient II'étaitent que le produit d'un seul mycélium.<br />
Ce mutant K a donc, comme celui <strong>de</strong> notre souche B4 (cf.<br />
pag. 303), la faculté <strong>de</strong> fructifier en culture monospèrme. Mais<br />
tandis que les mycéliums <strong>de</strong> B4 étaient toujours primaires, ceux
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 317<br />
<strong>de</strong> K produisent une infinité <strong>de</strong> pseudo-anses. Ils ont l'aspect<br />
<strong>de</strong>s mycéliums <strong>de</strong>s copulations illégitimes.<br />
Si l'on observe <strong>de</strong>s préparations colorées <strong>de</strong> ces mycéliums<br />
K on se rend compte que la formation <strong>de</strong>s anses est ici d'une<br />
gran<strong>de</strong> irrégularité. (Fig. 4).<br />
On peut tout d'abord distinguer <strong>de</strong>ux types: celles dont la<br />
formation II'est pas accompagnée <strong>de</strong> divisions nucléaires, et<br />
celles ou il y a <strong>de</strong>s divisions nucléaires pendant la formation<br />
<strong>de</strong> l'anse. Dans le premier type les anses sont toujours dépourvues<br />
<strong>de</strong> noyaux (I et II, fig. 4). La petite boucle commence à se<br />
former en face du noyau, mais celui-ci s'échappe vers le sommet<br />
<strong>de</strong> l'hyphe sans se diviser et l'anse reste vi<strong>de</strong>; elle peut se<br />
séparer par un cloison <strong>de</strong> l'hyphe qui l'a produite (II fig. 4),<br />
ou rester ouverte (I Fig. 4). Le cloison transversal qui accompagne<br />
normalement la formation <strong>de</strong> l'anse peut ausssi être supprimé<br />
(II fi^. 4). Il II'est pas rare aussi qu'une série d'anses se<br />
forment à côté les unes <strong>de</strong>s autres, toutes dépourvues <strong>de</strong> noyaux<br />
et <strong>de</strong> cloisons transversales. ,<br />
Dans le <strong>de</strong>uxième type une division nucléaire accompagne<br />
la formation <strong>de</strong> l'anse <strong>de</strong> sorte que celle-ci est toujours pourvue<br />
d'un noyau. Un cloison sépare toujours l'anse ainsi formée <strong>de</strong><br />
l'hyphe où elle a pris origine; le cloison transversale" peut se<br />
former ou être suprimé (III, fig. 4). Finalement, et c'est le cas<br />
le plus rare, la formation <strong>de</strong> l'anse est accompagnée d'une<br />
4l
318 A. Quintanilh.<br />
division conjuguée (V, fig. 4 et fig. 28, Pl. IV). Les choses se<br />
passent alors comme s'il s'agissait d'une copulation illégitime;<br />
<strong>de</strong>s quatre noyaux ainsi formés, <strong>de</strong>ux restent dans la cellule<br />
terminale, un passe vers la cellule subtermina 1<br />
^ et le quatrième<br />
reste emprisonné dans l'anse. (Fig. 4, V et VI).<br />
La plupart <strong>de</strong>s anses se vi<strong>de</strong>nt petit à petit <strong>de</strong> leur contenu;<br />
si elles sont pourvues <strong>de</strong> noyaux celui-ci dégénère et est<br />
reabsorbé. Mais il arrive quelques fois que ces anses nucléées<br />
commencent tout d'un coup à se développer, comme si c'étaient<br />
<strong>de</strong>s branches latérales, ou bien en avant, ou bien en arrière. Le<br />
noyau se divise et elles donnent origine à son tour à <strong>de</strong> nouvelles<br />
anses (IV fig. 4 et fig. 29, Pl. IV).<br />
Ces mycéliums monospèrmes fructifient régulièrement; les<br />
carpophores ressemblent beaucoup à ceux <strong>de</strong>s copulations illégitimes,<br />
non seulement par la morphologie que par le rythme <strong>de</strong><br />
leur développement.<br />
La plupart <strong>de</strong>s celulles hyméniales II'a qu'un seul noyau<br />
haploï<strong>de</strong>. Comme dans les carpophores du mutant A" il y en
Cytologie et génétic/ue <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 3l9<br />
a cependant quelques unes pourvues <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s<br />
Oui vont se conjuguer (Fig. 30, Pl. IV). Fa suite du développement<br />
est i<strong>de</strong>ntique à celle <strong>de</strong>s frutifications <strong>de</strong> A". Ft<br />
puisque toutes les spores à chaque génération appartiennent au<br />
même groupe, ont le même génotype, les <strong>de</strong>ux noyaux qui vont<br />
s'accoupler dans le dicaryon et puis se conjuguer dans la basi<strong>de</strong><br />
sont génotypiquement du même sexe. S'ils réalisent, malgré cela,<br />
un acte sexuel, la seule explication raisonable c'est que, comme<br />
chez A", ils se sont différenciés phénotypiquement dans <strong>de</strong>s sens<br />
opposés. Cette différenciation phénotypique peut être tellement<br />
forte qu'elle étouffe l'incompatibilité provenant <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ux facteurs communs. Seulement elle ne se transmet pas à la<br />
génération suivante, comme le génotype.<br />
Ce mutant K ressemble beaucoup à A". Mais tandis que<br />
chez A" il y a eu une mutation sexuelle, une modification<br />
permanente et brusque <strong>de</strong> la valence d'un <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong><br />
sexualité, ici les <strong>de</strong>ux facteurs ont conservé leur valence. La<br />
mutation se manifeste par la capacité <strong>de</strong> produire <strong>de</strong>s mycéliums<br />
à anses et <strong>de</strong> fructifier dans <strong>de</strong>s cultures monospèrmes.<br />
CHAPITRE VII<br />
Conclusions<br />
Dans les chapitres précédants nous avons exposé le résultat<br />
<strong>de</strong> nos investigations. C'est maintenant l'occasion <strong>de</strong> voir en<br />
quoi ces résultats peuvent contribuer à l'interprétation du<br />
problème <strong>de</strong> la sexualité.<br />
Tous ceux qui se sont occupés expérimentalement <strong>de</strong> la<br />
sexualité <strong>de</strong>s Hyménomycètes sont d'accord quant à l'existence<br />
<strong>de</strong> facteurs mendéliens responsables <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux<br />
groupes «sexuels» dans les formes bipolaires, ou <strong>de</strong> quatre<br />
groupes dans les formes tétrapolaires. Ces facteurs mendéliens,<br />
nous savons qu'ils existent, nous pouvons travailler avec eux et<br />
prévoir ainsi, non seulement le résultat <strong>de</strong> toute sorte <strong>de</strong> confrontation<br />
entre <strong>de</strong>ux mycéliums quelconques, mais aussi la<br />
constitution <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scendance <strong>de</strong> chaque carpophore, pourvu<br />
qu'on connaisse les mycéliums qui lui ont donné naissance.<br />
Mais, que sont ces facteurs ? Quelles relations y a-til entre ces<br />
phénomènes <strong>de</strong> compatibilité et d'incompatibilité, et les phéno-
320 A. Quintanilha<br />
mènes <strong>de</strong> sexualité chez les autres groupes d'êtres vivants? Ici<br />
les biologistes sont loin d'être d'accord. Plusieurs bypotbèses<br />
ont été formulées dans le but d'expliquer ces phénomènes. Nous<br />
ne nous occuperons que <strong>de</strong> celles qui ont éveillé le plus<br />
d'attention.<br />
a) Les <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs Aa, Bb, seraient, non <strong>de</strong>s<br />
facteurs <strong>de</strong> sexualité, mais <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> copulation (Kniep);<br />
b) Les <strong>de</strong>ux paires dé facteurs Aa, Bb, ne seraient autre<br />
cbose que <strong>de</strong>s réalisateurs sexuels masculins, y y I, féminins).<br />
Il II'y aurait en realité que <strong>de</strong>ux sexes différents, malgré l'apparence<br />
illusoire <strong>de</strong> quatre sexes à chaque génération (Hartmann) ;<br />
c) Des <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs Aa, Bb, la première serait<br />
une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> sexualité, tandis que la <strong>de</strong>uxième ne<br />
serait qu'une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité (Bauch, Hartmann);<br />
d) Les <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs Aa, Bb, seraient, l'une et<br />
l'autre, <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> sexualité (Kniep);<br />
e) Les <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong> facteurs Aa, Bb, II'auraient rien à<br />
voir avec la sexualité, ils seraient tout simplement <strong>de</strong>s facteurs<br />
<strong>de</strong> stérilité (Prell, Biunswik).<br />
Les <strong>de</strong>ux premières hypothèses nous les avons largement<br />
discutées dans notre mémoire <strong>de</strong> 1933. Nous avons eu alors<br />
l'occasion <strong>de</strong> démontrer que la distinction <strong>de</strong> Kniep entre <strong>de</strong>s<br />
facteurs <strong>de</strong> copulation et <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> sexualité était absolument<br />
artificielle; tandis que l'hypothèse <strong>de</strong> Hartmann, formulée<br />
dans le but <strong>de</strong> ramener les phénomènes <strong>de</strong> tétrapolarité dans<br />
les cadres <strong>de</strong> la sexualité bipolaire, non seulement obligeait son<br />
auteur à l'introduction d'hypothèses supplémentaires, contradictoires<br />
avec l'hypothèse fondamentale, mais encore II'expliquait<br />
pas d'une façon satisfaisante les phénomènes pour lesquels elle<br />
avait été créée. D'ailleurs, Hartmann, lui même, l'a abandonnée<br />
par la suite.<br />
La troisième hypothèse (c) a été formulée par Bauch à la<br />
suite <strong>de</strong> ses travaux sur l'Ustilaéo lonéissima. Là, <strong>de</strong>ux paires <strong>de</strong><br />
facteurs mendéliens Aa, Bb, sont responsables <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong><br />
quatre groupes «sexuels» à chaque génération. Mais, tandis que<br />
l'incompatibilité, entre <strong>de</strong>s haplontes ayant un facteur commun<br />
<strong>de</strong> l'une <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux paires, est absolue, elle II'est que relative pour<br />
les facteurs <strong>de</strong> l'autre paire. Ainsi on obtient régulièrement <strong>de</strong>s<br />
copulations illégitimes (les «Wirrf a<strong>de</strong>nhopulationen» <strong>de</strong> l'auteur),
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 321<br />
<strong>de</strong>s somatogamies, entre <strong>de</strong>s haplontes possédant en commun<br />
un facteur <strong>de</strong> cette <strong>de</strong>uxième paire.: Dans ces copulations illégitimes<br />
la somatogamie II'est jamais suivie d'une caryogamie et le<br />
mycélium dicaryotique ainsi obtenu est incapable d'infecter<br />
l'bôte habituel <strong>de</strong> l'espèce.<br />
Bauch admet que la paire <strong>de</strong> facteurs qui détermine une<br />
incompatibilité absolue serait une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> sexualité,<br />
tandis que l'autre, qui ne détermine qu'une incompatibilité<br />
relative, tout en permettant <strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> somatogamie, ne<br />
serait qu'une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité.<br />
Bauch a <strong>de</strong>puis essayé <strong>de</strong> généraliser son hypothèse aux<br />
Hyménomycètes tétrapolaires et Hartmann s'est rallié à cette<br />
manière <strong>de</strong> voir.<br />
Néanmoins les <strong>de</strong>rnières découvertes sont loin <strong>de</strong> confirmer<br />
les points <strong>de</strong> vue <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux auteurs. D'un côté Moewus vient<br />
<strong>de</strong> démontrer qu'il est possible d'obtenir la formation <strong>de</strong> zygotes,<br />
entre <strong>de</strong>s gamètes <strong>de</strong> même tendance sexuelle, chez <strong>de</strong>s espèces<br />
<strong>de</strong> Chlamydomonas avec détermination haplogénotypique du<br />
sexe; tandis que nous même venons <strong>de</strong> montrer qu'il est possible<br />
d'obtenir régulièrement <strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> caryogamie entre<br />
<strong>de</strong>s haplontes ayant en commun un <strong>de</strong> ces prétendus facteurs<br />
<strong>de</strong> stérilité. Cela veut dire qu'il est impossible d'utiliser ce<br />
critérium <strong>de</strong> Bauch dans le but <strong>de</strong> distinguer les facteurs <strong>de</strong><br />
sexualité et <strong>de</strong> stérilité. Des phénomènes <strong>de</strong> somatogamie, et<br />
même <strong>de</strong> caryogamie, sont également possibles entre <strong>de</strong>s haplontes<br />
ayant en commun <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> stérilité, qu'entre ceux où il y<br />
a communauté <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> sexualité.<br />
Il ne nous reste donc qu'à admettre ou bien que les <strong>de</strong>ux<br />
paires <strong>de</strong> facteurs sont <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> sexualité, ou bien qu'ils<br />
sont tous <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> stérilité.<br />
Nous avons déjà discuté ce problème ailleursβ3 b). Il faut<br />
seulement voir jusqu'à quel <strong>de</strong>gré les découvertes les plus<br />
récentes ont pu modifier l'aspect <strong>de</strong> la question.<br />
Chez les espèces hétérothalliques <strong>de</strong> Neurospora, chaque<br />
mycélium produit, non seulement <strong>de</strong>s organes femelles (ascogones)<br />
mais aussi <strong>de</strong>s microconidies, qui jouent ici le rôle<br />
d'organes mâles (Dodge). Chez Pleurage anserina les spores<br />
binucléées donnent origine à <strong>de</strong>s mycéliums homothalliques<br />
tandis que les spores uninucléées produisent <strong>de</strong>s mycéliums
322 A. Quintanilha<br />
hétérothalliques bipolaires. Line paire <strong>de</strong> facteurs mendéliens<br />
est responsable <strong>de</strong> l'existence <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux groupes <strong>de</strong> compatibilité.<br />
On serait porté a croire que ces <strong>de</strong>ux groupes correspon<strong>de</strong>nt<br />
à <strong>de</strong>ux sexes. Pourtant Amesβ4) vient <strong>de</strong> montrer que chacun<br />
<strong>de</strong> ces mycéliums, obtenus à partir <strong>de</strong> spores uninucléées, quelque<br />
soit le groupe <strong>de</strong> compatibilité auquel il appartienne, donne<br />
toujours origine à <strong>de</strong>s organes mâles et femelles. C'est à dire,<br />
que les facteurs mendéliens responsables <strong>de</strong> cette hétérothallie<br />
bipolaire II'ont rien à voir avec le sexe. Ils ne sont autre chose<br />
que <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> stérilité, analogues à ceux que nous connaissons<br />
chez les plantes supérieures, et dont l'existence a pu<br />
être démontrée ici, pour la première fois, chez un organisme à<br />
détermination haplogénotypique du «sexe» (l).<br />
Qu'est ce qui a permis à Ames d'affirmer qu'il était en<br />
présence <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité et non <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> sexualité?<br />
Uniquement le fait que ses mycéliums haploï<strong>de</strong>s donnaient<br />
encore origine à <strong>de</strong>s organes sexuels. Nous savons cependant<br />
que chez les Champignons ces organes sexuels ten<strong>de</strong>nt à disparaître,<br />
par évolution régressive, et que plusieurs espèces actuelles,<br />
dépourvues <strong>de</strong> ces organes, sont certainement les <strong>de</strong>scendantes<br />
d'autres espèces qui en étaient pourvues. C'est le cas <strong>de</strong> plusieurs<br />
Ascomycètes et très probablement aussi <strong>de</strong>s Basidiomycètes.<br />
Alors les formes homothal iques <strong>de</strong> Basidiomycètes (type<br />
Coprinus sterq[uilinus) seraient les représentantes actuelles <strong>de</strong>s<br />
ancêtres monoïques (type Pyronema confluens), dépourvus <strong>de</strong><br />
facteurs <strong>de</strong> stérilité. Les organes sexuels mâles et femelles<br />
auraient disparu par évolution régressive et la fécondation se<br />
trouveraient ici réduite à un phénomène <strong>de</strong> somatogamie. Les<br />
formes hétérothalliques bipolaires (type Coprinus comatus)<br />
auraient leurs correspondantes dans les formes monoïques<br />
d'Ascomycètes avec une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité (type<br />
Pleurage anserine). L'hétérothallie bipolaire se serait ainsi<br />
déve^ppée progressivement à partir <strong>de</strong> formes primitives homothalliques.<br />
Ces formes primitives possé<strong>de</strong>raient, les potences <strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>ux sexes et pourraient ainsi produire <strong>de</strong>s organes mâles et<br />
femelles, autofertiles. La disparition <strong>de</strong>s organes sexuels par<br />
(l) Cf. Quintanilha, 1933 b, paé- 5.
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
évolution régressive aurait été ici accompagnée <strong>de</strong> l'introduction<br />
d'une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité (Aa).<br />
Les formes hétérothalliques tétrapo^ires, (type Coprinus<br />
iimetarius, ou Ustilago longissima) se seraient développées à<br />
partir <strong>de</strong> formes bipolaires, par introduction d'une <strong>de</strong>uxième paire<br />
<strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité, localisée sur une autre paire <strong>de</strong> chromosomes<br />
(Aa, Bb).<br />
On peut très bien admettre que la valence, c'est à dire, le<br />
gra<strong>de</strong> d'incompatibilité, <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> chacune <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>ux<br />
paires puisse être différente, une paire <strong>de</strong> facteurs déterminant<br />
une incompatibilité absolue, l'autre ne déterminant qu'une<br />
incompatibilité relative (cas du Coprinus fimetarius, <strong>de</strong> Y Ustilago<br />
longissima, etc.).<br />
Pareillement on peut supposer que la valence <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux<br />
facteurs <strong>de</strong> chaque paire soit aussi différente, ce qui expliquerait,<br />
pour certaines formes bipolaires, la plus gran<strong>de</strong> fréquence <strong>de</strong><br />
copulations illégitimes dans un quadrant que dans l'autre (l).<br />
On pourra peut être nous objecter qu'il est tout à fait indifférent<br />
<strong>de</strong> considérer les facteurs mendéliens, qu'on trouve chez<br />
les Basidiomycètes, comme facteurs <strong>de</strong> stérilité ou comme<br />
facteurs <strong>de</strong> sexualité.<br />
Après les observations <strong>de</strong> Dodgeβ2), <strong>de</strong> Draytonβ2), <strong>de</strong><br />
Zicklerβ4) et surtout celles <strong>de</strong> Âmesβ4), le problème se pose<br />
d'une autre façon. Si chez les formes d'Ascomycètes étudiées par<br />
ces auteurs il est bien démontré leur monoïcie et la présence <strong>de</strong><br />
facteurs mendéliens responsables <strong>de</strong> l'hétérothallie — qui ne<br />
peuvent être donc que <strong>de</strong>s facteurs <strong>de</strong> stérilité — alors il II'est<br />
plus indifférent <strong>de</strong> considérer les facteurs mendéliens <strong>de</strong>s Basidiomycètes<br />
comme facteurs <strong>de</strong> sexualité ou <strong>de</strong> stérilité. Or les<br />
travaux cités ci-<strong>de</strong>ssus, particulièrement ceux <strong>de</strong> Ames, sont, à<br />
notre avis, bien concluants; les Âscomycètes étudiés par ces<br />
auteurs sont <strong>de</strong>s formes monoïques et l'hétérothallie II'est déterminée<br />
que par l'intervention d'une paire <strong>de</strong> facteurs <strong>de</strong> stérilité.<br />
Une conception générale <strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> «sexualité»,<br />
qui puisse s'appliquer à l'ensemble <strong>de</strong>s Champignons, nous<br />
impose donc une interprétation pareille pour les Basidiomycètes,<br />
(l) Cf. Van<strong>de</strong>ndries (23) et Quintanilhaβ3 b) p. 56.
324 A. Quintanilha<br />
dont les relations phylogénétiques avec les Ascomycètes ont été<br />
si souvent mises en évi<strong>de</strong>nce.<br />
Le problème qui se pose maintenant II'est plus celui <strong>de</strong><br />
savoir comment interpréter les facteurs mendéliens responsables<br />
<strong>de</strong>s phénomènes d'bétérotballie cbez les Champignons. Ce qu'il<br />
s'agit, pour le moment, c'est <strong>de</strong> vérifier s'il ne serait pas possible<br />
d'élargir cette conception aux autres groupes d'êtres vivants et<br />
d'organiser ainsi une théorie générale <strong>de</strong> la sexualité où le<br />
concept <strong>de</strong> parastérilité se serait entièrement substitué au concept<br />
<strong>de</strong> sexualité, pour l'explication <strong>de</strong> tous les phénomènes <strong>de</strong><br />
dioïcie — soit dans la phase haploï<strong>de</strong>, soit dans la diploï<strong>de</strong>, chez<br />
les plantes aussi bien que chez les animaux.<br />
L'on serait ainsi amené à une conclusion apparement paradoxale:<br />
chez les organismes à sexes séparés, précisément là où<br />
la sexualité est plus évi<strong>de</strong>nte, l'existence, à chaque génération,<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ux cathégories d'individus (les mâles et les femelles, les + et<br />
les — ) II'aurait rien à voir avec la sexualité et ne serait qu'une<br />
manifestation <strong>de</strong> parastérilité !<br />
Pour trop hardies que ces idées nous paraissent il ne faut<br />
pas les rejeter à la légère. La substitution du concept <strong>de</strong><br />
sexualité par celui <strong>de</strong> parastérilité II'offre pas <strong>de</strong> difficultés<br />
quand ils s'agit d'organismes où le sexe se manifeste dans la<br />
phase haploï<strong>de</strong> (la plupart, <strong>de</strong>s Algues et les Bryophytes), qu'ils<br />
soient isogamiques ou hétérogamiques. Pour ce qui est <strong>de</strong>s<br />
organismes où le «sexe» se manifeste dans la diplophase<br />
(Fucacées, Ptèridophytes, Spermatophytes, Métazoaires), la généralisation<br />
<strong>de</strong> ces idées se heurte à <strong>de</strong>s difficultés qui obligeraient<br />
à l'introduction <strong>de</strong> compliquées hypothèses supplémentaires.<br />
Il faut cependant ne pas oublier que quand on parle du<br />
«sexe» <strong>de</strong>s mousses et <strong>de</strong>s animaux supérieurs, p. ex., on désigne<br />
du même nom <strong>de</strong>ux ordres <strong>de</strong> phénomènes que, malgré leur<br />
similitu<strong>de</strong> apparente, sont fondamentalement différents. Le<br />
spermatozoï<strong>de</strong> et l'ovule <strong>de</strong>s métazoaires ne sont pas homologues<br />
<strong>de</strong> l'anthérozoï<strong>de</strong> et <strong>de</strong> l'oosphère <strong>de</strong>s mousses, mais du microspore<br />
et macrospore <strong>de</strong>s Ptèridophytes et Spermatophytes;<br />
ils ne sont que <strong>de</strong>s spores, qu'au lieu <strong>de</strong> germer et donner<br />
origine à la phase haploï<strong>de</strong>, fusionnent tout <strong>de</strong> suit et jouent<br />
le rôle <strong>de</strong>s gamètes. Ainsi, les animaux et les plantes supérieures,<br />
sur lesquels se forment ces micro- et macrospores, ne
Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes<br />
sont pas «sexués» au même titre due les gamétophytes dès<br />
Mousses ou <strong>de</strong>s Algues. Rien d'étonnant donc si l'on arrivait à<br />
la conclusion qu'il II'était pas possible d'appliquer aux <strong>de</strong>ux<br />
groupes <strong>de</strong> phénomènes — «sexualité» dans l'haplophase et dans<br />
la diplophase — une théorie générale commune.<br />
Malgré les importantes découvertes <strong>de</strong> ces <strong>de</strong>rnières années<br />
nous croyons, au contraire <strong>de</strong> Hartmann, que le moment II'est<br />
pas encore venu <strong>de</strong> bâtir une théorie générale <strong>de</strong> la sexualité<br />
applicable à tous les groupes d'organismes animaux et végétaux.<br />
RÉSUMÉ<br />
Chez Coprinus fimetarius la paire <strong>de</strong> facteurs Aa détermine<br />
une incompatibilité absolue; tandis que la paire Bb ne détermine<br />
qu'une incompatibilité relative qui s'accroit progressivement avec<br />
l'âge <strong>de</strong>s mycéliums.<br />
La métho<strong>de</strong> <strong>de</strong>s cultures bispèrmes permet d'obtenir régulièrement<br />
<strong>de</strong>s copulations illégitimes par communauté <strong>de</strong> B ou<br />
<strong>de</strong> b. Les mycéliums illégitimes ainsi obtenus sont simultanément<br />
primaires et secondaires. Les pseudo-anses qui se forment sur<br />
les cellules dicaryotiques sont accompagnées <strong>de</strong> divisions conjuguées;<br />
celles qui se forment sur <strong>de</strong>s hyphes re<strong>de</strong>venus primaires<br />
ne sont accompagnées que <strong>de</strong> la division d'un seul noyau. On<br />
peut toujours faire fructifier ces mycéliums illégitimes. Les<br />
carpophores sont haplo-diploï<strong>de</strong>s ; les basi<strong>de</strong>s diploï<strong>de</strong>s donnent<br />
origine à <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s dicrates, les haploï<strong>de</strong>s à <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s<br />
monocrates.<br />
Des fructifications haploï<strong>de</strong>s ne surviennent que sur <strong>de</strong>s<br />
mycéliums frappés <strong>de</strong> mutation. On a pu contrôler l'apparition<br />
<strong>de</strong> ces mutants. Les mycéliums primaires qui en résultent<br />
fructifient régulièrement et les carpophores haploï<strong>de</strong>s ne produisent<br />
que <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocratas.<br />
L'apparition d'autres mutants a été accompagnée <strong>de</strong> phénomènes<br />
<strong>de</strong> nanisme (A', p. ex.) chez quelques mycéliums; l'étu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> leur <strong>de</strong>scendance a permis <strong>de</strong> démontrer que ces phénomènes<br />
ne sont pas génotîpyquement déterminés.<br />
Les mutations étudiées peuvent ne frapper que la valence<br />
<strong>de</strong>s facteurs dits <strong>de</strong> «sexualité» (A', p. ex.). D'autres fois, sans<br />
rien changer à cette valence, elles déterminent la formation <strong>de</strong><br />
42
326 A. Quintanilha<br />
pseudo-anses dans <strong>de</strong>s cultures monospèrmes (K, p. ex.). Ces<br />
mycéliums donnent origine à <strong>de</strong>s carpophores haplo-diploï<strong>de</strong>s,<br />
comme ceux <strong>de</strong>s copulations illégitimes, mais ceux-là ne produisent<br />
que <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates. D'autres fois encore la mutation<br />
frappe simultanément la valence d'un facteur <strong>de</strong> «sexualité» et<br />
la faculté <strong>de</strong> produire <strong>de</strong>s mycéliums monespèrmes, fertils, à<br />
pseudo-anses (A", p. ex.). Les carpophores produits sur ces<br />
mycéliums sont aussi haplo-diploï<strong>de</strong>s, mais ne produisent que<br />
<strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s monocrates.<br />
L'analyse <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s a toujours permis <strong>de</strong> constater le<br />
moment d'apparition <strong>de</strong> chaque mutant et d'en suivre sa conduite<br />
dans la <strong>de</strong>scendance. L'étu<strong>de</strong> génétique et l'investigation cytologique<br />
<strong>de</strong>s mycéliums et <strong>de</strong>s carpophores, ont toujours conduit à<br />
<strong>de</strong>s résultats concordants.<br />
Des différents types nouveaux d'anses ont été décrits et leurs<br />
relations avec les divisions nucléaires ont été étudiées.<br />
A' la lumière <strong>de</strong> ces nouvelles connaissances, ainsi que <strong>de</strong>s<br />
plus récentes découvertes sur le mécanisme <strong>de</strong> la sexualité chez<br />
les Ascomycètes, le problème <strong>de</strong> l'interprétation <strong>de</strong>s facteurs<br />
responsables <strong>de</strong>s phénomènes <strong>de</strong> compatibilité est largement<br />
discuté.<br />
INDEX BIBLIOGRAPHIQUE (1)<br />
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Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 327<br />
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Planches hors texte<br />
PLANCHE I<br />
Coprinus fimetarius.<br />
Fig. 1. Germination <strong>de</strong>s spores sur gélose. Fix. Flemming faible. Col.<br />
Hematoxiline. Gross. 230.<br />
Fig. 2. Carpophores jeunes produits par un mycélium secondaire<br />
normal. Gross. 3.<br />
Fig. 3. Les mêmes fructifications <strong>de</strong>ux jours plus tard. Gross. 3.<br />
Fig. 4. Encore les mêmes, un jour plus âgées que sur la figure antérieure.<br />
Gross. 3.<br />
Fig. 5. Epanouissement d'un <strong>de</strong>s carpophores <strong>de</strong> la figure précédante.<br />
Photographie prise 18 heures plus tard. Gross. 3.<br />
Fig. 6. Cellules <strong>de</strong> l'assise hyméniale d'une fructification normale.<br />
On voit quatre basi<strong>de</strong>s, chacune avec un grand noyau diploï<strong>de</strong><br />
et un grand nucléole à la périphérie du noyau. Entre les <strong>de</strong>ux<br />
premières basi<strong>de</strong>s, à droite, une paraphyse où les <strong>de</strong>ux noyaux<br />
haploï<strong>de</strong>s II'ont pas fusionné. Fix. Flemming faible. Col. Hematoxiline.<br />
Gross. 960.<br />
Fig. 7. Lamelle d'une fructification normale étalée et <strong>de</strong>sséchée sur<br />
lame <strong>de</strong> verre pour l'isolement <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s. Gross. 60.<br />
PLANCHE II<br />
Coprinus fimetarius.<br />
Fig. 8, 9 et 10. Développement d'un carpophore illégitime (Ab x ab)<br />
Plusieurs <strong>de</strong>s fructifications représentées dans la figure 8 ont<br />
avorté. Entre l'état réprésenté à la figure 8 et celui <strong>de</strong> la<br />
figure 9 il y a un interval <strong>de</strong> huit jours au moins. Le carpophore<br />
<strong>de</strong> la figure 10 est le même <strong>de</strong> la figure 9 photographié<br />
24 heures après. Gross. 3.<br />
Fig. 11. Lamelle d'une fructification illégitime (Ab x ab), étalée sur<br />
lamme <strong>de</strong> verre pour l'isolement <strong>de</strong>s tétra<strong>de</strong>s. Les tétra<strong>de</strong>s<br />
sont rares ici, plusieurs basi<strong>de</strong>s ayant avorté. (Cf. avec la fig.<br />
7, Pl. I). Gross. 60.
Fig. 12. Assise hyméniale très jeune (avant la caryogamie) d'une<br />
fructification illégitime. Remarquer, à coté les unes <strong>de</strong>s autres,<br />
<strong>de</strong>s cellules binucléées et uninucléées. Tous les noyaux sont<br />
encore haploï<strong>de</strong>s. Fix. La Cour 2 B. Col. Violet <strong>de</strong> Gentiane.<br />
Gross. 820.<br />
Fig. 13. Cellules hyméniales d'une fructification illégitime avec un seul<br />
noyau haploï<strong>de</strong>. Fix. Là Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 1040.<br />
Fig. 14. Cellules hyméniales d'une fructification illégitime, après la<br />
caryogamie et avant la première division. Pendant la phase <strong>de</strong><br />
croissance <strong>de</strong>s noyaux il est presque impossible <strong>de</strong> distinguer,<br />
d'après leurs tailles, les noyaux haploï<strong>de</strong>s <strong>de</strong>s diploï<strong>de</strong>s. Fix.<br />
La Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 830.<br />
Fig. 15 et 16. Cellules hyméniales d'une fructification illégitime. Dans<br />
la <strong>de</strong>uxième cellule, à droite, le noyaux haploï<strong>de</strong> unique s'est<br />
déjà divisé et les <strong>de</strong>ux noyau fils sont <strong>de</strong>scendus vers la partie<br />
moyenne <strong>de</strong> la basi<strong>de</strong> où il vont dégénérer Fix. La Cour 2 B.<br />
Col. Hematoxiline. Gross. 1040.<br />
Planche III<br />
Coprinus fimetarius<br />
Fig. 17 et 18. Développement <strong>de</strong>s fructifications haploï<strong>de</strong>s (mutant<br />
B4). Gross. 3.<br />
Fig. 19. Cellules <strong>de</strong> l'assise hyméniale d'une <strong>de</strong> ces fructifications<br />
haploï<strong>de</strong>s (B 4). Toutes les cellules sont pourvues d'un seul<br />
noyau haploï<strong>de</strong>. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 1040.<br />
Fig. 20. Cellules hyméniales d'une fructification haploï<strong>de</strong> (B4). Au<br />
centre, anaphase <strong>de</strong> la première division d'un noyau haploï<strong>de</strong><br />
avec <strong>de</strong>s chromosomes en retard. Tout <strong>de</strong> suit à gauche, une<br />
basi<strong>de</strong> où les <strong>de</strong>ux noyaux resultants <strong>de</strong> la première division<br />
sont <strong>de</strong>scendus vers la partie moyenne <strong>de</strong> la cellule où il vont<br />
dégénérer. Fix. La Cour 2 B. Col. Violet <strong>de</strong> Gentiane. Gross. 1040.<br />
Fig. 21, 22, 23 et 24. Développement <strong>de</strong> carpophores produits par <strong>de</strong>s<br />
mycéliums monospèrmes du mutant A". Gross. 3.
PLANCHE IV<br />
Coprinus fimetarius<br />
Fig. 25. Cellules hyméniales d'une fructification développée sur mycélium<br />
monospèrme du mutant A". On voit, face à face, <strong>de</strong>ux<br />
basi<strong>de</strong>s, l'une avec <strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s, l'uatre avec un<br />
seul noyau haploï<strong>de</strong>. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline.<br />
Gross. 980,<br />
Fig. 26. Mycélium monospèrme du mutant A". Au point où l'anse<br />
commence à se développer il II'y a qu'un seul noyau haploï<strong>de</strong>.<br />
Fix. La Cour 2 B Col. Hematoxiline. Gross. 1250.<br />
Fig. 27. Mycélium monospèrme du mutant A". Division conjuguée<br />
d'un dicaryon accompagnant la formation <strong>de</strong> l'anse. Fix. La<br />
Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 1250.<br />
Fig. 28. Micélium monospèrme du mutant K. Division conjuguée<br />
accompagnant la formation <strong>de</strong> l'anse. Fix. La Cour 2 B. Col.<br />
Hematoxiline. Gross. 1250.<br />
Fig. 29. Mycélium monospèrme du mutant K. Transformation <strong>de</strong> l'anse<br />
dans une branche ramifiée. Le noyau primitif unique <strong>de</strong> l'anse<br />
s'est déjà divisé ; on voit distinctement [les <strong>de</strong>ux noyaux fils<br />
sur la photographie. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline.<br />
Gross. 1250.<br />
Fig. 30. Cellules hyméniales d'une fructification dévelopée sur mycélium<br />
monospèrme du mutant K. Au milieu une basi<strong>de</strong> avec<br />
<strong>de</strong>ux noyaux haploï<strong>de</strong>s au moment ou il vont se fusionner.<br />
A' la partie supérieure à droite, une autre basi<strong>de</strong> avec un seul<br />
noyau haploï<strong>de</strong>. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline. Gross. 980.<br />
Fig. 31 à 35. Différents types <strong>de</strong> formation <strong>de</strong>s anses sur un mycélium<br />
monospèrme du mutant K. Fix. La Cour 2 B. Col. Hematoxiline.<br />
Fig. 31. Anse ouverte sans noyau. Correspond au type I <strong>de</strong> la figure<br />
4 du texte. Gross. 770.<br />
Fig. 32. Anse fermée, sans noyau ni paroie transverse. (Type 11, figure<br />
4 du texte). Gross. 770.
Fig. 33. L'anse inférieur fermée, avec un noyau mais dépourvue <strong>de</strong><br />
paroi transverse; l'anse supérieure normale, avec un noyau et<br />
<strong>de</strong>ux parois. (Les <strong>de</strong>ux types représentés au II. III, figure 4 du<br />
texte). Gross. 770.<br />
Fig. 34. Formation d'une anse accompagnée <strong>de</strong> la division d'un seul<br />
noyau. Les différentes parties du fuseau, très allongé, ne sont<br />
pas dans le même plan. Gross. 1250.<br />
Fig. 35. Les mêmes anses <strong>de</strong> la figure 33 légèrement retouchées.
INDICE POR AUTORES<br />
FERNANDES, Abílio—Les satellites chez Narcissus reflexus Brot, et N. triandius L.<br />
I. Les satellites <strong>de</strong>s mètaphases somatiques. .............249<br />
Remarque sur Thétérostylie <strong>de</strong> Narcissus triandrus L. et <strong>de</strong> N. reflexus Brot. 278<br />
MENDONÇA, F. A. — Agrostologia <strong>de</strong> Angola. I May<strong>de</strong>ae e Andropogoneae . . 3<br />
MOEWUS, Franz — Neue Volvocalen aus <strong>de</strong>r Umgebung von Coimbra (Portugal) 204<br />
NATIVI<strong>DA</strong>DE, J. Vieira — Investigações citológicas em varieda<strong>de</strong>s culturais <strong>de</strong><br />
Pereiras (P. Communis, L.) 295<br />
PEREIRA COUTINHO, António Xavier — Suplemento da Flora <strong>de</strong> Portugal —<br />
Plantas Vasculares 43<br />
QUINTANILHA, A. — Cytologie et génétique <strong>de</strong> la sexualité chez les Hyménomycètes 289 3<br />
SAMPAIO, Gonçalo — Novas adições e correcções à Hora portuguesa 226"<br />
Páé.